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PÓS-GRADUAÇÃO
MBA em Administração Financeira, Contábil e
Controladoria
Disciplina:
Setembro de 2009
1. EMENTA DA DISCIPLINA
Planejamento Tributário: Influência dos principais tributos diretos e indiretos na gestão financeira;
Elisão e Evasão Fiscal; Carga Tributária. Planejamento Societário: Constituição, Reestruturação e
Extinção de Empresas; Aspectos Tributários da Cisão, Fusão e Incorporação.
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3-INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Conceito de tributo segundo o código tributário nacional: toda prestação pecuniária compulsória, em
moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
- prestação pecuniária: o pagamento do tributo deverá ser efetuado em unidades de moeda
corrente, inexistindo o pagamento in natura ou in labore, ou seja, o que é pago em bens ou em
trabalho ou prestação de serviço;
- compulsória: obrigação independente da vontade do contribuinte;
- em moeda ou cujo valor se possa exprimir: os tributos são expressos em moeda corrente nacional
(reais) ou por meio de indexadores (URT,Ufir)
- que não constitua sanção de ato ilícito: multas ou penalidades pecuniárias não se incluem no
conceito de tributo, não ocorrendo o pagamento deste de infração de determinada norma ou
descumprimento da lei;
- instituída em lei: só existe a obrigação de pagar o tributo se existir uma norma jurídica com força
de lei que estabeleça esta obrigação;
- cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: a autoridade não possui
liberdade para escolher a melhor oportunidade de cobrar o tributo; a lei já estabelece todos os
passos a serem seguidos. (CTN)
§ Princípio da irretroatividade:
III- Cobrar tributos:
a- em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;(...) Este princípio afasta a incidência tributária sobre fatos geradores
passados em relação à lei que apareceu depois.
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instituiu ou aumentou o tributo em questão, garantindo ao contribuinte um certo período de
tempo para se adaptar, postergando para o primeiro dia do ano seguinte da publicação da lei o
início de sua cobrança.
§ Princípio da capacidade contributiva: o art 145 par.1º estabelece que haja a possibilidade
econômica do contribuinte pagar o tributo, sendo subjetiva quando se refere à condição pessoal
do contribuinte (capacidade econômica real) e objetiva quando leva em conta manifestações
objetivas da riqueza do contribuinte (bens imóveis, títulos, etc., sinais de capacidade tributária ou
riqueza).
3.2.4 Alíquota
É o percentual definido em lei que, aplicado sobre a base de cálculo, determina o montante do
tributo a ser recolhido, estando também sujeita aos princípios constitucionais da legalidade,
anterioridade e da irretroatividade (Oliveira et al, 2003).
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4. SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
4.1.2 Taxas: vinculadas à utilização efetiva do contribuinte, de serviços públicos específicos e divisíveis
(Taxa de coleta de lixo, taxa de iluminação pública)
Taxas cobradas pela prestação de serviços pelo Estado:
§ Coleta de lixo, iluminação pública, licença para funcionamento e alvará municipal; de Combate
a Incêndios; Conservação e Limpeza Pública; Emissão de documentos (a nível federal, estadual e
municipal); De registro do comércio (juntas Comerciais); Água e esgoto; Taxas de expediente;
Taxas cobradas pelo exercício do poder de polícia pelo Estado; Taxa de fiscalização de
estabelecimentos.
4.1.3 Contribuições de melhoria: cobradas quando do benefício trazido aos contribuintes por obras
públicas (calçamento ou asfaltamento de ruas, etc) e fazem face ao custo das obras de que decorram
valorização direta ou indireta de um imóvel. O CTN impo limites para a cobrança desse tributo, sendo o
limite total o que corresponde à despesa total pela realização da obra pública e o limite individual pelo
acréscimo do valor do imóvel que foi beneficiado com a obra (Oliveira, 2005).
