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Nesta edição:
Tributo a Martins Sarmento 2
Guimarães 2012 3
Festas Nicolinas 9
09/03/1833 A 09/08/1899
Destacamos o Dr. Francisco Martins Sarmento, homem superiormente notável no contexto cultural por-
tuguês da segunda metade do século XIX..
Martins Sarmento iniciou o seu percurso escolar aos oito anos numa escola da sua cidade Guimarães,
terminado o ensino primário, foi para colégio da Lapa no Porto aprender Latim. Daí seguiu para Coimbra
onde estudou até aos quinze anos, matriculando-se então na universidade de Coimbra formando-se em
Direito de onde saiu em 1853, com apenas, 20 anos.
Regressa à sua terra natal onde passa o seu tempo dividido entre Guimarães e S. Salvador de Briteiros,
apesar de formado nunca exerceu o seu curso preferindo dedicar-se à leitura, caça e como grande parte
dos jovens da época à poesia. Apesar de ter publicado algumas poemas, não foi assim que atingiu a
notoriedade. Essa chega com a Citânia de Briteiros, onde foi o iniciador da sua escavação, essa obra
tirou-o do anonimato e projectou o nome por Portugal e além fronteiras.
Para além de arqueólogo, foi autor de uma importante obra etnográfica, abrangendo em particular o terri-
tório de Entre douro e Minho. Martins Sarmento interessou-se pelas lendas e pelas tradições populares.
Transmitidas por via oral, estas histórias eram objecto de encantamento de pessoas de todas as idades,
mas em especial crianças e de jovens que nelas procuravam o divertimento e, em simultâneo, se enri-
queciam de saberes que lhes iam moldando as personalidades. São memórias vivas de um tempo e de
uma identidade cultural que, apesar das aceleradas mudanças dos dias que correm, importa que se não
deixem perder. Foi com este objectivo que a turma revisitou o conto popular “Frei João sem cui-
dados” e que apresenta juntamente com esta publicação.
GUIMARÃES 2012
CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA
Depois de Lisboa (1994) e do Porto (2001), cabe agora a Guimarães o título de Capital Europeia da
Cultura e, assim, valorizar o seu património histórico-cultural.
A tarefa não nos parece árdua, pois se flanar ao longo das ruas,
ruelas e avenidas da urbe, poderá respirar a história. Assim,
descendo a rua de santa Maria, que na sua origem era o principal
elo de ligação entre a zona alta do burgo (Castelo) e a zona baixa
(Colegiada/ Igreja de Nossa Senhora da Oliveira), desembocará
na praça de Santiago, ladeada de casa antigas, de sacadas
rematadas pelo tradicional alpendre, e na praça da Oliveira,
onde se ergue, à vista de todos, a Igreja de Nossa Senhora da
Oliveira e o Padrão do Salado. Continuando o percurso pelas
ruelas do centro histórico, deparar-se-á com o Largo do Toural,
outrora construído para acolher uma feira de venda de gado, con-
tornado por edifícios antigos com telhados de águas furtadas,
janelas enormes que ocupam toda a fachada.
A beleza arquitectónica da cidade não fica por aqui, sobressai também o Paço dos Duques de Bra-
gança, o palácio Vila Flor, o Castelo altaneiro, entre outros monumentos. Na encosta da cidade ascende o
Mosteiro de Santa Marinha da Costa que, embevecida, observa a cidade museu que se ergue aos seus
pés.
Muito ficou por dizer acerca de Guimarães…nada melhor que um passeio pela cidade e assim conhe-
cer, ao vivo, os monumentos e os museus, deliciar-se com os doces conventuais e valorizar o artesanato
local.
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O ilustre D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, aceitou o convite da turma EFA B3,
deslocou-se a Moreira de Cónegos e amavelmente respondeu a várias questões que lhe
colocámos.
EFA - Antes de mais, gostaríamos de lhe agradecer a sua presença. Sabemos que tem uma agen-
da muito preenchida , mas que raramente recusa os convites que têm com o objectivo enaltecer a
nossa história e os heróis nacionais.
D. Afonso Henriques (D.A.H.) – Estimo muito o contacto com o povo português, em especial, com
os vimaranenses. É do conhecimento de todos que eu nasci em Guimarães…pois o meu pai, D.
Henrique, era o senhor do Condado Portucalense e por isso tenho um apreço muito especial por
vocês.
EFA - D. Afonso Henriques em que ano nasceu?
D.A.H- Terei nascido no ano 1109…
EFA- O que se lembra da sua infância?
D.A.H. - Do meu pai pouco me lembro, pois ele morreu tinha eu três anos. A partir de então fui
entregue a um aio de nome Egas Moniz, o qual me educou em todas as artes da época, como seja,
escrever, ler e toda a arte guerreira.
