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SANTO ANDRÉ
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
SANTO ANDRÉ
2009
Sumário
1. RESUMO ...........................................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
3. OBJETIVOS.......................................................................................................................6
4. PARTE EXPERIMENTAL................................................................................................6
4.1. Materiais .....................................................................................................................6
4.2. Métodos ......................................................................................................................6
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................8
6. CONCLUSÃO..................................................................................................................13
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................13
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1. RESUMO
Quando se deseja conhecer o resultado da colisão de dois corpos após seu
choque, devem-se aplicar algumas leis de conservação para a correta visualização
do cenário.
Assim, foi aplicado neste experimento de colisões a cinemática de lançamento
horizontal para observar as conservações do momento linear e da energia cinética.
Com base nos dados, observou-se que a energia cinética praticamente se
conserva, pois uma parcela dela é transformada em outras formas de energia como
a energia sonora.
Na colisão entre corpos de massas diferentes, foi possível observar a
conservação do momento linear, todavia, quando as massas usadas foram iguais,
não foi possível obter um cenário nítido de conservação.
2. INTRODUÇÃO
O momento linear de uma partícula é uma grandeza vetorial que é definida
como:
p = m.v (1)
Na qual m é a massa da partícula e v é a sua velocidade. Como m é sempre
uma grandeza escalar positiva, a equação (1) nos diz que p e v têm o mesmo
sentido.
Em um sistema de n partículas, cada uma com a sua própria massa,
velocidade e momento linear, elas podem interagir umas com as outras e forças
externas também podem atuar sobre elas. O sistema como um todo tem um
momento linear total P, o qual é definido como a soma vetorial dos momentos
lineares individuais das partículas. Assim:
P = p1 + p 2 + p 3 + ... + p n
P = m1 v1 + m2 v 2 + m3 v 3 + ... + mn v n (2)
O momento de qualquer corpo que se comporta como uma partícula não pode
variar, a menos que uma força externa resultante atue sobre o corpo. Por exemplo,
pode-se empurrar um corpo para mudar seu momento, ou pode-se fazer com que o
corpo colida com um taco de beisebol. Em tal colisão, a força sobre o corpo é breve,
tem grande intensidade e muda repentinamente o momento do corpo capaz de
desacelerar, parar e até mesmo reverter seu movimento.
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( )
m a v a i − v afx
m a v ai = m a v afx + m b v bfx ⇒ v bfx =
mb (8)
No eixo Y:
− m a v a fy
0 = m a v a fy + m b v b fy ⇒ v b fy =
mb (9)
O módulo do vetor pode ser calculado a partir de suas componentes extraindo
a raiz da soma dos quadrados de cada componente:
r x2 + r y2
r = (10)
Para analisar a energia cinética antes e após a colisão, será comparada a
energia potencial da esfera a em relação à diferença de altura entre as esferas e a
soma das energias cinéticas calculadas com base nas velocidades de cada esfera
após a colisão.
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3. OBJETIVOS
O objetivo deste experimento é estudar a conservação da grandeza física
conhecida como momento linear através de colisões de corpos rígidos que não
sofrem deformação. Também é objetivo verificar o comportamento da energia
cinética numa colisão.
4. PARTE EXPERIMENTAL
4.1. Materiais
Os materiais utilizados neste experimento foram:
- 2 Macacos mecânicos.
- Réguas.
- Trilho de madeira.
- Bloco de madeira
- Esferas de aço inoxidável.
- Papel sulfite.
- Papel carbono.
- Fita crepe.
4.2. Métodos
Para o estudo das colisões, foram colocadas duas esferas de massas ma e mb
em diferentes alturas relativas entre si e acima da altura da mesa com uso de dois
macacos. Sobre a mesa, colocou-se uma folha de sulfite com uma folha de papel
carbono por cima para que as esferas marcassem os pontos em que atingissem a
mesa. A folha foi presa na mesa com uso da fita crepe e o papel carbono colocado
apenas para que as esferas pudessem deixar uma marca no sulfite.
