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RELATÓRIO TÉCNICO 1546 R1/10

NATUREZA DO TRABALHO: Estudos do meio físico e do uso e ocupação do solo para


identificação de possível curso d’água em terreno
localizado na Av. Professor Alceu Maynard de Araújo, 02.

INTERESSADO: Incorporadora Esser

São Paulo
Fevereiro de 2009

Rua Poetisa Colombina, 353 – Jd. Bonfiglioli – São Paulo – SP. Tel.: 11 3735-5172
E-mail: regea@regea.com.br
SUMÁRIO

1  INTRODUÇÃO E OBJETIVOS ........................................................................................... 1 


2  METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS ............................................................................... 1 
3  LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................................................. 2 
4  CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO ............................................................................... 3 
4.1  ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS............................................................................ 3 
4.2  ASPECTOS GEOLÓGICOS ...................................................................................... 3 
4.2.1  SEDIMENTOS DA BACIA SÃO PAULO ................................................................. 4 
4.2.2  ALUVIÕES QUATERNÁRIOS ............................................................................... 4 
4.2.3  GEOLOGIA LOCAL ............................................................................................ 4 
5  BREVE HISTÓRICO DE USO E OCUPAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ...................................... 5 
6  CONCLUSÕES .............................................................................................................. 6 
7  BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................. 6 
8  EQUIPE TÉCNICA .......................................................................................................... 7 

ANEXOS
ANEXO 1 – BOLETINS DE SONDAGENS
ANEXO 2 – FOTOGRAFIAS AÉREAS
1

RELATÓRIO TÉCNICO 1546 R1/10

NATUREZA DO TRABALHO: Estudos do meio físico e do uso e ocupação do solo para


identificação de possível curso d’água em terreno
localizado na Av. Professor Alceu Maynard de Araújo, 02.

INTERESSADO: Incorporadora Esser

1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

Atendendo à solicitação da Incorporadora Esser, a Regea Geologia e Estudos Ambientais


apresenta o presente relatório técnico que consiste na análise do meio físico e do histórico de
uso e ocupação de área pretendida para a instalação do empreendimento residencial Jardins
de Provence, visando à reconstituição do antigo sistema hidrográfico local.

2 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS

O estudo proposto contempla a análise do meio físico local da área, visando identificar as
condições de ocorrência de drenagem no contexto geológico-geomorfológico em que a mesma
se insere, bem como a análise do histórico de uso e ocupação da mesma, a fim de se
identificar a ocorrência de cursos d’água naquela região e eventuais alterações em seus
traçados, frente às sucessivas intervenções antrópicas ocorridas ao longo das últimas décadas.
A análise do meio físico regional foi realizada com base na consulta de levantamentos
cartográficos temáticos, a saber:
• Carta Geológica da Região Metropolitana da Grande São Paulo (EMPLASA, 1980);
• Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo (ROSS & MOROZ, 1997).
A fim de se diagnosticar evidências geológicas locais de ocorrência de cursos d’água, foram
analisados boletins de sondagens executadas pela Arsolo Ensaios Geotécnicos em janeiro de
2009, disponibilizadas pela Esser.
A análise do histórico de uso e ocupação da área de estudo, bem como a identificação de
eventuais cursos d’água ali existentes em períodos pretéritos foi realizada com base na
interpretação de fotografias aéreas multiescalares e multitemporais, tendo sido utilizados os
seguintes pares:
2

Número da
Obra Empresa Escala Faixa Data do Vôo
Foto
3918
-- -- 1:25.000 -- Ano: 1962
3919
35473
-- IBC-GERCA 1:25.000 24/Jul/72
35474
30
O-550 Base S.A. 1:25.000 94 Mar/94
31

Foram também utilizados os seguintes levantamentos aerofotogramétricos:


GEGRAN – Sistema Cartográfico Metropolitano da Grande São Paulo – Escala 1:2.000 – Folha
333122;
EMPLASA – Sistema Cartográfico Metropolitano – Escala 1:10.000 – Folha 3331.
No dia 23 de fevereiro de 2010, foi realizada vistoria técnica no interior e entorno da área de
estudo a fim de se identificarem elementos do meio físico que indicassem a ocorrência de
cursos d’água.
Com base na análise conjunta dos documentos existentes e dos dados obtidos a partir dos
levantamentos executados foi elaborado o presente relatório técnico.

3 LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo corresponde a um terreno, situado à Av. Professor Alceu Maynard Araújo, 02,
Granja Julieta, São Paulo – SP (Figura 3-1).

Figura 1 – Localização da área de estudo. Fonte: Google Earth. Data das imagens: 15/Jul/2008. Acesso
em Fev/2010.
3

4 CARACTERIZAÇÃO DO MEIO FÍSICO

4.1 ASPECTOS GEOMORFOLÓGICOS

De acordo com o Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo (ROSS & MOROZ, 1997) e as
observações realizadas em campo, a área de estudo situa-se sobre a planície aluvial do rio
Pinheiros, depositada sobre os sedimentos da Bacia Sedimentar de São Paulo (Figura 4.1-1).

