Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Contas
2004
Rede Ferroviária Nacional – Refer, E.P.
Relatório e Contas 2004
“Carta do Presidente”
Assinalo, também os dois Encontros de Quadros realizados ao longo do ano, aos quais se associaram as
empresas afiliadas, designadamente: REFER TELECOM, FERBRITAS, INVESFER, RAVE e CPCOM. Foram
oportunidades únicas para debater os desafios que se colocam às empresas do “Grupo REFER”, com base
numa cultura de comunicação e partilha de ideias que se pretende intensificar.
Nesse âmbito, destaco, igualmente, os vários «Workshops» temáticos que visaram promover um nível de
informação adequada a todos os interessados, de modo a assegurar condições para os colaboradores
desenvolvam cabalmente as suas funções no universo empresarial da REFER.
Por último menciono o lançamento no último trimestre de 2004, de um projecto-piloto envolvendo 45 quadros
com o objectivo de identificar o potencial dos recursos humanos existente na nossa casa.
Para o ano de 2005 que agora se inicia, identificaram-se algumas metas corporizadas no Plano de Actividades
da empresa, de que menciono as seguintes:
Implementação faseada da contratualização externa das actividades de conservação e manutenção
da rede ferroviária;
Elaboração do Plano Director da Rede Ferroviária Nacional e reconfiguração da actual rede, garantindo a
sua articulação com a futura Rede de Alta Velocidade;
Implementação de uma solução de gestão documental integrada e transversal a toda a empresa.
Para terminar, dirijo-me a todos os colaboradores da empresa, reconhecendo o empenho e as muitas horas de
dedicação que despenderam nas respectivas áreas de actuação, tornando-se a base em que assenta o
percurso trilhado em conjunto.
Em meu nome e do Conselho de Administração, manifesto um público agradecimento, com a certeza de que
a REFER pode contar com todos na prossecução dos objectivos definidos.
Índice
Órgãos Sociais..................................................................................................................................... 7
A REFER em…2004…........................................................................................................................... 9
A Empresa ......................................................................................................................................... 22
Segurança ..................................................................................................................................... 23
Planeamento Estratégico............................................................................................................... 24
Recursos Humanos......................................................................................................................... 25
Aprovisionamentos e Logística ....................................................................................................... 26
Sistemas de Informação ................................................................................................................ 27
Ambiente ....................................................................................................................................... 28
Património Imobiliário ..................................................................................................................... 30
Auditoria e Gestão da Qualidade.................................................................................................. 31
Relações Internacionais ................................................................................................................. 32
Direcção Geral de Engenharia ...................................................................................................... 34
Direcção Geral de Exploração e Conservação ............................................................................ 43
Delegação da REFER no Norte ...................................................................................................... 48
Investimentos e Cobertura dos Investimentos .................................................................................... 50
Grupo REFER...................................................................................................................................... 55
Órgãos Sociais
Presidente do Conselho de
Administração
José Braamcamp Sobral, Dr.
Tem a seu cargo as seguintes áreas de
responsabilidade:
Direcção Geral de Exploração e
Conservação;
o Direcção de Exploração;
Secretário-geral;
Jurídico e Contencioso
Planeamento Estratégico;
Comunicação e Imagem; Vice-Presidente do Conselho
Recursos Humanos; de Administração
Segurança José Osório e Castro, Dr.
Vogal do Conselho de
Administração
Luís Miguel Silva, Eng.º
Vogal do Conselho de
Administração
Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho,
Eng.º
Vogal do Conselho de
Administração
José Marques Guedes, Dr.
1997
Fundação da REFER.
Em Maio de 1997 decorre a tomada de posse
do Conselho de Administração
A REFER em…2004…
A REFER, enquanto empresa responsável pela gestão da rede ferroviária nacional, tem que assegurar o regular e
contínuo fornecimento do serviço público, desenvolvendo de uma forma eficaz actividades que proporcionem
aos operadores uma infra-estrutura de transporte competitiva, gerindo e desenvolvendo uma rede ferroviária
eficiente e segura, no respeito pelo meio ambiente.
A par deste objectivo, e assegurando a sua realização, a valorização contínua dos seus colaboradores, é uma
preocupação constante.
No final do ano, a nossa empresa contava com 4.258 colaboradores. Verificaram-se 191 entradas de pessoal
oriundo do exterior e foram registadas 569 saídas, sendo que 91% das mesmas decorreram do processo de
ajustamento do efectivo.
A colocação em primeiro plano dos Projectos de Investimento, pelo seu papel na modernização e
desenvolvimento da rede ferroviária nacional, fez sentido numa fase de grandes investimentos que decorreu até
2004. Encerrado esse ciclo, a estrutura organizativa deverá evoluir noutro sentido, privilegiando:
O aproveitamento de todas as sinergias existentes;
A concentração das especialidades da engenharia ferroviária;
A gestão funcional dos investimentos;
A optimização na gestão dos recursos humanos e materiais.
Neste sentido, assistiu-se ao longo de 2004 à continuação da reestruturação organizativa da nossa empresa,
com a reorganização da Direcção Geral de Engenharia assente na centralização das especialidades técnicas.
A Direcção Geral de Engenharia definiu um novo modelo organizacional que permite melhorar a eficiência
operacional e simultaneamente garantir uma maior flexibilidade e capacidade de adequação a novas
realidades no investimento ferroviário. Neste modelo, a Direcção de Engenharia tornou-se num centro de
competências dotado de massa critica para assegurar o desenvolvimento das valências técnicas e garantir
uma resposta efectiva às necessidades dos clientes internos, investimento, conservação e exploração da rede.
O Conselho de Administração deliberou a criação da “Missão para implementação dos Centros de Comando
Operacionais (CCO’s) ”, que posteriormente deu origem à criação da Direcção de Projecto dos CCO’s,
assegurando assim as acções necessárias à construção dos Centros de Comando Operacional, de forma a
optimizar a exploração da rede e a gestão da circulação ferroviária com elevados padrões de segurança,
eficiência e qualidade. Serão implementados 3 CCO’s que cobrem o território nacional.
Os Centros de Comando Operacional aglutinarão as funções de Comando Centralizado de Tráfego (CTC),
Regulação, Supervisão da Circulação, Telecomando de Catenária (PCT), Sistema de informação ao Público
(SIP), Sistema de Vídeo – Vigilância, Função Infra-estrutura e Função Telecomunicações.
A nível tecnológico, o ano de 2004 foi marcado por um conjunto de iniciativas que visaram tirar melhor partido
do nosso sistema corporativo, o sistema SAP, após o upgrade tecnológico efectuado no final de 2003. Durante o
ano, ficou concluída a extensão do módulo PM a toda a rede da função Conservação. Foi igualmente
estendido o sistema Remedy às equipas de Permanentes das diferentes Zonas Operacionais de Conservação e
a sua ligação com o sistema RDC, promovendo o conceito de Gestão de Serviço sustentado por uma
aplicação Web.
A exemplo de outras iniciativas da REFER no plano tecnológico foram: a implementação de quiosques
multimédia em 31 estações da rede ferroviária e o acesso remoto aos nossos sistemas através de uma infra-
estrutura de VPN, disponibilizada a utilizadores previamente credenciados.
O órgão Secretário-geral continuou em 2004 a assumir o seu papel de interlocutor entre o Conselho de
Administração e a estrutura funcional da Refer. Durante o ano que agora se encerra, há a destacar a
organização das duas reuniões de Quadros do Grupo Refer e três workshops. Um dos objectivos alcançados
prende-se com a optimização dos canais de comunicação com a estrutura da empresa o que permitiu a
redução de tempo e a consequente redução de custos. Relativamente ao Centro de Documentação (CDG),
verificou-se, não só um aumento significativo de leitores registados, mas também um aumento considerável do
seu espólio, possuindo actualmente cerca de 5.000 espécies documentais, o que implica a duplicação de
registos no espaço de um ano.
Durante este ano o Departamento de Plano e Controlo, na sua vertente de disponibilização de informação de
gestão para o Conselho de Administração, procedeu à consolidação e melhoria do BSC Corporativo. Após uma
sessão de apresentação ao MOPTH e SET, foi disponibilizado o acesso directo do Gabinete do MOPTH ao nosso
BSC Corporativo.
Este órgão realizou três sessões de controlo, durante o primeiro semestre do ano, para acompanhar
especificamente o desenvolvimento das actividades do Eixo Atlântico, com o objectivo de assegurar o
cumprimento do compromisso público assumido pela REFER da sua entrada em exploração.
No dia 30 de Maio de 2004, realizou-se a viagem inaugural da ligação Braga/Faro. A marcha especial em
comboio Alfa Pendular partiu de Braga pelas 8h35m e chegou a Faro cerca das 14h30m. Desde aquela data,
é possível em menos de três horas percorrer o itinerário Lisboa/Faro.
Simultaneamente, foram oficialmente inaugurados os Quiosques Multimédia instalados no interior das estações.
No dia 2 de Fevereiro, foi assinado o Protocolo com a UMIC (Unidade de Missão para a Inovação e o
Conhecimento), através do qual a nossa empresa vai participar activamente nas iniciativas daquela entidade
visando a promoção da Sociedade de Informação. Uma das iniciativas da REFER neste âmbito, foi a instalação
de 64 pontos (quiosques multimédia) de banda larga colocados em 31 estações de caminhos-de-ferro com o
objectivo de familiarizar as populações com as novas tecnologias.
A REFER irá igualmente participar no projecto “Redes Comunitárias” que promove o desenvolvimento de infra-
estruturas em regiões desfavorecidas e o fomento de soluções tecnológicas.
A Segurança é uma preocupação constante da REFER, nomeadamente a Segurança dos trabalhadores, das
Instalações e da Exploração, tendo a Direcção de Segurança aqui um papel fundamental.
10
Durante o Euro 2004, um helicóptero da REFER inspeccionou as Linhas de Cascais, Sintra, Sul, Norte, Beiras,
Minho, Douro, Guimarães, ramais de Cáceres e Braga, com a participação de colaboradores da Conservação
e da Segurança. Durante a inspecção foram também efectuadas filmagens, permitindo-nos melhorar e
actualizar os dados disponíveis sobre o estado da rede.
No cumprimento de acções que visam a fiabilidade e segurança da exploração do transporte ferroviário, foi
encerrado no dia 22 de Outubro de 2004 o Túnel do Rossio. Após esta decisão, foi nomeada pelo Conselho de
Administração uma comissão de peritos que produziram um relatório onde consideram que a “reabertura do
Túnel passa por um reforço estrutural em quatro zonas consideradas críticas, apontando para um suporte
resistente contínuo envolvendo todo o perímetro da secção do Túnel”.
Foram analisados vários cenários possíveis de intervenção. A solução escolhida consiste numa intervenção
estrutural que passa pela construção de uma secção fechada em betão armado no interior do Túnel,
construção de uma plataforma de via contínua em betão, instalação de um sistema de monitorização
automática com transmissão remota de dados e instalação de novos equipamentos de segurança passiva.
Esta intervenção terá um custo global estimado de 49.550.000 euros, incluindo projecto, fiscalização e acções
complementares, estando prevista a reabertura do Túnel em Junho de 2006.
Cada vez mais na ordem do dia, o desenvolvimento de todas estas acções não pode descurar o respeito pelo
Ambiente. Nesse sentido, a Direcção do Ambiente, um ano após a sua criação, identificou 153 actividades
diferentes na sua esfera de actuação, agrupadas em quatro áreas específicas:
Gestão da Qualidade e Ambiente
Avaliação ambiental
Acompanhamento Ambiental
Especialidades Técnicas.
O aumento do número de técnicos no quadro desta Direcção permitiu dinamizar duas áreas muito importantes,
a Gestão da Qualidade e Ambiente e a Gestão de Resíduos.
Um dos pilares da nossa empresa é a Direcção Geral de Exploração e Conservação (DGEC), que integra a
Direcção de Exploração, a Direcção de Conservação e Manutenção e o Departamento de Gestão. A
actividade desta Direcção Geral está intimamente ligada ao core business da REFER, visando em última
instância a fiabilidade e segurança do transporte ferroviário, cada vez mais apoiado por sofisticados sistemas
tecnológicos que reduzem os riscos de dependência do factor humano.
