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Relatório e

Contas
2004
Rede Ferroviária Nacional – Refer, E.P.
Relatório e Contas 2004

“Carta do Presidente”

O ano de 2004 correspondeu ao segundo exercício completo do Conselho de Administração da


REFER EP, a que tenho a honra de presidir, sendo, portanto, o momento adequado para fazer um
balanço das actividades realizadas pela empresa no ano que agora encerra, bem como, para
destacar algumas das prioridades para 2005.
Refiro, desde logo, que durante o ano de 2004 se verificou uma alteração na composição do
Conselho de Administração da empresa, materializada pela Resolução do Conselho de Ministros nº 102/2004
(2ª Série), de 24 de Setembro, que nomeou o Senhor Eng. Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho, Vogal do
Conselho de Administração da REFER, em substituição do Senhor Eng. António Bentes Correia Alemão, que
cessou funções. O Conselho de Administração expressa o seu apreço e o reconhecimento da empresa pelo
contributo prestado pelo Senhor Eng. António Bentes Correia Alemão durante o período em que exerceu
funções.
Tendo como pano de fundo as orientações definidas pela Tutela para o sector ferroviário, o ano de 2004 na
nossa empresa ficou marcado pelos seguintes factos que considero dever realçar:
ƒ Em 2002, quando o Conselho de Administração tomou posse, várias foram as áreas de actuação
definidas como prioritárias. É com enorme prazer que, passados dois anos, avalio que muitos desse
objectivos foram concretizados ao longo do ano de 2004.
Assim, em 30 de Maio passado, antes do Campeonato Europeu de Futebol (Euro 2004) celebrado no
nosso país, concretizou-se a ligação directa de comboio entre Braga e Faro, o designado Eixo Atlântico,
em condições de segurança, conforto e rapidez, concretizando-se um marco fundamental na
modernização da espinha dorsal da nossa rede ferroviária.
ƒ A reestruturação da empresa, considerado um objectivo estratégico da REFER visando a reorientação
para o «core business», consolidou-se ao longo de 2004 com a reorganização da Direcção-Geral de
Engenharia.
Para desempenhar adequadamente a missão de executar os investimentos de modernização na rede
ferroviária nacional em nome do Estado, é necessário que a REFER assegure as especialidades e
valências técnicas de Engenharia, que contribuam para uma maior eficiência na gestão dos recursos,
tanto humanos como financeiros.
ƒ A criação da Direcção do Projecto dos CCO’s, em 2004, constituiu o primeiro passo para a futura
construção dos Centros de Comando Operacional Centralizados, destinados a optimizar a exploração da
rede e a gestão da circulação ferroviária, com elevados padrões de segurança, eficiência e qualidade.
ƒ Prosseguiu a actuação da REFER no sentido da reclassificação e supressão de passagens de nível, a fim
de garantir adequados níveis de segurança em matéria de atravessamentos, permitindo uma rápida
aproximação à média europeia no que respeita ao índice de passagens de nível por quilómetro de rede.

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ƒ O encerramento do Túnel do Rossio em Outubro passado, foi, seguramente, um dos acontecimentos


mais referenciados de 2004.
Não foi fácil ao Conselho de Administração decidir o encerramento daquela infra-estrutura à exploração,
mas a garantia de segurança de pessoas e bens enquanto Missão essencial do gestor da infra-estrutura
ferroviária, sobrepôs-se, sem equívocos, a quaisquer considerações de outra natureza.
O envolvimento e apoio desde o primeiro momento do Ministério das Obras Públicas, Transportes e
Comunicações e dos vários operadores de transportes da Área Metropolitana de Lisboa, permitiram a
rápida implementação de soluções alternativas tendentes a minorar os inevitáveis transtornos causados
aos clientes finais do modo de transporte ferroviário.
A reabertura do Túnel do Rossio está prevista para Junho de 2006, após concluída uma intervenção
profunda, há várias décadas considerada necessária mas sucessivamente adiada.
ƒ A criação da Delegação da REFER no Norte no primeiro semestre do ano passado, permitiu articular com
a RAVE os trabalhos relativos ao Eixo Porto – Vigo no âmbito da Alta Velocidade.
Por outro lado, procurando uma maior eficiência da gestão dos recursos, o Conselho de Administração
aprovou a constituição de uma “Task – Force” REFER/ RAVE/REFER TELECOM, no âmbito dos Sistemas e
Tecnologias de Informação, visando explorar sinergias para a obtenção de uma informação consolidada.
A Direcção de Sistemas e Tecnologias de Informação da REFER trabalha actualmente em conjunto com
a RAVE na definição do desenho conceptual do sistema SAP R/3 comum às empresas do designado
“Grupo REFER”.
ƒ Uma referência especial para o facto da REFER ter concluído o processo de obtenção de «rating» público
durante o ano de 2004.
A notação atribuída assenta no estatuto de EPE que caracteriza a empresa e, sendo muito próximo do
nível do «rating» da República Portuguesa, está-lhe expressamente indexado.
A REFER foi objecto de análise pelas duas mais conceituadas agências internacionais, Moody’s e Standard
& Poor’s, o que permite aos investidores compreender o posicionamento da REFER em termos de risco de
crédito, criando assim, condições para a empresa diversificar fontes de financiamento, designadamente,
através do acesso a mercados de capitais internacionais, sempre em coordenação com as Tutelas,
como de resto ficou confirmado na recente emissão de obrigações de 600 milhões de euros finalizada já
no decurso do primeiro trimestre de 2005.
A nível interno, uma palavra breve para referir alguns acontecimentos ocorridos em 2004 que considero
marcantes para a organização.
Desde logo, a comemoração do sétimo aniversário da REFER que teve lugar no Complexo Ferroviário do
Entroncamento e contou com a presença de cerca de 700 colaboradores, numa jornada de salutar
convivência.

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Assinalo, também os dois Encontros de Quadros realizados ao longo do ano, aos quais se associaram as
empresas afiliadas, designadamente: REFER TELECOM, FERBRITAS, INVESFER, RAVE e CPCOM. Foram
oportunidades únicas para debater os desafios que se colocam às empresas do “Grupo REFER”, com base
numa cultura de comunicação e partilha de ideias que se pretende intensificar.
Nesse âmbito, destaco, igualmente, os vários «Workshops» temáticos que visaram promover um nível de
informação adequada a todos os interessados, de modo a assegurar condições para os colaboradores
desenvolvam cabalmente as suas funções no universo empresarial da REFER.
Por último menciono o lançamento no último trimestre de 2004, de um projecto-piloto envolvendo 45 quadros
com o objectivo de identificar o potencial dos recursos humanos existente na nossa casa.
Para o ano de 2005 que agora se inicia, identificaram-se algumas metas corporizadas no Plano de Actividades
da empresa, de que menciono as seguintes:
ƒ Implementação faseada da contratualização externa das actividades de conservação e manutenção
da rede ferroviária;
ƒ Elaboração do Plano Director da Rede Ferroviária Nacional e reconfiguração da actual rede, garantindo a
sua articulação com a futura Rede de Alta Velocidade;
ƒ Implementação de uma solução de gestão documental integrada e transversal a toda a empresa.
Para terminar, dirijo-me a todos os colaboradores da empresa, reconhecendo o empenho e as muitas horas de
dedicação que despenderam nas respectivas áreas de actuação, tornando-se a base em que assenta o
percurso trilhado em conjunto.
Em meu nome e do Conselho de Administração, manifesto um público agradecimento, com a certeza de que
a REFER pode contar com todos na prossecução dos objectivos definidos.

José Braamcamp Sobral


O Presidente do Conselho de Administração

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Índice

Órgãos Sociais..................................................................................................................................... 7

A REFER em…2004…........................................................................................................................... 9

A REFER Cultural, Social e Desportiva em…2004…............................................................................ 14

Conjuntura Macroeconómica .......................................................................................................... 16

Situação Económica e Financeira .................................................................................................... 19

A Empresa ......................................................................................................................................... 22

Segurança ..................................................................................................................................... 23
Planeamento Estratégico............................................................................................................... 24
Recursos Humanos......................................................................................................................... 25
Aprovisionamentos e Logística ....................................................................................................... 26
Sistemas de Informação ................................................................................................................ 27
Ambiente ....................................................................................................................................... 28
Património Imobiliário ..................................................................................................................... 30
Auditoria e Gestão da Qualidade.................................................................................................. 31
Relações Internacionais ................................................................................................................. 32
Direcção Geral de Engenharia ...................................................................................................... 34
Direcção Geral de Exploração e Conservação ............................................................................ 43
Delegação da REFER no Norte ...................................................................................................... 48
Investimentos e Cobertura dos Investimentos .................................................................................... 50

Grupo REFER...................................................................................................................................... 55

Desempenho Económico – Financeiro ............................................................................................. 58

Demonstrações Financeiras .............................................................................................................. 70

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados .......................................................................... 75

Relatórios e Certificação de Contas................................................................................................ 101

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Missão:

“Proporcionar ao mercado uma infra-estrutura de


transporte competitiva, gerindo e desenvolvendo
uma rede ferroviária eficiente e segura, no
respeito pelo meio ambiente.”

Órgãos Sociais

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Órgãos Sociais Tem à sua responsabilidade as


seguintes áreas:
ƒ Acções próprias de coordenação do
Conselho de Administração;
ƒ Relações Tutelares;
ƒ Sistemas e Tecnologias de Informação

Presidente do Conselho de
Administração
José Braamcamp Sobral, Dr.
Tem a seu cargo as seguintes áreas de
responsabilidade:
ƒ Direcção Geral de Exploração e
Conservação;
o Direcção de Exploração;
ƒ Secretário-geral;
ƒ Jurídico e Contencioso
ƒ Planeamento Estratégico;
ƒ Comunicação e Imagem; Vice-Presidente do Conselho
ƒ Recursos Humanos; de Administração
ƒ Segurança José Osório e Castro, Dr.

As suas áreas de responsabilidade


são:
ƒ Direcção Geral de Engenharia;
ƒ Delegação da REFER no Norte;
ƒ Ambiente.

Vogal do Conselho de
Administração
Luís Miguel Silva, Eng.º

As áreas da sua competência são:


ƒ Direcção Geral de Exploração e
Conservação;
o Direcção de Conservação e Manutenção;
ƒ Património Imobiliário;
ƒ Relações Internacionais.

Vogal do Conselho de
Administração
Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho,
Eng.º

As áreas da sua competência são:


ƒ Economia e Finanças;
ƒ Plano e Controlo;
ƒ Auditoria e Sistemas de Qualidade;
ƒ Aprovisionamentos e Logística.

Vogal do Conselho de
Administração
José Marques Guedes, Dr.

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A Rede Ferroviária Nacional –


REFER EP, foi criada pelo Decreto-
Lei nº 104/97 de 29 de Abril.

1997
Fundação da REFER.
Em Maio de 1997 decorre a tomada de posse
do Conselho de Administração

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A REFER em…2004…
A REFER, enquanto empresa responsável pela gestão da rede ferroviária nacional, tem que assegurar o regular e
contínuo fornecimento do serviço público, desenvolvendo de uma forma eficaz actividades que proporcionem
aos operadores uma infra-estrutura de transporte competitiva, gerindo e desenvolvendo uma rede ferroviária
eficiente e segura, no respeito pelo meio ambiente.
A par deste objectivo, e assegurando a sua realização, a valorização contínua dos seus colaboradores, é uma
preocupação constante.
No final do ano, a nossa empresa contava com 4.258 colaboradores. Verificaram-se 191 entradas de pessoal
oriundo do exterior e foram registadas 569 saídas, sendo que 91% das mesmas decorreram do processo de
ajustamento do efectivo.
A colocação em primeiro plano dos Projectos de Investimento, pelo seu papel na modernização e
desenvolvimento da rede ferroviária nacional, fez sentido numa fase de grandes investimentos que decorreu até
2004. Encerrado esse ciclo, a estrutura organizativa deverá evoluir noutro sentido, privilegiando:
ƒ O aproveitamento de todas as sinergias existentes;
ƒ A concentração das especialidades da engenharia ferroviária;
ƒ A gestão funcional dos investimentos;
ƒ A optimização na gestão dos recursos humanos e materiais.
Neste sentido, assistiu-se ao longo de 2004 à continuação da reestruturação organizativa da nossa empresa,
com a reorganização da Direcção Geral de Engenharia assente na centralização das especialidades técnicas.
A Direcção Geral de Engenharia definiu um novo modelo organizacional que permite melhorar a eficiência
operacional e simultaneamente garantir uma maior flexibilidade e capacidade de adequação a novas
realidades no investimento ferroviário. Neste modelo, a Direcção de Engenharia tornou-se num centro de
competências dotado de massa critica para assegurar o desenvolvimento das valências técnicas e garantir
uma resposta efectiva às necessidades dos clientes internos, investimento, conservação e exploração da rede.
O Conselho de Administração deliberou a criação da “Missão para implementação dos Centros de Comando
Operacionais (CCO’s) ”, que posteriormente deu origem à criação da Direcção de Projecto dos CCO’s,
assegurando assim as acções necessárias à construção dos Centros de Comando Operacional, de forma a
optimizar a exploração da rede e a gestão da circulação ferroviária com elevados padrões de segurança,
eficiência e qualidade. Serão implementados 3 CCO’s que cobrem o território nacional.
Os Centros de Comando Operacional aglutinarão as funções de Comando Centralizado de Tráfego (CTC),
Regulação, Supervisão da Circulação, Telecomando de Catenária (PCT), Sistema de informação ao Público
(SIP), Sistema de Vídeo – Vigilância, Função Infra-estrutura e Função Telecomunicações.
A nível tecnológico, o ano de 2004 foi marcado por um conjunto de iniciativas que visaram tirar melhor partido
do nosso sistema corporativo, o sistema SAP, após o upgrade tecnológico efectuado no final de 2003. Durante o

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ano, ficou concluída a extensão do módulo PM a toda a rede da função Conservação. Foi igualmente
estendido o sistema Remedy às equipas de Permanentes das diferentes Zonas Operacionais de Conservação e
a sua ligação com o sistema RDC, promovendo o conceito de Gestão de Serviço sustentado por uma
aplicação Web.
A exemplo de outras iniciativas da REFER no plano tecnológico foram: a implementação de quiosques
multimédia em 31 estações da rede ferroviária e o acesso remoto aos nossos sistemas através de uma infra-
estrutura de VPN, disponibilizada a utilizadores previamente credenciados.
O órgão Secretário-geral continuou em 2004 a assumir o seu papel de interlocutor entre o Conselho de
Administração e a estrutura funcional da Refer. Durante o ano que agora se encerra, há a destacar a
organização das duas reuniões de Quadros do Grupo Refer e três workshops. Um dos objectivos alcançados
prende-se com a optimização dos canais de comunicação com a estrutura da empresa o que permitiu a
redução de tempo e a consequente redução de custos. Relativamente ao Centro de Documentação (CDG),
verificou-se, não só um aumento significativo de leitores registados, mas também um aumento considerável do
seu espólio, possuindo actualmente cerca de 5.000 espécies documentais, o que implica a duplicação de
registos no espaço de um ano.
Durante este ano o Departamento de Plano e Controlo, na sua vertente de disponibilização de informação de
gestão para o Conselho de Administração, procedeu à consolidação e melhoria do BSC Corporativo. Após uma
sessão de apresentação ao MOPTH e SET, foi disponibilizado o acesso directo do Gabinete do MOPTH ao nosso
BSC Corporativo.
Este órgão realizou três sessões de controlo, durante o primeiro semestre do ano, para acompanhar
especificamente o desenvolvimento das actividades do Eixo Atlântico, com o objectivo de assegurar o
cumprimento do compromisso público assumido pela REFER da sua entrada em exploração.
No dia 30 de Maio de 2004, realizou-se a viagem inaugural da ligação Braga/Faro. A marcha especial em
comboio Alfa Pendular partiu de Braga pelas 8h35m e chegou a Faro cerca das 14h30m. Desde aquela data,
é possível em menos de três horas percorrer o itinerário Lisboa/Faro.
Simultaneamente, foram oficialmente inaugurados os Quiosques Multimédia instalados no interior das estações.
No dia 2 de Fevereiro, foi assinado o Protocolo com a UMIC (Unidade de Missão para a Inovação e o
Conhecimento), através do qual a nossa empresa vai participar activamente nas iniciativas daquela entidade
visando a promoção da Sociedade de Informação. Uma das iniciativas da REFER neste âmbito, foi a instalação
de 64 pontos (quiosques multimédia) de banda larga colocados em 31 estações de caminhos-de-ferro com o
objectivo de familiarizar as populações com as novas tecnologias.
A REFER irá igualmente participar no projecto “Redes Comunitárias” que promove o desenvolvimento de infra-
estruturas em regiões desfavorecidas e o fomento de soluções tecnológicas.
A Segurança é uma preocupação constante da REFER, nomeadamente a Segurança dos trabalhadores, das
Instalações e da Exploração, tendo a Direcção de Segurança aqui um papel fundamental.

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Durante o Euro 2004, um helicóptero da REFER inspeccionou as Linhas de Cascais, Sintra, Sul, Norte, Beiras,
Minho, Douro, Guimarães, ramais de Cáceres e Braga, com a participação de colaboradores da Conservação
e da Segurança. Durante a inspecção foram também efectuadas filmagens, permitindo-nos melhorar e
actualizar os dados disponíveis sobre o estado da rede.
No cumprimento de acções que visam a fiabilidade e segurança da exploração do transporte ferroviário, foi
encerrado no dia 22 de Outubro de 2004 o Túnel do Rossio. Após esta decisão, foi nomeada pelo Conselho de
Administração uma comissão de peritos que produziram um relatório onde consideram que a “reabertura do
Túnel passa por um reforço estrutural em quatro zonas consideradas críticas, apontando para um suporte
resistente contínuo envolvendo todo o perímetro da secção do Túnel”.
Foram analisados vários cenários possíveis de intervenção. A solução escolhida consiste numa intervenção
estrutural que passa pela construção de uma secção fechada em betão armado no interior do Túnel,
construção de uma plataforma de via contínua em betão, instalação de um sistema de monitorização
automática com transmissão remota de dados e instalação de novos equipamentos de segurança passiva.
Esta intervenção terá um custo global estimado de 49.550.000 euros, incluindo projecto, fiscalização e acções
complementares, estando prevista a reabertura do Túnel em Junho de 2006.
Cada vez mais na ordem do dia, o desenvolvimento de todas estas acções não pode descurar o respeito pelo
Ambiente. Nesse sentido, a Direcção do Ambiente, um ano após a sua criação, identificou 153 actividades
diferentes na sua esfera de actuação, agrupadas em quatro áreas específicas:
ƒ Gestão da Qualidade e Ambiente
ƒ Avaliação ambiental
ƒ Acompanhamento Ambiental
ƒ Especialidades Técnicas.
O aumento do número de técnicos no quadro desta Direcção permitiu dinamizar duas áreas muito importantes,
a Gestão da Qualidade e Ambiente e a Gestão de Resíduos.
Um dos pilares da nossa empresa é a Direcção Geral de Exploração e Conservação (DGEC), que integra a
Direcção de Exploração, a Direcção de Conservação e Manutenção e o Departamento de Gestão. A
actividade desta Direcção Geral está intimamente ligada ao core business da REFER, visando em última
instância a fiabilidade e segurança do transporte ferroviário, cada vez mais apoiado por sofisticados sistemas
tecnológicos que reduzem os riscos de dependência do factor humano.
A par da conclusão dos investimentos no Eixo Atlântico, a DGEC desenvolveu diversos projectos de
racionalização operacional e de melhoria de gestão. Destaca-se uma nova estratégia para a conservação que
assenta no reforço da contratualização e em novos equipamentos de inspecção e registo do estado da
infraestrutura. O desenvolvimento do Sistema de Gestão da Qualidade destina-se a obter a gradual Certificação
das actividades. Após a certificação da ZOCL, foi implementado o Sistema de Qualidade da ZOC Porto, com
intenção de o vir a estender às restantes ZOC’s. Foram implementadas novas ferramentas de gestão da

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exploração tirando partido das novas tecnologias instaladas e do desenvolvimento de uma cultura de gestão
orientada para o gradual equilíbrio da conta dos resultados operacionais.
A modernização da rede ferroviária contou este ano com um total de investimentos realizado, incluído no
PIDDAC, na ordem dos 477 milhões de euros.
Destacam-se alguns dos investimentos inaugurados no ano que agora encerra, prosseguindo-se, assim, o
objectivo da modernização da infra-estrutura ferroviária existente, nomeadamente:
ƒ Linha de Guimarães, reconversão em via larga e electrificação. Esta linha ferroviária assume um papel
fundamental nos movimentos pendulares dos habitantes da região.
ƒ Estação de Vizela, profunda remodelação na sequência da reconversão da linha de Guimarães.
ƒ Duplicação e electrificação do troço Lousado – Nine na Linha do Minho, na sequência de diversas
intervenções levadas a cabo no Eixo Porto/Braga, criando uma infra-estrutura modernizada, melhorando
assim os padrões de mobilidade de pessoas e bens.
ƒ Duplicação e electrificação do Ramal de Braga. Em conjunto com a intervenção no troço Lousado-Nine,
representa um passo determinante na redução de tempos de percurso, em condições de conforto e
segurança, nas ligações ao Minho, materializando-se, assim, o primeiro troço do Eixo Atlântico.
ƒ Estação de Braga, integrada no projecto Estações com Vida, que passará a marcar a paisagem urbana
na envolvente da estação.
ƒ Estação Parque das Cidades, construída de raiz, localizada ao km 332 da Linha do Algarve, entre as
estações de Loulé e de Faro, na povoação São João da Venda, a estação que serve directamente o
novo Estádio do Algarve, no âmbito do Euro 2004.
ƒ Troço Fogueteiro – Setúbal. A partir de 6 de Outubro de 2004 foi possível unir as duas cidades, Lisboa e
Setúbal em menos de uma hora. O serviço de exploração ferroviária, concessionado à empresa Fertagus,
utilizando a Ponte 25 de Abril, permite pela primeira vez efectuar viagens directas, de comboio, entre as
duas cidades.
ƒ Estação de Mira Sintra – Meleças, eliminando o constrangimento existente entre as Linhas de Sintra e do
Oeste.
ƒ Estação da Póvoa de Santa Iria.
No âmbito da cobertura desses investimentos, as contribuições do Estado são insuficientes e têm sofrido
uma redução ao longo dos anos, pelo que em 2004 corresponderam a 4,3%.
A estrutura da cobertura financeira dos investimentos PIDDAC teve o seguinte comportamento: o Cap. 50
representou cerca de 4,3% (20,6 milhões de euros) os Fundos Comunitários 15,9% (75,6 milhões de euros)
e Outras Fontes de Financiamento situaram-se nos 79,8% (380,8 milhões de euros), salientando-se que, à
semelhança dos anos anteriores, as contribuições do PIDDAC e dos Fundos Comunitários tem vindo a
diminuir, pelo que o recurso ao endividamento representa a maior parcela da cobertura financeira dos
investimentos, com o resultante impacto negativo em termos de encargos financeiros.

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Apesar das dificuldades acima referidas, foi possível alcançar muitos dos objectivos a que nos propusemos,
graças à dedicação e competência de todos os colaboradores da empresa.
Cabe ainda reconhecer a leal e diligente colaboração da Comissão de Fiscalização, sendo também devido o
nosso agradecimento às instituições financeiras, ao Instituto Nacional do Transporte Ferroviário e aos Ministérios
Tutelares, pelo seu indispensável apoio na concretização dos seus objectivos traçados.

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A REFER Cultural, Social e Desportiva em…2004…


Interessa salientar algumas das acções que a REFER tem vindo a levar a cabo na dinamização de actividades
culturais, sociais e desportivas.

