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Servidores De Internet Linux - CPturbo http://www.cpturbo.org/cpt/index.php?

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Servidores De Internet Linux, Aprenda a Compartilhar DHCP e Proxy Opções

Post #1
Postigo Zanolla Feb 18 2010, 03:35 PM

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De: St° André
Instalando e Configurando Servidor
Membro No.: 34.036 Linux para Internet
Que tal ter um servidor Linux para Proxy e DHCP com Firewall.... Tenha
Internet livre de vírus.

Isso é possivel com este Tutorial.

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Servidores de Internet

Em seguida, entramos no mundo dos servidores de Internet, dominado


pelos servidores dedicados e pelos datacenters.

A Internet é formada por uma malha de cabos de fibra óptica, que


interligam praticamente todos os países. Mesmo em locais mais remotos,
é possível se conectar via modem, via celular (ou algum tipo de rede sem
fio de longa distância) ou mesmo via satélite. A peça central são os
roteadores, que interligam diferentes segmentos da rede, formando uma
coisa só. Cada roteador conhece os vizinhos, sabe quais redes estão
conectadas a eles e sabe escolher o caminho mais curto para cada pacote
de dados:

Naturalmente, os dados transmitidos precisam sair de algum lugar.


Entram em cena, então, os datacenters, que hospedam a grande maioria
dos servidores responsáveis por manter a Internet funcionando.

Os datacenters são ambientes protegidos, que contam com links


redundantes, instalações elétricas de grande porte (com nobreaks e
geradores, destinados a manterem os servidores funcionando mesmo em
caso de interrupção no fornecimento elétrico), salas refrigeradas,
equipes de manutenção disponíveis 24 horas por dia e outros recursos.
Em resumo, um datacenter oferece um ambiente controlado, onde os
servidores podem operar de forma confiável:

Antigamente, ter um servidor dedicado era um luxo reservado para


poucos. Além da máquina em si, você precisava de um link dedicado, que
custava um braço e duas pernas (por mês). A solução para colocar seu

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site no ar era pagar por um plano de shared hosting (hospedagem


compartilhada), onde um mesmo servidor é compartilhado por milhares
de sites diferentes e você fica restrito a uma quota de tráfego e espaço
em disco, sem poder mexer na configuração do servidor.

Hoje em dia, tudo está muito mais acessível, graças ao barateamento


tanto dos links quanto dos servidores propriamente ditos. Você pode ter
seu próprio servidor, hospedado em um datacenter dos EUA (ou mesmo
no Brasil), hospedando o site da sua empresa ou de seus clientes,
armazenando backups, entre inúmeras outras funções.

A principal vantagem de alugar um servidor dedicado, hospedado em um


datacenter, ao invés de montar seu próprio servidor e ligá-lo na conexão
via ADSL ou cabo que você já tem, é a questão da conectividade. Uma
conexão via ADSL funciona bem para acessar a web como cliente e fazer
downloads, mas não é uma boa idéia para hospedar servidores, pois o
link de upload é muito estreito (em geral apenas 256 ou 500 kbits, de
acordo com o plano), sem falar na questão da confiabilidade.

As grandes empresas de hospedagem trabalham com links


absurdamente rápidos, sempre ligados simultaneamente a vários dos
principais backbones. Isso garante uma boa velocidade de acesso a
partir de qualquer lugar do mundo. A confiabilidade também é melhor,
pois os datacenters são ambientes fechados, com geradores próprios,
segurança física, links redundantes, etc.

Os servidores dedicados mais baratos chegam a custar menos de US$


100 mensais, sempre com um link de 10 ou 100 megabits
(correspondente à velocidade da porta do switch) e uma quota de
tráfego de um ou dois terabytes mensais, variando de acordo com o
plano:

Existe também a opção de usar um VPS, um servidor virtual obtido


através do uso do VMware Server, Xen ou outro sistema de virtualização.
Usando um VPS, você tem acesso completo ao sistema, da mesma forma
que ao usar um servidor real. A quantidade de memória RAM e de espaço
em disco é menor e o processamento é compartilhado entre os vários
servidores virtuais hospedados na mesma máquina, mas, em
compensação, os preços são muito mais baixos.

No final do capítulo 1 você encontra dicas de planos de baixo custo, onde


você pode locar um VPS por menos de US$ 10 mensais. Isso permite que
você tenha um servidor disponível para estudar e testar tudo o que
aprenderemos ao longo do livro, sem precisar arcar com o custo de um

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servidor dedicado:

O primeiro passo com relação à administração de um servidor dedicado é


ter uma boa familiaridade com o uso da linha de comando e com a edição
dos arquivos de configuração. O capítulo 1 contém um resumo dos
comandos básicos e do uso dos editores de texto, além de um conjunto
de dicas sobre a administração do sistema, que serve como um bom
ponto de partida.

O uso do terminal acaba sendo uma necessidade, pois, quase sempre, a


administração do servidor é feita via SSH, usando ferramentas em modo
texto. Existem diversos utilitários para automatizar a administração do
servidor (como o ISPConfig, que veremos no capítulo 9), mas ao longo do
livro você verá que fazer a configuração manualmente oferece um
controle muito maior sobre o servidor. Existem clientes SSH para todas as
principais plataformas, incluindo clientes Windows e também clientes
para diversas famílias de celulares e smartphones, o que permite
executar tarefas rápidas de administração até mesmo enquanto estiver
preso no trânsito.

