O Cantinho do 1º Ciclo

P16

Nº1 Dezembro ‘09 1 Ctx

Entrevista Exclusiva: Dr. Paulo Caldas

Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo P8 Comemoração do
Dia da Alimentação
Os alunos da EB1 nº1 do
Cartaxo aprenderam os
truques para uma alimenta-
ção saudável, conheceram
o Ataque de Melgamor
e ainda provaram arroz
doce!
P04

Como fazer uma

criança feliz
Entrevistas com uma
Psicóloga e uma Educa-
dora de Infância.
P13

Olimpíadas da
Matemática
Dezenas de alunos partici-
param na primeira elimi-
Cientistas no 1º Ciclo Solidariedade no Halloween natória das Olimpíadas
Cartaxo Portuguesas da Matemáti-
No meio da grave crise ca.
económico–financeira que P03
o país atravessa, os jovens
jornalistas do Cartaxinho
Alunos do 4º ano realizam visitaram as principais ins-
actividades experimentais tituições responsáveis pela
de Ciências Naturais e Ci- ajuda aos mais necessita-
ências Físico-químicas. dos.
P04 P12

O Natal pelo Mundo

P14 P07
02
Editorial
Professor Jorge Tavares,
Director do Agrupamento
Marcelino Mesquita
Olá amigos!
Quando sair esta primeira edição
do Jornal “O Cartaxinho”, já o 1º
período está a acabar. Foi um período
lectivo marcado pelas expectativas
criadas à volta de dois acontecimentos
que se esperava fossem marcantes
neste ano lectivo de 09/10. Um,
inevitavelmente, era o da Gripe A e
outro o da Avaliação Externa a que
o Agrupamento ia estar sujeito neste
ano lectivo. Relativamente ao primeiro,
graças à intervenção dos docentes,
dos não-docentes e da consciência de
alunos e encarregados de educação,
até ao momento não atingiu valores
preocupantes e a pandemia da Gripe A
no Agrupamento Marcelino Mesquita
não tem assustado.
No que concerne à Avaliação
Externa, avaliação a que todas as
escolas/agrupamentos são sujeitas
periodicamente, esta aconteceu no
final do mês de Novembro, mas os
resultados só se saberão lá para meados
do 2º período. Independentemente dos
resultados que viermos a conseguir, o
nosso Agrupamento já demonstrou
aquilo que é capaz de fazer.
Um Agrupamento que aposta num
ambiente saudável de camaradagem,
de cooperação e empreendedorismo;
um Agrupamento que apostou na
recuperação dos seus edifícios escolares;
o nosso agrupamento
no alargamento da sua oferta educativa
– actividades experimentais para os
alunos do 4º ano de escolaridade, duas
turmas de currículo alternativo para o
2º ciclo de escolaridade, uma turma
PIEF e outra PETI – empresa; numa
turma de educação de Formação de
Adultos (EFA), numa sala de apoio a
alunos com multideficiência; na página
Moodle como veículo de transmissão
de informações e de aprendizagem;
nos resultados académicos – Provas de
Aferição e Exames Nacionais acima
da média nacional - nos resultados
desportivos (campeões distritais no
atletismo e no futsal); em espectáculos
nas escolas e no Centro Cultural do
Cartaxo; nas articulações horizontais e
verticais, nas coordenações de ano; nas
coordenações das Áreas Curriculares
Não disciplinares e nos Projectos
como chave do sucesso educativo;
na BE-CRE, em articulação com os
Grupos disciplinares; nos Quadros de
Valor e nos Quadros de Excelência
como reforço da auto-estima; na
riqueza da diversidade do Plano
Anual de Actividades; no Projecto
Educativo participado; na articulação
sequencial com as escolas vizinhas; na
valorização da Educação Sexual; na
aposta nas parcerias e nos protocolos;
na cooperação estratégica entre
docentes e não-docentes; na ligação
umbilical com a Associação de Pais
e com a Autarquia; na divulgação
dos resultados na Rádio Cartaxo e
no Jornal “ O Povo do Cartaxo”; na
Rádio Escola e na Assembleia de
Delegados de Turma; nos Clubes
e no Jornal do Agrupamento; nas
AEC articuladas com os respectivos
Grupos Disciplinares; nos Planos
de Evacuação; na construção de um
anuário de actividades; na valorização
do nosso património histórico com
a digitalização de fotos e de recortes
jornalísticos a nosso respeito; em
Planos de Formação a docentes e não-
docentes como resposta aos desafios e
aos anseios destes agentes educativos;
enfim, numa infinidade de actividades,
um Agrupamento destes, dizíamos,
tem-nos enchido de orgulho e de
satisfação e colocado numa posição
o nosso agrupamento 03
cimeira que é preciso cimentar. Do
Jornal “O Cartaxinho”todos esperamos
que faça eco de tudo aquilo que vamos
Olimpíadas Portuguesas de Matemática
Alunos do 3º ciclo participam neste desafio
fazendo no Agrupamento, que seja um
espaço de conhecimento, de cultura,
de diversão e de debate. Queremos um
Jornal moderno, com ideias novas e • Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias
cheio de atitude. A todos aqueles que
estão mais directamente envolvidos na
elaboração do Jornal e a todos os seus Decorreu no dia 11 de Novem-
leitores, votos que contribuam para bro, pelas 15 horas e 30 minutos, no
tornar o Agrupamento Marcelino refeitório da EB 2,3 José Tagarro, a
Mesquita como símbolo de missão, de primeira eliminatória das Olimpíadas
sucesso e de afirmação colectiva. Portuguesas de Matemática. Esta ac-
tividade é uma iniciativa da Sociedade
Portuguesa de Matemática organiza-
da pelo grupo disciplinar de Matemá-
Ficha Técnica tica do 3º ciclo, e tem como principais
objectivos incentivar e desenvolver o
Coordenação: gosto pela Matemática e detectar vo-
Prof. Isabel Morango cações precoces nesta área do saber.
