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SANTO ANDRÉ
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
SANTO ANDRÉ
2009
Sumário
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3
2. OBJETIVOS.......................................................................................................................4
3. PARTE EXPERIMENTAL................................................................................................4
3.1. Materiais .....................................................................................................................4
3.2. Métodos ......................................................................................................................5
3.2.1. Efeito da superfície de contato na velocidade da reação ....................................5
3.2.2. Velocidade da reação entre tiossulfato de sódio e ácido clorídrico....................5
3.2.3. Efeito da temperatura na velocidade da reação. .................................................6
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................................7
4.1. Influencia da superfície de contato na velocidade da reação......................................7
4.2. Velocidade da reação entre tiossulfato de sódio e ácido clorídrico............................7
4.3. Efeito da temperatura na velocidade da reação. .......................................................10
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................10
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................11
7. ANEXOS ..........................................................................................................................12
7.1. Anexo 1 – Questões de verificação ..........................................................................12
3
1. INTRODUÇÃO
As reações químicas estão por toda a parte. Elas são as responsáveis pelo
tempo de duração de materiais, pela durabilidade dos alimentos e também do
próprio homem, já que seu organismo é regido por reações químicas. Por isso,
cientistas vêm estudando há anos os compostos e fatores que afetam as
velocidades das reações e como elas podem ser controladas.
Para uma reação acontecer, é necessária a interação entre as substâncias
químicas que as compõem, além da probabilidade de ocorrência de colisões entre
as moléculas, que possibilite o rearranjo de átomos de forma a transformar os
regentes em novas substâncias (produtos).
A velocidade de uma reação depende da capacidade dos regentes de sofrerem
mudanças nas ligações químicas. Mas por mais que essa capacidade seja
específica de cada composto, existem fatores capazes de se aumentar ou diminuir a
velocidade das reações. O aumento da velocidade de uma reação é importante nas
indústrias, pois possibilita uma quantidade maior de produto em um período menor
de tempo. No entanto, a diminuição da mesma pode proporcionar maior durabilidade
de um alimento.
Os fatores que influenciam a velocidade são:
Concentração de reagentes: quanto maior a concentração dos reagentes,
mais rápida será a reação química. Essa propriedade está relacionada com o
número de colisões entre as partículas.
Temperatura: quanto maior a temperatura, mais rapidamente se processa a
reação. É possível acelerar uma reação lenta, submetendo os reagentes a uma
temperatura mais elevada.
Superfície de contato: quanto maior a superfície de contato dos reagentes,
maior será a velocidade da reação. Exemplo: os antiácidos efervescentes quando
triturados se dissolvem mais rápido em água do que em forma de comprimido inteiro,
isto porque a superfície de contato fica maior para reagir com a água.
Catalisadores: são substâncias que aumentam a velocidade das reações
químicas sem serem consumidos.
Pressão: Quanto maior a pressão, maior será a intensidade das colisões,
aumentando assim a velocidade da reação.
4
V = k[ A]n [ B] m (1)
Onde, k é uma constante e n e m representam a ordem da equação para cada
regente.
Esses valores são encontrados empiricamente.
Partindo dos dados coletados nos experimentos, uma forma de se obter a
ordem de reação é o uso de gráficos do tipo log x log, no qual é tomado o logaritmo
da função e da variável e então confeccionado o gráfico com estes valores,
conforme indica (2):
V=1
n
V = c[ X ] ;
t
n n
log V = log c [ X ] = log c + log [ X ] (2)
∴ log V = n log [ X ] + log c
Esta função descreve uma reta com coeficiente angular n e este mesmo
número é a ordem da reação testada no experimento. O termo independente log c
.representa o coeficiente linear da reta.
2. OBJETIVOS
O objetivo do experimento foi de estudar a velocidade com que ocorrem as
reações químicas. Observar como a temperatura, a concentração e a superfície de
contato dos reagentes influenciam no aumento ou não da velocidade de uma
reação.
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1. Materiais
• 1 comprimido de Sonrisal®
• 5 béqueres de 50mL
• 2 béqueres de 100mL
• Bastão de vidro
• 6 tubos de ensaio
5
• Pipeta volumétrica
• Faca
3.2. Métodos
3.2.1. Efeito da superfície de contato na velocidade da reação
O comprimido de Sonrisal® foi dividido em quatro partes iguais com uso de
uma faca. Em um béquer de 100 mL se adicionou um quarto do comprimido e com o
bastão de vidro ele foi triturado. Em um segundo béquer, adicionou-se um quarto do
comprimido não triturado. Em cada sistema (béquer + comprimido), adicionou-se
25mL de água e cronometrou-se o tempo de cada reação.
Volume (mL)
Béquer
NaS2O3 (0,3 mol/L) H2O
1 5,0 20,0
2 7,5 17,5
3 15,0 10,0
4 20,0 5,0
5 25,0 0,0
6
Após preparar as devidas soluções, o primeiro béquer foi colocado sobre a tira
de papel preto; utilizou-se a pipeta volumétrica para a adição de 5,0mL de ácido
clorídrico (2,0 mol/L) e disparou-se o cronômetro. Quando a tira de papel não estava
mais visível, parou-se o cronômetro. O mesmo procedimento foi repetido para os
demais béqueres. Ao término, os cinco béqueres foram lavados para utilização no
próximo passo.
3.2.2.b. Determinação da ordem de reação para H+(aq).
Foram preparadas quatro soluções aquosas de ácido clorídrico, nos béqueres
de 50mL, conforme a tabela abaixo:
Tabela 2 – Soluções de HCl (0,3 mol/L).
