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PAPA BENTO XVI

AUDIÊNCIA GERAL

Praça de São Pedro


Quarta-feira, 14 de Abril de 2010

Munus docendi

Queridos amigos!

Neste período pascal, que nos guia ao Pentecostes e nos prepara também para as
celebrações de encerramento do Ano sacerdotal, que terão lugar nos dias 9, 10 e 11 de
Junho próximo, apraz-me dedicar ainda algumas reflexões ao tema do Ministério
ordenado, detendo-me sobre a realidade fecunda da configuração do sacerdote com
Cristo Cabeça, no exercício dos tria munera que recebe, isto é, dos três ofícios de
ensinar, santificar e governar.

Para entender o que significa agir in persona Christi Capitis – na pessoa de Cristo
Cabeça – por parte do sacerdote, e para compreender inclusive quais consequências
derivam da tarefa de representar o Senhor, especialmente no exercício destes três
ofícios, antes de tudo é preciso esclarecer o que se entende por "representação". O
sacerdote representa Cristo. O que quer dizer, o que significa "representar" alguém?
Na linguagem comum, quer dizer – geralmente – receber uma delegação de uma
pessoa para estar presente no seu lugar, falar e agir no seu lugar, porque quem é

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representado está ausente da acção concreta. Perguntamo-nos: o sacerdote
representa o Senhor do mesmo modo? A resposta é não, porque na Igreja Cristo nunca
está ausente, a Igreja é o seu corpo vivo e a Cabeça da Igreja é Ele, presente e em
acção nela. Cristo nunca está ausente, aliás está presente de um modo totalmente
livre dos limites de espaço e tempo, graças ao evento da Ressurreição, que
contemplamos de maneira especial neste período de Páscoa.

Portanto, o sacerdote que age in persona Christi Capitis e em representação do


Senhor, nunca age em nome de um ausente, mas na própria Pessoa de Cristo
Ressuscitado, que se torna presente com a sua acção realmente eficaz. Age de facto e
realiza o que o sacerdote não poderia fazer: a consagração do vinho e do pão para que
sejam realmente presença do Senhor, a absolvição dos pecados. O Senhor torna
presente a sua própria acção na pessoa que realiza tais gestos. Estas três tarefas do
sacerdote – que a Tradição identificou nas diversas palavras de missão do Senhor:
ensinar, santificar e governar – na sua distinção e profunda unidade são uma
especificação desta representação eficaz. São na verdade as três acções do Cristo
Ressuscitado, o mesmo que hoje na Igreja e no mundo ensina e assim cria fé, reúne o
seu povo, cria presença da verdade e constrói realmente a comunhão da Igreja
universal; e santifica e guia.

A primeira tarefa sobre a qual gostaria de falar hoje é o munus docendi, isto é, ensinar.
Hoje, em plena emergência educativa, o munus docendi da Igreja, exercido
concretamente através do ministério de cada sacerdote, resulta particularmente
importante. Vivemos numa grande confusão acerca das escolhas fundamentais da
nossa vida e das interrogações sobre o que é o mundo, de onde vimos, para onde
vamos, o que devemos fazer para fazer o bem, como devemos viver, quais são os
valores realmente pertinentes. Em relação a tudo isto existem muitas filosofias
contrastantes, que nascem e desaparecem, criando confusão sobre as decisões
fundamentais, como viver, porque já não sabemos, comummente, do que e para que
somos feitos e para onde vamos. Nesta situação realiza-se a palavra do Senhor, que
teve compaixão da multidão porque eram como ovelhas sem pastor (cf. Mc 6, 34). O
Senhor tinha feito esta constatação quando viu os milhares de pessoas que o seguiam
no deserto porque, na diversidade das correntes daquele tempo, já não sabiam qual
fosse o verdadeiro sentido da Escritura, o que dizia Deus. O Senhor, movido pela
compaixão, interpretou a palavra de Deus, ele mesmo é a palavra de Deus, e assim deu
uma orientação. Esta é a função in persona Christi do sacerdote: tornar presente, na
confusão e na desorientação dos nossos tempos, a luz da palavra de Deus, a luz que é
o próprio Cristo neste nosso mundo. Por conseguinte, o sacerdote não ensina as
próprias ideias, uma filosofia que ele mesmo inventou, encontrou ou que gosta; o
sacerdote não fala de si mesmo, não fala por si mesmo, talvez para criar admiradores
ou um partido próprio; não diz coisas próprias, invenções suas mas, na confusão de
todas as filosofias, o sacerdote ensina em nome de Cristo presente, propõe a verdade
que é o próprio Cristo, a sua palavra, o seu modo de viver e de ir em frente. Para o
sacerdote vale o que Cristo disse sobre si mesmo: "A minha doutrina não é minha" (Jo
7, 16); isto é, Cristo não se propõe a si mesmo, mas, como Filho, é a voz, a palavra do
Pai. Também o sacerdote deve sempre dizer e agir assim: "a minha doutrina não é
minha, não difundo as minhas ideias ou o que me agrada, mas são boca e coração de

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Cristo e torno presente esta única e comum doutrina, que criou a Igreja universal e que
cria vida eterna".

