Vous êtes sur la page 1sur 37
Peiclogia Juridica: Temas de Aplcagso zor DISSOLUGAO DA CONJUGABILIDADE E GUARDA COMPARTILHADA’ Jumara Toledo Pennacchi Souza Vera Regina Miranda? ‘Sumévo: 1. Fama 2 A separagio «a asstugso da seceded conga 3. Tos se gra. Fors puclégcos na quar cmpartinads § Vartagens| ‘82 quaria comparinaga, & Desvaniagens da guarde compartiada. 7 Cones, & Reteréras Atualmente falar sobre a dissolugdo da conjugabitidade ¢ guar- dda comparilhada esti na prépria realidade social ejudiciria, que reforga anecessidade de garantir © melhor interesse da crianga ea igualdade en- {re homens e mulheres na responsabilizago dos filhos. As modificagdes no comportamento dos membros que compen 4 sociedade e as leis is quais estio sujeitos, ocorrem de acordo com suces- sivos estégios que as mudancas culturais provocam. O desenvolvimento cultural consiste no agir, sentir e pensar do ser humano, que & um processo infindavel que se baseia em experiéneias, aprendizagens e inovagies. © desenvolvimento cultural se manifesta na Familia porque a ‘mesma é uma entidade historica, estando interligada com os rumos ¢ des- vvios da historia, mutivel na exata medida em que mudam as estruturas da ‘mesma, através dos tempos, sendo que a historia da familia se confunde com a historia da propria humanidade, Na sociedade atual ja no sio mais defensiveis as pretensdes dos ex-cdnjuges de sozinhos exercerem as fumedes de pai e me, pois se tem conscigncia que ha necessidade das funges parentais sejam preen- chidas de forma igualitiria por seus pais, para o desenvolvimento emocio- nal saudavel, Sintee da monografiaaperentad no curso Especilizaio em Psicologia Iris ~PUCPR, como sequsio &obengdo de ul de Especial Pricsogs, Especial em Terapia Infantil (UTR), Especial em Psicologia i ica PUCPR, PricSlogs, Mest em Piclogia da Inficis¢ Adlecéncia -UFPR, Profesor do ‘curso de Psicologia ~ PUCPR Uncen, Professor eOnctadra de monogzatias do Curso de Especaizasio cm Psicologia idea ~ PUCPR, 208 stumare Toledo Pe chi Souza e Vera Regina Mind A guarda juridica compartithada é um plano de guarda onde ambos os genitores dividem a responsabilidade legal pela tomada de decisies im- ‘portantes relativas aos thas menores, conjuntas e, iqualmente. Signifi- ca que ambos os pais possuem exatamemte os mesmos direitos & as ‘mesmas obrigacdes em relacdo aos filhos menoves. Por outro lado, é tum tipo de guarda no quais 0s filhos do divéreio recebem dos tribunais 0 direito de terem ambos os pais, divididos de forma mais egiitativa possivel, as responsabilidades de criarem e cuidarem dos fos. ‘Ao conferir aos pais igualdade no exereicio de suas fungdes, essa modalidade de guarda valida © papel parental “permanente” de pai e de me « incentiva ambos a um envolvimento ativo e continuo na vida dos filhos. Na pés-ruptura, 0 genitor continuo que obtenha a guarda assu- ‘me unipessoalmente o exercicio de todos os direitos e deveres que antes ‘eram cumpridos conjuntamente, sem prejuizos, entretanto, do dircito do ‘outro de ter uma adequada comunicago com o filho e supervisionar sua ceducagiio. Hi sim, uma redistribuigao dos papéis parentais, com evidente privagiio do essencial de suas prerrogativas ao genitor descontinuo! De acordo com “o melhor interesse da crianga”, que reflete 0 paradigma do ordenamento juridico brasileio, consagrado na Constitui= ‘do Federal Brasileira (1988), alterou profundamente a concepeo juridi- ca de familia, econhecendo os filhos legitimos e ilegitimos, valorizando a filiagio, Amplia o conceit de