Vous êtes sur la page 1sur 9

CULTURA DA ESPANHA

Arquitetura

A arquitetura da Espanha revela a influência dos vários povos que dominaram o país. Alguns aquedutos,
pontes e outras edificações dos antigos romanos ainda estão em uso., enquanto ruínas de outros
monumentos romanos podem ser vistas em todo o país. Mesquitas (templos) construídas pelos mouros
erguem-se em algumas cidades do sul, embora a maioria dessas construções sejam agora igrejas
católicas. A enorme catedral de Córdoba foi construída como mesquita no século VIII. Mais de mil colunas
de granito, jaspe, mármore e ônix sustentam suas arcadas. Os mouros construíram castelos fortificados
chamados alcáçares. O mais famosoe o esplêndido Alhambra, em Granada.

A Espanha tem cerca de 1400 castelos e palácios, incluíndo os alcáçeres. O Escorial, que é uma
combinação de mausoléu, igreja, mosteiro e palácio, se encontra a cerca de 48 km ao noroeste de Madri.
Foi construído no século XVI: é uma das maiores edificações do mundo. A estrutura de granito cinzento
ocupa quase 37 mil metros quadrados, tem 300 salas, 88 fontes e 86 escadas. Os túmulos de muitos
monarcas espanhóis encontram-se no Escorial.

A uma distância aproximada de 16 km do Escorial fica o Vale dos Caídos, outro monumento aos mortos e
mosteiro. Os mausoléus encontram-se no inteiror de uma montanha.Cerca de 46 mil mortos durante a
Guerra Civil Espanhola estão enterrados nesse local, assim como o corpo do ditador Francisco Franco.

Uma cruz com 150 m de altura, feita de concreto armado, foi colocada em cima da montanha.

A catedral gótica de Sevilha é a segunda maior igreja da Europa. Apenas a Basílica de São Pedro, em
Roma, a supera. A catedral de Sevilha em 116 m de comprimentoe 76 m de largura, e sua torre ergue-se
a 120 m..

MÚSICA

Ao contrário de muitos outros países europeus, a Espanha foi berço de poucos compositores importantes
de óperas e sinfonias. No século XVII, compositores espanhóis criaram uma modalidade de opereta
chamada zarzuela, que combina canto e diálogo. Os músicosmais cinhecidos da Espanha no século XX
são o violoncelista Pablo Casals, o compositor Manuel de Falla e o violonista clássico Andrés Segóvia.

Na Espanha existem cantos e danças folclóricas. O povo de cada região tem suas canções e danças
especiais. O acompanhamento é feito com castanholas, violões e pandeiros. Danças espanholas como o
bolero, o fandango e o flamenco tornaram-se mundialmente conhecidas.

ARTES

A Espanha tem uma rica tradição artística e foi berço de alguns dos maiores pintores e escritores do
mundo. As artes na Espanha tiveram seu apogeu no chamado Século de Ouro, entre os séculos XVI e
XVII, quando o país era uma das maiores potências mundiais. Desde então as artes conheceram certa
decadência, mas houve um renascimento no século XX.

LITERATURA

As mais antigas obras espanholas ainda existentes são O Poema do Cid e O Drama dos Reis Magos.
Especialistas acreditam que ambas as obras datem do século XII, mas não sabem quem as escreveu. O
Poema do Cid narra as façanhas de um dos heróis nacionais da Espanha.

Apenas uma parte de O Drama dos Reis Magos se conservou: a obra trata da visita dos Reis Magos ao
Menino Jesus.

Durante o Século de Ouro, os escritores espanhóis produziram algumas das mais conhecidas obras
literárias do país. Por exemplo Miguel Cervantes escreveu Dom Quixote, uma das mais importantes obras
literárias de todos os tempos. O dramaturgo Pedro Calderón de la Barca escreveu a famosa peça A Vida
é Sonho. Entre os principais escritores espanhóis do século XX contam-se os ensaístas José Ortega y
Gasset e Miguel de Unamuno, o dramaturgo Antonio Buero Vallejo, o romanciscta Camilo José Cela e os
poetas Garcia Lorca e Juan Ramón Jimenez.

ALGUNS ESCRITORES

LOPE DE VEGA: (1562 - 1635) Poeta e dramaturgo barroco, é considerado o criador do teatro espanhol
do século XVII. Extremamente produtivo, consta que escreveu 1.500 peças. Exagero ou não, Lope de
Veja dominou os palcos teatrais até a chegada de Pedro Calderón de la Barca, que lhe roubou o público.

