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pH dos Líquidos Corporais
Concentrações extremas de íons H+ podem variar desde 10 nEq/l a 160 nEq/l sem
causar a morte. Como a concentração de íons H+ é normalmente muito baixa, se costuma
expressar esta concentração em escala logarítmica, utilizando-se as unidades de pH, que
está relacionado à verdadeira concentração de íons H+.
pH = log 1/ [H+] = - log [H+]
A partir desta fórmula podemos verificar que o pH esta inversamente relacionado
com a concentração de íons H+, pH baixo = alta concentração de íons H+ e um pH alto =
baixa concentração de íons H+.
Os limites de pH compatíveis com a vida são 6,8 e 8,0.
A necessidade de ajuste nestes limites é devido a influencia do pH na atividade
enzimática, no funcionamento cardíaco e oxigenação tecidual.
A faixa normal de variação do pH sangüíneo é de 7,37 a 7,42.
Tampão
Qualquer substância que pode ligar-se reversivelmente aos íons H+. Ácido fraco e
sua base conjugada e uma base fraca e seu ácido conjugado.
TAMPÃO + H+ TAMPÃO H
1) ácido carbônico
* anidrase carbônica
* Enzima presente nas células alveolares pulmonares, células tubulares renais,
hemácias.
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Tampão Bicarbonato
Na
Equação de Henderson-Hasselbach
Tampão Fosfato
H2PO4- e HPO4 --
Proteínas
Regulação Respiratória
É o controle da concentração de CO2 do LEC pelos pulmões que por sua vez
diminui a concentração de íons H+.
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O CO2 é produzido constantemente pelas células devido aos processos metabólicos,
se difunde das células para os líquidos intersticiais e daí para o sangue, onde é levado aos
pulmões para ser trocado e eliminado na atmosfera.
Em média existem 1,2 mmol/l CO2 dissolvidos no LEC, o que corresponde a pCO2
de 40 mmHg. Se a produção de CO2 aumentar eleva a pCO2, se ocorrer redução metabólica
a pCO2 diminui. O aumento da concentração dos íons H+ estimula a ventilação alveolar.
Sistema de feedback negativo, eficiência de 50 a 75%, resposta observada em 3 a 15 min.
Se a produção metabólica de CO2 permanecer constante o único outro fator capaz de
afetar a pCO2 é a ventilação alveolar. Quanto mais alta a ventilação alveolar, menor pCO2 e
quanto menor a ventilação alveolar maior a pCO2.
O objetivo final da respiração: manutenção dos níveis de O2, CO2 e H+ nos tecidos.
O excesso de CO2 e H+ no sangue exerce ação direta no centro respiratório,
intensificando os sinais motores tanto inspiratórios como expiratórios (músculos).
O2 não exerce efeito direto (atua em quimiorreceptores periféricos - corpos
carotídeos e aórticos); níveis de pO2 < 70 mmHg (60 para 30).
Resposta dos neurônios quimiossensíveis aos íons H+, que não atravessam
facilmente a barreira hematoencefálica.
Controle Renal
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Os íons H+ não são em sua maior parte excretados como íons livres, mas sim em
combinação com outros tampões urinários como o fosfato e a amônia.
Os rins controlam a concentração de íons H+ do LEC através de 3 mecanismos
básicos:
1. Secreção de íons H+
2. Reabsorção dos íons HCO3- filtrados
3. Produção de novos íons HCO3-.
Tampão Amônia
O sistema tampão amônia (NH3) e o íon amônio (NH4) são os mais importantes do
ponto de vista quantitativo (o fosfato é reabsorvido e apenas 30 a 40 mEq/dia são
disponíveis para o tamponamento dos íons H+).
O íon amônio é sintetizado a partir da Glutamina (transportada ativamente para o
interior das células epiteliais dos túbulos proximais, ramo ascendente espesso da alça de
Henle e túbulos distais).
Cada molécula de Glutamina é metabolizada para formar dois íons amônio (NH4) e
dois íons HCO3-.
O NH4 é transportado por mecanismo de contratransporte em troca do Na+ e o
HCO3- é reabsorvido pelo sangue - novo HCO3-.
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O aumento na concentração de H+ LEC estimula o metabolismo da Glutamina e,
portanto aumenta a formação do NH4 e de novo HCO3 - para serem utilizados no
tamponamento dos íons H+.
Os estímulos mais importantes para aumentar a secreção dos íons H+ pelos túbulos
na acidose são:
1. Aumento da pCO2 no LEC
2. Aumento da concentração de H+ no LEC (pH baixo).
Acidose respiratória: lesão bulbo, obstrução das vias aéreas, pneumonia extensão ou
doença que diminua a área de superfície da membrana pulmonar, ou qualquer fator que
interfira na troca de gases entre o sangue e o ar alveolar.
Alcalose respiratória: ventilação excessiva, raramente de causas físicas, psiconeurose,
subida a altas altitudes (alcalose respiratória leve).
Acidose metabólica: incapacidade dos rins de excretar ácidos metabólicos do organismo,
perda de bases dos líquidos corporais; diarréia intensa (bicarbonato nas fezes), diabetes
mellitus descompensado (ácido acetoacético e Betahidroxibutírico); insuficiência renal
crônica.
Alcalose metabólica: excesso de aldosterona; vômitos do conteúdo gástrico apenas, ingesta
de fármacos alcalinos (Bicarbonato de Cálcio).
Análise da Urina