Este facto, que o sacerdote não inventa, não cria e não proclama ideias próprias
porque a doutrina que anuncia não é sua, mas de Cristo, por outro lado, não significa
que ele seja neutro, quase como um porta-voz que lê um texto do qual, talvez, nem se
apropria. Também neste caso, vale o modelo de Cristo, que disse: Eu não sou para
mim e não vivo para mim, mas venho do Pai e vivo para o Pai. Portanto, nesta
identificação profunda, a doutrina de Cristo é a do Pai e Ele mesmo é um só com o Pai.
O sacerdote que anuncia a palavra de Cristo, a fé da Igreja e não as próprias ideias,
deve dizer também: Eu não vivo por mim e para mim, mas vivo com Cristo e para
Cristo e portanto tudo aquilo que Cristo nos disse torna-se a minha palavra não
obstante não seja minha. A vida do sacerdote deve identificar-se com Cristo e, deste
modo, a palavra não própria torna-se, contudo, uma palavra profundamente pessoal.
Santo Agostinho, sobre este tema, falando acerca dos sacerdotes, disse: "E nós o que
somos? Ministros (de Cristo), seus servidores; porque o que distribuímos a vós não é
nosso, mas tiramo-lo da sua despensa. E inclusive nós vivemos dela, porque somos
servos como vós" (Discurso 229/e, 4).

O ensinamento que o sacerdote é chamado a oferecer, as verdades da fé, devem ser


interiorizadas e vividas num intenso caminho espiritual pessoal, de forma que
realmente o sacerdote entre numa profunda, interior comunhão com o próprio Cristo.
O sacerdote crê, acolhe e procura viver, antes de tudo como próprio, quanto o Senhor
ensinou e a Igreja transmitiu, naquele percurso de identificação com o próprio
ministério do qual São João Maria Vianney é testemunha exemplar (cf. Carta para a
proclamação do Ano sacerdotal). "Unidos na mesma caridade – afirma ainda Santo
Agostinho – todos somos auditores daquele que é para nós no céu o único Mestre"
(Enarr. in Ps. 131, 1, 7).

Por conseguinte, com frequência a voz do sacerdote poderia parecer "a de um que
grita no deserto" (Mc 1, 3), mas exactamente nisto consiste a sua força profética: em
nunca ser homologado, nem homologável, a alguma cultura ou mentalidade
dominante, mas em mostrar a única novidade capaz de produzir uma autêntica e
profunda renovação do homem, ou seja, que Cristo é o Vivente, é o Deus próximo, o
Deus que age na vida e para a vida do mundo e nos doa a verdade, o modo de viver.

Na preparação atenta da pregação festiva, sem excluir a dos dias úteis, no esforço de
formação catequética, nas escolas, nas instituições académicas e, de modo especial,
através daquele livro não escrito que é a própria vida, o sacerdote é sempre
"professor", ensina. Mas não com a presunção de quem impõe as próprias verdades,
mas com a humilde e jubilosa certeza de quem encontrou a Verdade, foi capturado e
transformado por ela, e por conseguinte não pode deixar de a anunciar. Com efeito,
ninguém pode escolher o sacerdócio por si mesmo, não é um modo para alcançar a
segurança na vida, para conquistar uma posição social: ninguém pode obtê-lo nem
procurá-lo sozinho. O sacerdócio é resposta ao chamamento do Senhor, à sua vontade,
para se tornar anunciadores não de uma verdade pessoal, mas da sua verdade.

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Queridos irmãos sacerdotes, o Povo cristão pede para escutar dos nossos mestres a
genuína doutrina eclesial, através da qual se possa renovar o encontro com Cristo que
doa a alegria, a paz e a salvação. A Sagrada Escritura, os escritos dos Padres e dos
Doutores da Igreja e o Catecismo da Igreja Católica constituem, a este propósito,
pontos de referência imprescindíveis no exercício do munus docendi, tão essencial
para a conversão, o caminho de fé e a salvação dos homens. "Ordenação sacerdotal
significa: estar imersos (...) na Verdade" (Homilia da Missa Crismal, 9 de Abril de 2009),
aquela Verdade que não é simplesmente um conceito ou um conjunto de ideias a
transmitir e assimilar, mas que é a Pessoa de Cristo, com a qual, pela qual e na qual
viver e assim, necessariamente, nasce também a actualidade e a compreensão do
anúncio. Só esta consciência de uma Verdade feita Pessoa na Encarnação do Filho
justifica o mandato missionário: "Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda
a humanidade" (Mc 15, 16). Só se se trata da Verdade ela está destinada a toda a
humanidade, não é uma imposição de algo, mas a abertura do coração àquilo pelo
qual se foi criado.

