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pelos jovens, pela Maia

Manuel Oliveira
Carlos Pinto
Nuno Silva
Tiago Loureiro
Vânia Peres
Luís Santinhos
José Tiago Oliveira
Rinaldo Rodrigues
Liliana Santo
Tiago Gama
Joana Cunha
Karla Ribeiro
Pedro de Souza-Cardoso

Moção de Estratégia
Plenário Concelhio
Agosto 2009

JUVENTUDE POPULAR DA MAIA


SEGUIR À DIREITA!

É firme intenção continuar um caminho de sucesso, de rectidão e respeito.

Continuaremos a ser a melhor e a maior estrutura política juvenil da Maia.

Porque é possível apelar aos jovens uma melhor cidadania.

Porque é possível fazer política eticamente irrepreensível


e dotada de uma paixão sem limites.

SEGUIR À DIREITA! Pelos jovens, pela Maia!

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Índice

da Concelhia 4

da Comunicação 6

do Ambiente 8

da Cultura 10

do Desporto 13

da Economia 15

do Empreendedorismo 19

da Educação 21

da Justiça 23

da Segurança 26

da Saúde 30

do Urbanismo e Transportes 32

da relação com o CDS-PP Maia 35

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da Concelhia

A Juventude Popular da Maia nos últimos três


anos registou um crescimento assinalável, e até
histórico, a todos os níveis. Principalmente sobre a
presidência de Eric Rodrigues, a estrutura concelhia
aumentou para cerca de seiscentos o seu número de
militantes, ganhou o Prémio Adelino Amaro da Costa – atribuído em Conselho
Nacional à concelhia da Juventude Popular que num determinado período mais se
destacou, viu um dos seus militantes arrecadar o Prémio Ricardo Medeiros –
atribuído em Conselho Nacional ao militante da Juventude Popular que num
determinado período mais se destacou, organizou fóruns públicos de debate,
contribuiu para a coesão interna da Juventude Popular no distrito do Porto, ganhou
representatividade e voz nos órgãos nacionais da Juventude Popular, criou um
discurso externo coerente, activo e respeitado a nível político no concelho da Maia
e no resto do país.

A verdade é que a Juventude Popular da Maia tem hoje um nível de

maturidade e integridade acima da média quando comparada com estruturas


homólogas do concelho da Maia e restantes a nível nacional. Valores que
defendemos, ideias novas, metas ambiciosas, vontade de crescer… Tudo isto
mostra o porquê do nosso crescimento. Sem segredos, sem truques. Assim
convencemos os jovens maiatos, assim eles querem ser JP.

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Fruto da nossa responsabilidade sabemos também que é sempre possível


fazer ainda melhor e chegar ainda mais longe. Para isso a estrutura deve a todo o
momento questionar-se, reflectir sobre o que a rodeia, identificar oportunidades,
optimizar potencialidades.

É claramente necessário reforçar a Juventude Popular da Maia com faixas


etárias mais novas, dos 14 aos 18 anos, e mais velhas, dos 25 aos 30 anos de idade. É
por demais evidente o reforço na qualidade e diversidade das soluções e ideias que
esta aposta poderá trazer.

Assim como o reforço das faixas etárias é também importante continuar a


desenvolver esforços de representação activa em cada uma das 17 freguesias do
Concelho da Maia. As freguesias de Gondim, Moreira, Águas Santas, São Pedro de
Fins e Nogueira carecem de militantes activos representativos de cada uma dessas
localidades. Já muito foi conseguido a nível de representação activa por freguesia,
muito mais pode e vai ainda ser feito. Dois militantes activos por freguesia é um
objectivo a alcançar.

Não serão descuradas as nossas forças já existentes para o contínuo e


sempre exigente combate por uma estrutura que se supere a si própria a cada ano
que passa. Aproveitaremos factos tão estratégicos como o número avultado de
militantes actualmente nos cadernos, uma sede concelhia plantada no coração do
concelho e dotada de espaço de reunião e convívio, as ferramentas internas de
comunicação, o site institucional, o Jornal “O Jovem”, os estatutos internos e a
imagem séria, profissional e coerente que passamos para o exterior.

Este exercício de identidade e auto-conhecimento é necessário para


actualizar frequentemente objectivos e continuar, sem percalços, o caminho
traçado. As potencialidades são infindáveis, a nossa ambição sem limites.

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da Comunicação

Numa sociedade cada vez mais dependente da

informação em tempo real, a Juventude Popular da Maia


deve constantemente reforçar a sua presença e imagem
junto dos mais diversos canais de comunicação. Uma
comunicação externa clara e objectiva é primordial para a
sedução de um futuro militante. Uma comunicação interna organizada e pontual é
sinónimo de envolvência.

É objectivo explorar exaustivamente ferramentas como o Twitter em que


serão colocadas pequenas reacções aos mais diversos temas da actualidade, o
Facebook e o Hi5 para não só criar e divulgar uma agenda actualizada com todas as
actividades da estrutura mas também para estar mais perto dos nossos apoiantes e
amigos, e o YouTube como canal de comunicação audiovisual em que serão
depositados vídeos de campanha, testemunhos de militantes, entrevistas e
discursos.

A rede interna de email é valiosa. Cada militante activo da estrutura terá, tal
como tem vindo a suceder, acesso a uma conta personalizada da qual se servirá
para receber informação interna e comunicar com os outros militantes. O site da
concelhia, que é um legado precioso da anterior presidência, deve continuar a ser o
ponto de referência principal no que respeita informação oficial da estrutura
concelhia. O jpmaia.org vai ser reforçado com links directos para o Twitter,

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Facebook e Hi5. A visibilidade do jornal “O Jovem” vai ser melhorada assim como
disponibilizadas todas as edições deste famoso meio de comunicação da estrutura
maiata.