Para quem vem do Windows, administrar um servidor via linha de


comando parece uma coisa exótica, mas, com o tempo, você percebe que
é realmente a forma mais rápida de fazer muitas coisas. A maior parte da
configuração do servidor consiste em instalar pacotes e editar arquivos
de configuração em texto, o que pode ser feito via linha de comando sem
maiores problemas.

Existem ainda ferramentas como o Webmin, phpMyadmin e outras, que


são acessadas via navegador. Elas são bastante práticas, pois você não
precisa instalar o ambiente gráfico no servidor para usá-las, o que é
desejável do ponto de vista da performance e até mesmo segurança.

Além de permitir executar comandos e rodar aplicativos remotamente, o


SSH permite transferir arquivos e executar diversas outras funções,
como veremos em detalhes no capítulo 10. Além do bom conjunto de
recursos, o SSH prima pela segurança, oferecendo respostas para
praticamente todo tipo de ataque conhecido. Isso faz com que ele seja de
longe a ferramenta de administração mais usada no mundo Linux.

Depois de ganhar acesso ao servidor, o próximo passo é configurar o


servidor web, que será provavelmente o responsável pela maior parte
dos serviços oferecidos pelo servidor. No capítulo 6, veremos detalhes
sobre como configurar um servidor LAMP, combinando o uso do servidor
Linux com o Apache, o interpretador PHP e o banco de dados MySQL.

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Esta é, justamente, a solução de hospedagem mais usada atualmente,


que permite rodar diversos tipos de gestores de conteúdo, fóruns e
outros tipos de aplicativos web, tais como o WordPress e o phpBB.
Examinando os recursos de administração disponíveis, é fácil entender
porque eles se tornaram tão populares. Eles automatizam toda a geração
das páginas, atualização dos links, comentários e assim por diante,
permitindo que os autores do site ou blog se preocupem apenas com o
conteúdo:

Para disponibilizar arquivos de forma pública, você poderia usar o


próprio servidor web, ou instalar um servidor FTP (sobre o qual também
estudaremos no capítulo 6). Para acesso seguro ao servidor, você pode
usar o SFTP ou o RSSH, que permitem transferir arquivos de forma
segura utilizando o SSH.

Em casos em que outras pessoas tenham acesso limitado ao seu servidor


(como ao hospedar vários sites, onde cada webmaster tem acesso
apenas a seus próprios arquivos), é útil incluir um sistema de quotas, de
forma que cada um tenha sua parcela justa de espaço, afastando assim o
risco de alguém entupir o HD do servidor sozinho.

Ao hospedar sites, você vai precisar também configurar o servidor DNS


para responder pelos domínios registrados. Você pode hospedar diversos
sites no mesmo servidor, cada um deles com um domínio ou sub-domínio
próprio, combinando a configuração do servidor DNS com a configuração
dos virtual-hosts no Apache. No capítulo 7 veremos detalhes sobre a
configuração do Bind, que é o servidor DNS mais tradicional, e também o
mais usado.

Temos também a questão dos e-mails, que pode ser resolvida rodando
um servidor Postfix ou utilizando o Google Apps for you Domain, como
veremos em detalhes no capítulo 8.

Com a evolução dos processadores, aumento na capacidade dos HDs e o


barateamento dos módulos de memória, mesmo os servidores de
configuração mais básica acabam sendo subutilizados na maioria das
situações. Uma boa forma de aproveitar os recursos ociosos e agregar
mais funções ao servidor é utilizar um sistema de virtualização, que
permite rodar várias máquinas virtuais em um único servidor, cada uma
se comportando como se fosse um servidor completo. Dessa forma, você
pode ter vários servidores pelo preço de um:

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As máquinas virtuais podem ser usadas também como "caixas de areia",


rodando serviços potencialmente vulneráveis, de forma a não expor o
servidor principal a riscos desnecessários, ou até mesmo serem
sub-locadas, um negócio que pode ser bastante rentável. Veremos mais
detalhes sobre o tema no capítulo 12, reservado à configuração do
VMware Server.

Outra tarefa essencial são os backups, que funcionam como um seguro


contra imprevistos. Afinal, em um servidor que armazena dados
importantes, você não pode contar apenas com a sorte. Os backups
podem ser automatizados através de scripts simples (como veremos em
detalhes no capítulo 13), que podem, inclusive, serem executados de
forma automática, fazendo backups diários, semanais ou até mesmo
backups rotativos, sem que você precise se preocupar em logar
diariamente no servidor apenas para executá-los.

Além da configuração e da manutenção do servidor, temos outra tarefa


importante, que é a escolha dos componentes a utilizar, de forma a
dimensionar corretamente os recursos do servidor e eliminar gargalos.
Apesar da maioria dos servidores serem montados usando processadores
e placas de baixo custo, muitas vezes utilizando gabinetes tipo torre e
placas-mãe para micros desktop, existe toda uma classe de componentes
e tecnologias destinadas ao uso em servidores, como veremos em
detalhes no capítulo 14.

Tudo isso pode parecer complicado de início, mas, ao longo do livro, você
vai descobrir que é bem mais simples do que parece. Assim como nos
outros livros da série, o principal objetivo é explicar os temas de forma
abrangente, porém em linguagem simples. Aperte os cintos e vamos lá.

