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TECNOLOGIAS ON LINE: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES PEDAGÓGICAS

NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Karla Angélica Silva do Nascimento


Faculdade Integrada da Grande Fortaleza

Dennys Leite Maia


Universidade Federal Fluminense

Joserlene Lima Pinheiro


Universidade Estadual do Ceará

Resumo
O presente artigo procura apresentar uma abordagem pedagógica das
tecnologias on line presentes atualmente na Web 2.0 como contribuição para o
ensino e a aprendizagem na Educação a Distância. Com as inovações
tecnológicas a EaD atualmente integra o uso de vários recursos midiáticos
dentro ou fora de um determinado ambiente virtual para criar situações de
aprendizagem que possam favorecer o aluno a transformar as informações em
conhecimento. Nessa perspectiva Piaget afirma que o conhecimento tão pouco
se encontra totalmente determinado pela mente do indivíduo. É, na verdade, o
produto de uma interação entre esses dois elementos, o sujeito e o objeto, pois
na medida em que o sujeito age e sofre a ação do objeto, sua capacidade de
conhecer se desenvolve para produzir o próprio conhecimento. A utilização dos
recursos tecnológicos é de suma importância para que o tempo e o espaço
passem a ser aliados dos docentes e discentes e para que se torne possível
estabelecer critérios dentro de um espaço virtual que promova interatividade e
consequentemente condições do aluno apropriar-se de novos saberes. A
necessidade de trabalhar novas ferramentas de interação no espaço virtual é
um desafio didático-pedagógico, quando bem analisadas e planejadas,
promovem a autonomia e a flexibilização do espaço-tempo do aluno. Contudo,
para que elas se tornem elementos fundamentais na mediatização dos
processos de ensino e de aprendizagem, é necessário um norte pedagógico
para o desenvolvimento de atividades educativas dessa natureza. Neste
sentido, o artigo procura apresentar possíveis contribuições pedagógicas de
algumas tecnologias on line vigentes na Web 2.0, estabelecendo metodologias
específicas digitais de comunicação, de transmissão de dados que fomentem a
interação e a construção do conhecimento.

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Introdução

A Educação a Distância (EaD) proporciona um contato entre alunos e


professores bastante diferenciado da modalidade presencial, colocando em
evidência outros aspectos que garantirão a comunicabilidade entre os atores
que fazem parte do processo de ensino e aprendizado nessa modalidade. Na
nova geração da EaD, baseada principalmente com suporte na internet, as
ferramentas de interação, presentes num Ambiente Virtual de Aprendizagem
(AVA), por exemplo, funcionam como elementos bastante significantes para o
processo educativo por proporcionar o ciclo descrição-execução-reflexão-
depuração-descrição (VALENTE, 1999) importante para aquisição de novos
conhecimentos.
A utilização dos recursos tecnológicos é de suma importância para que
o tempo e o espaço passem a ser aliados dos docentes e discentes e para que
se torne possível estabelecer critérios dentro de um espaço virtual que
promova interatividade e consequentemente condições do aluno apropriar-se
de novos saberes tendo como ponto de apoio os quatro pilares da Educação:
Aprender a Aprender, Aprender a Fazer, Aprender a Conviver e Aprender a
Ser.
Valente (2003) sugere uma abordagem pedagógica para EaD, que ele
chamou de “Estar junto virtual”. Essa abordagem caracteriza-se por “envolver
múltiplas interações no sentido de assessorar constantemente o aprendiz para
poder entender o que ele faz” (VALENTE, 2003, p. 31). Ou seja, o
tutor/professor, junto com as ferramentas disponíveis, tem papel fundamental
no processo de aprendizagem do aluno de EaD, uma vez que cabe a ele
colaborar para que os discentes possam aprender distância e embora estejam
sozinhos (em virtude da distância física), não estarão desacompanhados.
Essa mesma indicação é percebida nos Referencias de Qualidade para
EaD quando recomenda que
devem ser articulados mecanismos que promovam o permanente
acompanhamento dos estudantes, no intuito de identificar eventuais
dificuldades na aprendizagem e saná-las ainda durante o processo de
ensino-aprendizagem (BRASIL, p. 16).