Já com um grande historial, “O Jovem” assume-se como o maior veículo de


comunicação exterior da Juventude Popular da Maia. Tal deverá ser preservado pela
continuação do trabalho desenvolvido até agora. Pela dependência da exposição
exterior dos activos da Juventude Popular da Maia relativamente a este, devem ser
encontradas formas de lhe ser proporcionada a maior visibilidade possível. Neste
capítulo, saliente-se que o refresh recente d' "O Jovem" constituiu um ponto de
partida com vista à prossecução desse objectivo. O jornal da estrutura concelhia
apresenta um reconhecimento tal que não pode ser apenas entendido como mera
ferramenta de comunicação para o exterior. Este representa hoje, sem dúvida, uma
das marcas incontornáveis do dinamismo que a Juventude Popular da Maia detém.
Cabe, portanto, a cada um dos militantes da estrutura concelhia contribuir de forma
eficiente e profissional para a sedimentação do reconhecimento atingido pelo
jornal. Aqui será justo destacar o trabalho e dedicação do Gabinete de Estudos da
Juventude Popular da Maia no último mandato, devendo-se encarar este como um
exemplo a seguir. Falar de comunicação externa é também abordar o tema da
imagem difundida para o exterior.

Ao apontar-se para um maior crescimento da estrutura, implicitamente terá


que ser transmitida uma imagem coesa, activa e construtiva por parte dos nossos
militantes. Como tal, paralelamente ao jornal "O Jovem", e nomeadamente para
todos os militantes da Juventude Popular da Maia que venham a exercer funções de
âmbito local, contribuir activamente na imprensa local irá inevitavelmente
representar uma maior visibilidade para a Juventude Popular da Maia em si.

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do Ambiente

A Juventude Popular da Maia acredita que esta


temática, forçosamente impreterível nos programas políticos
actuais, alia-se em muito ao conceito de sustentabilidade.
Embora com uma importância oscilante nos discursos,
consoante o período de crescimento económico vivenciado,
torna-se inevitável assentar ideias desde a gestão de resíduos até ao modelo
energético pretendido.

Muito deste tema parte dos gestos quotidianos de cada um de nós. A


preocupação com a defesa do ambiente deve ser encarada como um valor a
preservar e a transmitir. Nesse sentido, e numa fase em que existe preocupação
com a participação pública e o envolvimento cívico de cada um dos cidadãos, cabe a
cada município garantir a promoção da interiorização de conceitos dessa natureza
sendo que a existência de centros de educação ambiental poderia em muito
contribuir para uma maior sensibilização da população.

Apesar de tudo, hoje em dia, verifica-se que já ultrapassamos a fase da


desvalorização das consequências que a produção de resíduos acarreta. Ao tender
para uma etapa de maior consciencialização e controlo, estamos a caminhar
simultaneamente para uma redução de custos de forma transversal a qualquer
estrutura. A nível da gestão de resíduos, cabe a cada município a responsabilização
pelo controlo e avaliação ambiental de variáveis tais como a qualidade do ar ou da

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água. Este mecanismo passaria pela implementação de um sistema de gestão


público ambiental, inerente a cada concelho.

Deve-se apostar também no valor acrescentado de equipamentos tais como


ecoparques (que incluem centrais de compostagem e de biometanização) que
deverá ser sempre valorizado em detrimento dos aterros sanitários que ocupam
áreas consideráveis e que em muito prejudicam os ecossistemas envolventes.

Como eixo estruturante para a energia limpa, defende-se uma regionalização


energética no País. De facto, para cada um desse tipo de produção eléctrica,
inúmeros factores influenciam o rendimento eléctrico e consequentemente a
rentabilidade de um investimento avultado.

A nível da construção, defende-se uma auto-suficiência energética cujo


exemplo deve partir do Estado. Nesse sentido, crê-se que todos os novos edifícios
públicos devem respeitar esta premissa.

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da Cultura

Definir cultura não é tarefa fácil. Talvez porque a


cultura, em si mesma, não encontre uma definição única.
Devemos entender que a cultura vai desde as elites até ao
“povo”, encontra-se em Lisboa ou em Trás-os-Montes,
mora dentro de um museu ou à mesa de um restaurante.
A cultura vive de uma espontaneidade quase absoluta, estando por isso ao serviço
das pessoas, sendo criado por elas e para elas. É por isso que, sendo este um
conceito tão vasto e abstracto, a Juventude Popular da Maia entende que a Cultura
não se pode encontrar na posse de um governo, debaixo da asa supostamente
protectora do Estado, sendo, na verdade, limitada por critérios de qualidade e
origem pouco ou nada credíveis.

Não negamos que o papel do Estado na cultura é importante. No entanto,


mais do que exercer uma função dirigista e uma atitude dogmática na atribuição de
meios para o desenvolvimento de alguns em detrimento de outros, com base em
critérios subjectivos de alguns funcionários do Ministério da Cultura ou de uma
qualquer entidade autárquica, o Estado deve desenvolver uma visão estratégica que
permita aos agentes culturais encontrar uma forma inovadora de difundir a cultura
e que fomente o interesse por parte do público, não esquecendo, em circunstância
alguma, que o Estado não pode manipular a criação artística – deve, em
contrapartida, garantir uma fundamental liberdade criativa. Ou seja, o Estado não
deve agir na cultura com uma postura paternalista, deixando os agentes culturais

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dependentes da sua boa vontade, mas antes como um facilitador da acção dos
mesmos.

A mesma lógica pode ser aplicada ao património, parte com inegável


importância em qualquer cultura. O Estado deve encontrar uma forma criativa de
conservação e rentabilização do edificado que detém, através, nomeadamente, da
entrega de tais funções a agentes privados que, mediante determinados critérios
previamente acordados, tivessem liberdade para explorar determinado espaço de
forma potencialmente mais eficiente. A gestão de uma rede patrimonial infindável
torna-se inevitavelmente pesada e ineficiente, ao passo que uma gestão
“individualizada” promove uma nova dinâmica, garante maiores e melhores
probabilidades de conservação, facilita uma racionalização nas despesas e,
principalmente, chama para a ribalta agentes culturais privados, dando-lhes a
possibilidade de por em prática os seus projectos e ideias.

Assim, a valorização do património e da criação artística, aliadas a um


espírito empreendedor e autónomo dos agentes, e não centralizadas na burocracia
estatal, deverá destacar a cultura como um factor decisivo no desenvolvimento
económico e social do país, não só a nível global, mas também fragmentado ao nível
local. A cultura, quando viva e com estrada aberta para se desenvolver, cria
condições para se afirmar como um factor de desenvolvimento exponencial de
determinada comunidade. Enquanto portugueses, portadores de uma forte herança
cultural, devemos perceber isso urgentemente.