casamento, como gerador de familia, incluindo o conceito de entidade familiar, quer decorrente da unio esti- vel entre homem e mulher, quer de seus descendentes*. No Estatuto da Crianga e do Adolescente (ECA), (1990) art 33, ‘a guarda obriga a prestagio de assisténcia material, moral e edueacional & crianga ou a0 adolescente, conferindo a seu detentor direito de opor-se a terceiro, inclusive aos pais. 10 guanda destinaase a regularizara poss de fato, podendo ser deferida inindlon tnctdentaimentehosprocedtmentos de uila eadacto, exceta no ddeadogto estrangeira Art. 38.4 guarda poder ser revogada a qualquer tempo, mediante ato juli- Gal fndamentado, ouido 0 Ministero Pub " *GRISARD, Waldye F Guarda Compartitiada. Um novo modelo de responsabilida- { parental 2c ev, tal. eampl. So Paul, 2002 . 79. OLTO, Frangoise. Quand os pit se separa, Rio de Jancito:.Zahar, 1996p. 42-43 BRASIL, Consituigio Federal Brasileira, (1988). 15, ed Curitiba: rus, 2005 ECA. Kstatuto da Crianga do Adolecente, (Lei 806990), Regiment Interna do Conanda, (Resolugao 7702), 32-33, Plcologla Juridica: Temas de Apicacso 209 ‘© novo Cédigo Civil (2002)* vem realgar a importincia de con- servar os papéis parentais de forma igualitiriae respeitando o direito da crianga. 1 FAMILIA Abordar a temitica familiar € algo apaixonante ¢ ao mesmo tempo complexo, pois pressupde entrar num universo cheio de transighes, acordos, sentimentos que oscilam dentro de um contexto social. Revive- se a cada instante uma nova experiéneia, uma vez que cada ser humano é linico e tem a sua propria historia familiar Se durante muito tempo 0 casamento tradicional foo esteio para a ma- ‘nutengao dos vineulos de fliaao,hoje nos deparamos com a constante interrogacao sobre critérios e prticas necessarias e possveis para a gavantia destes vinculos quando os pais jé nao vivem mais juntos. En- «quar os pais podem ter autonomia e iberdade para decidir 0 seu re= lacionamento, 0 mesmo ndo ocorre com a fllagdo. A escolha mais livre cm relacao ‘a conjugabilidade ndo pode ser estendida d iliac sob 0 isco dese altrar a referéneia simbiética insttuida na cultura ‘A familia 6 uma unidade social que passa por virias fases no desenvolvimento, diferenciando-se em diferentes culturas, mas possui raizes universais. Em todas as culturas, a familia daa seus membros ccunho de individualidade. ‘A identidade humana tem dois elementos: um sentide de per- tencimento e um sentido de separagao. O laboratério em que estes ingre- dientes sdo misturados e administrados é a familia, considerada matriz da identidade, No processo inicial de socializagio as familias modelam programam o comportamento ¢ o sentido de identidade da crianga, A familia & um sistema aberto em transformacdo, isto &, constante- ‘mente recebe e envia inputs para e do extra familiar e se adapta ds BRASIL. Novo Cédigo Civil (1997), 15 ed Curtin: ara. 2005. BRITO, Leila Maria Torres, Dieito de Familia ¢ Psicanslise. Ramos» uns vows spscmologia GROEMINGA, Ginlle Camar; PEREIRA, Rodhge da Cua (Coord) Rio de Jans: Imag, 2003. p.326 210 lumare Toledo Pennacehi Souza e Vera Regina Mirands diferentes exigéncias dos estigis de desenvolvimento que enfrenta. A cestrutura familiar é um conjunto invisivel de exigéncias funcionais que organiza as maneivas pela quois os membros dla familia intera- ‘gem. Una familia € um sistema que opera através de padres transa- cionais,o sistema familiar diferencia e leva 0 cabo suas fungdesatra- vés de subsistemas, os individuos sio subsistema dentro da familia, Diade, camo