¾ Campeonato Ferroviário de Corta-mato ¾ Festas de Natal REFER


(Entroncamento, Parque do Bonito) ¾ Jornal Linha
¾ Clube Ferroviário de Portugal – Campeões ¾ Exposição no átrio da Estação do Rossio
Nacionais de remo 2003 ¾ Ecopistas
¾ Sétimo Aniversário da REFER ¾ Campos de Férias Refer
ƒ My Fair Lady ¾ Teatro Municipal de Almada
ƒ Prova de Atletismo
¾ Lar Ferroviário do Entroncamento
ƒ 25 e 40 Anos de Ferrovia - Almoço de
Confraternização ¾ Teatro Nacional D. Maria II
ƒ Exposição de Fotografia de Luísa Ferreira
¾ Pintura em Azulejo
– A orla da cidade
¾ Informática para jovens
¾ Iluminação artística da Estação do Rossio –
¾ Sessões de Cinema
Dignificação do património ferroviário
¾ Bolsas de Estudo
¾ Estações com Vida
¾ Lisboa – Carregado, 148 anos de Caminho-
de-ferro

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Objecto de distinção internacional, com menção honrosa
nos prémios Brunel, a Ponte sobre o Rio Trancão, na Linha do

1998 Norte, entrou ao serviço em Janeiro de 1998.


Em Maio de 1998, entrou ao serviço a Gare do Oriente.
No dia 15 de Novembro de 1998, decorreu a primeira
travessia ferroviária Norte-Sul pela Ponte 25 de Abril.

Conjuntura
Macroeconómica

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Conjuntura Macroeconómica

Em 2004, o Produto Interno Bruto (PIB) português cresceu 1,1%, por oposição ao verificado no ano
anterior em que se tinha registado uma taxa de variação negativa 1,3%.
Este crescimento traduziu-se numa forte expansão da procura interna privada, (taxa de variação em
2004 de 1,9% contra -2,5% em 2003) e teve como consequência o aumento das necessidades de
financiamento da economia portuguesa e a diminuição da taxa de poupança dos particulares.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu moderadamente no ano passado (1,8%). Esta modesta
recuperação, após a recessão de 2003, assenta em contributos distintos das diferentes componentes,
combinando uma evolução favorável do investimento empresarial, uma redução do investimento
público e um contributo virtualmente nulo do investimento em habitação.
A taxa de crescimento das exportações foi bastante significativa, 6,8%. A projecção do Banco de
Portugal aponta para uma aceleração das exportações para os próximos dois anos (7,5% para 2005 e
8,6% para 2006). Alguns acontecimentos que marcaram o ano de 2004 contribuíram para esta
evolução positiva, nomeadamente a realização do Campeonato da Europa de Futebol. Em sentido
contrário, a evolução negativa verificada nas exportações do sector automóvel, atenuou o ganho das
quotas, dado o peso significativo deste sector nas exportações portuguesas.
A taxa de crescimento do volume das importações foi anormalmente elevada no ano passado, quando
comparada com a evolução da procura global. Admite-se que uma parte destas importações possa
estar associada a factores temporários.
A Balança Corrente e de Capital sofreu uma deterioração. O défice conjunto destas balanças
aumentou de 3,6% do PIB em 2003 para 5,4% em 2004. Para este facto contribui um saldo negativo das
exportações líquidas, apesar do comportamento favorável das exportações.
Esse agravamento reflectiu não só uma deterioração nos termos de troca, relacionada com a subida do
preço do petróleo para níveis historicamente elevados, mas também o referido crescimento anómalo do
volume de importações.
O emprego cresceu ligeiramente (0,4%) prevendo-se uma aceleração para os próximos dois anos.
Apesar de uma descida do emprego no sector público, este valor foi compensado pelo crescimento do
emprego do sector privado.
As remunerações por trabalhador subiram cerca de 3,7% no sector privado em 2004, enquanto que
para o total da economia, esse crescimento rondou os 3,2%. Para 2005 e 2006 as remunerações por
trabalhador deverão ter em conta a redução da inflação e a evolução da produtividade.
A taxa de inflação baixou de 3,3% no ano de 2003 para 2,5% no ano de 2004, e projecta-se uma
ligeira descida para os dois anos seguintes.

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CENÁRIO MACROECONÓMICO 2004 2003 2004 (E)

Consumo Privado -0,7 2,2


Consumo Público 0,5 0,6
FBCF -9,6 1,8
Procura Interna -2,5 1,9
Exportações 4,1 6,8
Procura Global -1 3
Importações -0,5 8,2
PIB 1,3 1,1

Balança Corrente + Balança de Capital (%PIB ) -3,6 -5,4

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor 3,3 2,5

(E) Estimativa
Fonte: BdP, Boletim Económico Dezembro de 2004

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Relatório e Contas 2004

A 29 de Julho de 1999 foi inaugurada oficialmente a


instalação do caminho-de-ferro na Ponte 25 de Abril – 1999
obra premiada pela Internacional Bridge Conference
(EUA) – e o Eixo Ferroviário Norte – Sul, elemento
fundamental nas ligações da margem sul do Tejo, a
Lisboa. Esta nova ligação ferroviária, com uma
extensão de cerca de 28 km, do Fogueteiro a
Entrecampos, tem a particularidade de ser explorada
por um operador privado.

Situação Económica
e Financeira

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Situação Económica e Financeira


A situação económica e financeira da REFER sofreu durante o ano de 2004 o agravamento esperado. Apesar
de o nível se ter situado substancialmente abaixo do atingido em 2003, o investimento em 2004 foi ainda muito
significativo, como de resto se espera se mantenha ainda nos próximos 3 a 4 anos. A par disso, as contribuições
do Orçamento do Estado a partir do Capítulo 50 foram extremamente baixas e o financiamento comunitário
não impediu um défice muito elevado e que teve que ser coberto por recurso ao endividamento. Em
simultâneo, o défice de exploração tem tendência a crescer. À medida que os projectos de investimento se
vão concluindo, os encargos financeiros que lhes estão associados passam a sobrecarregar o défice de
exploração, acrescendo a um défice operacional que resulta directamente do facto de as indemnizações
compensatórias ficarem sistematicamente aquém do diferencial entre as receitas provenientes da prestação de
serviços aos operadores e os custos que essa mesma prestação de serviços envolve.
Durante o ano de 2004, e como é habitual desde a criação da empresa, uma parte substancial do
endividamento para financiamento da actividade de investimento tem como contraparte o Banco
Europeu de Investimento (BEI). Os novos empréstimos contraídos, todos com aval do Estado, totalizam 330
milhões de euros e financiam investimento realizado na Linha do Norte, na Ligação Lisboa-Algarve e nos
suburbanos de Lisboa e Porto.
No primeiro semestre do ano, a REFER conduziu o processo de obtenção de notação de rating pelas duas
agências internacionais mais conceituadas, a Standard & Poor’s e a Moody’s. Para além de analisar toda
a informação respeitante à REFER, os analistas das agências de rating reuniram com o Conselho de
Administração da Empresa e com os Secretários de Estado do Tesouro e das Finanças e dos Transportes,
para avaliar o apoio do Estado à actividade da Empresa. No início de Junho, ficou concluído o processo,
com a atribuição da notação de Aa3 pela Moody’s e de AA- pela Standard & Poor’s, em ambos os casos
apenas um notch abaixo da notação atribuída à República Portuguesa, e indexada a esta.
Em Dezembro, no entanto, a Standard & Poor’s decidiu baixar a notação de rating da REFER para A+,
colocando assim a empresa a dois notches de diferença da dívida soberana. A agência de rating
invocou como argumentos a diminuição da proporção de dívida com garantia explícita do Estado, o que
aliás constituía o objectivo da própria obtenção de rating, uma diminuição das contribuições do
Orçamento do Estado e receios de que a política do Governo pudesse privilegiar o sector rodoviário em
detrimento da ferrovia. Uma nova reavaliação deverá ocorrer logo que seja possível aos analistas realizar
uma reunião com o novo Governo, e a REFER está convicta que o nível inicialmente atribuído será reposto.
Apesar de, por solicitação da Tutela, a REFER ter apresentado uma proposta de contrato-programa em
Fevereiro, não foi possível até ao final do ano encetar as negociações que poderiam levar à sua
celebração. Uma definição clara, para um horizonte plurianual, das contribuições que a REFER receberá
do Orçamento do Estado para as actividades de exploração e de investimento, dos momentos em que
as receberá e dos compromissos de eficácia e eficiência que a empresa se compromete a atingir, seria

19

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

extremamente benéfica para a gestão da empresa, sobretudo do ponto de vista financeiro. A existência
de tal contrato, ao tornar ainda mais explícito o apoio do Estado, certamente permitiria também melhorar
a notação de rating da REFER, contribuindo assim para a obtenção de financiamentos em condições
substancialmente mais atractivas o que, tratando-se de uma entidade pública empresarial, se converte
numa vantagem para o próprio Estado.
Com a conclusão do processo de obtenção de rating, a REFER lançou em Julho uma consulta a um
conjunto bastante alargado de bancos nacionais e internacionais no sentido de obter propostas para a
realização de um financiamento de 600 milhões de euros, sem aval do Estado. A melhor proposta foi
apresentada pelo JPMorgan e veio a ser mandatado para a concretizar um consórcio formado pelo
JPMorgan, Merrill Lynch e Banco Espírito Santo de Investimento. Apesar de a intenção inicial ser a de
proceder à emissão obrigacionista no início do último trimestre do ano, só veio a ser possível concretizá-la
já em Março de 2005.
O atraso na obtenção do financiamento de longo prazo obrigou a um nível de utilização das linhas de
crédito de curto prazo anormalmente elevado, desajustando a estrutura financeira da empresa às suas
necessidades. Apesar de a Standard & Poor’s ter entendido como ponto de fragilidade o facto de o nível
de linhas de curto prazo comprometidas se situar um pouco abaixo dos 300 milhões de euros, num total
negociado superior a 1.000 milhões, a empresa não sentiu em qualquer momento que a confiança do
sistema financeiro na REFER pudesse estar em causa e não experimentou nunca problemas de liquidez
para fazer face aos seus compromissos atempadamente.
Neste enquadramento de elevados níveis de utilização de crédito de curto prazo, decorrentes da
morosidade associada ao processo de obtenção das autorizações necessárias para a contracção de
dívida de longo prazo, a REFER iniciou em 2004 a preparação de programas de papel comercial com
vários bancos nacionais. Esta forma de financiamento, mais favorável desde que a empresa perdeu a
isenção de imposto do selo de que beneficiava desde a sua criação, começa a substituir parte das linhas
de curto prazo existentes.
Um nível de endividamento tão elevado como o da REFER aconselha a implementação de uma
estratégia de gestão activa do risco de taxa de juro (uma vez que todo o passivo é em euros não existe
risco cambial). Ao longo de 2004, a empresa continuou a realizar operações de derivados de taxa de juro,
aproveitando o enquadramento particularmente favorável para a fixação de taxas caminhando no
sentido do seu objectivo estabelecido de alcançar uma proporção de 60% fixo contra 40% variável. As
operações contratadas são sempre muito conservadoras relativamente ao risco a que a empresa se
expõe, apostando numa estratégia de diversificação. Mais do que reduzir os encargos financeiros, o
objectivo desta actuação é limitar a exposição à subida das taxas de juro, tanto mais que as receitas que
a empresa obtém, provenientes de um preço controlado, são bastante inelásticas à evolução do ciclo
económico.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

A 28 de Maio de 2000 foram inauguradas as


Estações de Santa Cruz/Damaia e Reboleira, na
2000 Linha de Sintra.
Em Outubro de 2000 a REFER iniciou estudos
referentes ao reaproveitamento do património
ferroviário desactivado.
A electrificação dos 4 principais portos do País
(Sines, Setúbal, Lisboa e Leixões) ficou concluída
em Outubro de 2000

A Empresa

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

A Empresa
Administração

Planeamento
Secretário Geral
Estratégico

Comunicação e Plano e Controlo


Imagem

Auditoria e
Jurídico e
Sistemas de
Contencioso
Qualidade

Relações
Segurança
Internacionais

Ambiente

Economia e Direcção Geral Direcção Geral de Delegação da


Finanças de Engenharia Exploração e REFER no Norte
Conservação
Recursos Engenharia Conservação e
Humanos Manutenção

Aprovisionamentos Investimentos
Exploração
e Logística
Inovação e
Sistemas e
Normalização
Tecnologias de
Informação Direcção de
Atravessamentos e
Património
Gestão de PN’s
Imobiliário
Instalação CF na
Ponte 25 de Abril

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Segurança

A Direcção de Segurança, criada em meados de 2003, procurou estabilizar a sua estrutura durante o ano
de 2004, sem, contudo, concluí-la.
Procurou dinamizar a actividade em três frentes, Segurança no Trabalho, quer dos colaboradores, quer
junto dos empreendimentos construtivos, Segurança das Instalações, quer na vertente da emergência,
quer da vigilância das mesmas e Segurança da Exploração, em apoio aos órgãos próprios da actividade;
As principais actividades desenvolvidas resumem-se no seguinte:
ƒ Conclusão da elaboração dos Planos de Emergência para todas as linhas da RFN num total de 16
IET;
ƒ Conclusão de 3 Planos de Emergência internos para 3 edifícios centrais com respectivas formações
e ensaios. Início da elaboração dos ditos planos para mais quatro edifícios;
ƒ Reforço da vigilância por ocasião do EURO 2004 e implementação da mesma em novos locais de
exploração;
ƒ Chefia de um Grupo de Trabalho para elaboração de uma lista de caminhos de acesso à Infra-
estrutura Ferroviária (Deliberação 89/03);
ƒ Estudo do socorro ferroviário conforme DL 270/2003 para apresentação de uma proposta de
contrato com a CP;
ƒ Participação em grupo de trabalho com a CP para a prevenção dos incêndios florestais (DL
156/2004);
ƒ Relacionamento privilegiado com o SNBPC, PSP, GNR e outros serviços de segurança e informação,
dando a conhecer a estrutura e os objectivos da empresa;
ƒ Explicação e formação sobre a coordenação de segurança em obras, conforme DL 273/2003, com
apoio na análise e elaboração de PSS.
ƒ Visitas aleatórias às frentes de trabalho e de exploração;
ƒ Apoio aos diversos órgãos da empresa em matérias quer de “Safety” quer de “Security”.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Planeamento Estratégico

No âmbito das actividades conferidas ao Planeamento Estratégico são de destacar as acções referentes
ao desenvolvimento do Plano Director da Rede Ferroviária, com o qual se pretende constituir uma
proposta base que permita, em continuação, o relançamento dos estudos necessários à realização de
um Plano Ferroviário Nacional.
Este Plano Director procura integrar o planeamento da rede de Alta Velocidade, numa estratégia que
permita a plena realização de sinergias entre essa rede e a rede convencional, minimizando os impactos
dessa articulação na configuração dos novos modelos de exploração, nos planos nacional, ibérico e
europeu.
Neste sentido tem vindo a verificar-se uma estreita colaboração entre os Orgãos de Planeamento da Refer
e da RAVE.
Por outro lado e com o mesmo objectivo tem vindo o Planeamento Estratégico a desenvolver alguns
estudos referentes à rede convencional, de que se destacam o "Estudo de Viabilidade Técnica,
Económica, de Mercado e de novas ligações do sistema ferroviário do Oeste" e o "Estudo de Viabilidade
de um sistema ferroviário entre Lagos e Vila Real de Santo António".
Foram ainda desenvolvidos alguns estudos de análise económico-financeira de apoio à apresentação de
candidaturas a fundos estruturais, referentes a alguns dos projectos que integram as redes transeuropeias.

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Relatório e Contas 2004

Recursos Humanos

O exercício de 2004 pautou-se pelo maior número de


7000
entradas de pessoal oriundo do exterior (191) desde que a Mé dia
6000
REFER incorporou todas as funções que lhe estão actualmente De ze mbr o

atribuídas. Aliado à renovação dos quadros superiores, assistiu- 5000

se a um rejuvenescimento das categorias da área de 4000

Circulação. Foram registadas 569 saídas de pessoal, sendo


3000
que 91% das mesmas decorreram do processo de
2000
ajustamento do efectivo.
No final do ano, a REFER contava com 4.258 colaboradores. 1000

As mudanças operadas ao nível das admissões de pessoal


0
não significam o abandono da procura de valorização dos 2000 2001 2002 2003 2004

recursos humanos. Foi neste sentido que se procedeu à


concretização de 334 processos de mudança de categoria profissional e a um incremento da formação
técnica e tecnológica de natureza exclusivamente interna, traduzindo-se em 2.700 formandos abrangidos
pelas acções iniciadas em 2004.
Os gastos com pessoal atingiram valores dentro das previsões, apesar dos acréscimos decorrentes do
processo promocional e das actualizações na Tabela Indiciária e no Subsídio de Refeição.
Em termos estruturais, os vários componentes de custos não mostraram mudanças significativas face a
exercícios anteriores.
Massa
Salarial Venc. Base A fim de proporcionar uma gestão mais eficaz dos
Outros Fixos
conhecimentos e competências específicos da
Subs. Escala / Turno

Trabalho empresa face aos seus objectivos estratégicos,


3% 6% 3% 5% Suplementar
7%
7%
2%
Trabalho Nocturno /
Compensado
potenciando o desenvolvimento profissional dos seus
Prémios
12%
Subs. Refeição
colaboradores, procedeu-se a um estudo visando a
1%

54%
Deslocações implementação de um novo Sistema de Carreiras.
Subs. Férias + 13º
No contexto da Política Social da REFER, foi assegurada
Remun. Adicionais
a continuidade dos benefícios vigentes, merecendo
destaque os significativos aumentos pecuniários nas
bolsas de estudo e nos subsídios de pré-escolaridade,
na medida em que superaram a taxa de inflação. O Fundo de Acção Social, instituído em 2003, teve o
seu primeiro ano completo de vigência.
Foi ainda possível diminuir o número de processos de contencioso laboral em 27%.

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Relatório e Contas 2004

Aprovisionamentos e Logística

Na direcção de Aprovisionamentos e Logística, há a salientar a conclusão de processos de qualificação


para fornecimento de balastro e gravilha, travessas de betão, prestação de serviços de higiene e limpeza
e de aluguer operacional de veículos e início dos processos de qualificação de fornecedores de carril e
aparelhos de mudança de via, e de operadores resíduos perigosos e banais.
No departamento de Logística, da Direcção de Aprovisionamentos e Logística, há a destacar a introdução
do sistema de consulta, por cada lote de Materiais Usados/Resíduos, a empresas operadoras de resíduos
para venda de materiais. Deu-se também a reorganização da área Logística permitiu o Outsourging das
operações do estaleiro do Complexo Logístico da REFER no Entroncamento.
Foi também introduzida a aplicação e-Recepção, ferramenta de gestão das partes intervenientes na
recepção dos materiais, que permite gerir com maioria eficiência e eficácia o processo de recepção dos
materiais.
Há a destacar a, qualificação de fornecedores e prestadores de serviços, de forma a agilizar a
contratação através do lançamento posterior de concursos limitados ou processo de negociação.
Destaca-se ainda, a realização do primeiro leilão electrónico para aquisição de Equipamento Informático,
junto das principais marcas fabricantes, a utilização em processos de aquisição de material de via, da
generalidade dos desenhos técnicos, digitalizados em SAP;

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Relatório e Contas 2004

Sistemas de Informação

O ano de 2004 foi marcado por um conjunto de iniciativas que visaram melhor tirar partido dos sistemas
SAP existentes na empresa e do upgrade tecnológico levado a cabo nos finais de 2003.
Assim, para além de ser concluído o processo de extensão do módulo PM a toda a função Conservação,
foram lançadas iniciativas muito importantes na área da gestão documental (documentação técnica da
Engenharia) e da informação financeira (por recurso a data warehouse).
Por outro lado, foi celebrado um acordo de licenciamento através do qual as empresas do grupo Refer
passam a poder partilhar as licenças já adquiridas ou a adquirir no futuro.
Ainda relativamente aos sistemas SAP, referência também para um projecto-piloto na área da
Conservação visando ensaiar as possibilidades oferecidas por soluções de computação móvel na
actividade das equipas operacionais.
De referir ainda a extensão do sistema Remedy às equipas de Permanentes das diferentes Zonas
Operacionais de Conservação e sua interligação com o sistema RDC, promovendo o conceito de Gestão
de Serviço sustentado por uma aplicação web desenvolvida internamente neste período.
No plano tecnológico, de referir a instalação de quiosques multimédia em 31 estações da rede ferroviária,
bem como a instalação de uma solução de SMS para além da montagem de uma infra-estrutura de VPN
que possibilita o acesso remoto aos nossos sistemas aos utilizadores previamente credenciados.
Nestes dois casos, concretizou-se igualmente o recurso a funcionalidades próprias dos sistemas de
informação geográfica em resultado de um trabalho de back-office que, embora não visível, é
indispensável para os próximos passos que se pretendem.
Referência, por último, para a montagem da operação que irá possibilitar uma profunda intervenção na
capacidade e performance da infra-estrutura de servidores e que irá ter lugar ao longo do 1º trimestre de
2005.

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Relatório e Contas 2004

Ambiente

O ano de 2004 marca o primeiro exercício completo da Direcção de Ambiente na REFER. Dando
sequência ao trabalho iniciado em 2003 manteve-se o levantamento das diferentes actividades que a
Direcção de Ambiente deve assegurar. Importa notar que se identificaram 153 actividades diferentes a
exercer de forma sistemática e que não incluem aquelas que resultam da própria gestão órgão. Essas
actividades encontram-se agrupadas em quatro grandes áreas, Gestão da Qualidade e Ambiente,
Avaliação Ambiental, Acompanhamento Ambiental e Especialidades Técnicas.
Em virtude do aumento de quadros, registado em 2004, esta direcção teve a oportunidade de dinamizar
duas áreas específicas, a Gestão da Qualidade e Ambiente e a Gestão de Resíduos (esta última
enquadrada como uma Especialidade Técnica).
Na área de Gestão da Qualidade e Ambiente, há a destacar, a elaboração documento Introdutório para
o Levantamento Ambiental Inicial da REFER EP. Foi também feito um primeiro levantamento dos Processos
da REFER EP, em especial dos Processos relativos às actividades da Direcção Geral de Engenharia e da
Direcção Geral de Exploração e Conservação, pela análise dos documentos normativos das várias
especialidades, identificando os impactes ambientais através das entradas e saídas das actividades
desenvolvidas. Foram ainda identificados os procedimentos da Direcção de Ambiente ao nível da sua
organização interna e elaboração de procedimentos segundo os requisitos da Norma NP EN ISO
14001:1999.
No que se refere à Avaliação Ambiental, foram assegurados, durante o ano de 2004, diferentes
avaliações ambientais dos mais diversos projectos, o acompanhamento de desses mesmos projectos e o
apoio aos órgãos da REFER na área do ambiente. Destaca-se também a definição dos requisitos
ambientais ‘tipo’ para processos de concurso de estudos e projectos e foi dada resposta a pedidos
exteriores à REFER contemplando a análise de potenciais interferências ambientais de projectos vários
com a rede ferroviária nacional.
No que diz respeito ao Acompanhamento Ambiental, foram elaborados pareceres no quadro de
processos de consulta para empreitadas e prestações de serviços, efectuadas avaliações de propostas
para a execução de empreitadas e realizadas acções de observação a auditorias ambientais. Foram,
ainda, desenvolvidos os termos de referência em matéria ambiental integrados nos Programas de
Concurso e Cadernos de Encargos tipo para Empreitadas (e Fiscalização) e Prestações de Serviço.
No que se refere Ruído, há a salientar a elaboração do Plano de Gestão das Actividades Ruidosas, a
dinamização das acções que encerra (designadamente a preparação do lançamento dos Mapas de
Ruído e respectivos Planos de Redução) a resposta a reclamações de ruído provocado pela circulação
ferroviária e a apreciação de diversos projectos de Protecção Acústica. Foi ainda instalado o modelo Ferr

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

3 (em parceria com o Instituto Superior Técnico – Centro de Analise e Processamento de Sinais) e iniciado o
processo de simulação que o modelo permite, assim como a sua actualização.
Na área de resíduos, foi desenvolvida a Norma de Gestão de Materiais Usados e Resíduos em parceria
com a Direcção de Aprovisionamentos e Logística, tendo sido lançado o concurso para o
desenvolvimento da aplicação informática e-resíduos com a Direcção de Sistemas de Informação.
Também com a Direcção de Aprovisionamentos e Logística desenvolveu, normas provisórias para a
gestão de resíduos, assim como, o processo de qualificação de operadores de resíduos perigosos e não
perigosos da REFER. Elaborou um primeiro estudo de caracterização de resíduos. Realizaram-se várias
acções tendo em vista a reciclagem de diversos materiais e desencadearam-se as operações de
arrumação dos materiais acumulados no Entroncamento. Prestou-se apoio aos diversos órgãos da
empresa na área de gestão de resíduos.
Ainda no que toca à Gestão de Resíduos, a Direcção de Ambiente tem diligenciado no sentido de
identificar novas formas de valorização dos resíduos, passando pela organização de circuitos de recolha
adaptados às especificidades dos resíduos associada à identificação criteriosa de destinatários capazes
de proceder à referida valorização. Este esforço tem permitido reduzir os custos de tratamento, ou até
mesmo conferir aos resíduos um valor económico positivo, destacando-se as baterias, placas cil,
palmilhas de borracha e isoladores cerâmicos.
Reconhecendo que o sucesso da Gestão de Resíduos passa também por sensibilizar e motivar toda a
estrutura da empresa, no sentido de promover a recolha, triagem e encaminhamento selectivo dos
diferentes materiais e resíduos, assim como, a consciencialização de que os mesmos são ou podem ser
activos da empresa, o Conselho de Administração, associou a esta vertente um desígnio social, fazendo
reverter para o Fundo de Acção Social da REFER, 10% dos proveitos resultantes da venda de resíduos. O
Fundo de Acção Social, cuja gestão está a cargo da Direcção de Recursos Humanos, tem como principal
desígnio auxiliar colaboradores da REFER com carências relevantes.
A Direcção de Ambiente desenvolveu também trabalhos na área da arqueologia em parceria com a
Universidade de Évora (elaboração das cartas de risco arqueológico no traçado Sines-Évora-Elvas),
participou no processo de normalização nos temas específicos de ambiente e também prestou o apoio
técnico específico em matérias que se prendem com os sistemas ecológicos.
Finalmente, destaca-se que a Direcção de Ambiente tem prestado apoio técnico à RAVE em matérias
específicas tais como a Avaliação Estratégica de Impactes Ambientais e Avaliação de Impacte
Ambiental.