Lope de Veja foi o escritor da realeza, personagem de grande parte de suas obras. "O Melhor Alcaide é o
Rei" (1607), com essa temática, foi e ainda é uma de suas peças mais encenadas.

FEDERICO GARCÍA LORCA: (1898 - 1936) Ídolo literário dos fãs do binômio liberdade e rebeldia, o
escritor granadino cantou a Espanha na maioria de seus versos. "Canciones Gitanas" (1927), de poesias,
o consagrou. García Lorca desempenhou um papel importante também como dramaturgo. Escreveu,
entre outras, a trilogia trágica "Bodas de Sangue" (1933), "Yerma" (1934)e "A Casa de Bernarda Alba"
(1936).

Lutou na Guerra Civil Espanhola contra os franquistas e foi fuzilado por eles em 1936.

PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA: (1660 - 1681) Quando escreveu que "toda la vida es sueño y los
sueños, sueños son", o dramaturgo talvez não imaginasse que a peça "A Vida é Sonho"(1635) faria
sucesso tal a ponto de destronar Lope de Veja.

Calderón tinha como principal temática a luta de foice entre o livre arbítrio e as limitações impostas pelas
convenções sociais, a religião e a honra.

MIGUEL DE CERVANTES (1547 - 1616) - Sinônimo de literatura espanhola, o autor de "El Ingenioso
Hidalgo Don Quijote de la Mancha" (1605) revolucionou o mundo da pena e do papel ao utilizar recursos
como a ironia e o humor em sua obra mais conhecida. Nenhum outro livro seu alcançou a mesma fama
que as aventuras do cavaleiro das ilusões, Don Quixote, e seu fiel escudeiro.

PINTURA

Os principais pintores espanhóis durante o Século de Ouro foram El Greco, Murillo e Velázquez. Um dos
primeiros mestres da arte moderna, Goya, destacou-se durante o final do século XVIII e começo do
século XIX.

O mais conhecido artista espanhol depois de 1900 foi Pablo Picasso. Ele criou, além de suas pinturas,
magníficos desenhos, esculturas, gravuras e cerâmicas. Entre outros destacados pintores espanhóis
modernos encontram-se Salvador Dali, Juan Gris, Joan Miró e Antonio Tapies.

ALGUNS PINTORES

DIEGO DE VELÁZQUEZ: Artista da nobreza por excelência, Velázquez é autor de uma das obras
espanholas mais reproduzidas e admiradas, a tela "As Meninas". Nela, o autor aparece à esquerda,
pintando meninas da corte. Contrariando as tendências da época, Velázquez retratou também os
desfavorecidos. "As fiandeiras" (1657- 1660) foi o primeiro quadro da história a ter operárias como tema.

EL GRECO: (1541 - 1614): Um dos maiores pesos-pesados das artes plásticas, nasceu em Creta e
morou durante grande parte da sua vida em Toledo, cidade retratada na tela "Vista de Toledo sob a
Tempestade" (1610- 1614), uma de suas obras primas.

El Greco impregnou suas produções de um realismo atroz, capaz de traduzir o caos humano em jogos de
sombras e de claros-escuros. Outras telas do artista bastante conhecidas são "Visão de São João"(1610 -
1614), " A Ressurreição de Cristo" (1600 - 1603) e "Laocoonte" (1610- 1614).
JOAN MIRÓ (1893 - 1983): Um dos frutos mais fecundos de Barcelona, o artista traçou linhas e figuras
algo pueris que conquistaram uma legião de admiradores.

Considerado um dos maiores mestres da composição cromática, salpicou com toques de alegria a
maioria de seus quadros.

GOYA (1746 - 1828): Nascido em Fuendetodos, próximo a Zaragoza, concorre com El Greco no quesito
"gênios da pintura espanhola". Outro mestre do realismo, Goya transpôs para suas telas um mundo
povoado por bruxas, demônios e também pessoas comuns. "Maja Desnuda"(1796 ), que mostra uma
mulher em duas versões, com e sem roupa, provocou furor na época. É uma de suas óbras mais
famosas.

PABLO PICASSO (1891 - 1973): Depois da fase azul e da fase rosa, criou cubismo, com "Les
Demoiselles d`Avignon"(1907). Foi um dos artistas mais prestigiados do século 20.

