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CO-INCINERAÇÃO NO ALGARVE

"Vamo-nos preparar para a luta contra a co-incineração no Algarve .

A Cimpor foi autorizada pela Câmara Municipal de Loulé a construir um armazém para
resíduos vegetais. Numa primeira fase dispõe-se a co-incinerar biomassa vegetal. Foi
assim que começou a co-incineração de resíduos industriais perigosos (RIP's) no Outão.

A Secil comprometeu-se em 12.01.2005 com a Comissão de Acompanhamento


Ambiental a rejeitar a co-incineração de RIP's e a incrementar a queima de resíduos
florestais. Hoje é o que nós sabemos estão a ser queimadas diariamente toneladas de
resíduos perigosos em plena Serra da Arrábida e a 5 km em linha recta do Centro de
Setúbal. Os Tribunais Central Administrativo Norte e Sul estão a tardar na decisão dos
recursos que apresentámos relativamente a Souselas e ao Outão nas respectivas acções
cautelares e assim vêmo-nos impossibilitados de impedir no imediato a continuidade da
queima de RIP's .

Desde o início da minha contestação ao processo da co-incineração ( meados de 2001 )


tive o cuidado de apresentar uma solução alternativa, pois entendo que não há
legitimidade para criticar sem se apresentar uma alternativa válida. Neste caso essa
solução denomina-se PIRÓLISE ou PLASMA PIROLÍTICO, que é um método de queima
de resíduos a altíssimas temperaturas em que não há libertação de gases para a
atmosfera pois são aproveitados para fins energéticos .

É por isso que não é um método perigoso para a saúde pública . Então porque é que
não se opta pela pirólise, perguntarão? Por uma razão simples : é que esse método de
tratamento de RIP’s não interessa às cimenteiras, uma vez que põe em causa o «
negócio da China » que é para elas a co-incineração de resíduos. As cimenteiras
ganham pelo combustível que poupam ( carvão e petcoque ) e pelo que ainda lhes
pagam os produtores de resíduos para os queimarem !!!

1ª nota : a co-incineração não é uma inevitabilidade, existindo métodos adequados para


o tratamento de resíduos que não são nocivos para a saúde pública e para o meio
ambiente."

Castanheira de Barros in http://coincineracao.com.sapo.pt/

Enviado por João Martins às 2.2.09


2 Comments:

• No desempenho da actividade política, seja ela no exercício de cargos


públicos ou no mero exercício do direito de cidadania, a demagogia e o
populismo barato, quase sempre, têm consequências imprevisíveis.
Pelo passado de luta que ostenta contra a política do Governo em matéria
de gestão de resíduos, o Dr Castanheira Barros tem o dever de não
contribuir para a inflexão do debate que o António Almeida está a
promover neste espaço para o campo da demagogia, sendo certo que os
louletanos conscientes gostariam de o ver tratado de uma forma séria.
Insinuar, como insinuou, que, ao licenciamento da co-incineração de
biomassa vegetal, se seguirá o licenciamento da co-incineração de RIPS’s
– resíduos industriais perigosos, como aconteceu no Outão, é, no mínimo,
o pior contributo para discutir este tema.
Não distinguir deliberadamente os resíduos não perigosos, como é o caso
da biomassa vegetal, dos resíduos industriais perigosos, exibindo-se num
estilo panfletário apenas as prováveis consequências da co-incineração
destes últimos, constitui um péssimo serviço a um debate que se quer
sério e esclarecido.
O que os louletanos pretendem debater é o dossier co-incineração de
biomassa vegetal, pois foi esse o licenciamento feito pelo Instituto dos
Resíduos e pela Câmara Municipal de Loulé.
Os louletanos ficar-lhe-ão reconhecidos se estiver disponível para partilhar
os seus doutos conhecimentos sobre a matéria, designadamente para uma
questão essencial – o que fazer com os resíduos vegetais?
Continuar a depositá-los em aterro sanitário e arrostar com as
consequências daí decorrentes, designadamente a utilização de um
recurso escasso que é o tempo de vida dos actuais aterros sanitários,
sabendo-se que não haverá uma segunda geração de aterros ?
Assumir as consequências dos efeitos do metano gerado pela
decomposição da biomassa vegetal em aterro sanitário e o seu contributo
para a destruição da camada do ozono ?
Ou pelo contrário, equacionar o facto de a biomassa vegetal ser uma fonte
de energia renovável e poder ser utilizada como combustível alternativo,
avaliando a sua utilização em processo de co-incineração, com segurança
e devidamente controlado e monitorizado?
Se puder ajudar os louletanos a ficarem esclarecidos e habilitados a poder
decidir sobre o que mais lhes interessa, ficar-lhe-emos muito gratos.
Finalmente, seria igualmente interessante que viesse ao debate
esclarecendo a diferença entre um licenciamento de co-incineração de
resíduos não perigosos e de RIP’s e os meios de defesa contra este último,
para prevenir de forma eficaz um novo Outão.
É que, acenar com o papão da incineração de resíduos perigosos numa
fase em que um licenciamento já foi assumido pela Câmara Municipal de
Loulé, não nos ajuda muito.