A par da conclusão dos investimentos no Eixo Atlântico, a DGEC desenvolveu diversos projectos de
racionalização operacional e de melhoria de gestão. Destaca-se uma nova estratégia para a conservação que
assenta no reforço da contratualização e em novos equipamentos de inspecção e registo do estado da
infraestrutura. O desenvolvimento do Sistema de Gestão da Qualidade destina-se a obter a gradual Certificação
das actividades. Após a certificação da ZOCL, foi implementado o Sistema de Qualidade da ZOC Porto, com
intenção de o vir a estender às restantes ZOC’s. Foram implementadas novas ferramentas de gestão da
11
exploração tirando partido das novas tecnologias instaladas e do desenvolvimento de uma cultura de gestão
orientada para o gradual equilíbrio da conta dos resultados operacionais.
A modernização da rede ferroviária contou este ano com um total de investimentos realizado, incluído no
PIDDAC, na ordem dos 477 milhões de euros.
Destacam-se alguns dos investimentos inaugurados no ano que agora encerra, prosseguindo-se, assim, o
objectivo da modernização da infra-estrutura ferroviária existente, nomeadamente:
Linha de Guimarães, reconversão em via larga e electrificação. Esta linha ferroviária assume um papel
fundamental nos movimentos pendulares dos habitantes da região.
Estação de Vizela, profunda remodelação na sequência da reconversão da linha de Guimarães.
Duplicação e electrificação do troço Lousado – Nine na Linha do Minho, na sequência de diversas
intervenções levadas a cabo no Eixo Porto/Braga, criando uma infra-estrutura modernizada, melhorando
assim os padrões de mobilidade de pessoas e bens.
Duplicação e electrificação do Ramal de Braga. Em conjunto com a intervenção no troço Lousado-Nine,
representa um passo determinante na redução de tempos de percurso, em condições de conforto e
segurança, nas ligações ao Minho, materializando-se, assim, o primeiro troço do Eixo Atlântico.
Estação de Braga, integrada no projecto Estações com Vida, que passará a marcar a paisagem urbana
na envolvente da estação.
Estação Parque das Cidades, construída de raiz, localizada ao km 332 da Linha do Algarve, entre as
estações de Loulé e de Faro, na povoação São João da Venda, a estação que serve directamente o
novo Estádio do Algarve, no âmbito do Euro 2004.
Troço Fogueteiro – Setúbal. A partir de 6 de Outubro de 2004 foi possível unir as duas cidades, Lisboa e
Setúbal em menos de uma hora. O serviço de exploração ferroviária, concessionado à empresa Fertagus,
utilizando a Ponte 25 de Abril, permite pela primeira vez efectuar viagens directas, de comboio, entre as
duas cidades.
Estação de Mira Sintra – Meleças, eliminando o constrangimento existente entre as Linhas de Sintra e do
Oeste.
Estação da Póvoa de Santa Iria.
No âmbito da cobertura desses investimentos, as contribuições do Estado são insuficientes e têm sofrido
uma redução ao longo dos anos, pelo que em 2004 corresponderam a 4,3%.
A estrutura da cobertura financeira dos investimentos PIDDAC teve o seguinte comportamento: o Cap. 50
representou cerca de 4,3% (20,6 milhões de euros) os Fundos Comunitários 15,9% (75,6 milhões de euros)
e Outras Fontes de Financiamento situaram-se nos 79,8% (380,8 milhões de euros), salientando-se que, à
semelhança dos anos anteriores, as contribuições do PIDDAC e dos Fundos Comunitários tem vindo a
diminuir, pelo que o recurso ao endividamento representa a maior parcela da cobertura financeira dos
investimentos, com o resultante impacto negativo em termos de encargos financeiros.
12
Apesar das dificuldades acima referidas, foi possível alcançar muitos dos objectivos a que nos propusemos,
graças à dedicação e competência de todos os colaboradores da empresa.
Cabe ainda reconhecer a leal e diligente colaboração da Comissão de Fiscalização, sendo também devido o
nosso agradecimento às instituições financeiras, ao Instituto Nacional do Transporte Ferroviário e aos Ministérios
Tutelares, pelo seu indispensável apoio na concretização dos seus objectivos traçados.
13
14
Conjuntura
Macroeconómica
15
Conjuntura Macroeconómica
Em 2004, o Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 1,1%, por oposição ao verificado no ano
anterior em que se tinha registado uma taxa de variação negativa 1,3%.
Este crescimento traduziu-se numa forte expansão da procura interna privada, (taxa de variação em
2004 de 1,9% contra -2,5% em 2003) e teve como consequência o aumento das necessidades de
financiamento da economia portuguesa e a diminuição da taxa de poupança dos particulares.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu moderadamente no ano passado (1,8%). Esta modesta
recuperação, após a recessão de 2003, assenta em contributos distintos das diferentes componentes,
combinando uma evolução favorável do investimento empresarial, uma redução do investimento
público e um contributo virtualmente nulo do investimento em habitação.
A taxa de crescimento das exportações foi bastante significativa, 6,8%. A projecção do Banco de
Portugal aponta para uma aceleração das exportações para os próximos dois anos (7,5% para 2005 e
8,6% para 2006). Alguns acontecimentos que marcaram o ano de 2004 contribuíram para esta
evolução positiva, nomeadamente a realização do Campeonato da Europa de Futebol. Em sentido
contrário, a evolução negativa verificada nas exportações do sector automóvel, atenuou o ganho das
quotas, dado o peso significativo deste sector nas exportações portuguesas.
A taxa de crescimento do volume das importações foi anormalmente elevada no ano passado, quando
comparada com a evolução da procura global. Admite-se que uma parte destas importações possa
estar associada a factores temporários.
A Balança Corrente e de Capital sofreu uma deterioração. O défice conjunto destas balanças
aumentou de 3,6% do PIB em 2003 para 5,4% em 2004. Para este facto contribui um saldo negativo das
exportações líquidas, apesar do comportamento favorável das exportações.
Esse agravamento reflectiu não só uma deterioração nos termos de troca, relacionada com a subida do
preço do petróleo para níveis historicamente elevados, mas também o referido crescimento anómalo do
volume de importações.
O emprego cresceu ligeiramente (0,4%) prevendo-se uma aceleração para os próximos dois anos.
Apesar de uma descida do emprego no sector público, este valor foi compensado pelo crescimento do
emprego do sector privado.
As remunerações por trabalhador subiram cerca de 3,7% no sector privado em 2004, enquanto que
para o total da economia, esse crescimento rondou os 3,2%. Para 2005 e 2006 as remunerações por
trabalhador deverão ter em conta a redução da inflação e a evolução da produtividade.
A taxa de inflação baixou de 3,3% no ano de 2003 para 2,5% no ano de 2004, e projecta-se uma
ligeira descida para os dois anos seguintes.
16
(E) Estimativa
Fonte: BdP, Boletim Económico Dezembro de 2004
17
Situação Económica
e Financeira
18
19
extremamente benéfica para a gestão da empresa, sobretudo do ponto de vista financeiro. A existência
de tal contrato, ao tornar ainda mais explícito o apoio do Estado, certamente permitiria também melhorar
a notação de rating da REFER, contribuindo assim para a obtenção de financiamentos em condições
substancialmente mais atractivas o que, tratando-se de uma entidade pública empresarial, se converte
numa vantagem para o próprio Estado.
Com a conclusão do processo de obtenção de rating, a REFER lançou em Julho uma consulta a um
conjunto bastante alargado de bancos nacionais e internacionais no sentido de obter propostas para a
realização de um financiamento de 600 milhões de euros, sem aval do Estado. A melhor proposta foi
apresentada pelo JPMorgan e veio a ser mandatado para a concretizar um consórcio formado pelo
JPMorgan, Merrill Lynch e Banco Espírito Santo de Investimento. Apesar de a intenção inicial ser a de
proceder à emissão obrigacionista no início do último trimestre do ano, só veio a ser possível concretizá-la
já em Março de 2005.
O atraso na obtenção do financiamento de longo prazo obrigou a um nível de utilização das linhas de
crédito de curto prazo anormalmente elevado, desajustando a estrutura financeira da empresa às suas
necessidades. Apesar de a Standard & Poor’s ter entendido como ponto de fragilidade o facto de o nível
de linhas de curto prazo comprometidas se situar um pouco abaixo dos 300 milhões de euros, num total
negociado superior a 1.000 milhões, a empresa não sentiu em qualquer momento que a confiança do
sistema financeiro na REFER pudesse estar em causa e não experimentou nunca problemas de liquidez
para fazer face aos seus compromissos atempadamente.
Neste enquadramento de elevados níveis de utilização de crédito de curto prazo, decorrentes da
morosidade associada ao processo de obtenção das autorizações necessárias para a contracção de
dívida de longo prazo, a REFER iniciou em 2004 a preparação de programas de papel comercial com
vários bancos nacionais. Esta forma de financiamento, mais favorável desde que a empresa perdeu a
isenção de imposto do selo de que beneficiava desde a sua criação, começa a substituir parte das linhas
de curto prazo existentes.
Um nível de endividamento tão elevado como o da REFER aconselha a implementação de uma
estratégia de gestão activa do risco de taxa de juro (uma vez que todo o passivo é em euros não existe
risco cambial). Ao longo de 2004, a empresa continuou a realizar operações de derivados de taxa de juro,
aproveitando o enquadramento particularmente favorável para a fixação de taxas caminhando no
sentido do seu objectivo estabelecido de alcançar uma proporção de 60% fixo contra 40% variável. As
operações contratadas são sempre muito conservadoras relativamente ao risco a que a empresa se
expõe, apostando numa estratégia de diversificação. Mais do que reduzir os encargos financeiros, o
objectivo desta actuação é limitar a exposição à subida das taxas de juro, tanto mais que as receitas que
a empresa obtém, provenientes de um preço controlado, são bastante inelásticas à evolução do ciclo
económico.
20
A Empresa
21
A Empresa
Administração
Planeamento
Secretário Geral
Estratégico
Auditoria e
Jurídico e
Sistemas de
Contencioso
Qualidade
Relações
Segurança
Internacionais
Ambiente
Aprovisionamentos Investimentos
Exploração
e Logística
Inovação e
Sistemas e
Normalização
Tecnologias de
Informação Direcção de
Atravessamentos e
Património
Gestão de PN’s
Imobiliário
Instalação CF na
Ponte 25 de Abril
22
Segurança
A Direcção de Segurança, criada em meados de 2003, procurou estabilizar a sua estrutura durante o ano
de 2004, sem, contudo, concluí-la.
Procurou dinamizar a actividade em três frentes, Segurança no Trabalho, quer dos colaboradores, quer
junto dos empreendimentos construtivos, Segurança das Instalações, quer na vertente da emergência,
quer da vigilância das mesmas e Segurança da Exploração, em apoio aos órgãos próprios da actividade;
As principais actividades desenvolvidas resumem-se no seguinte:
Conclusão da elaboração dos Planos de Emergência para todas as linhas da RFN num total de 16
IET;
Conclusão de 3 Planos de Emergência internos para 3 edifícios centrais com respectivas formações
e ensaios. Início da elaboração dos ditos planos para mais quatro edifícios;
Reforço da vigilância por ocasião do EURO 2004 e implementação da mesma em novos locais de
exploração;
Chefia de um Grupo de Trabalho para elaboração de uma lista de caminhos de acesso à Infra-
estrutura Ferroviária (Deliberação 89/03);
Estudo do socorro ferroviário conforme DL 270/2003 para apresentação de uma proposta de
contrato com a CP;
Participação em grupo de trabalho com a CP para a prevenção dos incêndios florestais (DL
156/2004);
Relacionamento privilegiado com o SNBPC, PSP, GNR e outros serviços de segurança e informação,
dando a conhecer a estrutura e os objectivos da empresa;
Explicação e formação sobre a coordenação de segurança em obras, conforme DL 273/2003, com
apoio na análise e elaboração de PSS.