EFA- Porque enfrentou a sua própria mãe?
D.A.H. - É uma história muito complicada. Após a morte do meu pai, a minha mãe, D. Teresa, aliou-
se aos Peres de Trava, fidalgos galegos muito poderosos, virando assim as costas à sua meia-irmã
D. Urraca que tinha sido coroada rainha de Leão à morte do meu avô Afonso VI. Essa união
ganhou força e a minha mãe, cega talvez por amor, não via que os Trava queriam apoderar-se do
condado. Aos 14 anos, armei-me cavaleiro na sé de Zamora, contra a vontade de muitos… lutei
pelo legado de meu pai contra tudo e contra todos, até da minha mãe.
EFA – Ficou resolvida a situação?
D.A.H. – Claro que não… Meu primo Afonso VII, então rei de Castela, pôs-se a caminho do conda-
do e cercou-me em Guimarães.
EFA – Momento complicado!!!
D.A.H. – De facto, não foi fácil…o meu aio, Egas Moniz, coma a sua argúcia, decidiu falar com o rei
e convenceu-o a retirar-se, prometendo-lhe que eu lhe iria prestar vassalagem quando subisse ao
poder do condado.
EFA – Cumpriu a promessa?
D.A.H. – Claro que não, mas o que é facto é que o meu primo levantou o cerco e partiu com as suas hostes.
As minhas investidas enfureceram a minha mãe que logo decidiu regressar às terras vimaranenses e, no
campo de S. Mamede, deu-se a famosa batalha entre mãe e filho. Foi a 24 de Junho de 1128, data para
sempre relembrada em Guimarães, tornando-se feriado municipal. O desfecho da batalha, toda a gente o
conhece, e ainda hoje me condenam por ter lutado contra a minha mãe e de a ter aprisionado.
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EFA- Para terminar, encurtando um pouco o relato das suas conquistas, uma vez que a conquista/
reconquista das terras a sul fizeram-se de avanços e recuos, de vitórias e derrotas… quando é que finalmen-
te pensou em reformar-se?
D.A.H. - Reforma? O que é isso? Só a morte me possibilitará o descanso eterno. Depois de Lisboa, desci até
Alcácer do Sal, cidade difícil de conquistar aos mouros, pois só em 1158 é que a conquistei. Daí reagrupei as
tropas e parti à conquista de Évora e Beja que praticamente tinham sido abandonadas. De 1159 até 1165
faço uma pequena paragem. Em 1166 recomeço as minhas grandes batalhas, conquistando Moura, Alco-
chete, Serpa e outras terras. Em 1173 faço tréguas com os muçulmanos.
EFA – Nestas aventuras todas, quando foi finalmente reconhecido rei aos olhos de Deus?
D.A.H. - Já com o meu filho Sancho no comando das tropas, decidi pagar os tributos ao Papa para que a
Santa Sé me reconhecesse como Rei de Portugal e também aos meus descendentes. A 23 de Maio de
1179, a bula papal, documento oficial da época, atribuía-me o título de Primeiro Rei de Portugal.
EFA - Pela sua longa experiência como primeiro governador de Portugal, o que pensa da actual governação
deste País?
D.A.H. - Penso que este País continua com muita falta de regras e justiça. Vejamos só o que se passa com
todos os subsídios vindos da EU…onde param?! É um País de corruptos que procuram os caminhos mais
fáceis para atingirem os seus objectivos. Ao longo da nossa História, mostrámos aos mais poderosos a nos-
sa força guerreira, o nosso empreendedorismo, o nosso espírito aventureiro… por isso peço-vos que conti-
nuem este precioso legado.
Entrevista Realizada por: António Sampaio; Francisco Alves; Júlio veiga; Manuel Ferreira; Manuel Fernan-
des; Olga Gomes
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O largo da Oliveira
O coração urbano de Guimarães é, ainda hoje, a antiga zona amuralhada, aquela que encerrava
a burguesa e mesteiral «vila de baixo» (só amuralhada no século XIII), e mais conhecido por Largo
da Oliveira ou Praça Maior.
O espaço, não de todo regular, correspondendo de facto, a um vasto adro, o adro propriamente
dito da igreja da Sra. da Oliveira, o mais antigo e prestigiado templo da cidade.
Se, por um lado, o terreiro alberga a máxima expressão do poder religioso vimaranense, por
outro lado, também o mesmo espaço constituía o «átrio» ou «adro» que servia e dignificava o centro
do poder civil local, expresso nas praças do concelho medievais.