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Relatório e Contas 2004

Património Imobiliário

O ano agora encerrado foi para a Direcção do Património Imobiliário um ano de definição e estudo de
uma nova estratégia orientadora de um novo modelo de pensar o património ferroviário. Esta Estratégia
visa alterar a visibilidade do património existente, o que irá implicar um enorme esforço de meios humanos
e financeiros, e tem como linha orientadora encontrar as melhores alternativas para o uso destes meios.
Assim pretende-se encontrar novas formas de conservação e valorização o que implicará, a nível interno
da REFER, uma mudança radical do seu funcionamento e na forma como os diversos departamentos da
empresa e das empresas do grupo encaram estes bens. Actualmente encontra-se em fase de ultimação
um novo modelo organizacional, compreendido no Plano Estratégico do Património Imobiliário.
Do trabalho desenvolvido por esta direcção, há a destacar a inauguração da primeira Ecopista localizada
no antigo Ramal de Monção, de que foram promotores as Autarquias de Valença e de Monção. Este
projecto visou transformar aquele antigo canal ferroviário desactivado, num equipamento ao serviço da
população e da economia da região, a exemplo do que tem sido prática noutros países nomeadamente
em Espanha. Nesse propósito foram organizados um seminário dedicado aquele tema no qual se
procurou sensibilizar entidades públicas e privadas para este projecto. Até ao final do ano passado foi
concessionado às autarquias, um total de 160 km, perspectivando-se que durante os próximos anos se
venham a concessionar os restantes 500 km, incluídos em troços ferroviários sem circulação ferroviária.
No ano de 2004 deu-se início ao trabalho de contratação que permitirá dotar a empresa de um Sistema
de Informação Geográfico (SIG) de apoio ao Património Imobiliário, e em total consonância com a
politica definida pelo CA para este tipo de ferramentas de apoio à Gestão.
Há também a destacar a abertura ao público dos parques de estacionamento de Braga, Campanhã,
Meleças, Palmela e da Venda do Alcaide, havendo neste momento cerca de 20.000 lugares de
estacionamento criados junto de estações de caminho de ferro e ao dispor dos utentes do modo
ferroviário.
Ainda pelos efeitos que irão ter no funcionamento futuro não só desta empresa mas também das
empresas do grupo, queremos destacar o trabalho iniciado, com vista à construção da nova sede: o
Campus Ferroviário a instalar na zona da estação de Braço de Prata.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Auditoria e Gestão da Qualidade

Relativamente à actividade de Auditoria Interna, durante o ano de 2004, foram desenvolvidas acções de
auditoria em áreas de risco, salientando-se a vertente dos investimentos em infra-estruturas de longa duração,
dos processos de levantamento de sucata, da contratualização de manutenção de infra-estruturas e da gestão
do Património Imobiliário.
Na área da Gestão da Qualidade, deu-se continuidade à implementação da Política da Qualidade com a
consolidação / evolução do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) na Zona Operacional de Conservação de
Lisboa, já certificada, o prosseguimento da implementação do SGQ na Zona Operacional de Conservação do
Porto com vista à certificação e o início do mesmo processo nos órgãos centrais da Direcção de Exploração.

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Relatório e Contas 2004

Relações Internacionais

O ano de 2004 trouxe a aprovação de uma estratégia para as relações internacionais da REFER que
enfatiza os reforços da sua representação institucional em organizações internacionais, do
acompanhamento das Políticas Comuns da UE, do seu relacionamento ibérico e da sua presença em
Comités de Coordenação e grupos de trabalho de natureza técnica.
Em consequência, definiu-se uma inflexão na estratégia da Direcção de Relações Internacionais,
contemplando a representação em organizações internacionais e o apoio ao Conselho de Administração
e órgãos da REFER na mesma, a dinamização da presença em grupos de trabalho de natureza técnica e
de práticas de transmissão do conhecimento internacional, a garantia de informação actualizada das
iniciativas/acções de interesse para o sector na área dos transportes desenvolvidas pela UE, a transmissão
de informação de e para o exterior, e a facilitação do relacionamento dos órgãos da empresa com a
realidade internacional.
Como acções daí decorrentes contam-se: a manutenção da presença institucional nas associações de
que a REFER faz parte (EIM, UIC, CEEP E APOCEEP); a concertação da intervenção na Comissão de Infra-
estruturas da UIC, a análise crítica da viabilidade da presença da REFER nos Projectos UIC de participação
obrigatória e a definição antecipada de uma estratégia a seguir na decisão sobre adesão a projectos
desse tipo; o acompanhamento das políticas comuns que interessam ao sector, divulgando dentro da
empresa os respectivos conteúdos e assegurando a elaboração de pareceres sobre propostas legislativas;
a reformulação do suporte de divulgação das informações relevantes para o sector ferroviário,
enriquecido e tornado de divulgação mais ampla; a criação de uma Rede de Correspondentes na
Empresa, elo de ligação entre a Direcção de Relações Internacionais e os órgãos cuja actividade tenha,
mais frequentemente, a vertente internacional, no sentido da dinamização do respectivo relacionamento;
o apoio às visitas de entidades estrangeiras à REFER.
Contribuiu, deste modo, a Direcção, para o relacionamento da própria Empresa com a realidade
internacional, apoiando-a na sua adequada reacção aos factos internacionais que a afectam, na
absorção do conhecimento externo de forma estruturada, organizada e activa, na capacidade de
influenciar opções decisórias em matérias que têm reflexo no seu negócio e na representação dos seus
interesses enquanto empresa de gestão de infra-estrutura ferroviária.

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Direcção Geral de
Relatório e Contas 2004

Engenharia

“O processo de transformação da Direcção Geral de Engenharia


(DGEN) tem como objectivo fundamental a definição de um modelo
operativo que contribua para a maior eficiência da gestão de
recursos e valências técnicas de engenharia e, simultaneamente,
permita estabelecer a Direcção de Engenharia da DGEN como
centro de competências e conhecimento centralizado para
assegurar a prestação de serviços ao investimento, conservação e
exploração da rede.”

Fonte: Noticias Refer

Administração

Planeamento
Secretário Geral
Estratégico

Comunicação e Plano e Controlo


Imagem

Auditoria e
Jurídico e
Sistemas de
Contencioso
Qualidade

Relações
Segurança
Internacionais

Ambiente

Economia e Direcção Geral Direcção Geral de Delegação da


Finanças de Engenharia Exploração e REFER no Norte
Conservação
Recursos Engenharia Conservação e
Humanos Manutenção

Aprovisionamentos Investimentos
Exploração
e Logística
Inovação e
Sistemas e
Normalização
Tecnologias de
Informação Direcção de
Atravessamentos e
Património
Gestão de PN’s
Imobiliário
Instalação CF na
Ponte 25 de Abril
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Relatório e Contas 2004

Direcção Geral de Engenharia


O ano de 2004 foi um ano de grandes alterações na organização da Direcção Geral de Engenharia (DGEN).
Durante este ano foram extintos, na DGEN, a Missão para a Sinalização, Telecomunicações e Sistemas de
Segurança, a Equipa de Projecto Porto / Braga, as Direcções do Eixo Atlântico, as Equipas de Construção, as
Acessibilidades Portuárias, o Departamento de Apoio á Gestão, as equipas de Projecto de Sintra/Cascais, Beira
Baixa, Linha do Norte, Travessia Norte Sul, Lisboa Algarve, Porto de Aveiro e o Núcleo de Sinalização e
Telecomunicações do Departamento de Novas Tecnologias. Extinguiu-se ainda, a Missão para a intervenção do
Túnel do Rossio, criada pela deliberação nº 24/03 do Conselho de Administração.
Como consequência da reorganização desta direcção foram criados, o Núcleo de Sinalização e
Telecomunicações, do Departamento de Novas Tecnologias, a Direcção de Investimentos, o Projecto Porto de
Aveiro e o Departamento de Coordenação e Controlo de Gestão, na dependência do Director Geral de
Engenharia. Foram ainda criados, os Empreendimentos da Linha do Norte, da Ligação ao Porto de Aveiro, da
Linha da Beira Baixa, da Área Metropolitana de Lisboa e Ligação Sines Elvas, na dependência da Direcção de
Investimentos, o Grupo de Projecto para o Túnel do Rossio na dependência do Director Geral de Conservação e
Exploração e a Delegação da Refer no Norte na dependência do CA.
Em Dezembro ficou concluída a migração física da DGEN para o Edifício ART’S no Parque das Nações.
Em 2004, na área da Qualidade e Segurança, a Direcção de Engenharia desenvolveu um conjunto de
acções no âmbito da Normalização e Homologação / Certificação de Material Circulante e Materiais.
Na área da Normalização Técnica da Engenharia externa, foi assegurada a representação da REFER no “
UIC – Civil Engineering Track Expert Group” e a participação da REFER nos trabalhos do “CEN-TC256WG 15
Track Alignment and Design parameters-Broad Gauge e do “CEN-TC 256, SCI, WG 4 Restoration of Rails by
electric arc welding “.
Internamente, os técnicos das diversas especialidades estiveram envolvidos no Plano de Normalização, o
qual incluiu a elaboração/actualização de Instruções Técnicas e Normativos para as especialidades.
Decorreram os processos de homologação e recepção de materiais, de Via, Catenária e Inertes, através
da gestão de contratos de prestação de serviços, bem como na recepção e entrega de novas
instalações, nomeadamente na verificação de conformidade das obras com os projectos e realização de
ensaios de entradas ao serviço.
Durante o ano de 2004 das actividades desenvolvidas pela Direcção de Inovação e Normalização,
destaca-se a continuação do processo de harmonização dos procedimentos de elaboração de normas.
Assegurou-se, ainda, a representação da REFER nos Seminários sobre Normalização no Sector Ferroviário
organizados em 2004 pelo IPQ – Instituto Português da Qualidade e pelo Instituto de Estradas de Portugal.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Foi também assegurada a participação activa da REFER no V Seminário sobre Inovação e Qualidade no
Sector Ferroviário.
Foi assegurada, a participação da REFER na actualização das Fichas UIC dedicadas à Sinalização e às
Telecomunicações e a assessoria técnica ao Instituto Nacional do Transporte Ferroviário – INTF, no âmbito
do desenvolvimento das Especificações Técnicas de Interoperabilidade.
Foi elaborado o Plano de Migração e de Implementação do sistema ERTMS Português para a Rede
Convencional e coordenado com o mesmo Plano para o ERTMS da Rede de Alta Velocidade.
Foi elaborado o estudo de viabilidade e preparadas as bases técnicas e estimativa orçamental para o
lançamento do processo de concurso do fornecimento, montagem e avaliação técnica da primeira
instalação do sistema de rádio digital GSM-R, componente essencial para o desenvolvimento das Redes
Nacionais de Alta Velocidade e Convencional.
Foram publicados dois números da REVISTA CIÊNCIA e TÉCNICA, que se destina a divulgar o conhecimento
técnico e cientifico dentro da Empresa e junto dos seus Parceiros.

Direcção de Engenharia

Em 2004, na área da Qualidade e Segurança, a Direcção de Engenharia desenvolveu um conjunto de


acções no âmbito da Normalização e Homologação / Certificação de Material Circulante e Materiais.
Internamente, os técnicos das diversas especialidades estiveram envolvidos no Plano de Normalização, o
qual incluiu a elaboração/actualização de Instruções Técnicas e Normativos para as especialidades.

Direcção de Investimentos

Linha do Norte
No que diz respeito a Estudos e Projectos, destaca-se, durante o ano de 2004, o início dos seguintes
trabalhos: Estudo de Corredores, Estudo Prévio e Estudo de Impacte Ambiental da Variante de Santarém;
Reformulação do Projecto de Execução do Trecho Mato Miranda / Entroncamento; Estudo Prévio de
Reabilitação dos Túneis de Fátima e Albergaria; Estudos de Reavaliação do Impacto do Ruído e Projectos
de Medidas Minimizadoras nos Subtroços 2.1 (Entroncamento – Albergaria) e 3.2 (Quintans – Ovar);
Reformulação do Projecto de Modernização do Subtroço 3.3 (Ovar - Vila Nova de Gaia).
Foi ainda lançado o concurso para a Elaboração de Estudos Prévios, Projectos de Execução e Estudo de
Impacte Ambiental para a Modernização do Subtroço 2.3 (Alfarelos – Pampilhosa).
Ainda durante o ano de 2004, foi concluído o Projecto de Drenagem entre os km’s 10+500 e 22+500 e o
Projecto de Alargamento da Passagem Superior sobre a EN-109, no Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar).

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Relatório e Contas 2004

Em termos de Construção, destaca-se a conclusão da empreitada da Nova Diagonal Sul de Alverca e o


início das seguintes intervenções: Modernização do Subtroço Vila Franca de Xira Norte – Azambuja,
Construção de Viaduto, Passagens Desniveladas e Respectivos Caminhos de Acesso e de Ligação, no
Trecho Azambuja – Vale de Santarém; Construção de Passagens Desniveladas – Fase 3, no Subtroço 2.1
(Entroncamento – Albergaria); Montagem do Telecomando de Catenária no Subtroço 2.1 (Entroncamento
– Albergaria); Substituição das Pontes de S. Lourenço e Simões, no Subtroço 2.2 (Albergaria – Alfarelos);
Execução de Acabamentos da Estação de Aveiro; Construção da Passagem Superior da Quinta do
Cruzeiro, no Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar); e Rebaixamento da Via no Atravessamento da Cidade de
Espinho.
Durante o ano de 2004, prosseguiram ainda os trabalhos das empreitadas de Modernização do Subtroço
2.1 (Entroncamento – Albergaria) e de Modernização do Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar), estando esta
última já em fase de conclusão. Foram ainda lançados concursos para as seguintes intervenções:
Modernização do Trecho Azambuja – Vale de Santarém (em adjudicação); Modernização da Estação de
Coimbra – B; Construção de Passagens Superiores de Avanca e Salreu e do Edifício de Passageiros da
Estação de Estarreja, no Subtroço 3.2 (em adjudicação); Construção do Interface de Aveiro (em
adjudicação); Execução de Instalações Eléctricas e Ventilação na Passagem Inferior Rodoviária de Aveiro;
Fornecimento e Instalação de PT’s, na Estação de Aveiro (em fase de início dos trabalhos).
No que diz respeito à Sinalização, Telecomunicações e Convel, foram concluídas as seguintes
empreitadas: Sistema de Informação ao Público da Linha da Azambuja; Sistema de Telecomunicações
para o Apeadeiro de Moscavide; Sinalização e Convel do Nova Diagonal Sul de Alverca; e Sinalização e
Convel do Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar).
Durante o ano de 2004, foi iniciada a empreitada de Sinalização e Telecomunicações dos Subtroços 1.2 e
1.3 (Trecho Alhandra (exclusive) – Vale de Santarém (exclusive), e prosseguiram as empreitadas de
Sinalização e Telecomunicações no Subtroço 2.1 (Entroncamento – Albergaria) e Telecomunicações no
Subtroço 3.2 (Quintans – Ovar).
Destaca-se ainda, o encerramento, em 2004, de 17 passagens de nível, totalizando 193 passagens de
nível encerradas desde o início do Projecto.

Ligação ao Porto de Aveiro

Este projecto engloba a construção da Plataforma Multimodal de Cacia e do Ramal de ligação Ferroviária
ao Porto de Aveiro.
No início de 2004 decorreu a discussão pública com vista à Avaliação de Impacte Ambiental, mas devido
a algumas questões técnicas levantadas, o projecto de execução do Ramal de ligação Ferroviária ao

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Relatório e Contas 2004

Porto de Aveiro teve que ser reformulado, bem como o Estudo de Impacto Ambiental, prevendo-se a sua
conclusão para início do próximo ano.

Linha da Beira Baixa


No âmbito da modernização da Linha da Beira Baixa, cujo desenvolvimento tem sido faseado e
subdividido em troços, pode referir-se que no troço Mouriscas A – Castelo Branco, prosseguiram os
trabalhos correspondentes à Sinalização, Telecomunicações, Electrificação, Telecomando da Catenária e
Supervisão, bem como a Remodelação das Estações de Ródão e Castelo Branco. Neste mesmo troço,
no ano de 2004 foram adjudicados os Estudos e Projectos que permitirão a transformação da Estação de
Alvega-Ortiga em Apeadeiro.

No troço Castelo Branco / Covilhã foram concluídos, durante 2004, os trabalhos nos Cais de Passageiros
da Estação de Vale de Prazeres e da Estação de Tortosendo, encontrando-se em curso, no final do ano,
os trabalhos finais da empreitada da Passagem Superior ao Km 150+049. Foram ainda adjudicados vários
Estudos e Projectos, nomeadamente no que se refere à Via, Remodelação de Estações e Passagens
Desniveladas.

No troço Covilhã / Guarda ficou concluído, no ano de 2004, a empreitada do Reforço de Pontes,
englobando 5 pontes, iniciou-se a apreciação do Projecto de alargamento da Passagem Inferior da
Baiúca, e foram ainda adjudicados os Projectos de 6 Pontes em substituição das existentes, e vários
Estudos e Projectos de Passagens Desniveladas, Via, Remodelação de Estações e Electrificação.

Área Metropolitana de Lisboa


• Ligação Lisboa Algarve, Itinerário dos Granéis e Troço Tunes-Lagos
Em 2004, no Troço Pinhal Novo/ Faro ficou completada, no essencial, a modernização das infra-
estruturas de via com a conclusão da intervenção no troço Tunes / Faro. Das 150 Passagens de Nível
existentes em 1998 foram encerradas 134 até ao final de 2004.
No Troço Ermidas/Funcheira concluiu-se a modernização das infra-estruturas de Via para velocidades
até 220 km/h, a Electrificação (catenária para 220km/h), a instalação de Sistemas Convel e Rádio Solo
Comboio, o redimensionamento e optimização dos layouts, cais e acessos das Estações e construção
de Passagens Desniveladas para encerramento de passagens de nível.
No Troço Funcheira/Faro concluiu-se a modernização das infra-estruturas de Via, Electrificação, nova
Sinalização, Rede Integrada de Telecomunicações, a instalação de Sistemas Convel e Rádio Solo
Comboio e Passagens Desniveladas.
Entrou ao Serviço a nova Estação do Parque das Cidades situada ao km 331,800 da Linha do Algarve.

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Relatório e Contas 2004

Inserido no Itinerário dos Granéis ficou concluída a instalação dos novos sistemas de Sinalização e
Telecomunicações no Troço Funcheira/Ourique.
Na Linha do Algarve entre Tunes e Lagos iniciou-se a intervenção na nova Estação de Lagos (2ªfase).

• Linhas de Sintra e Cascais


No âmbito da Modernização da Linha de Sintra, encontram-se presentemente remodeladas dez
estações e construídas quatro novas, faltando a remodelação das estações de Barcarena/Tercena e
Cacém e a quadruplicação dos troços de via adjacentes.
Em 2004 concluiu-se a Estação de Mira Sintra / Meleças, o que permitiu que os comboios da “família”
Cacém, passassem a fazer aí a respectiva reversão, e que se encerrasse a Passagem de Nível de
Meleças. Completaram-se as acções que possibilitaram que toda a linha de Sintra passasse a ser
comandada e controlada a partir do CTC de Campolide. Foi ainda adjudicada a empreitada das
Barreiras Acústicas.
Lançaram-se os concursos para as empreitadas da PI do Papel, cuja execução permitirá encerrar a
última Passagem de Nível Rodoviária desta linha, e da Estação de Barcarena/Tercena.
Relativamente à remodelação da estação do Cacém desenvolveu-se o respectivo projecto de
execução, o qual se encontra em fase de conclusão.
Quanto à Modernização da Linha de Cascais, encontram-se presentemente remodeladas duas
Estações e construído parte do Parque de Estacionamento de Material Circulante, em Carcavelos,
onde foi também suprimida a Passagem de Nível rodoviária. Encontra-se também concluída a
substituição das Pontes Metálicas em Oeiras.
No ano de 2004, foi concluída a Remodelação dos Cais de Passageiros e Coberturas da Estação de
Paço de Arcos e adjudicada a empreitada da PI de Peões da Parede.

• Travessia Norte-Sul
Com a generalidade dos Projectos de Execução já concluídos, durante o ano de 2004 iniciaram-se os
projectos de execução da nova Estação de Setúbal, da quadruplicação da Linha de Cintura entre
Chelas (Terminal Técnico) e Braço de Prata e do Ramal da Siderurgia Nacional.
Foram concluídas as empreitadas e fornecimentos: Estações de Palmela e Venda do Alcaide; Via e
Plataforma do Troço Pinhal Novo / Setúbal; Electrificação dos troços Coina / Pinhal Novo e Pinhal Novo /
Setúbal; Barreiras Acústicas nos troços Coina / Pinhal Novo e Pinhal Novo / Setúbal; Passagens Superiores
Pedonais no troço Pinhal Novo / Setúbal; Sistemas de Telecomunicações entre Pinhal Novo / Setúbal,
Convel entre Coina / Pinhal Novo e Pinhal Novo / Setúbal e Passagem Superior da Recosta (Barreiro).

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Relatório e Contas 2004

Foi iniciada a empreitada: Sede Conjunta do Grupo Ramiro José e Junta de Freguesia de S. João de
Deus.

Projecto Porto / Braga

Durante o ano de 2004 foram concluídas as remodelações dos troços Lousado – Nine, Estação de Nine,
Nine – Tadim e Tadim – Braga, visando a duplicação dos novos traçados, a electrificação da via, e a
remodelação das estações e dos apeadeiros aí inseridos.
Estas intervenções asseguraram ainda a supressão de 17 das 53 passagens de nível existentes, mediante
a construção de uma alargada malha de atravessamentos desnivelados e de restabelecimentos viários
de acessos.
A conclusão destes empreendimentos permitiu a ligação Braga – Faro em Maio 2004.