Visitas aleatórias às frentes de trabalho e de exploração;
Apoio aos diversos órgãos da empresa em matérias quer de “Safety” quer de “Security”.
23
Planeamento Estratégico
No âmbito das actividades conferidas ao Planeamento Estratégico são de destacar as acções referentes
ao desenvolvimento do Plano Director da Rede Ferroviária, com o qual se pretende constituir uma
proposta base que permita, em continuação, o relançamento dos estudos necessários à realização de
um Plano Ferroviário Nacional.
Este Plano Director procura integrar o planeamento da rede de Alta Velocidade, numa estratégia que
permita a plena realização de sinergias entre essa rede e a rede convencional, minimizando os impactos
dessa articulação na configuração dos novos modelos de exploração, nos planos nacional, ibérico e
europeu.
Neste sentido tem vindo a verificar-se uma estreita colaboração entre os Orgãos de Planeamento da Refer
e da RAVE.
Por outro lado e com o mesmo objectivo tem vindo o Planeamento Estratégico a desenvolver alguns
estudos referentes à rede convencional, de que se destacam o "Estudo de Viabilidade Técnica,
Económica, de Mercado e de novas ligações do sistema ferroviário do Oeste" e o "Estudo de Viabilidade
de um sistema ferroviário entre Lagos e Vila Real de Santo António".
Foram ainda desenvolvidos alguns estudos de análise económico-financeira de apoio à apresentação de
candidaturas a fundos estruturais, referentes a alguns dos projectos que integram as redes transeuropeias.
24
Recursos Humanos
54%
Deslocações implementação de um novo Sistema de Carreiras.
Subs. Férias + 13º
No contexto da Política Social da REFER, foi assegurada
Remun. Adicionais
a continuidade dos benefícios vigentes, merecendo
destaque os significativos aumentos pecuniários nas
bolsas de estudo e nos subsídios de pré-escolaridade,
na medida em que superaram a taxa de inflação. O Fundo de Acção Social, instituído em 2003, teve o
seu primeiro ano completo de vigência.
Foi ainda possível diminuir o número de processos de contencioso laboral em 27%.
25
Aprovisionamentos e Logística
26
Sistemas de Informação
O ano de 2004 foi marcado por um conjunto de iniciativas que visaram melhor tirar partido dos sistemas
SAP existentes na empresa e do upgrade tecnológico levado a cabo nos finais de 2003.
Assim, para além de ser concluído o processo de extensão do módulo PM a toda a função Conservação,
foram lançadas iniciativas muito importantes na área da gestão documental (documentação técnica da
Engenharia) e da informação financeira (por recurso a data warehouse).
Por outro lado, foi celebrado um acordo de licenciamento através do qual as empresas do grupo Refer
passam a poder partilhar as licenças já adquiridas ou a adquirir no futuro.
Ainda relativamente aos sistemas SAP, referência também para um projecto-piloto na área da
Conservação visando ensaiar as possibilidades oferecidas por soluções de computação móvel na
actividade das equipas operacionais.
De referir ainda a extensão do sistema Remedy às equipas de Permanentes das diferentes Zonas
Operacionais de Conservação e sua interligação com o sistema RDC, promovendo o conceito de Gestão
de Serviço sustentado por uma aplicação web desenvolvida internamente neste período.
No plano tecnológico, de referir a instalação de quiosques multimédia em 31 estações da rede ferroviária,
bem como a instalação de uma solução de SMS para além da montagem de uma infra-estrutura de VPN
que possibilita o acesso remoto aos nossos sistemas aos utilizadores previamente credenciados.
Nestes dois casos, concretizou-se igualmente o recurso a funcionalidades próprias dos sistemas de
informação geográfica em resultado de um trabalho de back-office que, embora não visível, é
indispensável para os próximos passos que se pretendem.
Referência, por último, para a montagem da operação que irá possibilitar uma profunda intervenção na
capacidade e performance da infra-estrutura de servidores e que irá ter lugar ao longo do 1º trimestre de
2005.
27
Ambiente
O ano de 2004 marca o primeiro exercício completo da Direcção de Ambiente na REFER. Dando
sequência ao trabalho iniciado em 2003 manteve-se o levantamento das diferentes actividades que a
Direcção de Ambiente deve assegurar. Importa notar que se identificaram 153 actividades diferentes a
exercer de forma sistemática e que não incluem aquelas que resultam da própria gestão órgão. Essas
actividades encontram-se agrupadas em quatro grandes áreas, Gestão da Qualidade e Ambiente,
Avaliação Ambiental, Acompanhamento Ambiental e Especialidades Técnicas.
Em virtude do aumento de quadros, registado em 2004, esta direcção teve a oportunidade de dinamizar
duas áreas específicas, a Gestão da Qualidade e Ambiente e a Gestão de Resíduos (esta última
enquadrada como uma Especialidade Técnica).
Na área de Gestão da Qualidade e Ambiente, há a destacar, a elaboração documento Introdutório para
o Levantamento Ambiental Inicial da REFER EP. Foi também feito um primeiro levantamento dos Processos
da REFER EP, em especial dos Processos relativos às actividades da Direcção Geral de Engenharia e da
Direcção Geral de Exploração e Conservação, pela análise dos documentos normativos das várias
especialidades, identificando os impactes ambientais através das entradas e saídas das actividades
desenvolvidas. Foram ainda identificados os procedimentos da Direcção de Ambiente ao nível da sua
organização interna e elaboração de procedimentos segundo os requisitos da Norma NP EN ISO
14001:1999.
No que se refere à Avaliação Ambiental, foram assegurados, durante o ano de 2004, diferentes
avaliações ambientais dos mais diversos projectos, o acompanhamento de desses mesmos projectos e o
apoio aos órgãos da REFER na área do ambiente. Destaca-se também a definição dos requisitos
ambientais ‘tipo’ para processos de concurso de estudos e projectos e foi dada resposta a pedidos
exteriores à REFER contemplando a análise de potenciais interferências ambientais de projectos vários
com a rede ferroviária nacional.
No que diz respeito ao Acompanhamento Ambiental, foram elaborados pareceres no quadro de
processos de consulta para empreitadas e prestações de serviços, efectuadas avaliações de propostas
para a execução de empreitadas e realizadas acções de observação a auditorias ambientais. Foram,
ainda, desenvolvidos os termos de referência em matéria ambiental integrados nos Programas de
Concurso e Cadernos de Encargos tipo para Empreitadas (e Fiscalização) e Prestações de Serviço.
No que se refere Ruído, há a salientar a elaboração do Plano de Gestão das Actividades Ruidosas, a
dinamização das acções que encerra (designadamente a preparação do lançamento dos Mapas de
Ruído e respectivos Planos de Redução) a resposta a reclamações de ruído provocado pela circulação
ferroviária e a apreciação de diversos projectos de Protecção Acústica. Foi ainda instalado o modelo Ferr
28
3 (em parceria com o Instituto Superior Técnico – Centro de Analise e Processamento de Sinais) e iniciado o
processo de simulação que o modelo permite, assim como a sua actualização.
Na área de resíduos, foi desenvolvida a Norma de Gestão de Materiais Usados e Resíduos em parceria
com a Direcção de Aprovisionamentos e Logística, tendo sido lançado o concurso para o
desenvolvimento da aplicação informática e-resíduos com a Direcção de Sistemas de Informação.
Também com a Direcção de Aprovisionamentos e Logística desenvolveu, normas provisórias para a
gestão de resíduos, assim como, o processo de qualificação de operadores de resíduos perigosos e não
perigosos da REFER. Elaborou um primeiro estudo de caracterização de resíduos. Realizaram-se várias
acções tendo em vista a reciclagem de diversos materiais e desencadearam-se as operações de
arrumação dos materiais acumulados no Entroncamento. Prestou-se apoio aos diversos órgãos da
empresa na área de gestão de resíduos.
Ainda no que toca à Gestão de Resíduos, a Direcção de Ambiente tem diligenciado no sentido de
identificar novas formas de valorização dos resíduos, passando pela organização de circuitos de recolha
adaptados às especificidades dos resíduos associada à identificação criteriosa de destinatários capazes
de proceder à referida valorização. Este esforço tem permitido reduzir os custos de tratamento, ou até
mesmo conferir aos resíduos um valor económico positivo, destacando-se as baterias, placas cil,
palmilhas de borracha e isoladores cerâmicos.
Reconhecendo que o sucesso da Gestão de Resíduos passa também por sensibilizar e motivar toda a
estrutura da empresa, no sentido de promover a recolha, triagem e encaminhamento selectivo dos
diferentes materiais e resíduos, assim como, a consciencialização de que os mesmos são ou podem ser
activos da empresa, o Conselho de Administração, associou a esta vertente um desígnio social, fazendo
reverter para o Fundo de Acção Social da REFER, 10% dos proveitos resultantes da venda de resíduos. O
Fundo de Acção Social, cuja gestão está a cargo da Direcção de Recursos Humanos, tem como principal
desígnio auxiliar colaboradores da REFER com carências relevantes.
A Direcção de Ambiente desenvolveu também trabalhos na área da arqueologia em parceria com a
Universidade de Évora (elaboração das cartas de risco arqueológico no traçado Sines-Évora-Elvas),
participou no processo de normalização nos temas específicos de ambiente e também prestou o apoio
técnico específico em matérias que se prendem com os sistemas ecológicos.
Finalmente, destaca-se que a Direcção de Ambiente tem prestado apoio técnico à RAVE em matérias
específicas tais como a Avaliação Estratégica de Impactes Ambientais e Avaliação de Impacte
Ambiental.
29
Património Imobiliário
O ano agora encerrado foi para a Direcção do Património Imobiliário um ano de definição e estudo de
uma nova estratégia orientadora de um novo modelo de pensar o património ferroviário. Esta Estratégia
visa alterar a visibilidade do património existente, o que irá implicar um enorme esforço de meios humanos
e financeiros, e tem como linha orientadora encontrar as melhores alternativas para o uso destes meios.
Assim pretende-se encontrar novas formas de conservação e valorização o que implicará, a nível interno
da REFER, uma mudança radical do seu funcionamento e na forma como os diversos departamentos da
empresa e das empresas do grupo encaram estes bens. Actualmente encontra-se em fase de ultimação
um novo modelo organizacional, compreendido no Plano Estratégico do Património Imobiliário.
Do trabalho desenvolvido por esta direcção, há a destacar a inauguração da primeira Ecopista localizada
no antigo Ramal de Monção, de que foram promotores as Autarquias de Valença e de Monção. Este
projecto visou transformar aquele antigo canal ferroviário desactivado, num equipamento ao serviço da
população e da economia da região, a exemplo do que tem sido prática noutros países nomeadamente
em Espanha. Nesse propósito foram organizados um seminário dedicado aquele tema no qual se
procurou sensibilizar entidades públicas e privadas para este projecto. Até ao final do ano passado foi
concessionado às autarquias, um total de 160 km, perspectivando-se que durante os próximos anos se
venham a concessionar os restantes 500 km, incluídos em troços ferroviários sem circulação ferroviária.
No ano de 2004 deu-se início ao trabalho de contratação que permitirá dotar a empresa de um Sistema
de Informação Geográfico (SIG) de apoio ao Património Imobiliário, e em total consonância com a
politica definida pelo CA para este tipo de ferramentas de apoio à Gestão.
Há também a destacar a abertura ao público dos parques de estacionamento de Braga, Campanhã,
Meleças, Palmela e da Venda do Alcaide, havendo neste momento cerca de 20.000 lugares de
estacionamento criados junto de estações de caminho de ferro e ao dispor dos utentes do modo
ferroviário.
Ainda pelos efeitos que irão ter no funcionamento futuro não só desta empresa mas também das
empresas do grupo, queremos destacar o trabalho iniciado, com vista à construção da nova sede: o
Campus Ferroviário a instalar na zona da estação de Braço de Prata.