Mas o largo da Oliveira era igualmente o centro donde irradiavam os principais eixos viários que
recortam o burgo. Antes de mais, é aqui que nasce o mais importante desses eixos, aquele que pro-
longando-se depois pela rua da Infesta e pela rua do Castelo, unia o centro do poder religioso e civil
do aglomerado com a sede do poder aristocrático e militar, o castelo e o paço então nele integrado,
bem antes que tivesse começado edificar-se o actual Paço dos Duques de Bragança.
Deste mesmo largo da Oliveira, saem ainda duas outras ruas principais de Guimarães: a rua da
Rainha D. Maria II e a rua Egas Moniz.
Francisco Martinho Alves e Domingos Salgado.
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Entre 1937 e 1959, este Monumento foi restaurado sobre a orientação do arquitecto Rogério de
Azevedo, por ordem do então Primeiro-ministro António de Oliveira Salazar, a sua inauguração teve
lugar a 24 Junho de 1959. Em 1910, o edifício passou a ser classificado Monumento Nacional.
Depois de recuperado, foi o arquitecto Francisco Carlos de Azevedo o responsável pela sua deco-
ração e recheio, tendo adquirido peças valiosas de mobiliário dos séculos XVII e XVIII, bem como
uma colecção de armas do Visconde de Pindela.
Actualmente alberga um Museu aberto ao público (1º piso), um dos mais vistos do País, uma ala
destinada à Presidência da República (fachada principal, 2º piso) e uma vasta área vocacionada
para diversas iniciativas culturais.
Manuel Ferreira e Manuel Fernandes
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Castelo deGuimarães
As festas Nicolinas
Na noite fria de 29 de Novembro, o rufar estridente de milhares de bombos e caixas marca o iní-
cio das Nicolinas. Pelas ruas da urbe, a multidão acompanha alegremente o enorme pinheiro enfeitado
para ser erigido junto à Igreja de São Gualter. Este evento celebra o início dos festejos.
Teremos de recuar muito atrás no tempo para encontrar as suas raízes. Alguns estudiosos vima-
ranenses atribuem aos peregrinos a entrada das tradições de S. Nicolau em Guimarães, quando estes
se deslocavam à cidade para venerarem Nossa Senhora de Guimarães, padroeira de Portugal até ao
século XVII, e também através da passagem de romeiros de/e para Santiago de Compostela que terão
deixado como marca a sua devoção a S. Nicolau.
São Nicolau, que viveu nos séculos III e IV, foi Bispo de Mira (na Turquia) e tem o seu dia reser-
vado na Igreja a 6 de Dezembro de cada ano (dia das Maçãzinhas).
O seu culto remonta ao século VI e, devido à sua popularidade, tornou-se protector dos famintos,
raparigas pobres, perseguidos, comerciantes, marinheiros e navegantes e crianças.
São Nicolau é o glorioso Patrono dos Estudantes, em homenagem a ter ressuscitado três estu-
dantes que haviam sido esquartejados por um estalajadeiro e também pelo saber manifestado contra
os inimigos da fé.
As celebrações em honra de São Nicolau, em Guimarães, inicialmente eram de cariz exclusiva-
mente religioso. No entanto, com o passar do tempo vão sendo incluídas nessas celebrações manifes-
tações de carácter profano, tais como cantares, danças, etc., representavam uma forma de quebrar
com a dureza do dia-a-dia.
Este culto, desenvolvido entre o povo, foi mais tarde apropriado pelos estudantes que constituíram uma
capela em honra de São Nicolau (entre 1661 e 1663) na Igreja Nossa Senhora da Oliveira, e aí sedia-
ram a sua irmandade.
Tradicionalmente, apenas os homens integravam o cortejo e, neste contexto, o pinheiro simboli-
camente representaria a virilidade masculina.
Actualmente, as Nicolinas são organizadas pelos estudantes, de sexo masculino, do ensino
secundário do liceu de Guimarães . Foram também alargadas a outras escolas do ensino secundário
de Guimarães como seja a escola Francisco de Holanda e Santo Simões.
De 29 de Novembro a 7 de Dezembro, a cidade de Guimarães recebe a urbe estudantil que cele-
bra os variadíssimos eventos que acontecem ao longo desse período festivo:
- as Novenas;
- as Ceias Nicolinas;
- o Pinheiro;
- as Posses
- o Magusto;
- as Roubalheiras;
- o Pregão;
- as Maçãzinhas;
- as Danças de S. Nicolau;
- o Baile Nicolino
Estas festas ganharam, ao lon- go dos tempos, uma grande dimen-
são, levando assim a Câmara Municipal de Guimarães e todas as associações ligadas ao evento a
candidatarem as Nicolinas a Património Oral e Imaterial da Humanidade.