Behrens (2006, p. 71), coloca que o profissional do futuro precisa ter


competência para ser autônomo na produção de conhecimentos e ser
acessível para coletivizá-los em grupos. Percebe-se dessa maneira uma
convergência dos pilares da educação na formação de indivíduos que saibam
criar projetos, “vender” suas ideias de modo ativo e envolvente.
Por essas colocações acima citadas observa-se que tudo caminha para
um só propósito: promover o encontro mesmo que a distância. Esse enfoque
justifica-se pelo fato de que somente havendo o encontro entre alunos,
professores, conteúdos e materiais, mediados pela tecnologia existente se

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torna possível estabelecer critérios para a aprendizagem a distância e
consequentemente subsídios que reforcem a importância de uma atitude mais
crítico e reflexiva por parte de alunos e professores durante o processo de
construção de novos saberes.
Observa-se que alguns professores utilizam os recursos tecnológicos
simplesmente como meios auxiliares de ensino ao invés dos mesmos serem
vistos como parte integrante do processo educacional.
Com base nessas colocações, faz-se necessária uma reflexão quanto
ao conceito de ambiente e a sua relação com a educação. Segundo Almeida e
Fonseca Junior (2000, p.59):
Pensar na criação de ambientes é pensar em criar um mundo inteiro
de possibilidades. Desenvolver ambientes sempre novos é próprio da
natureza humana. Está em nosso modo de ser. Os ambientes são
concepções de espaço e convivência. Facilitam ou dificultam certos
tipos de relações das pessoas com os lugares e, principalmente, das
pessoas entre si e consigo mesmas.

Percebe-se então a força que um ambiente exerce entre as pessoas


que participam do mesmo para os mais diversos tipos de situações. A própria
educação de cada povo, possibilita que sejam criados ambientes para que
seus valores e suas competências passem de geração em geração.
A partir desse momento a discussão segue para, não só uma mudança
do próprio ambiente escolar físico, mas para uma mudança que ocorra com a
utilização das tecnologias de informação e comunicação no sentido de que as
mesmas possam, segundo Almeida e Fonseca Junior (2000, p.62) “contribuir
decisivamente para o trabalho daqueles educadores que vislumbram, no futuro,
a escola com novas responsabilidades diante de uma nova sociedade do
conhecimento”.
Nesse sentido, este estudo tem como objetivo expor possíveis
contribuições pedagógicas de algumas tecnologias on line vigentes na Web
2.0, estabelecendo metodologias específicas digitais de comunicação, de
transmissão de dados que fomentem a interação e a construção do
conhecimento.

Recursos tecnológicos na EAD


Para toda ação pedagógica, antes de qualquer coisa, é necessário que
os atores responsáveis pelo processo de ensino-aprendizagem deixem claro a
concepção que entendem, e portanto tomarão como norteadora para todo o
processo educativo, acerca do que é ensinar e aprender. É necessário que se
esteja claramente estabelecido qual abordagem pedagógica pretendem utilizar,
seja ela: comportamentalista, construtivista ou sócio-interacionista (OLIVEIRA
et al, 2001). Essa afirmação está em sintonia ao que recomenda os
Referencias de Qualidade Para Educação Superior a Distância, elaborado pelo

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Ministério da Educação (MEC), no tocante a definição, no projeto político
pedagógico de um curso, da opção epistemológica de educação. Isso porque,
essa escolha estará refletida nos materiais pedagógicos desenvolvidos e
utilizados (apostilas, vídeos, objetos de aprendizagem, dentre outros), bem
como, terá relação direta com a proposta de organização curricular e
consequentemente de avaliação.
Em processos de ensino e aprendizagem que envolvem computadores,
como o caso da nova geração da EaD, as opções construtivista e sócio-
interacionista apresentam-se como mais promissoras. Essas concepções de
aquisição de conhecimento ofereceram subsídios para a abordagem
construcionista (PAPERT, 1994) para softwares educativos, como um ambiente
virtual de aprendizagem (AVA) é classificado (VALENTE, 1999). Essa
abordagem pedagógica caracteriza-se pela autonomia do aluno e o controle de
seu aprendizado, sendo auxiliado pelo computador e seus pares, sejam
professores e colegas. Na EaD, o aprendizado passa a ser uma construção
social entre colegas de cursos, professores/tutores, mediados pela ferramenta,
no caso o computador conectado a internet e o AVA. Consequentemente, o
currículo desse curso deverá ser moldado para que esses momentos de
construção do conhecimento, não apenas ocorram, mas sejam otimizados.
Durante muito tempo, a transmissão dos conteúdos aos alunos na
modalidade a distância foi feita de forma impressa e por meio do correio
tradicional, na forma de livros, fascículos, módulos etc. Esses mecanismos
proporcionaram um grande salto nessa modalidade, pois a EaD assumiu a
forma de um processo organizado de produção e ensino/aprendizagem, porém
a educação era pautada apenas no professor que ensinava e o aluno que
aprendia. Na época, a EaD já expandia o acesso à educação, especialmente
aos moradores de regiões isoladas ou de pessoas que eram impossibilitadas
de frequentar cursos em período convencional. Com as inovações tecnológicas
a EaD foi fortemente impulsionada pela associação dos meios de
comunicação, tais como o rádio e a televisão. A inclusão dessas mídias
disseminou e democratizou o acesso à educação em vários níveis, atendendo
a muitas pessoas.
Com o advento dos microcomputadores (1979 e 1980) as diferentes
mídias, então utilizadas na EaD, passaram a ser integradas, surgindo assim o
conceito de multimídia (integração de imagens, vídeos, som, etc). Atualmente,
muitos cursos a distância são apresentados neste formato, permitindo ao aluno
maior acesso aos materiais didáticos, ao contrário do que acontecia nas
gerações anteriores de EaD. Nos anos iniciais, esses materiais foram
veiculados, predominantemente, em disquetes e CD-ROM. A partir de 1990,
com o surgimento da World Wide Web (WWW) e das tecnologias de
comunicação da Internet, a EaD iniciou uma outra fase, proporcionando o
acesso remoto aos cursos e a possibilidade de uma comunicação assíncrona e