esposo-esposa e mae jitho, podem ser formadas os sub- sistemas por xeraydes, sexo, interesse ou por fungi. Para 0 fancio~ rnamento apropriado da familia, asfronteiras dos subsistemas devem ser nitidas” ‘A familia & mais importante matriz de desenvolvimento bu- ‘mano, & também a principal fonte de saiide mental, No entanto, quando no se constitui numa unidade de experiéneia, de aprendizagem ¢ de criatividade, poder se tomar um fator de docnea, ja que a saide psi cea do individuo se forma principalmente neste contexto. © ambiente familiar precisa satisfazer as necessidades bisicas de afeto, apego, de- sapego, seguranga, disciplina, aprendizagem e comunicacao, e deve se forganizar para tornar-se um bom continente das ansiedades infantis, & estruturar a aprendizagem dos vinculos, isto &, a eapacidade de aprender se relacionar" A familia € um sistema movendo-se através dos tempos, frenta os estressores que sto geralmente maiores nos pontos de transigdes de um estégio para outro no processo de desenvolvimento do sujeito, 0 fluxo de ansiedade em uma familia pode ser tanto “vertical” quanto “horizontal”. O flaxo vertical em um sistema inclui padres de relacionamento e funcionamento que sao transmitidas para as _geragies seguintes de wna familia principalmente através do meca- nismo de triangulagao emovional. Ele inclu’ todas as atte, tabus, expectativas, rituls e questes opressivas familiares com os quais nis crescemos. O fluso horizontal no sistema inclui a ansiedade prodicida pelos estressores na familia conforme ela avanca no tem- po lidando com as mudangas e transigdes do ciclo de vida familiar ‘sso inclui tanto os estresses desenvolvimentais predizies quanto os eventos imprediziveis. O grau deansiedade gerada pelo esiresse nos | MMINUCHIN, Salvador FamiiaFunstonamente ¢Tratament, Por Alegre: Arse Médicas p 8857 "PRADO, Luiz Caos. Famine Terapeata. Constindo canines Poo Alea: Aes Médias, 1996p 135-136 Psicologia Jurisica an ica ceixos vertical ¢ horizontal, nos pontos onde eles convergem, é 0 de- terminante-chave de quao bem a familia maneja suas transigées ao Tongo da vida, Quando a familia nfo consegue ultrapassar uma das etapas de seu ciclo vital, normal ou aeidental, d-se o aparecimento de uma disfun- «fo familar, expressa através da sintomatologia em uum de seus membros. A familia & constituida por seis estigios: (1) saindo de casa: joven socio, (2) a unio de familia no casamento: 0 novo casa (3) fami- {ia com flhos pequenas. (4) familias de adolescente, (5) lancando os filhose sequindo em frente e (6) familia no estigiotardio da vida. Em cada esto o sistema familiar confronta-se com tarefasespecificas daquele momento do cielo, a serem desempenhadas pelos subsistemas conjugal parental e filial”. (ciclo vital na familia é muito importante, pois esti presente ras Teorias do Desenvolvimento Humano, tanto individual como familia, sendo um processo dindmico ¢ em transformagao, que reflete uma con- textualizagao social e histérica 2 ASEPARACAO E A DISSOLUGAO DA SOCIEDADE CONJUGAL A separagao & um processo complexo, que comega a partir da ddecisto da ruptura do relacionamento, trazendo & tona um misto de sen- timentos, emogdes, estresse, saudade, perda, raiva, culpa, paz, trangiil ddade, reconstrugio, entre outros. A separasdo é um evento desestabilizador, cujas tonalidades geram ansiedade para todos os membros da familia, A nova e imprevisivel ‘carga de tensiio dé margem a escassa atividade representativa dos eventos futuros, e muitas em termos catastréficos. Por isso, cada qual tua para manter estiveis as configuracdes relacionais que MCGOLDRICK, BETTY CARTER. As Mudangas Pot Alene: Aes Médias, 198. p.1-12 BERITHOUD, Cina Mercadante sper Resgeficando a Paterna, o des fos de serps mala, Tat: Cabral Universita 2008p 53 sto de Vida familar, 2. 