Figura 4.1-1 – Geomorfologia regional da área de estudo (em destaque). Fonte: ROSS & MOROZ
(1997).

A planície aluvial constitui a unidade geomorfológica formada por ocasião eventos de


inundação do rio Pinheiros naturalmente ali ocorrentes antes da urbanização de sua bacia
hidrográfica e da alteração de seu traçado. Essa unidade, que envolve todo o site e seu
entorno imediato, possui declividades muito baixas, inferiores a 5 %.
Atualmente, esta unidade geomorfológica apresenta-se descaracterizada em relação è sua
formação original, devido às sucessivas intervenções antrópicas às quais esteve submetida ao
longo das últimas décadas. Destacam-se entre estas intervenções, as seguintes atividades:
a) retificação e aprofundamento do leito do rio;
b) atividades de aterramento, incluindo bota-foras oriundos de dragagem dos sedimentos desta
planície;
c) a sua completa impermeabilização.

4.2 ASPECTOS GEOLÓGICOS

Conforme apresentado pela EMPLASA (1980), regionalmente a área de estudo está em região
de ocorrência das rochas do Embasamento Cristalino de idade Pré-cambriana, sobre os quais
foram depositados os sedimentos terciários da Bacia São Paulo, e os aluviões quaternários
recentes, correspondentes à planície do rio Pinheiros (Figura 4.2-1).
4

Figura 4.2-1 – Geologia regional da área de estudo (em destaque). Fonte: Emplasa (1980).

4.2.1 SEDIMENTOS DA BACIA SÃO PAULO

A cidade de São Paulo está assentada, em grande parte sobre os sedimentos de sua bacia
homônima, e especialmente os sedimentos da Formação São Paulo, de idade Terciária
Superior/Quaternária. É constituída predominantemente por argilas, siltes, areias argilosas
finas, raramente areias grossas e cascalhos finos. Estes sedimentos de origem fluvial podem
apresentar espessuras de 100 a 200 metros. Os depósitos dessa formação mostram uma
geometria lenticular mostrando geralmente a pouca correlação entre os poços cadastrados na
região. De um modo geral, a estratigrafia dessa formação pode ser dividida em uma porção
inferior com predominância argilosa e uma superior predominantemente arenosa.

4.2.2 ALUVIÕES QUATERNÁRIOS

Esses sedimentos estão relacionados às calhas e às planícies de inundação das drenagens da


região, associados aos períodos de alagamento dos vales. Apresentam litologia variando
desde folhelhos a arenitos com intercalações de cascalho fino, geralmente com litificação
incipiente. As espessuras destes depósitos normalmente podem variar de 2 a 20 metros,
podendo apresentar locais com espessuras locais com espessuras de até 60 metros (Penalva,
1971 apud IPT 1981b).
As várzeas mais homogêneas são identificadas especialmente ao longo dos maiores cursos
d´água, principalmente os rios Tietê e Pinheiros, mas também nos cursos menores são
identificadas seqüências aluvionares típicas, indo de material granular na sua base, passando
para areias finas e siltes, até chegar no topo recoberto por argilas siltosas e argilas orgânicas.

4.2.3 GEOLOGIA LOCAL

A geologia local aqui apresentada foi fundamentada nos perfis individuais de sondagens a
percussão executados Arsolo Ensaios Geotécnicos em Janeiro de 2009 (Anexo 1).
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A análise destes documentos permitiu a discriminação de 2 unidades geológicas do subsolo


local: aterro, solo residual e embasamento cristalino. Estas unidades encontram-se
descritas nos itens a seguir.
Os aterros recobrem toda a área de estudo e são descritos como um material heterogêneo,
onde são predominantes as argilas moles, com fração silte e/ou areia, de coloração marrom e
cinza escuros, contendo detritos vegetais e entulhos.
Abaixo dessas camadas de aterros são encontrados os solos residuais associados aos
sedimentos terciários da Bacia de São Paulo, e quaternários associados àaos aluviões do rio
Pinheiros. No perfil típico desta unidade são encontrados no seu topo camada de silte
argilosos, pouco arenoso, cinza escuro esverdeado, mole a médio, gradando em direção à sua
base, com camadas de silte arenoso, pouco argiloso cinza amarelado, com pedregulhos finos,
pouco a medianamente compactos.
O embasamento cristalino se refere às concreções rochosas encontradas as quais
impossibilitaram o avanço das sondagens em profundidade, dada a sua impenetrabilidade à
percussão.