Queridos irmãos e irmãs, o Senhor confiou aos Sacerdotes uma grande tarefa: ser
anunciadores da Sua Palavra, da Verdade que salva; ser a sua voz no mundo para levar
aquilo que beneficia o bem verdadeiro das almas e o autêntico caminho de fé (cf. 1 Cor
6, 12). São João Maria Vianney seja exemplo para todos os Sacerdotes. Ele era homem
de grande sabedoria e heróica força ao resistir às pressões culturais e sociais do seu
tempo para poder guiar as almas para Deus: simplicidade, fidelidade e proximidade
eram as características essenciais da sua pregação, transparência da sua fé e da sua
santidade. O Povo cristão era edificado e, como acontece para os autênticos mestres
de todos os tempos, reconhecia nele a luz da Verdade. Em definitiva, reconhecia nele o
que se deveria reconhecer sempre num sacerdote: a voz do Bom Pastor.

Apelo

O meu pensamento dirige-se à China e às populações atingidas por um forte


terramoto, que causou numerosas perdas em vidas humanas, feridos e danos
ingentes. Rezo pelas vítimas e estou espiritualmente próximo das pessoas provadas
por tão graves calamidades; para elas imploro de Deus alívio no sofrimento e coragem
nestas adversidades. Faço votos por que não venha a faltar a solidariedade comum.

***

Saudação

Amados peregrinos de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com


grande afeto e alegria, de modo especial a quantos vieram de do Brasil e de Portugal
com o desejo de encontrar o Sucessor de Pedro. Desça a minha bênção sobre vós,
vossas famílias e comunidades. Muito obrigado!

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

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PAPA BENTO XVI

AUDIÊNCIA GERAL

Praça de São Pedro


Quarta-feira, 5 de Maio de 2010

Munus sanctificandi

Prezados irmãos e irmãs!

No domingo passado, na minha Visita Pastoral a Turim, tive a alegria de me deter em


oração diante do Santo Sudário, unindo-me aos mais de dois milhões de peregrinos
que, durante a solene Ostensão destes dias, puderam contemplá-lo. Aquele santo
Pano pode nutrir e alimentar a fé e revigorar a piedade cristã, porque encoraja a
orientar-se para o Rosto de Cristo, para o Corpo de Cristo crucificado e ressuscitado, a
fim de contemplar o Mistério pascal, centro da Mensagem cristã. Do Corpo de Cristo
ressuscitado, vivo e activo na história (cf. Rm 12, 5) nós, queridos irmãos e irmãs,
somos membros vivos, cada qual segundo a própria função, ou seja, com a tarefa que
o Senhor quis confiar-nos. Hoje, nesta catequese, gostaria de reflectir de novo sobre as
tarefas específicas dos sacerdotes que, segundo a tradição, são essencialmente três:
ensinar, santificar e governar. Numa das catequeses precedentes falei sobre a primeira
destas três missões: o ensino, o anúncio da verdade, o anúncio do Deus revelado em
Cristo, ou – com outras palavras – a tarefa profética de pôr o homem em contacto com
a verdade, de ajudá-lo a conhecer o essencial da sua vida, da própria realidade.

Hoje, gostaria de reflectir brevemente convosco sobre a segunda tarefa que o


sacerdote tem, a de santificar os homens, sobretudo mediante os Sacramentos e o
culto da Igreja. Aqui devemos perguntar-nos antes de tudo: o que quer dizer a palavra
"Santo"? A resposta é: "Santo" é a qualidade específica do ser de Deus, ou seja,
absoluta verdade, bondade, amor e beleza – luz pura. Portanto, santificar uma pessoa
significa colocá-la em contacto com Deus, com este seu ser luz, verdade, amor puro. É
óbvio que este contacto transforma a pessoa. Na antiguidade havia esta firme
convicção: ninguém pode ver Deus, sem morrer imediatamente. A força da verdade e
da luz é demasiado grande! Se o homem toca esta corrente absoluta, não sobrevive.
Por outro lado, havia também esta convicção: sem um contacto mínimo com Deus, o
homem não pode viver. Verdade, bondade e amor são condições fundamentais do seu
ser. A questão é: como pode o homem encontrar aquele contacto com Deus, que é
fundamental, sem morrer esmagado pela grandeza do ser divino? A fé da Igreja diz-nos
que o próprio Deus cria este contacto, que nos transforma gradualmente em
verdadeiras imagens de Deus.

Assim, chegamos de novo à tarefa do sacerdote de "santificar". Nenhum homem por si


mesmo, a partir da sua própria força, pode pôr o outro em contacto com Deus. Uma
parte essencial da graça do sacerdote é o dom, a tarefa de criar este contacto. Isto
realiza-se no anúncio da palavra de Deus, na qual a sua luz vem ao nosso encontro.

