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AUTOS N 0502312-69.2016.8.05.0080
1. DOS FATOS
Conforme apurado at o presente momento, no dia 15 de
fevereiro de 2016, prepostos da Polcia Militar teriam avistado dois indivduos a
bordo de uma motocicleta, e aps perseguio e abordagem, um teria conseguido
se evadir, e o outro seria Wilton Santos Pinheiro. Tendo sido o mesmo
encaminhado Delegacia e flagranteado pelo crime de Furto.
O suposto acusado, por sua vez, em depoimento, informa
que fora abordado pelos policiais quando o mesmo se dirigia ao Centro de
Abastecimento para ingerir bebida alcolica.
O
que
houve,
na
verdade,
foi
ERRNEA
CLASSIFICAO DO DELITO, pois a verdade dos fatos nos diz que no houve
O enovado
Professor
Julio
Fabbrini
Mirabete,
em
emprego de qualquer forma de violncia, seja ela fsica ou verbal, por parte do
suposto acusado.
No que tange ameaa, tambm denominada de
violncia moral, caracteriza-se quando ocorre a promessa de um mal a algum,
dependente da vontade do agente.
Deve, ainda, a ameaa ser contundente, ser capaz de
intimidar algum por si s, e no assustar algum que j est assustado por outras
razes.
Pois bem, afastando-se a violncia e a grave ameaa,
para que se possa condenar o ru, poderia se falar em furto e nunca em roubo,
pois aquele dispensa a violncia e a grave ameaa.
Nesse sentido, oportuno anotar, mais uma vez, a
manifestao do Tribunal de Alada Criminal do Estado de So Paulo. Que assim o
fez:
"Possibilidade de resistncia: inexistncia de roubo: A
violncia fsica, exigida para a configurao do roubo,
aquela que reduz o ofendido impossibilidade de
resistncia. Um soco desviado pela vtima no interfere
como expediente hbil a enquadrar a violncia fsica para
responsabilizar o ru pela prtica de roubo" (JTACRIM
75/365).
dever,
desta
feita,
em
ateno
sua
4. CONCLUSO
Diante de tudo que fora exposto, a Defesa tcnica suplica
a este MM. Juzo que, em medida de ldima justia promova a desclassificao do
crime imputado para o do art. 155, "caput", do Cdigo Penal, afastando o crime de
roubo.
E, aps isto, em observao ao princpio da razoabilidade,
seja o suposto acusado posto em liberdade, uma vez que, mesmo sobrevindo
sentena condenatria, o suposto acusado ir livrar-se solto, no sendo medida
proporcional mant-lo em crcere durante a instruo criminal.
Neste ato, a Defesa Tcnica informa tambm que quando
da marcao de audincia, apresentar as testemunhas independentemente de
intimao.