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§ Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – COFINS
§ Programa de Integração Social – PIS
§ Contribuição para o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS
§ Contribuição para o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
As contribuições interventoras servem de instrumento para custear o Estado e visam o controle da
produção em um mercado específico, como a produção do açúcar, por exemplo, ou a importação e
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível,
denominado de CIDE- combustíveis. As contribuições interventoras não incidem sobre as receitas
decorrentes de exportação
Segundo Harres (2001, pg.49) “No Lucro Real a empresa paga o Imposto de Renda e a
Contribuição Social efetivamente devidos, uma vez que as respectivas bases de cálculo são apuradas em
Balanços Patrimoniais que refletem a realidade econômica e financeira das empresas, no período
específico.”
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- doações ou patrocínios relativos a projetos aprovados nos termos do art. 18 da Lei 8.313/91, com as
alterações da Lei 9.874/1999.
- gastos com alimentação de administradores;
- gastos com alimentação de empregados, cujo fornecimento não seja efetuado indistintamente;
- despesas com brindes;
- provisões, exceto as provisões para férias, para décimo terceiro salário, as provisões técnicas das
companhias de seguros e de capitalização, e as provisões das Entidades de Previdência Privada, cuja
constituição é exigida por lei;
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totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário. Caso não atendam a esse
requisito, poderão ter seu lucro arbitrado.
6.1.2 Contribuintes
São todas as pessoas físicas ou jurídicas que, de modo habitual ou em volume que caracterize
intuito comercial, realize operações de circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações se iniciem no exterior.
6.1.4 Alíquotas
Operações Internas
29%: energia elétrica, exceto a destinada a eletrificação rural, prestação de serviços de comunicação;
bebidas alcoólicas das posições 2203 a 2206 e 2208 da NBM/SH; fumos e sucedânecos manufaturados
classificados no capítulo 24. 28%: gasolina (exceto de avião); álcool anidro para fins combustíveis.
25%: armas, munições, suas partes e acessórios; asas-delta, balões e dirigíveis; embarcações de esporte
e de recreio; energia elétrica destinada à eletrificação rural; peletería e suas obras e peletería artificial;
perfumes e cosméticos. 12%: (Dos produtos anteriormente enquadrados com 18% houve uma redução
de alíquota para 12% em 85.000 itens, sendo que atualmente a maioria enquadra-se nesta alíquota)
Produtos em geral: alimentos, produtos de limpeza, animais vivos; calcáreo e gesso; farinha de trigo;
máquinas e aparelhos industriais; massas alimentícias; óleo diesel; produtos avícolas e agrícolas
em estado natural; refeições industriais; semens, embriões, ovos férteis, girinos e alevinos; serviços de
transporte; tijolo, telha, tubo e manilha que, na sua fabricação, tenha sido utilizado argila ou barro como
matéria-prima; tratores, microtratores, máquinas e implementos agropecuários e agrícolas (excetuadas as
peças); veículos automotores novos; assentos(9401; móveis (9403); suportes elásticos para camas e
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colchões (9404.10 e 9404.2); aglomerados ou aglutinados de madeira; blocos de espuma, perfis de
plímeros de cloreto de vinila, tubos e seus acessórios; gal destinada à construção civil. Gasolina de
avião.18%: demais serviços, bens e mercadorias;entrada de mercadorias ou bens importados do
exterior; e 7%: operações com alimentos quando destinados à merenda escolar, nas vendas internas à
órgãos da administração federal ou municipal.
OBS: as alíquotas internas também se aplicam à entrada de mercadorias ou bens importados do exterior;
se o destinatário da mercadoria ou serviço for consumidor final localizado em outra unidade federada
desde que não contribuinte do imposto.
Operações e prestações interestaduais
12%: saídas de bens, mercadorias ou serviços para contribuintes estabelecidos nos estados de Minas
Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo;
7%: para as saídas de mercadorias, bens ou serviços a contribuintes estabelecidos no Distrito Federal e
nos demais Estados não relacionados no item anterior;
4%: nas prestações de serviço de transporte aéreo interestadual de passageiro, carga e mala postal.
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- Diferimento do pagamento do Imposto nas saídas internas entre contribuintes e nas operações de
importação, por contribuinte, na proporção de 33,33% do valor da operação tributada em 18%.
Contribuintes
São contribuintes com base no faturamento mensal as pessoas jurídicas com fins lucrativos.
