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AUDITORIA NO ATIVO PERMANENTE1

Resumo

A auditoria tem por objetivo o exame normal das demonstrações financeiras pelo
auditor independente e a emissão de parecer sobre a adequação com que tais
demonstrações representam a posição financeira, o resultado das operações e as
modificações ocorridas de acordo com princípios contábeis geralmente aceitos. Desta
forma, este artigo tem como objetivo identificar e demonstrar os principais procedimentos
de auditoria realizados no grupo do Ativo Permanente, com a finalidade de confirmar se
as informações descritas no relatório correspondem às apresentadas no balanço
patrimonial. Dentro do grupo do Ativo permanente serão apresentadas as formas de
auditoria referentes aos investimentos (que trata das participações societárias
permanentes, assim como as importâncias aplicadas na aquisição de ações e outros
títulos de participação societária, com a intenção de mantê-las em caráter permanente),
ao imobilizado (que analisa o procedimento de auditoria que deverá estar voltado para: -
avaliação dos bens, - propriedade e posse; - eventual existência de ônus; - os critérios e
a extensão das depreciações e amortizações) e ao diferido (que avalia os controles
existentes, a fim de verificar se representam despesas pagas por serviços já prestados,
que irão gerar receitas ou benefícios no futuro e se foram devidamente registradas pela
contabilidade).

Palavras-chaves

Procedimentos de auditoria , controle interno, imobilizado, investimentos e diferido

1
Trabalho desenvolvido na disciplina Auditoria Contábil do Curso de Ciências Contábeis na UCB.
1. INTRODUÇÃO

A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos


técnicos que tem por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante
os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade
e, no que for pertinente, a legislação específica. (NBCT11).
Sendo assim este trabalho enfocará especificamente a auditoria no ativo
permanente, onde serão identificados os principais procedimentos utilizados no que
concerne as contas que representam bens, direitos que, pela sua finalidade, representam
recursos aplicados na empresa de maneira permanente.
Para tanto serão utilizados, conceitos, práticas e técnicas de auditoria.
Este artigo se traduz como revisão bibliográfica quanto aos fins, devido ao pouco
conhecimento acumulado e sistematizado sobre o assunto e quanto aos meios
documentais e bibliográficos.
O artigo segue o seguinte formato. Seção 2 Controle Interno, Seção 3 Auditoria
dos Investimentos , Seção 4 Auditoria do Imobilizado , Seção 5 Auditoria do Diferido e na
Seção 6 as Considerações Finais.

2. REVISÃO DO CONTROLE INTERNO

Controle interno é todo instrumento da Entidade destinado ä vigilância,


fiscalização e verificação administrativa, que permita prever, observar, dirigir ou governar
os acontecimentos dentro da Entidade e que produzam reflexos em seu patrimônio.
“A revisão do controle interno tem a finalidade de determinar ao auditor qual a
confiabilidade depositada no controle interno”, assim o auditor poderá determinar quais
os procedimentos a serem utilizados.(Attie,1998).
Os controles internos diferenciam-se para cada tipo de Entidade, sendo então
necessários alguns procedimentos padrões indispensáveis que têm a finalidade da
confirmação da segurança do controle.
O auditor após a definição do objetivo da auditoria, e após a revisão do controle
interno, determina o seu grau de confiabilidade, e já começa a desenhar o seu programa
de trabalho, procurando evitar trabalhos duplicados e desnecessários.

3. AUDITORIA DOS INVESTIMENTOS

De acordo com a Lei da S.A., classificam-se como investimentos as participações


em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo
circulante e no realizável a longo prazo, que não se destinem à manutenção das
atividades da companhia.
Entendem-se como participações permanentes as aplicações de capital de
maneira não temporária ou especulativa e na forma de ações ou quotas, podendo ser
voluntárias ou compulsórias.
Investimentos voluntários são as aplicações de capital de livre e espontânea
vontade, representando uma participação em outra companhia ou uma extensão da
atividade econômica da própria investidora.
Investimentos compulsórios são as aplicações de capital de natureza obrigatória,
representados tradicionalmente por investimentos em incentivos fiscais.
Entendem-se como direitos de quaisquer natureza os investimentos com
características de permanente, não destináveis a negociação e sem definição quanto a
seu uso na manutenção das atividades da companhia.