Instalação de CF na Ponte 25 de Abril

Em 2004, desenvolveram-se algumas acções, sendo de destacar, a empreitada de Instalação dos Novos
Aparelhos de Apoio da viga de rigidez da Ponte Suspensa, de importância relevante, porquanto permitiu
substituir os aparelhos de apoio originários, cujo comportamento às acções devidas à circulação
ferroviária não ofereciam fiabilidade. De destacar também a reformulação do sistema de alimentação
eléctrica da iluminação ferroviária da Ponte e do Viaduto de Acesso, com a instalação de um novo Posto
de Transformação e um Grupo Electrogéneo de Emergência. Salienta-se ainda, o acompanhamento das
acções em desenvolvimento pelo LNEC, no âmbito de um protocolo de cooperação entre a REFER, o
LNEC e o IEP, relativo à Observação Estrutural da Ponte 25 de Abril, dando cumprimento ao despacho nº
23184/2002, de 10 de Outubro, do Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação (actualmente
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações), no qual se determina que os grandes
empreendimentos em que o MOPTH (actual MOPTC) está ou venha a estar envolvido, como ministério da
Tutela, passem a ser acompanhados pelo LNEC, nos domínios da sua competência.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Direcção de Atravessamentos e Gestão de Passagens de Nível

No referente à supressão e reclassificação de PNs foram realizadas, em 2004, e em colaboração com a


Direcção de Investimentos e Delegação Norte da REFER, as seguintes acções:

PNs suprimidas PN's Reclassificadas


Órgão REFER
Planeado Executado Planeado Executado

DELEGAÇÃO NORTE 34 37 0 0

DIRECÇÃO DE INVESTIMENTOS
Projecto Linha do Norte 11 9 0 0
Projecto Beira Baixa 6 1 2 0
Projecto Sintra /Cascais 1 1 0 1
Projecto Norte Sul 9 6 0 0
Projecto Lisboa Algarve 24 23 7 13
Sub total 51 40 9 14

DIRECÇÃO DE ATRAVESSAMENTOS E
GESTÃO DE PNs
Dep. De Supressão e Recl. De PNs 114 121 55 56
Dep. De Gestão de PNs 0 0 31 26
Sub total 114 121 86 82

ENTIDADES EXTERNAS 5 7 --- ---

TOTAIS 204 205 95 96

Como se verifica, no ano de 2004 realizaram-se 205 supressões e 96 reclassificações, tendo-se


ultrapassado os valores planeados.
Os trabalhos realizados pela REFER que proporcionaram a supressão ou reclassificação destas PNs foram,
a construção de 56 Passagens Desniveladas (PDs) que permitiram a supressão de 63 PNs e a
reclassificação a peões de outras 2, a construção/melhoria de caminhos alternativos, que permitiram a
supressão de 135 PNs e a reclassificação a peões de outras 3, a automatização de 8 PNs, a alteração da
automatização, com colocação de meias barreiras, em 26 PNs e a dotação de visibilidade regulamentar
em 56 PNs.
Para além destes trabalhos, regista-se a construção de 5 Passagens Desniveladas por Câmaras Municipais
que proporcionaram a supressão de 7 PNs.
Em resultado, no universo das Linhas com Tráfego da rede ferroviária, atingiu-se em 31 de Dezembro de
2004 a quantidade de 1476 PNs, a que corresponde a densidade média de 0,524 PNs/km, contra os
0,600 PNs/km do final de 2003, com a seguinte distribuição:

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Relatório e Contas 2004

CLASSIFICAÇÃO QUANTIDADES

Com Guarda 156

Automatizadas Tipo A 3

Automatizadas Tipo B 242 340

PNs Públicas Automatizadas Tipo C 95

Sem Guarda 617

Peões 191

Subtotal 1304

PNs Particulares 172

TOTAL 1476

Neste período, foi ainda adequada ao Regulamento de Passagens de Nível – Decreto-Lei nº 568/99 de 23
de Dezembro, a classificação da totalidade (152) das antigas PNs de 1ª, 2ª. 3ª ou 4ª Categoria
(guardadas) existentes nas Linhas com Tráfego ferroviário.
Desenvolveu-se ainda uma campanha de sensibilização pedagógica, coordenada pela Direcção de
Comunicação e Imagem, transmitida nos Canais de TV nacionais, intitulada “Pare, Escute e Olhe”.
A conjugação de todas estas acções tem permitido a diminuição progressiva dos acidentes em
Passagens de Nível, conforme o quadro seguinte.

Ac ide n tes em PN – 1990 A 2004

Total C olisões C olhidas

250

200
nº de Acidentes

150

100

50

Anos 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 234 218 198 205 182 166 147 144 144 154 119 123 113 105 102
C olisões 199 173 160 171 160 148 129 122 127 129 104 106 95 90 84
C olhidas 35 45 38 34 22 18 18 22 17 25 15 17 18 15 18

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Direcção Geral de
Relatório e Contas 2004

Exploração e
Conservação À Direcção Geral de Exploração e Conservação
compete a gestão operacional da Rede Ferroviária,
proporcionando aos Operadores Ferroviários os
adequados canais de circulação, a utilização de
uma infra-estrutura fiável e o seu comando e
regulação do seu tráfego, com elevados padrões
de segurança e qualidade.”

Fonte: Noticias REFER

Administração

Planeamento
Secretário Geral
Estratégico

Comunicação e Plano e Controlo


Imagem

Auditoria e
Jurídico e
Sistemas de
Contencioso
Qualidade

Relações
Segurança
Internacionais

Ambiente

Economia e Direcção Geral Direcção Geral de Delegação da


Finanças de Engenharia Exploração e REFER no Norte
Conservação
Recursos Engenharia Conservação e
Humanos Manutenção

Aprovisionamentos Investimentos
Exploração
e Logística
Inovação e
Sistemas e
Normalização
Tecnologias de
Informação Direcção de
Atravessamentos e
Património
Gestão de PN’s
Imobiliário
Instalação CF na
Ponte 25 de Abril

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Relatório e Contas 2004

Direcção Geral de Exploração e Conservação

Conservação e Manutenção

Durante o ano de 2004, a Conservação e Manutenção implementou o Sistema de Qualificação de


Fornecedores para a prestação de serviços na área de manutenção de infra-estruturas ferroviárias,
englobando as especialidades de Via e Geotecnia, Construção Civil, Baixa Tensão, Catenária e Estruturas
Especiais.
Actualmente, os imperativos do mercado e a orientação estratégica da Empresa, apontam para a
contratualização global da actividade de manutenção da infra-estrutura ferroviária. Este procedimento,
actualmente em curso, induz um ajustamento da Conservação e Manutenção à nova realidade,
optimizando os recursos disponíveis, procurando manter o know-how existente e simultaneamente,
incrementar competências – em particular, na área de gestão de contratos.
Perante perspectiva da contratualização da manutenção, adoptou-se uma estratégia de domínio global
da actividade de conservação e do estado da infra-estrutura ferroviária. Assim sendo, a Conservação e
Manutenção concretizou durante o ano de 2004, um conjunto de objectivos estratégicos, com vista a
melhorar as suas competências ao nível da capacidade de monitorização do estado da infra-estrutura,
em tempo real, nomeadamente pela extensão do Permanente de Infra-estruturas a toda a rede ferroviária
e pela conclusão do Projecto de Gestão Integrada da Conservação (GIC).
Tendo em conta o objectivo de melhoria contínua dos processos da Conservação e Manutenção, encontra-se
em curso o Projecto de Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade da Conservação e Manutenção,
de acordo com o referencial normativo NP EN ISO 9001:2000. Em 2004, na sequência da certificação da ZOC
Lisboa, foi lançada a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade na ZOC Porto.

Direcção de Exploração

Gestão da Circulação
A Gestão da Circulação iniciou em 2003 o projecto e-post, distribuição das Ordens de Serviço, o qual teve
o culminar da sua plena utilização, durante o ano de 2004.
Foram iniciados os trabalhos para o lançamento do projecto e-telegramas, que pretende facilitar os
métodos actualmente utilizados nos registos das comunicações telefónicas.
As redes manobras, quer ao nível de equipamentos quer ao nível dos processos de registo, sofreram um
incremento significativo. Com efeito, foram adquiridos vários rádios de manobras e instaladas
funcionalidades de gravação de comunicações em vários locais.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Em virtude da racionalização e modernização, implementada nos processos de exploração ferroviária,


esta direcção, tem vindo progressivamente a diminuir o número de trabalhadores, tendo-se observado
308 saídas de colaboradores.

Gestão da Capacidade
Salienta-se a participação na definição do plano estratégico para implementação dos Centros de
Comando Operacional – CCO’s da Rede da REFER e elaboração do Modelo Conceptual relativo aos
referidos CCO’s. Destaca-se a colaboração na implementação do sistema de Gestão da Qualidade nos
Serviços Centrais e na definição dos respectivos Processos.
É ainda de salientar a coordenação da elaboração do Directório de rede para 2005 envolvendo a
compilação das informações relativas ao acesso e utilização da infra-estrutura e das suas características
físicas.
Dos trabalhos realizados pela gestão da capacidade, destacam-se, a elaboração de diversos estudos de
layout (novo layout da estação de Coimbra-B e alteração do layout da estação de Pinhal Novo para
manutenção da torre do antigo posto de sinalização), a participação e colaboração na equipa de
projecto de reestruturação da regulamentação técnica, a elaboração de pareceres sobre processos de
licenciamento urbano na vizinhança do domínio público ferroviário, a elaboração do plano de exploração
de contingência para o cenário de encerramento do túnel do Rossio e consequente estudo de alteração
da sinalética das estações da Linha de Cintura. Destaca-se também a participação na elaboração do
Relatório de Integração da Rede de Alta Velocidade com a Rede Convencional.
Foi também acautelada a participação no desenvolvimento de um novo projecto, interdepartamental,
para cadastro da infra-estrutura, no âmbito da aplicação e Infra-estruturas que será utilizado pela
aplicação eViriato, entre outras.
Na sequência dos trabalhos de modernização da rede ferroviária concluídas em 2004, procedeu-se à
elevação das velocidades em significativos troços destacando-se pela sua relevância, as Linhas do Norte
e Sul:

Extensão da linha em que à velocidade é praticada (em %)

Linha do Norte Linha do Sul


Intervalo de velocidades
Final 2003 Final 2004 Final 2003 Final 2004

Inferiores a 120 Km/h 5,1 4,9 46,4 37,1

Entre 120 e 150 Km/h 59,4 49,9 45,7 26,1

Entre 160 e 190 Km/h 12,2 18,8 3,5 11,7

Iguais ou superiores a 200 Km/h 23,2 26,5 4,3 25,1

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Das alterações efectuadas ao nível do Horário Técnico, seis resultaram da modernização da infra-estrutura,
sendo duas das alterações a pedido dos Operadores, reformulação do serviço de mercadorias da CP e
extensão da FERTAGUS a Setúbal.

Regulamentação
No ano de 2004 foi elaborada e proposta para homologação ao INTF, numerosos textos regulamentares,
parte significativa dos quais relativos à entrada ao serviço de novas instalações.
Refere-se a regulamentação do “Regime Especial de Circulação” que permite agilizar de forma segura, a
normalização da circulação após a ocorrência de avarias na sinalização, bem como do novo Modelo de
Limitação de Velocidade.
No que se refere a novas instalações de sinalização, salienta-se as estações de concentração de, Nine,
Funcheira, Faro e Tunes, Pinhal Novo, Algueirão, Meleças e Ermidas-Sado.
Relativamente ao Sistema CONVEL, este passou a abranger toda a Linha do Sul, a Linha do Alentejo entre
Funcheira e Ourique do Algarve entre Olhão e Lagos.
No que se refere ao Rádio Solo – Comboio, este passou a abranger toda a linha do Sul, a Linha do
Alentejo entre Funcheira e Ourique, bem como a Linha do Algarve entre Tunes e Faro.
Em relação à rede electrificada, este passou a abranger todo o Eixo entre Braga e Faro.

Gestão de Contratos Comerciais


Acompanhamento da renegociação do Contrato de Concessão entre o Estado e a Fertagus,
nomeadamente realizado análises previsionais de receitas e custos.
Estabeleceu as condições que permitiram a entrada em vigor do Contrato de Concessão de Exploração
de Estações celebrado com a CP.
Coordenou a implementação e actualização dos sistemas de informação e apoio aos passageiros nas
estações, particularmente no que se refere a informação sonora, tele – indicação e sinalética.
Estabeleceu numerosos contratos relativos a cedência de espaços, bem como geriu o contrato com a
CPCom.

Direcção de Gestão e Controlo


Em 2004 foram calculadas as tarifas dos serviços essenciais para constarem da publicação do Directório
de 2005.
No sistema SITRA foi recolhido periodicamente toda a informação que permita determinar as prestações
de exploração para cobrar aos operadores a utilização das infra-estruturas.

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Abaixo indica-se a evolução dos CK’s na Rede Geral, embora os CK’s percorridos nas linhas do Anexo I do
Decreto-Lei n.º 270/2003, não estejam a ser objecto de cobrança de tarifas em 2004.

OPERADOR CP – EVOL UÇÃO DOS CKs RE AL IZADOS

2001 2002 2003 2004

45.000.000

40.000.000

35.000.000

30.000.000

25.000.000

20.000.000

15.000.000

10.000.000

5.000.000

0
CK Passageiros C K Mercadorias C K Marchas C K - Total Prestações
Realizdos Realizdos Realizdos Exploração

Durante o ano de 2004 teve início a contratualização de uma prestação de serviço cujo objecto é o de
adequar a contabilidade analítica e o sistema de custeio às novas exigências regulamentares em matéria de
tarifação e definir um modelo de reporte das contas de regulação com apresentação de indicadores de
actividade.
OPERADOR FERTAGUS – EVOL UÇÃO DOS C Ks RE AL IZADOS

Operador Fertagus

1.280.000
1.260.000
1.240.000
1.220.000
1.200.000
1.180.000
1.160.000
1.140.000
1.120.000
1.100.000
1.080.000
2001 2002 2003 2004

46

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Caracterização da Rede Ferroviária Nacional

No final do ano de 2004, a Rede Ferroviária Nacional tinha uma extensão de 3.624,0 km, dos quais 2849,2 com
tráfego ferroviário. As características da Rede em 2004 estão evidenciadas no seguinte quadro:

Sem Tráfego Rede Ferroviária


Com Tráfego Ferroviário
Ferroviário Nacional

Electrificada Não
TOTAL TOTAL TOTAL
Electrificada
25.000V 1.500V Sub-Total

Via Larga 1.347,4 25,5 1.372,88 1.288,32 2.661,2 326 2.987,3


Via Única 782,3 - 782,3 1.272,88 2.055,2 - 2.055,2
Via Dupla 532,3 25,45 557,759 15,4 573,0 - 573,0
Via Múltipla 32,8 - 32,8 33,0 - 33,0
Via Estreita 0 0 0 187,6 188,0 448,7 636,7
Via Única - - - 187,6 188,0 448,7 636,7

TOTAL 1.347,4 25,5 1.372,9 1.476,0 2.849,2 774,8 3.624,0

47

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Delegação da REFER no Norte

Tendo sido constituída em 1 de Junho de 2004, a Delegação da REFER no Norte, tem como principal
objectivo o acompanhamento de todos os empreendimentos ferroviários desenvolvidas no seio das
Empresas do Grupo REFER localizadas na AMPorto, de que a articulação com a RAVE, dos trabalhos
relacionados com a implementação da rede ferroviária de alta velocidade no Eixo Porto – Vigo é um
exemplo. Destacam-se assim, no âmbito das actividades operacionais, a conclusão, no primeiro trimestre
de 2004, das obras de remodelação das infra-estruturas ferroviárias do Troço Lousado – Nine – Braga, com
o intuito de elevar e uniformizar os patamares de velocidade no Eixo Atlântico, entre Braga e Faro.
Merece ainda particular destaque a reabertura ao tráfego ferroviário da linha de Guimarães a 19 de
Janeiro de 2004, na sequência das profundas intervenções levadas a efeito entre Santo Tirso e Guimarães,
que visaram a sua reconversão em via larga, a electrificação do traçado, a supressão de 65 passagens
de nível e a remodelação das estações e dos apeadeiros aí inseridos.
No âmbito do Projecto Estações com Vida, arrancaram em Janeiro de 2004 as obras de construção do
Interface Poente de Campanhã, cuja primeira fase culminou com a abertura à exploração, em Setembro
de 2004, dos 175 lugares da zona Nascente do novo parque de estacionamento subterrâneo, com uma
capacidade total para 400 viaturas.
É ainda de realçar, em Junho de 2004, o inicio dos trabalhos de beneficiação da Estação de Rio Tinto, os
quais, para além da construção de uma passagem inferior de peões, contemplam a construção de um
interface com uma capacidade para cerca de 50 lugares.

48

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Em Maio de 2001 foi concluída a intervenção de remodelação da


Estação de Ermesinde.
Em Setembro de 2001 foram concluídos os trabalhos de rectificação
2001 da infra-estrutura da via no itinerário Pinhal Novo/Pinheiro
Concordância do Poceirão, nas Linhas do Alentejo e Sul.
A REFER e as Autarquias de Valença e de Monção assinaram dia 14
de Novembro de 2001 um protocolo para a construção de uma
Ecopista entre as duas localidades, tendo por base o traçado da
antiga linha do caminho-de-ferro.

Investimentos e Cobertura
dos Investimentos

49

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Investimentos e Cobertura dos Investimentos

O volume de investimentos realizado pela REFER durante o exercício de 2004 ascendeu a 494 milhões de
euros, representando uma taxa de realização de 78% face ao previsto. Deste total, 97% (477 milhões de
euros) dizem respeito a intervenções em ILD’s inscritos no PIDDAC, correspondendo os restantes 3% (17
milhões de euros) a investimentos realizados fora do âmbito do PIDDAC, dos quais se destacam os
investimentos correntes em infra-estruturas (7,2 milhões de euros), estudos de âmbito genérico (7,4 milhões
de euros) e os investimentos de funcionamento (2,4 milhões de euros).

Orçamento de Investimentos PIDDAC - Fontes Financiamento


a 31 de Dezembro de 2004 (milhares de euros)

Cobertura Financeira
PROGRAMAS / PROJECTOS Previsto Realizado Taxa
Financiamento
PIDDAC Outras realiz.
Comunitário
(%)

Rede Ferroviária Nacional - Rede Geral 334.655 256.874 12.873 49.762 194.239 77%
Projecto Integrado da Linha do Norte 186.603 159.001 6.371 49.762 102.869 85%
Projecto Integrado da Linha Algarve 73.294 67.348 2.204 65.144 92%
Projecto Integrado da Linha Beira Baixa 26.821 11.310 1.020 10.290 42%
Projecto Integrado da Linha Oeste 4.393 2.920 80 2.840 66%
Projecto Integrado da Linha Minho - Além Nine 1.714 326 70 256 19%
Projecto Integrado da Linha Douro (Marco-Régua) 4.403 1.384 4 1.380 31%
Linha Norte - Nova Estação de Espinho 18.168 3.913 380 3.533 22%
Ligação Ferroviária Porto de Sines - Espanha 1.708 697 100 597 41%
Modernização Linha Algarve 3.176 2.134 4 2.130 67%
Linhas de Carácter Regional 1.791 495 70 425 28%
Segurança Rodoviária - Supressão e Reconversão de PN 12.584 7.346 2.570 4.776 58%

Reforço Estrutural da Ponte 25 de Abril 8.098 7.471 200 7.271 92%

Itinerários Suburbanos - Porto 129.355 121.058 3.080 5.444 112.534 94%


Linha do Minho (Porto - Nine) 59.976 57.491 1.480 3.946 49.562 96%
Linha de Guimarães 10.196 9.254 200 9.054 91%
Linha do Douro ( Ermesinde - Marco) 10.698 5.830 500 1.498 5.330 54%
Ramal de Braga 48.484 48.484 900 47.584 100%

Itinerários Suburbanos - Lisboa 127.816 90.036 4.323 19.429 66.284 70%


Linha Sintra, Ramal Alcântara e Linha Oeste (até Sabugo) 28.074 17.061 920 16.141 61%
Linha Cascais 8.601 2.461 250 2.211 29%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Chelas-Fogueteiro) 5.287 4.322 4 4.318 82%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Braço de Prata-Chelas) 302 171 4 167 57%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Coina-Pinhal Novo) 48.567 38.051 1.445 6.935 29.671 78%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Barreiro-Pinhal Novo) 9.829 6.655 765 5.890 68%
Eixo Ferroviário Norte Sul (Pinhal Novo-Setúbal) 27.156 21.314 935 12.494 7.885 78%

Multimodalidade 3.497 1.688 154 0 1.534 48%


Terminal Cacia e Ligação Porto de Aveiro 2.394 864 150 714 36%
Acessibilidades Ferroviárias ao Porto de Lisboa
Linha de Leixões e Concordância de S.Gemil 1.103 824 4 820 75%

Total Investimento em ILD - PIDDAC 603.421 477.126 20.630 74.634 381.862 79%

Outros Investimentos Correntes em ILD's 14.334 7.218 7.218 50%


Outros Investimentos 18.569 9.836 9.836 53%
Total de Outros Investimentos 32.903 17.053 0 0 17.053 52%

Total de Investimentos REFER 636.324 494.179 20.630 74.634 398.916 78%

50

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Relativamente ao orçamento de investimentos PIDDAC, salientam-se as contribuições dos diferentes


órgãos da empresa no investimento realizado:
• Direcção Geral de Engenharia: 72,16%;
• Delegação REFER no Norte: 25,45 %
• Direcção Geral de Exploração e Conservação: 2,36%
• Planeamento Estratégico: 0,04%

Contribuição dos órgãos da empresa no


Investimento PIDDAC

0,04%
25,45%

2,36%

72,16%

DGEN DGEC Del.REFER Plan. Estratégico

Destes investimentos, as principais intervenções concretizaram-se nos seguintes projectos PIDDAC:


• Projecto Integrado da Linha do Norte: o Empreendimento da Linha do Norte, cuja contribuição
para o investimento PIDDAC foi de cerca de 32%, prosseguiu as suas actividades essencialmente
em três vertentes: Estudos e Projectos, Construção Civil e Sinalização, Telecomunicações e
Convel., dando continuidade à modernização dos troços 2.1 (Entroncamento – Albergaria) e 3.2
(Quintans – Ovar).
• Linha do Minho (Porto – Nine) e Ramal de Braga: representando um passo importante na ligação
Braga/Faro com redução dos tempos de percurso, maior segurança e fiabilidade, a Delegação
REFER no Norte promoveu uma profunda modernização do troço, envolvendo a construção de
novas estações e interfaces, construção de passagens desniveladas e respectivos acessos,
implementação de uma nova via dupla electrificada e instalação de novos sistemas de
sinalização e telecomunicações, tendo contribuído com aproximadamente 22% do investimento
nestes dois projectos PIDDAC.

51

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

• Projecto Integrado de Ligação Lisboa – Algarve: conclusão por parte do Empreendimento de


Ligação Lisboa/Algarve (contribuição de 14% do investimento PIDDAC) das principais intervenções
ao nível da modernização das infra-estruturas de via, electrificação e instalação de sistemas de
sinalização e telecomunicações que permitem efectuar a ligação Lisboa / Algarve com redução
dos tempos de percurso e maior segurança e fiabilidade.