Prof. Jorge Garradas As Olimpíadas dividem-se em três
fases: a primeria realizou-se dentro Nesta primeira fase, ao entrevis- maioria dos participantes até tinha al-
de cada escola participante, a segunda
Concepção Gráfica: tarmos alguns alunos, ficámos a saber gumas esperanças de passar à segunda
alarga-se a nível distrital e a terceira a
Prof. Jorge Garradas que muitos participaram por gosta- eliminatória, no final da prova já nem
nível nacional.
rem de desafios. Se no início a grande todos partilhavam desta opinião.
Professores Colaboradores:
Alcínia Figueiredo Sandra Lopes
Argentina Tavares Sílvia Felicíssimo
Ermelinda Nogueira Telma Peixinho
Isabel Santos Teresa Pedro
Joaquim Sousa
Impressão:
Novagráfica do Cartaxo, Lda.
Estrada Nacional 3, km 25,750 -Apart. 131
1ª eliminatória
2071-909 Cartaxo
11 de Novembro de 2009.
2ª eliminatória
Tiragem:
13 de Janeiro de 2010.
500 exemplares
Final Nacional
25 a 28 de Março
Propriedade:
Escola EB 2º e 3º Ciclos de Santa
EB 2, 3 José Tagarro
Clara - Évora.
Rua Marcelino Mesquita
2070-102 Cartaxo
Telefone: 243700310
Participantes da
Apoio
EB 2,3 José Tagarro
Pré - Olimpíadas: 13
Categoria A: 25
http://www.spm.pt/olimpiadas/
04
Actividades Experimentais no 1º Ciclo
Alunos mais pequenos do Agrupamento tomam
contacto com o mundo das Ciências
• Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias
No ano lectivo de 2009/2010, o
Agrupamento Marcelino Mesquita
iniciou o projecto de actividades ex-
perimentais no 1º ciclo. Este projecto
consiste em levar até às escolas do 1º
ciclo a dinâmica das aulas de ciências
experimentais.
Todos os alunos que se encontram
a frequentar o 4º ano de escolarida-
de assistem, uma vez por semana, a
45 minutos de aulas experimentais de
Ciências Naturais e Ciências Físico-
químicas, leccionadas pela professora
Telma Peixinho.
Este projecto nasceu a partir da
disciplina de Estudo do Meio, na qual
está previsto que os alunos realizem
experiências em função da matéria
leccionada. Neste sentido, surgiu a ne-
cessidade de contactar uma professora
dos 2º e 3º ciclos que se deslocasse às
escolas dos mais pequenos.
Com esta iniciativa procura-se de-
senvolver nos alunos do 1º ciclo um
sentido crítico que lhes permita in-
terrogarem-se sobre alguns aconteci-
mentos da Natureza.
As professoras envolvidas adoram
o nosso agrupamento
a ideia, os alunos já desenvolveram
A opinião dos alunos
novas competências, e os pais gostam
muito da forma como os mais peque- A equipa do Cartaxinho tam-
nos estão entusiasmados.
Com estas actividades melhora-se
a qualidade de aprendizagem dos alu-
bém quis saber qual a opinião dos
alunos envolvidos neste projecto e
nos, preparando-os para o novo ciclo
para isso fomos falar com um dos
alunos da turma do 4º Ano da es-
que se avizinha.
cola E B nº 3 do Cartaxo.
O Afonso Morango ajudou –
nos a compreender melhor a im-
portância de actividades experi-
mentais na sala de aula. Todas as
semanas, este e outros alunos es-
peram ansiosamente o dia em que
a Professora Telma se dirige à sua
sala para como eles realizar as mais
variadas experiências.
O Afonso ficou muito entu-
siasmado quando observou sangue
humano, células vegetais e animais
no microscópio. Aprofundou os
conhecimentos sobre o Ciclo da
Água e, pela primeira vez, fez ex-
periências com electricidade.
O Afonso gosta muito de des-
cobrir as coisas por ele próprio e
gosta que a professora Cristina e
a professora Telma lhe ensinem
muito sobre Ciências.
É com estas aulas que os mais
pequenos aprendem a explorar e
compreender melhor o mundo que
os rodeia.
o nosso agrupamento 07
05
Experimenta em casa...
Comemoração
do Dia da
Material:
Alimentação
Sabes encher
Garrafa balões sem
soprar? Então eu
Balão vou ensinar-te!
16 de Outubro
Elástico
Copo de medida “Nós somos o que comemos”.
Vinagre A falta de alguns nutrientes pode
Bicarbonato de só- provocar graves doenças. Todavia, na
dio (fermento) sociedade moderna, o excesso de co-
mida, de bebida e a vida sedentária
Procedimento: conduz à obesidade, enche as artérias
1. Medir 100ml de vinagre e co- de gordura, provoca hipertensão, do-
locar na garrafa. enças do coração, diabetes e até certos
2. Colocar 3 colheres de bicarbo- tipos de cancros. Portanto, saber co-
nato de sódio no balão. mer é saber viver!
3. Com o auxílio de um elástico, Na EB1 nº 1 do Cartaxo comemo-
prender o balão ao gargalo da gar- rou-se o Dia da Alimentação. Os alu-
rafa, sem derramar o bicarbonato nos visitaram a BE-CRE, onde viram
dentro do copo. (ver imagem) uma apresentação em PowerPoint so-
4. Fazer com que o bicarbonato bre como fazer uma boa alimentação
de sódio que está no balão caia
para dentro da garrafa.
5. Observar, sem agitar a garrafa.
Clube das
Ciências
Participa e inscreve-te
e ainda o filme de animação oferecido
pela Mimosa, intitulado O Ataque de
Melgamor. O entusiasmo dos alunos
foi muito, tendo resultado desta acti-
vidade desenhos muito engraçados.
Para terminar, as assistentes opera-
tivas fizeram arroz doce que foi dis-
tribuído por todos. Estava uma verda-
deira delícia!
O Clube das Ciências é um
espaço em que se pretende que os
alunos desenvolvam actividades
extracurriculares, com principal
ênfase numa componente científica
experimental.
06 o nosso agrupamento o nosso agrupamento 07

