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Fichamento – minha parte – Conhecimento e Interesse

“O conceito de alto-reflexão, desenvolvido por Fichte como atividade que


retroage sobre si mesmo, possui uma significação sistemática para a categoria do
interesse que orienta o conhecimento. Também a esse nível o interesse antecede o
conhecimento, bem assim (alias) como de se efetua exclusivamente por meio deste
conhecimento.” 230

“O movimento da reflexão que toma a consciência empírica por ponto de partida


une por certo, razão e interesse; pelo fato de este movimento reencontrar em cada
estagio, a dogmática de uma mundividência e de uma determinada forma de vida, o
processo do conhecimento coincide com o processo formativo.” 230

“O processo formativo não é incondicionado como o é o instaurar-se do Eu


fichteniano ou como o é a dinâmica absoluta do espírito. Ele depende das eventuais
condições da natureza subjetiva, bem como da natureza objetiva; por um lado, portanto,
depende de condições duma societarização individualizadora de particulares interagindo
e é, por outro, devedora as condições da "troca metabólica" entre os agentes
comunicativos e um meio que tecnicamente precisa fazer-se disponível.” 231
“Na medida em que o interesse da razão pela emancipação, o qual é investido no
processo formativo da espécie e transpassa o movimento da reflexão, volta-se para a
efetivação daquelas condições peculiares a interação mediatizada por símbolos e
próprias ao agir instrumental, ele assume a forma restrita do interesse inerente ao
conhecimento prático e técnico.” 231
“Os interesse que, a esse nível, orientam processos cognitivos não vigem para a
existência de objetos mas, sim, para ações instrumentais e interações bem-sucedidas -
no mesmo sentido Kant distinguira o interesse puro, o qual adotamos nas ações morais,
daquele das inc1inações empíricas, o qual é despertado pela mera existência dos objetos
das ações. Mas, bem assim como a razão, ditando ambos os interesses, não e doravante
mera razão pratica pura, mas uma razão que une conhecimento e interesse na
autorreflexão, do mesmo modo os interesses voltados para a atividade da comunicação e
da instrumentalização incluem necessariamente as categorias do saber que lhes são
próprias: eles adquirem ipso facto o peso valorativo de interesses capazes de orientar o
conhecimento. Tais formas de ações não podem, a rigor, ser estabelecidas a longo prazo
sem que estejam igualmente asseguradas as categorias do saber que acompanham estes
interesses, os processos cumulativos de aprendizagem e as interpretações permanentes,
mediatizadas pela tradição.” 231
“Os interesses que orientam o conhecimento estão, portanto, determinados por
dois fatores: por um lado, eles atestam que os processos cognitivos tem sua origem em
conjuntos vitais e neles exercem sua eficácia; mas, por outro lado, através destes
interesses se expressa igualmente o fato ele que a forma da vida, reproduzida
socialmente, não poder ser caracterizada adequadamente senão pelo liame específico
entre conhecimento e interesse.” 232
“Um ato da auto-reflexão que "altera a vida" é um movimento da emancipação.
De modo igual como aqui o interesse da razão não pode corromper a força cognitiva da
razão - eis que, como Fichte não cansa de explicitar, conhecimento e interesse estão
fundidos em um único ato - o interesse não permanece exterior ao conhecimento lá,
onde ambos os momentos da atividade e do conhecimento já se dissociaram: ao nível do
agir instrumental e do agir próprio à comunicação.” 232
“Aquilo que chamamos de razão se apreende no momento em que ela, enquanto
tal, se executa como auto-reflexão. É por isso que nos deparamos com a relação
fundamental entre conhecimento e interesse quando praticamos metodologia de acordo
com a experiência da reflexão, qual é: dissolução critica do objetivismo, a saber, da
auto-compreensão objetivista das ciências a qual omite a participação da atividade
subjetiva nos objetos pré-moldados de um conhecimento possível.” 232-233
“Nesse sentido nem Pierce, nem Dilthey conceberam suas investigações
metodológicas
como uma, auto-reflexão. Pierce compreende sua logica da pesquisa em íntimo
contato com o progresso científico, cujas condições essa logica analisa: ela é uma
disciplina acessória que contribui para a institucionalização e aceleração do processo
investigatório em seu conjunto e, como tal, promove a progressiva racionalização da
realidade. Dilthey entende sua lógica das ciências do espirito em relação com o avanço
da hermenêutica, cujas condições sua lógica analisa: ela é uma disciplina acessória que
contribui para a propagação da consciência histórica e para a atualização estética de
uma vida histórica onipresente. Nenhum dos dois leva em consideração se a
metodologia não reconstrói, como teoria do conhecimento, experiências mais radicais
da historia da espécie e não conduz, assim, a um novo estagio da auto-reflexão no
processo formativo da espécie humana.” 233

Johann Gottlieb Fichte

Rammenau, Saxônia, 19 de maio de 1762 — Berlim, 27 de


janeiro de 1814

Desde menino já sobressaia por sua capacidade de resumir precisamente o sermão


dominical do pastor. Um nobre da região decidiu finalmente cuidar da sua educação, na
escola principesca de Pforta, onde passou seis anos muito difíceis, pois, Fichte sofria
com a rigidez da hierarquia, tentando por vezes até fugir. Entretanto, neste mesmo
período, Fichte começou a atualizar-se nas discussões mais importantes que estavam
acontecendo nos meios filosóficos. Ocupou-se principalmente, da controvérsia
entre Lessing e o teólogo Goeze, pastor principal de Hamburgo, sobre a relação
entre iluminismo e teologia.