Orçamento de Investimentos PIDDAC - Órgão


a 31 de Dezembro de 2004 (milhares de euros)

Delegação
PROGRAMAS / PROJECTOS Previsto TOTAL DGEN TOTAL DGEC Outros TOTAL
REFER do Norte

Rede Ferroviária Nacional - Rede Geral 334.655 248.059 8.637 0 178 256.874
Projecto Integrado da Linha do Norte 186.603 155.337 3.665 159.001
Projecto Integrado da Linha Algarve 73.294 67.348 67.348
Projecto Integrado da Linha Beira Baixa 26.821 10.816 494 11.310
Projecto Integrado da Linha Oeste 4.393 1.462 1.280 178 2.920
Projecto Integrado da Linha Minho - Além Nine 1.714 78 248 326
Projecto Integrado da Linha Douro (Marco-Régua) 4.403 1 1.384 1.384
Linha Norte - Nova Estação de Espinho 18.168 3.913 3.913
Ligação Ferroviária Porto de Sines - Espanha 1.708 447 250 697
Modernização Linha Algarve 3.176 1.980 154 2.134
Linhas de Carácter Regional 1.791 1 494 495
Segurança Rodoviária - Supressão e Reconversão de PN 12.584 6.678 669 7.346

Reforço Estrutural da Ponte 25 de Abril 8.098 7.471 7.471

Itinerários Suburbanos - Porto 129.355 0 259 120.799 0 121.058


Linha do Minho (Porto - Nine) 59.976 216 57.275 57.491
Linha de Guimarães 10.196 9.254 9.254
Linha do Douro ( Ermesinde - Marco) 10.698 43 5.786 5.830
Ramal de Braga 48.484 48.484 48.484

Itinerários Suburbanos - Lisboa 127.816 87.899 2.137 0 0 90.036


Linha Sintra, Ramal Alcântara e Linha Oeste (até Sabugo) 28.074 16.198 863 17.061
Linha Cascais 8.601 1.639 822 2.461
Eixo Ferroviário Norte Sul (Chelas-Fogueteiro) 5.287 3.989 333 4.322
Eixo Ferroviário Norte Sul (Braço de Prata-Chelas) 302 171 171
Eixo Ferroviário Norte Sul (Coina-Pinhal Novo) 48.567 38.051 38.051
Eixo Ferroviário Norte Sul (Barreiro-Pinhal Novo) 9.829 6.655 6.655
Eixo Ferroviário Norte Sul (Pinhal Novo-Setúbal) 27.156 21.196 118 21.314

Multimodalidade 3.497 864 215 610 0 1.688


Terminal Cacia e Ligação Porto de Aveiro 2.394 864 864
Acessibilidades Ferroviárias ao Porto de Lisboa
Linha de Leixões e Concordância de S.Gemil 1.103 215 610 824

Total Investimento em ILD - PIDDAC 603.421 344.292 11.248 121.408 178 477.126

Outros Investimentos Correntes em ILD's 14.334 2.643 3.544 30 1.000 7.218


Total de Outros Investimentos 18.569 1.179 2.250 39 6.367 9.836
Total de Investimentos REFER 636.324 348.115 17.042 121.477 7.546 494.179

O financiamento dos investimentos em ILD’s inscritos no PIDDAC foi assegurado pelo Estado através do
Orçamento de Estado no âmbito do Cap. 50, pelos Fundos Comunitários e Outras Fontes de
Financiamento. Em 2004, a estrutura da cobertura financeira dos investimentos PIDDAC teve o seguinte
comportamento: o Cap. 50 representou cerca de 4,3% (20,6 milhões de euros) os Fundos Comunitários

52

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

15,7% (74,6 milhões de euros) e Outras Fontes de Financiamento situaram-se nos 80% (381,9 milhões de
euros), salientando-se que, à semelhança dos anos anteriores, as contribuições do PIDDAC e dos Fundos
Comunitários tem vindo a diminuir, pelo que o recurso ao endividamento representa a maior parcela da
cobertura financeira dos investimentos, com o resultante impacto negativo em termos de encargos
financeiros.

Cobertura Financeira dos Investimentos

PIDDAC Fundos C omunitários Out. Fontes Financ.

600.000

500.000
Milhares de euros

400.000

300.000

200.000

100.000

0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Investimento Realizado

53

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

A nova Estação da Guarda, na L. Beira Alta, foi


inaugurada no dia 29 de Abril de 2002. A
inauguração da nova Estação de Paço de Arcos, 2002
na L. Cascais, decorreu no dia 12 de Maio de
2002. No dia 14 de Junho de 2002 decorreu
a inauguração da nova Estação ferroviária de Rio
de Mouro, na L. Sintra.
Em Dez. 2002 concluí-se a remodelação da Est.
de Queluz-Belas na Linha de Sintra.

GRUPO REFER

54

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Grupo REFER

O ano de 2004 foi um ano de consolidação e avaliação do universo REFER. Foi importante, para isso, as
reuniões de quadros que se realizaram entre as empresas do grupo, servido para debater os desafios que
se colocam, no âmbito de uma cultura de comunicação e partilha de ideias. Acrescente, ainda, o facto
de se poder travar conhecimentos com colegas das participadas, que com a REFER partilham os valores,
a visão e os desafios do sector.

Empresas Afiliadas

Estabelecimento, gestão e exploração de infra-estruturas e sistemas de telecomunicações, a prestação


de serviços de telecomunicações, bem como o exercício de quaisquer actividades que sejam
complementares, subsidiárias ou acessórias daquelas, directamente ou através de constituição ou
participação em sociedades.

Promoção e comercialização de terrenos e edifícios; gestão de empreendimentos


imobiliários; aquisição e venda de bens imóveis, bem como a constituição de direitos
sobre os mesmos bens.

Prestação de serviços de consultoria e assistência técnica, industrial e comercial, no domínio


dos transportes e outros; realização de empreitadas de obras públicas e de construção civil;
exploração industrial e comercial de pedreiras e actividade de gestão da qualidade em
empreendimentos da construção.

Promoção e comercialização das lojas e espaços comerciais existentes ou a criar nas


estações e gares dos caminhos-de-ferro portugueses, existentes ou futuras.

55

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

REFER – Rede Ferroviária Nacional, EP

TELE- GESTÃO FORMAÇÃO ACTIVIDADES GESTÃO DOS


ESPAÇOS
COMUNICAÇÕES IMOBILIÁRIA PROFISSIONAL FERROVIÁRIAS COMERCIAIS

REFER
INVESFER, SA FERNAVE, SA FERBRITAS, SA CP COM, SA
TELECOM, SA

GIL, SA

RAVE, SA

METRO
MONDEGO, SA

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

2003

No dia 20 de Janeiro foi realizada uma visita técnica do


Ministro das Obras Públicas, Transportes e Habitação às
obras da Travessia Ferroviária Norte – Sul, sendo
efectuada a primeira circulação ferroviária entre Coina
e Pinhal Novo, através da Ponte 25 de Abril.
A 11 de Julho de 2003, a Zona Operacional de
Conservação de Lisboa (uma das Áreas de
Conservação da REFER) obteve a certificação de
Qualidade. De acordo com a Norma NP EN ISSO
9001:2000, concedida pela APCER (Associação
Portuguesa de Certificação).
A nova Estação de Moscavide, na Linha Norte, entrou
em funcionamento no dia 17 de Dezembro de 2003.

Desempenho Económico –
Financeiro

57

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Desempenho Económico – Financeiro

O exercício de 2004 apresentou um (euros)

Resultado Líquido negativo no montante 2004 2003

de 154.157.239 euros, o que representa Resultados Operacionais -88.806.928 -66.449.047

um agravamento de 25% Resultados Financeiros -53.767.657 -45.593.159

comparativamente com o ano de 2003, Resultados Correntes -142.574.585 -112.042.206

Resultados Extraordinários -11.485.202 -10.958.902


resultante da diferença entre os custos
Resultados Antes de Impostos -154.059.787 -123.001.108
totais incorridos (336.343.279 euros) e os
Resultado Líquido do Exercício -154.157.239 -123.092.410
proveitos totais obtidos (182.286.040
euros).
O agravamento deste resultado justifica-se essencialmente pelo decréscimo de proveitos registados no
ano em análise (-15%), nomeadamente:
• O valor dos proveitos recebidos pela Taxa de Utilização foi de 55.754.918 euros correspondendo
a período homólogo do ano anterior o valor de 63.111.003 euros o que se traduz num
decréscimo de 12%.
Com a transposição das Directivas comunitárias, conhecidas genericamente por Pacote
Ferroviário I, para a ordem jurídica nacional pelo Decreto-Lei n.º 270/2003, foi revogado o
Regulamento n.º 19/2000 e definidas novas regras de tarifação, ficando previsto um regime
transitório para 2004.
A conjugação das novas regras, o decréscimo de tráfego medido em CK’s e a não
contratualização de tarifas a pagar pela utilização das redes autónomas constantes do Anexo I
que em matérias de tarifas ficaram excluídas das regras aplicáveis ao Directório de Rede
conduziram aos resultados referidos. De salientar que até 2004 a cobrança dos CK’s de
passageiros atendia à capacidade comprometida pelos operadores e, de acordo com as
novas regras, passou a considerar os CK’s utilizados.
• O valor dos Trabalhos para a Própria Empresa sofreu um decréscimo de 45%. Esta conta
apresenta um saldo de 47.576.028 euros em 2004 e no ano anterior esse saldo foi de 86.405.677
euros
No entanto, outros factores relevantes contribuíram para este aumento do défice, destacando-se:
• A regularização de algumas situações objecto de reservas na Certificação Legal das Contas e
no Relatório dos auditores externos, relativamente às contas de 2003.
ƒ Diferimento por cinco anos dos custos relativos às indemnizações por rescisão por mútuo
acordo, de contratos de trabalho.

58

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

No ano que agora encerra este procedimento foi alterado, tendo sido decidido contabilizar
as indemnizações pagas em 2004 na conta de custos extraordinários do exercício e
regularizar a contabilização das indemnizações pagas em anos anteriores na conta de
Resultados Transitados no montante de 20.161.052 euros.
O impacto desta alteração de critério implicou um agravamento dos Resultados Líquidos em
5.541.053 euros.
• Não constituição pela REFER de uma provisão para riscos e encargos que retratasse as suas
responsabilidades decorrentes da participação nos capitais próprios negativos das suas
afiliadas, GIL, – Gare Intermodal de Lisboa, S.A. e FERNAVE – Formação Técnica, Psicologia
em Transportes e Portos, S.A.
A constituição das provisões provoca um agravamento do Resultado Líquido de 885.889
euros.

Custos, Proveitos e Resultados do Exercício


A tendência de crescimento dos proveitos verificada em 2003 foi invertida neste exercício. O valor dos
Proveitos Totais sofreu um decréscimo de 15%. O valor dos Custos Totais sofreu igualmente uma variação
negativa (-0,3%).
A cobertura dos Custos pelos Proveitos foi agravada, registando 54%, contra 64% apresentada em 2003.

Cobertura dos Custos pelos Proveitos

2004

2003

2002

2001

2000

1999

1998

1997

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Proveitos C ustos

O valor dos Resultados Operacionais atingiu em 2004 o valor negativo de 88.806.928 euros, significando
um acréscimo de 34% comparativamente com o período homólogo do ano anterior.

59

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

A componente Proveitos Operacionais desceu 23% relativamente ao ano anterior e a componente de


Custos operacionais desceu 9%.
O conjunto dos Proveitos Operacionais representam 84% dos Proveitos Totais, salienta-se que em 2003
essa percentagem era de 93%.
A componente dos Proveitos Operacionais que sofreu um maior decréscimo relativamente ao ano de
2003 foi a rubrica de Trabalhos para a Própria Empresa.
Em 2003 essa rubrica representava 40% do Total dos Proveitos e 43% dos Proveitos Operacionais e em
2004 representa apenas 26% dos Proveitos Totais e 31% dos Proveitos Operacionais.
Esta conta é composta pelos consumos de materiais para o Investimento (18.659.344 euros), pela mão-
de-obra interna imputada ao investimento (3.101.842 euros), pelos custos de funcionamento dos
projectos de investimento (12.524.055 euros) e pelos custos de estrutura (12.914.938 euros).
O valor dos consumos de materiais para o investimento sofreu um decréscimo de 67%, (em 2004 o valor
é de 18.659.344 euros, em 2003 o valor era de 56.314.793 euros).
As obras de investimento entraram à exploração em 2004, no entanto a aplicação dos materiais a essas
obras aconteceu em 2003.
A rubrica Prestação de Serviços sofreu igualmente uma redução (9%), relativamente ao período
homólogo do ano anterior.
O montante recebido no presente exercício pela taxa de utilização do operador CP foi de 55.754.917
euros, este valor desceu 12% comparativamente com o período homólogo do ano anterior (valor
recebido em 2003 63.111.002 euros).
A conta Prestação de Serviços representa 38% do total dos Proveitos, em 2003 esta rubrica representava
35%.
De acordo com a resolução de Conselho de Ministros, o montante de Subsídios à Exploração através de
indemnizações compensatórias recebidas neste exercício ascendeu a 28.345.256 euros. Este valor
incluiu a taxa de uso cobrada à FERTAGUS (2.438.004 euros). A rubrica Subsídios à Exploração representa
16% dos Proveitos Totais e 18% dos Proveitos Operacionais.
A rubrica de Outros juros e proveitos similares conheceu este exercício um crescimento significativo, que
é justificado pelo débito de juros de mora à CP e pela participação da REFER nos resultados positivos
das nossas empresas afiliadas, REFER TELECOM, S.A., FERBRITAS, S.A. e INVESFER, S.A. Esta rubrica
representa 5 % do total dos Proveitos, no exercício anterior representava apenas 0,7 %.
A rubrica Proveitos e Ganhos Extraordinários apresenta o valor de 20.511.471 euros o que significa um
aumento 54% em relação ao ano anterior. Este aumento é justificado essencialmente pela
regularização da conta Provisão para Clientes de Cobrança Duvidosa resultante do acordo celebrado
com a CP, no montante de 5.736.211 euros e pela anulação do adiantamento para vendas da LS, por
força do contrato de cessão de posição contratual à INVESFER no montante de 2.155.610 euros.

60

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Relatório e Contas 2004

Esta conta representa 11% dos Proveitos Totais.

Estrutura de Proveitos

Prestação de Serviços 38,6%


35,5%

Trabalhos p/ Própria Empresa 26,4%


40,3%

Proveitos Extraordinários 10,2%


6,2%

Proveitos Financeiros 4,7%


0,7%

Subsidios à Exploração 15,7%


13,7%

Proveitos Suplementares 3,9%


3,6%

Outros Proveitos 0,5%


0,0%
2004
2003 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Os Custos Operacionais sofreram uma redução de 9%, invertendo a tendência de crescimento dos
últimos anos. (O peso destes custos sobre os Custos Totais diminui para 72%, contra 79% verificado no
ano anterior).
A rubrica que maior contribui para esta redução, foi a conta 61 – Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas, que registou um decréscimo de 60%. A justificação para esta redução assenta no
decréscimo dos consumos de materiais por parte das obras de investimento (cf. explicação da redução
da rubrica Trabalhos para a Própria Empresa). O peso desta rubrica relativamente aos Custos Totais
passou para 7%, contra 18% verificado no exercício anterior.
Os Fornecimento e Serviços Externos verificaram um acréscimo de 11% comparativamente com o
período homólogo do ano anterior. O valor dos Subcontratos representa 62% do Total da rubrica
Fornecimento e Serviços Externos, apresentou um crescimento de 10% relativamente ao ano anterior. Os
Outros Fornecimentos cresceram 14% comparativamente com 2003.
Esta rubrica representa 21% dos Custos Totais e 29% dos Custos Operacionais, em 2003 este peso era de
19% e 24% respectivamente.
Os Custos com o Pessoal mantiveram a tendência decrescente que se tem assistido nos últimos anos.
A conta de Provisões teve um crescimento muito acentuado (353%), passou para 4% o peso
relativamente aos Custos Totais (no ano anterior esse peso era de 2%).
Este acréscimo é justificado pelo aumento dos processos judiciais do Apoio Jurídico, nomeadamente,
para um processo judicial do Grupo Dragados, foi criado uma provisão no montante de 6.800.000
euros, relativo à construção da Estação de Mercadorias da Bobadela, e além disso, foi constituída uma

61

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Relatório e Contas 2004

provisão para riscos e encargos para retratar as responsabilidades da REFER decorrentes da


participação dos capitais próprios negativos das empresas participadas, GIL, S.A. e FERNAVE, S.A. O
impacto decorrente da constituição dessa provisão para riscos e encargos é cerca de 900 mil euros.
Os Resultados Extraordinários registaram um valor negativo no montante de 11.485.202 euros, o que
significa um acréscimo de 5% no período em análise.
Destaca-se, ainda o crescimento de 32% da rubrica de Custos e Perdas Extraordinários. Um dos factores
que contribui para este acréscimo assentou na alteração da contabilização das indemnizações pagas
por rescisão de contrato por mútuo acordo. Até 2003 a contabilização dessas rescisões era diferida por
5 anos. Em 2004 o valor das rescisões do ano foi totalmente contabilizado em Custos Extraordinários do
próprio exercício.
Os Resultados Financeiros apresentaram um valor negativo de 53.767.657 euros, significando um
agravamento de 18 % relativamente ao período homólogo anterior.
Apesar dos Proveitos Financeiros terem registado um significativo aumento, esse valor é muito reduzido
quando comparado com o valor dos Custos Financeiros.
A rubrica de Outros Juros e custos similares registou também um crescimento de 32% comparando com
o período homólogo do ano anterior. O crescimento rápido da divida, resultante dos elevados défices
de exploração e investimento, resulta num avolumar de encargos financeiros, apesar da conjuntura
actual de baixas taxas de juro. O valor desta conta representou neste exercício 18% do total dos Custos,
em 2003 o peso era de 14%.

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Estrutura de Custos

C ustos Extraordinários 7,2%


9,5%

Encargos Financeiros 14,0%


18,5%

Provisões e 2,4%
Amortizações 4,4%

C ustos com o Pessoal 37,0%


35,8%
Fornecimentos e 18,6%
Serviços Externos 20,8%

C onsumos de Materiais 17,9%


7,2%

Outros C ustos 2,9%


3,8%

2003 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

2004

A REFER, de acordo com o instituído no Decreto-Lei n.º 104/97, tem como Missão a prestação do serviço
público de gestão da infra-estrutura ferroviária integrante da Rede Ferroviária Nacional e também a
construção, instalação e renovação das infra-estruturas ferroviárias.
Para o desenvolvimento da sua actividade, a REFER estruturou-se diferenciando as duas vertentes da sua
missão, mas considerando que o seu objecto principal se centra na prestação de serviço público de
gestão de infra-estrutura. No entanto, toda a estrutura corporativa e administrativa serve
indiferentemente as duas actividades, o que dificulta a atribuição directa das respectivas quotas-partes
de responsabilidades.
Por este facto, e atendendo às funções próprias de cada órgão desta estrutura, definiram-se critérios
diferenciados de distribuição dos respectivos custos de funcionamento pelas duas grandes actividades,
podendo assim evidenciar os custos e proveitos associados a cada uma delas. Em termos de actividade
de investimento estão pois reflectidos não só os custos incorridos com cada um dos órgãos de
investimento, mas também uma quota-parte dos custos de funcionamento dos órgãos centrais da
empresa. Para o exercício de 2004 o valor imputado ascendeu a 12.915 milhares de euros.
Por último é de referir que o resultado desta actividade decorre principalmente dos encargos financeiros de
empréstimos contraídos para financiar investimentos em ILD’s já concluídos, em que por imposição das regras
contabilísticas já não é possível a sua capitalização.

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Relatório e Contas 2004

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR ACTIVIDADES 2004


unidade:1000€

ACTIVIDADE

CONTAS
GESTÃO DE INFRA- TOTAL DA
INVESTIMENTO
ESTRUTURAS EMPRESA

CUSTOS 51.703 276.311 328.014


61-Mercad. Vend. e Consum. 18.664 5.510 24.174
62-Fornec. e Serv. Externos 4.143 65.705 69.849
63-Impostos e Taxas 31 9.178 9.210
64-Pessoal 20.204 100.308 120.512
65-Outos Custos Operac. 3 3.468 3.471
66-Amortizações 1.453 4.593 6.046
67-Provisões 0 8.895 8.895
68-Custos e Perdas Financ. 285 53.576 53.860
69-Custos e Perdas Extraord. 6.920 25.076 31.997
PROVEITOS 48.887 133.399 182.286
71-Vendas 0 0 0
72-Prestação de serviços 67 69.440 69.506
73-Proveitos suplementares 1.027 6.005 7.032
74-Subsídios à Exploração 6 28.350 28.356
75-Trab. p/ própria empresa 47.200 376 47.576
76-Outros Prov.Operacionais 0 879 879
78-Prov. e Ganhos Financ. 9 8.416 8.425
79-Prov. e Ganhos Extraord. 579 19.932 20.511

86-Imposto s/Rendimento 0 97 97

RESULTADO -2.817 -143.009 -145.825

68-Enc Financ não Capitaliz no Investimento 8.332 0 8.332

RESULTADO LÍQUIDO -11.148 -143.009 -154.157

Balanço
O valor do Activo Líquido da REFER atingiu no exercício em análise o montante de 6.046.155.591euros,
registando um acréscimo de 6% comparativamente com o período homólogo do ano anterior.
Em 2004 assistiu-se a um acréscimo de 41%, comparado com o ano de 2003, na rubrica de
Imobilizações Incorpóreas. Para este incremento contribui um aumento de 92% na conta de Despesas

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Relatório e Contas 2004

de Investigação e Desenvolvimento. A REFER investiu ao longo deste ano na implementação de e-


projectos principalmente na área de Exploração, nomeadamente, a solução de gestão de limitação de
velocidade. Simultaneamente, foram instalados quiosques multimédia nas estações e para além disso
está a ser implementado na Direcção Geral de Exploração Conservação um modelo de “Custeio
Sistema Analítico Gestão de Infra-estruturas”e novas aplicações informáticas.
Em termos estruturais, o Imobilizado Líquido registou um aumento, representando 97% do total do Activo,
no ano anterior esse peso era de 94%, facto que se justifica por nunca terem sido objecto de
amortização as ILD, de conta do Estado integradas no Domínio Público Ferroviário. Por este motivo a
conta de Outras Reservas, onde estão contabilizados os subsídios concedidos para financiamento
destes projectos, nunca foi reduzido proporcionalmente.
Salienta-se também, o crescimento de 37% na rubrica de Investimentos Financeiros, justificado
essencialmente, pelos resultados positivos das empresas participadas REFER TELECOM e INVESFER, que
são contabilizados na conta Partes de Capital – Empresas de Grupo.
Contrariamente, há a registar um decréscimo significativo na rubrica Dívidas de terceiros – Curto Prazo,
(desceu 48%). A regularização do acordo celebrado entre a REFER e a CP foi o principal motivo desta
descida.
Destaca-se ainda, outro grande decréscimo registado neste exercício, 59% na rubrica de Acréscimos e
Diferimentos. As indemnizações pagas por rescisão de contrato por mutuo acordo eram contabilizadas
em Custos Diferidos e amortizados linearmente durante um período de 5 anos. De acordo com os
critérios contabilísticos aceites essas indemnizações devem ser consideradas custo do próprio exercício.
Assim, em 2004 esta situação foi regularizada o que originou uma redução da conta Custos Diferidos de
76% e um aumento de custos extraordinários (cf. explicação supracitada na conta de Custos
Extraordinários).
O Passivo registou um acréscimo de 16%, atingindo o montante de 3.600.718.773 euros. A sua estrutura
sofreu uma variação, as Dividas a Terceiros a Médio e longo Prazo representam 64% do total do Passivo,
(em 2003 representavam 71% do total do Passivo).
As Dividas a Terceiros a Curto Prazo, representam 34% do total do Passivo. O valor desta rubrica registou
um aumento de 46%. A conta de Dividas a instituições de crédito aumentou consideravelmente, 116%.
O atraso na operação de financiamento de médio longo prazo implicou que a REFER tivesse que
recorrer a sucessivos empréstimos de curto prazo.
A rubrica Provisões para Riscos e Encargos aumentou 49%, este incremento é fundamentado pela
constituição de uma provisão para fazer face aos capitais próprios negativos das empresas afiliadas,
GIL, S.A. e FERNAVE, S.A, no montante de 8.662.057 euros.
O valor do Capital Próprio atingiu o montante de 2.445.436.818 euros, o que significou uma redução de
5%, comparando com o ano anterior.