Pão por Deus Halloween

Acção solidária na nossa Escola A Escola brinca ao dia das bruxas

• Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias

• Marta Melo, Patrícia Dias, Débora Dias

O Pão por Deus foi uma iniciativa

dos professores de Educação Moral e
Religiosa Católica que decorreu de 19
de Outubro a 6 de Novembro, na Es-
cola José Tagarro.
Este projecto consistiu numa acção
Feira de
de solidariedade na medida em que se
solicitou a todos os alunos e professo- Minerais e
res do agrupamento Marcelino Mes-
quita a colaboração para a doação de
alimentos. Todos os bens alimentares
Fósseis
recolhidos serão canalizados para as
Semana de 9 a 16 de
famílias mais carenciadas do Cartaxo. Dezembro
As professoras que puseram em
prática este projecto estão bastante sa- HORÁRIO:
os alunos deste Agrupamento enten- ca de muitas privações para algumas
tisfeitas com os resultados; parece que Segunda, Terça, Quinta e Sexta:
deram o espírito de ajuda nesta épo- famílias.
9h/17h
Quarta:
Unidade Especializada de Educação Especial 9h/13:30h
Um apoio imprescindível para alunos com necessidades educativas de carácter permanente
LOCAL: Esta festa remonta às tradições dos dia com uma exposição de trabalhos
As unidades de maior autonomia e Sala de Ping-Pong da EB 2, 3 José Ta- povos que habitaram a Gália e as Ilhas realizados pelos alunos dos 2º e 3º
apoio especiali- independência do garro ciclos, na disciplina de Inglês. Estes
Britânicas entre 600 aC e 800.
zado, constituem aluno. professores trabalharam com os seus
Originalmente, o Halloween não
uma resposta edu- • E s t a b e l e c e r alunos na execução de projectos com
cativa especializada parcerias entre Es- Faça aqui as suas tinha relação com as bruxas, o objectivo
era prestar culto aos mortos. Hoje materiais diversos.
desenvolvida em cola, Autarquias, compras de Natal em dia, esta data tem um significado O resultado foi muito positivo.,
escolas ou agrupa- Centro de Saúde, pelo que os nossos alunos estão de
diferente.
mentos de escolas comunidade e ou- parabéns!
A nossa escola comemorou este
que concentram tras instituições,
grupos de alunos com vista, entre
que manifestem
Necessidades Edu-
outros, à execução
de programas espe-
Actividades na BE/CRE
cativas Especiais cíficos de activida-
de carácter perma- des físicas, natação,
nente. desporto adaptado,
A unidade do eficazes que lhes permitam terapias específicas
nosso Agrupamento tem como objec- maximizar as suas oportuni- e ainda de forma a desenvol-
tivos: dades educativas e ter sucesso ver estratégias de integração na
• Proporcionar aos alunos com nos contextos educativos que sociedade e de transição para a
NEE de carácter permanente frequentam. vida pós-escolar.
experiências que vão ao encon- • Flexibilizar e adequar o currí-
tro das suas necessidades espe- culo às necessidades e capaci- A apoiar os alunos da Unidade
cíficas. dades de cada aluno. estão, neste momento, três docentes
• Disponibilizar aos alunos com • Desenvolver um trabalho de do quadro de Educação Especial, um
NEE de carácter permanente parceria entre escola/família, Psicólogo e um Assistente Operacio-
serviços e apoios específicos no estabelecimento de objecti- nal da Escola.
vos comuns, conducentes a uma
08
Entrevista ao Presidente
da Câmara Municipal do
Cartaxo
Dr. Paulo Caldas
• Ricardo Pereira e Romeu Branco
No passado dia 11 de Outubro, a
população portuguesa escolheu os seus
autarcas. Os cartaxeiros reelegeram o Dr.
Paulo Caldas e a equipa do Cartaxinho
P.C. Ctx: Ora bem, eu tenho um
pensou ser oportuno entrevistar o
mandato desde 1988 até 2001
nosso Presidente da Câmara que, muito
como vereador e depois como
gentilmente, nos recebeu nos Paços do
Vice-presidente da Câmara –
Concelho.
2000-2001. Depois tive o meu
Jornal Cartaxinho: Quando é que segundo mandato e agora estou
começou a demonstrar interesse pela no meu terceiro mandato até
política? 2009.
Presidente da Câmara do Cartaxo:
Quando entrei para a Faculdade em
1990. Desde muito cedo que comecei a
ter uma actividade associativa, participava
bastante na defesa da luta dos alunos
na questão das propinas; aquele tipo
de iniciativas que iam para além das
disciplinas, sentia aquele “sangue na
guelra” para participar mais activamente na
discussão dos assuntos que diziam respeito
aos alunos. Fiz parte da associação de
estudantes, do Conselho Pedagógico; não
era politica propriamente dita, também
não estava envolvido com nenhum
partido, nem com nenhuma estrutura
partidária, mas diria que foi nessa altura
que começou a “mexer aquele bichinho”
pela intervenção.
De forma directa, já estava a desenvolver
funções na área da banca internacional,
quando recebi um convite para fazer parte
das listas desta autarquia. Eu nasci em
Moçambique, mas esta é a minha terra,
estou aqui desde os dois anos, tenho cá a
minha família e, por isso, pensei em dar o
meu contributo. Desde aí a política, para
mim, tem sido sempre política autárquica.
Tem sido mais nesse espírito que eu tenho
vivido a política e acho que ser autarca é
diferente de ser político, por exemplo, da
Assembleia da República, ou político a
o nosso concelho
outros níveis. Privilegio sempre
a participação cívica, o ajudar as
pessoas. É muito complicado mas
também tem desafios.
J. Cart: Quantos mandatos tem
como Presidente da Câmara?
J. Cart: Quais foram os factores que
considera determinantes para voltar
a ganhar a Câmara Municipal do
Cartaxo?
P.C. Ctx: Penso que fazer politica é
uma forma diferente de desenvolvermos
o nosso trabalho. Toda a gente, e não
só os jovens, olham para os políticos
de uma forma muito negativa, pensam
que é para se servir e não para servir os
outros. Eu penso que numa autarquia
nós temos a possibilidade de fazer coisas,
mas, mais importante do que isso, numa
autarquia a política é julgada pelas pessoas
directamente, seja pelos jovens, seja pelos
menos jovens. Há uma proximidade e
O Dr. Paulo Caldas
é Presidente da
Câmara Municipal
do Cartaxo desde
2002
aqui não basta ser simpático e atencioso,
também é necessário dar provas; não basta
prometer, temos que cumprir. Eu diria que
esses são os principais factores que têm
permitido a minha reeleição. Claro que eu
também entrei aqui muito jovem e penso
que isso foi determinante; houve a ideia
de se poder fazer coisas e evoluir.
Ainda há muita coisa para fazer, mas
o Cartaxo, nos últimos dez anos, cresceu
e mudou. A confiança das pessoas é
muito importante e penso que a minha
permanência tem a ver com factos
concretos, só prometer já não leva a lado
nenhum. A minha reeleição com maiorias
absolutas permite estabilidade para fazer
cumprir aquilo que prometemos. Claro
que também tem de existir uma abertura
suficiente para ouvir as pessoas e estar
atento. Como Presidente, também tenho
ouvido muitas criticas, mas é preciso
distinguir se são só para destruir ou se
nos ajudam a melhorar o nosso trabalho.
Eu tenho procurado fazer sempre essa
distinção, e hoje já tenho a calma suficiente
para o fazer.
J. Cart: Qual a sua opinião sobre a
oposição no Cartaxo? Considera que esta
tem tido um papel crítico e construtivo
ou tem feito oposição por oposição?
P.C. Ctx: Eu sinto que a oposição ao
longo dos anos tem tido diferentes
comportamentos. Quando falo da
oposição, vou tentar falar genericamente
dos diferentes partidos. Não tenho a
opinião que a oposição seja toda má; há
pessoas boas, válidas e competentes no
PSD, na CDU e no Bloco de Esquerda
como também as há no próprio PS que
tem sido a força politica dominante
no Concelho. Ao longo dos anos, sinto
que houve contributos válidos e muito
