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PERMANENTE
EM
SADE:
SINNIMOS
OU
DIFERENTES
CONCEPES?
Beatriz Francisco Farah
E-mail:biafarah@nates.ufjf.br
A questo da educao para profissionais de sade vem evoluindo ao longo do
tempo, se modificando e sendo acrescida de informaes de acordo com o momento
scio-econmico-poltico vivenciado no pas. Essa evoluo resultou em conceitos
diversos, que so utilizados, em determinados momentos, como sinnimos e, em
outros, como concepes diferentes: educao em servio, educao continuada e
educao permanente.
A necessidade de se organizar processos educativos para os profissionais de
sade sempre esteve presente no contexto dos servios de sade pblica, dada a
necessidade de se adequar esses profissionais para atuarem nesses servios, visto que
a formao desses era baseada em currculos predominantemente voltados para o
modelo biomdico, hospitalocntrico, centrado na doena, em detrimento da
promoo da sade e preveno das doenas.
Fazendo uma retrospectiva sobre a educao dos profissionais de sade,
constata-se que a preocupao de se fazer processos educativos para os recursos
humanos vem sendo referendada desde a III Conferncia Nacional de Sade 1963,
propondo essa atividade como forma de evitar o desajustamento tcnico em relao
aos recursos do meio e de evitar a fuga do tcnico do local de trabalho.
Nas Conferncias Nacionais de Sade subseqentes, incluindo a I e II
Conferncias Nacionais de Recursos Humanos para a Sade (1986 e 1993), registrouse a necessidade de educao continuada para os profissionais de sade em servios,
que, gradativamente, foi se tornando imprescindvel, como forma de tornar os
recursos humanos capazes de compreenderem as necessidades dos servios e os
problemas de sade da populao.
Os planejadores e estudiosos da sade tinham clareza, desde aquela poca, que
a conjuntura de formao profissional no estava orientada para a soluo dos
problemas de sade do pas, emanadas das novas exigncias coletivas, em virtude da
estrutura curricular pouco flexvel. A reformulao dos currculos e sua adequao ao
mercado de trabalho e s reais necessidades do pas era necessrio ser viabilizada.
Consideravam tambm necessria a participao dos rgos formadores de recursos
necessrias
para
desenvolvimento
do
indivduo,
tornando-o,
Referncias Bibliogrficas
BRASIL. Leis, Decretos, etc. Lei n 8080, de 19 de Setembro de 1990. Dispe
sobre as condies para promoo, proteo e recuperao de sade, a
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