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Relatório e Contas 2004

Á semelhança do que vem acontecendo nos anos anteriores o valor do Capital Próprio é inferior ao
valor do Passivo Total, esta tendência foi agravada este ano, visto que em 2003 representava 83% do
Passivo e agora representa apenas 68%. As razões para esta evolução prende-se, pelo agravamento do
Resultado Líquido e pelo não aumento do Capital Estatutário, através da atribuição de Dotações de
Capital por parte do Estado.
Durante o ano de 2004 foram transferidos para Resultados Transitados, para além dos resultados líquidos
de 2003, o montante de 14.945.114 euros relativos a juros de mora debitados pela CP até 31-12-2003,
7.776.156 euros da provisão para riscos e encargos para fazer face aos capitais próprios negativos das
empresas afiliadas, 12.414.325 euros de anulações de proveitos anteriormente especializados
16.761.008 euros resultantes do Acordo REFER / CP do passado mês de Setembro e o valor das
indemnizações por rescisão de contratos de trabalho por mútuo de acordo registados em custos
diferidos, que totalizam 20.161.052 euros.
Em Setembro deste ano foi celebrado o Acordo REFER / CP que regularizou diversa facturação em
divergência, que não estava abrangida pelo 1º Acordo em 2003.
Este acordo regularizou facturação proveniente de atrasos, descarrilamentos, outros incidentes e serviços
prestados pela REFER às Unidades de Negócio UTML, UVIR, USGL e USGP da CP.
Do encontro de contas decorrente daquele Acordo resultou um impacto positivo nas contas da REFER no
montante de 18.451.175 euros.
A estrutura do Passivo + Capital Próprio sofreu algumas alterações. O Capital Próprio reduziu o seu peso
sobre Total do Passivo + Capital Próprio, (41% em 2004, 46% em 2003). As Dividas a Terceiros a Curto
Prazo representam 20 % do Total Passivo + Capital Próprio (em 2003 representavam 15%). As Dividas a
Médio Longo Prazo mantiveram o seu peso (39%).

Estrutura do Balanço

3,1%

96,9%

20%

41%

39%

Realizado + Disponivel Imobilizado

C apital Próprio Passivo M/L Prazo C urto Prazo

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Relatório e Contas 2004

A análise de indicadores económico-financeiros evidencia uma acentuada descida do rácio de liquidez


geral, atingindo este ano um valor mínimo de 0,14.
Em 2004 assistiu-se a uma contracção de 37% do Activo Circulante, provocada essencialmente pelo
decréscimo da conta Clientes (redução de 71%, relativamente ao ano anterior). A par desta redução, o
Passivo Circulante conheceu um acréscimo de 46%, salientando cada vez mais as dificuldades de curto
prazo que a REFER enfrenta.
O indicador autonomia financeira mantém a tendência decrescente que se tem assistido nos últimos
exercícios. O agravamento do Resultado Líquido é uma das razões para a evolução negativa do Capital
Próprio. Esta rubrica representa no exercício em análise, 41% do Total do Activo (em 2003 representava
46%), ou seja 60% do activo é financiado pelo endividamento.
No que se refere à estrutura de endividamento, o total dos montantes relativos a compromissos de curto
prazo representa 34% do Passivo Total, este rácio subiu comparativamente como período homólogo do
ano anterior, demonstrando assim, um maior recurso ao crédito a curto prazo para fazer face ás despesas
da REFER, o que origina maiores pressões à tesouraria.

Liquidez Geral Autonomia Financeira Estrutura Endividamento

0,90

0,80

0,70

0,60

0,50

0,40

0,30

0,20

0,10

0,00
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

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Relatório e Contas 2004

Proposta de Aplicação de Resultados


Nos termos das disposições em vigor, propõe-se que o Resultado Líquido do Exercício – défice de
154.157.239 euros –, seja transferido para a Conta de Resultados Transitados.

Lisboa, 31 de Março de 2005

O Conselho de Administração

PRESIDENTE – José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE – José Osório e Castro

ADMINISTRADOR – Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR – Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR – José Marques Guedes

68

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Relatório e Contas 2004

O dia 19 de Janeiro de 2004 marcou a reabertura da


Linha de Guimarães, após a sua Electrificação e
2004 Reconversão em Via Larga.
No dia 21 de Abril de 2004 foi inaugurada a Linha do
Minho, no troço Lousado – Nine, e o Ramal de Braga,
após sua electrificação e duplicação. Presidida por
Sua Exa. O Senhor Primeiro-Ministro, Dr. Durão Barroso,
a cerimónia teve lugar na Estação de Braga,
seguindo-se uma viagem inaugural até Famalicão

Demonstrações
Financeiras

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Relatório e Contas 2004

Demonstrações Financeiras

Balanço
a 31 de Dezembro de 2004 (euros)

2004 2003
Código ACTIVO Notas Amortizações e
Activo bruto Provisões Activo liquido Activo liquido
acumuladas

IMOBILIZADO:
Imobilizações incorpóreas: 10
431 Despesas de Instalação 154.561 132.947 21.614
432 Despesas de Invest. e Desenv. 13.542.939 11.117.457 2.425.482 1.262.729
433 Propriedade e Outros Direitos 29.928 29.928 0
443 Imob. Incorp. em curso 14.560.853 14.560.853 10.763.581
28.288.281 11.280.332 17.007.949 12.026.310
Imobilizações corpóreas: 10
421 Terrenos e recursos naturais 128.555.509 128.555.509 114.134.549
422 Edifícios e outras construções 3.397.943.479 4.055.743 3.393.887.736 3.232.871.361
423 Equipamento básico 47.949.751 6.719.241 41.230.510 40.074.768
424 Equipamento de transporte 7.161.336 6.382.844 778.492 963.327
425 Ferramentas e utensílios 449.129 425.015 24.114 10.192
426 Equipamento administrativo 10.331.535 7.924.976 2.406.559 2.429.805
429 Outras imobilizações corpóreas 423.674 189.392 234.282 261.692
441/2/4 Imobilizações em curso 11 2.238.220.199 2.238.220.199 1.929.829.499
448 Adiantamento por conta de imobilizações corpóreas 12.183.731 12.183.731 8.602.752
48.12 5.843.218.343 25.697.211 5.817.521.132 5.329.177.945
Investimentos financeiros:
411 Partes de Capital 10 0
4111 Empresas do Grupo 16 15.364.784 15.364.784 11.466.314
4113 Outras Empresas 16 12.476 12.476 12.564
413 Empréstimos Financiamento 16
4131 Empresas do Grupo 16 6.172.625 6.172.625 3.752.185
4133 Outras Empresas 16 1.871.429 1.871.429 1.871.429
23.421.314 0 23.421.314 17.102.492
CIRCULANTE:
Existências: 34
36 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 41 23.642.600 61.000 23.581.600 22.311.540
35 Trabalhos em curso 9.089.600 9.089.600
32 Mercadorias 22 178.662 178.662 360.671
37 Adiantamentos p/conta compras 494.809 494.809 698.357
33.405.671 61.000 33.344.671 23.370.568

Dívidas de terceiros - Curto Prazo


21 Clientes 48.1 32.378.874 0 32.378.874 110.986.876
24 Estado e outros entes públicos 28 51.604.615 51.604.615 67.800.853
22/261/2/8 Outros devedores 48.5 36.251.464 36.251.464 52.620.727
23 120.234.953 0 120.234.953 231.408.456
Títulos Negociáveis
18 Outras Aplicações de Tesouraria 0
Depósitos bancários e caixa:
12 Depósitos bancários 11.359.513 11.359.513 8.466.268
11 Caixa 53.592 53.592 81.236
11.413.105 0 11.413.105 8.547.504

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
271 Acréscimos de proveitos 16.807.014 16.807.014 28.864.660
272 Custos diferidos 6.405.453 6.405.453 27.172.113
23.212.467 0 23.212.467 56.036.773
Total de amortizações 36.977.543 31.198.447
Total de provisões 61.000 6.030.467
Total do Activo 6.083.194.134 37.038.543 6.046.155.591 5.677.670.048

70

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Relatório e Contas 2004

Balanço
a 31 de Dezembro de 2004 (euros)

Código CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2004 2003

CAPITAL PRÓPRIO: 40
51 Capital 35 305.200.000 305.200.000
55 Ajustamentos Partes de Capital -106.428 -229.650
575 Outras reservas 3.100.869.129 3.005.502.846
59 Resultados Transitados -806.368.644 -611.218.579
Subtotal 2.599.594.057 2.699.254.617

88 Resultado líquido 40 -154.157.239 -123.092.410


Total do Capital Próprio 2.445.436.818 2.576.162.207

PASSIVO:
Provisões para riscos e encargos: 34
293 Processos Judiciais em curso 48.4 18.343.105 15.400.862
294 Acid.Trab. e Doenças Profissionais
296 Provisões para riscos e encargos-Participadas 8.662.057
298 Outras provisões p/ Riscos e Encargos 2.394.230 2.394.230
299 Provisão Pré Reformas 48.13 841.287 2.496.109
30.240.679 20.291.201
Dívidas a terceiros-Médio e Longo prazo: 29
231/2 Dívidas a instituições de crédito 48.6 2.312.886.111 2.199.281.282
268 Outros credores
2.312.886.111 2.199.281.282

Dívidas a terceiros - Curto prazo:


12/231 Dívidas a instituições de crédito 975.453.971 451.135.679
221/3 Fornecedores, c/c 34.323.903 55.603.201
228 Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 15.839.653 11.723.246
229 Adiantamentos a Fornecedores 85.177 85.177
261 Fornecedores de imobilizado, c/c 168.717.139 274.492.451
24 Estado e outros entes públicos 28 3.182.441 3.396.843
262/3/5+267/8/9 Outros credores 20.634.129 39.056.994
1.218.236.413 835.493.591

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
273 Acréscimos de custos 39.241.392 46.258.939
274 Proveitos Diferidos 114.178 182.828
39.355.570 46.441.767

Total do Passivo 3.600.718.773 3.101.507.841

Total do Capital Próprio e do Passivo 6.046.155.591 5.677.670.048


0 0
O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR - José Marques Guedes

71

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Relatório e Contas 2004

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004 (euros)

Código CUSTOS E PERDAS Notas 2004 2003

61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:


Matérias Subsidiárias 41 24.173.791 24.173.791 60.282.434 60.282.434

62 Fornecimentos e serviços externos 69.848.917 62.857.355

Custos com o pessoal:


641+642 Remunerações 91.726.402 95.560.045
Encargos sociais:
645/7/8 Outros 28.785.821 120.512.223 29.290.442 124.850.487

66 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 10 6.045.792 6.254.260

67 Provisões 34 8.895.207 14.940.999 1.965.342 8.219.602

63 Impostos 9.209.832 7.096.040

65 Outros custos e perdas operacionais 3.471.177 12.681.009 2.697.239 9.793.279


(A) 242.156.939 266.003.157
681/2+685/8 Juros e custos similares:
Outros 45 62.192.215 47.172.069
(C) 304.349.154 313.175.226
69 Custos e perdas extraordinários 46 31.996.673 24.281.819
(E) 336.345.827 337.457.045

86 Imposto s/ Rendimento Exercício 97.452 91.302


(G) 336.443.279 337.548.347

88 Resultado líquido do exercício 40 -154.157.239 -123.092.410

182.286.040 214.455.937

Demonstrações Financeiras

72

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004 (euros)

CÓDIGO DAS
PROVEITOS E GANHOS Notas 2004 2003
CONTAS

72 Prestação de Serviços 48.1 69.506.312 76.082.682

75 Trabalhos para a própria empresa 48.3 47.576.028 86.405.677

73 Proveitos suplementares 7.031.960 7.681.139

74 Subsídios à exploração 48.2 28.356.213 29.384.612

76 Proveitos Operacionais 879.498


(B) 153.350.011 199.554.110

7815 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras:


Outros 1.098.517
7811/8+782/5/6/8 Outros juros e proveitos similares:
Outros 45 8.424.558 8.424.558 480.393 1.578.910
(D) 161.774.569 201.133.020

79 Proveitos e ganhos extraordinários 46 20.511.471 13.322.917

(F) 182.286.040 214.455.937

Resumo:
Resultados operacionais: (B) - (A) = -88.806.928 -66.449.047
Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) = -53.767.657 0 -45.593.159
Resultados correntes: (D) - (C) = -142.574.585 0 -112.042.206
Resultados antes de impostos: (F) - (E) = -154.059.787 0 -123.001.108
Resultado líquido do exercício: (F) - (G) = -154.157.239 0 -123.092.410

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR - José Marques Guedes

73

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

DEMOSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004 (euros)

2004 2003

Prestações de Serviços 69.506.312 76.082.682


Custo das Vendas -24.173.791 -60.282.434
Resultado Bruto 45.332.521 15.800.248

Outros Proveitos e Ganhos Operacionais 83.843.699 123.471.428


Custos de Distribuição
Custos Administrativos -214.511.971 -203.023.484
Outros Custos e Perdas Operacionais -3.471.177 -2.697.239
Resultados Operacionais -88.806.928 -66.449.047

Rendimentos de participações de capital


Relativos a empresas interligadas 3.698.069 19.507
Relativos a outras empresas

Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras


Relativos a empresas interligadas
Outros 1.098.517

Outros Juros e proveitos similares


Relativos a empresas interligadas
Outros 4.726.489 460.886

Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros

Juros e custos similares


Relativos a empresas interligadas -111.435 -1.250.377
Outros -62.080.780 -45.921.692
Resultados Correntes -142.574.585 -112.042.206

Proveitos e Ganhos extraordinários 20.511.471 13.322.917


Custos e Perdas extraordinários -31.996.673 -24.281.819
Resultado Antes de Impostos -154.059.787 -123.001.108

Imposto sobre o rendimento do exercício -97.452 -91.302


Resultado Líquido do Exercício -154.157.239 -123.092.410

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR - José Marques Guedes

73 - A
73

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Relatório e Contas 2004

Anexo ao Balanço e
Demonstração de
Resultados

74

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Anexo ao Balanço e Demonstração de Resultados


em 31 de Dezembro de 2004

Nota Introdutória

A Rede Ferroviária Nacional – REFER, E.P., abreviadamente designada por REFER, E.P. é uma entidade
pública empresarial, dotada de autonomia administrativa e financeira e de património próprio, sujeita à
tutela dos Ministérios das Finanças e do Equipamento Social, com sede na estação de Santa Apolónia em
Lisboa e foi constituída pelo Decreto-Lei nº 104/97 de 29 de Abril tendo como actividade principal a
prestação de serviço público de gestão da infra-estrutura integrante da rede ferroviária nacional e ainda
tem como atribuição a construção, instalação e renovação das Infra-estruturas ferroviárias.

Nota 1. Derrogações ao POC

As demonstrações financeiras da empresa foram elaboradas, nos seus aspectos mais significativos, em
conformidade com o Plano Oficial de Contabilidade (POC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 410/89, de 21
de Novembro.
As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade.
As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua
apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.
Todos os valores estão expressos em Euros (Eur), salvo indicação em contrário.

Nota 2. Valores Comparativos

A empresa não procedeu a alterações de práticas e politicas contabilísticas, excepto as referidas nas
notas 34 e 48.15, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos materialmente
relevantes, com os valores do exercício anterior

Nota 3. Bases de apresentação e principais critérios valorimétricos

As Demonstrações Financeiras foram preparadas no pressuposto da continuação das operações, a partir


dos livros e registos contabilísticos da empresa, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade
geralmente aceites em Portugal.
Os critérios valorimétricos utilizados em relação às várias rubricas do Balanço e da Demonstração dos
Resultados foram os seguintes:

75

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Relatório e Contas 2004

Nota 3.1. Imobilizações

O Imobilizado é constituído, essencialmente, por Infra-estruturas ferroviárias de Longa Duração (ILD´s), e


engloba património dos Gabinetes extintos, património transferido da CP e investimento realizado pela
REFER.

Nota 3.1.1. Imobilizações Incorpóreas

As Imobilizações Incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição e são amortizadas


pelo método das quotas constantes durante um período de 3 anos.

Nota 3.1.2. Imobilizações Corpóreas

Estão evidenciadas pelos valores de aquisição e/ou transferência e amortizados anualmente,


quando aplicável.
As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, para que o valor dos bens
seja reintegrado durante a sua vida útil estimada.
As taxas de amortização utilizadas foram as seguintes:

Taxas
Edifícios 2% e 10%
Equipamento básico 3,33% a 20%
Ferramentas e utensílios 12.5% a 100%
Equipamento de transporte 4% a 100%
Equipamento administrativo 12.5% a 100%
Outras imobilizações corpóreas 12.5% a 20%

Os encargos financeiros inerentes à aquisição das Infra-estruturas de longa duração são


capitalizados em imobilizado em curso, até à data da sua conclusão.
O imobilizado considerado Infra-estrutura do Estado não foi objecto de qualquer amortização.
No presente exercício, as Infra-estruturas consideradas REFER, foram objecto de amortização.

76

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Relatório e Contas 2004

Nota 3.1.3. Investimentos Financeiros

Os Investimentos Financeiros dizem respeito a participações nas seguintes empresa:

• GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA


• FERBRITAS – Empreendimentos Industriais e Comerciais, SA
• INVESFER – Promoção e Com. de Terrenos e Edifícios, SA
• REFER TELECOM – Serviço de Telecomunicações, SA
• RAVE, SA
• FERNAVE – Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos,
SA
• METRO MONDEGO, SA
• CPCOM – Exploração de Espaços Comerciais da CP, SA
encontrando-se valorizadas pelo método da equivalência patrimonial.
Em 2004 foi adquirida à CP, 40% da participação na CPCOM, mediante o despacho conjunto de
21 de Junho de 2004, dos Ministérios das Finanças e das Obras Públicas, Transportes e Habitação.
Foi efectuado no dia 29 de Julho de 2004 um Contrato Promessa de Compra e Venda de acções
da Ecosaúde – Educação, Investigação e Consultoria em Trabalho, Saúde e Ambiente, SA,
celebrado entre a Fernave, a CP e a REFER, onde a Fernave irá alienar à CP e à REFER, na
proporção de 50% / 50% a totalidade das acções que a Fernave detêm da Ecosaúde.
A REFER adquira as acções n.º 200001 por Eur. 5 cada num valor global de Eur. 1.000.000 quando
se celebrar o Contrato definitivo de Compra e Venda.

Nota 3.2. Existências

As existências são constituídas por matérias-primas, subsidiárias e de consumo e encontram-se valorizadas


ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio.
A Provisão à data de 31 de Dezembro de 2003 era de Eur. 294.256 tendo sido reduzida para Eur. 61.000
após a inventariação de stocks.
Os Trabalhos em curso respeitam à construção do edifício Interrepública.

Nota 3.3. Acréscimos e Diferimentos

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Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

A conta dá expressão ao princípio contabilístico da especialização do exercício, visto que é através dos
movimentos nela efectuados que se acrescentam custos ou proveitos, ou se retiram, conforme sejam ou
não referentes ao exercício em causa.
Nesta conformidade, a REFER regista os custos e proveitos de que não tinha documentação mas que
dizem respeito ao exercício, ou que tendo-a, se referem a exercícios vindouros.
Durante o ano em curso foram anuladas receitas inerentes às Unidades de Negócio relativas a anos
anteriores, por força do Acordo de 22 de Setembro de 2004 em Eur. 12.414.321, por contrapartida de
Resultados Transitados.
A REFER alterou a sua politica de contabilização no que respeita às indemnizações no que respeita a
rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo. (ver nota 48.15)

Nota 3.4. Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios atribuídos à Empresa, a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são
registados em reservas, uma vez que as ILD´s não são objecto de amortização.

Subsídios Recebidos Montante

PIDDAC 20.641.426
FEDER/IOT 1.497.787
DGTREN 1.725.184
FUNDO DE COESÃO 71.411.886

95.276.283

Nota 3.5. Provisões

As provisões constituídas correspondem às necessidades previstas.

Nota 4. Activos e passivos registados em moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira, em 31 de Dezembro de 2004, foram


convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes naquela data. As diferenças de câmbio
foram contabilizadas em resultados.

78

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Relatório e Contas 2004

Moeda Cotação

Francos Suíços 1,5429


Dólar 1,3621
Coroa Sueca 9,0206

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de


câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças ou pagamentos, foram
registadas como proveitos e custos na demonstração de resultados do exercício.

Nota 7. Número médio de pessoal

O número médio de pessoas ao serviço da empresa, no presente exercício foi de 4.362 empregados.
Nota 8. Despesas de instalação, de investigação e desenvolvimento e propriedade industrial

As Despesas de Instalação, bem como as de Investigação e Desenvolvimento, incluem essencialmente


custos com estudos e projectos relacionados com a implementação da REFER, nomeadamente o
Sistema SAP.

Nota 10. Movimento do Activo imobilizado

O movimento ocorrido na rubrica de imobilizações e as respectivas amortizações que constam do balanço


estão discriminados nos mapas 10.1 e 10.2. Existem transferências entre contas devido a terem sido efectuadas
correcções na classificação de alguns bens.

Nota 11. Custos financeiros capitalizados

Durante o exercício foram imputados a Imobilizações em Curso custos financeiros relacionados com
empréstimos contraídos para as financiar. Deste modo, foram capitalizados Eur 23.518.191, dos quais
cerca de Eur. 21.811.117 são juros dos empréstimos do BEI, do Banco Berlim, do Banco ABN e do Banco
WestLB, sendo o restante referente às Taxas de Aval dos financiamentos referidos. (Ver nota 14 b)

Nota 14. Caracterização das Imobilizações Corpóreas e em Curso:


a)
• Não existem Imobilizações em poder de terceiros
• A totalidade das Imobilizações estão afectas à actividade da empresa

79

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Relatório e Contas 2004

• Imobilizações implantadas em propriedade alheia:


As Imobilizações Corpóreas implantadas em propriedade alheia ascendem a Eur 199.987 e
referem-se a Edifícios situados na Av. Fontes Pereira de Melo e na Rua Diogo do Couto.
Relativamente a este Edifício existem ainda Imobilizações em Curso no valor de Eur 14.267.
• Não existem Imobilizações localizadas no estrangeiro

b) Encargos Financeiros Capitalizados

Aumentos do
01.01.2004 31.12.2004
Ano

Encargos Financeiros
Juros 105.005.534 21.811.117 126.816.651
Taxa de Aval 4.035.739 1.707.074 5.742.813

109.041.273 23.518.191 132.559.464

Nota 16. Empresas do grupo, associadas e participadas

80

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Capitais Resultado Valor de


Empresas Participação %
Próprios Exercício Balanço
Do Grupo
FERBRITAS 98,43% 7.790.291 1.690.671 7.667.983
Empreend. Industriais e Comerciais, AS
Rua José da Costa Pedreira nº11 - Lisboa
INVESFER 99,33% 289.748 52.068 287.807
Promoção e Com. De Terrenos e Edif., AS
Palácio de Coimbra - Rua de Santa Apolónia nº 51 - Lisboa
REFER TELECOM 100,00% 6.153.371 1.976.478 6.153.371
Serviços de Telecomunicações, AS
Estação de Santa Apolónia - Lisboa
RAVE 40,00% 2.300.911 -22.360 920.364
Av D.João II Lote 1.07.2.1, 1º Piso- Parque das Nações - Lisboa
CPCOM - Exploração de Espaços Comerciais da CP, AS 80,00% 419.073 104.288 335.259
Av. Da República, 90 Galeria Fracção 4 - Lisboa

15.364.784

Associadas
GIL 33,00% -21.636.336 -2.076.674
Gare Intermodal de Lisboa, AS
Av.Marechal Gomes da Costa, nº 37 - Lisboa

Outras Empresas
FERNAVE 10,00% -15.220.659 -1.806.211
Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria
em Transportes e Portos, AS
Rua Castilho nº 3 - Lisboa
METRO MONDEGO 2,50% 499.065 -3.509 12.476
Praça 8 de Maio, 38 - Coimbra
12.476

15.377.260

As informações supra referidas relativas às empresas participadas foram extraídas das respectivas
demonstrações financeiras relativas ao exercício em aprovação.
As participações financeiras que detemos sobre aquelas empresas são valorizadas pelo método da
Equivalência Patrimonial.
A REFER constituiu uma provisão para riscos e encargos para retractar as suas responsabilidades
decorrentes da participação nos capitais próprios das entidades GIL e Fernave. (ver nota 40)
Às empresas do Grupo – Ferbritas, REFER Telecom e Invesfer e outras empresas – Fernave – foram
concedidos empréstimos – Suprimentos com carácter de permanência prolongada, num total de Eur
9.249.054, repartidos do seguinte modo:

81

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Empresa Montante

Empresas do Grupo
Ferbritas 997.861
Refer Telecom 500.000
Invesfer 4.674.764
6.172.625
Outras empresas
Fernave 1.871.429
1.871.429

8.044.054

O empréstimo à Invesfer vence juros à taxa Euribor 12M + 1,5% e será reembolsado entre 2007 e 2009.