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síncrona, implicando uma maior interação entre os participantes (KENSKI,
2003).
Atualmente, o formato de EaD que vem crescendo consideravelmente
é aquele que se utiliza de Ambientes Virtuais de Aprendizagem, conhecido
também por Educação On-line. Este novo formato vêm ganhando espaço na
EaD, pois além de agregar as mídias de divulgação de conteúdo já existentes,
trouxe novas ferramentas de interação que proporcionaram maior velocidade
na troca de informações, feedback entre os atores do processo e um alto grau
de interatividade. Nesse sentido, Várias instituições têm usado essa tecnologia
na EaD para ampliar os espaços de formação, proporcionado aos alunos o
acesso à informação a qualquer dia, hora e local.
Os recursos tecnológicos são utilizados cada vez mais para organizar a
mediação entre alunos e professores que se encontram, na maioria das vezes,
em lugares e tempos diferentes.
De acordo com Moran (2007, p.125), a mudança na educação com a
utilização da tecnologia é influenciada pela não necessidade da presença
física, enfatizando assim a conectividade como agente potencializador do
aprendizado. Essa possibilidade, por um lado, ainda se vê restringida pela
desigualdade social com relação ao acesso das tecnologias de informação e
comunicação, mas ao mesmo tempo, possibilita uma aprendizagem
personalizada, flexível, ubíqua e integrada. De qualquer maneira, o que existe
ainda em tempo de mudanças de paradigmas educacionais é um apego à
presencialidade pelas instituições mais tradicionalistas.
Conforme Moran (2004) o ambiente virtual de aprendizagem amplia os
espaços de formação que proporciona aos usuários acesso à informação a
qualquer dia, hora e local. Mas, afinal, de que maneira se dá a interação dessa
tecnologia com o ensino e a aprendizagem?
Para Santos (2003), um ambiente virtual de aprendizagem precisa ser
uma obra aberta, em que a imersão, a navegação, a exploração e a
comunicação possam fluir tranquilamente. Assim, esses ambientes devem ser
espaços onde pessoas e ferramentas técnicas interagem num processo que
auto se organiza em uma comunicação interativa onde o saber e o fazer
transcendem. A interação social também influencia a afetividade e a
aprendizagem como um todo. No momento em que os alunos adquirem
confiança e consideração por seus colegas e professores, as relações
interpessoais se formam.
Entretanto, a aversão ao uso das tecnologias na educação presencial
tem diminuído, tendo em vista a exigência maior de flexibilidade e
adaptabilidade entre os professores e alunos que mantém alguns hábitos de
comunicação fora da sala de aula por meio de e-mails e sites de
relacionamento. Moran (2007, p. 90), coloca como essa transição, passando do

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simples domínio tecnológico para o domínio pedagógico, é lenta e cautelosa
por parte dos docentes:
Os educadores costumam começar utilizando-as para melhorar o
desempenho dentro dos padrões existentes. Mais tarde, animam-se a
realizar algumas mudanças pontuais e, só depois de alguns anos, é
que educadores e instituições são capazes de propor inovações,
mudanças mais profundas em relação ao que vinham fazendo até
então. Não basta ter acesso à tecnologia para ter o domínio
pedagógico. Há um tempo grande entre o conhecer, utilizar e
modificar processos.