No entanto, um sector cultural forte necessita de bases sólidas e


consistentes. Nesse campo, o Estado também não se pode demitir do seu papel,
nomeadamente em algumas áreas onde desempenha um papel determinante. Em
primeiro lugar, na educação. É fundamental, desde cedo, promover a difusão de
uma educação vocacionada para a cultura, não só em disciplinas correntes dos
programas escolares – como a História, por exemplo – mas também pela inclusão
de disciplinas novas, com carácter optativo, com uma componente cultural em

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primeiro plano, e que aproveitassem, por exemplo, os espaços culturais da


comunidade em que se inserem. Da mesma forma, e porque a educação não é um
privilégio dos mais novos, levar a cultura pedagogicamente a públicos de todas as
idades é fundamental, nomeadamente através da criação de rotas ou percursos de
cariz cultural. Estas pequenas práticas ajudariam também a uma dinamização do
turismo cultural, através do qual se desenvolveria um mais fácil aproveitamento dos
nossos bens culturais, permitindo o alargamento da oferta cultural a um público
mais vasto.

O papel facilitador do Estado encontra também espaço fundamental no que


respeita à fiscalidade. Bem mais interessante que a promoção de uma certa
“subsídio-dependencia”, tantas vezes perversamente instalada para mal do
contribuinte e dos agentes culturais, seria a atribuição de largos incentivos fiscais a
entidades privadas que apoiassem a cultura, através, nomeadamente, de uma
arrojada revisão da Lei do Mecenato.

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do Desporto

A Juventude Popular da Maia orgulha-se de num


passado recente ter contribuído de forma eficaz para a
construção do Parque Radical que hoje podemos
encontrar na Praça do Fórum da Maia. Foi com convicção
que nos batemos por esta infra-estrutura e com maturidade que alertamos o
executivo para esta carência e vontade dos jovens maiatos.

É notório que o Concelho da Maia tem vindo nos últimos anos a perder o tão
afamado estatuto de Capital do Desporto. Com a perda do Futebol Sénior, do clube
de Andebol e da equipa de Ciclismo, o desporto resume-se praticamente à Ginástica
e ao Ténis. A constatação de apenas subsistirem estas duas modalidades, e com
poucas probabilidades de se voltar a implementar o Futebol Sénior do Futebol
Clube da Maia, leva-nos a questionar a utilidade de um estádio municipal, gerido
com dinheiros públicos, que comporta 16.000 espectadores. A par do desporto,
porque razão não se rentabiliza este espaço com a realização de eventos sócio-
culturais de grande exposição mediática? Seria demasiado extenso elencar as
possíveis actividades que poderiam ser desenvolvidas, revitalizando assim um
espaço que permanece inanimado e sedento de vida. Se o executivo municipal
entende que não pode suportar as despesas da manutenção/rentabilização desta
infra-estrutura ou que é até incapaz de uma gestão diária e atenta, então será mais
do que intenção da Juventude Popular da Maia propor acordos de parcerias ou a
privatização da gestão, conseguindo assim salvaguardar-se a finalidade deste pólo
desportivo e sócio-cultural repleto de potencialidade.

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Sendo a Maia uma cidade cosmopolita e com uma significativa percentagem


de população jovem, seria de esperar que as suas freguesias mais centrais e
também mais populosas, fossem dotadas nas suas infra-estruturas de uma piscina
municipal, com vista ao incentivo à prática de Natação.

A Maia sempre foi reconhecida a nível nacional pelas boas prestações da sua
equipa de Ciclismo, tendo inclusive nos últimos anos ganho algumas participações
na importante “Volta a Portugal em Bicicleta”. Não se entende assim o porquê da
referida equipa não ter os devidos apoios financeiros por parte da autarquia de
maneira a que pudesse subsistir no concelho. É triste verificar que o maior
panorama nacional da cidade da Maia no que concerne ao desporto tenha sido
deslocado para o concelho da Póvoa de Varzim.

Situação mais grave do que esta é a da equipa de Futebol sénior que,


também por falta dos referidos apoios, foi forçada a terminar a sua actividade nos
campeonatos nacionais. Igual sorte teve a equipa de Andebol que, menos mal,
manteve-se no concelho, agora sob o emblema do ISMAI.

Todas estas modalidades têm que ser levadas em conta pela autarquia de
modo a promover a prática do desporto jovem com fins federativos. Todavia, é de
lamentar o facto de nem todos os jovens terem a possibilidade de praticar desporto
devido aos altos custos que daí advêm. A prática destes desportos não é,
infelizmente, para todas as bolsas, porque para além de uma possível
quota/mensalidade, o atleta tem ainda de suportar o custo dos equipamentos.

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da Economia

Na última década e meia assistimos a uma


aproximação da economia portuguesa à média europeia,
contudo verificamos que em certos sectores existe uma
interrupção ou inversão a essa mesma aproximação. No
âmbito geral, reconhecemos um abrandamento nessa tão
falada convergência real da economia portuguesa, fruto
de falta de ambição nacional, como também por falta de uma clara estratégia
económica. Podemos referir a inadaptação de um sistema de ensino às novas
realidades económicas, faltando uma reformulação dos mesmos, a falta de um
sistema fiscal e judicial eficaz, leve, práticos, e céleres, um Estado pesado e
incumpridor.

O processo de modernização não se tem feito com a abrangência nem ritmo


esperado com o fim de modificar o espectro produtivo do país, a tão falada falta de
produtividade portuguesa. É inevitável pelo peso que as pequenas e médias
empresas têm na nossa economia, que este processo passa inevitavelmente pela
modernização das mesmas. Inclusive a falta de estratégia e sentido de
oportunidade para com os novos desafios do alargamento da EU. Os problemas e
atrasos com que nos deparamos carecem de coragem, determinação, rigor,
eficiência e ambição para serem ultrapassados. O nosso tecido empresarial tem que
saber transformar as dificuldades de uma economia global, em oportunidades. Mas
ao mesmo tempo o país tem que enfrentar estes desafios de forma positiva e com

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uma transversalidade total, ou seja envolvendo os agentes económicos e a


Sociedade Civil.