30
Relativamente à actividade de Auditoria Interna, durante o ano de 2004, foram desenvolvidas acções de
auditoria em áreas de risco, salientando-se a vertente dos investimentos em infra-estruturas de longa duração,
dos processos de levantamento de sucata, da contratualização de manutenção de infra-estruturas e da gestão
do Património Imobiliário.
Na área da Gestão da Qualidade, deu-se continuidade à implementação da Política da Qualidade com a
consolidação / evolução do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) na Zona Operacional de Conservação de
Lisboa, já certificada, o prosseguimento da implementação do SGQ na Zona Operacional de Conservação do
Porto com vista à certificação e o início do mesmo processo nos órgãos centrais da Direcção de Exploração.
31
Relações Internacionais
O ano de 2004 trouxe a aprovação de uma estratégia para as relações internacionais da REFER que
enfatiza os reforços da sua representação institucional em organizações internacionais, do
acompanhamento das Políticas Comuns da UE, do seu relacionamento ibérico e da sua presença em
Comités de Coordenação e grupos de trabalho de natureza técnica.
Em consequência, definiu-se uma inflexão na estratégia da Direcção de Relações Internacionais,
contemplando a representação em organizações internacionais e o apoio ao Conselho de Administração
e órgãos da REFER na mesma, a dinamização da presença em grupos de trabalho de natureza técnica e
de práticas de transmissão do conhecimento internacional, a garantia de informação actualizada das
iniciativas/acções de interesse para o sector na área dos transportes desenvolvidas pela UE, a transmissão
de informação de e para o exterior, e a facilitação do relacionamento dos órgãos da empresa com a
realidade internacional.
Como acções daí decorrentes contam-se: a manutenção da presença institucional nas associações de
que a REFER faz parte (EIM, UIC, CEEP E APOCEEP); a concertação da intervenção na Comissão de Infra-
estruturas da UIC, a análise crítica da viabilidade da presença da REFER nos Projectos UIC de participação
obrigatória e a definição antecipada de uma estratégia a seguir na decisão sobre adesão a projectos
desse tipo; o acompanhamento das políticas comuns que interessam ao sector, divulgando dentro da
empresa os respectivos conteúdos e assegurando a elaboração de pareceres sobre propostas legislativas;
a reformulação do suporte de divulgação das informações relevantes para o sector ferroviário,
enriquecido e tornado de divulgação mais ampla; a criação de uma Rede de Correspondentes na
Empresa, elo de ligação entre a Direcção de Relações Internacionais e os órgãos cuja actividade tenha,
mais frequentemente, a vertente internacional, no sentido da dinamização do respectivo relacionamento;
o apoio às visitas de entidades estrangeiras à REFER.
Contribuiu, deste modo, a Direcção, para o relacionamento da própria Empresa com a realidade
internacional, apoiando-a na sua adequada reacção aos factos internacionais que a afectam, na
absorção do conhecimento externo de forma estruturada, organizada e activa, na capacidade de
influenciar opções decisórias em matérias que têm reflexo no seu negócio e na representação dos seus
interesses enquanto empresa de gestão de infra-estrutura ferroviária.
32
Engenharia
Administração
Planeamento
Secretário Geral
Estratégico
Auditoria e
Jurídico e
Sistemas de
Contencioso
Qualidade
Relações
Segurança
Internacionais
Ambiente
Aprovisionamentos Investimentos
Exploração
e Logística
Inovação e
Sistemas e
Normalização
Tecnologias de
Informação Direcção de
Atravessamentos e
Património
Gestão de PN’s
Imobiliário
Instalação CF na
Ponte 25 de Abril
33
34
Foi também assegurada a participação activa da REFER no V Seminário sobre Inovação e Qualidade no
Sector Ferroviário.
Foi assegurada, a participação da REFER na actualização das Fichas UIC dedicadas à Sinalização e às
Telecomunicações e a assessoria técnica ao Instituto Nacional do Transporte Ferroviário – INTF, no âmbito
do desenvolvimento das Especificações Técnicas de Interoperabilidade.
Foi elaborado o Plano de Migração e de Implementação do sistema ERTMS Português para a Rede
Convencional e coordenado com o mesmo Plano para o ERTMS da Rede de Alta Velocidade.
Foi elaborado o estudo de viabilidade e preparadas as bases técnicas e estimativa orçamental para o
lançamento do processo de concurso do fornecimento, montagem e avaliação técnica da primeira
instalação do sistema de rádio digital GSM-R, componente essencial para o desenvolvimento das Redes
Nacionais de Alta Velocidade e Convencional.
Foram publicados dois números da REVISTA CIÊNCIA e TÉCNICA, que se destina a divulgar o conhecimento
técnico e cientifico dentro da Empresa e junto dos seus Parceiros.
Direcção de Engenharia
Direcção de Investimentos
Linha do Norte
No que diz respeito a Estudos e Projectos, destaca-se, durante o ano de 2004, o início dos seguintes
trabalhos: Estudo de Corredores, Estudo Prévio e Estudo de Impacte Ambiental da Variante de Santarém;
Reformulação do Projecto de Execução do Trecho Mato Miranda / Entroncamento; Estudo Prévio de
Reabilitação dos Túneis de Fátima e Albergaria; Estudos de Reavaliação do Impacto do Ruído e Projectos
de Medidas Minimizadoras nos Subtroços 2.1 (Entroncamento – Albergaria) e 3.2 (Quintans – Ovar);
Reformulação do Projecto de Modernização do Subtroço 3.3 (Ovar - Vila Nova de Gaia).
Foi ainda lançado o concurso para a Elaboração de Estudos Prévios, Projectos de Execução e Estudo de
Impacte Ambiental para a Modernização do Subtroço 2.3 (Alfarelos – Pampilhosa).
Ainda durante o ano de 2004, foi concluído o Projecto de Drenagem entre os km’s 10+500 e 22+500 e o
Projecto de Alargamento da Passagem Superior sobre a EN-109, no Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar).
35
Este projecto engloba a construção da Plataforma Multimodal de Cacia e do Ramal de ligação Ferroviária
ao Porto de Aveiro.
No início de 2004 decorreu a discussão pública com vista à Avaliação de Impacte Ambiental, mas devido
a algumas questões técnicas levantadas, o projecto de execução do Ramal de ligação Ferroviária ao
36
Porto de Aveiro teve que ser reformulado, bem como o Estudo de Impacto Ambiental, prevendo-se a sua
conclusão para início do próximo ano.
No troço Castelo Branco / Covilhã foram concluídos, durante 2004, os trabalhos nos Cais de Passageiros
da Estação de Vale de Prazeres e da Estação de Tortosendo, encontrando-se em curso, no final do ano,
os trabalhos finais da empreitada da Passagem Superior ao Km 150+049. Foram ainda adjudicados vários
Estudos e Projectos, nomeadamente no que se refere à Via, Remodelação de Estações e Passagens
Desniveladas.
No troço Covilhã / Guarda ficou concluído, no ano de 2004, a empreitada do Reforço de Pontes,
englobando 5 pontes, iniciou-se a apreciação do Projecto de alargamento da Passagem Inferior da
Baiúca, e foram ainda adjudicados os Projectos de 6 Pontes em substituição das existentes, e vários
Estudos e Projectos de Passagens Desniveladas, Via, Remodelação de Estações e Electrificação.
37
Inserido no Itinerário dos Granéis ficou concluída a instalação dos novos sistemas de Sinalização e
Telecomunicações no Troço Funcheira/Ourique.
Na Linha do Algarve entre Tunes e Lagos iniciou-se a intervenção na nova Estação de Lagos (2ªfase).
• Travessia Norte-Sul
Com a generalidade dos Projectos de Execução já concluídos, durante o ano de 2004 iniciaram-se os
projectos de execução da nova Estação de Setúbal, da quadruplicação da Linha de Cintura entre
Chelas (Terminal Técnico) e Braço de Prata e do Ramal da Siderurgia Nacional.
Foram concluídas as empreitadas e fornecimentos: Estações de Palmela e Venda do Alcaide; Via e
Plataforma do Troço Pinhal Novo / Setúbal; Electrificação dos troços Coina / Pinhal Novo e Pinhal Novo /
Setúbal; Barreiras Acústicas nos troços Coina / Pinhal Novo e Pinhal Novo / Setúbal; Passagens Superiores
Pedonais no troço Pinhal Novo / Setúbal; Sistemas de Telecomunicações entre Pinhal Novo / Setúbal,
Convel entre Coina / Pinhal Novo e Pinhal Novo / Setúbal e Passagem Superior da Recosta (Barreiro).
38
Foi iniciada a empreitada: Sede Conjunta do Grupo Ramiro José e Junta de Freguesia de S. João de
Deus.
Durante o ano de 2004 foram concluídas as remodelações dos troços Lousado – Nine, Estação de Nine,
Nine – Tadim e Tadim – Braga, visando a duplicação dos novos traçados, a electrificação da via, e a
remodelação das estações e dos apeadeiros aí inseridos.
Estas intervenções asseguraram ainda a supressão de 17 das 53 passagens de nível existentes, mediante
a construção de uma alargada malha de atravessamentos desnivelados e de restabelecimentos viários
de acessos.
A conclusão destes empreendimentos permitiu a ligação Braga – Faro em Maio 2004.
Em 2004, desenvolveram-se algumas acções, sendo de destacar, a empreitada de Instalação dos Novos
Aparelhos de Apoio da viga de rigidez da Ponte Suspensa, de importância relevante, porquanto permitiu
substituir os aparelhos de apoio originários, cujo comportamento às acções devidas à circulação
ferroviária não ofereciam fiabilidade. De destacar também a reformulação do sistema de alimentação
eléctrica da iluminação ferroviária da Ponte e do Viaduto de Acesso, com a instalação de um novo Posto
de Transformação e um Grupo Electrogéneo de Emergência. Salienta-se ainda, o acompanhamento das
acções em desenvolvimento pelo LNEC, no âmbito de um protocolo de cooperação entre a REFER, o
LNEC e o IEP, relativo à Observação Estrutural da Ponte 25 de Abril, dando cumprimento ao despacho nº
23184/2002, de 10 de Outubro, do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação (actualmente
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações), no qual se determina que os grandes
empreendimentos em que o MOPTH (actual MOPTC) está ou venha a estar envolvido, como ministério da
Tutela, passem a ser acompanhados pelo LNEC, nos domínios da sua competência.
39
DELEGAÇÃO NORTE 34 37 0 0
DIRECÇÃO DE INVESTIMENTOS
Projecto Linha do Norte 11 9 0 0
Projecto Beira Baixa 6 1 2 0
Projecto Sintra /Cascais 1 1 0 1
Projecto Norte Sul 9 6 0 0
Projecto Lisboa Algarve 24 23 7 13
Sub total 51 40 9 14
DIRECÇÃO DE ATRAVESSAMENTOS E
GESTÃO DE PNs
Dep. De Supressão e Recl. De PNs 114 121 55 56
Dep. De Gestão de PNs 0 0 31 26
Sub total 114 121 86 82
40
CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADES
Automatizadas Tipo A 3
Peões 191
Subtotal 1304
TOTAL 1476
Neste período, foi ainda adequada ao Regulamento de Passagens de Nível – Decreto-Lei nº 568/99 de 23
de Dezembro, a classificação da totalidade (152) das antigas PNs de 1ª, 2ª. 3ª ou 4ª Categoria
(guardadas) existentes nas Linhas com Tráfego ferroviário.
Desenvolveu-se ainda uma campanha de sensibilização pedagógica, coordenada pela Direcção de
Comunicação e Imagem, transmitida nos Canais de TV nacionais, intitulada “Pare, Escute e Olhe”.
A conjugação de todas estas acções tem permitido a diminuição progressiva dos acidentes em
Passagens de Nível, conforme o quadro seguinte.