Base de cálculo
A base de cálculo é a receita bruta de bens e serviços com as seguintes exclusões:
§ as vendas canceladas
§ os descontos incondicionais
§ o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
§ o ICMS quando destacado em Nota Fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou serviços
prestados na condição de substituto tributário (automóveis e refrigerantes)
§ as reversões de provisões
§ as recuperações de créditos baixados como perdas, limitados aos valores efetivamente baixados,
que não representem ingresso de novas receitas
§ as receitas decorrentes das vendas de bens do ativo permanente
§ dos resultados positivos – lucro – obtidos em decorrência de avaliação de investimentos em
participações societárias pelo método da equivalência patrimonial
§ dos lucros e dividendos recebidos ou a receber em decorrência de investimentos em
participações societárias.
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§ prestação de serviços para pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em
moeda conversível
§ vendas a empresa comercial exportadora com o fim específico de exportação.
bens adquiridos para revenda, exceto aqueles que tenham sido adquiridos de pessoa jurídica na
condição monofásica e aqueles submetidos à incidência monofásica da contribuição:
máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para utilização
na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços; (a ser utilizado em 24 parcelas
mensais).
bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou do mês
anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;
armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo
vendedor;
6.3 COFINS
A COFINS foi instituída para assegurar os direitos relativos à saúde (Lei 1.940 de 25/05/1982), à
previdência e à assistência social e incide sobre o faturamento mensal das pessoas jurídicas, sendo este
entendido como a receita bruta, excluídas as vendas canceladas, os descontos incondicionais, o IPI e o
ICMS quando cobrado pelo vendedor dos bens ou serviços na condição de substituto tributário.
Contribuintes
São as pessoas jurídicas em geral e aquelas equiparadas segundo a legislação do Imposto de
Renda, incluindo as instituições financeiras, construtoras e incorporadoras de imóveis.
São isentas da COFINS (Lei 9.718/1998):
§ as microempresas (ME) e as empresas de pequeno porte (EPP), que optarem pelo sistema
integrado de pagamento de impostos e contribuições (SIMPLES), no período em que ficarem
submetidas a este regime, pois a COFINS está incluída no pagamento do imposto simplificado;
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§ as sociedade cooperativas quanto aos atos cooperativos próprios de suas finalidades;
§ as sociedades civis de profissão regulamentada;
§ as entidades beneficientes de assistência social que atendam as exigências estabelecidas em lei,
como os asilos, orfanatos, santas casas de misericórdia etc.
Base de cálculo
A receita bruta é a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, independente da
atividade exercida ou da classificação contábil. São admissíveis as mesmas exclusões previstas na
legislação do PIS.
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§ As sociedades cooperativas que obedecerem ao disposto na legislação específica, quando não
visarem lucro, observando o art 182 do Decreto 3000 de 26/03/1999.
Alíquota
A alíquota para a pessoa jurídica é de 15% sobre a base de cálculo, ou seja, o lucro da empresa,
podendo ser lucro real, presumido ou arbitrado. A parcela que exceder, mensalmente, a R$ 20.000,00
fica sujeita à incidência de adicional de 10%.
OBS: Prestação de serviços receita bruta anual até R$ 120.000,00 – base de cálculo reduzida em 50% =
16%.
O Imposto de Renda é calculado à alíquota de 15% sobre o total da base de cálculo. Para a
parcela do lucro presumido que exceder o limite de R$ 60.000,00 no trimestre, aplicar-se-á a alíquota
adicional de 10%. No caso do trimestre incompleto o limite corresponderá ao resultado da multiplicação
de R$ 20.000,00 pelo número de meses do período de apuração.
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Portanto, para calcular a Base de Cálculo do IRPJ no lucro presumido, aplica-se os percentuais
da tabela anterior sobre o faturamento bruto.
Contribuintes
Estão obrigadas a recolher a CSLL todas as pessoas jurídicas domiciliadas no país e aquelas que
lhe são equiparadas pela legislação tributária, com exceção das entidades isentas, as mesmas isentadas
pelo Imposto de Renda. (Lei 7.689 de 15/12/1988)
Alíquota
A alíquota da CSLL é de 9% sobre o lucro da pessoa jurídica, podendo este lucro ser real,
presumido ou arbitrado.