A Juventude Popular da Maia entende que há que levar a cabo as necessárias


reformas estruturais que são adiadas continuamente ou simplesmente são
ligeiramente modificadas para se dizer que se mudou algo. Há que rapidamente
colocar o sistema educativo ao serviço das necessidades de desenvolvimento, evitar
desperdícios na Administração Publica e no sector da Saúde, assegurar um sistema
fiscal justo e competitivo, uma justiça célere, e estruturar completamente políticas
desastrosas para o modelo económico actual como as politicas sociais do
rendimento mínimo.

É nossa convicção que a reforma fiscal devia ser caracterizada por uma
redução das taxas de imposto, alargamento da base tributável. Uma redução das
taxas de impostos como forte estímulo ao crescimento, quer pelo maior
rendimento disponível para o consumo e investimento quer pela maior
disponibilidade à poupança. Há que apelar a um sistema tributário mais justo, um
sistema fiscal mais simples reduzindo os escalões ou as chamadas taxas
progressivas de imposto.

Ao nível do investimento público devíamos ter um estado mais exigente


procurando uma fiscalização mais rígida sobre os seus gastos, a fim de acabar com
as sucessivas derrapagens em obras públicas ou o desperdício financeiro nas
diversas entidades públicas. No investimento público deve-se ponderar bem as
megalomanias e colocar bem na balança o custo vs benefício, já que existem
projectos que podem condicionar um crescimento sustentável e são deixados
encargos para gerações vindouras.

Por todos estes novos desafios defendemos que o Concelho da Maia terá
que fomentar a aproximação do seu tecido empresarial à Sociedade Civil,
apostando numa estratégia de desenvolvimento e de benchmarking. Há que definir

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o “core business” de empresas que a Maia quer atrair, adaptar e aproximar os


estabelecimentos de ensino a essa estratégia e garantir as estruturas de apoio
necessárias não só ao estabelecimento das empresas como também a ponte entre
empresas e ensino. Com isso não só se consegue especialização, como também
mão-de-obra qualificada, assim como um tecido empresarial moderno, apontando
também à modernização das PME’s. É essencial aproveitar a excelência do tecido
empresarial da Maia e as estratégias aqui apresentadas para fomentar uma eficaz
internacionalização das empresas do concelho. Pois só com uma dinâmica de
diversificação de mercados as mesmas estão menos sujeitas a dificuldades e com
maiores condições de crescimento.

Entendemos que a Administração Pública deva focar-se na eficiência e


agilidade diminuindo assim a burocracia, e procurando também o cumprimento
para com os seus fornecedores, pois sabemos que para muitas empresas os atrasos
de pagamento por parte da Administração Pública são asfixiantes.

A nível do Imposto Municipal sobre Imóveis, o concelho da Maia devia


procurar um favorecimento neste imposto a empresas da área tecnológica ou de
elevado valor acrescentado de modo a este englobar um conjunto de factores
atractivos para a fixação de empresas no concelho. Ao mesmo nível, procurar uma
redução deste imposto nas freguesias da Maia menos populosas para garantir uma
mais equilibrada distribuição da população e um forte atractivo para novos
habitantes se fixarem na Maia.

A nível das PPP (Parcerias Público Privadas) o concelho da Maia devia


promover este tipo cooperação para melhorar a sua rede de transportes, a sua
gestão de resíduos tornando-a eficaz e abrangente a todas as freguesias, e na
educação promovendo a excelência de ensino profissional e superior na Maia.

A Maia deve ponderar bem o seu investimento público, procurando fiscalizar


conscientemente todos os seus projectos e assim evitar custos desnecessários,

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como também os projectos sem utilidade ou com um fraco aproveitamento ao nível


do custo-benefício.

As Empresas Municipais devem ser empresas exemplo. O executivo deverá


procurar controlar com rigor as suas actividades, não só nos seus custos, como
também desenhar linhas orientadoras e promover uma ética de funcionamento
irrepreensível. A par disto, acreditamos piamente que as parcerias público-privadas
seriam uma solução mais eficaz para as actuais empresas do concelho.

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do Empreendedorismo

É largamente reconhecida à Juventude Popular a sua


ideologia de defesa à livre iniciativa, à promoção do indivíduo
como único responsável pelas decisões que toma, à
Liberdade. Também a Juventude Popular da Maia interioriza
estes conceitos como essenciais para o funcionamento de
uma sociedade mais justa, livre de preconceitos e, acima de tudo, pró-activa.

É necessário reconhecer que a nossa cultura empresarial ainda não


apresenta uma personalidade que esteja confortável na altura de arriscar a
diferença, de apostar na inovação, de pensar em grande…isto é o principal entrave
à mudança. Entendemos que aqui os estabelecimentos de Ensino Superior devem
assumir responsabilidades e por isso é essencial encararem como uma das
prioridades o incentivo ao empreendedorismo dos alunos face às suas futuras vidas
profissionais. São conhecidas algumas iniciativas académicas de incentivo, mas é
notório que são escassas e, na sua maioria, mal estruturadas. Pressupõe-se
erradamente que empreendedorismo é sinónimo exclusivo das áreas de
especialização em Gestão e Ciências Empresariais. Empreendedorismo é muito mais
amplo e meritório de uma aproximação a todas as áreas, a todas as pessoas
independentemente das suas competências e áreas de especialização. As
instituições de formação devem estar atentas a esta questão.