Aplicabilidade dos critérios de avaliação

A Lei das S. A. ,define que existem dois métodos de avaliação para os


investimentos, que são: - de equivalência patrimonial; e – de custos.

* Método de equivalência patrimonial = corresponde à aplicação do percentual de


participação da investidora no capital social da investida, isto é, no patrimônio líquido da
investida.
As condições para a aplicação deste método são as que seguem:
ƒ relevância;
ƒ sociedades controladas;
ƒ sociedades coligadas com participação mínima de 20%;
ƒ sociedades coligadas com participação entre 10% e 20%, porém com
influência na administração.

Relevância

Em cada sociedade coligada ou controlada quando seu valor contábil é pelo


menos 10% do patrimônio líquido da sociedade investidora. No conjunto de sociedades
controladas e coligadas esse percentual se eleva para 15%. Cabe destacar que somente
para efeito de determinar a relevância do investimento são computados também (além
do valor contábil do investimento) os créditos da sociedade investidora contra as
sociedades coligadas ou controladas.

Sociedades Controladas

São as companhias em que a controladora, diretamente ou por meio de outras


controladas, é titular de direitos que lhe assegurem permanente preponderância nas
deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores.

Sociedade Coligadas

São as companhias em que uma sociedade participa em outra com pelo menos
10% do capital social sem, contudo, controlá-la.

* Método de Custos = corresponde ao valor de custo aplicado na aquisição do


investimento acrescido das movimentações subseqüentes de aquisição ou baixas
conforme legislação em vigor.
Aplica-se esse método para os investimentos mantidos pela companhia que não
se enquadrem na avaliação pelo método da equivalência patrimonial.

3.1. Objetivo da Auditoria dos Investimentos

A auditoria dos investimentos que estão classificados no Ativo Permanente, tem


como finalidade:
• Confirmação da existência do investimento em poder da Entidade;
• Confirmação da propriedade do investimento pela Entidade;
• Confirmar se as demonstrações foram confeccionadas de acordo com os
Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos – PCGA;
• Confirmação da apropriação e contabilização de receita ou despesa dos
investimentos;
• Confirmar se os investimentos estão classificados nas demonstrações
financeiras corretamente;
• Confirmar se as observações relevantes estão devidamente expressas em
notas explicativas.

3.2. Principais Procedimentos de Auditoria

Os procedimentos a serem utilizados pela auditoria estão diretamente ligados ao


exame do controle interno, em relação a sua confiabilidade e à materialidade envolvida.
Abaixo segue exemplo de alguns procedimentos seguidos por uma auditoria
(Attie.1998):

1. Confirmação do Físico:
a. contagem física dos investimentos, atentando-se na numeração
dos títulos.

2. Confirmação da Propriedade:
a. dos investimentos da Entidade e;
b. dos investimentos em poder de terceiros (custodiados).

3. Exame da Documentação Original:


a. aquisições realizadas no período (compras);
b. vendas realizadas no período;
c. atas e assembléias e;
d. contratos efetuados.

4. Revisão de Cálculo:
a. da participação em outras empresas;
b. da Equivalência patrimonial e;
c. da provisão para perdas.

5. Exame da Escrituração:
a. conta de razão dos investimentos;
b. conta de razão de receitas e;
c. contabilização no período de competência.

6. Exame mais detalhado (Investigação):


a. Quanto à documentação de compra;
b. Quanto à documentação da venda;
c. Quanto às aprovações e autorizações;

7. Inquérito:
a. Explicação das compras e vendas;
b. Quanto à situação patrimonial das empresas investidas.

8. Correlação:
a. Relacionamento das compras de investimentos realizadas com o
disponível ou passivo;
b. Relacionamento da equivalência patrimonial contabilizada com o
resultado;
c. Relacionamentos dos investimentos com dividendos recebidos.

9. Observação:
a. Classificação adequada dos investimentos;
b. Observação aos princípios de contabilidade;
c. Quanto aos controles existentes sobre os investimentos.