Compartilhamento, DHCP e Proxy

Um dos usos mais comuns e mais simples para um servidor Linux de rede
local é simplesmente compartilhar a conexão. A vantagem de usar um
servidor dedicado ao invés de simplesmente compartilhar usando o
próprio modem ADSL é que você pode incluir outros serviços, como um
cache de páginas (Squid), filtro de conteúdo (SquidGuard ou

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DansGuardian), firewall, servidor Samba (compartilhando arquivos com


a rede interna), servidor de impressão e assim por diante.

Em uma rede pequena ou média, com de 10 a 50 micros, é possível usar


um único servidor de configuração razoável para todas estas funções. Em
redes maiores, com 100 micros ou mais, isso passa a depender muito do
nível de utilização do servidor. Por exemplo, um simples Pentium 100,
com 32 MB de RAM pode compartilhar a conexão com um link de até 8
megabits para um número indefinido de clientes. O mesmo servidor pode
compartilhar uma impressora e compartilhar arquivos (serviços mais
pesados que simplesmente compartilhar a conexão), desde que estes
serviços não sejam utilizados de forma intensiva. Porém, uma
configuração modesta como esta já não é adequada para rodar um
servidor proxy para uma rede de 50 micros, por exemplo.

Uma máquina mais atual, como um Pentium E ou um Athlon X2, com 512
MB de RAM e um HD de 7200 RPM, já pode rodar o mesmo proxy para
100 ou 200 micros com folga, incluindo serviços adicionais (como uma
VPN, por exemplo). Adicione 2 GB de RAM e ele poderá rodar também um
servidor de arquivos para os mesmos 200 micros.

Máquinas mais parrudas podem desempenhar funções mais pesadas.


Você pode, por exemplo, usar o VMware Server (que veremos em
detalhes mais adiante) para rodar diversas máquinas virtuais, cada uma
com um sistema operacional diferente, de forma a atender diversos
usuários da rede. Dessa forma, você pode concentrar aplicativos
Windows em uma máquina virtual com o Windows 2003 e o Terminal
Services, oferecer aplicativos para usuários remotos usando um servidor
com o Fedora e o NX Server (que veremos em detalhes no capítulo sobre
acesso remoto) e assim por diante. Você pode até mesmo manter
algumas máquinas virtuais com sistemas antigos, como o Windows 98,
para rodar aplicativos de legado que rodam apenas sobre ele. Mas, cada
coisa a seu tempo.

Compartilhando a Conexão

Do ponto de vista da segurança e até mesmo da facilidade de


configuração, é sempre recomendável usar um servidor com duas placas
de rede, separando o tráfego proveniente da internet do tráfego da rede
local. Com duas placas separadas, fica mais fácil criar as regras de
firewall adequadas para bloquear acessos provenientes da internet e, ao
mesmo tempo, permitir o tráfego vindo da rede local.

Se você acessa via ADSL, é recomendável manter o modem configurado


como bridge ao invés de configurá-lo como roteador. Dessa forma, o
servidor recebe todas as portas de entrada, permitindo que você acesse
o servidor remotamente via SSH (muito útil para prestar suporte remoto

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em servidores instalados por você) ou disponibilize um servidor web ou


FTP.

Embora acabe sendo mais trabalhoso, nada impede que você configure o
modem como roteador e use o servidor para novamente compartilhar a
conexão recebida do modem, acrescentando os demais serviços. Nesses
casos, você vai precisar configurar o modem para encaminhar ao
servidor as portas que devem ficar abertas, como a porta 22, usada pelo
SSH (caso você pretenda administrar o servidor remotamente), por
exemplo. Isso é feito através da interface de administração do modem,
através da opção "Port Forwarding", ou similar:

Encaminhamento de portas dentro da configuração de um D-Link 500G

As opções de configuração variam bastante de acordo com o modelo do


modem, mas (com exceção de um punhado de modelos realmente muito
antigos) deve estar disponível pelo menos a opção de criar regras
estáticas de encaminhamento, onde você pode encaminhar um conjunto
de portas, incluindo uma regra para cada uma. Na maioria dos casos, a
interface de configuração do modem permite também encaminhar faixas
de portas, ou criar uma DMZ (o que faz com que todas as portas sejam
encaminhadas para o servidor, como se ele estivesse diretamente
conectado à Internet).

No final, sua rede ficaria com uma topologia similar a essa, com o
servidor colocado entre a rede local e o modem. Uma das interfaces do
servidor receberia um endereço de rede local, de forma a receber os
acessos provenientes dos clientes da rede e a segunda seria configurada
para acessar a Internet através do modem:

Ao usar uma conexão via cabo, o layout da rede continua o mesmo, a


única diferença é que no acesso via cabo a configuração da conexão é
mais simples, já que é preciso apenas obter a configuração da rede via
DHCP e não é necessário configurar o roteamento de portas, já que o
cable modem funciona como um bridge.

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Depois de montar o cabeamento da rede, comece configurando a rede


local usando uma das faixas de endereços IP reservadas como, por
exemplo, a 192.168.1.x, onde o servidor fica com o IP 192.168.1.1 (ou
192.168.1.254, caso prefira) e os micros da rede interna recebem
endereços dentro da mesma faixa. O endereço IP de rede local do
servidor (192.168.1.1 no exemplo) passa a ser o gateway da rede, já que
é a ele que os clientes irão contactar quando precisarem acessar
qualquer endereço externo:

No caso do servidor, o gateway padrão é definido apenas ao configurar a


conexão com a Internet, não ao configurar a rede local. Caso você utilize
um utilitário de configuração para configurar as interfaces de rede no
servidor, configure primeiro a interface de rede local, mantendo os
campos do default gateway e dos servidores DNS em branco, deixando
para configurar a interface da Internet por último.