250
200
nº de Acidentes
150
100
50
Anos 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 234 218 198 205 182 166 147 144 144 154 119 123 113 105 102
C olisões 199 173 160 171 160 148 129 122 127 129 104 106 95 90 84
C olhidas 35 45 38 34 22 18 18 22 17 25 15 17 18 15 18
41
Exploração e
Conservação À Direcção Geral de Exploração e Conservação
compete a gestão operacional da Rede Ferroviária,
proporcionando aos Operadores Ferroviários os
adequados canais de circulação, a utilização de
uma infra-estrutura fiável e o seu comando e
regulação do seu tráfego, com elevados padrões
de segurança e qualidade.”
Administração
Planeamento
Secretário Geral
Estratégico
Auditoria e
Jurídico e
Sistemas de
Contencioso
Qualidade
Relações
Segurança
Internacionais
Ambiente
Aprovisionamentos Investimentos
Exploração
e Logística
Inovação e
Sistemas e
Normalização
Tecnologias de
Informação Direcção de
Atravessamentos e
Património
Gestão de PN’s
Imobiliário
Instalação CF na
Ponte 25 de Abril
42
Conservação e Manutenção
Direcção de Exploração
Gestão da Circulação
A Gestão da Circulação iniciou em 2003 o projecto e-post, distribuição das Ordens de Serviço, o qual teve
o culminar da sua plena utilização, durante o ano de 2004.
Foram iniciados os trabalhos para o lançamento do projecto e-telegramas, que pretende facilitar os
métodos actualmente utilizados nos registos das comunicações telefónicas.
As redes manobras, quer ao nível de equipamentos quer ao nível dos processos de registo, sofreram um
incremento significativo. Com efeito, foram adquiridos vários rádios de manobras e instaladas
funcionalidades de gravação de comunicações em vários locais.
43
Gestão da Capacidade
Salienta-se a participação na definição do plano estratégico para implementação dos Centros de
Comando Operacional – CCO’s da Rede da REFER e elaboração do Modelo Conceptual relativo aos
referidos CCO’s. Destaca-se a colaboração na implementação do sistema de Gestão da Qualidade nos
Serviços Centrais e na definição dos respectivos Processos.
É ainda de salientar a coordenação da elaboração do Directório de rede para 2005 envolvendo a
compilação das informações relativas ao acesso e utilização da infra-estrutura e das suas características
físicas.
Dos trabalhos realizados pela gestão da capacidade, destacam-se, a elaboração de diversos estudos de
layout (novo layout da estação de Coimbra-B e alteração do layout da estação de Pinhal Novo para
manutenção da torre do antigo posto de sinalização), a participação e colaboração na equipa de
projecto de reestruturação da regulamentação técnica, a elaboração de pareceres sobre processos de
licenciamento urbano na vizinhança do domínio público ferroviário, a elaboração do plano de exploração
de contingência para o cenário de encerramento do túnel do Rossio e consequente estudo de alteração
da sinalética das estações da Linha de Cintura. Destaca-se também a participação na elaboração do
Relatório de Integração da Rede de Alta Velocidade com a Rede Convencional.
Foi também acautelada a participação no desenvolvimento de um novo projecto, interdepartamental,
para cadastro da infra-estrutura, no âmbito da aplicação e Infra-estruturas que será utilizado pela
aplicação eViriato, entre outras.
Na sequência dos trabalhos de modernização da rede ferroviária concluídas em 2004, procedeu-se à
elevação das velocidades em significativos troços destacando-se pela sua relevância, as Linhas do Norte
e Sul:
44
Das alterações efectuadas ao nível do Horário Técnico, seis resultaram da modernização da infra-estrutura,
sendo duas das alterações a pedido dos Operadores, reformulação do serviço de mercadorias da CP e
extensão da FERTAGUS a Setúbal.
Regulamentação
No ano de 2004 foi elaborada e proposta para homologação ao INTF, numerosos textos regulamentares,
parte significativa dos quais relativos à entrada ao serviço de novas instalações.
Refere-se a regulamentação do “Regime Especial de Circulação” que permite agilizar de forma segura, a
normalização da circulação após a ocorrência de avarias na sinalização, bem como do novo Modelo de
Limitação de Velocidade.
No que se refere a novas instalações de sinalização, salienta-se as estações de concentração de, Nine,
Funcheira, Faro e Tunes, Pinhal Novo, Algueirão, Meleças e Ermidas-Sado.
Relativamente ao Sistema CONVEL, este passou a abranger toda a Linha do Sul, a Linha do Alentejo entre
Funcheira e Ourique do Algarve entre Olhão e Lagos.
No que se refere ao Rádio Solo – Comboio, este passou a abranger toda a linha do Sul, a Linha do
Alentejo entre Funcheira e Ourique, bem como a Linha do Algarve entre Tunes e Faro.
Em relação à rede electrificada, este passou a abranger todo o Eixo entre Braga e Faro.
45
Abaixo indica-se a evolução dos CK’s na Rede Geral, embora os CK’s percorridos nas linhas do Anexo I do
Decreto-Lei n.º 270/2003, não estejam a ser objecto de cobrança de tarifas em 2004.
45.000.000
40.000.000
35.000.000
30.000.000
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
CK Passageiros C K Mercadorias C K Marchas C K - Total Prestações
Realizdos Realizdos Realizdos Exploração
Durante o ano de 2004 teve início a contratualização de uma prestação de serviço cujo objecto é o de
adequar a contabilidade analítica e o sistema de custeio às novas exigências regulamentares em matéria de
tarifação e definir um modelo de reporte das contas de regulação com apresentação de indicadores de
actividade.
OPERADOR FERTAGUS – EVOL UÇÃO DOS C Ks RE AL IZADOS
Operador Fertagus
1.280.000
1.260.000
1.240.000
1.220.000
1.200.000
1.180.000
1.160.000
1.140.000
1.120.000
1.100.000
1.080.000
2001 2002 2003 2004
46
No final do ano de 2004, a Rede Ferroviária Nacional tinha uma extensão de 3.624,0 km, dos quais 2849,2 com
tráfego ferroviário. As características da Rede em 2004 estão evidenciadas no seguinte quadro:
Electrificada Não
TOTAL TOTAL TOTAL
Electrificada
25.000V 1.500V Sub-Total
47
Tendo sido constituída em 1 de Junho de 2004, a Delegação da REFER no Norte, tem como principal
objectivo o acompanhamento de todos os empreendimentos ferroviários desenvolvidas no seio das
Empresas do Grupo REFER localizadas na AMPorto, de que a articulação com a RAVE, dos trabalhos
relacionados com a implementação da rede ferroviária de alta velocidade no Eixo Porto – Vigo é um
exemplo. Destacam-se assim, no âmbito das actividades operacionais, a conclusão, no primeiro trimestre
de 2004, das obras de remodelação das infra-estruturas ferroviárias do Troço Lousado – Nine – Braga, com
o intuito de elevar e uniformizar os patamares de velocidade no Eixo Atlântico, entre Braga e Faro.
Merece ainda particular destaque a reabertura ao tráfego ferroviário da linha de Guimarães a 19 de
Janeiro de 2004, na sequência das profundas intervenções levadas a efeito entre Santo Tirso e Guimarães,
que visaram a sua reconversão em via larga, a electrificação do traçado, a supressão de 65 passagens
de nível e a remodelação das estações e dos apeadeiros aí inseridos.
No âmbito do Projecto Estações com Vida, arrancaram em Janeiro de 2004 as obras de construção do
Interface Poente de Campanhã, cuja primeira fase culminou com a abertura à exploração, em Setembro
de 2004, dos 175 lugares da zona Nascente do novo parque de estacionamento subterrâneo, com uma
capacidade total para 400 viaturas.
É ainda de realçar, em Junho de 2004, o inicio dos trabalhos de beneficiação da Estação de Rio Tinto, os
quais, para além da construção de uma passagem inferior de peões, contemplam a construção de um
interface com uma capacidade para cerca de 50 lugares.
48
Investimentos e Cobertura
dos Investimentos
49
O volume de investimentos realizado pela REFER durante o exercício de 2004 ascendeu a 494 milhões de
euros, representando uma taxa de realização de 78% face ao previsto. Deste total, 97% (477 milhões de
euros) dizem respeito a intervenções em ILD’s inscritos no PIDDAC, correspondendo os restantes 3% (17
milhões de euros) a investimentos realizados fora do âmbito do PIDDAC, dos quais se destacam os
investimentos correntes em infra-estruturas (7,2 milhões de euros), estudos de âmbito genérico (7,4 milhões
de euros) e os investimentos de funcionamento (2,4 milhões de euros).
Cobertura Financeira
PROGRAMAS / PROJECTOS Previsto Realizado Taxa
Financiamento
PIDDAC Outras realiz.
Comunitário
(%)
Rede Ferroviária Nacional - Rede Geral 334.655 256.874 12.873 49.762 194.239 77%
Projecto Integrado da Linha do Norte 186.603 159.001 6.371 49.762 102.869 85%
Projecto Integrado da Linha Algarve 73.294 67.348 2.204 65.144 92%
Projecto Integrado da Linha Beira Baixa 26.821 11.310 1.020 10.290 42%
Projecto Integrado da Linha Oeste 4.393 2.920 80 2.840 66%
Projecto Integrado da Linha Minho - Além Nine 1.714 326 70 256 19%
Projecto Integrado da Linha Douro (Marco-Régua) 4.403 1.384 4 1.380 31%
Linha Norte - Nova Estação de Espinho 18.168 3.913 380 3.533 22%
Ligação Ferroviária Porto de Sines - Espanha 1.708 697 100 597 41%
Modernização Linha Algarve 3.176 2.134 4 2.130 67%
Linhas de Carácter Regional 1.791 495 70 425 28%
Segurança Rodoviária - Supressão e Reconversão de PN 12.584 7.346 2.570 4.776 58%
Total Investimento em ILD - PIDDAC 603.421 477.126 20.630 74.634 381.862 79%
50
0,04%
25,45%
2,36%
72,16%
51
Delegação
PROGRAMAS / PROJECTOS Previsto TOTAL DGEN TOTAL DGEC Outros TOTAL
REFER do Norte
Rede Ferroviária Nacional - Rede Geral 334.655 248.059 8.637 0 178 256.874
Projecto Integrado da Linha do Norte 186.603 155.337 3.665 159.001
Projecto Integrado da Linha Algarve 73.294 67.348 67.348
Projecto Integrado da Linha Beira Baixa 26.821 10.816 494 11.310
Projecto Integrado da Linha Oeste 4.393 1.462 1.280 178 2.920
Projecto Integrado da Linha Minho - Além Nine 1.714 78 248 326
Projecto Integrado da Linha Douro (Marco-Régua) 4.403 1 1.384 1.384
Linha Norte - Nova Estação de Espinho 18.168 3.913 3.913
Ligação Ferroviária Porto de Sines - Espanha 1.708 447 250 697
Modernização Linha Algarve 3.176 1.980 154 2.134
Linhas de Carácter Regional 1.791 1 494 495
Segurança Rodoviária - Supressão e Reconversão de PN 12.584 6.678 669 7.346
Total Investimento em ILD - PIDDAC 603.421 344.292 11.248 121.408 178 477.126
O financiamento dos investimentos em ILD’s inscritos no PIDDAC foi assegurado pelo Estado através do
Orçamento de Estado no âmbito do Cap. 50, pelos Fundos Comunitários e Outras Fontes de
Financiamento. Em 2004, a estrutura da cobertura financeira dos investimentos PIDDAC teve o seguinte
comportamento: o Cap. 50 representou cerca de 4,3% (20,6 milhões de euros) os Fundos Comunitários
52
15,7% (74,6 milhões de euros) e Outras Fontes de Financiamento situaram-se nos 80% (381,9 milhões de
euros), salientando-se que, à semelhança dos anos anteriores, as contribuições do PIDDAC e dos Fundos
Comunitários tem vindo a diminuir, pelo que o recurso ao endividamento representa a maior parcela da
cobertura financeira dos investimentos, com o resultante impacto negativo em termos de encargos
financeiros.