4. AUDITORIA NO ATIVO IMOBILIZADO

A Lei 6.404/76, pelo seu artigo 179, item IV, conceitua como contas a serem
classificadas no Ativo Imobilizado: “Os direitos que tenham como objeto bens destinados
à manutenção das atividades da Empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os
de propriedade industrial ou comercial”.
Os itens classificados na categoria de ativo imobilizado incluem: Terrenos –
Obras preliminares e complementares – Obras civis – Instalações – Máquinas,
Equipamentos – Equipamentos de processamento eletrônico de dados – Sistemas
aplicativos-software – Móveis e utensílios – Veículos – Ferramentas – Peças e conjuntos
de reposição – Marcas, Diretos e Patentes industriais – Florestamento e Reflorestamento
– Direitos sobre benfeitorias em propriedades arrendadas.

4.1. Objetivo da Auditoria do Imobilizado

A auditoria do imobilizado tem as seguintes finalidades:

• determinar sua existência física e a permanência em uso;


• determinar se pertence à companhia;
• determinar se foram observados os princípios de contabilidade geralmente
aceitos, em bases uniformes;
• determinar se o imobilizado não contém despesas capitalizadas, e, por
outro lado, as despesas não contêm itens capitalizáveis;
• determinar se os bens do imobilizado forma adequadamente depreciados
em bases aceitáveis;
• determinar a existência de imobilizado penhorado, dado em garantia ou
com restrição de uso; e
• determinar se o imobilizado está corretamente classificado nas
demonstrações financeiras e se as divulgações cabíveis forma expostas por
notas explicativas.

4.2. Principais Procedimentos de Auditoria


É norma geral, que para efeito de controle, que, por ocasião do inventário anual,
as verificações incluam os bens do imobilizado para testar sua existência, localização,
utilização e estado de conservação (Franco, 1.985).
Para alcançar os seus objetivos, a auditoria segue procedimentos, os quais
listamos a seguir:

• Exame físico: inspeção física dos bens do imobilizado e das obras em


andamento;
• Confirmação: nos cartórios para verificação das escrituras e também dos
fornecedores quanto a bens adquiridos a prazo.
• Confirmação: junto a escritórios de advocacia quanto a processos em
andamento.
• Verificação: das notas fiscais das compras e vendas realizadas.
• Exame: das atas das assembléias, dos contratos de empréstimos, dos
certificados de propriedade de veículos e escrituras de bens imóveis.
• Cálculos: da depreciação, da amortização e da exaustão e,
investigações; inquéritos; correlações e;
• Observações que se fizerem necessárias.

4.2.1. Papel de Trabalho de Movimentação de Contas

Obtenha ou prepare um papel de trabalho dando os seguintes detalhes em reais e


por categoria de bens do ativo imobilizado:

Custo corrigido:
- saldo no início do período
- aquisições
- baixas
- transferências
- correção monetária
- saldo no fim do período

Depreciação acumulada corrigida:


- saldo no início do período
- depreciações
- baixas
- correção monetária
- saldo no fim do período

4.2.2. Conferência dos Saldos Iniciais e Finais

- Confira com os nossos papéis de trabalho do ano anterior. Se a auditoria do


ano anterior foi feita por outro auditor independente, confira os saldos iniciais
com os papeis de trabalho desse outro auditor.
- Confira os saldos finais como razão geral.

4.2.3. Verificação da Existência Física


- Obtenha uma listagem individual dos bens do ativo imobilizado, com data-base
do fim do período, e confira a soma dessa listagem;
- Verifique se o total dessa listagem concorda com o saldo do custo corrigido no
fim do período, apresentado no papel de trabalho de movimentação de contas;
- Selecione bens para serem identificados fisicamente;
- Selecione, aleatoriamente, bens fisicamente e identifique-os na listagem.

Durante a inspeção física, verifique se não existem bens do ativo imobilizado


obsoletos ou deteriorados (as evidências podem ser: bens que não estejam sendo
utilizados, enferrujados, guardados em local diferente do setor produtivo, etc). Caso
existam bens nesse estado, tome nota para posterior discussão com a administração da
empresa (possibilidade de vendê-los, transferências para outros grupos de contas do
ativo, constituição de uma provisão para perda na realização ou aceleração da taxa de
depreciação).

