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LUSITANIUM EXCELSIUS ♣

Abril de 2010 RELATÓRIO LABORAL


Introdução

Este Relatório Laboral não é mais do A Crise Económica de 2007


que uma análise ao documento Skill supply and
Já muito se falou e se fala da crise económica
demand in Europe: medium-term forecast up to
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de 2007 denominada de Sub-Prime2, pelo que não
2020 , de autoria do Centro Europeu de
será minha intenção neste Relatório Laboral
Desenvolvimento de Competências e Vocações
analisar as causas e consequências
(CEDEFOP).
macroeconómicas da mesma.
Este documento tem por missão
É minha intenção sim, trazer a temática da
decifrar as competências educacionais e
crise económica de 2007 para o campo de estudo
laborais que marcarão a diferença na próxima
em análise (i.e. abordar as alterações que a crise
década, com vista a produzir um mismatch (i.e.
económica de 2007 impuseram ao mercado laboral
um encaixe efectivo) entre as necessidades
europeu no presente, e, as implicações futuras da
laborais que os empregadores privados e
mesma).
públicos terão na próxima década e as
competências e qualificações profissionais que De facto, a crise económica de 2007 tem tido
os trabalhadores deverão ter para preencher as um impacto dramático sobre o mercado laboral
mesmas, fugindo assim à desadequação entre europeu. É hoje dado adquirido pelos analistas e
competências e necessidades laborais presente decisores políticos que muitos dos empregos
no actual mercado laboral europeu (sobretudo
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ao nível das economias mais frágeis como são Carmen M. Reinhart & Kenneth S. Rogoff . Is the
2007 U.S. Sub-Prime Financial Crisis So Different? An
as dos países do sul da Europa). International Historical Comparison. American Economic
Review, 2008.
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www.cedefop.europa.eu
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perdidos com a crise económica de 2007 são necessárias para encarar este novo quadro laboral
irrecuperáveis, enquanto outros serão recuperados e as oportunidades que o mesmo trará?
de uma forma gradual (i.e. mediante o retorno da
Importa no entanto referir, que mesmo
actividade económica a padrões normais de
perante este quadro optimista projectado para a
crescimento).
próxima década, estima-se que hoje existam menos
No entanto, nem tudo são más notícias 10 milhões de empregos do que seriam esperados
quando abordamos o futuro quadro laboral se não tem surgido a crise económica de 2007.
europeu3. Segundo as ultimas previsões da Perspectivando a recuperação laboral para a
CEDEFOP no que concerne ao mismatch próxima década, podemos verificar na Figura I
competências/necessidades laborais, cerca de sete que o emprego em 2025 poderá chegar a valores
milhões de novos empregos serão gerados até 2020 similares aos que chegaria em 2008 sem a crise
no futuro quadro laboral europeu, apesar da económica de 2007, ou seja, cerca de 235 milhões
recessão criada pela crise económica de 2007. de empregos.

Para além disto, estima a CEDEFOP que Figura I. Impacto da recessão no emprego (UE 27+).

mais 73 milhões de oportunidades de emprego


serão criadas devido à necessidade de substituir os
trabalhadores que, por exemplo, se aposentem ou
enveredem pela mobilidade laboral
intercontinental (i.e. trabalhadores do mercado
laboral europeu altamente qualificados que se
deslocalizem para os denominados países
emergentes).
Fonte. Cedefop.
Consequentemente, o número total de novas
O Futuro Laboral na Próxima Década
oportunidades de emprego no espaço europeu ao
(2010 a 2020)
longo da próxima década (i.e. 2010 a 2020) deverá
atingir o extraordinário número de 80 milhões. A Neste sentido e apesar de haver vagas para

questão que se coloca perante este quadro a cada todos os tipos de ocupações profissionais,

um de nós é será que temos as competências podemos verificar na Figura II, em linha com as
recentes tendências, que a maioria das
necessidades laborais (na ordem das 8, 5 milhões
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Esta análise cobre os 27 Estados-membros da UE de oportunidades) projectam-se na próxima década
mais a Noruega e Suíça, sendo portanto referido como nos campos do conhecimento científico e das
EU 27+.

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competências laborais intensivas (i.e. gestão de Na extremidade inferior do espectro de


topo e empregos com alto campo de conhecimento competências laborais, a procura por actividades
cientifico e tecnológico normalmente denominadas profissionais elementares deverá ter um aumento
de soft skills). de cerca de dois milhões de postos de trabalho no
espaço europeu. Por contraste, mais de quatro
Figura II. Oportunidades de emprego na próxima
década (2010 a 2020) (UE - 27+). milhões de postos de trabalho deverão ser
perdidos no que concerne aos trabalhos
essencialmente manuais (i.e. trabalhos agrícolas e
operadores de máquina industriais). Muitas destas
perdas deverão estar directamente relacionadas
com a substituição de trabalhos de rotina por
novas descobertas tecnológicas que substituam o
homem pela máquina.