Isso evita alguns erros comuns. Por exemplo, se você configurar a


conexão com a web e depois configurar a rede local, colocando um
endereço qualquer no campo "default gateway", o gateway informado na
configuração da rede local vai substituir o gateway do provedor (definido
ao conectar na internet), fazendo com que a conexão deixe de funcionar.

Aqui temos um exemplo de configuração manual da rede para


distribuições derivadas do Debian, onde a interface eth0 é usada como
interface de rede local e a eth1 é usada como placa de internet,
configurada via DHCP:

CÓDIGO

# /etc/network/interfaces

auto lo eth0 eth1


iface lo inet loopback

iface eth0 inet static


address 192.168.1.1
netmask 255.255.255.0
network 192.168.1.0
broadcast 192.168.1.255

iface eth1 inet dhcp

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Depois de configurada a rede, verifique se consegue pingar os PCs da


rede interna (ex: ping 192.168.1.61) a partir do servidor. Se estiver
usando Linux nas estações, experimente ativar o servidor SSH em uma
das estações e tentar se conectar a ela a partir do servidor.

Da primeira vez que configurar a rede, use endereços IP estáticos para


todas as estações, pois assim é mais fácil detectar problemas diversos.
Depois de tudo funcionando, mude para configuração via DHCP, como
veremos a seguir. Se alguma das estações estiver inacessível, verifique
se não existe um firewall ativo, verifique o cabo de rede e experimente
trocar a porta usada no switch.

CITAR

Ao utilizar o Debian Sarge, Etch ou Lenny (ou outra distribuição diretamente


derivada deles), é importante fixar os devices das interfaces depois de
configurar a rede. Isso evita um problema recorrente, onde as interfaces
mudam de posição a cada reset em servidores com duas ou mais interfaces
de rede. A placa eth0 passa então a ser a eth1 e assim por diante, o que logo
se torna uma grande dor de cabeça ao configurar um servidor para
compartilhar a conexão, já que se as duas interfaces mudam de posição,
nada funciona.

O problema é solucionado através do uso de um pequeno utilitário chamado


"ifrename", que permite fixar os devices utilizados para as placas. Utilizá-lo
é bem simples. Comece instalando o pacote via apt-get:

CÓDIGO

# apt-get install ifrename

Com as duas placas de rede configuradas, da forma como serão usadas,


cheque os endereços MAC das interfaces usando o comando "ifconfig -a" e
crie o arquivo "/etc/iftab", relacionando o device de cada interface com o
endereço MAC correspondente, seguindo o modelo abaixo:

CÓDIGO

#/etc/iftab

eth0 mac 00:16:36:D1:89:1D


eth1 mac 00:02:44:95:1D:88

Uma vez criado, o arquivo é verificado a cada boot e a configuração se torna


persistente, resolvendo o problema. Esta dica não se aplica às versões
recentes do Ubuntu/Kubuntu, onde o problema foi solucionado através do
uso de regras do udev.

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No CentOS, Fedora e outras distribuições derivadas do Red Hat, é usado


um arquivo de configuração independente para cada interface, salvo
dentro da pasta "/etc/sysconfig/network-scripts/", de forma que a
configuração do exemplo anterior ficaria:

CÓDIGO

# /etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth0
DEVICE=eth0
HWADDR= 00:16:36:D1:89:1D
BOOTPROTO=static
ONBOOT=yes
NETMASK=255.255.255.0
IPADDR=192.168.1.1
NETWORK=192.168.1.0

#/etc/sysconfig/network-scripts/ifcfg-eth1
DEVICE=eth1
HWADDR=00:02:44:95:1D:88
BOOTPROTO=dhcp
USERCTL=no

As linhas "HWADDR" são configuradas com os endereços MAC das


interfaces de rede. Elas não são obrigatórias, apenas servem como uma
garantia adicional de que os devices das interfaces não serão alterados
caso você instale outras placas de rede no futuro.

Note que ao conectar via ADSL com o modem configurado em modo


bridge (onde você usa o "pppoeconf" ou o comando "adsl-start" para
conectar), ou outra modalidade de acesso discado, a interface eth0 ou
eth1 é substituída pela interface virtual ppp0. Ao usar uma placa
wireless, a interface pode receber vários nomes, como "wlan0", "ath0"
ou "ra0", de acordo com o chipset e o driver utilizado. É importante
tomar nota dos devices utilizados por cada interface, já que precisaremos
especificá-los nos passos seguintes. Em caso de dúvidas, cheque a
configuração da rede usando o comando "ifconfig".

Ativando o Compartilhamento

Depois de tudo preparado, ativar o compartilhamento propriamente dito


é bastante simples. No Linux, o compartilhamento é feito usando o
Iptables, o firewall integrado ao Kernel. Na verdade, o Iptables é
expandido através de módulos, por isso suas funções vão muito além das
de um firewall tradicional, incluindo funções avançadas de roteamento.
Para ativar o compartilhamento, são necessários apenas três comandos:

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CÓDIGO

# modprobe iptable_nat
# echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward
# iptables -t nat -A POSTROUTING -o eth1 -j MASQUERADE

Substitua o "eth1" pela placa da Internet. Este comando simplesmente


compartilha a conexão proveniente da placa da internet com todas as
demais placas de rede espetadas no servidor, por isso não é necessário
especificar a placa de rede local.