Nota 22. Mercadorias em Trânsito

Em 31.12.2004 os cerca de Eur 178.662 de Mercadorias em Trânsito referem-se a Aparelhos de Mudança


de Via (AMV’S), cujos desenhos não estão aprovados, não podendo ser criada a respectiva nomenclatura.
Estes AMV’s transitaram nesta rubrica do exercício anterior.

Nota 23. Dívidas de Cobrança Duvidosa

No decorrer do exercício de 2004 foi anulada a provisão para clientes de cobrança duvidosa em Eur.
5.736.211 por força de negociações que culminaram no acordo de Setembro de 2004.

Nota 25. Dívidas activas e passivas com o pessoal

O total das dívidas referentes ao pessoal da empresa é o seguinte:

2004 2003

Saldos Credores 767.632 645.192


Saldos Devedores 518.484 499.431

Nota 28. Estado e Outros Entes Públicos

82

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

À data de 31 de Dezembro de 2004, não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e Outros
Entes Públicos. O valor desta rubrica é composto por:

2004 2003

Activo Passivo Activo Passivo

IVA 50.867.432 66.702.628


Imp. S/ Rendimento 339.508 1.137.689 394.982 1.053.023
Segurança Social 396.836 2.028.809 703.243 2.343.670
Outros 839 0 150

51.604.615 3.166.498 67.800.853 3.396.843

Nota 29. Dívidas a terceiros a mais de cinco anos

As dívidas a Médio e Longo prazo encontram-se repartidas do seguinte modo:

Descrição Valor Data Fim Taxas

Dívidas a Instituições bancárias a mais de 5 anos

BEI - Travessia Ferroviária do Tejo 99.759.579 15.09.2016 2,150%


BEI - Projecto Linha do Douro 43.894.215 15.09.2016 2,150%
BEI - Travessia Ferroviária do Tejo - B 79.807.663 15.09.2017 2,150%
BEI - CPIII Linha do Norte - B 49.879.790 15.06.2022 2,150%
BEI - CPIIE 16.495.115 15.06.2012 2,160%
BEI - Linha do Minho - A 66.835.393 15.09.2018 2,150%
BEI - Travessia Ferroviária do Tejo - C 88.449.969 15.09.2018 2,150%
BEI - CPIIB 11.971.149 15.09.2011 4,830%
BEI - CPIII Linha do Norte - D 25.937.491 15.09.2020 2,150%
BEI - Ligação ao Algarve - A 90.000.000 15.09.2021 2,150%
BEI - Ligação ao Algarve - B 30.000.000 15.03.2022 2,150%
BEI - Linha do Minho - B 59.855.748 15.09.2021 2,150%
BEI - CPIII2 Linha do Norte A 100.000.000 15.03.2022 2,150%
BEI - CPIII2 Linha do Norte B 200.000.000 15.12.2023 2,150%
BEI - Suburbanos 100.000.000 16.06.2004 2,150%
Berlin 250.000.000 04.08.2010 2,185%
ABN 300.000.000 11.04.2011 2,008%
WESTLB 200.000.000 08.10.2012 2,048%
Logo Securities 1 250.000.000 30.01.2008 2,495%
Logo Securities 2 250.000.000 30.01.2009 2,545%
2.312.886.111

Os empréstimos foram contraídos exclusivamente para financiamento de projectos de investimento. Os juros


são pagos trimestral, semestral ou anualmente e postecipadamente. Com excepção dos empréstimos do
ABN, do Berlin, do WestLB e do Logo Securities que serão pagos de uma só vez, nos restantes o capital é

83

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

reembolsado em anuidades iguais e consecutivas, após o período de carência. Todos os empréstimos, com
excepção do Logo Securities, têm Aval do Estado.

Nota 32. Garantias prestadas

Em 31 de Dezembro de 2004 a REFER tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, como
segue:

Garantias Bancárias Prestadas a Clientes 3.366.886

Garantias Bancárias Prestadas a Fornecedores 3.423.645

Outras Garantias 7.863.327

Livranças prestados pela REFER

Barclays Bank 75.000.000

Esta livrança está associada à linha de crédito concedida.

Nota 34. Movimento ocorrido nas provisões

O desdobramento das contas de Provisões acumuladas e respectivo movimento do exercício foi o


seguinte:

Contas Saldo Inicial Aumentos Reduções Saldo Final

281 - Prov.Clientes Cob.Duvidosas 5.736.211 5.736.211 0


5.736.211 0 5.736.211 0

293 - Prov. Judiciais em curso 15.400.861 8.009.307 5.067.064 18.343.104


296 - Prov. Riscos e Enc-Participadas 0 8.662.057 8.662.057
298 - Prov. Outros 2.394.230 2.394.230
299 - Prov. Pré Reformas 2.496.109 1.654.822 841.287
20.291.200 16.671.364 6.721.886 30.240.678

396 - Prov. Mat. Primas 294.256 233.256 61.000


294.256 0 233.256 61.000

26.321.667 16.671.364 12.691.353 30.301.678

A Provisão dos Processos Judiciais em curso inclui os processos judiciais do Apoio Jurídico, bem como os
referentes às Relações de Trabalho.

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Relatório e Contas 2004

A Provisão para Acidentes de Trabalho diz respeito a custos com acidentes que irão ser custeados nos
exercícios seguintes. Em 2000 a REFER celebrou com a Companhia de Seguros Império, um Seguro de
Acidentes de Trabalho pelo que deixa de fazer sentido ter esta provisão.
A Provisão para Pré Reformas diz respeito a pessoas de áreas que transitaram da CP em situação de Pré
Reforma, pelo que foi constituída a respectiva provisão, sendo utilizada nos exercícios a que dizem
respeito. Esta provisão termina em 2007.
A Provisão para Riscos e Encargos – Participadas destina-se a retractar a responsabilidade da REFER
decorrente da participação nos capitais próprios da GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA e Fernave –
Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em Transportes e Portos, SA os quais apresentam
valores negativos de cerca de Eur.21.636. 336. e Eur. 15.22.659, respectivamente. O impacto desta
alteração reflectiu-se em Resultados Transitados e Resultados do exercício em Eur. 7.776.157 e Eur.
885.900, respectivamente.

Nota 35. Movimento ocorrido no capital


O Estado Português detém 100% do capital da REFER. O Capital Estatutário no presente exercício não
sofreu qualquer alteração.
Nota 40. Variação das outras rubricas de capital próprio
O movimento ocorrido nas rubricas de Capitais Próprios, das rubricas constantes no balanço, foi o
seguinte:

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Relatório e Contas 2004

Contas Saldo Inicial Aumentos Regularizações Saldo Final

51 - Capital Estatutário 305.200.000 305.200.000


55 - Ajustamentos de Partes de Capital -229.650 123.222 -106.428
57 - RESERVAS
575 - Subsídios
Transferidas:
dos extintos GNFL, GNFP, GECAF 678.085.773 678.085.773
da CP ( Anexo III e 2º Semestre) 128.604.887 128.604.887
da CP (Anexo IV e V) 716.452.794 716.452.794
Subsidios obtidos:
PIDDAC 592.195.625 20.641.426 612.837.051
FEDER/IOT 368.585.997 1.497.787 370.083.784
F COESÃO 469.534.261 71.411.887 540.946.148
DGTREN 1.725.185 1.725.185
DGVII 9.780.503 9.780.503
Expo 98 31.147.349 31.147.349
UE - Feder 7.101.823 7.101.823
AP Lisboa 949.736 949.736
INTF 158.713 158.713
SETEP 8.479 8.479
REN 2.418.465 2.418.465
PRODOURO 67.338 67.338
COPÉRNICOS 9.572 9.572
AP Aveiro 373.529 373.529
3.005.474.844 95.276.285 0 3.100.751.129
576 - Doações 28.000 90.000 118.000
57 - RESERVAS 3.005.273.194 95.366.285 123.222 3.100.869.129
59 - Resultados transitados -611.218.579 -72.057.655 -123.092.410 -806.368.644
Resultado do exercício -123.092.410 -154.157.239 123.092.410 -154.157.239

2.576.162.205 -130.848.609 123.222 2.445.436.818

Nota 41. Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas

Demonstração do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:

2004 2003

Existência Inicial 22.605.796 30.596.831


Compras 24.276.144 50.203.376
Ganhos em Existências(Sobras) 296.048 973.491
Existências Finais -23.642.600 -22.605.796
Outros 638.403 1.114.532

Custos no exercício 24.173.791 60.282.434

Estes custos correspondem a material vendido e consumido, material incorporado no Investimento e na


regeneração de Aparelhos de Mudança de Via.

Nota 43. Remunerações dos membros dos Órgãos sociais


86

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Relatório e Contas 2004

As remunerações atribuídas aos Órgãos Sociais foram as seguintes:

2004 2003

Conselho Administração 522.727 508.463


Comissão Fiscalização 14.258 25.664

Nota 45. Demonstração dos Resultados Financeiros

2004 2003

Custos e perdas Financeiras


681 - Juros suportados 57.292.766 42.592.422
682 - Perda Emp.Grupo e Assoc. 234.658 1.250.377
685 - Diferenças de câmbio desfavoráveis 4.830 16.165
688 - Outros custos e perdas financeiras 4.659.961 3.313.105
Resultado Financeiro -53.767.657 -45.593.159
8.424.558 1.578.910

Proveitos e ganhos Financeiros


781 - Juros Obtidos 4.713.320 1.437.235
782 - Ganhos Emp.Grupo e Assoc. 3.698.069 19.507
785 - Diferenças de câmbio favoráveis 4.702 13.039
786 - Descontos de pronto pagamento 7.973 19.504
788 - Outros prov. e ganhos financeiros 494 89.625
8.424.558 1.578.910

A demonstração dos resultados financeiros é como segue:


Dos juros suportados, cerca de 30% dizem respeito a juros de linhas de curto prazo.
As Perdas em Empresas do Grupo e Associadas, referem-se às participações na REFER Telecom, RAVE,
CPCom e Metro Mondego e às amortizações dos Ajustamentos de Partes de Capital, durante 5 anos, das
participações na GIL, Ferbritas, Invesfer, REFER Telecom e Metro Mondego.
A rubrica Outros Custos e Perdas Financeiras é composta do seguinte modo:

2004 2003

Serviços Bancários 1.786.032 655.902


Gastos c/Emissão Obrigações 4.417 38.249
Taxa Aval 1.720.890 1.432.937
Diferenças arredondamentos 35
Outros não específicados 1.148.587 1.186.017

4.659.961 3.313.105

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A Taxa de Aval diz respeito aos empréstimos BEI, ABN, Berlin e WestLB tendo sido capitalizada em cerca de
Eur 1.707.074.
Os Outros não especificados, a quase totalidade do valor (99,99%), diz respeito às despesas com os
empréstimos Logo Securities I e II, que estão a ser diferidas por 5 e 6 anos, respectivamente.
Os Ganhos em Empresas do Grupo referem-se à Equivalência Patrimonial efectuada na Invesfer, Ferbritas
e REFER Telecom.

Nota 46. Demonstração dos Resultados Extraordinários

A demonstração dos resultados extraordinários é como segue:

2004 2003

Custos e perdas Extraordinárias


691 - Donativos 44.124 10.701
693 - Perdas em Existências 292.618 657.545
694 - Perdas em Imobilizações 86.986 130.276
695 - Multas e penalidades 3.373 4.142
696 - Amortizações 787 116.162
697 - Correcções Exercícios Anteriores 13.173.790 11.313.845
698 - Outros custos e perdas extraordinários 18.394.995 12.049.148
Resultado Extraordinário -11.485.202 -10.958.903
20.511.471 13.322.916

Proveitos e ganhos Extraordinários


791 - Restituição Impostos 195 367
793 - Ganhos em Existências 2.451.658 973.325
794 - Ganhos em Imobilizações 91.704 21.542
795 - Benef. Penal. Contratuais 68.102 21.923
796 - Reduções Amortizações e Provisões 12.695.844 4.266.854
797 - Correcções Exercícios Anteriores 5.189.979 8.019.262
798 - Outros proveitos e ganhos extraordinários 13.989 19.643
20.511.471 13.322.916

Cerca de 27% do saldo da rubrica Custos e Perdas - Correcções Exercícios Anteriores, corresponde à
indemnização paga à Contacto e resultante do Acordo no CSOPT e cerca de 10% refere-se à anulação
de facturas de 2000, emitidas à TEX, referentes a ocupação de espaços nas estações.
Em Outros Custos e Perdas Extraordinários cerca de 6% da conta referem-se às Pré Reformas (ver Nota
48.13), às Indemnizações de Rescisões por mútuo acordo do ano corrente, que deixaram de ser diferidas
por um período de 5 anos (Ver Nota 48.15), correspondem 89%.
No que respeita aos Proveitos e ganhos Extraordinários, na rubrica Ganhos em existências Eur. 2.155.610
respeitam à anulação do adiantamento p/ vendas da LS, por força do contrato de cessão de posição
contratual à INVESFER. Na rubrica Reduções de Amortizações e Provisões, cerca de 13% diz respeito à
utilização da Provisão para Pré Reformas, 40% está relacionado com os Processos Judiciais resolvidos e
45% com a anulação da Provisão para Cobrança Duvidosa, face ao acordo com a CP de Setembro
2004.

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Na rubrica Proveitos e Ganhos – Correcções de Exercícios Anteriores perto de 54 %, diz respeito à


correcção da Provisão de Férias e Subsídio de Férias de 2003.

Nota 47. Informações exigidas por diplomas legais

Nota 47.1. Informação a que se refere o Despacho do Secretário de Estado do Tesouro, de 25 de Junho
de 1980:

• Encargos com estruturas representativas dos trabalhadores

Para os trabalhadores envolvidos a tempo inteiro - Dirigentes Sindicais e Comissão de Trabalhadores -


foram determinados encargos para a estrutura representativa dos trabalhadores, no exercício de
2004 no montante total de Eur. 233.867 discriminado do seguinte modo:

Montante

Retribuição Mensal 134.888


Diuturnidades 13.234
Sub. Férias e Décimo Terceiro mês 26.018
Contribuição Patronal 43.713
Outros 16.014

233.867

• Número de trabalhadores envolvidos

A tempo parcial ( nº médio):


Dirigentes sindicais 137
Comissão e Subcomissões 28

A tempo inteiro:
Dirigentes sindicais 12
Comissões Trabalhadores 1

Nota 47.2. Informação a que se refere o Decreto – Lei nº 411/91 de 17 de Outubro:

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Relatório e Contas 2004

A dívida à Segurança Social – T.S.U. ascende a Eur 2.014.830, não se encontrando qualquer valor em
situação de mora.

Nota 48. Informações adicionais

Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos
resultados:

Nota 48.1. A REFER começou no exercício de 1999 a fase de exploração das suas infra estruturas e
consequentemente a cobrança da taxa de uso aos operadores ferroviários - CP e FERTÁGUS, bem como
outros serviços.

À data de 31.12.2004 a dívida daquelas duas entidades está repartida do seguinte modo:

Montante

CP 30.789.447
Fertágus 1.577.162
Outros 12.265

32.378.874

Neste exercício a CP aceitou a Taxa de Uso debitada pela REFER, num total de Eur 55.754.918.
Em relação à Fertágus, não tem sido efectuado qualquer pagamento, visto que de acordo com o
contratualmente estabelecido, o tráfego encontra-se abaixo da banda mínima de referência, para
poder ser facturada. Nos termos do Dec-Lei nº 189-B/200, de 2 de Junho, o Estado tem compensado a
REFER do montante daquela taxa, valor incluído no montante de Indemnizações Compensatórias
recebidas. Em 2004, o valor referente à Taxa de Uso devida pela Fertágus ascendeu a Eur 2.438.004.
Do encontro de contas decorrente do acordo REFER / CP de Setembro de 2004 resultou um saldo a favor
da REFER de Eur. 18.451.175 já liquidado pela CP.

Nota 48.2. Durante o presente exercício foram contabilizados Eur 25.907.252 a título de Normalização de
contas (RCM 51/2003).

Nota 48.3. Os Trabalhos para a Própria Empresa englobam essencialmente os custos com os materiais
aplicados no investimento, o custo de funcionamento das equipas de projecto da REFER e o custo de
gestão e administrativos das actividades directamente relacionadas com o investimento, sendo este no
valor de Eur 12.914.938.

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Relatório e Contas 2004

Nota 48.4. No final do exercício de 2004, os processos judiciais, em curso, referentes a expropriações,
atingem o valor de Eur 4.138.999. Os processos judiciais objecto de provisão referem-se a acidentes e
pedidos de indemnização por estragos, por ocupação de terreno, etc, que ascendem a Eur 9.313.846,
dos quais Eur. 6.800.000 do Grupo Dragados SA, e a processos das relações do trabalho que atingem o
montante de Eur 9.029.256.

Nota 48.5. A rubrica Outros Devedores é composta por:

2004 2003

Fornecedores 3.694.108 6.768.892


Pessoal 518.484
Valores a Regularizar 8.059.586 22.173.987
Outros devedores e credores 23.956.467 22.963.168
Outros 22.819 714.680

36.251.464 52.620.727

Na rubrica Valores a Regularizar, encontram-se cerca de Eur 2.585.699 referentes a pedido de reembolso
de IVA cujo direito à dedução ultrapassou o prazo de um ano, dos quais já foram pedidos aos Serviços
do IVA cerca de Eur 1.993.620. (Eur 517.146 em Julho de 2001, Eur 582.499 Novembro de 2002 e EUR.
893.975 em Agosto de 2004). Perto de Eur 3.054.170, dizem respeito ao IVA das facturas de Investimento,
a ser objecto de a regularização em 2005.
Na rubrica Outros Devedores, encontram-se cerca de Eur 11.286.370 (correspondente a 47% do saldo)
nas contas dos Tribunais, para fazer face aos processos de Expropriações. A O2 – Tratamento de
Ambiente, o Parque Expo, a REFER Telecom, a CPCom e a Fernave perfazem cerca de 25% do saldo.

Nota 48.6. Existem Eur 2.024.792.111 referentes a Avales prestados pelo Estado, pelos empréstimos do BEI,
do Empréstimo Obrigacionista CP 1995/2005, dos Empréstimos dos Bancos Berlin, ABN e WestLB.

Nota 48.7. À data de 31 de Dezembro de 2004 existem cerca de Eur 186.743.772 de Garantias Bancárias
Recebidas de Fornecedores, e cerca de Eur 35.846.048 referentes a Outras Garantias Recebidas de
Fornecedores.

Nota 48.8. Em relação a Garantias Bancárias Recebidas de Clientes/Devedores, existem cerca de Eur
1.286.471, à data de 31.12.2004.

Nota 48.9. Com a aquisição das acções da FERBRITAS, a REFER assumiu em 1999 integralmente as
obrigações daí decorrentes, o que origina que a REFER passará a ser responsável pelas cartas de conforto
subscritas a favor do Banco Mello relativas a Leasings Imobiliários / Financiamentos de Médio e Longo
Prazo até aos montantes de Eur 4.239.782 e Eur 498.798, respectivamente.

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Relatório e Contas 2004

Nota 48.10. Em relação à Invesfer, a REFER é responsável pelas cartas de conforto que foram subscritas a
favor do BPI, relativas a crédito de curto prazo, Médio e Longo prazo e leasing de viaturas, até aos
montantes de Eur 274.339, Eur 39.904 e Eur 67.116, respectivamente.

Nota 48.11. Para a Fernave, a REFER é responsável pela carta de conforto subscrita a favor Banco Espírito
Santo, relativa a um financiamento de curto prazo até ao montante de Eur 2.743.388.

Nota 48.12. Cerca de 98,74% do total de Imobilizações Corpóreas, correspondem a Imobilizado de conta
do Estado (ILD`s). Assim, esta rubrica atingiu em 31.12.04 Eur 5.769.811.808, dos quais Eur 2.230.147.563
respeitam a Imobilizado em Curso.

Nota 48.13. Com a transferência de cerca de um milhar de trabalhadores pré-reformados anteriormente à


constituição da REFER que exerciam a sua actividade em áreas transferidas para esta Empresa em 1998 e
1999, a REFER teve necessidade de constituir provisões de Eur 25.285.517, as quais estão a ser utilizadas
nos exercícios a que dizem respeito. Esta provisão termina em 2007.

Nota 48.14. A rubrica Outros Credores é composta por:

2004 2003

Credores diversos 5.015.507 10.608.940


Pessoal 767.632
Adiantamentos p/ vendas 13.114.231 13.589.633
Valores a Regularizar 17.395
Obrigacionistas 11.590.298
Outros 1.736.759 3.250.728

20.634.129 39.056.994

Na rubrica Adiantamentos p/ vendas as firmas Visabeira, Condiana e El Corte Inglês perfazem cerca de
77% do Saldo.

Nota 48.15. A REFER pagou no decurso dos exercícios de 2000 a 2003 indemnizações a empregados
relativas a rescisões de contratos de trabalho por mútuo acordo, nos montantes de Eur. 4.868.831, Eur.
11.668.418, Eur. 13.384.742 e Eur. 8.111.342, respectivamente. Os referidos valores, que se encontravam à
data de 31 de Dezembro de 2003 registados na rubrica de custos diferidos em Eur. 20.161.052, estavam a
ser amortizados por um período de cinco anos. Em 2004 essa metodologia foi alterada tendo o custo
relativo ao ano em curso sido levado a uma conta de Outros Custos e Perdas Extraordinários e a verba
registada na conta de Custos Diferidos foi transferida para Resultados Transitados.

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Relatório e Contas 2004

Desta alteração resultou um agravamento dos custos de Eur. 5.541.053 (custos de 2004 Eur. 16.434.650
– Custos pelo método anterior Eur. 10.893.597) e dos resultados transitados de Eur. 20.161.052.