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Realiza-se de um modo particularmente denso nos Sacramentos. A imersão no
Mistério pascal de morte e ressurreição de Cristo verifica-se no Baptismo, é revigorada
na Confirmação e na Reconciliação, é alimentada pela Eucaristia, Sacramento que
edifica a Igreja como Povo de Deus, Corpo de Cristo, Templo do Espírito Santo (cf. João
Paulo II, Exortação Apostólica Pastores gregis, 32). Portanto, é o próprio Cristo que
santifica, ou seja, que nos atrai para a esfera de Deus. Mas como acto da sua
misericórdia infinita chama alguns a "permanecer" com Ele (crf. Mc 3, 14) e a tornar-
se, mediante o Sacramento da Ordem, não obstante a pobreza humana, partícipes do
seu próprio Sacerdócio, ministros desta santificação, dispensadores dos seus mistérios,
"pontes" do encontro com Ele, da sua mediação entre Deus e os homens, e entre os
homens e Deus (cf. Presbyterorum ordinis, 5).

Nas últimas décadas, houve tendências orientadas para fazer prevalecer, na identidade
e na missão do sacerdote, a dimensão do anúncio, desligando-a daquela da
santificação; afirmou-se muitas vezes que seria necessário superar uma pastoral
meramente sacramental. Mas é possível exercer de forma autêntica o Ministério
sacerdotal, "superando" a pastoral sacramental? O que significa propriamente para os
sacerdotes evangelizar, em que consiste a chamada primazia do anúncio? Como
narram os Evangelhos, Jesus afirma que o anúncio do Reino de Deus é a finalidade da
sua missão; porém, este anúncio não é apenas um "discurso" mas inclui, ao mesmo
tempo, o seu próprio agir; os sinais, os milagres que Jesus realiza, indicam que o Reino
vem como realidade presente e que no final coincide com a sua própria pessoa, com o
dom de si, como ouvimos hoje na leitura do Evangelho. E o mesmo é válido para o
ministro ordenado: ele, o sacerdote, representa Cristo, o Enviado do Pai e continua a
sua missão, mediante a "palavra" e o "sacramento". Santo Agostinho, numa carta
enviada ao Bispo Honorato de Tiabes, referindo-se aos sacerdotes, afirma: "Portanto,
os servos de Cristo, os ministros da palavra e do Seu sacramento façam aquilo que Ele
ordenou ou permitiu" (Epist. 228, 2). É necessário reflectir se, em certos casos, o facto
de ter subestimado o exercício fiel do munus sanctificandi, não representou talvez uma
debilitação da própria fé na eficácia salvífica dos Sacramentos e, de modo definitivo,
na obra actual de Cristo e do seu Espírito, através da Igreja, no mundo.

Portanto, quem salva o mundo e o homem? A única resposta que podemos dar é:
Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, crucificado e ressuscitado. E onde se actualiza o
Mistério da morte e ressurreição de Cristo, que traz a salvação? Na acção de Cristo,
mediante a Igreja, de modo particular no Sacramento da Eucaristia, que torna presente
a oferenda sacrifical redendora do Filho de Deus, no Sacramento da Reconciliação, em
que da morte do pecado se volta à vida nova, e em todos os outros actos sacramentais
de santificação (cf. Presbyterorum ordinis, 5). Portanto, é importante promover uma
catequese adequada para ajudar os fiéis a compreender o valor dos Sacramentos, mas
é igualmente necessário, a exemplo do Santo Cura d'Ars, estarmos disponíveis, sermos
generoso e atentos a transmitir aos irmãos os tesouros de graça que Deus depositou
nas nossas mãos, e dos quais não somos os "senhores", mas guardiães e
administradores. Sobretudo neste nosso tempo em que, por um lado, parece que a fé
se vai debilitando e, por outro, sobressaem uma profunda necessidade e uma
difundida busca de espiritualidade, é necessário que cada sacerdote se recorde que na
sua missão o anúncio missionário, o culto e os sacramentos nunca estão separados, e
promova uma pastoral sacramental sadia, para formar o Povo de Deus e para o ajudar

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a viver plenamente a Liturgia, o culto da Igreja e os Sacramentos como dons gratuitos
de Deus, gestos livres e eficazes da sua acção de salvação.