O primeiro comando ativa o "iptable_nat", o módulo do Iptables


responsável por oferecer suporte ao roteamento de pacotes via NAT. O
segundo ativa o "ip_forward", o módulo responsável pelo
encaminhamento de pacotes, utilizado pelo módulo iptable_nat.

Finalmente, o terceiro cria uma regra de roteamento, que orienta o


servidor a direcionar para a internet todos os pacotes (recebidos dos
clientes) que se destinarem a endereços que não façam parte da rede
local (ou seja, qualquer coisa fora da faixa 192.168.1.x). A partir daí, o
servidor passa a ser o gateway da rede.

CITAR

A maioria das distribuições instalam o executável do Iptables por padrão,


mas sempre existem exceções. No Mandriva, por exemplo, ele é instalado ao
marcar a categoria "firewall" durante a instalação. Para instalá-lo
posteriormente, use o comando "urpmi iptables".

Em muitas distribuições com o Kernel 2.6, é necessário usar um quarto


comando ao compartilhar uma conexão ADSL. Este comando ajusta os
tamanhos dos pacotes recebidos do modem ao MTU usado na rede local.
Note que, apesar da diagramação do livro tornar necessário quebrar o
comando em duas linhas, trata-se de um único comando:

CÓDIGO

# iptables -A FORWARD -p tcp --tcp-flags SYN,RST SYN -m \


tcpmss --mss 1400:1536 -j TCPMSS --clamp-mss-to-pmtu

A barra invertida ("\") faz com que o shell não interprete o caractere
seguinte (no caso, a quebra de linha), permitindo quebrar o comando em
duas linhas, sem causar um erro. Esse é um truque que permite incluir
comandos longos demais para caberem na página, divididos em duas
linhas ou mais. Na verdade, o comando forma uma única linha.

Como de praxe, é importante proteger o servidor de ataques


provenientes da Internet usando um firewall. Podemos ativar um firewall
simples de bloqueio usando mais alguns comandos do Iptables,

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complementando os três comandos anteriores:

CÓDIGO

iptables -A INPUT -p icmp --icmp-type echo-request -j DROP


echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/conf/default/rp_filter
iptables -A INPUT -m state --state INVALID -j DROP
iptables -A INPUT -i lo -j ACCEPT
iptables -A INPUT -i eth0 -j ACCEPT
iptables -A INPUT -p tcp --dport 22 -j ACCEPT
iptables -A INPUT -p tcp --syn -j DROP

O primeiro comando faz com que o seu servidor deixe de responder a


pings, o que evita muitos ataques casuais. Os dois comandos seguintes
protegem contra IP spoofing (uma técnica usada em diversos tipos de
ataques, onde o atacante envia pacotes usando um endereço IP falseado
como remetente, tentando assim obter acesso a PCs da rede interna) e
contra pacotes inválidos, que são comumente utilizados em ataques DoS
e ataques de buffer overflow.

As duas linhas seguintes autorizam pacotes provenientes da interface de


loopback (lo), juntamente com pacotes provenientes da rede local. Como
pode ver, a sintaxe das regras do Iptables segue um padrão lógico, onde
você especifica uma determinada condição e diz o que o firewall deve
fazer com os pacotes que se enquadrarem nela. No caso da regra que
autoriza os pacotes da rede local (iptables -A INPUT -i eth0 -j ACCEPT)
usamos os parâmetros "-A INPUT" (pacotes de entrada) e "-i eth0"
(recebidos na interface eth0), seguidos da regra "-j ACCEPT", que diz
que os pacotes devem ser aceitos sem checagem adicional. Não se
esqueça de substituir o "eth0" pela interface de rede local correta, caso
diferente.

Continuando, a linha "iptables -A INPUT -p tcp --dport 22 -j ACCEPT"


abre a porta 22, usada pelo SSH para conexões externas, permitindo que
você possa administrar o servidor remotamente. Você pode abrir mais
portas simplesmente adicionando mais linhas, com as portas desejadas.
Concluindo, temos a linha "iptables -A INPUT -p tcp --syn -j DROP", que
faz o trabalho pesado, bloqueando tentativas de conexão provenientes da
Internet.

Depois de testar o compartilhamento, falta fazer com que os comandos


sejam executados durante o boot, tornando a configuração permanente.
A forma mais simples de fazer isso é colocar os comandos no arquivo
"/etc/rc.local", um script próprio para a tarefa, que está disponível tanto
em distribuições derivadas do Debian quanto em distribuições da
linhagem do Red Hat. Um exemplo de arquivo completo, incluindo os
comandos para ativar o firewall seria:

CÓDIGO

#!/bin/sh

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# /etc/rc.local

modprobe iptable_nat
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward
iptables -t nat -A POSTROUTING -o eth1 -j MASQUERADE

iptables -A INPUT -p icmp --icmp-type echo-request -j DROP


echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/conf/default/rp_filter
iptables -A INPUT -m state --state INVALID -j DROP
iptables -A INPUT -i lo -j ACCEPT
iptables -A INPUT -i eth0 -j ACCEPT
iptables -A INPUT -p tcp --dport 22 -j ACCEPT
iptables -A INPUT -p tcp --syn -j DROP

Esta receita é genérica, deve funcionar em qualquer distribuição.


