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B Biotecnologia,

iotecnologia é um termo que


nos remete ao estado da
arte da ciência da vida. Está

promessas
associado ao genoma, ao DNA, a
clones, enfim, a um extenso leque de
descobertas dos tempos modernos.

e polêmicas
Mas a biotecnolgia é tão antiga quan-
to a própria civilização. O primeiro
homem que, 12 mil anos atrás, numa
remota Mesopotâmia, usou fermento
para fazer o pão estava pondo em
curso um processo biotecnológico.
Culturas transgênicas e uso
Hoje a biotecnologia continua a fazer de células-tronco estão no
o pão, com a diferença de que o
ingrediente pode ser transgênico.
centro de um debate que
Biotecnologia é um termo que tam- envolve questões éticas,
bém nos remete à polêmica. Am- legais e religiosas
bientalistas e agricultores debatem
o plantio de alimentos transgênicos,
entre eles a soja. Correntes religio-
sas, em nome do direito da vida do
embrião, se opõem a pesquisadores
que defendem o uso de células-tron-
co em tratamentos de doenças. O de-
bate envolve questões éticas e legais.
Há mais perguntas que respostas.
O importante é ter os argumentos
afiados, tarefa que este fascículo o
ajudará a levar a cabo.

NESTA EDIÇÃO Representação


Em que pé está a Lei do DNA
da Biossegurança PÁG. 3
Cinco dicas para você
estudar melhor PÁG. 8 > Física
> Biologia
> Química
ENTENDA O ASSUNTO

Biotecnologia, entre
o milagre e o pecado
A ciência abre novas perspectivas para o tratamento de doenças, mas
seu avanço provoca polêmicas e debates sobre a própria noção de vida
POR FÁBIO L. OLIVEIRA
CÉLULAS PLURIPOTENTES
(Células de blastocisto de 5-14 dias)

UM BIÓLOGO, DUAS SURPRESAS


> O biólogo James Watson
surpreendeu o mundo duas ÓVULO FERTILIZADO EMBRIÃO DE 8 DIAS
vezes. A primeira foi em BLASTOCISTO
1953, quando, com Fran-
cis Crick, físico britânico,
anunciou o modelo de dupla
hélice para o DNA, propondo
como se daria sua replica- PLURIPOTENTES
ção. A segunda foi em outu-

ilustração: AKE ASTBURY


bro passado, ao declarar seu
NEURÔNIO
“pessimismo em relação ao CÉLULAS DO SANGUE
futuro da África pelo fato de
os negros terem menos inte-
ligência que os ocidentais”. MÚSCULO
Watson se desculpou publi-

H
camente, mas foi suspenso oje em dia podemos tomar vinhos de ótima qualidade, de várias partes
do Laboratório Cold Spring do mundo e a preços acessíveis. Foi longo o caminho para chegar a esse
Harbor, onde trabalhou por estágio. Começou a ser percorrido há 5 mil anos no Egito, onde encontra-
40 anos. Acabou por se apo- mos os registros mais antigos do processo de vinificação. Naquela época, o uso
sentar. A declaração mancha de fermentos já não era novidade – afinal, a produção do pão na Mesopotâmia
a biografia do cientista, remonta há 12 mil anos.
mas não tira o valor de sua Os antigos não tinham um nome para o processo, mas, ao produzir o pão e o
descoberta, que lhe valeu o vinho, estavam usando a biotecnologia. O termo se refere à utilização de seres
Prêmio Nobel de Medicina vivos para a obtenção de serviços ou produtos. É o que a biotecnologia moderna
ainda faz, agora com a ajuda da informação genética, que multiplicou sua utili-
em 1962. dade. Atualmente, por exemplo, a biotecnologia está na base da realização de
testes de paternidade ou do desenvolvimento de medicamentos.
O passo mais importante, que abriu as portas para a biotecnologia moderna,
foi dado em 7 de março de 1953 por Francis Crick e James Watson. Trabalhando
no laboratório Cavendish, na Inglaterra, eles foram os primeiros a apresentar
um modelo da molécula de DNA, com o formato de dupla hélice (parecida com
uma escada em espiral). Essa descoberta causou uma revolução na biotecnolo-
James gia, possibilitando pesquisas com transgênicos, clonagem, genomas e células-
Watson tronco. Tais avanços defrontaram o homem e a sociedade com dilemas e confli-
tos éticos, religiosos e legais, ainda passíveis de discussão e solução.
Em 1970, a descoberta das enzimas de restrição (que cortam o DNA em
pontos específicos) tornou possível transferir trechos de DNA de uma espécie
© (AP)