FOLCLORE

As antigas características regionais de Castela, Andaluzia, Galícia, Catalunha e das províncias bascas,
acentuadas por contrastes naturais, continuam a existir, embora haja diferenças quanto à resistência em
assimilar novos costumes. As comunidades locais preservam sua vitalidade, muitas vezes enfraquecida
pela centralização do governo.

Por outro lado, a industrialização criou classes superiores de banqueiros e homens de negócio que
trazem consigo algum espírito de renovação. A própria Igreja espanhola, a partir do concílio ecumênico,
tem cedido às pressões do Vaticano, promovendo reformas econômicas e sociais.

No entanto, os costumes tradicionais - alguns de grande beleza - persistem. A Fiesta é um dos principais
traços da vida social espanhola, não só nos pueblos mas também nas cidades. Elas ocorrem em dias
santificados e incluem peregrinações, feiras especiais, carnaval tudo acompanhado de fogos de artifício e
touradas. As romerías aos lugares santos acontecem sobretudo no verão. Uma das mais conhecidas é a
del Rocio, realizada no dia de Pentecostes, em Huelva. A verbena é uma feira noturna em cidades e vilas,
principalmente Madri. Sevilha tem a sua feira de abril e a famosa procissão de semana santa, que dura
vários dias. Valência é conhecida pela procissão de São José, em que se destacam enormes bonecos;
em Pamplona há uma festa em que touros jovens são soltos pelas ruas e os habitantes transformam-se
em "toreadores". A tourada, aliás, é o espetáculo nacional por excelência.

CULINÁRIA

Na região central da Espanha, temos de cordeiro (cordero) a leitão (cochinello), preparados de maneira
artesanal, passando por caças como faisão, perdiz e javali. A paelha, prato típico da região de Valência, é
feito á base de arroz e açafrão. As tapas (entradas) usam e abusam do chouriço, além do sem igual
presunto de guijuelo.

Da região central também vem o melhor queijo da Espanha - o manchego (que, quando curado; parece
bastante com o parmesão) à base de leite de ovelhas criadas na planície de La Mancha - e leguminosas
(feijão, grão-de-bico) e lentilha de todas as cores formatos e tamanhos.

Duas sopas, uma para o verão e outra para o inverno, merecem destaque: castellana e gaspacho. São
sempre acompanhadas de pães, cujos miolos, refogados com pimentões e bacon, e inspiradas nos
pastores.

Nas sobremesas, os doces mais tradicionais são as "yemas de Ávila" (gemas de ovos açucarados), as
"almendras garrapiñadas de Alcalá de Henares" (amêndoas confeitadas) e os "marzapãs de Toledo",
marzipãs.

Além dessas iguarias, há também puchero, conhecido em todo o mundo, pollo chilindron (frango
espanhol) e os lanches: pancho com panchetta (cachorro quente com bacon), tortilla (pastel espanhol) e a
bebida sangria (feita com vinho, laranja e água mineral com gás).

Fonte: www.cdcc.sc.usp.br
Home Cultura da Espanha << voltar

POPULAÇÃO E COSTUMES

A grande tradição histórica que levou Espanha à ser um território conquistado e posteriormente um
grande conquistador prevalece no caráter da sua gente. Herdeiros de uma cultura que mistura com
alegria religiões e ideologias variadas, que esforçou-se durante séculos para estabelecer uma unidade, os
espanhóis tem desenvolvido um marcado acento hospitalero e cordial que defronta-se com uma
necessidade auto-protetora de isolamento interior. De repente são muito europeus com um ar de auto-
suficiência e desesperanza, e num instante balançam para o lado vivaz e quente da sua natureza latina e
muçulmana desfrutando dos prazeres da vida, sendo hospitaleros e orgulhosos da sua história.

Longos anos de luta pela unidade nacional contrastam com um marcado sentido regionalista que
prevalece por cima do nacionalismo caraterístico de outros países. Os espanhóis são primeiro
castelhanos, catalães, vascos, andaluzes ou galegos que espanhóis, são primeiro da sua terra que da
sua nação, da sua língua regional que do espanhol que orgulha-les perante o mundo como língua prolífica
em beleza poética e narrativa. Este sentido regionalista leva-os à lutar em solidaridade pela conservação
das tradições, costumes e história com singular paixão. Cada comunidade, cada província e povoação
conservam quase intatas lendas e hábitos da sua época medieval e inclusive da herança romana. Os
espanhóis cuidam do seu passado com tanto fervor que tornam-o presente em cada celebração, em cada
repetição oral ou encenada das suas costumes fazendo um constante viagem entre o ontem e o hoje.