4.2.4. Testes das Aquisições

- selecione itens para serem testados. Observe se o total do universo de itens


sujeitos à seleção concorda com o total da coluna “aquisição” do papel de
trabalho de movimentação de contas;
- Para os itens selecionados execute os seguintes procedimentos de
auditoria:
• confira o valor selecionado com a documentação de compra (observe
se está em nome da empresa);
• inspecione a documentação de compra (nota fiscal, pedido de compra
e/ou contrato,mapa de licitação,cotação de preços e requisição de
materiais/serviço) e atente quanto a sua autenticidade;
• confira a aprovação da compra segundo os limites de competência
estabelecidos nas normas internas da empresa.

- No caso de construção própria, verifique se foram debitados no ativo


imobilizado todos os custos referentes à matéria-prima, mão-de-obra direta e
gastos gerais de construção.

4.2.5. Teste das Despesas de Manutenção e Reparos

- Selecione itens para serem testados. Observe se os gastos com


manutenção(para manter os bens em bom estado operacional) e os gastos
com reparos(para voltar os bens ao bom estado operacional) não aumentam a
vida útil do bem e, portanto, devem ser tratados como despesa do ano;
- Inspecione a documentação comprobatória dos itens selecionados.

4.2.6. Teste das Depreciações

- Verifique se a vida útil, estabelecida para cada classe de bens, é adequada e


está consistente com o ano anterior;
- Verifique se as benfeitorias em imóveis de terceiros estão sendo amortizadas
de acordo com o prazo do contrato de aluguel;
- Verifique se o método de depreciação esta de acordo com os princípios
contábeis e é consistente com o ano anterior;
- Verifique a razoabilidade da classificação da depreciação e identifique-a
(partindo do valor mencionado no papel de trabalho de movimentação de
contas) nas contas do razão de custo de produção e despesa do período.

4.2.7. Teste das Baixas

- Selecione por meio dos registros contábeis (verifique se o total concorda com o
papel de trabalho de movimentação de contas), itens a serem testados e
execute os seguintes procedimentos de auditoria:
• inspecione registros individuais e confira os cálculos do custo corrigido e
da depreciação acumulada corrigida;
• inspecione autorização para baixa, segundo definido no manual interno
da empresa;
• no caso de venda, inspecione a documentação comprobatória,
identifique o valor da venda na conta de “receita na venda de bens do
ativo imobilizado” (receitas não operacionais) e verifique se o valor da
venda é razoável em relação ao bem vendido.
- Selecione alguns bens vendidos, partindo da conta de receita na venda de
bens de ativo imobilizado, e verifique se o valor contábil dos vendidos foi
baixado do ativo imobilizado;
- Verifique se o valor das baixas, segundo o papel de trabalho de movimentação
de contas(custo corrigido deduzido da depreciação acumulada corrigida),
concorda com o saldo de conta de “valor contábil de bens do ativo imobilizado
baixados”(despesas não operacionais).

4.2.8. Verificação da Conta de Imobilização em Andamento

- Verifique a regularidade da aplicação de custos, ou seja, se a contas especifica


de projeto vem recebendo custos normalmente. A ausência de débitos
recentes de custos poderá ser em função do projeto ter sido abandonado, que
não é mais viável, ou até mesmo por ele já ter sido concluído;
- Inspecione o plano do projeto, contrato de construção e orçamento de custos,
compare com a situação existente (custos acumulados, desenvolvimento físico
etc,), converse com o pessoal técnico responsável e, sempre que possível
visite o local, a fim de se certificar que não existe qualquer anormalidade;
- Para os projetos encerrados durante o período, verifique se todos os custos
foram transferidos para as contas definitivas do ativo imobilizado e confira a
data da transferência com a documentação comprobatória (certificado da
engenharia etc.).

4.2.9. Verificação de Propriedade e Ônus sobre Imóveis e Veículos

- Para os imóveis será necessário verificar as respectivas escrituras de compra


e as certidões do Registro de Imóveis. Devem-se obter, certidões atualizadas
do Registro de Imóveis, para verificar a continuação da legitimidade da
propriedade e a existência, ou não, de ônus (hipoteca, penhor etc) pesando
sobre os imóveis. Além dessas certidões, convém obter certidões negativas de
débitos fiscais;
- Na hipótese do imóvel ter sido dado em garantia de um financiamento,
certifique-se de que o financiamento foi registrado no passivo da empresa e
que essa informação foi divulgada em nota explicativa das demonstrações
financeiras.