Como eu recordava na Santa Missa Crismal deste ano: "O centro do culto da Igreja é o
Sacramento. Sacramento significa que, em primeiro lugar, não somos nós homens que
realizamos algo, mas é Deus que vem antes ao nosso encontro com o seu agir, que nos
olha e nos conduz para junto de Si (...) Deus toca-nos por meio de realidades materiais
(...) que Ele assume ao seu serviço, transformando-as em instrumentos do encontro
entre nós e Ele mesmo" (Homilia na Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). A
verdade segundo a qual no Sacramento "não somos nós homens que realizamos algo"
refere-se, e deve referir-se, também à consciência sacerdotal: cada presbítero sabe
bem que é um instrumento necessário para o agir salvífico de Deus, contudo é sempre
instrumento. Tal consciência deve tornar-nos humildes e generosos na administração
dos Sacramentos, no respeito pelas normas canónicas, mas também na profunda
convicção de que a própria missão é fazer com que todos os homens, unidos a Cristo,
possam oferecer-se a Deus como hóstia viva e santa do seu agrado (cf. Rm 12, 1).
Acerca do primado do munus sanctificandi e da justa interpretação da pastoral
sacramental, é novamente exemplar São João Maria Vianney que um dia, a um homem
que dizia que não tinha fé e desejava discutir com ele, o pároco retorquiu: "Oh, meu
amigo, orientas-te muito mal, eu não sei raciocinar... mas se tiveres necessidade de
alguma consolação, põe-te acolá... (o seu dedo indicava o inexorável banco [do
confessionário] e, acredita-me, muitos outros se puseram ali antes de ti, e não se
arrependeram" (cf. Monnin A., Il curato d'Ars. Vita di Gian-Battista-Maria Vianney, vol.
i, Turim 1870, págs. 163-164).

Estimados sacerdotes, vivei com alegria e com amor a Liturgia e o culto: é um gesto
que o Ressuscitado cumpre no poder do Espírito Santo em nós, connosco e por nós.
Gostaria de renovar o convite feito recentemente a "voltar ao confessionário, como
lugar onde celebrar o Sacramento da Reconciliação, mas também como lugar onde
"habitar" com mais frequência, para que o fiel possa encontrar misericórdia, sentir-se
amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina ao
lado da Presença real na Eucaristia" (Discurso à Penitenciaria Apostólica, 11 de Março
de 2010). E quereria convidar também cada sacerdote a celebrar e viver com
intensidade a Eucaristia, que está no coração da tarefa de santificar; é Jesus que quer
estar connosco, viver em nós, doar-se-nos, mostrar-nos a misericórdia e a ternura
infinitas de Deus; é o único Sacrifício de amor de Cristo que se torna presente, se
realiza entre nós e chega até ao trono da Graça, à presença de Deus, abrange a
humanidade e nos une a Ele (cf. Discurso ao Clero de Roma, 18 de Fevereiro de 2010).
E o sacerdote está chamado a ser ministro deste grande Mistério, no Sacramento e na
vida. Se "a grande tradição eclesial justamente desligou a eficácia sacramental da
situação existencial concreta de cada sacerdote, e assim as legítimas expectativas dos
fiéis são adequadamente salvaguardadas", isto em nada diminui "a necessária, aliás
indispensável, tensão para a perfeição moral, que deve habitar em cada coração
autenticamente sacerdotal": há também um exemplo de fé e de testemunho de
santidade, que o Povo de Deus justamente espera dos seus Pastores (cf. Bento XVI,
Discurso à Plenária da Congregação para o Clero, 16 de Março de 2009). E é na
celebração dos Santos Mistérios que o presbítero encontra a raiz da sua santificação
(cf. Presbyterorum ordinis, 12-13).

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Caros amigos, sede conscientes do grande dom que os sacerdotes são para a Igreja e
para o mundo; através do seu ministério, o Senhor continua a salvar os homens, a
tornar-se presente, a santificar. Sabei dar graças a Deus, e sobretudo estai próximos
dos vossos sacerdotes com a oração e o apoio, de maneira especial nas dificuldades, a
fim de que haja cada vez mais Pastores segundo o Coração de Deus. Obrigado!

Saudações

Uma saudação cordial aos grupos do Brasil, designadamente aos fiéis do Santuário
Nossa Senhora da Piedade, em Botucatu, e demais peregrinos de língua portuguesa.
Com a Virgem Maria, neste mês que Lhe é especialmente dedicado, imploremos o
Espírito de Amor sobre todos os sacerdotes para que sejam pastores segundo o
coração de Deus. Sobre vós, vossas famílias e paróquias, desça a minha Bênção.

Aproveito este momento para enviar uma saudação particular ao querido povo de
Portugal, país com uma história muito ligada ao Papa, bispo de Roma. Para lá partirei
na próxima terça-feira, aceitando o convite que me foi feito pelo Senhor Presidente da
República e pela Conferência Episcopal Portuguesa. Sinto-me muito feliz por poder
visitar as «Terras de Santa Maria», no décimo aniversário da beatificação dos
Pastorinhos de Fátima, Francisco e Jacinta Marto. A todos, sem excluir ninguém, saúdo
cordialmente. Até breve, em Lisboa, Fátima e Porto!