Volume (mL)
Béquer
HCl (0,3 mol/L) H2O
1 2,5 7,5
2 5,0 5,0
3 7,0 3,0
4 10,0 -----
Após preparar as devidas soluções, o primeiro béquer foi colocado sobre a tira
de papel preto. Utilizou-se a pipeta volumétrica para adição de 20,0mL de tiossulfato
de sódio (1,0 mol/L) e disparou-se o cronômetro. Quando a tira de papel não estava
mais visível, parou-se o cronômetro. O mesmo procedimento foi repetido para os
demais béqueres.
Nenhuma solução foi agitada após colocar o segundo reagente.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Influência da superfície de contato na velocidade da reação
Na Tabela 3, encontram-se os tempos cronometrados da reação dos
comprimidos de Sonrisal triturado e não triturados. A coluna “Tempo” indica o
tempo em que não foi possível mais ver partes sólidas do comprimido.
Para descobrir a ordem de reação quanto aos íons S2 O3−2 , foram extraídos, a
-3,00 -2,80 -2,60 -2,40 -2,20 -2,00 -1,80 -1,60 -1,40 -1,20 -1,00
-2,00
-2,50
-3,00
ln (1/t)
-3,50
-4,00
-4,50
ln (Concentração (mol / L))
Na Figura 1, com uso de ferramenta computacional, foi ajustada uma reta aos
pontos correspondentes aos logaritmos dos dados e exibida a função desta reta. O
coeficiente angular desta reta corresponde à ordem da reação, no caso igual a
0,948. O coeficiente R2 indica o nível de ajuste da função aos pontos, no caso este
índice é de 99,94%, ou seja, a reta está bem ajustada aos pontos. (R2 = 100% indica
que a função ajustada é exatamente a função descrita pelos pontos).
Ainda com base na equação (2), pode-se calcular o valor da constante k que
multiplica a concentração. De acordo com esta equação o termo independente
obtido na função da reta logarítmica corresponde ao ln da constante k. Logo:
-2,80 -2,60 -2,40 -2,20 -2,00 -1,80 -1,60 -1,40 -1,20 -1,00
-2,00
-2,20
-2,40 ln (1/t)
-2,60
-2,80
-3,00
-3,20
ln (Concentração (mol / L))
O tempo que a reação precisou para se realizar a ponto de tornar a fita preta
invisível após ter ficado 5 minutos no banho de gelo foi de 26,38s. Este tempo é
aproximadamente 2,6 vezes maior que o tempo para a mesma reação ocorrer na
temperatura ambiente – 10,30 s. E este tempo é por sua vez cerca de 1,8 vezes
maior que o tempo da mesma reação a 40°C. De acordo com estes dados se induz
que quanto maior a temperatura maior a velocidade de reação.
5. CONCLUSÃO
Conclui-se que a superfície de contato, a concentração e a temperatura
influenciam diretamente na velocidade das reações. A partir de estudos empíricos de
como estes fatores atuam, pode-se estimar a equação da velocidade da reação,
determinando, assim, a constante da velocidade (k) e a ordem de cada reagente.
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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRADY, JAMES E.; RUSSELL, JOEL W.; HOLUM, JOHN R. Química a matéria e
suas transformações, 3. ed., editora LTC, 2003, v.2. p. 1-10.
MAHAN, BRUCE M.; MYERS, ROLLIE J. Química: um curso universitário. 4.ed.
São Paulo: Edgar Blücher, 2007. p. 233-236.
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7. ANEXOS
7.1. Anexo 1 – Questões de verificação
Q1.
Q2.1:
Ocorreu a reação do tipo chamada simples troca, deslocamento ou
substituição: dois reagentes formam dois produtos:
Q2.2:
No primeiro experimento, notou-se que quanto mais concentrado se encontrava
o primeiro reagente na água, mais rápida e eficaz era a reação com a adição do
segundo reagente. Já no segundo experimento, a temperatura se comportou como o
fator limitante das reações e, assim, deduziu-se que quanto maior a temperatura dos
reagentes, maior é a velocidade e menor é o tempo da reação – pois maior é o
número de colisões entre as moléculas dos reagentes.
Q2.3
De acordo com o gráfico da Figura 1, a ordem de reação para o tiossulfato de
sódio é 0,948. Esse número representa o coeficiente angular da reta ajustada aos
logaritmos naturais dos pontos obtidos experimentalmente. O uso da equação (2)
permite relacionar este coeficiente diretamente com a ordem da reação.
No caso da ordem de reação do ácido clorídrico, sendo esta obtida pelo gráfico
da Figura 2, seu valor é 0,5529
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Q2.4:
Estes coeficientes definem o comportamento de seu respectivo reagente
durante a reação: coeficientes com valores próximos de 0 significam que o reagente
não é necessariamente consumido; os próximos de 1 apresentam um consumo em
escala linear; os próximos de 2 e 3 apresentam consumo em escala exponencial,
sendo os de 3 exponencialmente mais acentuados.
Q2.5:
No decorrer do tempo de uma reação, a concentração dos reagentes diminui
gradativamente, ou seja, o número de moléculas dos reagentes é cada vez mais
reduzido, influenciando, portanto, negativamente na quantidade de colisões
(velocidade de reação).
Q3:
Os fatores observados nesta prática que alteraram a velocidade de uma reação
química foram: superfície de contato, concentração e temperatura.
Q4:
Na verdade, existem mais dois fatores: presença de catalisador e pressão –
esta só atua se houver pelo menos um reagente na fase gasosa. O catalisador
acelera ou desacelera uma reação sem alterar sua composição ao fim do processo e
a pressão apresenta o mesmo papel da temperatura – aumentar o número de
colisões entre as moléculas dos reagentes.