positivos vindos de pessoas do PS e PSD
que desenvolveram funções tanto como
vereadores como na Assembleia Municipal
e nas Assembleias de Freguesia. Mas, sem
qualquer arrogância, penso que nós temos
criado a nossa própria alternativa a nós,
temos conseguido apresentar um projecto
global que leve as pessoas a confiar nesse
projecto para uma mudança, por exemplo,
em termos de emprego, que tem sido uma
preocupação das nossas politicas e que é
cada vez mais valorizado; em termos de
conquista de fundos comunitários.
Penso que a oposição não tem sido
capaz de apresentar esse tal projecto
global, não tem sabido ser uma alternativa,
não tem estado na linha da frente. As
pessoas quando vão votar, confiam, mas
para confiarem numa mudança, têm que
confiar não só nas pessoas que estão à
volta dessa mudança, mas também num
projecto.
Reafirmo que existem pessoas válidas
e competentes nas diferentes forças
partidárias e que no Partido Socialista
há pessoas que podiam contribuir muito
mais do que aquilo que têm feito. Talvez
o nosso concelho 09
seja por tudo isto que quando vão escolas, tem que ser feito um investimento
votar os cartaxeiros não tenham que virá dos fundos comunitários que nós
sentido necessidade de mudar. já fomos buscar. Para haver obras tem
que haver 80% do investimento a fundo
J. Cart: Quais são as principais
prioridades deste novo
perdido e as Câmaras não têm dinheiro
para esse tipo de investimento. A obra do
mandato?
parque subterrâneo custa 4,8 milhões de
P.C. Ctx: Vou apresentar três euros, que juntamente com a da Ribeira,
ou quatro prioridades que me são quase 5 milhões de euros. Uma escola
parecem muito importantes: nós vai custar 4,5 milhões de euros e nós já
temos que, de uma vez por todas, arranjámos 100% do financiamento. A
terminar com as linhas de água Câmara não tem orçamento próprio para
sujas, os maus cheiros; consolidar fazer estes investimentos, nem com o
o abastecimento de água a 100% dinheiro dos contribuintes locais, por isso
e tratar do saneamento básico. o dinheiro tem que vir de algum lado.
Já não podemos adiar mais estas Mas esta é outra das prioridades, ou
tarefas, temos que ir buscar os seja, completar o custo dos equipamentos
fundos comunitários necessários sociais ligados à infância, jovens e terceira
para concretizar essas obras; idade. Há algumas freguesias que ainda
construir as famosas ETARs precisam de alguns equipamentos sociais
ou estações de tratamento, mas e essa obra vai ser concretizada neste
também alguma rede que já está mandato.
velha tem que ser substituída. Nós temos a felicidade de ter no
Algumas localidades fora do Cartaxo um centro cívico e comunitário.
perímetro urbano e algumas freguesias, Aqui no centro, nós temos, para além da
como por exemplo Valada, têm que ter as parte institucional, uma artéria de comércio
condutas de saneamento modernizadas e e banca. Mas do ponto de vista do lazer é
colocadas no terreno. preciso criar equipamentos para satisfazer
Ao lado desta grande prioridade, há as pessoas e um parque de estacionamento
o problema das acessibilidades. Hoje, é muito importante. Vamos ter cerca de
felizmente, já estamos ligados à região. O 400 lugares de estacionamento e ao lado
Cartaxo tem estradas melhores, algumas temos um parque infantil que também
precisam de ser alcatroadas mas isso servirá de espaço para os mais idosos.
acontecerá dentro em breve. Mas já temos Vamos também ter uma zona de bares que
uma rede consolidada que nos liga à auto- irá fazer com que os nossos jovens deixem
estrada e à via-férrea. Mas a minha grande de ir para Lisboa, Almeirim ou Santarém
prioridade, nos próximos dois anos, é e acabarão por estar mais seguros no
atrair empresas fortalecendo as áreas Cartaxo. Eu prefiro que os nossos jovens
empresariais que são vitais para a nossa se divirtam no Concelho.
região, como é o caso da área empresarial
J. Cart: Quais os problemas do concelho
de Pontével, Lapa e Cruz do campo.
Uma terceira prioridade tem muito e principais áreas de intervenção?
a ver com o dia a dia das pessoas. Nós
precisamos de um pavilhão desportivo P.C. Ctx: Eu identificaria a questão dos
polivalente, uma vez que só dispomos esgotos e do tratamento; há também
do INATEL ou do ATENEU, apesar empresas que prevaricam. Como sabem,
de algumas freguesias terem o seu o nosso concelho tem muitas pecuárias e
próprio pavilhão. Depois há uma série se todos respeitarem as regras teremos um
de equipamentos sociais que têm que ser ambiente mais puro e evitaremos o mau
construídos, sobretudo aqueles ligados cheiro que muitas vezes sentimos na nossa
às crianças, aos jovens e velhos. Vai ser cidade. Há muito a fazer nesse campo. Por
construído um centro escolar em Pontével; outro lado, nós precisamos de indústria;
um outro no Cartaxo, uma vez que a José temos uma zona de serviços muito
Tagarro já não é suficiente e a escola boa, assim como o comércio e a banca,
secundária também precisa de obras. Nas praticamente todos os bancos estão aqui
na nossa praça. O sector agrícola também
10
está bem representado com as culturas de
cereais, tomate, arroz e milho, mas falta–
nos a indústria, sem que isso signifique
a indústria pesada; precisamos sim de
empresas que criem valor e emprego.
Claro que não queremos que o Cartaxo
cresça como crescem muitos concelhos à
volta de Lisboa – grandes prédios, bairros
degradados. O Cartaxo tem que ter
loteamentos com prédios de três andares
no máximo; não defendo a construção
em altura. Devem existir bairros com
zonas verdes, lojas de proximidade que
promovam a qualidade de vida das pessoas.
Temos que nos diferenciar dos outros
concelhos, crescer como deve ser, crescer
com qualidade.
No fim de 2011 as
escolas grandes ficam
prontas.
J. Cart: Para quando está prevista a nova
escola? O projecto contempla todos os
equipamentos escolares necessários?
P.C. Ctx: Claro que sim. Temos que
distinguir dois centros escolares: o de
Pontével que vai servir as freguesias a
Sul, desde Valada, Ereira, Vale da Pinta
e Pontével e um outro centro aqui no
Cartaxo. Será uma escola com 2º e 3º ciclos
e vai ter também jardim-de-infância e 1º
Ciclo; claro que terá um pavilhão. Prazos?
Obrigatoriamente, temos que começar
aquela escola em Janeiro de 2010 porque o
dinheiro que vem, 100% a fundo perdido,
vai–se embora se nós não iniciarmos a
obra em Janeiro. Estamos a falar de 4,5
milhões de Euros para a escola E B 2,3
e o polidesportivo e depois precisamos
de mais 2,3 milhões para a escola EB 1
e o jardim-de-infância. Estamos a falar
de uma obra que, seguramente, demorará
cerca de dois anos a ser concluída. Em
Pontével, também já foi lançado o concurso
e terá um timing muito semelhante de
concretização. No fim de 2011 as escolas
grandes ficam prontas.
J. Cart: Acha que os jovens se interessam
o suficiente por política?
o nosso concelho
P.C. Ctx: Acho que não se interessam
minimamente e encaram os políticos como
homens que não prestam e que querem o
poder pelo poder, o poder para se servirem
a eles e não os outros. Penso que não tem
havido, na generalidade, capacidade para
demonstrar que a política é para servir e
não para ser servido. Claro que há pessoas
que estão na política de uma forma nobre,
mas há outros que continuam a não encarar
a política como uma prestação pública,
uma forma de ajudar e servir. Na política
as pessoas estão para contribuir e ajudar
os outros e para conseguir isto há várias
coisas que podem ser feitas. Uma delas é
renovação, isto é, limitação de mandatos.
Não deve ser permitido ao político estar
mais de doze anos no cargo e estamos a
falar desde o Presidente da Câmara ao
