ANO NOVO, NOVO NOME mais antigo do Culto a Roma, do Culto ao Imperador, do
Apocalipse 2.12-17 Culto a Augusto.
(Série: E Deus Fez o Ano Novo)
E Deus fez o ano novo. Este será o nosso tema durante
o mês de janeiro. Recebemos um presente de Deus: 12
meses, 52 semanas, 365 dias. Enfim, um ano novo.
Mas para que o ano possa de fato ser novo, será
suficiente apenas uma mudança de calendário?
Você poderá perguntar-se: Deus fez o ano novo, mas o
que eu faço com meus velhos problemas?
Deus fez o ano novo, o que eu faço com meus velhos
hábitos?
Deus fez o ano novo, o que eu faço com a minha velha
vida?
De onde vem o poder para transformar a nossa vida?
De onde tirarei forças para que o ano novo represente
de fato algo novo em minha vida?
Escolhi essa passagem do livro do Apocalipse para
nossa primeira meditação porque ela contém dois
segredos para um ano verdadeiramente novo. Mas
antes de lhes falar desses dois segredos, permitam-me
falar um pouco daquilo que Deus disse à Igreja de
Pérgamo, e como isso se aplica à nossa vida
1. CONHEÇO SUAS LUTAS
Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono
de Satanás... Na cidade de Pérgamo estava o santuário
Não obstante isso, conservavam a confissão que Jesus
era o Senhor e não César. Um cristão chamado Antipas,
por seu testemunho, fora levado ao martírio. Apesar da
perseguição, os cristãos de Pérgamo não negaram a fé.
Conheço o lugar em que habitas... Deus não é
indiferente às nossas lutas. Deus conhece tudo aquilo
que nos cerca, todas as pressões que estão sobre a sua
vida. Deus conhece todas as circunstâncias que o
pressionam para negar a sua fé.
Deus conhece o lugar do seu trabalho
Deus conhece a sua classe na faculdade
Deus conhece a sua vizinhança
Deus conhece o seu bairro
Deus conhece a sua casa
E Deus conhece o seu coração... Não negaste a minha
fé!
2. CONHEÇO SUAS TENTAÇÕES
O Versículo 14 evoca Balaão que foi chamado por
Balaque, rei do moabitas, para amaldiçoar Israel. Balaão
estava interessado em amaldiçoar Israel, mas Deus não
permitiu. Mas Balaque conseguiu seu intento, não pela
maldição, mas por uma aproximação com Israel. Diz nos
o capítulo 25 de Números que o povo de Israel começou
a prostituir-se com as mulheres moabitas e logo estavam
adorando e sacrificando ao deus Baal-Peor.
Por que lembrar isso para a Igreja de Pérgamo? Lá na
cidade de Pérgamo não estava apenas o culto ao
Imperador, mas lá havia também o templo de Esculápio,
o deus da cura, o deus do bem-estar, diríamos hoje. Os
cristãos haviam resistido fortemente ao culto do
Imperador, mas faziam concessões para outro culto
pagão. Ao menos associavam-se em seus banquetes.
“Tenho todavia algumas coisas contra ti...”diz o
Senhor à Igreja de Pérgamo. Escapavam de uma
idolatria, para caírem em outra. Com isto somos
lembrados que aquele luta por um longo período
começa a fazer concessões! Quem luta por muitos anos
tende a buscar compensações. Nem sempre a maior
ameaça para a Igreja vem das forças hostis, mas de
forças sutis. Isso fica evidente quando compreendemos
que Idolo é tudo aquilo que se torna mais importante do
que Deus para nós. Nosso ídolo pode ser o prazer, o
conforto, o bem-estar, o dinheiro, a fama, o ego. Idolos
estão aí para suprir nossas necessidades, preencher
nossas carências, realizar nossos anseios.
“Tenho todavia algumas coisas contra ti...” é a
lembrança da necessidade da vigilância. Da
necessidade de se manter os olhos abertos, de
identificar aquilo que está roubando o lugar de Deus na
nossa vida.