Tratando-se de veículos, deverão ser examinados os “certificados de Propriedade”


emitidos pelo Departamento Oficial de trânsito. Esse documento contém todos os dados
necessários, mesmo os que se refiram a restrições de propriedade (Alienação Fiduciária
em Garantia).

4.2.10. Teste de Reavaliação

Caso a empresa tenha reavaliado bens do ativo imobilizado durante o exercício


social, inspecione o laudo dos peritos ou da empresa avaliadora e confira-o com as
informações registradas no razão geral (data, valor, classificação por conta etc.). Essa
conferência é importante, já que, se a reavaliação de um terreno for debitada na conta de
edifícios, tem influência direta na depreciação, e, conseqüentemente, no lucro liquido do
exercício. O auditor deve examinar também a ata da assembléia de acionistas que
aprovou a reavaliação.

4.2.11. Orientações

O exame de auditoria efetuado na área do imobilizado tem por finalidade atingir os


objetivos previamente determinados. Conseqüentemente, o programa de auditoria deve
ser elaborado com o intuito de evitar trabalhos desnecessários ou que não atendam aos
objetivos definidos.Uma vez definido o programa de auditoria, durante a execução do
trabalho o auditor deve estar alerta para evitar possíveis trabalhos desnecessários ou
deixar de realizar trabalhos não programados, porém importantes. Caso isto ocorra, o
programa original deverá ser modificado para atender eventuais trabalhos não
programados. (Attie,1998)
O imobilizado, em muitas companhias, compreende grande parte do total do ativo
e pode consistir em uma gama imensa de tipos de bens. O exame de auditoria deve ser
cuidadoso, pois as operações realizadas e contabilizadas inadequadamente podem
influir nos saldos das contas do imobilizado devido às diferenças de taxas de
depreciação aplicáveis aos grupos de bens do imobilizado.
Os principais procedimentos em trabalho de auditoria, devem ser rigorosamente
documentados em Papéis de trabalho, que são o conjunto de documentos e
apontamentos com informações e provas coligidas pelo auditor, preparados de forma
manual, por meios eletrônicos ou por outros meios, que constituem a evidência do
trabalho executado e o fundamento de sua opinião.
(Manual das Sociedades Por Ações, 2000)

5. AUDITORIA DO DIFERIDO

Os valores pendentes existem em função dos princípios da competência do


exercício e da continuidade da empresa. Em virtude desses dois princípios, subentende-
se que as receitas e despesas que não puderam ser convenientemente encerradas e
apuradas em um exercício social serão deslocadas para exercícios futuros, e, enquanto
aguardam sua inclusão na área de resultados, ficam classificadas provisoriamente em
contas dos grupamentos de Passivo Pendente, e de Ativo Pendente. Os valores deste
tipo são denominados de antecipados ou de diferidos.
Embora classificado como subgrupo do Ativo Permanente, o Diferido refere-se “às
aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de
mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos acionistas
durante o período que anteceder o início das operações sociais”. (Lei nº 6.404/76 – Art.
179, n.º V). As despesas diferidas representam, de uma forma geral, valores pagos por
serviços já prestados, ou seja, que o beneficiário do pagamento não tem mais nenhuma
obrigação com a empresa. Essas despesas só poderão ser levadas para Lucros e
Perdas quando se completar determinada produção, determinada venda, determinado
serviço, ou determinada operação.
São exemplos de despesas diferidas:

• despesas pré-operacionais;
• despesas de reorganização;
• gastos com pesquisas;
• comissões ou despesas com vendas;
• Avaliação e Amortização:

Os princípios contábeis recomendam que haja um perfeito relacionamento entre


receitas, custos e despesas. Por conseguinte, as despesas que gerarão receitas ou
benefícios no futuro deverão ser diferidas no ativo e amortizadas contra essas receitas
ou benefícios.
As despesas diferidas são avaliadas ao custo corrigido menos a amortização
acumulada também corrigida. A Lei das Sociedades por Ações estabelece que as
despesas diferidas sejam amortizadas periodicamente, em prazo não superior a dez
anos, a partir do início das operações ou do ano em que passem a ser usufruídos os
benefícios delas decorrentes, sendo que devem ser registradas imediatamente e pelo
valor total como despesas do ano (demonstração do Resultado do Exercício), quando
abandonados os projetos a que se destinavam, ou se comprovado que essas despesas
não produzirão receitas suficientes para amortizá-las.