Estas mudanças laborais sinalizam como é


Fonte. Cedefop.
evidente um risco de polarização de empregos,
De igual modo, podemos verificar na com aumento da procura nas extremidades
Figura II que o número de trabalhadores não superiores e inferiores das ocupações laborais, e
qualificados (i.e. trabalhos onde a mão-de-obra diminuição ou estagnação no centro das mesmas
seja pouco ou nada intensiva em termos de como podemos observar na Figura III.
conhecimento científico e tecnológico), não
Figura III. Mudanças das estruturas laborais (UE -
deverá sofrer alterações significativas, embora 27+).
seja de esperar uma alteração estrutural no que
concerne a todos os outros segmentos laborais.

Desta forma, na procura por empregos


como empregados de escritório é estimada uma
queda de cerca de um milhão de empregos. Já em
relação à procura por empregos em actividades
relacionadas com os serviços (i.e. vendas,
segurança, alimentação e cuidados médicos)
espera-se um aumento de cerca de dois milhões
de empregos.
Fonte. Cedefop.

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A Grande Procura por Qualificações qualificados (ou mesmo nos trabalhadores com
qualificações médias), mesmo em empregos
As projecções sugerem que a procura de
conectados com qualificações baixas, enquanto a
competências (medida por qualificações formais)
procura por trabalhadores com poucas ou
deverá continuar na próxima década. A natureza da
nenhumas qualificações continuará a decrescer
mudança industrial e tecnológica dos nossos dias
significativamente, o que levará por inerência à
faz incrementar a procura pelos trabalhadores
melhoria de competências laborais em muitos
altamente qualificados à custa dos pouco (ou nada)
postos de trabalho anteriormente ocupados por
qualificados, expressando assim uma polarização
pessoas de baixas (ou nulas) qualificações e que na
na procura de trabalhadores como podemos
próxima década serão ocupadas por pessoas com
verificar na Figura IV.
pelo menos competências médias.
Figura IV. Alterações na procura por trabalhadores e
respectivas qualificações (UE-27+). Como resultado, a procura por pessoas
altamente qualificadas tem uma projecção que visa
um aumento de mais de 16 milhões de postos de
trabalho, enquanto a procura por trabalhadores
com baixas (ou nulas) qualificações deverá
diminuir em cerca de 12 milhões de postos de
trabalho. A percentagem de empregos que na
próxima década devem requerer um alto nível de
qualificações passará de 29 por cento em 2010 para
cerca de 35 por cento em 2020, enquanto o número
de postos de trabalho que empregam pessoas com
baixas qualificações cairá de 20 por cento para 15
Fonte. Cedefop.
por cento no mesmo período. Já no que concerne à
Na verdade, a oferta de competências proporção de empregos ocupados com pessoas com
também afecta os padrões de emprego e a sua qualificações médias este nível permanecerá
especialização. As projecções de procura de significativo, ou seja, em torno dos 50 por cento da
trabalhadores por qualificações indicadas na massa trabalhadora do espaço europeu.
Figura IV assumem que as tendências históricas
tenderão a continuar na sua generalidade na O Emprego no Sector dos Serviços: um

próxima década. aumento constante na próxima década

Isto significa que a procura continua a A crise económica de 2007 teve como

crescer no segmento dos trabalhadores altamente geralmente têm as crises económicas e sociais o

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condão de acelerar mudanças sectoriais em termos educação (i.e. bens primários), será contraposto
económicos e por conseguinte nos mercados pela redução da oferta de empregos na
laborais (em especial no europeu). administração pública local e central, devido em
grande medida às restrições orçamentais previstas
Figura V. Mudanças Sectoriais no Mercado Laboral
Europeu (UE-27+). pelos Estados-membros da UE com vista a
combater os deficits excessivos provocados pela
intervenção dos Estados na economia durante a
crise económica de 2007.