para outra e, portanto, o desenvolvimento de organismos transgênicos. O pri-

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meiro deles, uma bactéria produtora de insulina humana,
foi apresentado em 1982, pela pioneira Genentech, da BIOSSEGURANÇA,
Em 1953, foi Califórnia, Estados Unidos. Atualmente existe uma série LEI AINDA NO PAPEL
apresentado de organismos geneticamente modificados, desde animais Por Venerando S. Oliveira

o modelo da de laboratório (com genes implantados ou suprimidos),


usados em pesquisas, até vegetais resistentes a pragas, Sancionada em 24 de março
molécula de de 2005, a Lei de Biossegurança
inseticidas, secas ou enriquecidos nutricionalmente.
DNA com Culturas transgênicas podem trazer inúmeros bene- cria o Conselho Nacional de
formato de fícios, como é o caso do arroz “dourado”, desenvolvido Biossegurança (CNBS) e reestru-
dupla hélice para combater, em populações subnutridas de países tura a Comissão Técnica Nacional
pobres, a deficiência de vitamina A, responsável por 500 de Biossegurança (CTNBio),
mil casos anuais de cegueira infantil. Culturas resisten- ligada ao Ministério de Ciência e
tes a secas ou altas salinidades estão sendo desenvolvidas em países como Tecnologia.
a África do Sul, podendo aumentar a produção de alimentos nos países A aprovação da lei foi acelerada
africanos. O plantio de culturas resistentes a inseticidas ou pragas permite pela necessidade de regulamentar
menor uso de inseticidas, o que reduz o impacto ambiental e o preço dos dois assuntos polêmicos e em
alimentos e pode contribuir para a diminuição da fome no mundo. Pequenos estágios já bastante adiantados:
agricultores, contudo, devem ter acesso a essas sementes, caso se queira as células-tronco e os organis-
que o panorama da fome seja realmente modificado. mos geneticamente modificados
Não há só aspectos positivos. Algumas dessas culturas contêm genes que as (OGMs).
fazem gerar sementes infecundas, o que obriga os agricultores a comprar as Pesquisas com células-tronco
sementes a cada safra. Uma vez plantados, os vegetais transgênicos podem sele- mostram resultados promissores
cionar pragas mais resistentes ou os transgenes podem se dispersar por meio do no tratamento de câncer e doen-
pólen e ser incorporados por outras plantas, com conseqüências imprevisíveis. ças degenerativas, como o mal de
Atualmente vários países estão desenvolvendo e cultivando safras transgêni- Alzheimer. Por utilizar embriões
cas, inclusive o Brasil. Até agora não foi detectado nenhum problema ambiental, de onde são retiradas as células,
mas isso não é conclusivo. A segurança ambiental e alimentar de cada transgê- essas pesquisas sofrem a opo-
nico precisa de confirmação anterior a sua liberação para o mercado. sição de setores religiosos e de
O desenvolvimento de técnicas que possibilitaram a identificação da se- grupos antiaborto.
qüência de nucleotídeos dos DNAs e a revelação dos genomas das espécies Quanto aos alimentos transgêni-
também têm importantes aplicações. Conhecer o conjunto de genes de espécies cos, a soja, plantada principalmen-
patogênicas de plantas ou animais torna possível identificar os genes responsá- te no sul do país, está no centro da
veis pela doença e direcionar as pesquisas na busca de cura ou tratamento. Um polêmica dos OGMs. Introduzida
exemplo bem-sucedido foi o projeto do genoma da bactéria Xilella fastidiosa, cau- no Brasil nos anos 90, ela é resis-
sadora do amarelinho, praga que gera enormes prejuízos à citricultura. Financiado tente a pragas e pesticidas, o que
pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o projeto aumenta a produtividade e reduz
foi concluído em 1999. Na área de saúde, o Instituto Ludwig de Pesquisas sobre os custos. Os ambientalistas são
o Câncer em São Paulo coordena o projeto Genoma Humano do Câncer, que visa seus mais ferrenhos críticos.
identificar genes ativos nessa doença, ampliando a possibilidade de tratamento. A polêmica está longe de aca-
bar, e a desinformação da socie-
dade alimenta e prolonga esse
processo. Embora sancionada
há mais de dois anos, a Lei de
Biossegurança continua no papel.
Venerando S. Oliveira, físico formado pela
Unicamp, é educador, autor de material
didático, professor e coordenador do ensino
médio e de cursos pré-vestibulares
DIVULGAÇÃO © (AP)