deputado, ao governante, ao director da
empresa, de todos os cargos de nomeação
e eleição. A limitação de mandatos
deve ser uma realidade! A competência
nasceu para todos, é preciso agarrar as
oportunidades e há gente que pode dar
grandes contributos. Nos últimos 35 anos,
os políticos são sempre os mesmos, ou estão
como Secretários de Estado, Ministros ou
Autarcas, ou estão nas empresas públicas;
se não estão num lado, estão no outro. Eu
acho que isto não é bom, é preciso mudar
porque, efectivamente, há jovens com
potencial, há mudanças. Se isto acontecer,
os jovens passam a interessar–se mais. Por
outro lado há a questão da moralização da
política, do combate à corrupção.
Eu não faria mais do que este mandato,
mesmo que pudesse; felizmente não posso
porque a Lei limitou. Daqui por quatro
anos, vamos ter, seguramente, mais de
220 Presidentes de Câmara que vão ser
substituídos e eu acho que isto é muito
bom para o país. Não é mau haver outras
caras novas mesmo substituindo aqueles
autarcas que ajudam as terras. Se isto
acontecer, há possibilidade de mudança.
A juventude liga–se muito ao Bloco de
Esquerda por ser um partido novo, não está
no poder. Por outro lado, se os políticos
não se interessam pelos jovens, também
estes não se interessam pelos políticos, e
isso é um facto. Os políticos têm andado
distantes dos jovens, não se aproximam
dos jovens se não for para ir buscar votos.
Eu acho que é muito bom quando um
jovem gosta de política e agarra as coisas,
porque pode fazer coisas muito boas.
J. Cart: Quais os conselhos que daria a
um jovem que está a estudar?
P.C. Ctx: Se tiverem oportunidade de
conhecer um país estrangeiro, aproveitem!
Nem sempre é fácil por meios pessoais, mas
há muitos programas como o Erasmus,
Sócrates, Leonardo Da Vinci. Não estou
a aconselhar os jovens a fugir do país mas
sim de conhecer um mundo inteiro. Estive
um ano na Holanda e lá está, de facto, um
mundo inteiro.
Uma outra ideia muito importante tem
a ver com as vossas opções profissionais.
Escolham aquilo em que se sentem bem
a fazer, mesmo que vos pareça uma área
afastada do normal ou que possa não
ter grandes oportunidades de emprego
ou então muito ambiciosa; se vocês se
esforçarem e tiverem iniciativa, terão
sucesso. Também não há profissões mais
ou menos dignas: são precisos bons
engenheiros e advogados, como são
necessários bons calceteiros e pedreiros.
O que importa é canalizar as vossas
energias para serem os melhores porque
as oportunidades aparecem muito mais
para os melhores. Na vida, as melhores
oportunidades vão para os dois ou três
primeiros. As “cunhas” podem até dar
resultado mas o importante é a pessoa
valer, ser competente.
Depois não se esqueçam: enquanto
forem jovens, divirtam-se! Vou dizer–vos
algo que não é público (passará a sê–lo
agora): neste momento, estou a fazer o
doutoramento em Gestão, fui fazendo
pós-graduações mas procuro nunca deixar
de estudar. Há tempo para tudo: para a
pessoa se divertir e trabalhar; eu não deixei
de me divertir procurando ser o melhor
aluno possível. Tudo tem o seu tempo
e a pessoa não deve perder objectivos.
Tentem também fazer bons amigos, criar
grupos coesos. Os amigos fortalecem
laços, dão apoio diferente nas alturas mais
complicadas.
Aprendam, mas não esqueçam que
são jovens! Desejo–vos a maior sorte do
mundo!
E nós estamos muito gratos ao Senhor
Presidente da Câmara!
A Escola e o Centro de Saúde
Uma parceria imprescindível
• Liana Bogun e Joana Carvalho
A Lei nº 60 de 2009 estabelece o
regime de aplicação da Educação Sexual
em meio escolar. A equipa do “Cartaxinho”
quis compreender qual é o papel que o
Centro de Saúde do Cartaxo pode ter na
concretização deste Projecto e para isso
fomos conversar com uma das enfermeiras
deste Centro.
Claro que a intervenção de técnicos
especializados de saúde é fundamental
para esclarecer os nossos jovens e os
respectivos pais acerca de todas as dúvidas
no âmbito da sexualidade, protegendo os
jovens de todas as idades dos vários riscos
relacionados com a sexualidade.
As principais áreas de intervenção
dos Centros de Saúde junto das escolas
estão relacionadas com as necessidades
dos alunos de cada escola do nosso
concelho e, por isso, o trabalho conjunto
de todos os intervenientes no processo
educativo é muito importante. Professores
e encarregados de educação devem
colaborar em grupos de trabalho que
Música no Cartaxo
O Cartaxinho visitou a Sociedade Filarmónica ra. Para
e a Escola de Música do Cartaxo
• Adriana Oliveira e Mariana Mata
instrumentos imprescindíveis, é necessá-
rio possuir um lábio com características
A nova sede da Sociedade Filarmónica
Cartaxense foi inaugura-
da em 2001, na presença
do presidente Faustino
Mata, o qual gosta de di-
rigir esta sociedade por-
que, como nos disse “ …
vinte anos a dirigir é um
amor que se ganha à pró-
pria instituição…”.
A Sociedade Filarmó-
nica Cartaxense tem vá-
rias actividades, incluindo
a música. Aqui é possível
o nosso concelho
promovam a formação e educação dos
nossos jovens; o diagnóstico atempado
dos problemas e a criação de um clima de
abertura e de diálogo é fundamental para
evitar situações de risco.
A gravidez na adolescência é, sem
dúvida, um dos problemas que pode ser
minorado e mesmo erradicado se existir
informação suficiente. Ao contrário da
tendência do resto do país, no concelho
do Cartaxo, o número de adolescentes
grávidas não aumentou o que prova que os
esclarecimentos em termos de sexualidade
são eficazes. O Centro de Saúde é, de
facto, um importante parceiro e ao mesmo
tocar vários instrumen-
tos: de percussão, metal e
madei-
tocar
cada um
destes
próprias e um sistema res-
piratório adequado.
Também entrevistá-
mos alguns dos cinquenta
e oito alunos, os quais nos
disseram que já andavam
há algum tempo nesta
instituição e que gosta-
vam do maestro Acácio
Silva, do grupo de alunos
e do instrumento que to-
cavam.
A Escola de Música
do Cartaxo tem 53 alunos
11
tempo um recurso no âmbito da educação
sexual.
Muitas famílias enfrentam diariamente
outros problemas, a toxicodependência
é um deles. Claro que também nestas
situações a actuação dos técnicos de saúde
é muito importante quer no que concerne
ao encaminhamento de situações de
risco para centros de tratamento quer
trabalhando o problema dos consumos
junto dos alunos das nossas escolas. A
prevenção é sempre o melhor caminho.
Também abordamos o problema da
obesidade, não só nas crianças, como
também em relação aos adultos. É um
facto que muitas famílias necessitam
de aconselhamento em relação aos
hábitos alimentares das suas crianças
que são aliciadas a todo o momento
pela vastíssima e variadíssima oferta de
alimentos prejudiciais à saúde. Mais uma
vez o trabalho de formação junto das
crianças nas escolas é fundamental para
evitar situações de risco para a saúde.
Claro que não podíamos vir embora
sem saber algo sobre o problema que tem
inquietado toda a gente a gripe A. A
mensagem é de alguma tranquilidade desde
que respeitemos as medidas de prevenção
previstas nos planos de contingência
elaborados e postos em prática.
que, segundo o director da escola, o pro-
fessor José Luís, se mostram interessados
em aprender música.
Nesta escola é possível aprender a to-
car bateria, guitarra clássica e eléctrica,
baixo, trompete, flauta transversal, piano e
acordeão.
Neste momento a escola faz um espec-
táculo anual.
Por último, o professor José Luís disse
que adora dirigir a escola, de dar aulas de
música e de tocar trompete, e que não se
arrepende nada de ter escolhido isso para
fazer na sua vida.
12 o nosso concelho outras histórias 13