Lembre-se de substituir "eth1" pela interface de internet e o "eth0" pela
interface de rede local, caso diferentes.

Uma segunda opção, mais elegante, porém mais complicada, é criar um


serviço de sistema, que pode ser ativado e desativado. Neste caso, crie o
arquivo de texto "/etc/init.d/compartilhar". Dentro dele vão as linhas a
seguir:

CÓDIGO

#!/bin/bash

# Interface da Internet:
ifinternet="eth1"

# Interface da rede local


iflocal="eth0"

iniciar(){
modprobe iptable_nat
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward
iptables -t nat -A POSTROUTING -o $ifinternet -j MASQUERADE
iptables -A INPUT -p icmp --icmp-type echo-request -j DROP
echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/conf/default/rp_filter
iptables -A INPUT -m state --state INVALID -j DROP
iptables -A INPUT -i lo -j ACCEPT
iptables -A INPUT -i $iflocal -j ACCEPT
iptables -A INPUT -p tcp --dport 22 -j ACCEPT
iptables -A INPUT -p tcp --syn -j DROP
}

parar(){
iptables -F
iptables -F -t nat
}

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case "$1" in
"start") iniciar;;
"stop") parar;;
"restart") parar; iniciar;;
*) echo "Use os parâmetros start ou stop"
esac

Este é um shell script que aceita três funções: start, stop e restart,
executando dentro de cada uma os comandos que compartilham e param
o compartilhamento da conexão. Esta estrutura é similar à usada nos
demais scripts de inicialização do sistema, como os do Apache, Samba,
Squid e outros serviços.

Veja que em vez de especificar as interfaces de internet e de rede local


dentro dos comandos, passei a usar duas variáveis no início do script,
que facilitam a configuração e tornam o script mais elegante. Quando
precisar usar o script em outra máquina, onde as interfaces sejam
diferentes, você precisa apenas se lembrar de alterar as duas variáveis.
Note também que os comandos a partir do "iptables -A INPUT -p icmp
--icmp-type echo-request -j DROP" correspondem às proteções e ao
firewall e podem ser removidos caso desejado.

Para usar o script, transforme-o em um arquivo executável, usando o


comando:

CÓDIGO

# chmod +x /etc/init.d/compartilhar

A partir daí, você pode iniciar e parar o compartilhamento usando os


comandos:

CÓDIGO

# /etc/init.d/compartilhar start
# /etc/init.d/compartilhar stop

Para que o script seja executado durante o boot, você pode adicionar o
comando "/etc/init.d/compartilhar start" no arquivo "/etc/rc.local", em
vez de colocar os comandos diretamente, como fizemos no exemplo
anterior.

Outra opção (mais elegante) é criar um link para ele dentro da pasta
"/etc/rc5.d", o que também faz com que ele seja executado durante o
boot:

CÓDIGO

# cd /etc/rc5.d

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# ln -s ../init.d/compartilhar S21compartilhar

Como vimos no primeiro capítulo, o "S" indica que o script deve ser
executado com o parâmetro "start" e o "21" indica a ordem em que deve
ser executado durante o boot, em relação aos outros serviços. A ordem
de execução dos serviços muda de distribuição para distribuição, mas
nessa posição garantimos que ele será executado depois da ativação das
interfaces de rede e de outros serviços essenciais.

Se você é um administrador paranóico, verifique a configuração dos


serviços na distribuição em uso e altere a ordem de inicialização do script
de firewall, de forma que ele seja carregado antes de qualquer outro
serviço que aceite conexões, como o Samba ou o Apache. Com isso você
garante que o firewall será carregado primeiro e não fica com seu
servidor vulnerável nem mesmo por um curto espaço de tempo durante o
boot.

Isso nos leva a uma terceira opção para salvar a configuração, utilizando
os próprios arquivos de inicialização do sistema. Ela é a mais "correta" do
ponto de vista técnico, embora menos flexível. Nesse caso, a
configuração seria feita em três passos:

A primeira parada seria o arquivo "/etc/modules", onde são listados os


módulos carregados pelo sistema durante o boot. Nele seria adicionada a
linha "iptables_nat", ativando o carregamento do módulo. Em seguida,
você adicionaria (ou descomentaria) a linha
"net.ipv4.conf.default.forwarding=1" no arquivo "/etc/sysctl.conf",
para ativar o roteamento de pacotes, tornando permanente o comando
"echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward".

Finalmente, depois de executar o comando "iptables -t nat -A


POSTROUTING -o $placa -j MASQUERADE", que efetivamente ativa o
compartilhamento, você usaria o comando "/etc/init.d/iptables save
active" (nas derivadas do Debian) ou "service iptables save" (nas
derivadas do Red Hat) para salvar regra e fazer com que ela passe a ser
reativada durante o boot.

DHCP com IP fixo

Mais uma opção interessante no servidor DHCP é a possibilidade de


relacionar um determinado endereço IP com o endereço MAC de certo
micro da rede. Isso faz com que ele sempre obtenha o mesmo endereço a
partir do servidor DHCP, como se tivesse sido configurado para usar IP
fixo.

