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Curso Preparatório para Auditores Fiscais, Técnicos, Analistas e Carreiras Afins

MATERIAL 07 PROCESSO DO TRABALHO


www.cursoparaconcursos.com.br PROFª. GRACIELA MAIA

PARTES E PROCURADORES NO PROCESSO DO TRABALHO

1. PARTES.

Tradicionalmente, o processo do trabalho se desenvolve a partir de uma


relação trilateral entre os sujeitos principais – o Estado, Autor e Réu.

Parte é aquele sujeito que demanda em nome próprio a tutela jurisdicional do


Estado ou então aquele em cujo nome é demandada. Ou seja, as partes são
compostas pelo: autor, que postula a ação perante o órgão jurisdicional,
tomando a posição ativa e o réu, contra quem a ação é postulada, que fica na
posição passiva.

No direito do trabalho, a terminologia usada para designar autor e réu é,


respectivamente, Reclamante e Reclamado.

É importante mencionar algumas denominações diferenciadas na CLT:

• Dissídio Coletivo: Suscitante (Autor) e Suscitado (Réu)


• Exceção: Excipiente (Autor) e Exceto (Réu)
• Inquérito para Apuração de Falta Grave: Requerente (Autor) e Requerido
(Réu).

1.1 CAPACIDADE PROCESSUAL.

Adquirida a personalidade jurídica, toda pessoa passa ser capaz de direitos e


obrigações. Possui, portanto, capacidade de direitos e de gozo. Assim, todo
ser humano tem capacidade de direito, pelo fato de que a personalidade
jurídica é atributo inerente à sua condição.

Nem toda pessoa, porém, possui aptidão para exercer pessoalmente os seus
direitos para praticar atos jurídicos, em razão de limitações orgânicas ou
psicológicas. Se puderem atuar pessoalmente em Juízo, possuem capacidade
de fato ou de exercício.

Assim, a capacidade de ser parte (capacidade de direito) está relacionada a


possibilidade do autor e réu participar do processo, ocupando o pólo passivo ou
ativo, ou seja, a capacidade de ser parte exige a personalidade civil, que
começa do nascimento com vida, ressaltando que a lei põe a salvo, desde a
concepção, os direitos do nascituro.

A capacidade processual (capacidade de fato) está ligada com a possibilidade


de atuar em juízo, praticando atos pessoalmente. Está disciplinada no CPC, em
que “toda pessoa que se acha no exercício dos seus direitos tem capacidade
para estar em juízo”.

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Observe que os absolutamente incapazes (art. 3º do CC), assim como os


relativamente incapazes (art. 4º do CC) possuem capacidade de ser parte, mas
não tem capacidade processual, que é exigida para pratica de atos
processuais.

No âmbito do direito processual do trabalho, a legislação trabalhista estabelece


a capacidade processual a partir do critério da idade e, especificamente, em
relação ao empregado, conforme se infere o Art. 792, CLT.

Portanto, a maioridade trabalhista – capacidade plena dos empregados serem


partes, estando em juízo sem a assistência ou representação – se inicia aos 18
anos.

Cumpre sinalizar que a reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita


por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria Regional
do Trabalho, pelo sindicato profissional, pelo Ministério Público estadual ou
curador nomeado em juízo.

Em relação à capacidade do empregador, a CLT não dispõe de nenhum artigo


especifico disciplinando o assunto, de modo que se aplicam as regras do CC,
nos Arts. 1º ao 5º.

1.2 CAPACIDADE POSTULATÓRIA.

No âmbito do processo civil, a capacidade postulatória – possibilidade de


elaborar e subscrever a petição inicial e acompanhar os atos processuais – é
privativa doa advogado regularmente inscrito na OAB. Assim, exige-se que a
manifestação processual seja feita por um profissional devidamente habilitado.

Já a seara trabalhista, nas demandas relacionadas à relação de emprego, a


capacidade postulatória é conferida também as próprias partes, como já foi
analisado anteriormente. Instituto esse que denominamos jus postulandi.

2. REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA.

Como observado alhures, nem todas as pessoas podem exercitar seus direitos,
não podendo exercer seus direitos. Nesta esteira, o direito atribui a outrem o
exercício dos direitos dos titulares que não podem por si exercita-los. Esta
incapacidade processual é suprida por meio da representação.

Na representação, o representante atua em nome do titular, defendendo direito


do próprio representado, ou seja, age no processo em nome e defesa do direito
de outrem.

Na substituição, a parte demanda em nome próprio defendendo interesse


alheio, desde que a lei autorize.

