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02-11-2014
de sentidos no precisa ter sentido que Ele, j banhado, encontrou meu olhar.
Brincamos com impulsos e olhares cabo-de-guerra. Eu toquei na ponta do nariz dele
enquanto ele recuperava seu chapu vermelho da minha cabea. Seu ouvido: Qual o
seu nome? em sussurro. Iago. Foi ritual. Iago, meu personagem shakespeariano. Ele era
sensibilidade.
Vida extenso da arte? Morremos dentro da vertigem e um homem morreu fora do
teatro. Facada nas costas e o homem de cabelos brancos e barbas brancas ficou quase
esquecido na multido de defuntos que caminhava por l. O homem morador de rua, sujo
como ela, que brincava com as moedas. A morte era teatro? - O mundo um palco e a vida
absurda. O homem esfaqueado na calada. Era o sangue de mentira?
Uma faca s lmina.
Assim como uma bala
enterrada no corpo
fazendo mais espesso
um dos lados do morto.
Assim como uma bala
do chumbo mais pesado
no msculo de um homem
pesando-o mais de um lado.
()
Por fim a realidade,
prima, e to violenta
que ao tentar apreend-la
toda imagem rebenta.
Foi dor, tristeza. Vida: ferida aberta que no fecha. Doena. Foram lgrimas, beijos e
mos apertadas. Uma pulseira. As moedas do homem sujo que com elas brincava. Voc
achar partes de mim em outras pessoas e eu acharei voc em outras multides. Nos
vemos em outras encruzilhadas. Amor e dor. Deixo Iago e fico com Tiago. Laos que aos