As Qualificações no Futuro Mercado


Laboral Europeu
O mercado laboral europeu como quase
todos os mercados laborais nacionais está
directamente relacionado com a demografia e com
as politicas de educação levadas a cabo quer pelos
Fonte. Cedefop.
actores nacionais (i.e. Estados nacionais), quer
Desta forma, espera-se uma queda pelos actores supranacionais (i.e. existem
substancial de emprego no sector primário, directrizes comuns aos 27 Estados-membros no
estando previsto uma perda de cerca de 2,5 milhões quadro legislativo da UE em termos de politicas de
de empregos na próxima década (especialmente no educação e criação de emprego, sendo o melhor
sector agrícola). Significativa é também a perda exemplo desta política comum a estratégia de
esperada na manufactura e produção industrial do Lisboa de 2000).
sector secundário, com perdas que podem atingir
Neste sentido, a maioria das pessoas que se
os dois milhões de postos de trabalho.
encontram na faixa etária entre os 15 e os 24 anos
Em sentido inverso, as principais áreas de têm ainda muitas vezes por adquirir as suas
crescimento de emprego no mercado laboral qualificações educacionais completas. Isto não
europeu na próxima década com a criação de cerca invalida, que o número de pessoas que se
de sete novos milhões de empregos será o sector encontram na população activa com idade superior
dos serviços, especialmente serviços a 15 anos com qualificações altas ou médias esteja
comercializados, sendo igualmente esperados a aumentar, sendo mesmo esperado que na próxima
aumentos significativos nos sectores da década mais 16 milhões pessoas possuam um
distribuição e transporte. diploma universitário ou equivalente.

O crescimento de emprego em sectores não


comerciais, tais como cuidados de saúde e

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Na oferta de pessoas com qualificações de De igual modo, é esperado que no futuro as


nível médio (i.e. qualificações sobretudo no mulheres tenham melhores qualificações do que os
domínio do ensino profissional), é esperado um homens, embora no nível médio de qualificações
aumento de cerca de um milhão de ofertas de (que como já vimos representará em 2020, 50 por
trabalho (importa no entanto referir que em 2020 o cento da força produtiva do mercado laboral
mercado laboral europeu será composto na ordem europeu), as taxas de crescimento dos homens
dos 50 por cento por pessoas com qualificações serão superiores às das mulheres. Transversal ao
médias). que temos observado ao longo do relatório a queda
no número de pessoas com qualificações de nível
Já os trabalhadores com qualificações
baixo (ou nulas) deverá se acentuar na próxima
baixas (ou nulas) têm uma projecção que indica
década para ambos os sexos, como podemos
uma queda de cerca de 15 milhões de postos de
observar na Figura VII.
trabalho em termos de procura, à medida que os
jovens altamente qualificados (i.e. jovens com pelo Figura VII. Força de trabalho por idade, sexo e
qualificações (UE-27+).
menos o primeiro ciclo do ensino superior, ou seja,
uma licenciatura) integram o mercado de trabalho
numa substituição inter-geracional com
trabalhadores menos qualificados que fruto da
idade se reformam (i.e. trabalhadores que se
aposentam, embora seja importante dizer que não
existe um quadro único no que concerne ao regime
de reformas na UE, sendo cada Estado-membro
soberano esta matéria). Estas projecções podem ser
observadas na Figura VI.
Fonte. Cedefop.
Figura VI. O Fornecimento do Mercado Laboral
Europeu por Qualificações, na População Activa + 15 Para aqueles com idades superiores a 25
anos (UE-27+).
anos, a próxima década reserva uma subida
vertiginosa em relação aos que terão qualificações
altas, sobretudo na faixa etária entre os 25 e 34
anos. O número de pessoas que tenham apenas
qualificações de nível médio tem uma projecção
polarizada (i.e. decrescerá na faixa etária – 34 anos
e crescerá na faixa etária + 35 anos), reflectindo
esta situação um quadro de envelhecimento da
Fonte. Cedefop.

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força de trabalho, assim como da qualificação Esta situação de mismatch, tenderá a


superior dos mais jovens em relação aos mais agravar-se quando maior for o período temporal
idosos. associado à mesma, sendo esta uma das situações
mais preocupantes no que diz respeito ao
Já na faixa etária 55+ (i.e. trabalhadores com
desencontro entre competências e emprego.
55 ou mais anos, vulgo trabalho na terceira idade),
serão em 2020 mais qualificados profissionalmente Por outro lado, tais inadequações laborais
do que acontece nos dias que correm. Espera-se podem permitir que muitos trabalhadores
que a taxa de participação de grupos etários mais (sobretudo os mais jovens) enriqueçam a sua
velhos no mercado laboral europeu aumente na experiencia profissional de forma que a mesma
próxima década conforme as necessidades laborais, possibilite uma melhor relação entre empregadores
capacidades profissionais, ou sobretudo, o e trabalhadores na próxima década. Estes
prolongar da vida activa com cada vez mais desequilíbrios podem de igual modo traduzir o
Estados-membros da UE a prolongarem a idade de aumento de exigências de trabalho em novos
reforma. campos laborais (i.e. novas profissões) que ainda
não foram catalogados em classificações
As Competências Certas para os
tradicionais.
Empregos Certos
Figura VIII. A mudança estrutural na procura de
Apesar da recessão provocada pela crise emprego por grupos laborais e qualificações (UE-27+).
económica de 2007, os trabalhadores altamente
qualificados, ou mesmo, aqueles com qualificações
médias têm ainda mais possibilidades de encontrar
melhores empregos do que aquelas com baixas (ou
nulas) qualificações. Mas os resultados previstos
para a próxima década também sugerem que
muitos dos trabalhadores que actualmente possuem
qualificações altas ou médias poderão no futuro
ocupar empregos que nada têm a ver com o seu
nível de qualificações (i.e. numa primeira fase
laboral jovens licenciados que não encontrem Fonte. Cedefop.