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Considera-se Microempresa a pessoa jurídica cuja receita bruta, no ano-calendário, for igual ou
inferior a R$ 240.000,00 e a Empresa de Pequeno Porte aquela cuja receita bruta for superior a R$
240.000,00 e inferior a R$ 2.400.000,00 (Lei Complementar 123/06).
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6.8.3 ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO
O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte, optante do
SIMPLES Nacional, será determinado mediante aplicação da tabela a seguir:
Para efeito da determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos
doze meses anteriores ao do período de apuração.
A Industria acrescentará mais 0,5% às alíquotas acima correspondente ao IPI.
1. Lucro Real
PIS e COFINS à aplicam-se as mesmas regras das empresas comerciais, no entanto os créditos
são apenas de insumos usados na prestação do serviço. Ex: Serviço de transporte. Insumos são
combustíveis e peças.
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IR e CSLL à aplicam-se as mesmas regras das empresas comerciais, pois a apuração é baseada
no lucro real da empresa.
2. Lucro Presumido
As disposições sobre a incidência de ICMS ou ISSQN no regime do Lucro Real e Presumido são
as mesmas.
3. Simples Nacional
No Simples Nacional há a distinção entre serviços, aplicando-se tabelas diferentes para alguns
serviços. Os tipos de serviços dividem-se em três anexos da Lei Complementar 123/2006: Anexo
3, 4 ou 5. Cada um tem suas particularidades, mas precisa-se identificar em qual anexo a empresa
está enquadrada, e posteriormente, com base na receita bruta dos últimos 12 meses anteriores,
identificar a alíquota a ser aplicada sobre a receita.
EXERCÍCIO
Identifique o melhor regime tributário para uma empresa que tenha receita mensal de R$
34.000,00 sendo R$ 25.000,00 proveniente de revenda de mercadorias e R$ 9.000,00 proveniente de
Prestação de serviços de conserto de eletrodomésticos. O valor mensal das compras é de R$ 15.000,00
(considerar como CMV). O valor da Folha de Pagamento é de R$ 3.000,00 e as demais despesas
totalizam R$ 10.000,00. Sabe-se ainda que a receita acumulada nos doze meses anteriores, para efeito de
cálculo do Simples Nacional é de R$ 961.000,00.
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TABELAS DO SIMPLES NACIONAL
Anexo 1 – Revenda de Mercadorias, considerada a redução de base de cálulo concedida pelo PR
RECEITA BRUTA EM 12 MESES - em R$ ALÍQUOTA
Até R$ 120.000,00 2,75%
De R$ 120.000,01 a R$ 240.000,00 3,61%
De R$ 240.000,01 a R$ 360.000,00 4,51%
De R$ 360.000,01 a R$ 480.000,00 5,65%
De R$ 480.000,01 a R$ 600.000,00 6,09%
De R$ 600.000,01 a R$ 720.000,00 6,79%
De R$ 720.000,01 a R$ 840.000,00 7,04%
De R$ 840.000,01 a R$ 960.000,00 7,41%
De R$ 960.000,01 a R$ 1.080.000,00 8,03%
De R$ 1.080.000,01 a R$ 1.200.000,00 8,29%
De R$ 1.200.000,01 a R$ 1.320.000,00 8,99%
De R$ 1.320.000,01 a R$ 1.440.000,00 9,19%
De R$ 1.440.000,01 a R$ 1.560.000,00 9,35%
De R$ 1.560.000,01 a R$ 1.680.000,00 9,51%
De R$ 1.680.000,01 a R$ 1.800.000,00 9,65%
De R$ 1.800.000,01 a R$ 1.920.000,00 10,33%
De R$ 1.920.000,01 a R$ 2.040.000,00 10,53%
De R$ 2.040.000,01 a R$ 2.160.000,00 10,73%
De R$ 2.160.000,01 a R$ 2.280.000,00 10,90%
