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Web Aula 2
1a Questo: Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de
Correios e Telegrfos) e da empresa Rodsoft Informtica, perante um Juizado Especial
Federal. Argumenta, em sua petio inicial, que comprou um determinado produto no
site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereo
residencial, o que no ocorreu em razo de extravio. Tambm aduz que no foi
ressarcido, o que justificaria a instaurao do presente processo em face de ambas,
objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa
Rodsoft j encerrou suas atividades, embora tenha ficado evidente nos autos que a
mesma vinha sendo utilizada por seus scios para a prtica de diversos ilcitos civis.
Diante desta situao, o autor pleiteia que. no Juizado Especial Federal, seja
autorizada a desconsiderao da personalidade jurdica. Ocorre que este
requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o NCPC (Lei n
13.105/15) trata deste incidente como uma modalidade de interveno de terceiros
(art. 132 ? art. 137), o que vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei n
9.099/95). Esta deciso foi objeto de posterior mandado de segurana impetrado
perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de reform-la Indaga-se: os
magistrados lotados no rgo revisor, analisando as normas constantes no NCPC (Lei
n 13.105/15), devero conceder ou negar a segurana? Por quais fundamentos?
Resposta: Dever ser concedido o mandado de segurana, tenso por base o artigo 50
do cdigo cvil in vrbis:
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurdica, caracterizado pelo
desvio de finalidade, ou pela confuso patrimonial, pode o juiz decidir, a
requerimento da parte, ou do Ministrio Pblico quando lhe couber intervir
no processo, que os efeitos de certas e determinadas relaes de
obrigaes sejam estendidos aos bens particulares dos administradores
ou scios da pessoa jurdica.