22 mara Toledo Pennacchi Souza e Vera Regina Miranda mais the davam seguranca emocional. Isso é mais evidente para os fi: thos, solicitados @ escolher entre duas figuras emocionalmente signt- feativa E preferivel que os fithos tenham a certeza de que, mesmo com « separagio de seus pais, jamais serdo abandonados e perderdo o vinculo que existe na relago pais ¢ filhos. Se os cénjuges tiverem maturidade, souberem separar 0 papel de marido e esposa de papel de pai e mac, am- bos sairdo beneficiados por ndo conviverem mais em um ambiente hostil. 0s filhos ndo se sentirdo mais culpados pela infelicidade dos pais estarem ‘mantendo um relacionamento conjugal por causa dele. Jamais alguém deixard de ser pai ou mie de seus filhos em vit= tude de um acontecimento chamado separagio, Na separagio um dos pontos mais delicados éa questio da guarda dos filhos menores, que ge- ralmente fica com a mic, ¢ a0 pai cabe prestar alimentos e garantiro di- reito de visitagio, 3 TIPOS DE GUARDA Pela Let do Divércio, no caso de separagdo judicial em que se arribut ‘a um dos eénjuges a responsabilidade pela dissolucdo do casamento, 4 guarda dos fithos menores fica com 0 ednjuge a que ndo houver dado causa (art. 10), ou seja, com o cénjuge “‘inocente” da separa- ‘edo. Mantém assim o sistema vigente de definicao de guarda, em que ocritério de falta conjugal permanecer incélume. 444 0 Codigo Civil define que no caso de dissolusio conjugal, sera observado o que 0s cénjuges acordarem sobre a guarda dos filhos; ¢,ndo havendo acordo entre eles a este respeito, a guarda sera aribuida a quem demonstrar melhores condigdes para exercé-la (0 que nao im plica priorizar as condigies econdmicas). As disputas judiciais pela ‘guarda dos filhos decorrem, em geral, da dificuldade ou do fracasso do ‘acordo entre os pais sobre a reengenbaria da familia apés a separagio. ‘A guarda consensual ou litigiosa pode ser definida como iinica ou comparilhada. ' ANDOLEL, Mauricio. © caslem Crise, Sto Paul: Samim. 1995p. 199. "© COLECAO, Emsino da Psicologia Jurien GONCALVES, Hebe Sean [BRANDAO, Eduardo Pon (Op) Rio de anc: Nas, 2004.9. 61 Peicologia Juridica: Temas de Aplicagdo 2a Atualmente, procura-se estabelecera co-responsabilidade parental, uma parceria que reaproxima, na rupwura, a siaagdo precedente, ‘para proteger 0 menor dos sentimentos de desamparo e incertéza, que The submete a desunido, Deve-o saber que ndo é causa disso, mas so- bre ele caem os efeitos Em decorréncia dessas mudangas comportamentais. que esto ‘ocorrendo nas familias, houve a necessidade do surgimento de novas formas de guarda, para assegurar aos pais separados © exercicio da pa- rentalidade em igualdade de condigies. a4 Guarda Alternada Neste tipo de guatda a um dos eénjuges & reservado o diteito de exercer a guarda, € a0 outro, 0 de visitagio, Terminado 0 perioda combi- nado com 0s ex-cdnjuges © menor volta para casa do que s6 exer fungi de visitaglo. A guarda alternada mesmo sendo descontinua, pois «cada pai passa um periodo de tempo com o filho, no deixa de ser tniea, Essa divisdo pela metade ¢ obrigatéria por lei, onde o menor passara de forma igualitiria com ambos os eénjuges. Este tipo de guarda caracteriza-se pela possibitidade de cada um dos ‘pais deterem a