5.1 Objetivo da Auditoria do Diferido

A auditoria do ativo diferido, classificáveis como ativo diferido, tem a finalidade de:

a. determinar que representam gastos efetivos que já beneficiaram a empresa;


b. determinar se foram utilizados em bases uniformes os princípios de
contabilidade geralmente aceitos;
c. determinar se estão corretamente classificadas nas demonstrações financeiras
e se as divulgações cabíveis foram expostas nas notas explicativas.

5.2 Principais Procedimentos de Auditoria

1. Descrever as rotinas existentes;


2. Realizar testes de avaliação dos controles;
3. Verificar se existe no Programa de Auditoria item que suporte a falha
observada. Caso não exista, desenvolver item específico;
4. Registrar as falhas observadas no Papel de Trabalho – PT “Relato dos Pontos
Fracos”.
5.3 Exames a Realizar

1. Obter ou preparar PT com composição do saldo por natureza das despesas


(pré-operacionais, pesquisas etc) do período em exame e realizar os seguintes
testes:
a) Conferir os saldos no início do período com os PTs do exercício anterior;
b) Conferir as somas horizontais e verticais;
c) Conferir os saldos no final do exercício com o razão geral da contabilidade;
2. Com relação às adições no período, conferir os cálculos da atualização
monetária e verificar:
a) Se está de acordo com a legislação fiscal pertinente;
b) Se foi registrada e devidamente classificada pela contabilidade.
3. Verificar se existem despesas diferidas que poderiam ser consideradas como
resultado do exercício;
4. Com relação às baixas, conferir os cálculos da amortização no período e
efetivar os seguintes exames:
a) Se o procedimento foi consistente em relação ao período anterior;
b) Se o valor amortizado foi registrado na conta despesa do resultado do
exercício.

5.4 Orientações

1. Com a finalidade de informar ao auditado a existência da impropriedade,


apurada no transcorrer dos trabalhos, e solicitar o seu pronunciamento formal
sobre o assunto, o auditor deverá utilizar-se de uma comunicação por escrito;
2. Concluir sobre o trabalho realizado, mediante utilização do PT “Pontos para
Relatório”;
3. Descrever as dificuldades encontradas para a execução deste programa,
apresentando sugestões para os próximos exames.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O processo de auditoria no grupo do Ativo Permanente é muito importante nos


dias de hoje, principalmente pela globalização das economias, e o surgimento de novas
tecnologias. O valor que é dado a uma empresa é de suma importância tanto para
credores e acionistas quanto para o mercado de modo geral.
Este trabalho se propôs a identificar as principais práticas utilizadas na realização
de auditoria no Ativo Permanente.
Desta forma, podemos resumir que, os procedimentos realizados pelo auditor,
referentes ao grupo do Ativo Permanente: Investimento, Imobilizado e Diferido, adotam
metodologias uniformes, através da revisão de controle interno, procedimentos de
auditoria, e finalizam com orientações sobre o trabalho realizado.
Sendo identificado como diferença o enfoque dado a cada uma das contas dos
subgrupos do Ativo Permanente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ATTIE, Willian.Auditoria: Conceitos e aplicações. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1998

ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: Um curso moderno e completo. 5 ed. São


Paulo: Atlas,1996

FRANCO, Hilário e MARRA, Ernesto. Auditoria contábil. 1 ed. São Paulo: Atlas,1989

FLORENTINO, Américo Matheus. Auditoria Contábil. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora da


Fundação Getulio Vargas, 1979.

FIPECAFI, Manual de Contabilidade das sociedades por ações. 5 ed. São Paulo:
Atlas,2000
Sinceros agradecimentos a Deus, aos nossos
familiares, a todos do grupo , Benedito, Érica, Carla
Cristina, Karla Souza, Lílian e Neuliane e ao professor
André Cavalcanti.

Brasília-DF, Outubro de 2003.

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