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PENSANDO

FORA DA CAIXA
COMO FAZER DA CRISE SUA OPORTUNIDADE
CAPÍTULO 1
PENSANDO FORA DA CAIXA: COMO FAZER DA CRISE UMA OPORTUNIDADE 3

ENTENDENDO A CRISE

Passar a régua no ano de 2015 significa falar de crise e


retração na economia. No ano passado a inflação oficial
do país fechou em 10,67 (segundo o IPCA), a maior taxa
desde 2002, houve queda na produção industrial,
demissões em massa e, segundo pesquisa
encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena
Indústria de São Paulo ao Datafolha, 77% dos pequenos
e médios empresários temem fechar seus negócios.
Falar de crise neste ano de 2016 não se trata mais de
especular uma possibilidade de retração financeira, e
sim de se preparar para conviver com uma situação
econômica que deve demorar para ser revertida. Como
sobreviver à crise econômica que tomou conta do país?
É sobre isso que este ebook se propõe a falar.
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A CRISE ALÉM DA CRISE


O primeiro passo para sobreviver à crise é entender o que caracteriza uma crise econômica.
Joseph Schumpter, um dos principais economistas da primeira metade do século XX, afirmava
que crises eram essencialmente momentos de ruptura entre um velho e um novo mundo, o
que pode ser claramente observado no momento atual. Estamos efetivamente no centro de
uma transição, uma mudança de uma época que surgiu com a Revolução Industrial e está
chegando ao seu esgotamento, para o surgimento de uma nova era pós-digital com novos
conceitos, desde o que tange a valores humanos até mesmo a criação de novas empresas e
medição de sucesso.
O modelo econômico de desenvolvimento atual é
baseado no alto consumo interno, o que foi fomentado
pelo farto crédito e consumo em massa. Esse modelo
está chegando a um esgotamento e o fomento ao
consumismo não conseguirá ser por muitos anos motor
da economia global. Hoje acompanhamos uma crise
ecológica sem precedentes, as matérias primas e
energias utilizadas pela indústria são esgotáveis e, com
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o aumento crescente da população e a facilidade de acesso ao crédito de pessoas de baixa


renda, tais recursos foram cada vez mais utilizados e, consequentemente, estão cada vez mais
escassos. Por sua vez, a escassez vem tornando os preços de matérias primas e energias mais
altos, o que se reflete também no preço dos produtos e no endividamento crescente da
população e dos países. Vivemos hoje uma crise ecológica em um mundo que claramente não
suporta mais os altos níveis de consumo, uma crise econômica em um país que passa pela
necessidade de diversificar sua economia e criar novos paradigmas, e uma crise política e social
que aumenta ainda mais a incredulidade da população.

Didier Sornette, professor na cadeira de riscos empresariais do ETH Zurich, introduziu a hipótese
de bolhas sociais para prever os momentos de crise econômica. Sua teoria está relacionada à
teoria da economista Carlota Perez, que afirma que bolhas são antecedentes de épocas de
mudança de paradigmas tecnológico, econômico e social. Crises são momentos de transição,
que se refletem no declínio de empresas maduras, como bem previsto por John Chambers, CEO
da Cisco. Chambers afirma que 40% das empresas vão falir nos próximos anos. Mas tal mudança
também se reflete em oportunidade para criação de novas empresas em sintonia com esse novo
mundo que está emergindo. O que fazer para que a crise se reflita em oportunidades?
CAPÍTULO 2
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QUANDO A CRISE VIRA OPORTUNIDADE


O Barão de Rothschild, banqueiro investidor britânico, afirma que o melhor momento para
ganhar dinheiro é quando o sangue corre nas ruas. Mas para transformar a crise em
oportunidade é necessário entender que momento de transição é este que estamos vivendo.
No capítulo anterior mencionamos o esgotamento do modelo econômico ancorado no
consumo. Mas, o que isso significa em termos práticos?

A Revolução Industrial do século XIX tornou


possível a produção mais rápida e barata,
permitindo que as empresas comercializassem
seus produtos em larga escala. Com objetivo de
obter lucros, as empresas tinham como foco a
eficiência, e a quantidade passou a se sobrepor
à qualidade.
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Na outra ponta, os consumidores precisavam comprar cada vez mais, pois o sucesso dessas
empresas também estava na quantidade de vendas e não na qualidade do que era
produzido, das relações criadas ou do impacto gerado. Com isso surgiram os conceitos de
posse e foram perpetuados valores como “eu sou o que eu tenho” por meio da publicidade.
Ainda dentro da visão industrial os produtos passaram a ser criados sob a lógica de
obsolescência programada, na qual se pressupõe que nada era feito para durar, e o
consumismo foi perpetuado das classes mais nobres às mais baixas. Com baixo foco em
qualidade, e grande necessidade de consumir em quantidade, as empresas não se
preocupavam com o que estava sendo produzido, com os impactos ambientais e sociais de
suas ações, e os consumidores tampouco.