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Esse recurso é usado em redes de terminais leves, para que o servidor


"reconheça" os terminais e possa enviar a configuração adequada a cada
um, mas pode ser usado também em outras situações, como em uma
pequena rede, onde alguns micros compartilham impressoras e arquivos
e por isso não podem ficar mudando de endereço IP a cada reboot.
Configurar o servidor DHCP para dar a eles sempre o mesmo IP pode ser
mais prático que configurá-los para usar IP fixo manualmente, pois eles
continuarão recebendo o mesmo IP mesmo que você reinstale o sistema
(pois, apesar da mudança de sistema operacional, a placa de rede
continuará a mesma). Veja o caso de quem usa distribuições Linux
live-CD, por exemplo.

Para usar este recurso, adicione uma seção como esta para cada host no
final do arquivo dhcpd.conf, depois de todas as linhas de configuração,
mas antes de fechar a chave (}):

CÓDIGO

host m5 {
hardware ethernet 00:0F:B0:55:EA:13;
fixed-address 192.168.1.211;
}

Veja que a seção começa com o nome da máquina, "m5" no exemplo. Em


seguida vão, entre chaves, o endereço MAC da placa de rede (que você
pode verificar através do comando "ifconfig") e o endereço IP que a
estação deve usar. Um exemplo de arquivo completo, incluindo a
configuração de IP fixo para duas máquinas seria:

CÓDIGO

ddns-update-style none;
default-lease-time 600;
max-lease-time 7200;
authoritative;

subnet 192.168.1.0 netmask 255.255.255.0 {


range 192.168.1.100 192.168.1.199;
option routers 192.168.1.1;
option domain-name-servers 208.67.222.222,208.67.220.220;
option broadcast-address 192.168.1.255;

host m5 {
hardware ethernet 00:0F:B0:55:EA:13;
fixed-address 192.168.1.211;
}

host semprao {
hardware ethernet 00:0F:B0:45:BC:17;
fixed-address 192.168.1.212;
}

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Não se esqueça de reiniciar o servidor DHCP depois de configurar o


arquivo para que a nova configuração seja aplicada:

CÓDIGO

# /etc/init.d/dhcp3-server restart

Uma pergunta recorrente sobre o uso de servidores DHCP é sobre a


possibilidade de manter mais de um servidor DHCP ativo. Em situações
normais, você nunca deve manter mais de um servidor DHCP ativo ao
mesmo tempo, principalmente se ambos estiverem configurados para
fornecer endereços dentro da mesma faixa. Caso contrário, começam a
surgir problemas com micros configurados com o mesmo IP (cada um
dado por um DHCP diferente) e assim por diante. Entretanto, em algumas
situações, uma configuração com dois servidores DHCP pode funcionar,
naturalmente depois de bem testada.

O dhcp3-server usado no Linux é bastante rápido, por isso (desde que a


configuração não seja muito complexa) costuma responder antes dos
servidores DHCP usados nos servidores Windows e na maioria dos
modems ADSL, o que pode ser usado a seu favor.

Imagine um caso comum: uma rede de 10 ou 20 micros, com um ADSL de


1 megabit, compartilhado pelo próprio modem. Para melhorar o
desempenho da rede, você resolve implantar um servidor com o Squid
configurado para trabalhar como um proxy transparente, além de um
servidor DNS próprio e DHCP.

Como este "servidor" é o seu próprio micro, que precisa ser desligado de
vez em quando, você decide manter a rede da forma que está, com o
modem compartilhando a conexão e o seu micro funcionando como um
segundo gateway, dentro da rede local. Você quer que a rede continue
funcionando mesmo quando seu micro precisar ser desligado por um
certo tempo, por isso mantém o servidor DHCP do modem ativo, junto
com o servidor DHCP instalado no seu micro, configurados para
fornecerem faixas diferentes de endereços, de forma a minimizar
conflitos.

No seu caso, o dhcp3-server é mais rápido que o DHCP do modem. Por


isso, enquanto ele está ligado, os micros da rede local são configurados
para acessar através dele, passando pelo proxy transparente. Quando ele
é desligado, o modem ADSL passa a responder as chamadas e os micros
passam a ser configurados para acessar diretamente através dele (é
preciso reconfigurar os clientes via DHCP para que eles obtenham a
configuração a partir do modem e passem a utilizá-lo como gateway). A
rede continua funcionando mesmo que seu micro seja desconectado
definitivamente.

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Note que isso é tecnicamente errado e só funciona em redes pequenas,


onde todos os micros são ligados ao mesmo hub ou switch. Quanto maior
a rede, mais imprevisível se torna o comportamento dos servidores DHCP
e mais importante torna-se manter apenas um ativo.

Instalando o Squid

CITAR

O Squid é composto de um único pacote, por isso a instalação é simples.


Instale o pacote "squid" usando o apt-get, yum ou urpmi, como em:

CÓDIGO

# apt-get install squid

Toda a configuração do Squid é feita em um único arquivo, o "/etc/squid


/squid.conf". Caso você esteja usando uma versão antiga do Squid, como
a incluída no Debian Woody, por exemplo, o arquivo pode ser o
"/etc/squid.conf". Apesar da mudança na localização do arquivo de
configuração, as opções descritas aqui vão funcionar sem maiores
problemas.

O arquivo original, instalado junto com o pacote, é realmente enorme,


contém comentários e exemplos para quase todas as opções disponíveis.
Ele pode ser uma leitura interessante se você já tem uma boa
familiaridade com o Squid e quer aprender mais sobre cada opção, mas,
de início, é melhor começar com um arquivo de configuração mais
simples, apenas com as opções mais usadas.