Talvez não apenas por influência de seus pais, mas também por sua própria
vontade, Fichte passa a estudar teologia, em 1780, em Jena. No embate que existia entre
a liberdade e o determinismo, Fichte manifestava-se a favor do determinismo.

Fichte decidiu devotar sua vida à filosofia, depois de ler as três Críticas
de Immanuel Kant, publicadas em 1781, 1788 e 1790. Em 1790, ele volta para Leipzig,
onde um pupilo seu pede para ter lições sobre a filosofia kantiana. Apesar de mal
conhecer as obras de Kant, Fichte aceita o pedido e passa a estudar com afinco as obras
de Kant, dando conta das três críticas em poucas semanas. A leitura das críticas foi
muito importante para que Fichte superasse o determinismo, fazendo com que se
evidenciasse que o "novo mundo" é o mundo da liberdade, que se evidenciava como a
chave para entender toda a estrutura da razão. Segundo diz o próprio Fichte em carta a
Johana "a vontade humana é livre, e a felicidade não é o fim do nosso ser, mas a
dignidade de ser feliz". São portanto, essas convicções que tornam Fichte um filósofo,
aos 28 anos.

Sua investigação de uma crítica de toda a revelação obteve a aprovação de Kant,


que pediu a seu próprio editor para publicar o manuscrito. O livro surgiu em 1792, sem
o nome nem o prefácio do autor, e foi saudado amplamente como uma nova obra de
Kant. Quando Kant esclareceu o equívoco, Fichte tornou-se famoso da noite para o dia
e foi convidado a lecionar na Universidade de Jena.

Um dos principais filósofos idealistas de maior destaque na Alemanha, no


primeiro quarto do século XIX, Fichte ocupou-se em demonstrar o erro do kantismo,
para o qual a liberdade e Deus constituíam a coisa última, o "absoluto". O absoluto
produz de si, do seu seio, formas que manifestam a sua própria essência: aquilo que
chamamos o mundo, a história, os produtos da humanidade, o homem mesmo.
Fichte toma como absoluto o Eu. Mesmo que não possa ter um conhecimento de
si fora do pensamento, a coisa pensante existe e tem intuição de si mesma como o Eu, e
é a coisa última. O Eu é intuído por si próprio como ação; o pensamento vem depois.
O Eu absoluto necessita, para a sua ação, um objeto sobre o qual recaia essa
atividade. O universo é este objeto. Então, no ato primeiro de afirmar-se a si mesmo
como atividade, necessariamente tem que afirmar também o "não eu", como fim dessa
atividade. Então, o absoluto se explicita em sujeitos ativos e em objetos de ação. O
conhecimento é uma atividade subordinada que tem por objeto permitir a ação, propor
ao homem ação. Para atuar o eu necessita: primeiro, que haja um "não eu"; segundo,
conhecê-lo no tempo e no espaço.