Xilella
fastidiosa

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Outra faceta da biotecnologia é a geração
>> O QUE VER E O QUE LER de indivíduos geneticamente iguais – os
Três filmes, embora de ficção, clones. O principal marco nesse campo
abordam questões genéticas foi o nascimento da ovelha Dolly, anun-
de forma que podem ajudar no ciado por Ian Wilmut em 1997. Como
aprendizado. São eles: isso foi possível? Uma célula mamária
de uma ovelha foi fundida com um
O SEXTO DIA O tema desse filme óvulo de outra ovelha (cujo núcleo foi
é a clonagem de seres humanos. previamente removido) e o embrião
Espécie de ficção científica em que resultante implantado no útero de uma
o protagonista é substituído por seu terceira, gerando uma ovelha genetica-
clone e foge para não ser assassina- Ian Wilmut, mente idêntica à doadora do óvulo. O
do enquanto tenta decobrir a trama que anunciou sucesso dessa técnica permite imaginar
DIVULGAÇÃO

por detrás desse mistério. o primeiro a clonagem reprodutiva de animais de


clone animal estimação mortos, espécies em extinção
GATTACA, A EXPERIÊNCIA ou extintas e até do homem. A clonagem
GENÉTICA Enfoca a eugenia. de seres humanos, além das questões éticas, é bastante combatida pela
Numa época futura, seres humanos ciência devido ao risco de haver problemas no clone, como aconteceu
são criados em laboratório e melho- com a própria Dolly, vítima de envelhecimento precoce.
rados geneticamente. Aqueles con- A clonagem terapêutica pode dar origem às chamadas células-tronco
cebidos biologicamente são coloca- embrionárias. Tais células, por meio de divisões sucessivas, podem gerar
dos à margem dessa nova sociedade qualquer um dos mais de 200 tipos celulares de nosso corpo, represen-
geneticamente selecionada. Um ser tando esperança para o tratamento ou cura para muitas enfermidades.
humano concebido biologicamente Células-tronco adultas, como as da medula óssea, podem gerar muitos
vai reverter o status. tecidos, mas não todos. Isso justifica tamanho interesse pelas células-
tronco embrionárias. Para obter tais células, é preciso retirá-las de um
PARQUE DOS DINOSSAUROS embrião com cerca de 5 dias de idade, interrompendo
O homem domina as técnicas de seu desenvolvimento. Isso gera muita resistência,
engenharia genética em estado de O principal sobretudo de correntes religiosas, que alegam que
arte a ponto de recriar os dinos- marco da essa interrupção provoca a morte do embrião. Para a
sauros, confinando-os em um par- clonagem foi ciência, no entanto, ainda não existe vida no embrião.
que temático. As coisas escapam Biologicamente, considera-se o início da vida quando
o nascimento surge o sistema nervoso, o que acontece somente no
do controle quando os animais
revividos não se comportam den- da ovelha final do primeiro mês de gestação.
tro dos padrões esperados. Dolly, anunciado Há então um grande impasse, pois clínicas de repro-
em 1997 dução humana eliminam os embriões não-utilizados.
Os seguintes sites também A mesma sociedade que aceita tal eliminação não
são recomendados: permite que esses embriões sejam utilizados para for-
http://www.ctnbio.gov.br necer as células-tronco para as pesquisas.
– Comissão Técnica Nacional de Em tais pesquisas, a clonagem terapêutica gera células-tronco do
Biossegurança paciente que são injetadas no órgão doente, esperando-se que se trans-
http://www.comciencia. formem nesse tecido. Tal técnica não apresenta rejeição, além de ser
br/reportagens/clonagem/ menos traumática que transplantar um órgão inteiro. A partir disso, abre-
clone02.htm – Clonagem ainda se caminho para o tratamento de doenças cardíacas, degenerativas, para-
é técnica em desenvolvimento lisia de membros por danos na medula espinhal, entre outros casos.
Todo esse repertório de novos conhecimentos traz promessas de
melhoria da qualidade de vida, mas levanta também conflitos éticos e
religiosos. A legislação está sendo criada, e tanto legisladores quanto
sociedade devem conhecer tais assuntos, pois serão chamados a decidir
sobre o futuro da biotecnologia e suas implicações para todos nós.