Este afão por manter o passado traslada-se à conservação do seu patrimônio histórico físico: igrejas,
mosteiros, conventos, becos, praças e casas de personagens que tem deixado pegada à seu passo pela
história, são protegidas e mimadas pelo Estado, pero, como se fosse um trabalho exclusivo dos
habitantes, grande parte deles deleita-se em conservar os mitos e histórias que dão vida esses lugares e
em narrá-los com detalhe aos visitantes quando apresenta-se ocasião. Perdido nos sôtãos do Escorial ou
nas trincheiras do Alcácer em Toledo, por citar exemplos, o visitante que tenha escutado um espanhol
narrar a história desse lugar pode chegar sentir a vitalidade de uma época passada, as forças que
acumuladas templaram o complexo caráter hispano.

Em soma, o espanhol orgulha-se do seu passado, do seu caráter ferrenho e conquistador e das
evidências que o tempo e a história deixaram sob seu cuidado na sua geografía. Como contraste, o
presente os angustia, parece-lhes uma inecessária jogada do destino sem frutos, sem visão e nem
esperanza pelo futuro. As crises esconômicas que a Espanha do século XX tem tido que enfrentar fizeram
aflorar o outro lado do caráter ibérico que identifica-o mais com os atuais sentimentos geralizados
europeus: o lado sem esperanza e sem sonhos, o de proteção excesiva de suas fontes de emprego e a
visão, as vezes estranha, de uma competência constante com as outras nações europeas. Neste sentido,
Espanha é um país sombrío cuja taxa de natalidade, sinal da visão popular para o futuro, tem descido
quase até o zero, onde os jóvens passam as noites nas ruas e bares à viver sem conviver entre drinques,
música e cigarros, onde os habitantes da terceira idade abundam e a solidão mina-lhes a existência sem
maiores recursos que as lembranças de tempos mais felizes.

Em térmos gerais o nível de vida é alto e a povoação goza sem grandes esforços de serviços sociais
indispensáveis como os de saúde, educação e vivenda. O emprego é escasso, mas existe o seguro de
desemprego que permite sobrevivir por um tempo. Os jóvens de 25 à 30 anos são os que com maior
dificuldade irão colocar-se no mercado laboral. Porém, a vida mantém para os espanhóis a sua alegria
prazenteira na hora do bar, que visitam tão assiduamente como antanho visitaram a igreja: à meia manhã,
à meia tarde e pela noite, as tapas variadas de queijo, omelete espanhol, ovo, pressunto, mariscos ou
batatas, acompanham essa escapada ao bar na que se bate um papo com os amigos.

E se por uma parte uma capa de desesperanza cobre às novas generações espanholas, por outra
mantém-se assombrosamente o humanismo que no século XVI elevaram os filósofos e escritores
espanhóis. Embora que o mundo em geral acha imerso em processos de modificação de hábitos básicos
marcados pelas novas formas de trabalho industrial e comercial, na Espanha prevalece o costume de
fazer um alto ao mediodía, entre as 14 e as 16 horas para comer em casa com a família, pelas noites, o
jantar realiza-se em volta das 22:00 horas para dar passo a uma vida noturna agitada que permite aflorar
o lado barulhento do caráter do espanhol.

O comprimento de dois beijos, um em cada face, é talvez a maior cortesia física que os hispanos
oferecem sem pudor aos visitantes, com isso revelam que a igualdade abarca aos estrangeiros pois
comprimentam igual que aos seus conterrâneos sem nenhum reparo. Porém, outra clase de contatos
físicos entre as pessoas reserva-se aos namorados ou os velhos amigos e é inusual que a gente seja
muito expressiva neste sentido. Entre os homems, este contato reserva-se à estreitar as mãos sem muita
efusividade. A fala é rápida embora não se tenha pressa e o tom acostuma ser imperativo sem que isso
indique superioridade, enojo ou distancia. Os espanhóis são muito diretos e expressivos verbalmente em
suas opiniões e juízos e quem não há entendido previamente pode sentir-se vítima do enfado inexistente
do seu interlocutor, por contraste, são redundantes em suas informações e é necessária uma grande
dosis de paciência quando trata-se de estabelecer térmos de intercâmbio comercial ou pessoal ou quando
solicita-se ajuda e informação.