De R$ 2.280.000,01 a R$ 2.400.000,00 11,06%
Receita Bruta Total em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSLL COFINS Pis/Pasep INSS ISS
Até 120.000,00 6,00% 0,00% 0,39% 1,19% 0,00% 2,42% 2,00%
De 120.000,01 a 240.000,00 8,21% 0,00% 0,54% 1,62% 0,00% 3,26% 2,79%
De 240.000,01 a 360.000,00 10,26% 0,48% 0,43% 1,43% 0,35% 4,07% 3,50%
De 360.000,01 a 480.000,00 11,31% 0,53% 0,53% 1,56% 0,38% 4,47% 3,84%
De 480.000,01 a 600.000,00 11,40% 0,53% 0,52% 1,58% 0,38% 4,52% 3,87%
De 600.000,01 a 720.000,00 12,42% 0,57% 0,57% 1,73% 0,40% 4,92% 4,23%
De 720.000,01 a 840.000,00 12,54% 0,59% 0,56% 1,74% 0,42% 4,97% 4,26%
De 840.000,01 a 960.000,00 12,68% 0,59% 0,57% 1,76% 0,42% 5,03% 4,31%
De 960.000,01 a 1.080.000,00 13,55% 0,63% 0,61% 1,88% 0,45% 5,37% 4,61%
De 1.080.000,01 a 1.200.000,00 13,68% 0,63% 0,64% 1,89% 0,45% 5,42% 4,65%
De 1.200.000,01 a 1.320.000,00 14,93% 0,69% 0,69% 2,07% 0,50% 5,98% 5,00%
De 1.320.000,01 a 1.440.000,00 15,06% 0,69% 0,69% 2,09% 0,50% 6,09% 5,00%
De 1.440.000,01 a 1.560.000,00 15,20% 0,71% 0,70% 2,10% 0,50% 6,19% 5,00%
De 1.560.000,01 a 1.680.000,00 15,35% 0,71% 0,70% 2,13% 0,51% 6,30% 5,00%
De 1.680.000,01 a 1.800.000,00 15,48% 0,72% 0,70% 2,15% 0,51% 6,40% 5,00%
De 1.800.000,01 a 1.920.000,00 16,85% 0,78% 0,76% 2,34% 0,56% 7,41% 5,00%
De 1.920.000,01 a 2.040.000,00 16,98% 0,78% 0,78% 2,36% 0,56% 7,50% 5,00%
De 2.040.000,01 a 2.160.000,00 17,13% 0,80% 0,79% 2,37% 0,57% 7,60% 5,00%
De 2.160.000,01 a 2.280.000,00 17,27% 0,80% 0,79% 2,40% 0,57% 7,71% 5,00%
De 2.280.000,01 a 2.400.000,00 17,42% 0,81% 0,79% 2,42% 0,57% 7,83% 5,00%
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A aquisição da Loma Negra, na Argentina,
foi o início do plano de globalização do grupo Camargo Corrêa
O Grupo Camargo Corrêa estava tão decidido a internacionalizar as operações de sua companhia cimenteira, a
Camargo Corrêa Cimentos, que aceitou enfrentar o desafio de fazer dessa operação o maior investimento de seus 66
anos de história. A aquisição da companhia argentina Loma Negra em 2005 custou ao grupo 1,025 bilhão de dólares,
mas trouxe resultados no curtíssimo prazo. Com a operação, a Camargo Corrêa Cimentos dobrou sua produção
anual e se posicionou estrategicamente na América Latina.
A estratégia de internacionalização do grupo inclui aquisição de operações industriais e um plano para levá-lo a uma
presença global já em 2012. A idéia é especialmente significativa na produção de uma commodity como o cimento,
em que há pouca diferença entre os fabricantes e o que importa é a escala de produção. O racionamento de energia
em 2001 e a crise cambial de 2002 reforçaram a visão de que era preciso diversificar as operações e expandir as
atividades para continuar crescendo, além de diluir as indefinições da economia brasileira.
A Camargo Corrêa Cimentos encontrou no país vizinho uma empresa com forte tradição, líder no mercado local, com
presença internacional e imagem de confiabilidade. Aos 80 anos, a Loma Negra sofrera com a crise argentina, mas
contava com o respeito e a admiração do consumidor. A companhia argentina havia aplicado recursos na expansão
das atividades durante toda a década de 90. Com a crise cambial de 2002, após dez anos de paridade entre peso e
dólar, o endividamento da empresa disparou junto com a cotação da moeda americana.