5 BREVE HISTÓRICO DE USO E OCUPAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Os pares de fotografias aéreas analisados no presente estudo evidenciam o intenso processo


de urbanização ao qual a área de estudo e seu entorno foram submetidos.
Tais processos, no entanto, não envolveram o terreno em questão, não sendo constatada ao
longo das últimas décadas, a construção de edificações no interior do mesmo.
Nas fotos aéreas de 1962, esta área se encontra ainda em pouco alterada, constituída por
vegetação, sendo evidenciada a ocorrência de solos úmidos, associados às próprias condições
geomorfológicas do terreno, que devido aos baixos índices de inclinação, favorece o acúmulo e
infiltração das águas superficiais.
Nas fotos correspondentes à década seguinte, a área de estudo encontra-se integralmente
vegetada, com espécies de porte arbóreo, não sendo identificado um uso específico.
Já nas fotos correspondentes à década de 1990, a área em estudo encontra-se
impermeabilizada, por se tratar de um estacionamento constituído pela área correspondente às
vagas (pavimentada) e um canteiro central, gramado.
Ao longo das décadas analisadas, é observada no entorno imediato da área de estudo, uma
variação no padrão de ocupação, sendo predominantes nas décadas de 1960 e 1970,
sobretudo a sudeste da mesma, edificações industriais.
No levantamento aerofotogramétrico realizado em 1973 em escala 1:2.000, relativo ao projeto
GEGRAN, executado Governo do Estado de São Paulo, tais edificações correspondem às
empresas Alba S.A. e Luwa Climatécnica.
Nesta época foi mapeado, adjacente à área correspondente ao site em estudo, um trecho de
movimentação de terra que acabou expondo o lençol freático, formando um espelho d’água
identificado nas fotografias aéreas de 1962 e 1972 (Anexo 2).
Na análise destas imagens, no entanto, não foi identificado um possível escoamento destas
águas aflorantes, de forma que o trecho movimentado constituísse um pequeno lago.
Uma vez que este entorno apresenta-se já na década de 1960, parcialmente ocupado , não
são identificadas cavas para extração de areia, atividade muito comum ao longo de planícies
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aluviais de rios de grande porte. Em geral, estas cavas são constituídas nas proximidades de
corpos hídricos menores, cujas águas são utilizadas na lavagem dos sedimentos removidos.
Tal fato constitui um importante indicador da não ocorrência de cursos hídricos de menor porte
na área de estudo
Nas fotos aéreas datadas do ano de 1994, o padrão de ocupação, sobretudo nas áreas
correspondentes às antigas indústrias, apresenta-se já alterado, sendo aquelas áreas
constituídas por edifícios residenciais correspondentes ao condomínio atualmente existente.
Na porção noroeste da área de estudo, o padrão de ocupação permaneceu inalterado, ou seja,
constituído por edificações residenciais de pequeno porte, tendo no entanto, sofrido
adensamento ocupacional.

6 CONCLUSÕES

Com base nas análises dos documentos históricos relacionados à área de estudo, conclui-se
que a mesma não comportou, ao longo das últimas décadas, um ou mais cursos d’água
perenes ou intermitentes, tampouco afloramentos do lençol freático, que
caracterizassem a ocorrência de nascentes.
Esta área apresenta topografia relativamente plana, e não apresenta desníveis lineares que
caracterizem uma linha preferencial de escoamento superficial.
O espelho d’água identificado no terreno ao lado (a sudeste da área de estudo) nas décadas
de 1960 e 1970 trata-se de um trecho de movimentação de terra e conseqüente afloramento do
lençol freático, que naquela região é encontrado a profundidades em torno dos 4 metros. Este
trecho constitui assim, um pequeno lago, que não apresenta uma função geomorfológica
significativa em relação ao entorno.
Atualmente, este trecho encontra-se aterrado e comporta parte das instalações do condomínio
adjacente à área.
Conclui-se, portanto, que por não ter sido constatada a ocorrência de cursos d’água ou
nascentes no interior da área de estudo, a mesma não apresenta elementos aos quais se
associem áreas de preservação permanente relativas a corpos hídricos, conforme as
especificações da Resolução Conama 303/02.

7 BIBLIOGRAFIA

CPRM – Serviço Geológico do Brasil. Projeto Integração Geológico-Metalogenética (1998) –


Folha Rio de Janeiro. Carta Geológica. Folha São Paulo (SF.23-Y-C) - Escala 1:250.000. São
Paulo.
EMPLASA – Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo (1980). Carta
geológica da Região Metropolitana de São Paulo - Escala 1:100.000
IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (1981b). Mapa Geológico
do Estado de São Paulo – Escala 1:500.000.
ROSS, J. L.S.; MOROZ, I.C. (1997). Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo - Escala
1:500.000.
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8 EQUIPE TÉCNICA

Geólogo Oswaldo Yujiro Iwasa


Geógrafa Mariana Sgarbi Claro

São Paulo, 25 de fevereiro de 2010.

_____________________________________
Geólogo Oswaldo Y. Iwasa
CREA 060051807-9
ANEXOS
ANEXO 1
ANEXO 2
Regea Geologia e Estudos Ambientais Ltda.
Rua Poetisa Colombina, 353, Butantã. São Paulo. SP. Tel.: (11) 3735-5172. Fax: (11) 3731-3351
www.regea.com.br

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