Dinossauro FÁBIO L. OLIVEIRA, biólogo formado pela


DIVULGAÇÃO

recriado pela Unicamp, é autor de materiais didáticos,


ficção professor do ensino médio e de cursos
pré-vestibulares

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Seqüenciamento do DNA
Com esta questão, que aborda projetos genomas, você
pode avaliar seus conhecimentos sobre síntese protéica
Projetos genomas visam identi- RNA mensageiro Proteína
ficar os genes de um organismo. UACAAGGUGCCAU Y
Para isso, é necessário descobrir a ATGTTCGAGCCTA W
seqüência de nucleotídeos do DNA UGUUCCACGGUA Beta
desse organismo para identificar os AUGUUCCACGGUA Z
genes e as proteínas codificados por AUCUUGGAGCCUA Alfa
eles. Geram-se, a partir de uma única
molécula de DNA, vários segmentos senta um gel no qual foram colocados teína codificada por ele é a:
com tamanhos diferentes. Estes vários RNA mensageiro
segmentos com tamanhos Proteína A) Alfa B) Z C) Y D) Beta E) W.
são colocados em cima de um bloco diferentes de uma mesma molécula de
de gel e o atravessam. Os menores DNA. A técnica usada permite saber COMENTÁRIO
pedaços o fazem mais rapidamente e que o último nucleotídeo de cada Essa questão aborda de maneira sucin-
os maiores, mais lentamente. segmento da coluna A é a Adenina, da ta como se realiza um projeto genoma.
A figura aqui reproduzida repre- coluna T, é a Timina, e assim por diante. A leitura do enunciado é essencial para
Após a migração e separação desses quem não sabe como se faz a leitura
segmentos, é estabelecida a seqüência dos trechos de DNA no gel para se achar
da molécula original, colocando-se os a ordem dos nucleotídeos do trecho
nucleotídeos conhecidos de cada colu- de DNA seqüenciado. Após o estabe-
na, separados no gel, na ordem, do mais lecimento da ordem dos nucleotídeos
leve para o mais pesado. A partir disso, do DNA, é necessário que se lembre a
é possível estabelecer a seqüência de ordem de pareamento do DNA com o
Ilustração: AKE ASTBURY

aminoácidos da proteína codificada por RNA mensageiro em formação (A com U,


esse segmento. Seqüenciando tal T com A, C com G e G com C) para anali-
segmento e analisando a tabela sar a tabela e verificar a proteína codifica-
acima, é possível dizer que a pro- da pelo trecho de DNA seqüenciado.

GABARITO: (B)

RESPOSTA DA QUESTÃO INÉDITA DO FASCÍCULO X

UACAAGGUGCCAU
ATGTTCGAGCCTA
Na América do Sul, a esquerda
W
Y

UGUUCCACGGUA
AUGUUCCACGGUA
convive com a economia de mercado
Beta
Z
A questão da semana passada era sobre rompimento com a economia de mercado ideológica com o capitalismo.
AUCUUGGAGCCUA
o cenário geopolítico da América do Sul. A Alfa
e dogmas liberais. Ao que tudo indica, essa Gabarito: alternativa D (Apesar de
chegada de muitos partidos de esquerda nova tendência está mais vinculada a uma muitos partidos de esquerda terem
ao poder na região mudou o panorama, refreada ao neoliberalismo, interpretado chegado ao poder na América do Sul,
mas
RNA não implicou
mensageiro a adoção do socialismo como uma espécie de radicalismo de
Proteína o sistema de economia de mercado foi
como modelo político e econômico, nem o mercado, do que a uma confrontação mantido em todos eles).