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Na assistência judicial, o assistente supre a vontade do assistido sem substituí-


lo. Ou seja, não pode o assistente fazer acordos, transigir, e sim ratificar a
declaração de vontade deste. Assim, o menor de 16 anos será representado
pelos pais e tutores, sendo, a partir dos 16 anos até 18 anos, assistido pelos
representantes legais.
Algumas regras contidas na CLT sobre o tema representação e assistência
merecem ser destacadas para fixação do assunto em tela: (Art. 843, CLT)

• Reclamante e Reclamado devem comparecer pessoalmente a audiência,


mesmo que os advogados estejam presentes;

• Reclamatórias Plúrimas: empregados podem se fazer presentes por


intermédio do sindicato profissional, pois não haverá espaço na sala de
audiências que comportassem todos os reclamantes;

• Empregado pode se fazer substitui-se pelo gerente ou qualquer outro


preposto que tenha conhecimento do fato. Este preposto deve ser
empregado da empresa, salvo nos casos de empregador doméstico, de
acordo com o entendimento do TST:

377, TST - Preposto. Exigência da condição de empregado.


Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, o preposto
deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do
art. 843, § 1º, da CLT.

Ressalte-se que o advogado não pode funcionar no mesmo processo,


simultaneamente, como advogado e preposto, pois esta vedação está
inserta no Código de ética da OAB.

O empregador doméstico pode ser representado por qualquer pessoa da


família, como marido, a esposa, os filhos.

• No caso de grupo econômico, cada empresa deve ser representada por um


preposto, não sendo possível um preposto único para representar todas as
empresas integrantes do grupo.

3. Jus postulandi.

Como já abordado alhures, refere-se a possibilidade, na Justiça do Trabalho,


das partes litigarem pessoalmente, sem patrocínio de advogados, com fulcro
no Art. 791, CLT.

Veja que a reclamação poderá ser apresentada pelos empregados e


empregadores, pessoalmente, conforme se infere o Art. 839, a, CLT.

Impende salientar que alguns autores, de forma minoritária, entendem que o


Art. 791 da CLT foi revogado em função do Art. 133 da CF que diz que o
advogado é indispensável para administração da justiça. No entanto, a

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jurisprudência trabalhista possui o entendimento de que o referido artigo ainda


está em vigor.

Destarte, reclamante e reclamado pode atuar no processo sem a presença de


advogados em todas as instâncias trabalhistas. Mas, em caso de eventual
recurso para o STF ou STJ, deve ser subscrito por um advogado.

Vale destacar que uma turma do TST firmou o entendimento de que o jus
postulandi não prevalece nos casos de recurso de revista para o TST devido a
sua natureza extraordinária. Mas, esta posição ainda não domina nesta corte.

Em que pese as partes possuam o direito de postularem perante a justiça do


trabalho sem a presença de advogados, exercendo o jus postulandi, nada
impede que as mesmas sejam representadas por advogados, regularmente
constituídos nos autos, mediante procuração.

É importante destacar que a no direito processual do trabalho, se admite a


figura do mandato tácito, que se caracteriza pelo comparecimento do advogado
à audiência, sem procuração, a fim de defender a parte, praticando todos os
atos processuais, defendendo a parte.

Este mandato tácito alcança os poderes de foro em geral, não podendo,


portanto, transigir, confessar, desistir, receber e dar quitação, assim como não
pode este advogado substabelecer seus poderes.

OJ, 200, SDI-I - Mandato tácito. Substabelecimento inválido.


É inválido o substabelecimento de advogado investido de mandato
tácito.

QUESTÕES DE CONCURSOS.

01. (TRT 1ª Região-2003/Analista Judiciário - Fundação Euclides da Cunha


de Apoio Institucional à UFF) No processo de trabalho, com o manifesto
propósito de facilitar a prestação jurisdicional ao trabalhador, adotou o
legislador critério diverso do Código de Processo Civil, acolhendo o chamado
jus postulandi. Tendo em mira este instituto, é correto dizer que ele alcança:

A. somente o empregado;
B. somente o empregador;
C. terceiros alheios à demanda, que venham a sofrer turbação ou esbulho
na posse de seus bens por ato de apreensão judicial;
D. o empregado e o empregador;
E. o empregado e terceiros alheios à demanda, que venham a sofrer
turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão
judicial.

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(DEF PÚB DO CEARÁ- 2002) Julgue os itens abaixo:


02.A substituição processual trabalhista é sui generis, uma vez que admite o
ajuizamento da reclamatória em nome próprio
03.No processo do trabalho, presume-se recebida a notificação postal 05
(cinco) dias depois de sua regular expedição.

GABARITO:

01 02 03
D C E

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