Um hábito espanhol que de entrada mexe com o visitante, especialmente se não partilha o gosto, é a
paixão pelo tabaco. É possível que em nenhúm outro lugar do mundo se fume tão livre e constantemente.
Ainda nos lugares onde proibe-se fumar, de acordo às leis que internacionalmente tem-se tentado impor,
os espanhóis fazem por não abandoar este hábito que, mesmo que seja pessoal, pode considerar-se
nacional, inclusive nos espetáculos públicos e em alguns programas de T.V., não fique surpreso se
aparecer alguma pessoalidade fumando um cigarro. Para o seu agrado, no caso de ser fumador, o tabaco
talvez seja um dos poucos produtos que poderá encontrar sem reparo à qualquer hora do dia ja seja em
estancos (tabacarias oficiais do estado), nos bares ou nas numerosas e socorridas máquinas automáticas
para isto.

O costume de respeitar os horários para comer, assim como essa paixão e culto que os habitantes da
península impoem à sua noite é a causa de que os horários comerciais sejam tão benévolos. Pelas
manhãs não encontrará aberta nenhuma loja, frutaria, mercado ou qualquer serviço antes das 9 da
manhã e inclusive talvez deva esperar até as 10, no meio dia a gente retira-se para comer e as lojas e
serviços fecham de 14 às 16 ou 17 horas, na tarde, às 20.00 h. começam a ver-se cair as portas dos
comércios. Os únicos lugares que permanecem abertos de maneira continua são os grandes armazéns,
geralmente com tendência de mercado estrangeira, os restaurantes e bares.

Fonte: www.rumbo.com.br

MEIOS DE TRANSPORTE

Palavras semelhantes, usos diferentes


Claudine U. Whitton*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Leia a notícia a seguir, divulgada na imprensa, sobre um acidente aéreo ocorrido na Venezuela, e observe as
palavras em negrito:

Funcionarios venezolanos confirmaron a la BBC que fue


encontrado estrellado el avión que desapareció este jueves con 46
personas a bordo. No hay sobrevivientes.

El vuelo 518 de la empresa Santa Bárbara Airlines había


despegado el jueves alrededor de las 17:00 hora local (21:30
GMT) del Aeropuerto Alberto Carnevalli de la ciudad andina de
Mérida, situada a 680 kilómetros al oeste de Caracas.

La aeronave, de matrícula YV-1449-C, tenía como destino la


capital venezolana.

Al parecer el avión ATR 42300 de fabricación franco-italiana se


estrelló a más de 4.000 metros de altura, cerca de la laguna Las
Iglesias, en el páramo Los Conejos.

Al parecer a la hora del vuelo el clima era normal para la región con
algunas nubosidades.

En el avión viajaban 43 pasajeros y tres tripulantes.

Santa Bárbara Airlines es una pequeña aerolínea venezolana que


cubre vuelos nacionales e internacionales. (Sacado de BBC)
É preciso estar atento às diferenças

Você compreendeu o significado das palavras destacadas?

O interessante é perceber que não há, em língua portuguesa, o mesmo uso para essas palavras e que, dado o
contexto acima, é impossível traduzi-las ao pé da letra. Estrellado, por exemplo, usaríamos para fazer
referência ao céu estrelado e não à colisão do avião.

As variações geográficas são ricas na língua espanhola - e o importante é que você aprenda que existem
diversas maneiras de dizer a mesma coisa, dependendo do país ou região em que o espanhol é falado.

Um exemplo clássico é a palavra ônibus, que pode ser ómnibus, autobús, camión, guagua, etc.

Por outro lado, há várias outras palavras que podem confundi-lo se não estiver atento, ou poderão ser
empregadas ou traduzidas inadequadamente, como matrícula, destaque na notícia acima.

A tabela a seguir ilustra como são empregadas, nas duas línguas, algumas ações referentes à utilização de
certos meios de transporte:

Espanhol Português
Arrancar/ poner en marcha Dar partida
Coger/tomar un avión, un Pegar um avião, um trem,
tren… o carro
Echar gasolina/ cargar nafta Pôr/ colocar gasolina
Subir/bajar del avión, del Entrar e sair/descer do
autobús, del tren… avião, do trem..
Abrocharse el cinturón de Colocar/afivelar o cinto de
seguridad segurança
Pincharse una goma, una
Furar o pneu
rueda/quedar en llanta
Aparcar, estacionar Aparcar, estacionar
Poner una multa Multar

Outros contextos

Há expressões tomadas desse universo e que são aplicáveis a outros contextos. Observe:

"Estoy pidiendo el voto para los socialistas porque somos la única


garantía de que este país va a mirar hacia adelante y no va a dar
marcha atrás.”