Charles S. Peirce

Charles Sanders Peirce nasceu no ano de 1839, em Cambridge, Massachussets,


nos EUA, no dia 10 de setembro. Filho do matemático, físico e astrônomo Benjamin
Peirce, Charles, sob influência paterna, formou-se na Universidade de Harvard em física
e matemática, conquistando também o diploma de químico na Lawrence Scientific
School. Paralelamente ao seu trabalho no observatório astronômico de Harvard, Charles
Peirce se dedicava ao estudo da filosofia, principalmente à leitura de "A crítica da razão
pura", de Kant.
Charles Sanders Pierce, filósofo e cientista norte-americano, dedicou-se à
pesquisa de muitas ciências, sobre as quais propôs uma classificação e uma arquitetura
filosófica. Entre as diversas ciências por ele investigadas, encontra-se a psicologia.
A doutrina falibilista de Charles Sanders Peirce (1839-1914) afirma que, por meio
do raciocínio, não podemos nunca obter certeza, exatidão e universalidade absolutas.
Não havendo de modo algum um saber conclusivo a partir de inferências prováveis,
haveria infalibilidade em se tratando de proposições matemáticas do tipo 2+2=4? Os
comentadores do filósofo norte-americano não são unânimes a este respeito. O presente
artigo discute a hipótese de que há uma certeza lógica inerente ao juízo matemático, o
que, no entanto, não se conforma a uma certeza epistemológica.
O que o falibilismo assevera é a impossibilidade de uma axiomática em se
tratando de questões de fato, mas a matemática não afirma nada de verdadeiro a não ser
a respeito de coisas hipotéticas. Porém, é falível em seu caráter experimental,
explicitado na divisão que Peirce faz entre dedução corolarial e teoremática.
A Semiótica Peirciana pode ser considerada uma Filosofia Científica da
Linguagem.. A Fenomenologia é a ciência que permeia a semiótica de Peirce, e deve ser
entendida nesse contexto. Para Peirce, a Fenomenologia é a descrição e análise das
experiências do homem, em todos os momentos da vida. Nesse sentido, o fenômeno é
tudo aquilo que é percebido pelo homem, seja real ou não.
Seus estudos levaram ao que ele chamou de Categorias do Pensamento e da
Natureza, ou Categorias Universais do Signo. São elas:
-Primeiridade: consiste, por exemplo, na presença de imagens diretamente à
consciência, sem uma consciência propriamente dita. Categoria do sentimento imediato
e presente das coisas, numa relação sensível, sem relação com outros fenômenos do
mundo, onde se vê aquilo tal como é.
-Secundidade: corresponde à ação e reação, é o conflito da consciência com o
fenômeno buscando entendê-lo. Não é o não analisável da primeiridade, mas necessita
dela para existir. É o mundo do pensamento, sem, no entanto, a mediação de signos. O
aspecto segundo representa uma consciência reagindo ante o mundo numa relação dual.
Relação entre um fenômeno primeiro e um segundo fenômeno qualquer. É a categoria
da comparação.
-Terceiridade: contém as duas últimas citadas, no nível do pensamento a
terceiridade corresponderia ao nível simbólico, sígnico, onde representamos e
interpretamos o mundo. Não é um caráter passivo, primeiro, mas a união deste com o
segundo, acrescentando um fator cognitivo. Na terceiridade é posta uma camada
interpretativa entre a consciência (segundo) e o que é percebido (primeiro). É a
categoria que relaciona um fenômeno a um terceiro termo, gerando assim a
representação, a semiose, os signos em si.

Wilhelm Dilthey - (1833 - 1911)

Notável filósofo historicista alemão nascido em Biebrich-Mosbach, próximo a


Wiesbaden, Nassau, responsável por importantes contribuições à metodologia
das ciências humanas e cuja obra contribuiu para a implantação do estudo dessas
ciências nas universidades da Suíça e da Alemanha, e apontado como o criador
do historicismo. Filho de um teólogo protestante, estudou teologia nas Universidades de
Heidelberg e Berlim, mas logo optou pela filosofia e defendeu sua tese de habilitação na
Faculdade de Filosofia de Berlim (1864). Nomeado catedrático da Universidade de
Bale, Basiléia, Suíça (1866), na de Kiel (1868) e, depois, conquistou a cátedra de
filosofia sistemática na Universidade de Berlim (1868), antes ocupada por Hegel, e
onde permaneceu até ao final de sua vida. Elaborou uma teoria do conhecimento para as
ciências do espírito, em que destacou o conhecimento histórico, criando um sistema que
ficou conhecido por historicismo, por se apoiar particularmente no estudo da história.
Morreu em Seis am Schlern, próximo a Bozen, Tirol do Sul, Austria-Hungar.
As ciências do espírito teriam como objeto o homem e o comportamento humano;
para Dilthey é possível, diante do mundo humano, adotar uma atitude de "compreensão
pelo interior", ao passo que, diante do mundo da natureza, essa via de compreensão
estaria completamente fechada. Os meios necessários à compreensão do mundo
histórico-social podem ser, dessa maneira, tirados da própria experiência psicológica, e
a psicologia, deste ponto de vista, é a primeira e mais elementar das ciências do espírito.
A experiência imediata e vivida na qualidade de realidade unitária (Erlebnis) seria o
meio a permitir a apreensão da realidade histórica e humana sob suas formas concreta e
viva.
Em seus ensaios intitulados Estudos sobre os fundamentos da ciências do
espírito e Teoria das concepções do mundo, Dilthey submete a uma análise rigorosa o
conceito de Erlebnis. Em A essência da filosofia, obra de (1907), Dilthey chega a
afirmar a falência da filosofia como metafísica. A uma filosofia metafísica que pretende
colocar-se como imagem compreensiva da realidade e reduzir todos os aspectos da
realidade a um único princípio absoluto, Dilthey opõe uma filosofia que, reconhecendo-
se histórica e relativa, se propõe a analisar os comportamentos humanos e a esclarecer
as estruturas do mundo no qual vive o homem. A filosofia aparece como uma das
estruturas que constituem uma civilização e o trabalho dohistoriador seria precisamente
captar as relações que, em uma sociedade, ligam as diferentes manifestações do mundo
cultural. É sobre este postulado que se apóiam as principais obras históricas de Dilthey,
como A análise do homem, A história da juventude de Hegel e Estudo sobre a história
do espírito alemão.

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