Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
O PERIGO DESTA
PRÁTICA EM USO
CONTÍNUO OU DOSES
ABUSIVAS
Brasil - 2010
Autor: ISMAELON BATISTA DA SILVA
ANABOLIZANTES
O PERIGO DESTA PRÁTICA EM USO
CONTÍNUO OU DOSES ABUSIVAS
DISCIPLINA: BIOESTATÍSTICA
DOCENTE: SUELI LUNDGREN
São diversas as formas que se têm para modelar, reparar, diminuir ou aumentar
proporções, modificando-se a estética natural. Dentre as ferramentas para efetivar estas
transformações, os anabolizantes podem ser considerados uma via de baixo custo e
acessível para quem deseja obter um modelo de corpo ideal (17). Mas, o uso destas drogas
pode trazer prejuízos à saúde.
História
A utilização dos anabolizantes pode ser feita por meio da ingestão oral ou
aplicação intramuscular. Os usuários costumam fazer o uso em ciclos, em que doses
maiores são aplicadas progressivamente, com um intervalo de tempo que pode variar de 4
a 18 semanas (1). Entre vários compostos que gera efeito anabolizante, os administrados
oralmente - como a oximetolona, a oxandrolona, a metandrostenolona e o estanazolol - são
os mais utilizados. Entre os injetáveis mais freqüentemente utilizados estão o decanoato de
nandrolona, o fenpropionato de nandrolona, o isocaproato de testosterona e o cipionato de
testosterona (1; 9; 15).
Quadro 1
Padrão masculino dos pêlos pubianos Aumento da deposição de cálcio nos ossos
Entende-se então que o anabolizante pode surgir como um remédio para
problemas outros que não somente as doenças orgânicas; sendo utilizado para suprir
carências, remediando o que o próprio sujeito percebe como “doença” estética,
caracterizada por uma aparente imperfeição a ser transformada para que a sua imagem
corporal se torne satisfatória subjetiva e socialmente (17).
Santos & Cols (17) Relatam que na literatura existem relatos de casos de morte
súbita resultante da utilização de anabolizantes, o que, para Santarém (16), sugere que
estas mortes possam ter sido decorrentes do uso contínuo ou doses abusivas dessa droga.
Esteróides Anabolizantes
Brasil
Tabela 1 – Uso na vida de Esteróides Anabolizantes distribuídos segundo o sexo e a faixa etária.
Faixa Etária (anos/ sexo) Observado Intervalo de confiança 95%
%
12 – 17 0,4 (*)
Feminino 0,0 -
≥ 35 0,4 (*)
em milhares
12 – 17 34 (*)
Masculino 38 (*)
Feminino 0 -
18 – 24 154 (33 – 275)
Feminino 7 (*)
Feminino 18 (*)
≥ 35 84 (*)
Feminino 6 (*)
Feminino 37 (*)
Região Norte
Região Nordeste
Região Centro-Oeste
Região Sudeste
Região Sul
Fonte: II Levantamento Domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil.
Região Centro-Oeste
Tabela 2 - Uso na vida de Esteróides Anabolizantes distribuído segundo o sexo e a faixa etária.
N %
12 - 17 87 0 0,0
Masculino 41 0 0,0
Feminino 46 0 0,0
18 - 24 126 3 2,4
Masculino 49 3 6,1
Feminino 77 0 0,0
25 - 34 180 5 2,8
Masculino 75 5 6,7
Feminino 105 0 0,0
≥ 35 280 0 0,0
Masculino 111 0 0,0
Feminino 169 0 0,0
Região Sul
Tabela 3 - Uso na vida de Esteróides Anabolizantes distribuído segundo o sexo e a faixa etária.