No dia 3 de Maio passado tiveram início em Nova Iorque os trabalhos da oitava


Conferência de revisão do Tratado de não-proliferação de armas nucleares. O processo
em vista do desarmamento nuclear concertado e seguro está estreitamente ligado ao
pleno e solícito cumprimento dos relativos compromissos internacionais. Com efeito, a
paz baseia-se na confiança e no respeito pelas obrigações assumidas, e não apenas no
equilíbrio das forças. Neste espírito, encorajo as iniciativas que promovem um
desarmamento progressivo e a criação de áreas livres de armas nucleares, na
perspectiva da sua completa eliminação do planeta. Enfim, exorto todos os
participantes na reunião de Nova Iorque a superar os condicionamentos da história e a
tecer pacientemente a trama política e económica da paz, para ajudar o
desenvolvimento humano e integral e as autênticas aspirações dos povos.

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

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PAPA BENTO XVI

AUDIÊNCIA GERAL

Praça de São Pedro


Quarta-feira, 26 de Maio de 2010

Munus regendi

Queridos irmãos e irmãs:

O Ano Sacerdotal chega a seu fim; por isso, na última catequese, comecei a falar sobre
as tarefas essenciais do sacerdote, quer dizer: ensinar, santificar e governar. Eu já dei
duas catequeses: uma sobre o ministério da santificação, principalmente os
sacramentos, e outra sobre o ensino. Portanto, hoje me resta falar sobre a missão do
sacerdote de governar, de guiar, com a autoridade de Cristo, não com a própria, a
porção do povo que Deus lhe confiou.

Como compreender na cultura contemporânea uma dimensão assim, que implica no


conceito de autoridade e tem sua origem no próprio convite do Senhor a apascentar o
seu rebanho? O que é realmente, para nós cristãos, a autoridade? As experiências
culturais, políticas e históricas do passado recente, sobretudo as ditaduras na Europa
Oriental e Ocidental no século XX, fizeram o homem contemporâneo suspeitar deste
conceito. Uma suspeita que, com frequência, traduz-se em considerar necessário o
abandono de toda a autoridade, que não venha exclusivamente dos homens e esteja
perante eles, controlada por eles. Mas, precisamente, olhar para os regimes que, no
século passado, semearam terror e morte, recorda com força que a autoridade, em
todo o âmbito, quando exercida sem uma referência para o Transcendente, ignora a
Autoridade suprema, que é Deus, termina inevitavelmente voltando-se contra o
homem. É, então, importante reconhecer que a autoridade humana nunca é um fim,
mas sempre e somente um meio e que, necessariamente e por todo o tempo, o fim é
sempre a pessoa, criada por Deus com sua própria dignidade intangível e chamada a
relacionar-se com seu Criador, na estrada terrena da existência e na vida eterna; é uma
autoridade exercida na responsabilidade perante Deus, o Criador. Uma autoridade
entendida deste modo, que tem como único objetivo servir ao verdadeiro bem da
pessoa e ser transparência do único Bem Supremo que é Deus, não só não é estranha
aos homens, mas, pelo contrário, é uma preciosa ajuda na estrada para a plena
realização em Cristo, para a salvação.

A Igreja está convocada e compromete-se a exercitar este tipo de autoridade que é


serviço, e a exercita não a título próprio, mas em nome de Jesus Cristo, que recebeu do
Pai todo o poder no Céu e na terra (cf. Mt 28,18). Por intermédio dos Pastores da
Igreja, na realidade, Cristo apascenta ao seu rebanho: é Ele quem o guia, o protege, o
corrige, porque o ama profundamente. Mas o Senhor Jesus, Pastor supremo de nossas
almas, quis que a Escola Apostólica, hoje os Bispos, em comunhão com o Sucessor de
Pedro, e os sacerdotes, seus mais preciosos colaboradores, participem nesta missão
sua de cuidar do Povo de Deus, de serem educadores na fé, orientando, encorajando e
sustentando a comunidade cristã, ou, como disse o Concílio, "cuidando,

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principalmente, para que cada um dos fiéis seja conduzido no Espírito Santo a viver
segundo o Evangelho sua própria vocação, a praticar uma caridade sincera e de obras e
a exercitar essa liberdade com a qual Cristo nos liberou (Presbyterorum Ordinis, 6).
Portanto, todo Pastor é o meio através do qual o próprio Cristo ama os homens:
mediante seu ministério - queridos sacerdotes -, através de nós, o Senhor reúne as
almas, as instrui, as vigia, as guia. Santo Agostinho, em seu Comentário ao Evangelho
de São João, diz: "Seja, portanto, compromisso de amor apascentar o rebanho do
Senhor"(123,5); esta é a norma suprema de comportamento dos ministros de Deus,
um amor incondicional, como o do Bom Pastor, repleto de alegria, aberto a todos,
atento aos próximos e aos necessitados (cf S. Agostinho, Discurso 340, 1; Discurso 46,
15), delicado com o mais fraco, os pequenos, os simples, os pecadores, para
manifestar a infinita misericórdia de Deus com as palavras tranquilizadoras da
esperança (cf Id., Carta 95,1).