Numa altura em que se exigem soluções à aparente estagnação económica,


cremos que um estímulo contínuo e atraente à criação de empresas, assim como

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um sempre presente e reforçado apoio à investigação e desenvolvimento, criaria


expectativas positivas e uma confiança fortíssima em todos os agentes do mercado.
Reconhecemos que os incentivos governamentais hoje em vigor são insuficientes,
burocráticos e até contraditórios para um jovem que ouse arriscar um início de
carreira por conta própria. As designadas “Iniciativas Locais de Emprego”,
promovidas por fundos estatais, são actualmente um péssimo exemplo de rampa
de lançamento ao empreendedorismo já que, para o apoio financeiro ser cedido, as
contrapartidas, tais como o pré-aluguer do espaço de funcionamento da empresa
ou da obrigatoriedade de permanência em actividade, mesmo que em prejuízo,
durante um período não inferior a quatro anos, são replentes nitidamente
camuflados por um Estado que não quer ajudar nem incentivar, mas que se sente
mal se, mesmo com malabarismos, não promove aquilo que conscientemente sente
ser o mais correcto a fazer. Com um Estado que faz que ajuda e ainda atrapalha é
ainda mais complicado arriscar e sonhar alto.

A Juventude Popular da Maia vai acarinhar a área do Empreendedorismo


como vital junto dos jovens maiatos. Vamos propor espaços e medidas que apoiem
e incentivem o Empreendedorismo como uma hipótese que concorre em igualdade
de circunstâncias com dependência por conta de outrem. Vai ser notório o nosso
esforço em passar uma mensagem de apoio e reconhecimento em quem arrisca por
um caminho de mérito e não se limita a esperar por um Estado que promove o
laxismo.

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da Educação

Ao olhar a educação, devemos encará-la como


uma peça fundamental do puzzle de cada um de nós. Ela
é parte fundamental do desenvolvimento de cada
indivíduo e deve, por isso, apresentar uma qualidade tão
insuspeita quanto possível. E é aqui que convém
perguntar: a educação oferecida por um Estado que se arroga em educador-mor, ao
qual nos fomos habituando, é a ideal para cumprir essa qualidade? A Juventude
Popular da Maia entende que não.

Essa educação de qualidade não pode nascer de um sistema centralizado,


burocrático e caro. As decisões que carregam um carácter subjectivo e pessoal, ao
serem tomadas na obscuridade do Ministério da Educação para uma enorme rede
de escolas, não é eficiente nem pode atingir bons resultados. É necessária portanto,
uma educação mais dinâmica, ágil e que conceda a cada um dos seus integrantes a
mais ampla liberdade de escolha.

Devemos mudar de paradigma. Preferir uma verdadeira reforma de fundo,


em vez de continuarmos a seguir a tendência para aplicar reformas e contra-
reformas, dependentes das vontades dos agentes governativos que se revezam no
poder. A escola deve, de uma vez por todas, colocar-se ao serviço dos alunos, suas
vontades e expectativas, nomeadamente dos mais desfavorecidos socialmente,
supostos primeiros beneficiários de um sistema de educação dito democrático e
gratuito.

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O aluno, enquanto elo indispensável e principal de cada escola, deve ser


chamado a assumir responsabilidades suas por direito, usufruindo de uma enorme
liberdade de movimentos dentro de um sistema que não deve ser construído para
si, mas antes, por si. Um sistema, portanto, onde a liberdade de escolha não se
limite aos ricos, mas se alargue a todos.

Esta é a fórmula para caminharmos rumo à liberdade na aprendizagem. Cada


aluno deverá ter a liberdade de escolher a escola que pretende frequentar e o
projecto educativo que mais lhe interessa, com a garantia financeira concedida pelo
Estado de uma forma mais justa e livre.

Às escolas, acreditamos que deve ser atribuída uma autonomia mais ampla.
Cada uma delas deverá ter a possibilidade de adoptar o seu próprio projecto
educativo, gerir autonomamente os seus serviços, decidir os professores com que
contam, sem estar dependentes de processos quase arbitrários e extremamente
complexos, adoptar o modelo de avaliação que entendam como melhor.

Devem ser criados mecanismos para conceder uma autonomia financeira às


escolas e uma capacidade monetária aos alunos, assente em modelos como o
cheque-ensino, medida aliás já defendida publicamente pela Juventude Popular da
Maia, que conferiria aos alunos e suas famílias, bem como às escolas, a possibilidade
de porem em prática a sua liberdade. Desta forma, a gestão dos recursos,
nomeadamente financeiros, feita pelo Estado passaria a estar nas mãos de mais
gente, mais directamente interessada, não sendo difícil prever uma melhor
afectação dos mesmos. Esta redistribuição mais justa colocaria os alunos em
condições de igualdade de escolha e as escolas em igualdade de concorrência.

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da Justiça

A Justiça é entendida pela Juventude Popular


da Maia como uma das funções vitais do Estado.
Acreditamos que a Justiça só é verdadeiramente eficaz
e transparente se não for manietada por forças
privadas e que esta é ainda essencial para o bom
funcionamento do Estado de Direito. É visível que este sector tem vindo a perder a
sua credibilidade junto dos portugueses e que é largamente analisado como sendo
burocrático, moroso e em certos casos repelente de uma maior procura. A
Juventude Popular da Maia preocupa-se nomeadamente com o que é entendido
como demora na resolução de conflitos menos graves e complexos que deterioram
a qualidade da Justiça e a credibilidade da mesma. Há soluções e a Juventude
Popular da Maia bater-se-á por elas.

Muito além da justiça feita nos tribunais, em salas de audiências presididas


por juízes, está todo um processo de igual importância, feito extrajudicialmente,
através de mecanismos de Resolução Alternativa de Litígios (RAL). Podemos ser
levados a pensar que os RAL não passam de uma “justiça de segunda classe” dado o
seu carácter informal na procura do consenso, que têm falta de legitimidade e de
autoridade e falta do rigor jurídico característico dos tribunais e, ainda, porque
poderão proporcionar respostas menos eficazes e conferir menor garantia dos
direitos das partes. Nada mais falso. É exactamente a menor formalidade processual
e o acordo voluntário das partes que representam a excelência destes mecanismos.
Por outro lado, os RAL constituem um instrumento essencial para ultrapassar as

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dificuldades do sistema judicial, aliviando-o de alguns processos e permitem uma


resposta célere e de custo mais reduzido a diversos litígios que, de outra forma,
permaneceriam por muito tempo nos tribunais. Admitem, também, uma resolução
de litígios mais justa e eficiente, na medida exacta da satisfação de ambas as partes,
promovendo o envolvimento da comunidade no processo.

