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Introdução:
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Houve um grande erro doutrinário em termos de Cristologia e grande erro na
prática da vida cristã.
1. Cristologia - dois extremos:
a. Docetismo - Estes negaram a encarnação de Cristo (1Jo 4.1-3; 2Jo 7). Ensinaram
que Jesus não tinha um corpo físico; Ele era um fantasma, apenas um "espírito" (Lc
24.37-40). Alegavam que Deus não podia sofrer numa cruz.
b. Cerintianismo (veio de Cerinto) - Estes afirmavam que Jesus era apenas homem e
que um espírito chamado Cristo veio sobre Ele no batismo e o deixou antes de sua
morte na cruz (Cl 1.15-19; 2.8-10).
2. Prática - dois extremos:
a. Ascetismo - suprimir, negar, mortificar os desejos da carne porque o corpo é mau
(1Tm 4.1-5).
b. Antinomismo - libertinagem, sensualismo, entregar-se a qualquer e a toda paixão
sem restrição, pois as coisas que o corpo faz não podem afetar a alma que é
intrinsecamente boa. A matéria é irreal e inconseqüente (2Tm 3.1-9).
O gnosticismo era um dualismo filosófico religioso que professava a salvação
através de conhecimento secreto, ou gnoses. O movimento alcançou o ápice de seu
desenvolvimento durante o século II d.C. nas escolas romanas e alexandrinas fundadas
por Valêncio. Estudiosos têm atribuído as origens do gnosticismo a várias fontes: os
cultos de mistério gregos; Zoroastrismo; a Cabala do Judaísmo; a religião egípcia. Os
cristãos cedo consideraram Simão Mago (At 8.9-24) o fundador do gnosticismo. A
doutrina dele, assim, como de outros mestres gnósticos, não tinha nada em comum
com o conhecimento dos mistérios de Deus que Paulo chamou de "sabedoria" (1Co
2.7).
Líderes cristãos olharam o gnosticismo como uma ameaça sutil, perigoso para a
cristandade durante o segundo século, um tempo marcado por aspirações religiosas e
preocupações filosóficas sobre as origens da vida, a fonte de mal no mundo, e a
natureza de uma deidade transcendente. O gnosticismo foi percebido como uma
tentativa de transformar o cristianismo em uma filosofia religiosa e substituir a fé nos
mistérios da revelação por explicações filosóficas.
As seitas gnósticas dividiram seus ensinos em sistemas complexos de
pensamento. Uma característica da posição deles era a doutrina de que toda a
realidade material é má. Uma das convicções centrais era que a salvação é alcançada
pela libertação do espírito do seu encarceramento físico. Explicações elaboradas eram
dadas sobre como este encarceramento veio a acontecer e como a libertação da alma
seria realizada. O Deus transcendente foi removido de tudo que era material por uma
sucessão de seres eternos intermediários chamados de "aeons". Os aeons emanavam
como pares (macho e fêmea); a série completa (normalmente 30) constituía o
"Pleroma", a abundância da Divindade. Além do Pleroma, havia o universo material e
os seres humanos a serem salvos.
No pensamento gnóstico, uma semente divina havia sido encarcerada em cada
pessoa. O propósito da salvação era libertar esta semente divina da matéria na qual
estava aprisionada e perdida. Os gnósticos classificavam as pessoas em três
categorias:
(1) Gnósticos, ou aqueles cuja salvação era certa, porque estavam debaixo da
influência do espírito (pneumatikoi);
(2) Aqueles que não eram completamente gnósticos, mas capazes de obter a salvação
através do conhecimento (psychikoi);
(3) aqueles tão dominados pela matéria que estavam além da possibilidade ordinária
de salvação (hylikoi).
Os gnósticos freqüentemente praticavam um ascetismo excessivo, porque eles
acreditavam que haviam sido liberados assim pelo espírito.
O gnosticismo foi denunciado pelos teólogos Irineu, Hipólito e Tertuliano. No
terceiro século, Clemente de Alexandria tentou formular um gnosticismo Cristão
ortodoxo, com o objetivo de explicar a diferença em perfeição alcançada por indivíduos
em suas respostas ao Evangelho. Gradualmente o gnosticismo fundiu-se com o
Maniqueísmo. Hoje, os Mandeanos são a única seita sobrevivente de gnósticos. A
pesquisa dos estudiosos do gnosticismo foi grandemente enriquecida desde 1945,
quando uma biblioteca cóptica de gnósticos foi descoberta perto de Nag Hammadi, no
Egito superior.