guarda do fitho alternadamente, segundo um ritmo de tempo que pode ser um ano escolar, um més, uma semana, una parte da semana,o wma reparticio organizada dia a dia e, consegiiente- ‘meme, durante esse periodo de tempo deter, de forma exclusiva, a t0- ‘alidade dos poderes-deveres que integram o poder paternal. No ter- mo do periodo, os papéis invertem-se”. Dentro as desvantagens deste tipo de guarda, esta éa consolida- fo dos habitos, dos valores, padres e idéias na mente do menor, e a formagao de sua personalidade, Para o menor ha prejuizo de ter que fazer diversas mudangas e separagdes e reaproximagdes, isso pode provocar na crianga instabilidade emocional e psiquica, "© GrtsARD, Wakiye Fito. Guarda Compartinads. Us Novo Modo de Responsa ‘ilidae Parental 2 crv. ata. camp. Sto Pl, 2002p. 109 "7 AMARAL, Jorge Augusto Pais de, Do Casamento a0 Divéreo, Lisbos: Cosmo 197. p 168 24 tamara Toledo Pennacehi Souza e Vera Regina Miranda AS vantagens oferecidas por este modelo esto na permissio aos filhos manterem relagdes estreitas com os dois pais e evitar que os preo- ccupem com a dissolugdo da relagio com 0 genitor que nio tem a guarda, Leite alcrta para este tipo de guarda: qual dos gonitores¢ 0 res- ponsivel pelo menor? possvel se admitir que os atributs sobre os bens da crianga mudem periodicament de ttlar; como fiearia a posigio dos terceiros em relagio aos bens do menor? a alteratvidade nio eraria um estranho estado de incertezarelaivamente a titularidade?* * Dolto afirma que este tipo de guarda nao propicia continuum afetivo, nem espacial nem social, estando proibida na Franca desde 1984 ‘por decisao do Tribunal de Cassagao™. © fio vive sucessivamente, por periodos longos de tempo, na ceasa de cada um dos genitores, que exerceri altemadamente a guarda do filho com todos os atributos que lhe so préprios, educacdo, sustento, administragio legal, responsabilidade civil, Enquanto um exerce a guarda, © outro se beneficia do direito de visita e, assim, sucessivamente, Neste modelo de guarda, esta ¢ atribuida a um e a outro dos ge- nitores, © que implica altemancia no periodo em que o menor mora com cada um dos pais. Esta modalidade de guarda opde-se fortemente ao prin- cipio de “continuidade”, que deve ser respeitado quando desejamos 0 bbem-estar fisico e mental da crianga®. a2 Guarda Monoparental, Exclusiva e Unica Esta ¢ a modalidade de guarda mais comum e que impera com maior énfase no ordenamento juridico brasileiro, na qual geralmente & dada & mie a preferéncia de deter a guarda, ¢ a0 pai, 0 diteito de visitas. Nestes casos muitas vezes 0s filhos passam a ser objeto de dis- pputa por parte dos pais, e tanto os pais como os filhos saem prejudicados. E angustiante para o pai, que sente saudades de seus filhos, ndo poder "LEITE, Eduardo de Oliveira. A Fanlla Monoparental A situago Juridica de pais © res separados eds ilhos na rupura da via conjugal. 2 ed, rev. ual. e amp. So Paulo: RI, 2003. p. 260. DOLTO, Frangoise. Quando ot Pais xe Separam. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1996 p74. MOTTA, Maria Antonieta Pisano Dietries sileira, 1998, p. 198, ogieas. Sao Paulo: Juridica Bra- Pelcologia Jurldca: Temas de Apleagsa 215 visité-los porque niio & seu dia de visita, Ele tem data ¢ horério dtermi- nado pelo magistrado para poder ver os filhos, faz com que o filho sinta- se abandonado por nao ter 0 pai presente no seu dia-a-dia, Em verdade, a guarda nunca & definitiva, pois seu regime hi de seguir a evolugio das circunstincias que envolvam a vida dos