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QUESTÕES RESPONDIDAS

Projeto Genoma, transgênicos, DNA


Teste seus conhecimentos com questões que já caíram em vestibulares
recentes e confira os comentários dos professores
C) errada, porque o código genético diz distraído”, pois reafirma uma
1ª questão respeito à correspondência entre os
códons do DNA e os aminoácidos nas
confusão já comum nos meios de
comunicação, que não diferencia
Em abril de 2003, a finalização do proteínas. corretamente os conceitos de geno-
Projeto Genoma Humano foi noticia- D) errada, porque o projeto decifrou ma e código genético. Portanto,
da por vários meios de comunicação os genes dos cromossomos humanos, cuidado. O vestibulando que não faz
como sendo a “decifração do código não as proteínas que eles codificam. uma análise crítica das informações
genético humano”. A informação, da E) errada, porque não é possível veiculadas na mídia pode apreender
maneira como foi veiculada, está: decifrar todo o código genético, conceitos errados. Vale lembrar que
A) correta, porque agora se sabe existem regiões cromossômicas o genoma é o conjunto de genes de
toda a seqüência de nucleotídeos com alta taxa de mutação. uma espécie e o código genético é a
dos cromossomos humanos. Unifesp, 2004 relação entre a trinca de bases
B) correta, porque agora se sabe do DNA (ou RNA mensageiro) e o
toda a seqüência de genes dos cro- COMENTÁRIO aminoácido colocado pelo ribosso-
mossomos humanos. Esse é o típico enunciado “pega- mo na proteína.

2ª questão Organismos são ditos trans-


gênicos quando, por técnica de
D) a técnica permite trocar o código
genético do organismo doador do gene.
engenharia genética, recebem e E) a técnica permite trocar o
incorporam genes de outra espécie, código genético do organismo
os quais podem ser transmitidos receptor do gene.
aos seus descendentes. Exemplos PUC-SP, 2004
desses organismos são as plantas
transgênicas, receptoras de um COMENTÁRIO
gene de outro organismo O enunciado facilita a compreensão
(doador) que lhes confere resistên- ao fornecer informações introdutó-
cia a certos herbicidas. Para que rias sobre o assunto que ajudam o
ocorra a síntese da proteína candidato a se lembrar dos princi-
codificada pelo gene pais conceitos. Mas também exige
inserido no genoma da espécie atenção redobrada devido à relação
receptora, diversas condições entre genoma e código genético. Com
devem ser observadas. Entretanto, relação ao código genético, é bom
fundamentalmente, essa técnica lembrar que, salvo algumas diferenças
é possível porque: em algumas trincas de bases do DNA
A) cada organismo apresenta seu em algumas poucas espécies, o códi-
próprio código genético. go genético é universal, ou seja, é o
B) o código genético é comum mesmo em todas as espécies, sendo,
ERNESTO DE SOUZA

a todos os seres vivos. portanto, usado como uma das evi-


C) o código genético é degenerado. dências do processo evolutivo.

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3ª questão
A tira de quadrinhos ao lado faz

O ESTADO DE S. PAULO, 27 DE MAIO DE 2004


referência à manipulação de genes
em laboratório. Se esse tipo de expe-
rimento realmente fosse concreti-
zado, seria possível afirmar que:
A) o elefante e o vaga-lume são orga-
nismos transgênicos.
B) apenas o vaga-lume é um organis-
mo transgênico.
C) uma seqüência de RNA do vaga- daquele mamífero. desenho remete à luz excessiva e
lume foi transferida para células do PUC-SP, julho 2005 instantânea. De qualquer maneira, a
elefante. análise do quadrinho é essencial na
D) o gene do vaga-lume controlou a COMENTÁRIO resolução. A partir dela verifica-se que
produção de RNA e de proteína no É uma daquelas questões conside- o elefante brilhou como vaga-lume, o
interior das células do elefante. radas fáceis. Uma rápida análise da que permite responder que um gene
E) uma seqüência de DNA do elefante tirinha já encaminha para a resposta do vaga-lume foi transferido ao ele-
sofreu mutação devido à introdução correta. Mesmo que o candidato não fante, que pode produzir biolumines-
do gene do vaga-lume em células perceba a palavra “flash”, o próprio cência como o vaga-lume.