N %
12 - 17 67 0 0,0
Masculino 34 0 0,0
Feminino 33 0 0,0
18 - 24 141 3 2,1
Masculino 69 2 2,9
Feminino 72 1 1,4
25 - 34 160 4 2,5
Masculino 64 3 4,7
Feminino 96 1 1,0
≥ 35 510 0 0,0
Masculino 196 0 0,0
Feminino 314 0 0,0
Região Sudeste
Tabela 4 - Uso na vida de Esteróides Anabolizantes distribuído segundo o sexo e a faixa etária.
N %
12 - 17 397 1 0,3
Masculino 191 1 0,5
Feminino 206 0 0,0
18 - 24 698 7 1,0
Masculino 312 7 2,2
Feminino 386 0 0,0
25 - 34 771 9 1,2
Masculino 339 9 2,7
Feminino 432 0 0,0
≥ 35 2. 241 13 0,6
Masculino 893 11 1,2
Feminino 1. 348 2 0,1
Região Norte
Tabela 5 - Uso na vida de Esteróides Anabolizantes distribuído segundo o sexo e a faixa etária.
N %
12 - 17 68 0 0,0
Masculino 32 0 0,0
Feminino 36 0 0,0
18 - 24 136 0 0,0
Masculino 46 0 0,0
Feminino 90 0 0,0
25 - 34 145 2 1,4
Masculino 54 1 1,9
Feminino 91 1 1,1
≥ 35 252 1 0,4
Masculino 103 1 1,0
Feminino 149 0 0,0
Região Nordeste
Tabela 6 - Uso na vida de Esteróides Anabolizantes distribuído segundo o sexo e a faixa etária.
N %
12 - 17 169 1 0,6
Masculino 77 1 1,3
Feminino 92 0 0,0
18 - 24 377 9 2,4
Masculino 184 9 4,9
Feminino 193 0 0,0
25 - 34 342 11 3,2
Masculino 138 9 6,5
Feminino 204 2 1,0
≥ 35 792 3 0,4
Masculino 293 3 1,0
Feminino 499 0 0,0
Região Norte
Região Nordeste
7%
5. Galduróz, J. C. F., Noto, A. R., Nappo, S. A. & Carlini, E. A. (2005, Out.). Uso de drogas
psicotrópicas no Brasil: pesquisa domiciliar envolvendo as 107 maiores cidades do país
– 2001. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 13. Disponível em:
<http://www.scielo.br>. (Acesso em 01/06/2006).
6. Ghaphery, N.A. (1995). Performance-enhancing drugs. Orthop Clin North Am; 26:433-
42.
7. Hoberman JM, Yesalis CE. (1995). The history of synthetic testosterone. SciAm
;272:60-5.
8. Luis, D. A., Aller, R., Cuéllar, L. A., Terroba, C. & Romero, E. (2001). Anabolizantes
esteroideos y ginecomastia: Revisión de la literatura. Anales de Medicina Interna, 18(9).
Disponível em <http://www. scielo.es>. (Acesso em 27/05/2006).
9. Maravelias, C., Dona, A., Stefanidou, M. & Spiliopoulou, C. (2005). Adverse effects of
anabolic steroids in athletes: a constant threat. Toxicology Letters, 158. Disponível em:
<http://www.periodicos.capes.gov.br>. (Acesso em 26/05/2006).
14. Pereira, H. M. G., Marques, M. A. S. & Aquino Neto, F. R. (2004). Incidental clostebol
contamination in athletes after sexual intercourse. Clinical Chemistry, 50(2), 456-457.
19. The Demonization of Anabolic Steroids I: What Makes These Hormones So Evil? by
John Williams. (Acesso em 12/04/2010).
20. Tokish, J. M., Kocher, M. S. & Hawkins, R. J. (2004). Ergogenic aids: A review of
basic science, performance, side effects, and status in sports. The American Journal of
Sports Medicine, 32(6).
21. Wade N. (1972). Anabolic steroids: doctors denounce them, but athletes aren't
listening. Science 1972;176:1399-403.
22. http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/
Dados_Estatisticas/populacao_nacional/substancia/326829.pdf.