A Revolução Digital, a ascenção de tecnologias como a internet e a


democratização da informação vieram acompanhadas de uma
nova consciência. Pouco a pouco as pessoas estão começando a
entender o limite físico, social, ecológico e econômico do modelo
antigo. Sobreviver à crise em muitos casos significa criar novos
caminhos possíveis, antagônicos ao modelo que se originou na
Revolução Industrial, e que assim extrapolam conceitos como
posse, escassez, consumo em massa, obsolescência programada
e centralização.
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UMA NOVA ECONOMIA


ECONOMIA COMPARTILHADA
A economia compartilhada trabalha acima de tudo com uma inversão de valores
perpetuados pela antiga economia ao abandonar o conceito de posse. Ela parte do
princípio de que as pessoas não precisam “ter” bens e serviços, e sim vivenciar
experiências que aqueles bens são capazes de proporcionar. Desse modo, ela
estimula que elas compartilhem, o que é facilitado e potencializado pelas conexões
que a internet é capaz de proporcionar.

EXEMPLOS
A Air Bnb, empresa que conecta viajantes a moradores locais que possuem
acomodações disponíveis fomentando o compartilhamento de espaços, é um dos
exemplos mais conhecidos de economia compartilhada. Mas hoje já existem
negócios que fomentam o compartilhamento de carros como a empresa norte
americana Avis Budget Group, de bicicletas como a JCDecaux que já atua em
mais de 10 países, de espaços de trabalho como a Regus e até mesmo de
recursos financeiros como a Zopa.
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DESCENTRALIZAÇÃO
A descentralização é uma consequência natural da era pós digital. A internet permite que as
pessoas se conectem umas as outras em redes descentralizadas, sem a necessidade de
agentes intermediários. O que muitos ainda não entenderam é o impacto que a
descentralização pode ter na geração de negócios. Hoje as pessoas já podem criar negócios
em rede, colaborativamente, e assim gerar benefícios que interessam a um grande número
de pessoas. É possível, ainda, criar negócios que tenham como base o trabalho autonômo de
outras pessoas, uma nova necessidade, visto que a crise vem gerando desemprego em
massa e é uma tendência a busca de autonomia dos trabalhadores.

EXEMPLOS
A Wikipedia é um exemplo de produto advindo da economia colaborativa e descentralizada,
uma vez que pessoas do mundo inteiro colaboram para criação de conteúdo em formato de
rede. Assim como a enciclopédia colaborativa, hoje já existem wikipraças
e outros “wiki's” que possibilitam a criação em rede. Além disso,
negócios como o próprio Air Bnb já citado nesse material, ou o
Uber, aplicativo de transporte que tem como base o princípio
de “carona remumerada” e utiliza uma base de motoristas
autonômos, também fomentam a descentralização.
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NEGÓCIOS QUE RESOLVEM PROBLEMAS SOCIAIS


Problemas sociais básicos como saúde, educação, ou até mesmo o envelhecimento da
população são latentes na nossa sociedade. Uma vez que os governos já se mostraram
ineficientes para resolver tais problemas, empresas que criam produtos e serviços que
atendem essas necessidades básicas terão cada vez mais espaço nos próximos anos. Além
disso, mesmo em tempos de crise, essa é uma necessidade prioritária e emergencial.

EXEMPLOS
Empresas como a Care@Home que criou
sensores inteligentes para monitorar idosos, a
Owlet baby care que criou uma meia que
monitora batimentos cardíacos, temperatura
corporal e padrões de respiração de recém-
nascidos ou a Geekie, plataforma de ensino
adaptativo, resolvem problemas latentes de
muitas pessoas e por isso tendem a crescer nos
próximos anos.
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NOVAS FRENTES DE MATÉRIA PRIMA


Como já foi falado neste e-book, as matérias primas e energias utilizadas na indústria são
esgotáveis, estão cada vez mais escassas e mais caras. Hoje ainda utiliza-se o ferro, o aço,
minerais, plásticos, algodão, e energias geradas com base em petróleo e hidrelétricas na
maior parte do país. A busca por materiais e energias alternativas, ou por soluções que
promovam a economia, será crescente nos próximos anos, tanto por uma necessidade
financeira, quanto ecológica.

EXEMPLOS
A Tesla, empresa mais conhecida por seus carros elétricos, desenvolveu um conjunto de
baterias que fornecem energia limpa captada através de painéis solares para residências e
escritórios, e o plano do seu fundador Elon Musk é mudar radicalmente a forma como
produzimos e consumimos energia.
CAPÍTULO 3
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AUMENTANDO
SUAS CAPACIDADES
EM TEMPOS DE CRISE

No último capítulo apresentamos algumas tendências e


negócios que provavelmente não só sobreviverão à crise,
como deverão crescer nos próximos anos, em substituição a
sistemas e negócios em declínio. Mas não basta ter um
panorama dessas tendências, é preciso entender como você
pode colocá-las em prática. Por isso reunimos algumas
dicas para que qualquer um seja capaz de aumentar suas
capacidades em tempos de crise.
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DICA 1: SEJA UM EMPREENDEDOR


Previsões apontam que em 2030 existirá uma empresa para cada 10
pessoas, o que significa que a chance de você precisar empreender para
obter sucesso é cada vez maior. Soma-se a isso o fato de que o número
de pessoas trabalhando de modo autonômo é cada vez maior (nos
Estados Unidos 34% da população já trabalha de forma autonôma) e
empreender não significa necessariamente abrir uma nova empresa.
Isso significa que é interessante que você aprenda a ser um
empreendedor sendo ou não um empresário, o que implica
minimamente aprender a ter visão de negócios e administração, noções
de finanças e conhecimentos sobre gestão de tempo e pessoas.