600.000
500.000
Milhares de euros
400.000
300.000
200.000
100.000
0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Investimento Realizado
53
GRUPO REFER
54
Grupo REFER
O ano de 2004 foi um ano de consolidação e avaliação do universo REFER. Foi importante, para isso, as
reuniões de quadros que se realizaram entre as empresas do grupo, servido para debater os desafios que
se colocam, no âmbito de uma cultura de comunicação e partilha de ideias. Acrescente, ainda, o facto
de se poder travar conhecimentos com colegas das participadas, que com a REFER partilham os valores,
a visão e os desafios do sector.
Empresas Afiliadas
55
REFER
INVESFER, SA FERNAVE, SA FERBRITAS, SA CP COM, SA
TELECOM, SA
GIL, SA
RAVE, SA
METRO
MONDEGO, SA
56
2003
Desempenho Económico –
Financeiro
57
58
No ano que agora encerra este procedimento foi alterado, tendo sido decidido contabilizar
as indemnizações pagas em 2004 na conta de custos extraordinários do exercício e
regularizar a contabilização das indemnizações pagas em anos anteriores na conta de
Resultados Transitados no montante de 20.161.052 euros.
O impacto desta alteração de critério implicou um agravamento dos Resultados Líquidos em
5.541.053 euros.
• Não constituição pela REFER de uma provisão para riscos e encargos que retratasse as suas
responsabilidades decorrentes da participação nos capitais próprios negativos das suas
afiliadas, GIL, – Gare Intermodal de Lisboa, S.A. e FERNAVE – Formação Técnica, Psicologia
em Transportes e Portos, S.A.
A constituição das provisões provoca um agravamento do Resultado Líquido de 885.889
euros.
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
Proveitos C ustos
O valor dos Resultados Operacionais atingiu em 2004 o valor negativo de 88.806.928 euros, significando
um acréscimo de 34% comparativamente com o período homólogo do ano anterior.
59
60
Estrutura de Proveitos
Os Custos Operacionais sofreram uma redução de 9%, invertendo a tendência de crescimento dos
últimos anos. (O peso destes custos sobre os Custos Totais diminui para 72%, contra 79% verificado no
ano anterior).
A rubrica que maior contribui para esta redução, foi a conta 61 – Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas, que registou um decréscimo de 60%. A justificação para esta redução assenta no
decréscimo dos consumos de materiais por parte das obras de investimento (cf. explicação da redução
da rubrica Trabalhos para a Própria Empresa). O peso desta rubrica relativamente aos Custos Totais
passou para 7%, contra 18% verificado no exercício anterior.
Os Fornecimento e Serviços Externos verificaram um acréscimo de 11% comparativamente com o
período homólogo do ano anterior. O valor dos Subcontratos representa 62% do Total da rubrica
Fornecimento e Serviços Externos, apresentou um crescimento de 10% relativamente ao ano anterior. Os
Outros Fornecimentos cresceram 14% comparativamente com 2003.
Esta rubrica representa 21% dos Custos Totais e 29% dos Custos Operacionais, em 2003 este peso era de
19% e 24% respectivamente.
Os Custos com o Pessoal mantiveram a tendência decrescente que se tem assistido nos últimos anos.
A conta de Provisões teve um crescimento muito acentuado (353%), passou para 4% o peso
relativamente aos Custos Totais (no ano anterior esse peso era de 2%).
Este acréscimo é justificado pelo aumento dos processos judiciais do Apoio Jurídico, nomeadamente,
para um processo judicial do Grupo Dragados, foi criado uma provisão no montante de 6.800.000
euros, relativo à construção da Estação de Mercadorias da Bobadela, e além disso, foi constituída uma
61
62
Estrutura de Custos
Provisões e 2,4%
Amortizações 4,4%
2004
A REFER, de acordo com o instituído no Decreto-Lei n.º 104/97, tem como Missão a prestação do serviço
público de gestão da infra-estrutura ferroviária integrante da Rede Ferroviária Nacional e também a
construção, instalação e renovação das infra-estruturas ferroviárias.
Para o desenvolvimento da sua actividade, a REFER estruturou-se diferenciando as duas vertentes da sua
missão, mas considerando que o seu objecto principal se centra na prestação de serviço público de
gestão de infra-estrutura. No entanto, toda a estrutura corporativa e administrativa serve
indiferentemente as duas actividades, o que dificulta a atribuição directa das respectivas quotas-partes
de responsabilidades.
Por este facto, e atendendo às funções próprias de cada órgão desta estrutura, definiram-se critérios
diferenciados de distribuição dos respectivos custos de funcionamento pelas duas grandes actividades,
podendo assim evidenciar os custos e proveitos associados a cada uma delas. Em termos de actividade
de investimento estão pois reflectidos não só os custos incorridos com cada um dos órgãos de
investimento, mas também uma quota-parte dos custos de funcionamento dos órgãos centrais da
empresa. Para o exercício de 2004 o valor imputado ascendeu a 12.915 milhares de euros.
Por último é de referir que o resultado desta actividade decorre principalmente dos encargos financeiros de
empréstimos contraídos para financiar investimentos em ILD’s já concluídos, em que por imposição das regras
contabilísticas já não é possível a sua capitalização.
63
ACTIVIDADE
CONTAS
GESTÃO DE INFRA- TOTAL DA
INVESTIMENTO
ESTRUTURAS EMPRESA
86-Imposto s/Rendimento 0 97 97
Balanço
O valor do Activo Líquido da REFER atingiu no exercício em análise o montante de 6.046.155.591euros,
registando um acréscimo de 6% comparativamente com o período homólogo do ano anterior.
Em 2004 assistiu-se a um acréscimo de 41%, comparado com o ano de 2003, na rubrica de
Imobilizações Incorpóreas. Para este incremento contribui um aumento de 92% na conta de Despesas
64
65
Á semelhança do que vem acontecendo nos anos anteriores o valor do Capital Próprio é inferior ao
valor do Passivo Total, esta tendência foi agravada este ano, visto que em 2003 representava 83% do
Passivo e agora representa apenas 68%. As razões para esta evolução prende-se, pelo agravamento do
Resultado Líquido e pelo não aumento do Capital Estatutário, através da atribuição de Dotações de
Capital por parte do Estado.
Durante o ano de 2004 foram transferidos para Resultados Transitados, para além dos resultados líquidos
de 2003, o montante de 14.945.114 euros relativos a juros de mora debitados pela CP até 31-12-2003,
7.776.156 euros da provisão para riscos e encargos para fazer face aos capitais próprios negativos das
empresas afiliadas, 12.414.325 euros de anulações de proveitos anteriormente especializados
16.761.008 euros resultantes do Acordo REFER / CP do passado mês de Setembro e o valor das
indemnizações por rescisão de contratos de trabalho por mútuo de acordo registados em custos
diferidos, que totalizam 20.161.052 euros.
Em Setembro deste ano foi celebrado o Acordo REFER / CP que regularizou diversa facturação em
divergência, que não estava abrangida pelo 1º Acordo em 2003.
Este acordo regularizou facturação proveniente de atrasos, descarrilamentos, outros incidentes e serviços
prestados pela REFER às Unidades de Negócio UTML, UVIR, USGL e USGP da CP.
Do encontro de contas decorrente daquele Acordo resultou um impacto positivo nas contas da REFER no
montante de 18.451.175 euros.
A estrutura do Passivo + Capital Próprio sofreu algumas alterações. O Capital Próprio reduziu o seu peso
sobre Total do Passivo + Capital Próprio, (41% em 2004, 46% em 2003). As Dividas a Terceiros a Curto
Prazo representam 20 % do Total Passivo + Capital Próprio (em 2003 representavam 15%). As Dividas a
Médio Longo Prazo mantiveram o seu peso (39%).
Estrutura do Balanço
3,1%
96,9%
20%
41%
39%
66
0,90
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40
0,30
0,20
0,10
0,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
67
O Conselho de Administração
68
Demonstrações
Financeiras
69
Demonstrações Financeiras
Balanço
a 31 de Dezembro de 2004 (euros)
2004 2003
Código ACTIVO Notas Amortizações e
Activo bruto Provisões Activo liquido Activo liquido
acumuladas
IMOBILIZADO:
Imobilizações incorpóreas: 10
431 Despesas de Instalação 154.561 132.947 21.614
432 Despesas de Invest. e Desenv. 13.542.939 11.117.457 2.425.482 1.262.729
433 Propriedade e Outros Direitos 29.928 29.928 0
443 Imob. Incorp. em curso 14.560.853 14.560.853 10.763.581
28.288.281 11.280.332 17.007.949 12.026.310
Imobilizações corpóreas: 10
421 Terrenos e recursos naturais 128.555.509 128.555.509 114.134.549
422 Edifícios e outras construções 3.397.943.479 4.055.743 3.393.887.736 3.232.871.361
423 Equipamento básico 47.949.751 6.719.241 41.230.510 40.074.768
424 Equipamento de transporte 7.161.336 6.382.844 778.492 963.327
425 Ferramentas e utensílios 449.129 425.015 24.114 10.192
426 Equipamento administrativo 10.331.535 7.924.976 2.406.559 2.429.805
429 Outras imobilizações corpóreas 423.674 189.392 234.282 261.692
441/2/4 Imobilizações em curso 11 2.238.220.199 2.238.220.199 1.929.829.499
448 Adiantamento por conta de imobilizações corpóreas 12.183.731 12.183.731 8.602.752
48.12 5.843.218.343 25.697.211 5.817.521.132 5.329.177.945
Investimentos financeiros:
411 Partes de Capital 10 0
4111 Empresas do Grupo 16 15.364.784 15.364.784 11.466.314
4113 Outras Empresas 16 12.476 12.476 12.564
413 Empréstimos Financiamento 16
4131 Empresas do Grupo 16 6.172.625 6.172.625 3.752.185
4133 Outras Empresas 16 1.871.429 1.871.429 1.871.429
23.421.314 0 23.421.314 17.102.492
CIRCULANTE:
Existências: 34
36 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41 23.642.600 61.000 23.581.600 22.311.540
35 Trabalhos em curso 9.089.600 9.089.600
32 Mercadorias 22 178.662 178.662 360.671
37 Adiantamentos p/conta compras 494.809 494.809 698.357
33.405.671 61.000 33.344.671 23.370.568
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
271 Acréscimos de proveitos 16.807.014 16.807.014 28.864.660
272 Custos diferidos 6.405.453 6.405.453 27.172.113
23.212.467 0 23.212.467 56.036.773
Total de amortizações 36.977.543 31.198.447
Total de provisões 61.000 6.030.467
Total do Activo 6.083.194.134 37.038.543 6.046.155.591 5.677.670.048
70
Balanço
a 31 de Dezembro de 2004 (euros)
CAPITAL PRÓPRIO: 40
51 Capital 35 305.200.000 305.200.000
55 Ajustamentos Partes de Capital -106.428 -229.650
575 Outras reservas 3.100.869.129 3.005.502.846
59 Resultados Transitados -806.368.644 -611.218.579
Subtotal 2.599.594.057 2.699.254.617
PASSIVO:
Provisões para riscos e encargos: 34
293 Processos Judiciais em curso 48.4 18.343.105 15.400.862
294 Acid.Trab. e Doenças Profissionais
296 Provisões para riscos e encargos-Participadas 8.662.057
298 Outras provisões p/ Riscos e Encargos 2.394.230 2.394.230
299 Provisão Pré Reformas 48.13 841.287 2.496.109
30.240.679 20.291.201
Dívidas a terceiros-Médio e Longo prazo: 29
231/2 Dívidas a instituições de crédito 48.6 2.312.886.111 2.199.281.282
268 Outros credores
2.312.886.111 2.199.281.282
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
273 Acréscimos de custos 39.241.392 46.258.939
274 Proveitos Diferidos 114.178 182.828
39.355.570 46.441.767
71
182.286.040 214.455.937
Demonstrações Financeiras
72
CÓDIGO DAS
PROVEITOS E GANHOS Notas 2004 2003
CONTAS
Resumo:
Resultados operacionais: (B) - (A) = -88.806.928 -66.449.047
Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) = -53.767.657 0 -45.593.159
Resultados correntes: (D) - (C) = -142.574.585 0 -112.042.206
Resultados antes de impostos: (F) - (E) = -154.059.787 0 -123.001.108
Resultado líquido do exercício: (F) - (G) = -154.157.239 0 -123.092.410
73
2004 2003
73 - A
73
Anexo ao Balanço e
Demonstração de
Resultados
74
Nota Introdutória
A Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P., abreviadamente designada por REFER, E.P. é uma entidade
pública empresarial, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património próprio, sujeita à
tutela dos Ministérios das Finanças e do Equipamento Social, com sede na estação de Santa Apolónia em
Lisboa e foi constituída pelo Decreto-Lei nº 104/97 de 29 de Abril tendo como actividade principal a
prestação de serviço público de gestão da infra-estrutura integrante da rede ferroviária nacional e ainda
tem como atribuição a construção, instalação e renovação das Infra-estruturas ferroviárias.
