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(...) porque o falso deixa de ser uma simples aparência, ou mesmo uma
mentira, para alcançar esta potência do devir que constitui as séries ou
os graus que ultrapassa os limites, opera metamorfoses e desenvolve
sobre todo o seu percurso um acto de lenda, de fabulação. Para além do
verdadeiro e do falso, o devir como potência do falso. (...) várias figuras
nesta potência do falso. (...) Ora é uma personagem que ultrapassa ela
mesmo o limite e que devém uma outra, sob um acto de fabulação que
o relaciona com um povo passado ou por vir: vimos por que paradoxo
este cinema se chamava “cinema-verdade” no momento em que punha
em questão qualquer modelo do verdadeiro; e há um duplo devir
sobreposto, porque o autor devém outro como a sua personagem (por
exemplo, em Perrault que toma a personagem como “intercessora”...)
. [«Conclusões», 351] »