COMO?
Procure especializações e cursos, prioritariamente aqueles que poupam o seu tempo. Hoje já
existe uma oferta considerável de cursos e materiais online, capazes de proporcionar
conhecimento, sem a necessidade de você parar sua vida para se dedicar. Outra dica é conversar
com empreendedores. Pessoas que já percorreram o caminho poderão ajudar como mentores
na sua jornada.
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DICA 2: DIVERSIFIQUE SEUS CONHECIMENTOS


Previsões apontam que os jovens prestando vestibular hoje terão em torno de 5 carreiras ao
longo da vida, o que significa que a tendência é que as pessoas tenham carreiras cada vez
menos lineares. Hoje não basta ser muito bom em uma área, é preciso somar conhecimentos
para ser capaz de sobreviver às mudanças de paradigma que acompanhamos.

COMO?
Assim como apontado no item acima,
recomendamos que você procure
especializações e cursos rápidos, uma vez
que você precisa obter conhecimentos
diversos. Lembre-se também de se dedicar a
leituras e fontes alternativas de
conhecimento, como blogs, palestras e
vídeos online.
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DICA 3: UTILIZE SUA CRIATIVIDADE


Segundo Dostoievski criatividade nada mais é que a capacidade de adaptação que o ser
humano tem desde que virou homo sapiens. Ou seja, criativos somos todos, e a raiz da
criatividade está em desenvolver raciocínios que aumentem nossa capacidade de nos
adaptarmos. Com mudanças profundas acontecendo na nossa sociedade, criar novas formas
de agir, pensar, ter sucesso e viver experiências está na base da sobrevivência a essa crise.

COMO?
Cada pessoa pode criar um processo que se sente mais
confortável, e hoje já existem várias metodologias para tornar
o processo criativo mais fácil e eficiente. Design Thinking,
metodologias agéis, técnicas de brainstorm e tantas outras
ferramentas estão disponíveis através de cursos e leituras. O
mais importante é entender que criatividade é prática e é
possível sim criar processos para ser mais criativo.
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DICA 4: AUTOCONHECIMENTO
Sim, autoconhecimento é uma necessidade cada vez mais determinante para o sucesso
profissional. É fundamental que você conheça suas principais habilidades e, dentre todos os
problemas latentes do mundo e tendências de negócios, aqueles nos quais você pode
empregar suas habilidades com mais chance de sucesso. É preciso que você conheça suas
limitações, para que se cerque de pessoas complementares, e aprenda novos
comportamentos e conhecimentos que irão extrapolar suas dificuldades.

COMO?
Não existe fórmula pronta para se conhecer melhor. Existe
treino, silêncio e reflexão. Se dedique a responder
perguntas sobre si mesmo como: O que eu sei fazer muito
bem? Quais problemas do mundo REALMENTE me tocam e
que eu julgo ser capaz de contribuir para resolver? Quais
são minhas principais limitações físicas, funcionais e
emocionais?
Sobreviver à crise econômica pode
significar quebrar paradigmas, pensar
diferente, aumentar suas capacidades e
criar coisas novas.

VOCÊ ESTÁ PREPARADO?


A AVM é credenciada pelo Ministério da Educação - MEC para a oferta de cursos superiores a
distância por meio da Portaria 1.663 de 06 de outubro de 2006. Desenvolveu o maior programa
de pós-graduação a distância do país, com mais de 350 cursos em 35 áreas do conhecimento,
por meio do qual já especializou mais de 60.000 profissionais em todo o Brasil. Está presente em
15 capitais e em todos os estados brasileiros, seja em unidades e filiais próprias, seja em parceria
com instituições e empresas locais. Possui nota 5 no ENADE (Exame Nacional de Desempenho
de Estudantes) e nota 4 no IGC (índice Geral de Cursos), ambos apurados pelo MEC. Das mais de
2.500 instituições de ensino superior do Brasil, ocupa a posição de nº 27 no ranking da revista
Exame de 2011.

Entendendo a educação a distância como uma alternativa de ensino-aprendizagem, está


amparada por uma equipe de docentes especializados que têm investido com competência na
implementação de cursos de pós-graduação a distância de qualidade, formando e
especializando, assim, profissionais de todos os segmentos e colaborando para o crescimento
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