Solidariedade no Cartaxo Curiosidades Porque é que existem O que é “A Portuguesa”?

diferentes estações do
O Cartaxinho visita instituições de auxílio aos mais necessitados • Martim Nogueira, Diogo Canais, “A Portuguesa” é o hino nacional por-
Joana Amado e Catarina Carmo
ano? tuguês.
avaliação das necessidades e procura a responsável pelas Vicentinas femininas, É composto por três partes, cada uma
• Gisela Ventura, Rúben Duarte, A Terra precisa
Marta Ângelo e Mariana Luís
uma forma de ajudar directamente ou ficamos a saber que as Conferências Porque é que a água do de 24 hora para
delas com duas quadras, seguidas do re-
encaminhando os casos, por exemplo, de S. Vicente de Paulo existem, no frão. É tocada oficialmente em cerimó-
mar é salgada? girar uma vez em nias nacionais, civis e militares, onde é
Portugal, tal como muitos outros países, para o Centro de Saúde. No caso dos Cartaxo, há mais ou menos 50 anos e a
volta do próprio prestada homenagem à Pátria, à Bandeira
atravessa uma grave crise económico– desempregados, todas as acções são sua principal missão é ajudar as famílias
A Terra surgiu há mais de 4 milhões eixo. Ao mesmo Nacional ou ao Presidente da República.
financeira com as habituais implicações desencadeadas no sentido de promover a mais carenciadas, aquelas famílias
de anos de uma rocha incandescente. Na tempo, no espa- “A Portuguesa” foi
sociais – inflação, desemprego e miséria reinserção no mercado de trabalho e, por que necessitam de ajuda com bens
altura, já havia muito sal na Terra, princi- ço de um ano dá a designada como um
de muitas famílias. Claro que no Cartaxo isso, muitos casos são reencaminhados elementares como alimentos e vestuário.
palmente em forma de rocha. Através das volta ao Sol. O eixo da Terra dos símbolos na-
não há excepções e a equipa do nosso para o gabinete da UNIVA. A acção social Também esta instituição funciona de
chuvas, estas rochas de está um pouco inclinado. É por isso que cionais de Portugal
Jornal quis saber como é que estas famílias também se faz sentir na área da educação, forma organizada diagnosticando muito
sal foram-se desfa- durante meio ano, a metade norte da
nomeadamente no que concerne a ajudar bem as necessidades de cada um daqueles na Constituição de
podem ser ajudadas nestas situações. zendo e o sal escor- Terra tem mais sol do que a metade sul. 1976.
Percorremos as principais instituições e encaminhar as famílias das crianças que que se dirigem lá a solicitar ajuda. Em
rendo em forma de Assim, enquanto que na metade norte é
responsáveis pela ajuda aos mais frequentam as nossas escolas. cada ano são realizadas novas actividades
rios e riachos para Verão, é Inverno na metade sul. A seguir
necessitados: a Conferência de S. A Igreja sempre foi uma das como, por exemplo, campanhas de recolha
o mar. é ao contrário!
Vicente de Paulo, ligada à Igreja, e o instituições de solidariedade social, um de alimentos junto dos supermercados, Quais os maiores seres
Nas regiões onde É devido à inclinação do eixo da Terra
Departamento de Acção Social, que dos seus propósitos é a ajuda. No Cartaxo, ofertórios na Igreja.
a água do mar evapo- que se dão as Estações do Ano. voadores?
trabalha em uníssono com a Comissão de tal como em muitas outras localidades, Apesar de muito importante, este
rou, o sal ficou. Por isso, a quantidade de
Protecção de Crianças e Jovens em Risco. a Conferência de S. Vicente de Paulo serviço comunitário está pouco divulgado
sal é maior em regiões secas e quentes do Quem foram os irmãos Águias? Cegonhas? Morcegos gigan-
Aqui, a Dra. Vera Lúcia Lopes, Assistente trabalha em conjunto com a igreja no e precisa de voluntários jovens que estejam
que nas regiões onde chove e faz mais frio.
Social no Cartaxo, conversou connosco sentido de ser solidário com aqueles que dispostos a dispensar algum do seu tempo que construiram o tes? Não, os animais
Num litro de água do mar temos cerca de voadores maiores
e explicou–nos detalhadamente como mais precisam. À conversa com o Sr. para ajudar os outros, basta ser cristão, ter
35 gramas de sal. primeiro avião? do mundo exis-
funcionam os serviços de acção social no Padre Victor e a Sra. D. Maria de Jesus, mais de 15 anos e ser baptizado.
tiram na época
Foram os irmãos americanos Orville
vez mais exigente, os pais dos dinossauros.
Símbolo da
Sociedade Como fazer uma criança feliz tendem a modelar as suas
crianças aos seus desejos
e Wulbur Wright, com muita destreza e
paciência.
O pteranodon,
por exemplo, tinha
de A opinião de uma Psicóloga e de uma Educadora de Infância e fazem delas os protago- O primeiro avião
uma abertura de asas d e
São Vicente voou pela primei-
nistas do seu projecto de 8 metros. No entanto, não tinha quaisquer
de • Nádia Reis, Catarina Santos, Dezembro! ra vez em 1903,
Jéssica Cortinhas Todas as campanhas que publicitam os vida. Uma criança não precisa de muitas penas. Os seus ossos longos e estreitos
Paulo mesmo que por
mais variados brinquedos garantem que coisas para ser feliz e quando ela é infeliz abriam provavelmente uma pele voadora
apenas 13 segun-
eles são o remédio para a tristeza dos mais qualquer adulto deve estar devidamente e felpuda. O pteranodon alimentava-se de
nosso concelho. Apesar da mobilidade na Ninguém consegue imaginar o Natal dos!
atento para perceber essa realidade. Pais peixes que pescava á superfície da água.
constituição desta equipa de trabalho, têm sem as crianças. Esta época festiva é, por novos; só muitos brinquedos conseguem confiantes e equilibrados conseguem criar