Nota 48.16. Durante o ano de 2004 foram transferidos para Resultados Transitados, para além dos
resultados de 2003, e da verba de Eur 20.161.052 referida no ponto anterior, Eur. 14.945.114 relativos a
juros de mora debitados pela CP até 31-12-2003, Eur. 7.776.156 da provisão para riscos e encargos, Eur.
12.414.325 de anulações de proveitos anteriormente especializados e Eur. 16.761.008 resultantes dos
Acordo REFER / CP do passado mês de Setembro.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Presidente José Braamcamp Sobral

TÉCNICO OFICIAL de CONTAS


Vice-Presidente José Osório e Castro

Maria do Céu Pernas Administrador Luís Miguel Silva

Administrador Manuel Aguiar de Carvalho

Administrador José Marques Guedes

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Relatório e Contas 2004

10.1 Movimento Ocorrido nas Rubricas do Activo Imobilizado


(euros)

Rubricas Saldo Inicial Transf/Reg Aumentos Abates Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas
Despesas de Instalação 122.140 32.421 154.561
Despesas de Investigação e Desenvolvimento 10.776.763 2.766.176 13.542.939
Propriedade Industrial e Outros Direitos 29.928 29.928
Imobilizações em Curso 10.763.581 -919.586 4.716.858 14.560.853
21.692.412 1.879.011 4.716.858 28.288.281
Imobilizações Corpóreas
ILD`s (Estado)
Terrenos e Recursos Naturais 113.506.577 14.420.960 127.927.537
Edificios e Outras Construções 3.208.427.340 160.856.958 3.369.284.298
Equipamento Básico 30.268.679 30.268.679
Imobilizações em Curso 1.922.411.452 -178.385.466 486.121.577 2.230.147.563
Adiant. P/conta de Imob.Corpóreas 8.602.752 -5.323.853 8.904.832 12.183.731
5.283.216.800 -8.431.401 495.026.409 5.769.811.808
REFER
Terrenos e Recursos Naturais 627.972 627.972
Edificios e Outras Construções 27.606.522 1.137.020 84.361 28.659.181
Equipamento Básico 15.159.692 1.694.571 826.810 17.681.073
Equipamento de Transporte 6.954.997 112.781 353.176 259.617 7.161.337
Ferramentas e Utensílios 404.479 44.650 449.129
Equipamento Administrativo 8.920.332 145.948 1.265.254 10.331.534
Outras Imob. Corpóreas 401.448 22.226 423.674
Imobilizações em Curso 7.418.045 -2.302.372 2.956.962 8.072.635
67.493.487 787.948 5.469.078 343.978 73.406.535
5.350.710.287 -7.643.453 500.495.487 343.978 5.843.218.343
Investimentos Financeiros
Partes de Capital
Empresas do Grupo 11.466.314 3.586.722 311.748 15.364.784
Empresas Associadas
Outras Empresas 12.564 -88 12.476
Emprestimos Financiamento
Empresas do Grupo 3.752.185 2.420.440 6.172.625
Outras Empresas 1.871.429 1.871.429
17.102.492 3.586.634 2.732.188 23.421.314

10.2 Movimento Ocorrido nas Amortizações das Rubricas


(euros)

Rubricas Saldo Inicial Transf/Reg Aumentos Abates Saldo Final

Imobilizações Incorpóreas
Desp de Instalação 122.140 10.807 132.947
Desp Invest e Desenvolvimento 9.514.034 1.603.422 11.117.456
Prop Indust e Outros Direitos 29.928 29.928
9.666.102 1.614.229 11.280.331
Imobilizações Corpóreas
Edificios e Outras Const 3.162.502 896.616 3.375 4.055.743
Equipamento Básico 5.353.602 -4.491 1.370.130 6.719.241
Equipamento de Transporte 5.991.670 650.790 259.617 6.382.843
Ferramentas e Utensílios 394.287 30.728 425.015
Equipamento Administrativo 6.490.527 1.434.450 7.924.977
Outras Imob Corpóreas 139.756 49.637 189.393
21.532.344 -4.491 4.432.351 262.992 25.697.212
31.198.446 -4.491 6.046.580 262.992 36.977.543
94

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE FUNDOS


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004

ORIGEM DOS FUNDOS APLICAÇÃO DOS FUNDOS

Internas Aumentos de imobilizações


Resultado Liquido do Exercício -154.157.239 Imobilizações Incorpóreas
Amortizações 5.779.097
Variação de provisões 9.949.478 Imob. Em Curso 6.595.869
-138.428.664 6.595.869
Externas
Aumentos dos capitais próprios Imobilizações Corpóreas
Ajustamentos de Capital 123.222 Equipamento Básico 826.810
Aumentos de reservas 95.366.283 Equipamento de Transporte 353.176
95.489.505 Ferramentas e Utensilios 44.650
Movimentos financeiros a médio e longo prazo Equipamento Administrativo 1.265.254
Aumento das dívidas a terceiros Outras Imob. Corporeas 22.226
Empréstimos Obtidos 113.604.829 Imobilizações em Curso 481.435.086
113.604.829 Adiantamentos 8.904.832
492.852.034
Diminuições de Imobilizações
Investimentos Financeiros 6.318.822
Equipamento Transporte 259.617
Edifícios e Outras Construções 84.362 Aumento dos Resultados Transitados 72.057.654
343.979

Diminuição dos Fundos Circulantes 506.814.730

577.824.379 577.824.379

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR - José Marques Guedes

95

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

DEMOSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DOS FUNDOS CIRCULANTES


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004 (euros)

1. Aumento das existências 1. Diminuição das dívidas de terceiros a curto prazo


Mat. Primas, subsidárias e de consumo 1.270.060 Clientes 78.608.002
Trabalhos em curso 9.089.600
10.359.660 Estado e Outros Entes Públicos 16.196.238
Outros Devedores 16.369.263
2. Diminuições das dívidas a terceiros a curto prazo 111.173.503
Fornecedores 21.279.298
Adiantamentos a Fornecedores 0 2. Aumentos das dívidas a terceiros a curto prazo
Estado e Outros Entes Públicos 214.402 Instituições de Crédito 524.318.292
Fornecedores de Imobilizado 105.775.312 Fornec. Recep. E conferência 4.116.407
Outros Credores 18.422.865 528.434.699
145.691.877
3. Variação dos acréscimos diferimentos
3. Aumento das disponibilidades Diminuição dos Acréscimos de Proveitos 12.057.646
Bancos 2.893.245 Diminuição de Custos Diferidos 20.766.660
2.893.245 32.824.306

4. Variação dos acréscimos diferimentos 4. Diminuição das disponibilidades


Diminuição de Acréscimos de Custos 7.017.547 Caixa 27.644
Diminuição dos Proveitos Diferidos 68.650 27.644
7.086.197
5. Diminuição das existências
Mercadorias 182.009
Diminuição dos Fundos Circulantes 506.814.730 Adiantamentos por c/ conta compras 203.548
385.557

672.845.709 672.845.709

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR - José Marques Guedes

96

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Relatório e Contas 2004

DEMOSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Método indirecto


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004
2004 2003
Actividades Operacionais :
Resultado do Exercício -154.157.239 -123.092.410
Ajustamentos:
Amortizações 5.779.097 6.047.227
Provisões 9.949.478 -2.316.407
Aumento das dívidas de terceiros -46.124.873
Diminuição das dívidas de terceiros 111.173.503 231.043.702
Aumento das Existências -10.359.660
Diminuição das Existências 385.557 11.190.711
Aumento das dívidas a terceiros 528.434.699 144.452.115
Diminuição das dívidas a terceiros -145.691.877 -157.848.500
Aumento das Aplicações de Tesouraria
Diminuição das Aplicações de Tesouraria 854.000
Aumento dos acréscimos de custos e proveitos diferidos 15.717.397
Aumento dos acréscimos de proveitos e custos diferidos -5.731.221
Diminuição dos acréscimos de custos e proveitos diferidos -7086197
Diminuição dos acréscimos de proveitos e custos diferidos 32.824.306 6.238.542
Fluxo das actividades operacionais (1) 371.251.667 80.430.283
Actividades de Investimento :
Investimentos financeiros 6.318.822 667.117
Imobilizações corpóreas 492.508.054 721.872.432
Imobilizações incorpóreas 6.595.869 4.174.528
Fluxo das actividades de investimento (2) 505.422.745 726.714.077
Actividades de Financiamento :
Empréstimos obtidos 113.604.829 490.552.047
Fornecedores
Aumento de capital
Ajustamentos de Partes de Capital 123.222 -40.820
Reservas 95.366.282 163.058.778
Resultados Transitados -72.057.654
Fluxo das actividades de financiamento (3) 137.036.679 653.570.005

Variação de caixa e seus equivalentes


(4)=(1)-(2)+(3) 2.865.601 7.286.211
Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 11.413.105 8.547.504
Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 8.547.504 1.261.293
Variação de caixa e seus equivalentes 2.865.601 7.286.211

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

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Relatório e Contas 2004

DEMOSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Método directo


Periodo findo em 31 de Dezembro de 2004
2004 2003

Actividades Operacionais
Recebimentos de clientes 155.146.274 314.807.523
Empréstimos de curto prazo obtidos 524.318.292 77.667.070
Pagamentos a fornecedores -245.572.281 -203.012.533
Pagamentos ao pessoal -120.512.223 -124.850.487

Fluxo gerado pelas operações 313.380.062 64.611.573

Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento -97.452 -91.302


Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional 60.242.125 29.778.786

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 60.144.673 29.687.484

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 21.565.742 9.041.168


Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias -32.263.368 -24.488.852

-10.697.626 -15.447.684
Fluxo das actividades operacionais (1) 362.827.109 78.851.373
Actividades de Investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Subsidios de investimento
Juros e proveitos similares 8.424.558 1.578.910
8.424.558 1.578.910
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros 6.318.822 667.117
Imobilizações corpóreas 492.508.055 721.872.432
Imobilizações incorpóreas 6.595.869 4.174.528

505.422.746 726.714.077
Fluxo das actividades de investimento (2) 496.998.188 725.135.167
Actividades de Financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 113.604.829 490.552.047
Aumento de capital
Reservas 95.366.283 163.058.778
Outros 123.222
209.094.334 653.610.825
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos
Juros e custos similares
Dividendos
Resultados Transitados -72.057.654
Outros -40.820
-72.057.654 -40.820
Fluxo das actividades de financiamento (3) 137.036.680 653.570.005
Variação de caixa e seus equivalentes (4)=(1)-(2)+(3) 2.865.601 7.286.211
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no fim do periodo 11.413.105 8.547.504
Caixa e seus equivalentes no inicio do periodo 8.547.504 1.261.293
Variação de caixa e seus equivalentes 2.865.601 7.286.211

O TÉCNICO OFICIAL de CONTAS O CONSELHO de ADMINISTRAÇÂO

Maria do Céu Pernas PRESIDENTE - José Braamcamp Sobral

VICE-PRESIDENTE - José Osório e Castro

ADMINISTRADOR - Luís Miguel Silva

ADMINISTRADOR - Manuel Aguiar de Carvalho

ADMINISTRADOR - José Marques Guedes

98

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa

Descrição 2004 2003


Numerário 53.592 81.236
Depósitos bancários 11.359.513 8.466.268
Disponibilidades constantes no Balanço 11.413.105 8.547.504

As notas cuja numeração se encontre ausente deste anexo não são aplicáveis
2. Descriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes

99

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Relatórios e
Certificação de Contas

100

Rede Ferroviária Nacional, EP


Relatório e Contas 2004

Relatórios e Certificação de Contas

101

Rede Ferroviária Nacional, EP


RELATÓRIO E PARECER DA COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO
(Exercício de 2004)

I - Introdução

1. De acordo com a alínea b) do nº 1 do artigo 11.º dos Estatutos da Rede Ferroviária


Nacional – REFER, EP, que constituem o anexo I do Decreto Lei nº 104/97, de 29
de Abril, compete à Comissão de Fiscalização (CF) emitir parecer sobre os
documentos de prestação de contas da Empresa. É no cumprimento dessa disposição
estatutária que a CF emite o presente relatório e parecer sobre o Relatório e Contas
da REFER, apresentado pelo respectivo Conselho de Administração (CA), relativos
ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2004.

Como factos relevantes ocorridos em 2004 destacam-se: a conclusão das obras de


modernização do “Eixo Atlântico”, permitindo a ligação directa ferroviária entre
Braga e Faro; conclusão do processo de atribuição de nota de risco à REFER, pelas
agências internacionais “Moody’s” e “Standard & Poor’s”, proporcionando, assim,
o acesso a mercados de capitais internacionais; encerramento do Túnel do Rossio
para realização de obras de reparação..

Os membros que compõem o actual Conselho de Administração (1 presidente, 1


vice-presidente, 3 vogais) foram nomeados pela Resolução nº. 102/2004 (2ª. Série),
de 27/10, que transitaram do anterior Conselho, nomeado pela Resolução nº.
75/2002, de 04/11, com excepção de um dos vogais.

2. A REFER foi criada pelo Decreto-Lei nº. 104/97, de 29 de Abril, tendo iniciado a
sua actividade em 4/5/97.

A REFER, EP continua a reger-se pelos estatutos anexos ao Decreto-Lei nº. 104/97,


de 29/4, os quais não foram ainda adaptados ao regime do capítulo III do Decreto-
Lei nº. 558/99, de 17/12.
II – Actividade Desenvolvida pela Comissão de Fiscalização

1. No decorrer do exercício, a CF acompanhou com regularidade a actividade e gestão


da Empresa, tendo sido solicitados e obtidos os esclarecimentos necessários do
Conselho de Administração e dos Serviços.

2. Analisámos as actas das reuniões do Conselho de Administração, bem como da


documentação de suporte que, na sequência da apreciação efectuada, foi entendido
solicitar.

3. Da análise das referidas actas e da apreciação de assuntos que nas circunstâncias


foram suscitados, formulámos recomendações à Empresa e ao próprio Conselho de
Administração, as quais foram integralmente acolhidas.

4. Durante o ano de 2004 emitimos os relatórios trimestrais a que se refere o nº. 2. do


artigo 11º. dos Estatutos da REFER, EP, tendo os mesmos sido enviados às tutelas
financeira e sectorial, ao Conselho de Administração e à Inspecção-Geral de
Finanças.

5. Acompanhámos a execução financeira dos projectos de investimento da Empresa e a


sua forma de financiamento.

6. Acompanhámos a evolução da situação financeira e da tesouraria da Empresa.

7. Analisámos a evolução das principais rubricas de custos e proveitos.

8. Efectuámos todas as reuniões ordinárias, com a periodicidade mensal, tendo a CF


reunido dezasseis vezes durante o ano de 2004.

9. No desenvolvimento da nossa actividade obtivemos o apoio dos auditores externos,


com quem estabelecemos um contacto permanente, através do membro ROC.

Levámos a efeito um conjunto de acções específicas sobre procedimentos


contabilísticos e outros de controlo interno, por intermédio do membro ROC desta
Comissão, com vista à formação da nossa opinião sobre as demonstrações
contabilísticas, numa base de teste, através do exame dos documentos de suporte, tendo
o mesmo emitido a correspondente certificação legal de contas e o relatório anual sobre
a fiscalização efectuada, documentos com os quais concordámos.

2/5
III- Apreciação do Relatório e Contas da REFER

1. O Relatório do CA refere com suficiente clareza a forma como decorreu a


actividade da Empresa durante o exercício de 2004.

2. O membro ROC da CF produziu, relativamente ao exercício findo em 31 de


Dezembro de 2004, o seu relatório anual, nos termos da alínea a) do nº. 1 do artigo
52º do Decreto-Lei nº 487/99, de 16/11, bem como a correspondente Certificação
Legal de Contas, com a reservas e as ênfases consideradas apropriadas pelo ROC,
cujos conteúdos dos referidos documentos mereceram a concordância da CF.

3. O Conselho de Administração da REFER propõe que o Resultado líquido do


exercício de 2004, no montante de Euros 154.157.239 negativos, seja transferido
para a conta de Resultados Transitados.

4. Os planos de investimentos e financiamentos elaborados pela Empresa e submetidos


às respectivas tutelas continuam a não ser objecto de autorização ou aprovação
formal, nos termos do disposto na alínea d) do artigo 13.º dos Estatutos.

IV – Situação Económica e Financeira

Analisadas as demonstrações financeiras, entendemos realçar os seguintes aspectos:

1. A REFER regista um Resultado líquido negativo de 154,2 milhões de euros, em


2004, o que representa um agravamento de 25,3% (+31,1 milhões de euros) em
relação ao ano anterior, devido fundamentalmente ao decréscimo da Taxa de
Utilização da infra-estrutura ferroviária (-7,3 milhões de euros) e aos aumentos
significativos de Fornecimentos e serviços externos (+7 milhões de euros) e de
Custos financeiros (+ 15 milhões de euros). A conta Resultados transitados foi
também afectada negativamente, em cerca de 72 milhões de euros, por efeito de
regularizações de situações do passado, tais como acertos de contas na sequência
do Acordo com a CP (cerca de 44 milhões de euros, incluindo efeitos indirectos
e juros de mora debitados pela CP até finais de 2003), alteração do critério de
contabilização das indemnizações por rescisão por mútuo acordo dos contratos
individuais de trabalho (20,2 milhões de euros) e constituição de provisões para
cobertura de riscos de encargos decorrentes de responsabilidades inerentes às
participações em empresas com capitais próprios negativos (7,8 milhões de
euros).

3/5
2. Os Custos com o pessoal, que constituem a principal rubrica de custos da
Empresa, representando, em 2004, cerca de 50% dos custos operacionais,
continuam a diminuir por efeito da redução de efectivos que se verifica desde
1999. Após a absorção de efectivos oriundos da CP, na sequência da respectiva
cisão e criação da REFER, foi encetado um processo de reestruturação da
empresa, redimensionando os seus recursos técnicos e humanos. O recurso ao
“outsourcing”, quer como opção estratégica quer pela utilização de novas infra-
estruturas tecnológicas, tem também contribuído para redução de efectivos. O
número médio de trabalhadores da Empresa passou de 6.500, em 1999, para
4.436, em 2004, verificando-se neste ano uma redução de cerca de 7,9%.
Regista-se uma redução dos Custos com o pessoal de 3,5% em 2004,
comparativamente com o ano anterior. Mas em termos de efectivo médio
verifica-se um aumento de cerca de 4,8% nos Custos com o pessoal e de 4,2%
na sub-rubrica “Remunerações”, a qual engloba apenas os rendimentos auferidos
pelos trabalhadores, excluindo as indemnizações por rescisão de contrato
individual de trabalho.

3. Grande parte da actividade da Empresa consiste no desenvolvimento de


projectos de investimento em infra-estruturas ferroviárias, cujo valor realizado
em 2004 é de 494,2 milhões de euros. O grau de execução financeira dos
investimentos em 2004 atinge cerca de 77,7% do valor global previsto (636,3
milhões de euros). A cobertura financeira dos investimentos por fundos públicos
(PIDDAC e Financiamento Comunitário), o qual atinge apenas 19,3% em 2004,
tem vindo a diminuir de uma forma bastante gravosa para a estrutura financeira
da Empresa, por via do excessivo aumento do endividamento bancário (para
cobertura financeira do investimento e do défice de exploração):
2001 2002 2003 2004
Cobertura Financeira – valor percentual 51,5 40,1 22,8 19,3
Endividamento bancário – milhões de euros 205 317 551 638

4. O endividamento total da Empresa ascende a cerca de 3531,1 milhões de euros,


em 31/12/2004 (3.034,8 milhões de euros, em 31/12/2003), aumentando cerca
de 496,3 milhões de euros em relação a 31/12/2003. O actual nível de
endividamento da REFER corresponde já a cerca de 2,7% do PIB português,
com tendência de agravamento face ao elevado défice anual de exploração e à
insuficiência de capitais próprios para financiamento dos projectos de
investimento em curso, sendo de realçar que os investimentos de modernização
e de expansão da rede não têm tido correspondência nos proveitos de
exploração, nomeadamente, na taxa de utilização da infra-estrutura ferroviária,
mas têm implicado um aumento dos custos de manutenção dos novos

4/5
equipamentos. Essa tendência não se coaduna com os princípios de equilíbrio
económico e financeiro da Empresa, consagrados no artigo 8.º do DL 104/97, de
29 de Abril.

V - Parecer

Face ao anteriormente referido, a CF é de parecer favorável à aprovação do


Relatório e Contas da Rede Ferroviária Nacional – REFER, EP do exercício
findo em 31 de Dezembro de 2004, bem como da proposta de aplicação de
resultados formulada pelo CA, com a reserva e as ênfases expressas na
Certificação Legal de Contas.

Finalmente, não podemos deixar de registar e agradecer o apoio e colaboração recebidos


do Conselho de Administração e dos demais colaboradores e responsáveis das diversas
áreas da Empresa, bem como dos Auditores Externos.

Lisboa, 31 de Março de 2005

José António Coelho Alves Portela (Presidente)

SALGUEIRO, CASTANHEIRA E ASSOCIADOS, SROC (vogal ROC)


representada por Issuf Ahmad

5/5
SALGUEIRO, CASTANHEIRA & ASSOCIADOS

SC SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS


(Inscrita sob o n.º 151)

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras da Rede Ferroviária Nacional –


REFER, E.P., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2004 (que
evidencia um total de 6.046.155.591 euros e um total de capital próprio de
2.445.436.818 euros, incluindo um resultado líquido negativo de 154.157.239
euros), as Demonstrações dos resultados por naturezas e por funções e a
Demonstração dos fluxos de caixa, referentes ao exercício findo naquela data, e os
correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de


demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de
caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a
manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e


independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as


Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as
quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter
um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão
isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui:

_______________________________________________________________________________________________________
Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
Escritório: Av. 11 de Setembro n.º 14 – 7º B 2700-624 AMADORA – Tel.: 21 491 44 05 / Fax: 21 491 10 53
_______________________________________________________________________________________________________
SALGUEIRO, CASTANHEIRA & ASSOCIADOS

SC SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS


(Inscrita sob o n.º 151)

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e


divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das
estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de
Administração, utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a


sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das


demonstrações financeiras.

5. Excepto no que respeita às limitações constantes do parágrafo seguinte,


entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a
expressão da nossa opinião.

Reservas

6. Relativamente ao imobilizado corpóreo, a informação disponível continua a


revelar-se insuficiente, não permitindo formar opinião sobre a razoabilidade de
grande parte dos valores contabilizados nas Demonstrações Financeiras:

- O ficheiro de imobilizado não oferece ainda garantias quanto à integralidade


dos respectivos registos, concretamente se todos os bens existentes se
encontram registados ou se todos os bens registados existem fisicamente, bem
como à identificação do seu estado e localização, em especial os bens
transferidos da CP, os quais representam cerca de 20% do Activo da REFER,
em 31/12/2004;

- As infra-estruturas de longa duração (ILD), de conta do Estado, não são


objecto de qualquer amortização, em consequência a conta Outras Reservas,
que integra Capitais Próprios, onde estão contabilizados os subsídios
concedidos ao financiamento destes investimentos, nos termos e ao abrigo da
alínea b), do nº. 4, do artigo 22.º dos Estatutos da REFER, aprovados pelo
Decreto - Lei nº. 104/97, de 29/4, não foi reduzida proporcionalmente.

Não nos é possível determinar o efeito dos ajustamentos que poderão vir a resultar
da resolução das situações acima descritas.

_______________________________________________________________________________________________________
Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
Escritório: Av. 11 de Setembro n.º 14 – 7º B 2700-624 AMADORA – Tel.: 21 491 44 05 / Fax: 21 491 10 53
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SC SOCIEDADE DE REVISORES OFICIAIS DE CONTAS


(Inscrita sob o n.º 151)

Opinião

7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam
revelar-se necessários, caso não existissem as limitações descritas no parágrafo nº.
6 acima, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira
da Rede Ferroviária Nacional REFER, E.P., em 31 de Dezembro de 2004, bem
como o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, referentes ao exercício
findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal.

Ênfases

Sem afectar a nossa opinião sobre as contas, chamamos a atenção para o seguinte:

8. Do Acordo alcançado com a CP, no passado mês de Setembro, sobre diversas


transacções relativas a exercícios anteriores, resultou um prejuízo líquido para a
REFER de cera de 16.761 milhares de euros, o qual se encontra reflectido na
conta Resultados transitados. Da conciliação de contas entre as duas empresas,
reportada à data de 31/12/2004, apurou-se um valor total de 4.059 milhares de
euros, ainda não reconhecido pelas partes, que na sua maioria diz respeito a
situações posteriores ao referido Acordo.

9. Os montantes relativos a indemnizações por rescisão de contratos de trabalho por


mútuo acordo, pagos a partir de 1998, eram registados, até ao final de 2003, na
rubrica do Balanço de Custos diferidos e amortizados em cinco anos, cujo
procedimento tem sido objecto de reservas nas certificações legais das contas
anteriores. Conforme expresso na nota 48.15 do Anexo ao Balanço e à
Demonstração dos Resultados, em 2004 foi adoptado novo critério na
contabilização dessas indemnizações, o qual se traduziu no registo de 16.434.650
euros na rubrica Outros custos e perdas extraordinários. Esta alteração de critério
teve como efeito o agravamento dos prejuízos do exercício e dos Resultados
transitados, respectivamente, em 5.541.053 euros e 20.161.052 euros (saldo ainda
por amortizar em 31/12/2003).

10. Em relação às suas participadas, com capitais próprios negativos, não eram
constituídas provisões para riscos e encargos para relevar as suas
responsabilidades decorrentes dessa situação, cujo procedimento foi também
objecto de reservas, tendo em conta o princípio contabilístico da prudência e a
possibilidade da REFER participar na reposição do capital dessas sociedades.
Conforme consta da nota 34 do Anexo, foi criada uma provisão, em 2004, no
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Sede: Rua da Padaria, nº. 25, 1º. Dtº., 1100 – 388 Lisboa – Telefs. 96 608 72 72; 21 494 35 14; Fax: 21 491 10 53
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(Inscrita sob o n.º 151)

montante de 8.662.057 euros, correspondente ao risco inerente à participação em


capitais social de 33% na GIL – Gare Intermodal de Lisboa, SA e 10% na
FERNAVE – Formação Técnica, Psicologia Aplicada e Consultoria em
Transportes e Portos, SA, que apresentam, em 31/12/2004, capitais próprios
negativos de 21.636.336 e 15.220.659 euros, respectivamente. Este novo
procedimento teve como efeito um agravamento dos Resultados transitados e
Resultados do exercício em 7.776.157 e 885.900 euros, respectivamente. Deverão
ser tomadas medidas necessárias para a rectificação da respectiva situação, atento
ao disposto no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, com a redacção
dada pelo Decreto-Lei nº. 19/2005, de 18 de Janeiro

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Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
Representada por:

Issuf Ahmad, ROC nº 779

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