Se, por um lado, os RAL podem estimular na sociedade um espírito de


obsolescência e de falta de credibilidade do sistema judicial, por outro, libertam
essas instâncias de processos de importância menor, reservando-as apenas para a
apreciação de causas mais complexas, mais exigentes e mais problemáticas,
aumentando a qualidade da sua própria produção e reforçando ainda mais o seu
papel social. A intenção dos RAL é ampliar o leque variado de modelos susceptíveis
de oferecerem uma resposta satisfatória aos conflitos sociais e não a substituição
de uma justiça adjudicatória por uma justiça consensual. O tribunal surgiria, assim,
como uma alternativa de última instância, sempre que não se conseguisse
solucionar o litígio por via de acordo entre as partes, ao contrário da ideia geral, de
que apenas e só o tribunal é a única via para solução dos litígios.

A lista dos RAL é vasta e variada, apontando o desafio que é feito ao direito
de proporcionar respostas objectivas às solicitações, cada vez mais complexas, da
realidade social e à necessidade de estruturar e reunir todos os mecanismos de
resolução disponíveis, nomeadamente com a via judicial, de modo a garantir-se uma
tutela efectiva dos direitos e interesses dos cidadãos e da comunidade. Esta
questão coloca-se, também, face à carência de meios financeiros para pagar os
serviços de um bom advogado, ao cepticismo numa efectiva e justa reparação e,
até, pelo estigma emocionalmente penalizador que está associado aos tribunais.
Por esta razão, uma das mais preciosas vantagens dos RAL é precisamente a
promoção no direito dos cidadãos ao acesso à justiça, contribuindo para o reforço
da cidadania e do Estado Democrático. É por isso crucial a necessidade de se dar
aconselhamento aos litigantes sobre os meios de resolução existentes para que
estes possam, livre e conscientemente, escolher o processo que se coaduna melhor
à resolução dos seus objectivos, em vez de reprimirem os seus direitos.

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Por este motivo, a Juventude Popular da Maia propõe e defende a criação de


gabinetes de aconselhamento gratuito, para que todos os cidadãos maiatos possam
ter acesso à informação sobre as melhores maneiras de resolverem os seus
conflitos, que, na maioria das vezes, como vimos, evitam o recurso aos tribunais e
se resolvem facilmente por outros meios, sem grandes custos e com maior
celeridade. Este gabinete seria composto por juristas especializados ou até
advogados, com o objectivo primordial de fornecer aconselhamento jurídico
gratuito aos cidadãos que a ele acedessem. Não estamos a falar de substituir o
trabalho dos profissionais da área, mas de aconselhar e direccionar o cidadão para a
solução que melhor se adequa ao caso em concreto. Na realidade, na maioria dos
casos não seria necessário recorrer aos tribunais para resolver o conflito já que
poderíamos recorrer a um dos meios alternativos de resolução de litígios já
referidos, como sendo a conciliação, a mediação ou a arbitragem, entre outros. A
criação destes gabinetes serviria, pois, para informar o cidadão dos meios que tem
ao dispor para melhor resolver a sua questão, ficando ao seu dispor a decisão sobre
o que fazer de seguida: seguir a orientação dada pelo especialista ou ignorá-la e
recorrer a outros meios.

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da Segurança

Um dos maiores problemas do nosso país é a Segurança,


ou melhor, a insegurança que se vive. Para a Juventude Popular
da Maia, a Segurança, a par da referida Justiça, é uma função da
qual o Estado não se pode distanciar, sendo portanto função de
responsabilidade exclusiva deste. O problema parece-nos,
passa também pelo facto do Estado português controlar tanta
coisa que aquilo que devia ser prioritário passa a descurado. O Estado tem o dever
de ter a Segurança como prioridade, para bem da integridade da liberdade
individual dos cidadãos que deve, a nosso ver, ser preservada a custo máximo.

Quando falamos em Segurança, abordaremos questões como a violência


doméstica e escolar, a criminalidade de baixa intensidade, o crime organizado, o
crime financeiro e electrónico e o terrorismo. Como ponto de partida, confirmamos
aquilo que o CDS na Assembleia da República tem vindo a afirmar que é, a revisão
das leis penais feitas a quatro mãos por PSD e PS e que trouxeram as coisas à
situação em que vivemos, mais insegurança, mais criminalidade, menos preservação
do cidadão. Contrariamos a ideia da esquerda e, por vezes, do próprio PSD de
resolver os problemas com mais legislação e mais burocracia. As leis penais devem
ser revistas, devem ser reduzidas, mas devem ser mais eficazes. A interpretação da
lei deve ser clara.

Defendemos também o reforço da autoridade das polícias que se exige


grande e eficaz de maneira a conter a criminalidade. Não confundimos autoridade

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com autoritarismo, não queremos um Estado-Polícia que se intrometa na vida dos


cidadãos. Queremos autoridade nas ruas, e mais efectivos nas polícias. Parece-nos
perfeitamente visível que a Polícia tem de ser reforçada de maneira a conter a
criminalidade. As leis penais não valem nada se alguém não lhes der prática, e os
primeiros a fazê-lo tem de ser as polícias. Este é um problema complexo, até porque
também envolve a Justiça que não pode ser responsável por estragar o trabalho
que a polícia faz. Não podemos ter polícias, homens e mulheres, nas nossas ruas a
trabalhar, a investigar crimes, a reunir provas, a colocar as suas vidas em risco, e
esse trabalho ser destruído nos tribunais. É para nós também aberrante que neste
país, os polícias tenham de comprar as suas fardas do seu próprio bolso e de terem
condições de trabalho completamente deploráveis. A manutenção das esquadras
tem obviamente de ser realizada, mas não pelos próprios polícias como se viu num
caso em que estes, para terem melhores condições laborais, em vez de estarem nas
ruas, sentiam-se na obrigação de realizar trabalho de construção civil… O Estado
tem de ser responsável pela manutenção das esquadras, apetrechando as polícias
das mais elementares condições laborais.