Convencionando a esfera que fica no topo da montagem por “a” e a que sofrerá
a colisão por “b”, a esfera a encontra-se a uma altura h2 do referencial mesa e a
esfera b encontra-se a h1 da mesma mesa. Sendo h3 a diferença de altura (eixo Z)
entre as esferas.
A distância ao longo do eixo X entre o ponto em que a esfera toca a mesa é Sa
e Sb, sendo c o comprimento do bloco de madeira que distanciava a esfera b do fim
do trilho inclinado para o rolamento da esfera a, conforme Figura 2.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A primeira série de medições foi feita com a esfera de massa igual a 16g e
anotadas as distâncias alcançadas pela esfera a quando esta não colidia com a
esfera b. Em todas as descidas a distância atingida pela esfera a fio a mesma. Os
dados e resultados dos cálculos estão na Tabela 1.
Tabela 1 – Esfera a sem colisão.
pai 79,4855
pfx 79,886
pfy -0,814
pf 79,890
pf – pai 0,4045
vaf 0,7926
vbf 1,7259
E= ma.g.h3 [mJ] 47,8632
2
Ea = 0,5.ma.vaf [mJ] 20,747
2
Eb = 0,5.mb.vbf [mJ] 23,830
Ea + Eb [mJ] 44,577
E – (Ea + Eb) [mJ] 3,2865
de energia é de 3,29 mJ, uma perda pequena em valores absolutos mas que
representa uma porcentagem de 6,87% da energia inicial do sistema.
O conjunto de medições seguinte foi realizado com esfera a com massa de 16g
e a esfera b massa de 16g. Todas as alturas foram mantidas em relação à Tabela 1.
Os valores das distâncias alcançadas por cada esfera após a colisão estão na
Tabela 6.
Tabela 6 – Esfera a colide com b de mesma massa.
Sa eixo X [mm] Sa eixo Y [mm] Sb eixo X [mm] Sb eixo Y [mm]
37 10 140 -7
36 5 138 -4
35 13 137 -10
35 27 134 -24
pai 19,2692
pfx 22,5241
pfy 0,3255
pf 22,5265
pf – pai 3,2573
12
pai 19,2692
pbfx 17,8696
pai – pbfxf 1,3996
vaf 0,3117
vbf 1,1206
E= ma.g.h3 [mJ] 11,6032
2
Ea = 0,5.ma.vaf [mJ] 0,777
2
Eb = 0,5.mb.vbf [mJ] 10,046
Ea + Eb [mJ] 10,823
E – (Ea + Eb) [mJ] 0,7802
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que num choque mecânico elástico, em um sistema isolado, tanto o
momento linear quanto a energia do sistema devem se conservar. Como no
momento da colisão é produzido som, conclui-se que uma das formas de energia
para a qual é desviada a energia inicial do sistema é para a produção desse som.
Isto foi verificado pela porcentagem da diferença das energias nos casos de colisões
estudados, em ambos os caso está porcentagem ficou ao redor de 6,8%.
O momento linear também deve ser conservado como visto na colisão entre
corpos de massas diferentes. No entanto, não na colisão de corpos de mesma
massa, não ficou evidente este comportamento. De acordo com os dados, não
houve nenhum choque perfeitamente unidimensional, desta forma, a esfera a não
ficou imobilizada após colidir com b, isto é uma consequência da dificuldade de duas
esferas de mesmo diâmetro colidirem perfeitamente sobre suas linhas de centro,
assim, nesta colisão a esfera a sempre pode manter parte de sua velocidade, rolar
pela beirada do bloco de madeira e cair sobre o papel sulfite, o que contribuiu para
que o momento final parecesse muito diferente do inicial.
Contudo, mesmo perante as dificuldades que ocorreram quando as massas
foram iguais, a energia do sistema permaneceu conservada, incluindo a parcela
transformada em som.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FENDT, Walter. Colisões Elástica e Inelásticas. Disponível em <http://www.walter-
fendt.de/ph11br/collision_br.htm>. Acesso em 07 de set. 2009
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jear. Fundamentos de Física,
7.ed. Rio de Janeiro, LTC, 2005. V.2. p.227-233, 239-241.