4ª questão 32) nos organismos procariontes,


ela fica estocada dentro do núcleo
Neste ano de 2003, são das células.
comemorados os 50 anos da 64) em alguns organismos
“descoberta” da estrutura primitivos, ela apresenta apenas
tridimensional do DNA. uma fileira de nucleotídeos.
Com relação às características UFSC, 2003 (questão 1 da prova branca)
dessa molécula, ao papel que ela
desempenha nos seres vivos e aos COMENTÁRIO
processos em que se encontra Neste caso, a tirinha não agrega
envolvida, é CORRETO afirmar que: informação que facilite a escolha
01) é formada por duas fileiras de das alternativas corretas. Outra
nucleotídeos torcidas juntas em dificuldade é o excesso de asserti-
forma de hélice. vas a serem avaliadas e a solicita-
02) em sua composição é possível ção final do somatório dos valores.
encontrar quatro bases nitrogenadas Com relação à afirmativa 64, vale
diferentes: a adenina, a citosina, lembrar que existem alguns vírus
o aminoácido e a proteína. cujo material genético é DNA de
04) ela tem a capacidade de se fita simples e outros com RNA de
autoduplicar. fita dupla. Então, o conceito de que
08) nela está contida a informação moléculas de DNA têm fita dupla
genética necessária para a e de RNA têm fita simples não se
formação de um organismo. aplica a todos os organismos.
16) a mensagem nela contida pode
ser transcrita para uma outra
molécula denominada RNA.
GABARITO: 1 (C), 2 (B), 3 (D), 4 (soma das alternativas corretas: 93)

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Dicas para
o candidato
Cinco sugestões para
você se preparar melhor
Seguindo essas orientações, o vestibulando terá
maiores chances de se sair bem nos exames

N 3
os dez primeiros fascículos, demos dicas SEU RITMO
sobre como fazer melhor a prova. Agora, Nunca se apresse em seus estudos. Cada assunto
neste último fascículo, ficam sugestões de não deve ser apenas lido, mas sim compreendido e
como estudar melhor, algo fundamental nesta reta enfocado em seus pontos principais. Para render mais,
final até a realização dos exames. faça sempre anotações.

1 SEU CANTO
Tenha sempre um local para seus estudos. Seja em
casa, no cursinho, ou em sua escola, esse seu “canto”
4 SUA ATITUDE
Não permaneça com dúvidas, tente solucioná-las
com amigos e/ou professores. Buscando ajuda, além
deve ser bem iluminado e sem ruídos que possam de solucionar a dúvida, sempre se pode acrescentar
atrapalhar sua concentração. algo ao que já se sabe.

2 SEU LIMITE
Jamais estude por horas a fio. Especialistas recomen-
dam que a moderação (cerca de três a quatro horas por
5 SEU BOM SENSO
Não realize seus estudos se suas condições físicas e/ou
emocionais não estiverem normais. Esse tipo de situação é
dia) é mais salutar, além de preservar na memória os negativa para o rendimento estudantil. Nesses casos, procu-
conteúdos já apreendidos. re alguém de sua confiança e peça orientação.

DIRETOR GERAL Juan Ocerin


DIRETOR EDITORIAL Paulo Nogueira
DIRETOR DE MERCADO ANUNCIANTE Gilberto Corazza
DIRETOR DE FINANÇAS Frederic Zoghaib Kachar
DIRETOR DE ASSINATURAS Stavros Frangoulidis Neto
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O Guia ÉPOCA Vestibular 2008 - Atualidades é um projeto


editorial de 11 fascículos desenvolvido pelo UNO Sistema de
Ensino da Editora Moderna para a Editora Globo. © 2007 Edi-
tora Moderna e Editora Globo. Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta coleção pode ser reproduzida sem
autorização prévia da Editora Moderna e da Editora Globo.

COORDENAÇÃO GERAL DO PROJETO Ana Luisa Astiz


COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Carlos Piatto (UNO)
COORDENAÇÃO DE TEXTOS Antonio Carlos da Silva (Prof.
Toni) e Venerando Santiago de Oliveira (Prof. Venê)
COMENTÁRIOS AOS ENUNCIADOS E DICAS Jô Fortarel
EDIÇÃO DE TEXTO Oscar Pilagallo
EDIÇÃO DE ARTE Leonardo Nery Protti
Ilustração: AKE ASTBURY

ILUSTRAÇÕES AKE Astbury


REVISÃO Bel Ribeiro
SUPERVISORA DE INTERNET Adriana Isidio (UNO)

8 I r e v i s ta é p o c a I 11 de junho de 2007

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