Somos, desde logo, contra qualquer proposta que vise unificar a GNR e a
PSP. Só quem não conhece a natureza destas duas polícias e as suas competências
pode pensar que a sua junção é possível e desejável. Basta, desde logo, para
perceber que há grandes diferenças, lembrar que a GNR é de cariz militar e a PSP
não.

Dizemos, abertamente, que temos problemas com a concentração de


informação obtida pelos Serviços de Informação no gabinete do Primeiro-Ministro,
como acontece com este governo de José Sócrates. É desejável que esta
informação passe pelo Parlamento, pelas comissões responsáveis, de maneira a
existir uma partilha de informação e de fiscalização do órgão máximo da
democracia que é a Assembleia da República. Se as informações passam
directamente para o Governo, ainda por cima sem terem tutela ministerial, sendo

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directa para o Primeiro-Ministro, é situação que a Juventude Popular tem de criticar


e denunciar.

É essencial uma especial atenção ao problema da violência doméstica, a qual


tem sido uma das bandeiras da Juventude Popular da Maia nestes últimos anos.
Este é um problema que tem vindo a aumentar, e que tem revelado números
assustadores nas faixas etárias mais jovens. Exige-se uma cultura de educação que
promova o respeito entre conjugues/namorados/parceiros.

Um dos problemas, embora muito camuflado e pouco discutido, é a


propriedade intelectual. É necessário um esforço para legislar melhor sobre este
tema. Em Portugal, a legislação é fraca no que toca a propriedade intelectual.
Queremos uma meritocracia e a quem o que lhe é devido. O mais fácil que há é
roubar uma ideia em Portugal e nada se passa. Para promover investigação, para
promover descobertas, criação de projectos, é preciso leis sobre propriedade
intelectual que protejam quem o faz.

A criminalidade de baixa intensidade, a nosso ver, tem como resposta, mais


uma vez, a educação. Defendemos que algum tipo de criminalidade de baixa
intensidade deve ser despenalizada, até porque não faz mal à Sociedade mas
somente ao próprio indivíduo que a comete, e que a comete de livre e espontânea
vontade.

Impõe-se especial atenção ao combate ao crime organizado, ao crime


financeiro nomeadamente à fraude e corrupção, e à criminalidade electrónica.
Principalmente no caso da criminalidade financeira, os casos tem vindo a aumentar,
muitas vezes por causa de uma supervisão fraca e incompetente promovida pelo
Estado e por legislação mal feita, na maioria das vezes pelo “centrão”.

Hoje em dia também não se pode falar de Segurança sem falar de terrorismo.
Cada vez mais o Estado português e as suas polícias devem estar atentos a este

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fenómeno internacional, até porque Portugal, como país porta da Europa, é


propício a que encontros e planos de terroristas tenham aqui lugar. Além disso, não
podemos esquecer que o nosso país vizinho tem um problema com terrorismo que
a qualquer altura pode ser estendido para Portugal.

Na imigração defendemos uma entrada controlada de pessoas no país. Não


temos a possibilidade de acolher toda a gente, mas também achamos que devemos
fechar as portas. A selecção da imigração deve ser promovida em Portugal, com o
devido humanismo e respeito que qualquer um que procure o nosso país merece.

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da Saúde

A Juventude Popular da Maia entende que a


Saúde em Portugal, e mais especificamente no concelho
da Maia, tem vindo claramente a enfraquecer.
Embalados por um Sistema Nacional de Saúde
burocrático, antipático, cinzento e mega dispendioso, o
país continua a registar indicadores preocupantes no que respeita o acesso da
população a cuidados paliativos e a emergências. O encerramento descontrolado
de maternidades e de unidades de saúde locais, assim como a notória fraqueza dos
denominados SASU, são também casos de necessária reflexão a que a Juventude
Popular da Maia não ficará alheia.

O desenvolvimento e expansão do concelho da Maia nos últimos anos tem já


levantado, ainda que muito a medo, a questão das infra-estruturas de Saúde
existentes, as que deveriam existir já há algum tempo, assim como os serviços que
as compõem ou deveriam compor. Arriscamo-nos a defender que neste momento o
sector da Saúde na Maia tem sido dos mais fracos em termos de crescimento e
implantação tanto de cariz privado ou público. Os constantes avanços e recuos na
construção do Hospital do Lidador são um caso concreto de fraco entendimento
estratégico entre os fundos públicos e a gestão privada que, mesmo sendo
notoriamente mais eficiente e eficaz que a pública, ainda é mal entendida e
desejada por opiniões de esquerda extremista. Culturalmente, a gestão privada
ainda é vista em Portugal como dúbio e desonesto, o que está claramente errado. A
gestão privada em organismos públicos faria todo o sentido para a optimização

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eficaz dos recursos e para a lógica de um trabalho profissional em todos os


sentidos. Todas as forças políticas sabem que isto é verdade, mas teimam em
esconder-se em ideologias desajustadas da realidade, das exigências e da evolução
constante da sociedade. O concelho da Maia, devido à sua população residente
actual, merece e necessita de uma unidade de saúde que englobe serviços de
urgência permanentes e de cuidados paliativos, neste caso não só para servir a
população maiata, mas também para apoiar o resto dos concelhos do Grande Porto.

Outra questão que a Juventude Popular da Maia não deixará de defender


publicamente é um maior apoio e incentivo à realização de campanhas de dádiva de
sangue e medula óssea. Campanhas essenciais hoje em dia como esta ainda passam
despercebidas ou até praticamente inexistentes no nosso concelho. Mais do que
ajudar, estas campanhas passam pela participação activa da cidadania e isso é um
valor que defendemos desde sempre.

A Juventude Popular da Maia não ficará alheia ao debate de causas mais


fracturantes como a Eutanásia, o Testamento Vital e o Aborto. Conscientes de que
todas estas questões ainda geram sentimentos diversos e longe de consenso, será
nossa prioridade criar espaços de debate organizados e sustentados por mensagens
claras que certamente vão enriquecer e ajudar à desmistificação destas questões.