Em geral, cada distribuição inclui uma ferramenta diferente para a


configuração do proxy. Uma das mais usadas é o Webmin, disponível em
várias distribuições. A função dessas ferramentas é disponibilizar as
opções através de uma interface gráfica e gerar o arquivo de
configuração com base nas opções escolhidas. Em alguns casos, essas
ferramentas ajudam bastante, mas, como elas mudam de distribuição
para distribuição, acaba sendo mais produtivo aprender a trabalhar
direto no arquivo de configuração, que, afinal, não é tão complicado
assim. Assim como em outros tópicos do livro, vamos aprender a
configurar o Squid "no muque", sem depender de utilitários de
configuração.

Comece renomeando o arquivo padrão, de forma a conservá-lo para fins


de pesquisa:

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CÓDIGO

# mv /etc/squid/squid.conf /etc/squid/squid.conf.orig

Em seguida, crie um novo arquivo "/etc/squid/squid.conf", contendo


apenas as quatro linhas abaixo:

CÓDIGO

http_port 3128
visible_hostname gdh
acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0
http_access allow all

Estas linhas são o suficiente para que o Squid "funcione". Como viu,
aquele arquivo de configuração gigante tem mais uma função
informativa, citando e explicando as centenas de opções disponíveis.
Apenas um punhado das opções são realmente necessárias, pois, ao
omití-las, o Squid simplesmente utiliza os valores default. É por isso que
acaba sendo mais simples começar com um arquivo vazio e ir inserindo
apenas as opções que você conhece e deseja alterar.

As quatro linhas dizem o seguinte:

http_port 3128: A porta onde o servidor Squid vai ficar disponível. A


porta 3128 é o default, mas muitos administradores preferem utilizar a
porta 8080, que soa mais familiar a muitos usuários.

visible_hostname gdh: O nome do servidor, o mesmo que foi definido


na configuração da rede. Ao usar os modelos desse capítulo, não se
esqueça de substituir o "gdh" pelo nome correto do seu servidor, como
informado pelo comando "hostname".

acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0 e http_access allow all: Estas duas linhas
criam uma acl (uma política de acesso) chamada "all" (todos), incluindo
todos os endereços IP possíveis. Ela permite que qualquer um dentro
desta lista use o proxy, ou seja, permite que qualquer um use o proxy,
sem limitações.

Para testar a configuração, reinicie o servidor Squid com o comando:

CÓDIGO

# /etc/init.d/squid restart

Se estiver no CentOS, Fedora ou Mandriva, pode utilizar o comando


"service", que economiza alguns toques no teclado:

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CÓDIGO

# service squid restart

No Slackware, o comando será "/etc/rc.d/rc.squid restart", seguindo a


lógica do sistema em colocar os scripts referentes aos serviços na pasta
/etc/rc.d/ e inicializá-los automaticamente durante o boot, desde que
marcada a permissão de execução.

Para testar o proxy, configure um navegador (no próprio servidor) para


usar o proxy, através do endereço 127.0.0.1 (o localhost), porta 3128. Se
não houver nenhum firewall pelo caminho, você conseguirá acessar o
proxy também através dos outros micros da rede local, basta configurar
os navegadores para usarem o proxy, fornecendo o endereço do servidor
na rede local.

Caso necessário, abra a porta 3128 na configuração do firewall, para que


o Squid possa receber as conexões. Um exemplo de regra manual do
Iptables para abrir a porta do Squid apenas para a rede local (a interface
eth0 no exemplo) é:

CÓDIGO

iptables -A INPUT -i eth0 -p tcp --dport 3128 -j ACCEPT

Videos

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Servidores De Internet Linux - CPturbo http://www.cpturbo.org/cpt/index.php?showtopic=217132&hl=linux

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=mMOYjrLxGjA

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=BN6Y01EapoA

22 de 28 29/3/2010 09:54
Servidores De Internet Linux - CPturbo http://www.cpturbo.org/cpt/index.php?showtopic=217132&hl=linux

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=p6-0BF_aicA

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O(s) 15 membro(s) abaixo agradecem Postigo Zanolla por este post:


TimBer, Zed Caballeiro, Igor R., Johnny_estranged, micas_micael, Krozth, Tribus, Walla, Marcos123, bopebraw,
kbecao, marfresil, Monsher, leobhxp, Link

Anúncios Feb 18 2010, 03:35 PM Post #

TimBer Feb 18 2010, 03:40 PM Post #2

Putz detonou!!!

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Postigo Zanolla Feb 18 2010, 03:49 PM Post #3

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CITAR(TimBer @ Feb 18 2010, 03:40 PM)

Putz detonou!!!

Obrigado Timber

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Zed Caballeiro Feb 18 2010, 04:02 PM Post #4

Vou ver mais tarde.


Otimo post.
Ate mais.

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Igor R. Feb 18 2010, 04:14 PM Post #5

Que isso.. esse material merece um premio parabens..


mto bom..

[]´s
Igor R.

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Krozth Feb 18 2010, 04:34 PM Post #6

show de bola !
parabens !

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Postigo Zanolla Feb 19 2010, 11:55 AM Post #7

Valeu

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Postigo Zanolla Feb 21 2010, 03:57 PM Post #8

vou pesquisar

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Marcos123 Feb 26 2010, 01:31 PM Post #9

otimo tutorial..
bem explicado. valeu

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marfresil Mar 24 2010, 07:18 PM Post #10

valeu belo post obg

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Horário: 29th March 2010 - 10:51 AM

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