persona gens. O interesse do menor hi de ser satisfeito sempre e primordialmente. AA definitividade da guarda é, paradoxalmente, relativa, portanto pode ser ‘moditicada a qualquer tempo, mediante ato fundamentado do juz" 3a Aninhamento ou Nidagso Neste tipo de guarda, aninhamento, menor mora ora em com- ‘panhia do pai, ora em companhia da mie, como na guarda alternada, po- rém o menor no muda de residéncia a cada alterndneia de guarda e sim, ‘os pais € que se mudam para a casa dos filhos. ‘Nesta modalidade de guard, sio os pais que se revezam, ao in- ‘vés dos filhos. Os filhos moram em uma tinica casa e os pais se mudam «em periodos alternados de tempo para conviver com os fills. Este mo- dolo ¢ rarissimo em nosso meio. 34 {Quarda Conjunta ou Compartihad O desejo de ambos os pais de compartilharem a criago e a edu- cago dos filhos e o destes de manterem adequada comunicagio com os pais motivou © surgimento dessa nova forma de guarda, a guarda com- partilhada. Este tipo de guarda esta evoluindo lentamente, Antes lei privilegiava o pai como adjudicatirio exclusive da guarda depois passou a privilegiar a mie, mas sentiu necessidade de buscar novas maneiras de determinar a responsabilidade parental com= partithada. Quando @ guarda ocorre periodicamente, por uma separagio conde os filhos ficam apenas com um dos pais, causa prejuizo ao telacio- namento entre os pais em relago aos filhos, uma vez que propicia © afastamento de um dos genitores, podendo acarretar de inicio um distan- ciamento lento, que, com o passar do tempo, pode se tornar definitive em 2 GRISARD, Wald Fhe. Garda Compartithada Un novo medle de esponsbi- Hidde parent 2 ee, sue amp So Pls RE, 2002 p75 26 -lumara Toledo Pennacchi Souza ¢ Vora Ragin Mand decorréncia das angistias perante os encontros ¢ as separagdes repentinas. Em decorréncia deste efeito do tipo da guarda exclusiva, os pais optam pela guarda conjunta, pois sentem-se mais participativos e mais compro- ‘metidos com os filhos, depois do término da conjugabilidade. O melhor interesse dos filhos e a fguatdade do género levaram os tri- bunais a propor acordo de guarda conjunta, como uma resposta mais . Aces em: 8 mat. 2005, LANG, Rosn Sender A erianga frente ruptura familar. Pai Legal, Dispnivel em: hipaa net. Aces en: 25 mat 2005, LUZ, Valdemae Pa (Ore) Citgo Civ; Cigo de Processo Civil; Consitusio Fede- ral: Estatuto da OABe Legilagb Complementar lrianipolit: OABSC, 208, MENDONCA, Martha. Quando separa mo é um trauma. Epoea Ri de Janci:ei- 0 349, , 666, jn. 2008, MIELNIK, sac. 0 comportamento inf: nics e més para entender cans. 2 4, So Palo: has, 1982, MINUCHIN, Salvador, Fama fenionamenta ¢ttament, Porto Alege: Aes Mh cs, 1982 Peloton Jurisica Temas de Aplcagso 23 [MORAES. Carmen Garcia de Amida. © papel do tcrapeuta na sparasdo conjugal DDELITTH, Maly (Org) Sobre ocamportament e cogaig: a prtica da anise da com orameto ¢ di teas cogntivo-somponamenial . 2 Sano Ani: ESET Editors ‘nsocido, 20 PAPALIA, Diane E: OLDS, Sally Wendkos. Desevolvimento humane. 7 cd, Porto ‘Alegre: Antes Medien Sul, 2000, PEREIRA, Redo Alcitr. Guarda compartitads (so enna nie ui). Pa Legal. Dispoivel em:

ANDOLFL, Marzo (Org) Acre de asl ua pespctva ‘Ssémicossaconal: Porto Alene: Arted, 202 EPSTEIN, Norman. Terapia de Cal a: FREEMAN, Arthur; BAFTILIO, Frank M, Com proendendo a trap cogntva, Campinas: Py 998 [MORAES, Carmen Gas de Amida, Sspurigdo conjugal sus infu fair © @ teaalho com grpos de apoio. n° RANGE, Berar Pscoerapia camportamental€

Vous aimerez peut-être aussi