As demonstrações financeiras da empresa foram elaboradas, nos seus aspectos mais significativos, em
conformidade com o Plano Oficial de Contabilidade (POC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89, de 21
de Novembro.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade.
As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua
apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.
Todos os valores estão expressos em Euros (Eur), salvo indicação em contrário.
A empresa não procedeu a alterações de práticas e politicas contabilísticas, excepto as referidas nas
notas 34 e 48.15, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos materialmente
relevantes, com os valores do exercício anterior
75
Taxas
Edifícios 2% e 10%
Equipamento básico 3,33% a 20%
Ferramentas e utensílios 12.5% a 100%
Equipamento de transporte 4% a 100%
Equipamento administrativo 12.5% a 100%
Outras imobilizações corpóreas 12.5% a 20%
76
77
A conta dá expressão ao princípio contabilístico da especialização do exercício, visto que é através dos
movimentos nela efectuados que se acrescentam custos ou proveitos, ou se retiram, conforme sejam ou
não referentes ao exercício em causa.
Nesta conformidade, a REFER regista os custos e proveitos de que não tinha documentação mas que
dizem respeito ao exercício, ou que tendo-a, se referem a exercícios vindouros.
Durante o ano em curso foram anuladas receitas inerentes às Unidades de Negócio relativas a anos
anteriores, por força do Acordo de 22 de Setembro de 2004 em Eur. 12.414.321, por contrapartida de
Resultados Transitados.
A REFER alterou a sua politica de contabilização no que respeita às indemnizações no que respeita a
rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. (ver nota 48.15)
Os subsídios atribuídos à Empresa, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são
registados em reservas, uma vez que as ILD´s não são objecto de amortização.
PIDDAC 20.641.426
FEDER/IOT 1.497.787
DGTREN 1.725.184
FUNDO DE COESÃO 71.411.886
95.276.283
78
Moeda Cotação
O número médio de pessoas ao serviço da empresa, no presente exercício foi de 4.362 empregados.
Nota 8. Despesas de instalação, de investigação e desenvolvimento e propriedade industrial
Durante o exercício foram imputados a Imobilizações em Curso custos financeiros relacionados com
empréstimos contraídos para as financiar. Deste modo, foram capitalizados Eur 23.518.191, dos quais
cerca de Eur. 21.811.117 são juros dos empréstimos do BEI, do Banco Berlim, do Banco ABN e do Banco
WestLB, sendo o restante referente às Taxas de Aval dos financiamentos referidos. (Ver nota 14 b)
79
Aumentos do
01.01.2004 31.12.2004
Ano
Encargos Financeiros
Juros 105.005.534 21.811.117 126.816.651
Taxa de Aval 4.035.739 1.707.074 5.742.813
80
15.364.784
Associadas
GIL 33,00% -21.636.336 -2.076.674
Gare Intermodal de Lisboa, AS
Av.Marechal Gomes da Costa, nº 37 - Lisboa
Outras Empresas
FERNAVE 10,00% -15.220.659 -1.806.211
Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria
em Transportes e Portos, AS
Rua Castilho nº 3 - Lisboa
METRO MONDEGO 2,50% 499.065 -3.509 12.476
Praça 8 de Maio, 38 - Coimbra
12.476
15.377.260
As informações supra referidas relativas às empresas participadas foram extraídas das respectivas
demonstrações financeiras relativas ao exercício em aprovação.
As participações financeiras que detemos sobre aquelas empresas são valorizadas pelo método da
Equivalência Patrimonial.
A REFER constituiu uma provisão para riscos e encargos para retractar as suas responsabilidades
decorrentes da participação nos capitais próprios das entidades GIL e Fernave. (ver nota 40)
Às empresas do Grupo – Ferbritas, REFER Telecom e Invesfer e outras empresas – Fernave – foram
concedidos empréstimos – Suprimentos com carácter de permanência prolongada, num total de Eur
9.249.054, repartidos do seguinte modo:
81
Empresa Montante
Empresas do Grupo
Ferbritas 997.861
Refer Telecom 500.000
Invesfer 4.674.764
6.172.625
Outras empresas
Fernave 1.871.429
1.871.429
8.044.054
O empréstimo à Invesfer vence juros à taxa Euribor 12M + 1,5% e será reembolsado entre 2007 e 2009.
No decorrer do exercício de 2004 foi anulada a provisão para clientes de cobrança duvidosa em Eur.
5.736.211 por força de negociações que culminaram no acordo de Setembro de 2004.
2004 2003
82
À data de 31 de Dezembro de 2004, não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e Outros
Entes Públicos. O valor desta rubrica é composto por:
2004 2003
83
reembolsado em anuidades iguais e consecutivas, após o período de carência. Todos os empréstimos, com
excepção do Logo Securities, têm Aval do Estado.
Em 31 de Dezembro de 2004 a REFER tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, como
segue:
A Provisão dos Processos Judiciais em curso inclui os processos judiciais do Apoio Jurídico, bem como os
referentes às Relações de Trabalho.
84
A Provisão para Acidentes de Trabalho diz respeito a custos com acidentes que irão ser custeados nos
exercícios seguintes. Em 2000 a REFER celebrou com a Companhia de Seguros Império, um Seguro de
Acidentes de Trabalho pelo que deixa de fazer sentido ter esta provisão.
A Provisão para Pré Reformas diz respeito a pessoas de áreas que transitaram da CP em situação de Pré
Reforma, pelo que foi constituída a respectiva provisão, sendo utilizada nos exercícios a que dizem
respeito. Esta provisão termina em 2007.
A Provisão para Riscos e Encargos – Participadas destina-se a retractar a responsabilidade da REFER
decorrente da participação nos capitais próprios da GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA e Fernave –
Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos, SA os quais apresentam
valores negativos de cerca de Eur.21.636. 336. e Eur. 15.22.659, respectivamente. O impacto desta
alteração reflectiu-se em Resultados Transitados e Resultados do exercício em Eur. 7.776.157 e Eur.
885.900, respectivamente.
85
2004 2003
2004 2003
2004 2003
2004 2003
4.659.961 3.313.105
87
A Taxa de Aval diz respeito aos empréstimos BEI, ABN, Berlin e WestLB tendo sido capitalizada em cerca de
Eur 1.707.074.
Os Outros não especificados, a quase totalidade do valor (99,99%), diz respeito às despesas com os
empréstimos Logo Securities I e II, que estão a ser diferidas por 5 e 6 anos, respectivamente.
Os Ganhos em Empresas do Grupo referem-se à Equivalência Patrimonial efectuada na Invesfer, Ferbritas
e REFER Telecom.
2004 2003
Cerca de 27% do saldo da rubrica Custos e Perdas - Correcções Exercícios Anteriores, corresponde à
indemnização paga à Contacto e resultante do Acordo no CSOPT e cerca de 10% refere-se à anulação
de facturas de 2000, emitidas à TEX, referentes a ocupação de espaços nas estações.
Em Outros Custos e Perdas Extraordinários cerca de 6% da conta referem-se às Pré Reformas (ver Nota
48.13), às Indemnizações de Rescisões por mútuo acordo do ano corrente, que deixaram de ser diferidas
por um período de 5 anos (Ver Nota 48.15), correspondem 89%.
No que respeita aos Proveitos e ganhos Extraordinários, na rubrica Ganhos em existências Eur. 2.155.610
respeitam à anulação do adiantamento p/ vendas da LS, por força do contrato de cessão de posição
contratual à INVESFER. Na rubrica Reduções de Amortizações e Provisões, cerca de 13% diz respeito à
utilização da Provisão para Pré Reformas, 40% está relacionado com os Processos Judiciais resolvidos e
45% com a anulação da Provisão para Cobrança Duvidosa, face ao acordo com a CP de Setembro
2004.
88
Nota 47.1. Informação a que se refere o Despacho do Secretário de Estado do Tesouro, de 25 de Junho
de 1980:
Montante
233.867
A tempo inteiro:
Dirigentes sindicais 12
Comissões Trabalhadores 1
89
A dívida à Segurança Social – T.S.U. ascende a Eur 2.014.830, não se encontrando qualquer valor em
situação de mora.
Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos
resultados:
Nota 48.1. A REFER começou no exercício de 1999 a fase de exploração das suas infra estruturas e
consequentemente a cobrança da taxa de uso aos operadores ferroviários - CP e FERTÁGUS, bem como
outros serviços.
À data de 31.12.2004 a dívida daquelas duas entidades está repartida do seguinte modo:
Montante
CP 30.789.447
Fertágus 1.577.162
Outros 12.265
32.378.874
Neste exercício a CP aceitou a Taxa de Uso debitada pela REFER, num total de Eur 55.754.918.
Em relação à Fertágus, não tem sido efectuado qualquer pagamento, visto que de acordo com o
contratualmente estabelecido, o tráfego encontra-se abaixo da banda mínima de referência, para
poder ser facturada. Nos termos do Dec-Lei nº 189-B/200, de 2 de Junho, o Estado tem compensado a
REFER do montante daquela taxa, valor incluído no montante de Indemnizações Compensatórias
recebidas. Em 2004, o valor referente à Taxa de Uso devida pela Fertágus ascendeu a Eur 2.438.004.
Do encontro de contas decorrente do acordo REFER / CP de Setembro de 2004 resultou um saldo a favor
da REFER de Eur. 18.451.175 já liquidado pela CP.
Nota 48.2. Durante o presente exercício foram contabilizados Eur 25.907.252 a título de Normalização de
contas (RCM 51/2003).
Nota 48.3. Os Trabalhos para a Própria Empresa englobam essencialmente os custos com os materiais
aplicados no investimento, o custo de funcionamento das equipas de projecto da REFER e o custo de
gestão e administrativos das actividades directamente relacionadas com o investimento, sendo este no
valor de Eur 12.914.938.
90
Nota 48.4. No final do exercício de 2004, os processos judiciais, em curso, referentes a expropriações,
atingem o valor de Eur 4.138.999. Os processos judiciais objecto de provisão referem-se a acidentes e
pedidos de indemnização por estragos, por ocupação de terreno, etc, que ascendem a Eur 9.313.846,
dos quais Eur. 6.800.000 do Grupo Dragados SA, e a processos das relações do trabalho que atingem o
montante de Eur 9.029.256.
2004 2003
36.251.464 52.620.727
Na rubrica Valores a Regularizar, encontram-se cerca de Eur 2.585.699 referentes a pedido de reembolso
de IVA cujo direito à dedução ultrapassou o prazo de um ano, dos quais já foram pedidos aos Serviços
do IVA cerca de Eur 1.993.620. (Eur 517.146 em Julho de 2001, Eur 582.499 Novembro de 2002 e EUR.
893.975 em Agosto de 2004). Perto de Eur 3.054.170, dizem respeito ao IVA das facturas de Investimento,
a ser objecto de a regularização em 2005.
Na rubrica Outros Devedores, encontram-se cerca de Eur 11.286.370 (correspondente a 47% do saldo)
nas contas dos Tribunais, para fazer face aos processos de Expropriações. A O2 – Tratamento de
Ambiente, o Parque Expo, a REFER Telecom, a CPCom e a Fernave perfazem cerca de 25% do saldo.