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do Urbanismo e Transportes

A Maia é um Concelho onde predominam os


movimentos pendulares entre o Norte da Área
Metropolitana do Porto (AMP) e o concelho do Porto.
Nesse sentido, esses movimentos efectuam-se na sua
grande génese no sentido Norte-Sul ou Sul-Norte.
Estando com transportes públicos considerados adequados para esse tipo de
movimentos, cabe ao município garantir um transporte célere nos sentidos Este-
Oeste e vice-versa, criando interfaces de ligação à rede principal de transportes (no
sentido Norte-Sul). Paralelamente, a viagem de ligação entre os vários centros de
freguesia e o centro do Concelho deverá ser optimizada e reduzida de modo a
viabilizar este tipo de movimentos.

Ainda em relação aos transportes urbanos da Maia, verifica-se uma total


desarticulação com o que são as necessidades de deficientes motores com
dependência deste tipo de transportes. Neste sentido, seria de considerar
alterações no conceito dos equipamentos disponíveis.

Com a chegada do Metro ao nosso Concelho, o modo de viajar transfigurou-


se naturalmente. Conseguiu-se reduzir a dependência da viatura própria mas, deve
o Concelho preocupar-se com os tempos de viagem praticados pelo Metro até ao
centro do Porto, exigindo-se movimentos ditos “expressos” ao longo do dia. Mais
do que garantir o prolongamento da linha verde para a Trofa, parece-nos mais

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viável, pela experiência da linha da Póvoa, que se deva procurar construir a linha
que servirá a Maia a partir do Hospital São João no Porto.

Com vista à resolução de problemas sociais e urbanísticos gravíssimos no


centro da cidade, que se vinham a arrastar no tempo, foi criado o Plano de
Pormenor do Novo Centro Direccional da Maia, mais conhecido por Parque Maior.
De facto o modelo de habitação social do Bairro do Sobreiro, há muito falido, e que
originou a sua estigmatização social e comportamentos anti-sociais, levou à
necessidade da criação deste plano de regeneração urbana que pretende elevar a
imagem da cidade. Se o conceito é bom apenas peca por tardio, isto apesar de já se
verem alguns sinais da implementação do projecto. A verdade é que passaram
quase dois anos após a apresentação pública do projecto e os maiatos continuam
sem o impulso na sua qualidade de vida que este centro urbano hoje proporciona.
Convém lembrar que este projecto apoia-se em grande parte no investimento
privado através da utilização do sistema de perequação compensatória que
pretende corrigir as desigualdades entre o plano urbanístico e o princípio da
igualdade, segundo o DL 310/2003 de 10 de Dezembro. Se o conceito é interessante
ainda será preciso haver incentivos ao investimento privado, já que todos os fundos
provenientes de programas europeus não são aplicáveis à construção de
alojamentos. Além disso, não existe um plano articulado de reintegração, em
diversas esferas, das famílias que se pretendem desalojar do Bairro do Sobreiro para
outros pontos da cidade. Em que moldes, com que regimes de compensação, com
que programas de reintegração e que sentido de pertença? A Juventude Popular da
Maia vai exigir respostas.

Passando para outro ponto de relevo no contexto presente, será de destacar


o Jardim Zoológico da Maia. De facto, é hoje incomportável manter uma estrutura
daquela natureza num espaço tão reduzido e foi por isso com agrado que a
Juventude Popular da Maia viu a solução do alargamento do espaço resolvida, uma
situação para a qual já tinha vindo a alertar o próprio executivo. No entanto, não
podemos deixar de sugerir que o espaço do Zoo beneficiaria em termos de

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viabilidade económica a curto/médio prazo de uma transferência para outro local,


mais afastado do meio urbano de modo a proporcionar-lhe uma ainda maior
capacidade de expansão. Continuaremos atentos a este processo e não deixaremos
de marcar uma posição sempre que necessário.

Olhando ainda para o centro da Maia, a área central junto à Câmara


Municipal constitui uma das maiores aberrações dentro das fronteiras do Concelho.
De facto, a exposição a que as pessoas que por lá circulam estão sujeitas, a falta de
parâmetros mínimos de garantia da privacidade para as pessoas que desejam passar
por lá um momento e a falta de mobiliário urbano patente nessa praça em muito
prejudicam a imagem do core city.

Uma cidade deve ser composta por variados níveis de espaços verdes que
garantam a qualidade de vida dos seus habitantes. Neste capítulo, se é certo que
dispomos de um parque da cidade, este apresenta diversas lacunas, nomeadamente
no que concerne à qualidade das acessibilidades, ao parqueamento automóvel pela
procura existente ou ainda pelos pontos de água ténues que compõem o próprio
parque. Já no que concerne a espaços de lazer de proximidade, verifica-se uma clara
ausência dos mesmos, sendo que estes, quando existem, aparecem como soluções
para “sobras” do espaço urbano, o que desde logo lhes retira a dignidade e
visibilidade que seria de esperar.

Voltando-se para o nível das freguesias, assistimos hoje a centros de


freguesia completamente desvalorizados no que constitui a sua imagem, parecendo
terem parado no tempo. De facto, não basta canalizar verbas para os arranjos do
centro da cidade. A cidade da Maia compõe-se pelas suas diversas freguesias, sejam
elas de carácter mais urbano ou rural e, nesse sentido, deveria também ser
promovida a renovação urbana das mesmas. É com este conjunto de considerações
e sugestões que a Juventude Popular da Maia pretende incrementar a qualidade de
vida dos maiatos, sempre numa perspectiva de responsabilidade que lhe é
reconhecida.

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da relação com o CDS-PP Maia

Embora estatutariamente sejam estruturas autónomas, com poderes de


decisão próprios e independentes, é inegável a constante cooperação entre a
Juventude Popular e o CDS-PP.

A Juventude Popular da Maia orgulha-se de tomar as decisões em


consciência com os seus princípios e valores, é uma estrutura perfeitamente
autónoma e respeitadora dos seus limites. Reconhecemos estes mesmos atributos
ao CDS-PP Maia e acreditamos numa constante lógica de entendimento e
entreajuda entre as duas estruturas sempre que assim for possível.

Porque todos acreditamos numa direita firme, democrática, consciente das


suas virtudes e defeitos, resta-nos trabalhar sempre por uma melhor JP e por um
melhor CDS-PP que sirva com excelência a Maia e os maiatos.

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