No início, o
Morreu como todos os outros animais
sido desenvolvidos alguns projectos, ao excelência, um lugar dos mais novos. Tudo fazer uma criança feliz. Mas será mesmo condições para que os seus filhos cresçam
mundo não ligou nada e
da sua época.
longo do último ano, que vão minorando faz lembrar as crianças: as lojas cheias de assim? O que será preciso, realmente, para felizes.
este invento. Mas, em 1908, quando Or-
as graves dificuldades económicas de brinquedos; as canções de Natal e todas fazer uma criança feliz? ville conseguiu manter-se durante 62
O Cartaxinho entrevistou uma Psicó- A Dra. Helena Montez, explica que “ O que é a metamorfose?
algumas famílias. A maior parte destes aquelas campanhas onde se pede dinhei- independentemente de qualquer serviço
minutos no ar a cerca de 35 metros de
projectos envolve a recolha de donativos ro para ajudar uma instituição qualquer. loga e uma Educadora de Infância com altitude, dando 57 voltas, os Wrights tor-
de Psicologia aquilo que é importante e A metamorfose é o processo de mu-
que depois podem ser encaminhados para Até parece que só há crianças no mês de o intuito de perceber o que é que uma fundamental é que as crianças cresçam
naram-se famosos. O motor que coloca-
criança precisa par se sentir bem. dança que alguns animais sofrem durante
as Conferências que os gerem, mediante ram no avião tinha 12 cavalos, o que cor-
Para a Educadora Susy, a maio- com todos os direitos “; salienta ainda a o seu desenvolvimento e que implica uma
as necessidades de cada família. responde mais ou menos à força de uma
ria das crianças são felizes desde importância da ONU nesta matéria ao transformação, uma grande alteração da
O Departamento de Acção Social pequena mota!
que tenham tempo e espaço para criar a Declaração Universal dos Direitos forma.
funciona em coordenação com outros das Crianças; claro que isto não impede
serviços de forma a gerir os recursos explorar o seu próprio mundo; uma criança tem que sentir afecto, carinho
basta que tenham amor e atenção que muitas crianças ainda sejam vítimas
e evitar que cada família multiplique e segurança dos pais, tem que ser escutada
daqueles que as rodeiam. Não exis- de maus-tratos e agressões psicológicas.
os mesmos pedidos. Neste momento, quando precisa que alguém a escute.
te nenhuma fórmula mágica para Qualquer criança tem o direito a um
são os desempregados e idosos aqueles Claro que os pais devem fomentar
educar ou combater a tristeza numa desenvolvimento e crescimento harmo-
que recorrem mais a esta instituição e a na criança autonomia e responsabilidade
criança, cada uma delas é única e o nioso quer do ponto de vista físico, (uma
freguesia do Cartaxo é a mais preocupante. pois só dessa forma essas crianças tornar
segredo está em tentar encontrar o boa alimentação, descanso, cuidados de
Algumas famílias tomam a iniciativa de –se - ão adolescentes seguros de si e ca-
saúde), quer do ponto de vista psicológico
se dirigirem aos serviços, noutros casos Educadora Susy ponto de equilíbrio entre o adulto pazes de decidir entre o bem e o mal e aí
e a criança. Numa sociedade cada e afectivo. Os mimos nunca são demais,
é a própria Acção Social que faz uma serão felizes.
14
O Natal pelo Mundo
Como se comemora a quadra em diferentes
países e religiões
O natal cristão
O Natal é uma festa que comemo-
ra o nascimento de Jesus Cristo. Esta
homenagem ao Menino Jesus é a ce-
rimónia mais respeitável do calendá-
rio cristão. Tal evento desperta entre
os cristãos de todo o mundo os senti-
mento de solidariedade e fraternida-
de, instaura-se no planeta um clima de
amor e união.
Apesar de
hoje estar do-
minada pelo
materialismo,
esta festa pre-
serva um signi-
ficado especial,
como se realmente Jesus renascesse
entre nós. Mesmo os que não acredi-
tam em tal acontecimento deixam–se
contagiar por este clima de festa litúr-
gica.
O cortejo dos Reis Magos em
Espanha
Em Espanha, na véspera do dia de
reis, organiza-se a «cavalgada dos Reis
Magos» nas cidades, vilas e aldeia.
Três figurantes vestidos de Gaspar,
Baltazar e Belchior desfilam pela rua
com cavalos ou camelos e um séquito
de pajens.
Toda a gente leva os filhos a ver o
desfile e é uma alegria apanhar os ca-
ramelos que os pajens vão atirando às
mãos cheias para a assistência.
Nessa noite as crianças põem o sa-
patinho junto à porta de casa ou no
parapeito da janela para receberem
os presentes tra-
zidos pelos Reis
Magos.
Entre as famí-
lias espanholas a
troca de prendas
é na manhã de 6
de Janeiro.
outras histórias
Celebrações na Roménia
Na Roménia, as celebrações da
quadra natalícia iniciam-se a 6 de De-
zembro, dia de São Nicolau, e prolon-
gam-se até ao dia de São João (7 de
Janeiro), celebrando-se nesta altura as
festas de Inverno com canções (colin-
de, um tipo de janeiras), lendas e cos-
tumes ancestrais (Plugusorul, Steaua).
A tradição natalícia exige que se
enfeite a árvore de Natal (pinheiro
ou abeto), debaixo da qual o Pai Na-
tal deixará os presentes para as crian-
ças. Os meninos enfeitam o pinheiro
com bombons, velas, papel brilhante,
pequenas figuras representando anjos
ou o Pai Natal, estrelas e bolas viva-
mente coloridas
que, segundo a
doutrina cristã,
simbolizam os
frutos da árvore
da vida e trans-
mitem a ideia da
abundância. Os
sinos são outro
elemento decorativo específico a esta
quadra festiva, simbolizando o júbilo
associado à época.