Embora esta tarefa pastoral esteja baseada na Eucaristia, sua efetividade não é
independente da existência pessoal do presbítero. Para ser um Pastor segundo o
coração de Deus (cf Jr 3,15) é necessário um profundo afinco na amizade viva com
Cristo, não só da inteligência, mas também da liberdade e da vontade, uma clara
consciência da identidade recebida na Ordenação Sacerdotal, uma disponibilidade
incondicional para conduzir o rebanho confiante para onde o Senhor desejar e não na
direção que, aparentemente, seja mais conveniente ou mais fácil. Isto requer, em
primeiro lugar, a contínua e progressiva disponibilidade para deixar que o próprio
Cristo governe a existência sacerdotal dos presbíteros. Com efeito, ninguém é capaz de
apascentar o rebanho de Cristo, se não vive uma profunda e real obediência ao Cristo
e à Igreja, e a mesma docilidade do Povo com seus sacerdotes depende da docilidade
dos sacerdotes com Cristo; por isso, na base do ministério pastoral está sempre o
encontro pessoal e constante com o Senhor, o conhecimento profundo Dele,
submetendo a própria vontade à vontade de Cristo.

Nas últimas décadas, utilizou-se frequentemente o adjetivo "pastoral" quase em


oposição ao conceito de "hierárquico", assim como, na mesma contraposição, foi
interpretada também a ideia de "comunhão". E talvez neste aspecto possa ser útil uma
breve observação sobre a palavra "hierarquia", que é a designação tradicional da
estrutura de autoridade sacramental na Igreja, ordenada de acordo com os três níveis
de sacramento da Ordem, bispado, sacerdócio, diaconado. Na opinião pública
prevalece, nesta realidade "hierárquica" o elemento de subordinação e o elemento
jurídico: por isso para muitos a idéia de hierarquia parece-lhes contrastante com a
flexibilidade e a vitalidade do sentido pastoral e, também, contrária à humildade do
Evangelho. Mas este é um sentido mal entendido da hierarquia, historicamente
também causado por abusos de autoridade e de fazer carreira, que são exatamente
abusos e não derivam do próprio ser da realidade "hierárquica". A opinião comum é de
que "hierarquia" refere-se sempre a algo ligado ao domínio e, assim, não
correspondente ao verdadeiro sentido da Igreja, da unidade no amor de Cristo. Mas,
como disse, esta é uma interpretação errônea, que tem sua origem em abusos da
história, mas não responde ao verdadeiro significado do que é a hierarquia. Iniciemos
com a palavra. Geralmente, é dito que o significado da palavra hierarquia seria
"sagrado domínio", mas o verdadeiro significado não é isto, é "sagrada origem", quer
dizer: esta autoridade não vem do próprio homem, mas que tem sua origem no

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sagrado, no sacramento; sujeita, portanto, a pessoa à vocação, ao mistério de Cristo;
faz do indivíduo um servidor de Cristo e somente enquanto servo de Cristo este pode
governar, guiar por Cristo e com Cristo. Por isso, quem entra na sagrada Ordem do
Sacramento, a "hierarquia", não é um autocrata, sendo que entra em um novo laço de
obediência a Cristo: está ligado a Ele em comunhão com os demais membros da
Ordem sagrada, do Sacerdócio. E nem o Papa - ponto de referência de todos os outros
Pastores e da comunhão da Igreja - pode fazer o que desejar; pelo contrário, o Papa é
o guarda da obediência a Cristo, a sua palavra resumida na regula fidei, na Crença da
Igreja, e deve preceder na obediência a Cristo e à sua Igreja. Hierarquia implica,
portanto, num nó triplo: primeiro de tudo, é que lhe une com Cristo e com a ordem
dada pelo Senhor para sua Igreja; depois, o enlace com os demais Pastores na única
comunhão da Igreja; e, finalmente, o laço com os fiéis confiados ao indivíduo, na
ordem da Igreja.

Portanto, entende-se que comunhão e hierarquia não são contrárias uma da outra,
mas condicionadas entre si. São unidas numa só coisa (comunhão hierárquica). Então,
o Pastor só é, como tal, guiando e vigiando ao rebanho, e às vezes impedindo que se
dispersem. Sem uma visão clara e explicitamente sobrenatural, não é compreensível a
tarefa de governar, característica dos sacerdotes. Por outro lado, está sustentada no
verdadeiro amor pela salvação de cada um dos fiéis, é particularmente preciosa e
necessária também em nosso tempo. Se o fim é levar o anúncio de Cristo e conduzir os
homens ao encontro salvífico com Ele para que tenham vida, a tarefa de guiar
configura como um serviço vivido em uma doação total para a edificação do rebanho
na verdade e na santidade, frequentemente indo contra a correnteza e lembrando que
o maior deve fazer-se como o menor, e o que governa, como o que serve (cf. Lumen
gentium, 27).