trabalho imediato tenderão a aceitar emprego em


Importa no entanto referir que os resultados
restaurantes e bares, situação esta já comum em
obtidos sobre os desequilíbrios no mercado laboral
muitos dos Estados-membros da UE actualmente).
europeu não devem ser interpretados à risca.
Tendências da oferta (no sentido de uma mão-de-

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obra cada vez mais qualificada) e da procura (para em termos de validação da aprendizagem informal,
uma melhor e maior utilização de tais pessoas no bem como um guia de orientação no que concerne
emprego) são difíceis de prever ao pormenor, e à aprendizagem ao longo da vida poderá suportar
interagem de formas complexas. Em qualquer caso, um melhor encaixe entre as necessidades laborais
este relatório laboral entre outras pesquisas dos empregadores e a competências educacionais e
levadas a cabo pelo Think Tank Lusitanium laborais dos trabalhadores.
Excelsius e pela Cedefop sugere que uma
De facto, a Europa precisa urgentemente de
subvalorização das competências laborais não é um
se certificar que os seus recursos humanos estão
problema por si mesmo. Mas a subutilização de
preparados para responder às necessidades da
competências e qualificações laborais é certamente
economia global onde vivemos. As políticas
um problema em potencial para os indivíduos,
europeias de emprego (i.e. no quadro comum da
empregadores e sociedade no seu todo.4
UE27 ou na competência de cada Estado-membro)
Conclusões devem capacitar as pessoas com vista a que as
mesmas possam aumentar e alargar as suas
Os resultados presentes neste relatório
competências educacionais e laborais. A melhoria
laboral demonstram que a estrutura ocupacional e
e alargamento das competências dos trabalhadores
laboral do mercado europeu está a avançar
do mercado laboral europeu não é apenas algo que
rapidamente para empregos intensivos em
irá permitir a obtenção de melhores empregos. É
conhecimento e altas qualificações. Os decisores
acima de tudo, conquistar o futuro em termos do
políticos necessitam urgentemente de perceber a
que serão as economias da próxima década (i.e.
necessidade de assegurar a melhor utilização das
economias que serão condicionadas fortemente
actuais competências laborais disponíveis. Por
pela capacidade de inovação de Estados, empresas
exemplo, à medida que as mulheres vão sendo
e trabalhadores, como forma de garantir um papel
mais qualificados do que os homens, devem ser
de liderança numa economia cada vez mais
tomadas medidas que permitam a utilização do seu
globalizada).
potencial proporcionando melhores oportunidades
para conciliar o trabalho com a família. As novas nações emergentes (i.e. os
denominados BRIC, a saber: Brasil, Rússia, Índia e
Precisamos também de saber mais sobre o
China), assim como os tigres asiáticos (i.e. Correia
que as pessoas realmente sabem e são capazes de
do Sul, Japão, Indonésia, Vietname, entre outros)
fazer em determinados empregos. Um melhor uso
são já hoje concorrentes de peso em relação à
4 Europa (e mesmo aos Estados Unidos da América)
Ver. The Skill Macthing Challenge – analysing skill
mismatch and policy implications (forthcoming 2010), no que concerne à obtenção de trabalhadores
Cedefop, 2009.
altamente qualificados aumentando diariamente as

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suas quotas de empregos de alto nível (i.e. seja pela combater esta concorrência com aquilo que melhor
formação de capital humano próprio, seja pela a define, ou seja, a sua capacidade de adaptação e
obtenção de capital humano exterior, sendo a transformação a novos cenários sejam eles
Europa um dos grandes fornecedores destes novos económicos, políticos, culturais ou mesmo sociais.
mercados emergentes), pelo que, a Europa deve

Para mais informação sobre este relatório laboral, por favor contactar:

Dr. Paulo Daniel da Costa Ferreira, Correio electrónico: paulo_daniel535@hotmail.com

Contacto Telefónico: 969385401

Blog: www.lusitaniumexcelsius.blogspot.com


Licenciado em Relações Internacionais e Ciência Política pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias e
Mestrando em Economia Portuguesa e Integração Internacional do ISCTE.

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