“…Es que Obama atraviesa ahora su momentum, que está en la


cresta de la ola tras sus 11 victorias consecutivas, pero que ese
entusiasmo se podría pinchar si la senadora gana tanto en Tejas
como Ohio…”. (Fragmentos extraídos do jornal El País.)

O que quis ilustrar com esses exemplos é que você poderá empregar essas duas expressões em várias
situações em seu dia-a-dia. Quer ver? Foi mal numa prova? Diga: "He pinchado en el examen de matemáticas".

Alguém mudou de idéia a respeito de algo que tinha combinado com você? Diga: "Ana ha dado marcha atrás y
no irá con nosotros".
*Claudine U. Whitton é professora de espanhol na rede particular de ensino, em São Paulo.

ESPANHOL E DIFERENÇAS NACIONAIS

Uso do voseo e do vos na Argentina


Claudine U. Whitton*
Especial para Página 3 Pedagogia & Comunicação
Além da entonação e da pronúncia, traços que caracterizam a forma pela qual nos expressamos regionalmente,
há outros sinais nas línguas que também funcionam como elementos típicos de determinada cultura.

Nesse sentido, é necessário conhecer e aprender sobre o voseo, o emprego do vos no lugar do pronome tú,
modo pelo qual se comunicam nossos vizinhos argentinos.

Não é simples aprender o voseo. Já é complexo usar corretamente o pronome tú e os verbos devidamente
conjugados em 2a pessoa, pois em português usamos a 3a pessoa (você).

De qualquer modo, não há como negar sua importância. Há ícones da cultura argentina bem conhecidos, como
a personagem Mafalda (dos quadrinhos), filmes de qualidade em cinemas e locadoras e outros materiais que
podem ser explorados nas aulas de espanhol. Em todos, você se deparará com vos.

O voseo está presente em toda parte: nos jornais, nos filmes, nas ruas. Não é gíria nem jargão de deteminado
grupo social. Trata-se de um fenômeno lingüístico reconhecido pela RAE (Real Academia Española), o órgão
equivalente à Academia Brasileira de Letras.

Leia os textos a seguir para aprender um pouco sobre esse assunto.

 Anúncio publicitário de companhia telefônica:


Atendé
Te están llamando de Argentina
Hablá sin límites por U$S 9.90

 Letra de música do cantor Fito Páez:


Beauty
La vida se dio así
El mundo se dio así
Jugá, jugá, jugá
Amá lo que hay que amar

 Diálogo entre dois personagens do filme No sos vos, soy yo:


Escena 1 (Javier y María)
— Javi, mira, mirá, ¿cómo me queda?
— Pará.
— Mirá este perfil y mirá este perfil.
— No. Dejáte de joder. Estás divina. Además se nota y es
horrible al tacto.
— Ya está. Me las voy a hacer. Le voy a pedir la plata a mi
papá para mi cumpleaños y me las voy a hacer.
— Escucháme María. Es una operación, ¿no te das cuenta? Es
una intervención quirúrgica.
— Sí, re común que se hace todo el mundo.
(Suena el teléfono)
— ¿Quién era?
— Luis.
— ¿Qué quería?
— Nada, que uno de los chicos que lo ayuda siempre está
enfermo, que el otro está afuera...
— ¿Por qué te llama a vos?
— Porque yo soy el socio.
— Sí, ¿pero no habían quedado en que vos no ibas más?
— Sí, pero esta vez es una emergencia. (...)

Modo imperativo "a la argentina"


A proposta destas leituras é fazer você perceber nuances e consolidar conhecimentos sobre conjugações
verbais no modo imperativo afirmativo, em especial no singular. Estamos falando da 2ª pessoa tú ou da 3ª
usted.

Os exemplos que você acabou de ler mostram uma variação de construção e uso, nos quais predominam o
emprego do

 vos no lugar do pronome tú.

Dê uma olhada na tabela sobre as conjugações. Lembre-se que a formação do voseo deriva da 2a pessoa do
plural, vosotros, como está descrito no texto Diferenças Nacionais 1.