Nota 48.6. Existem Eur 2.024.792.111 referentes a Avales prestados pelo Estado, pelos empréstimos do BEI,
do Empréstimo Obrigacionista CP 1995/2005, dos Empréstimos dos Bancos Berlin, ABN e WestLB.
Nota 48.7. À data de 31 de Dezembro de 2004 existem cerca de Eur 186.743.772 de Garantias Bancárias
Recebidas de Fornecedores, e cerca de Eur 35.846.048 referentes a Outras Garantias Recebidas de
Fornecedores.
Nota 48.8. Em relação a Garantias Bancárias Recebidas de Clientes/Devedores, existem cerca de Eur
1.286.471, à data de 31.12.2004.
Nota 48.9. Com a aquisição das acções da FERBRITAS, a REFER assumiu em 1999 integralmente as
obrigações daí decorrentes, o que origina que a REFER passará a ser responsável pelas cartas de conforto
subscritas a favor do Banco Mello relativas a Leasings Imobiliários / Financiamentos de Médio e Longo
Prazo até aos montantes de Eur 4.239.782 e Eur 498.798, respectivamente.
91
Nota 48.10. Em relação à Invesfer, a REFER é responsável pelas cartas de conforto que foram subscritas a
favor do BPI, relativas a crédito de curto prazo, Médio e Longo prazo e leasing de viaturas, até aos
montantes de Eur 274.339, Eur 39.904 e Eur 67.116, respectivamente.
Nota 48.11. Para a Fernave, a REFER é responsável pela carta de conforto subscrita a favor Banco Espírito
Santo, relativa a um financiamento de curto prazo até ao montante de Eur 2.743.388.
Nota 48.12. Cerca de 98,74% do total de Imobilizações Corpóreas, correspondem a Imobilizado de conta
do Estado (ILD`s). Assim, esta rubrica atingiu em 31.12.04 Eur 5.769.811.808, dos quais Eur 2.230.147.563
respeitam a Imobilizado em Curso.
2004 2003
20.634.129 39.056.994
Na rubrica Adiantamentos p/ vendas as firmas Visabeira, Condiana e El Corte Inglês perfazem cerca de
77% do Saldo.
Nota 48.15. A REFER pagou no decurso dos exercícios de 2000 a 2003 indemnizações a empregados
relativas a rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo, nos montantes de Eur. 4.868.831, Eur.
11.668.418, Eur. 13.384.742 e Eur. 8.111.342, respectivamente. Os referidos valores, que se encontravam à
data de 31 de Dezembro de 2003 registados na rubrica de custos diferidos em Eur. 20.161.052, estavam a
ser amortizados por um período de cinco anos. Em 2004 essa metodologia foi alterada tendo o custo
relativo ao ano em curso sido levado a uma conta de Outros Custos e Perdas Extraordinários e a verba
registada na conta de Custos Diferidos foi transferida para Resultados Transitados.
92
Desta alteração resultou um agravamento dos custos de Eur. 5.541.053 (custos de 2004 Eur. 16.434.650
– Custos pelo método anterior Eur. 10.893.597) e dos resultados transitados de Eur. 20.161.052.
Nota 48.16. Durante o ano de 2004 foram transferidos para Resultados Transitados, para além dos
resultados de 2003, e da verba de Eur 20.161.052 referida no ponto anterior, Eur. 14.945.114 relativos a
juros de mora debitados pela CP até 31-12-2003, Eur. 7.776.156 da provisão para riscos e encargos, Eur.
12.414.325 de anulações de proveitos anteriormente especializados e Eur. 16.761.008 resultantes dos
Acordo REFER / CP do passado mês de Setembro.
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
93
Imobilizações Incorpóreas
Despesas de Instalação 122.140 32.421 154.561
Despesas de Investigação e Desenvolvimento 10.776.763 2.766.176 13.542.939
Propriedade Industrial e Outros Direitos 29.928 29.928
Imobilizações em Curso 10.763.581 -919.586 4.716.858 14.560.853
21.692.412 1.879.011 4.716.858 28.288.281
Imobilizações Corpóreas
ILD`s (Estado)
Terrenos e Recursos Naturais 113.506.577 14.420.960 127.927.537
Edificios e Outras Construções 3.208.427.340 160.856.958 3.369.284.298
Equipamento Básico 30.268.679 30.268.679
Imobilizações em Curso 1.922.411.452 -178.385.466 486.121.577 2.230.147.563
Adiant. P/conta de Imob.Corpóreas 8.602.752 -5.323.853 8.904.832 12.183.731
5.283.216.800 -8.431.401 495.026.409 5.769.811.808
REFER
Terrenos e Recursos Naturais 627.972 627.972
Edificios e Outras Construções 27.606.522 1.137.020 84.361 28.659.181
Equipamento Básico 15.159.692 1.694.571 826.810 17.681.073
Equipamento de Transporte 6.954.997 112.781 353.176 259.617 7.161.337
Ferramentas e Utensílios 404.479 44.650 449.129
Equipamento Administrativo 8.920.332 145.948 1.265.254 10.331.534
Outras Imob. Corpóreas 401.448 22.226 423.674
Imobilizações em Curso 7.418.045 -2.302.372 2.956.962 8.072.635
67.493.487 787.948 5.469.078 343.978 73.406.535
5.350.710.287 -7.643.453 500.495.487 343.978 5.843.218.343
Investimentos Financeiros
Partes de Capital
Empresas do Grupo 11.466.314 3.586.722 311.748 15.364.784
Empresas Associadas
Outras Empresas 12.564 -88 12.476
Emprestimos Financiamento
Empresas do Grupo 3.752.185 2.420.440 6.172.625
Outras Empresas 1.871.429 1.871.429
17.102.492 3.586.634 2.732.188 23.421.314
Imobilizações Incorpóreas
Desp de Instalação 122.140 10.807 132.947
Desp Invest e Desenvolvimento 9.514.034 1.603.422 11.117.456
Prop Indust e Outros Direitos 29.928 29.928
9.666.102 1.614.229 11.280.331
Imobilizações Corpóreas
Edificios e Outras Const 3.162.502 896.616 3.375 4.055.743
Equipamento Básico 5.353.602 -4.491 1.370.130 6.719.241
Equipamento de Transporte 5.991.670 650.790 259.617 6.382.843
Ferramentas e Utensílios 394.287 30.728 425.015
Equipamento Administrativo 6.490.527 1.434.450 7.924.977
Outras Imob Corpóreas 139.756 49.637 189.393
21.532.344 -4.491 4.432.351 262.992 25.697.212
31.198.446 -4.491 6.046.580 262.992 36.977.543
94
577.824.379 577.824.379
95
672.845.709 672.845.709
96
97
Actividades Operacionais
Recebimentos de clientes 155.146.274 314.807.523
Empréstimos de curto prazo obtidos 524.318.292 77.667.070
Pagamentos a fornecedores -245.572.281 -203.012.533
Pagamentos ao pessoal -120.512.223 -124.850.487
-10.697.626 -15.447.684
Fluxo das actividades operacionais (1) 362.827.109 78.851.373
Actividades de Investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Subsidios de investimento
Juros e proveitos similares 8.424.558 1.578.910
8.424.558 1.578.910
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 6.318.822 667.117
Imobilizações corpóreas 492.508.055 721.872.432
Imobilizações incorpóreas 6.595.869 4.174.528
505.422.746 726.714.077
Fluxo das actividades de investimento (2) 496.998.188 725.135.167
Actividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 113.604.829 490.552.047
Aumento de capital
Reservas 95.366.283 163.058.778
Outros 123.222
209.094.334 653.610.825
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos
Juros e custos similares
Dividendos
Resultados Transitados -72.057.654
Outros -40.820
-72.057.654 -40.820
Fluxo das actividades de financiamento (3) 137.036.680 653.570.005
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)-(2)+(3) 2.865.601 7.286.211
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 11.413.105 8.547.504
Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 8.547.504 1.261.293
Variação de caixa e seus equivalentes 2.865.601 7.286.211
98
As notas cuja numeração se encontre ausente deste anexo não são aplicáveis
2. Descriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes
99
Relatórios e
Certificação de Contas
100
101
I - Introdução
2. A REFER foi criada pelo Decreto-Lei nº. 104/97, de 29 de Abril, tendo iniciado a
sua actividade em 4/5/97.
2/5
III- Apreciação do Relatório e Contas da REFER
3/5
2. Os Custos com o pessoal, que constituem a principal rubrica de custos da
Empresa, representando, em 2004, cerca de 50% dos custos operacionais,
continuam a diminuir por efeito da redução de efectivos que se verifica desde
1999. Após a absorção de efectivos oriundos da CP, na sequência da respectiva
cisão e criação da REFER, foi encetado um processo de reestruturação da
empresa, redimensionando os seus recursos técnicos e humanos. O recurso ao
“outsourcing”, quer como opção estratégica quer pela utilização de novas infra-
estruturas tecnológicas, tem também contribuído para redução de efectivos. O
número médio de trabalhadores da Empresa passou de 6.500, em 1999, para
4.436, em 2004, verificando-se neste ano uma redução de cerca de 7,9%.
Regista-se uma redução dos Custos com o pessoal de 3,5% em 2004,
comparativamente com o ano anterior. Mas em termos de efectivo médio
verifica-se um aumento de cerca de 4,8% nos Custos com o pessoal e de 4,2%
na sub-rubrica “Remunerações”, a qual engloba apenas os rendimentos auferidos
pelos trabalhadores, excluindo as indemnizações por rescisão de contrato
individual de trabalho.
4/5
equipamentos. Essa tendência não se coaduna com os princípios de equilíbrio
económico e financeiro da Empresa, consagrados no artigo 8.º do DL 104/97, de
29 de Abril.
V - Parecer
5/5
SALGUEIRO, CASTANHEIRA & ASSOCIADOS
Introdução
Responsabilidades
Âmbito
_______________________________________________________________________________________________________
Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
Escritório: Av. 11 de Setembro n.º 14 – 7º B 2700-624 AMADORA – Tel.: 21 491 44 05 / Fax: 21 491 10 53
_______________________________________________________________________________________________________
SALGUEIRO, CASTANHEIRA & ASSOCIADOS
Reservas
Não nos é possível determinar o efeito dos ajustamentos que poderão vir a resultar
da resolução das situações acima descritas.
_______________________________________________________________________________________________________
Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
Escritório: Av. 11 de Setembro n.º 14 – 7º B 2700-624 AMADORA – Tel.: 21 491 44 05 / Fax: 21 491 10 53
_______________________________________________________________________________________________________
SALGUEIRO, CASTANHEIRA & ASSOCIADOS
Opinião
7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam
revelar-se necessários, caso não existissem as limitações descritas no parágrafo nº.
6 acima, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira
da Rede Ferroviária Nacional REFER, E.P., em 31 de Dezembro de 2004, bem
como o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, referentes ao exercício
findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal.
Ênfases
Sem afectar a nossa opinião sobre as contas, chamamos a atenção para o seguinte:
10. Em relação às suas participadas, com capitais próprios negativos, não eram
constituídas provisões para riscos e encargos para relevar as suas
responsabilidades decorrentes dessa situação, cujo procedimento foi também
objecto de reservas, tendo em conta o princípio contabilístico da prudência e a
possibilidade da REFER participar na reposição do capital dessas sociedades.
Conforme consta da nota 34 do Anexo, foi criada uma provisão, em 2004, no
_______________________________________________________________________________________________________
Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
Escritório: Av. 11 de Setembro n.º 14 – 7º B 2700-624 AMADORA – Tel.: 21 491 44 05 / Fax: 21 491 10 53
_______________________________________________________________________________________________________
SALGUEIRO, CASTANHEIRA & ASSOCIADOS
_______________________________________________________________________________________________________
Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
Escritório: Av. 11 de Setembro n.º 14 – 7º B 2700-624 AMADORA – Tel.: 21 491 44 05 / Fax: 21 491 10 53
_______________________________________________________________________________________________________