Onde pode encontrar hoje um sacerdote a força para tal exercício do próprio
ministério, na plena fidelidade a Cristo e à Igreja, com uma dedicação total ao
rebanho? A resposta é única: em Cristo Senhor. A maneira de governar de Jesus não é
a do domínio, mas é o serviço humilde e amoroso do lavatório dos pés, e a realeza de
Cristo sobre o universo não é um triunfo terreno, mas que encontra seu ápice no
tronco da Cruz, que transforma-se em juízo para o mundo e ponto de referência para o
exercício de uma autoridade que seja verdadeira expressão da caridade pastoral. Os
santos, e entre eles São João Maria Vianney, exercitaram com amor e dedicação a
tarefa de cuidar da porção do Povo de Deus a eles confiada, mostrando também serem
homens fortes e determinados, com o único objetivo de promover o verdadeiro bem
das almas, capazes de pagar pessoalmente, até o martírio, para permanecerem fiéis à
verdade e à justiça do Evangelho.

Queridos sacerdotes, "apascentais ao rebanho de Deus que vos é confiado, vigiando,


não forçados, mas voluntariamente (...), sendo modelos do rebanho" (1 P 5,2).
Portanto, não tenhais medo de guiar a Cristo cada um dos irmãos que Ele vos confiou,
seguros de que cada palavra e cada atitude descendem da obediência à vontade de
Deus e trarão frutos; sabei viver apreciando os méritos e reconhecendo os limites da
cultura na qual estamos inseridos, com a firme certeza de que o anúncio do Evangelho
é o maior serviço que pode ser feito pelo homem. Na realidade, não há bem maior,
nesta vida terrena, que conduzir os homens a Deus, vivificar a fé, erguer o homem da

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inércia e do desespero, dar a esperança de que Deus é íntimo e guia a história pessoal
e do mundo: isto é, em definitivo, o sentido profundo e último da tarefa de governar
que o Senhor nos confiou. Trata-se de formar o Cristo nos crentes, através deste
processo de santificação que é conversão dos critérios, da ponderação de valores, das
atitudes, para deixar que Cristo viva em cada fiel. São Paulo resume assim sua ação
pastoral: "Filhos meus, por quem eu sofro de novo dores de parto até ver Cristo
formado em vós" (Gl, 4 19).

Queridos irmãos e irmãs, eu gostaria de convidar-vos a rezar por mim, Sucessor de


Pedro, que tenho uma tarefa específica no governo da Igreja de Cristo, como também
por todos vossos Bispos e sacerdotes. Rezai para que saibamos cuidar de todas as
ovelhas, também das perdidas, do rebanho confiado a nós. A vós, queridos sacerdotes,
dirijo um convite cordial às Celebrações conclusivas do Ano Sacerdotal,nos próximos 9,
10 e 11 de junho, aqui em Roma: meditaremos sobre a conversão e sobre a missão,
sobre o dom do Espírito Santo e sobre a relação com Maria Santíssima, e renovaremos
nossas promessas sacerdotais, apoiados por todo o Povo de Deus. Obrigado!

[No final da audiência, o Papa cumprimentou os peregrinos em vários idiomas. Em


português, disse:]

Queridos irmãos e irmãs:

Os sacerdotes têm a tríplice missão de ensinar, santificar e guiar a porção do povo que
Deus lhes confiou, a exemplo do Santo Cura d'Ars, que se demonstrou pastor forte e
determinado na defesa do bem das almas. Para conduzir o rebanho para onde o
Senhor quer, e não na direcção que nos parece mais conveniente ou mais fácil, é
necessária uma disponibilidade incondicional, deixando que o próprio Cristo governe a
vida do sacerdote. Por isso, na base do ministério pastoral, está o encontro pessoal e
constante com o Senhor, para conformar a própria vontade com a d'Ele. Convido os
sacerdotes para as celebrações conclusivas do Ano Sacerdotal nos próximos dias 9, 10
e 11 de Junho: meditaremos sobre a conversão e a missão, o dom do Espírito e a
relação com a Virgem Maria e renovaremos as nossas promessas sacerdotais,
sustentados por todo o povo de Deus.

***

Amados peregrinos de língua portuguesa, com destaque para a Associação «Família da


Esperança» pela numerosa presença dos seus membros: a minha saudação amiga para
vós e para os fiéis de Niterói e de Curitiba. De coração a todos abençoo, pedindo que
rezeis por mim, Sucessor de Pedro, cuja tarefa específica é governar a Igreja de Cristo,
bem como pelos vossos Bispos e sacerdotes para que saibamos cuidar de todas as
ovelhas do rebanho que Deus nos confiou. Obrigado!

[Tradução: ©Libreria Editrice Vaticana]

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