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São Paulo
Fevereiro de 2009
Rua Poetisa Colombina, 353 – Jd. Bonfiglioli – São Paulo – SP. Tel.: 11 3735-5172
E-mail: regea@regea.com.br
SUMÁRIO
ANEXOS
ANEXO 1 – BOLETINS DE SONDAGENS
ANEXO 2 – FOTOGRAFIAS AÉREAS
1
1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS
2 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS
O estudo proposto contempla a análise do meio físico local da área, visando identificar as
condições de ocorrência de drenagem no contexto geológico-geomorfológico em que a mesma
se insere, bem como a análise do histórico de uso e ocupação da mesma, a fim de se
identificar a ocorrência de cursos d’água naquela região e eventuais alterações em seus
traçados, frente às sucessivas intervenções antrópicas ocorridas ao longo das últimas décadas.
A análise do meio físico regional foi realizada com base na consulta de levantamentos
cartográficos temáticos, a saber:
• Carta Geológica da Região Metropolitana da Grande São Paulo (EMPLASA, 1980);
• Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo (ROSS & MOROZ, 1997).
A fim de se diagnosticar evidências geológicas locais de ocorrência de cursos d’água, foram
analisados boletins de sondagens executadas pela Arsolo Ensaios Geotécnicos em janeiro de
2009, disponibilizadas pela Esser.
A análise do histórico de uso e ocupação da área de estudo, bem como a identificação de
eventuais cursos d’água ali existentes em períodos pretéritos foi realizada com base na
interpretação de fotografias aéreas multiescalares e multitemporais, tendo sido utilizados os
seguintes pares:
2
Número da
Obra Empresa Escala Faixa Data do Vôo
Foto
3918
-- -- 1:25.000 -- Ano: 1962
3919
35473
-- IBC-GERCA 1:25.000 24/Jul/72
35474
30
O-550 Base S.A. 1:25.000 94 Mar/94
31
A área de estudo corresponde a um terreno, situado à Av. Professor Alceu Maynard Araújo, 02,
Granja Julieta, São Paulo – SP (Figura 3-1).
Figura 1 – Localização da área de estudo. Fonte: Google Earth. Data das imagens: 15/Jul/2008. Acesso
em Fev/2010.
3
De acordo com o Mapa Geomorfológico do Estado de São Paulo (ROSS & MOROZ, 1997) e as
observações realizadas em campo, a área de estudo situa-se sobre a planície aluvial do rio
Pinheiros, depositada sobre os sedimentos da Bacia Sedimentar de São Paulo (Figura 4.1-1).
Figura 4.1-1 – Geomorfologia regional da área de estudo (em destaque). Fonte: ROSS & MOROZ
(1997).
Conforme apresentado pela EMPLASA (1980), regionalmente a área de estudo está em região
de ocorrência das rochas do Embasamento Cristalino de idade Pré-cambriana, sobre os quais
foram depositados os sedimentos terciários da Bacia São Paulo, e os aluviões quaternários
recentes, correspondentes à planície do rio Pinheiros (Figura 4.2-1).
4
Figura 4.2-1 – Geologia regional da área de estudo (em destaque). Fonte: Emplasa (1980).
A cidade de São Paulo está assentada, em grande parte sobre os sedimentos de sua bacia
homônima, e especialmente os sedimentos da Formação São Paulo, de idade Terciária
Superior/Quaternária. É constituída predominantemente por argilas, siltes, areias argilosas
finas, raramente areias grossas e cascalhos finos. Estes sedimentos de origem fluvial podem
apresentar espessuras de 100 a 200 metros. Os depósitos dessa formação mostram uma
geometria lenticular mostrando geralmente a pouca correlação entre os poços cadastrados na
região. De um modo geral, a estratigrafia dessa formação pode ser dividida em uma porção
inferior com predominância argilosa e uma superior predominantemente arenosa.
A geologia local aqui apresentada foi fundamentada nos perfis individuais de sondagens a
percussão executados Arsolo Ensaios Geotécnicos em Janeiro de 2009 (Anexo 1).
5
aluviais de rios de grande porte. Em geral, estas cavas são constituídas nas proximidades de
corpos hídricos menores, cujas águas são utilizadas na lavagem dos sedimentos removidos.
Tal fato constitui um importante indicador da não ocorrência de cursos hídricos de menor porte
na área de estudo
Nas fotos aéreas datadas do ano de 1994, o padrão de ocupação, sobretudo nas áreas
correspondentes às antigas indústrias, apresenta-se já alterado, sendo aquelas áreas
constituídas por edifícios residenciais correspondentes ao condomínio atualmente existente.
Na porção noroeste da área de estudo, o padrão de ocupação permaneceu inalterado, ou seja,
constituído por edificações residenciais de pequeno porte, tendo no entanto, sofrido
adensamento ocupacional.
6 CONCLUSÕES
Com base nas análises dos documentos históricos relacionados à área de estudo, conclui-se
que a mesma não comportou, ao longo das últimas décadas, um ou mais cursos d’água
perenes ou intermitentes, tampouco afloramentos do lençol freático, que
caracterizassem a ocorrência de nascentes.
Esta área apresenta topografia relativamente plana, e não apresenta desníveis lineares que
caracterizem uma linha preferencial de escoamento superficial.
O espelho d’água identificado no terreno ao lado (a sudeste da área de estudo) nas décadas
de 1960 e 1970 trata-se de um trecho de movimentação de terra e conseqüente afloramento do
lençol freático, que naquela região é encontrado a profundidades em torno dos 4 metros. Este
trecho constitui assim, um pequeno lago, que não apresenta uma função geomorfológica
significativa em relação ao entorno.
Atualmente, este trecho encontra-se aterrado e comporta parte das instalações do condomínio
adjacente à área.
Conclui-se, portanto, que por não ter sido constatada a ocorrência de cursos d’água ou
nascentes no interior da área de estudo, a mesma não apresenta elementos aos quais se
associem áreas de preservação permanente relativas a corpos hídricos, conforme as
especificações da Resolução Conama 303/02.
7 BIBLIOGRAFIA
8 EQUIPE TÉCNICA
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Geólogo Oswaldo Y. Iwasa
CREA 060051807-9
ANEXOS
ANEXO 1
ANEXO 2
Regea Geologia e Estudos Ambientais Ltda.
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