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Talvez não apenas por influência de seus pais, mas também por sua própria
vontade, Fichte passa a estudar teologia, em 1780, em Jena. No embate que existia entre
a liberdade e o determinismo, Fichte manifestava-se a favor do determinismo.
Fichte decidiu devotar sua vida à filosofia, depois de ler as três Críticas
de Immanuel Kant, publicadas em 1781, 1788 e 1790. Em 1790, ele volta para Leipzig,
onde um pupilo seu pede para ter lições sobre a filosofia kantiana. Apesar de mal
conhecer as obras de Kant, Fichte aceita o pedido e passa a estudar com afinco as obras
de Kant, dando conta das três críticas em poucas semanas. A leitura das críticas foi
muito importante para que Fichte superasse o determinismo, fazendo com que se
evidenciasse que o "novo mundo" é o mundo da liberdade, que se evidenciava como a
chave para entender toda a estrutura da razão. Segundo diz o próprio Fichte em carta a
Johana "a vontade humana é livre, e a felicidade não é o fim do nosso ser, mas a
dignidade de ser feliz". São portanto, essas convicções que tornam Fichte um filósofo,
aos 28 anos.
Charles S. Peirce