Verbos Verbos – conjugações


Presente de indicativo habláis, jugáis, amáis,
(conjugados na 2a. p plural miráis, paráis, dejáis,
vosotros) escucháis, atendéis
Imperativo afirmativo (VOS –
observe a supressão das letras hablá, jugá, amá, mira,
finais dos verbos conjugados no pará, dejá, escuchá, atendé
pres.indic.)

*Claudine U. Whitton é professora de espanhol.


LOCALIZACIÓN

Aprenda construções gramaticais de localização


Carolina Valéria Leon Leite*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
La pregunta ¿dónde?, la puedo responder con el uso de algunas preposiciones.

Para referirnos a un punto determinado en el espacio se usa la preposición en:


 Mi padre trabaja en el centro de la ciudad.
 Viví muchos años en África.

La preposición a expresa un punto indeterminado del espacio. Su uso es mucho más limitado que en:
 Las flores están a los pies del monumento.
 La familia estaba sentada a la mesa.

Dentro de y en indican parte interna de algo:


 Amanda está encerrada dentro de su dormitorio.
 Las joyas están en esa caja fuerte.

La preposición por se refiere a veces a un punto aproximado del espacio; es decir, define una región:
 Creemos que anda por el centro.
 Mis amigos deben andar por los barrios bohemios.

En otras ocasiones, por se refiere a muchos puntos dentro del lugar delimitado:
 Las cabras pastan por el monte.
 He buscado a mi hermana por todo el edificio.
 Por la avenida no se ve a nadie.

Se usa a lo largo de con superficies más largas que anchas:


 A lo largo del camino los fieles saludaban al Papa.
 Hay muchos basureros a lo largo del paseo peatonal.

Para la parte inferior de algo se usa bajo y debajo de:


 La mesa está debajo del árbol.
 El avión viaja bajo una espesa capa de nubes.
 Los mendigos viven bajo un puente.

Para indicar proximidad se usa cerca de:


 El colegio de mis hijos está muy cerca de la Plaza Mayor.
 Vivo cerca de la Catedral.

Para indicar parte superior de algo se usa sobre, encima de y en:


 Tus libros están encima del mueble.
 La computadora está sobre la mesa.
 Los helados están en el refrigerador.

Para un lugar "aéreo" se usa encima de y sobre:


 La lámpara está colgada encima de la mesa.
 El avión pasó sobre los edificios.

Para indicar la parte exterior de algo se usa fuera de:


 Los peces no pueden vivir fuera del agua.
 A Ana no le gusta comer fuera de casa.

Entre se relaciona con la conjunción y (define un espacio entre dos puntos):


 Espérame en el hotel, entre la cafetería y la estatua.
 Mis amigos viven entre el río y la ciudad baja.

Entre, sin la conjunción y, define una zona:


 Encontré un pajarito entre las ramas de un árbol.
 El asesino dejó el cadáver entre los matorrales.

Junto a y al lado de a veces indican proximidad, otras, contacto:


 Trabajo al lado de la comisaría. (Proximidad)
 La cafetería está al lado de la frutería. (Contacto)

Para indicar un lugar lejano o apartado se usa lejos de:


 China está muy lejos de aquí.
 Tuve que estacionarme lejos del teatro.

Delante de, enfrente de, frente a y ante señalan parte delantera de algo:
 Se inclinó ante la cruz.
 Delante del museo está la bajada del metro.
 Enfrente de mi casa hay un árbol centenario.
 Frente a la Plaza, hay una cabina de turismo

Para señalar la parte trasera de algo se usa detrás de y tras:


 Mira, detrás de ese camión hay una ambulancia.
 El fantasma se escondió tras esa cortina.

A la vuelta de se usa sólo en esta expresión con valor espacial:


 La parada de metro está a la vuelta de la esquina.

De cara a se refiere a la parte delantera de personas:


 A Juanito lo dejaron castigado de cara a la pared por haberse portado mal.

De espaldas a se refiere a la parte trasera de personas:


 Cuando el ladrón entró no lo vi; yo estaba de espaldas a la puerta.

Para definir la zona que rodea un punto se usa alrededor de y en torno a:


 Hice un viaje fantástico alrededor del mundo.
 Las personas conversaban en torno a la hoguera.
*Carolina Valéria Leon Leite é professora de espanhol do Colégio Sidarta e do Colégio Mackenzie-Tamboré.

Vous aimerez peut-être aussi