A chegada da Camargo Corrêa Cimentos permitiu a renegociação da dívida da Loma Negra em condições favoráveis
de prazos e taxas, liberando a empresa para retomar os investimentos. A empresa manteve sua participação de
mercado – 46% do mercado argentino – e a produção local cresceu 40% nos últimos dois anos, acompanhando o
mercado. Além da marca Loma Negra em si, a aquisição deu à Camargo Corrêa outros ativos pertencentes à
empresa argentina, com uma participação na Cimentos Del Plata, do Uruguai, o controle da empresa de gestão de
resíduos Recycomb e a concessão para a ferrovia Ferrosur Roca, com mais de 3 mil quilômetros de extensão. A
aquisição da estrada de ferro, aliás, já havia se mostrado uma decisão estratégica acertada, na época em que foi
privatizada, em 1992. Seu traçado dá acesso a cinco fábricas e dois centros de distribuição da Loma Negra,
representando notável economia de custos.
Com a compra, a estrutura da área de cimentos do grupo passou a se estender, além de Brasil e Argentina, a países
como Uruguai, Paraguai e Bolívia. Conta com 14 fábricas e 12 centros de produção de concreto. O faturamento anual
da área de cimentos atingiu 1,15 bilhão de reais. A produção total dobrou alcançando 6 milhões de toneladas de
cimento - metade da capa-cidade instalada das duas companhias - e 770 mil metros cúbicos de concreto por ano.
Para fazer frente ao investimento no exterior, o grupo decidiu abrir o capital da cimenteira. A emissão de
debêntures, planejada originalmente em 300 milhões de reais, teve procura surpreendente. Cientes da solidez do
grupo e, em especial, da companhia de cimentos – dona da marca Cauê desde 1997 –, os investidores
demonstraram in-tenso apetite pelos papéis. A demanda total ficou em 1,7 bilhão de reais, quase seis vezes o valor
original. Com isso foi possível exercer a opção de aumentar em 20% a captação. A operação foi fechada em 360
milhões de reais. Depois da compra, a cimenteira ainda captou, via Loma Negra, mais 150 milhões de dólares por
meio de um bem-sucedido lançamento de bônus no mercado internacional, cujo objetivo era refinanciar notas
lançadas em 1997 e reforçar o capital.
Tratada com o sigilo próprio dos grandes negócios, a operação foi batizada internamente de Gabi – em homenagem
à tenista argentina Gabriela Sabatini. A estruturação da operação levou oito meses e contou com a assistência das
consultorias internacionais Boston Consulting Group e Goldman Sachs, especializadas em fusões e aquisições.
Concluídas as negociações, em abril de 2005, a operação foi aprovada pela Comisión Nacional de Defensa de la
Competencia, em outubro.
Nesse período, a Camargo Corrêa Cimentos trabalhou intensamente no sentido de evitar que as tensões naturais da
fusão afetassem o desempenho da empresa recém-comprada. A empresa preparou uma publicação para tranqüilizar
empregados, executivos e clientes da Loma Negra. Investiu num trabalho social, em que equipes da Camargo Corrêa
foram à Argentina estabelecer os primeiros diálogos com as comunidades em torno da cimenteira. Foi criada a
Fundação Loma Negra para realizar trabalhos sociais semelhantes – e muitas vezes integrados –, aos efetuados no
Brasil pelo Instituto Camargo Corrêa.
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Pede-se: Que aspectos organizacionais devem ser observados em uma mudança de estrutura de
empresas, seja por fusão, incorporação, associação ou fusão. Os aspectos podem ser operacionais,
culturais, ou estratégicos.
8 – BIBLIOGRAFIA
8.1 – BÁSICA
FABRETTI, Láudio Camargo. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA.6ª ed. São Paulo: Atlas. 2000.
OLIVEIRA, Luis Martins de et al. MANUAL DE CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. 3ª ed. São
Paulo: Atlas, 2004.
OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. 1ª ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
8.2 – COMPLEMENTAR
BORGES, Humberto Bonavides. GERÊNCIA DE IMPOSTOS, IPI, ICMS, ISS. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
HIGUCHI, Hiromi et al. IMPOSTO DE RENDA DAS EMPRESAS. 25ª ed. São Paulo: Atlas,
2000.
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