A tradição manda que grupos de
crianças e adultos entoem cânticos de
Natal com letras e músicas alusivas aos
menino Jesus e aos Reis Magos, indo
de porta em porta, na esperança de
que as pessoas ofereçam frutos secos,
doces, laranjas ou nozes, dinheiro, etc.
O líder do grupo carrega uma grande
estrela de madeira (Steaua), decorada
com papel brilhante, sinos e laços co-
loridos, tendo no centro a imagem da
Sagrada Família.
sim uma festa bastante parecida: o
O natal islâmico ano-novo chinês. O ano novo chi-
nês é caracterizado normalmente por
Em todo o mundo, os muçulmanos danças de rua com dragões de papel,
celebram dois natais por ano. O Eid- vários balões, muita música e também
ul-fiter vem primeiro que o mês de uma possível troca de presentes.
Ramadão, e três meses depois celebra-
se o Eid-ul-azaha.
A população islâmica nesta data
compra novas roupas, sapatos e outros
objectos para a
cerimónia. Na
manhã de Na-
tal os homens
dirigem-se à Quem me compra uma árvore
mesquita e fa-
zem a oração
Pray namaz. De
seguida reúnem-se com toda a família
e cozinham vários pratos. Depois diri-
gem-se a casa uns dos outros e comem
os vários cozinhados.
Hana Matsuri - O Natal
Budista
Para os seguidores do Cristianismo
o Natal é celebrado em 25 de Dezem-
bro, dia que marca o nascimento de
Jesus Cristo. Para os budistas e segui-
dores das linhas orientais de religião,
neste dia comemora-se o nascimento
do primeiro Buda da história, Sidhar-
ta Gautama (Buda é um estado de es-
pírito iluminado). O nome que se dá a
essa festa é Hana Matsuri, que signi-
fica Festival das Flores.
Como parte do ritual de abertura,
é dado o banho de chá doce na ima-
gem do Pequeno
Buda, que está a
receber oferen-
das de flores em
troca de pedidos
de graças das
pessoas que vão
até ao local.
Além deste
ritual, os budistas podem experimen-
tar comidas típicas orientais e assistir a
demonstrações de yoga, tai-chi-chuan,
artes marciais e danças folclóricas.
E na China...
Na China não existe o Natal mas
Tenho capa , mas não sou estudante.
Tenho lombada, mas não sou boi.
Tenho folhas mas não sou planta
Que é que eu sou?
R: O livro
Adivinhas
Qual é coisa que quanto maior é me-
nos se vê?
R: A noite
O que é que existe duas vezes num
momento, uma vez num minuto e ne-
nhuma vez numa hora?
R: A letra M
Uma experiência de vida
partilhada
Eu sou a Ana Rute, tenho 15 anos
e sou do Cartaxo. Estou a ser acompa- problema de saúde contribuía para o tido,
nhada no hospital de Santarém desde
os 5 anos e tenho sido muito ajudada
pelos médicos. Foi naquele hospital
que me diagnosticaram o meu proble-
ma de saúde – sofro de hipotiroidis-
mo. O meu peso começou a aumentar
quando tinha 6 anos e quando cheguei
aos 15 anos, decidi começar apensar
na minha saúde.
Actualmente, penso que quando
crescemos, começamos a pensar mais
seriamente nos aspectos que preocu-
pam quem nos rodeia e gosta de nós.
Foi por esse motivo que tomei uma
decisão – perder peso o mais rapida-
mente possível. Nessa altura, pesava
quase 90 Kg. Nem queria acreditar no
meu peso quando a médica me colo-
cou sobre a balança!
outras histórias 15
Leilão de
Natal
Qual é coisa qual é ela, que entra pri- de Natal?
meiro e só depois abre a porta?
Olhem lá, isto já não se
R: A chave vende no Carnaval!
Luzes para enfeitar
de muitas cores,
Porque é que se coloca uma coleira com feitio de flores.
aos cães?
Quem me compra
R: Porque eles não a conseguem colocar sozinhos um presépio dourado,
brilhante, como o céu estrelado?
Sonhos e filhoses,
Verde foi o meu nascimento e de luto com cheirinho a nozes.
me vesti. Para dar luz ao mudo mil No topo da árvore uma estrela,
para ao longe podermos vê-la.
tormentos padeci?
Quem me compra um Pai Natal
R: A azeitona
todo em cristal?
Umas meias fora dos pés
penduradas nas chaminés.
E até um embrulho colorido
A médica explicou – me que o meu que pode ser um presente diver-
meu aumento de peso pelo que de-
e se não o for de certeza tem o
veria ter muitos cuidados com a ali-
meu coração
mentação. Pediu-me que elaborasse
pois este é o meu leilão!
uma lista pormenorizada dos alimen-
tos que ingeria diariamente nas várias
Ana Rita Caeiro / 5ºB
refeições. De seguida, o nutricionista
“elegeu” os alimentos permitidos e
proibidos. Estes últimos são os doces, hábitos alimentares, mas depois de
as gorduras e os molhos. Os permiti- algumas semanas, já não precisava de
dos, em pequenas proporções, são os ingerir tanta quantidade para me sen-
restantes, especialmente, os vegetais, tir satisfeita.
as frutas e os peixes. Agora, sinto–me realizada, pois
Quanto às bebidas, tenho de beber consegui, ao fim de apenas quatro
cerca de dois litros de água por dia; meses, perder doze quilos. Esta é a
essas é a parte que mais me custa pois recompensa dos meus pequenos sacri-
apesar de gostar de água, dois litros é fícios. Espero que esta minha experi-
demasiado! ência de vida sirva de incentivo e mo-
Quero dizer que, a principio, cus- tivação para quem se encontre numa
tou-me um pouco alterar os meus situação semelhante!
16 o cantinho do 1º ciclo

O Outono
Trabalho conjunto dos alunos do
Envia
3ºD da EB1 nº1 do Cartaxo
as tuas
notícias,
actividades
realizadas,
passatempos
ou sugestões
para
m
i l .co
a
@gm
in ho
x
a rta
lc
jorna

A Menina do Mar
Os alunos do 3ºD da EB1 nº1 do
Cartaxo foram convidados a
assistir ao bailado “A Meni-
na do Mar”, que teve como
protagonistas os alunos do
4º ano da Professora Isa-
bel Castro e...

...gostaram
muito!