Isaura Silva e Júlio Veiga
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Na sexta-feira, abrimos novamente a exposição dos artesãos locais e recebemos duas artesãs
da Oficina de Guimarães que mobilizaram uma oficina de olaria e de bordados. No encerramento, a
presença do rancho folclore de Moreira de Cónegos animou o espaço, levando o público a mexer-se
ao som dos cantares e dançares populares e, alguns mais corajosos, lançaram-se na pista improvisa-
da e bailaram graciosamente. A actividade encerrou com um pequeno lanche convívio.
A professora Rosa Maria Saavedra, responsável pelas visitas guiadas ao museu, teve a ama-
bilidade de abrir as portas do museu, no dia 15 de Dezembro, pelas 21 horas, para receber as
turmas dos cursos nocturnos EFA e conduzi-las às várias salas de exposições. Teve o mérito
de cativar os formandos e os formadores que os acompanhavam, partilhando, com todos, as
histórias e algumas curiosidades referentes a peças de arte.
História e à cidade de Guimarães. Além desta grande paixão, também tinha apreço pela viti-
Recuando no um pouco no tempo, no mesmo espaço onde está instalado o museu, existia, no
século X, um mosteiro fundado pela Condessa Mumadona Dias. À volta do mosteiro cresceu
o burgo de Guimarães. No século XII passou a ser uma colegiada onde coabitavam vários
cónegos. Ainda hoje pode-se admirar os claustros no interior do museu, espaço onde os cóne-
gos passeavam, rezavam e enterravam os mortos.
Ao longo desta visita, a guia deu ênfase a várias salas. Destacam-se as seguintes:
Sala da santa Clara – encontra-se exposta uma talha doirada que provem do antigo con-
vento de Santa Clara, assim como outras peças de valor.
Sala do Tesouro – exibe objectos de prata doirada ( cálices, cruzes, arcas,… ) que foram
oferecidos a Nossa Senhora da Oliveira. É de lembrar que, em algumas ocasiões, os
reis lançavam mão das pratas das igrejas e conventos para custear guerras e resolver
problemas do reino.
Domingos salgado; Emília Alves; Fernanda Martins; Isaura Silva; Joana Ferreira
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ARQUITECTURA RELIGIOSO
Arquitectura civil
A Ponte Romana de Negrelos sobre o rio Vizela, ligando Moreira de Cónegos a S. Martinho do
Campo foi requalificada numa obra que respeitou o mais importante vestígio viário de origem romana
da região. Apesar de estar classificada como Monumento Nacional e de permanecer aberta ao tráfego
automóvel, a ponte encontrava-se numa situação de pré-ruína. Apesar de ter sofrido diversas recons-
truções posteriores, a ponte ainda apresenta uma feição romana com arcos de volta perfeita e tabulei-
ro plano, mas os mais evidentes sinais de romanidade estão nas pedras empregues na sua reconstru-
ção, com diversos blocos almofadados e revelando a utilização de maquinaria romana na sua constru-
ção original
A ponte terá sido palco de uma batalha na época das invasões francesas, pois era um local estra-
tégico que facilitava o acesso à cidade do Porto. Assim, no dia 23 de Março de 1809, a ponte foi con-
quistada pelas tropas francesas, comandadas pelo Major Nicolas. Os portugueses contra-atacaram e
reconquistaram-na.
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Moinhos
Pela excelente rede hidrográfica que envolve a freguesia de Moreira de Cónegos, junto da qual
correm o rio Vizela e a ribeira do Arquinho, a freguesia teve no passado uma forte ligação à nobre
arte de bem saber enfarinhar o grão, através da força motriz das suas águas.
Vários moinhos espalhados pela freguesia laboravam de sol a sol, para sustento das famílias.
Eram símbolos de uma pré-industrialização, infelizmente em fase de perda total se não forem
tomadas medidas para a sua recuperação.
TRADIÇÕES E FESTIVIDADES
As feiras de Guimarães:
1886 – Sociedade Bovina de Santo António
Moreira de Cónegos: No lugar conhecido por portal da cancela (entroncamento) realiza-
se a chamada feira bovina de santo António. (Nesta freguesia ainda existe a Sociedade
bovina de Santo António) que promove a feira. É uma benemérita instituição de mutualismo,
onde os lavradores das freguesias de Moreira de Cónegos, Lordelo, Conde, Caldas, Guar-
dizela e Serzedelo, têm o seu gado assegurado, mediante uma reduzida quota.
Este culto terá nascido nas povoações costeiras, há mais de 500 anos e
daqui irradiou para o interior, a sua festa teve várias datas diferentes ao longo
dos tempos, fixando-se periodicamente na primeira metade de Agosto.
16 de Abril 2010
Às 21 horas, no recinto da
Feira Medieval