By Victor Faria, at 12:56 AM

• Caro Vitor Faria,

Não tendo o seu comentário sido dirigido aparentemente à minha pessoa,


não posso deixar de utilizar o espaço que eu próprio criei para comentar o
seu comentário. Antes de mais nada queria felicitá-lo por discutir um
assunto desta importância para todos os louletanos no espaço da
blogosfera. Quanto à forma como aborda a questão, deixe-me dizer que
desde o início que defendi neste espaço, que a transparência, a
informação e o debate e a consulta pública eram essenciais para que as
populações pudessem perceber o que está em causa e conhecerem
claramente os riscos que correm. Ora isso implicaria o envolvimento de
especialistas da comunidade científica (que não é o meu caso), os partidos
políticos certamente e de forma indispensável os cidadãos, pois são esses
os principais interessados. Como sabe, nada disso aconteceu. Primeiro
licenciou-se a queima de resíduos verdes e depois reagiu-se às reacções,
com um comunicado feito de forma unilateral. O debate público que agora
o caro amigo defende ficou pois por fazer, como aliás é da praxe cá por
estas bandas. Quanto à possibilidade de a queima de resíduos verdes
evoluir para co-incineração de Resíduos Indústriais Perigosos infelizmente
como sabe também o partido a que vossa excelência pertence é um
acérrimo defensor desta medida. Os casos da Arrábida e do Otão são bem
ilustrativos de que não estamos a falar de meras impossibilidades, daí a
razão do dr. Castanheira Barros. Quanto à demagogia e aos populismos,
da minha parte dispenso essas categorias do combate político partidário,
porque estão por demais gastas e apenas servem para denegrir os
argumentos contrários. Infelizmente os níveis de confiança dos cidadãos
nos políticos estão demasiado debilitados para que a mera seriedade das
afirmações políticas possa bastar como motivo de tranquilidade. Quanto à
queima de resíduos verdes gostava portanto de saber se aumenta os
níveis de emissões poluentes para a atmosfera, quais as vantagens, quais
as desvantagens, quais as alternativas e esse debate e essas respostas
ainda não vi em lado nenhum. Como deve calcular quando estão em jogo
riscos para o ambiente e para a saúde pública toda a tranparência é
pouca. E não basta a mera informação, é de participação pública que se
deve tratar.
Os melhores cumprimentos e muito obrigado pela sua visita.
João Martins

By Anónimo, at 1:56 AM

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A co-incineração tem sido, a meu ver, dos assuntos mais mal abordados até hoje em Portugal. Ninguém tem
sido esclarecido convenientemente e todas as formas de abordagem do problema têm primado pelo
aproveitamento político, eleitoralista, nada virado para a tentativa de resolução do problema. Ninguém quer o
leproso em sua casa. Longe com ele!.. irra ! O mais grave é que aqueles que sabem como se cura a doença,
também não dizem! A comunicação social também não tem ajudado muito na tentativa de esclarecer o
problema. Entrevista quem não percebe nada de nada, quem, limitado pela sua ignorância, tem medo do
desconhecido e inevitavelmente não está de acordo. Ainda não se ouviu um cientista esclarecido, sabedor a
explicar se é possível fazer a co-incineração com segurança. É de bradar aos céus!!!

Uns chamam-lhes resíduos perigosos, outros resíduos tóxicos. Estarão a falar da mesma coisa?

Os resíduos existem! Estão cá! Estão aí a poluir, ao ar livre e a contaminar o ambiente! Não podemos fechar os
olhos a isto. Esta é a realidade nua e crua. Temos de dar um destino aos resíduos que temos entre mãos de
uma forma menos grave do não fazer nada. Perder tempo com discussões acerca do facto de que eles não
deviam ter sido criados, é o mesmo que dizer a uma adolescente que não devia ter engravidado. Primeiro temos
de cuidar da criança e depois educar a adolescente para que ela não repita o mesmo erro. Que diferença
poderá haver entre a queima de fuel, num forno de cimento, por exemplo, e a queima desse mesmo fuel
misturado com serradura, por ter sido derramado em algum lado? É que este fuel que foi derramado é um
resíduo perigoso, que existe aí aos milhares de toneladas e a poluir o ambiente. E que dizer de todo esse óleo
queimado que usamos nos nossos automóveis? Se o seu transporte se fizer nas mesmas condições em que se
faz o dos combustíveis normais não vejo razão alguma para polémica
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