“Tenho todavia algumas coisas contra ti...” é o
chamado para o arrependimento, o chamado para a
mudança. É a oportunidade para abrirmos os ouvidos
para os segredos que Deus quer sussurrar para nós
neste novo ano.
3. PRIMEIRO SEGREDO: O MANÁ ESCONDIDO
Para o ano de 2010 você traz as suas lutas. No novo ano
continuam presentes as nossas tentações. Como ser
vencedor no novo ano? Como ser vitorioso?
Eis o segredo: “Dar-lhe-ei do maná escondido”. O
maná foi o pão do deserto, o pão na provação, o pão dos
anjos, o pão dos céus, o pão do cuidado. A cada noite
descia como o orvalho e pela manhã cada família
recolhia o suficiente para aquele dia.
“Dar-lhe-ei do maná escondido” - O maná é
expressão da graça de Deus. Dar-lhe-ei diz o Senhor!
Não conquistamos ou compramos o maná escondido.
Não trabalhamos por ele, simplesmente o recebemos de
Deus. Não podemos guardá-lo para o dia seguinte,
podemos apenas esperá-lo no dia seguinte “Dar-lhe-ei...”
é promessa de Deus e Deus é fiel em todas a suas
promessas.
O maná escondido é o alimento de Deus para saciar a
nossa fome interior, a nossa fome mais profunda: “Não só
de pão viverá o homem mas de tudo que procede da
boca do Senhor viverá o homem”;
O maná escondido é o alimento de Deus que não incha o
nosso ego, mas satisfaz a nossa alma;
O maná escondido é o alimento de Deus que nos
fortalece em nossa fraqueza.
O maná escondido é o alimento de Deus para a hora
certa. Deus sabe quando e quanto precisaremos dele
em nossa jornada ao longo do novo ano.
“Dar-lhe-ei do maná escondido”: dar-lhe-ei quando
precisar, dar-lhe-ei quanto precisar
4. SEGUNDO SEGREDO: UM NOVO NOME
Deus promete não somente saciar a nossa fome interior,
a nossa fome maior, a nossa fome por significado e
sentido na vida dando-nos do maná escondido. Mas
promete-nos uma pedrinha branca e sobre essa
pedrinha um novo nome, o qual ninguém conhece,
exceto aquele que o recebe.
Uma pedra branca tinha diferentes usos no mundo
antigo. Um réu absolvido poderia levá-la como prova de
sua absolvição, um convidado para um banquete
poderia recebê-la como senha de acesso à festa, um
escravo liberto recebia uma pedra branca para provar a
sua condição de cidadão livre. Em qualquer uma dessas
situações a questão envolvida era sempre a identidade
do portador da pedrinha branca. Levava a pedra para
atestar que ele era quem dizia que era.
“...lhe darei também uma pedrinha branca e sobre
essa pedrinha um novo nome, o qual ninguém
conhece, exceto aquele que o recebe.” Não sei se
você já observou, mas boa parte de nossos problemas
são provenientes de nossa insegurança quanto à nossa
identidade. Quem eu sou? O que pensam de mim?
Como eu estou hoje? O que será que pensaram disso
que eu acabei de dizer? Vivemos querendo provar para
nós ou para os outros quem nós somos! A pedrinha
branca é a Deus dizendo:
“eu sei quem você é”
“eu o amei e o amo como você é”
“Eu o aceito como você é”
“para de tentar ser quem você não é, e seja quem eu o
fiz para ser”,
“Esqueça os apelidos, aqui nesta pedrinha está o
verdadeiro nome”.
O que me define não é o que dizem que eu sou, mas
quem Deus diz que eu sou.
Conclusão:
O poeta Drummond escreveu:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
Quantas serão as pedras em nosso caminho ao longo do
novo ano? Muitas, poucas? Não importa! O que importa
é carregar uma pedrinha branca, ela é o passaporte para
um ano realmente novo, porque nela há um novo nome,
e esse novo nome é um segredo entre você e Deus.