Como coloca Kenski (2007, p.85), independente do uso mais ou menos


intensivo de equipamentos midiáticos nas salas de aula, professores e alunos
têm contato todo dia com as mais diversas mídias.
Esse fato reforça como o uso das tecnologias de informação e
comunicação está cada vez mais presente na relação estabelecida entre os
atores do processo de ensino e aprendizagem de modo semipresencial.
Segundo Valente (2007), a EaD integra o uso dos vários recursos de
um determinado ambiente virtual para criar situações de aprendizagem que
possam favorecer o aluno a transformar as informações em conhecimento.
Nessa perspectiva Piaget afirma que o conhecimento tão pouco se encontra
totalmente determinado pela mente do indivíduo. É, na verdade, o produto de
uma interação entre esses dois elementos, o sujeito e o objeto, pois na medida
em que o sujeito age e sofre a ação do objeto, sua capacidade de conhecer se
desenvolve para produzir o próprio conhecimento.

Tecnologias on line: ferramentas de aprendizagem e interação.


Nos últimos anos, a EaD ganhou uma nova dimensão com novas
possibilidades e desafios, instigando outras formas de aprender e de ensinar.
As ferramentas da Web 2.0. mostram novas maneiras de aprendizagem e
interação entre as pessoas.
Segundo estudo realizado por Trein e Schlemmer (2009, p.8), as
ferramentas da Web 2.0 proporcionam um nível de interação gradual, pois
“quanto maior o nível de interação, maiores são as possibilidades para os
processos de ensino e de aprendizagem”.
O Ministério de Educação de Portugal lançou o “Manual de ferramentas
da Web 2.0 para professores”, organizado pela professora Ana Amélia A.
Carvalho da Universidade do Minho, além de contar com a participação de
outros professores e investigadores, do ensino básico e superior, com
experiência de utilização das várias ferramentas em contexto de aprendizagem
e também na formação de professores. Com base nesse estudo segue
algumas possibilidades de uso como contribuição ao ensino a distância:

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• Criação de Blogs: o blog é uma página da web que possui elementos
informativos breves e cronologicamentes dispostos. Essa ferramenta
pode assumir a forma de um diário, jornal, página de novidades, ou links
para outros sites. Proporciona um espaço de comunicação que os
professores podem utilizar com os alunos sempre que houver
necessidade de desenvolver a escrita, compartilhar idéias e refletir sobre
o conteúdo explorado na disciplina, curso e/ou aula. Os alunos por sua
vez podem apresentar seus trabalhos individuais ou de grupo para que
os demais colegas possam comentar.
• Trabalhando com Mapas Conceituais: através da aprendizagem
significativa de Ausubel (1982), o aluno dá sentido ou estabelece
relações entre os novos saberes ou novas informações aos conceitos e
conhecimentos existentes, ou com alguma experiência anterior.
Conforme Jonassen (2007, p.15), “os alunos aprendem pensando de
forma significativa, sendo o pensamento ativado por atividades que
podem ser proporcionadas por computadores ou por professores.”
• Elaboração de textos usando Wikis: uma wiki pode ser pensada como
uma combinação de um site e um documento feito em um editor de
texto. Ela pode ser lida como qualquer outro site, sem privilégios de
alteração, como também pode compartilhar e elaborar textos de forma
colaborativa, usando apenas um navegador web padrão. Além disso,
acompanha o histórico de como o documento está sendo revisado. Essa
ferramenta ganha força na educação, principalmente com trabalhos
colaborativos feitos por alunos e professores. Os alunos podem usar um
wiki para colaborar em um relatório do grupo, a compilação de dados ou
compartilhar os resultados de suas pesquisas. Além disso é ideal para
guardar e/ou para publicar os projetos de trabalhos prontos de grupos de
estudantes, planejando atividades de autoavaliação e avaliação pelos
pares, estimulando os links entre os projetos de outros grupos.
• Publicação em Podcasting: alunos e professores podem publicar seus
arquivos de mídia digital na rede, através de um rico recurso de
armazenamento, chamado RSS, que permite aos usuários acompanhar
a sua atualização. Com isso, é possível o acompanhamento e/ou
arquivamento dos conteúdos de um podcast. Essa ferramenta pode ser
utilizada nos projetos colaborativos, criação de uma rádio novela ou de
programa de rádio com alunos, publicação de apresentações, como
também explicação de conteúdos orais, que podem ser utilizados com
alunos portadores de deficiência visual. Enfim, possibilidades de
utilização do áudio, vídeo, imagem e animação para alcançar o objetivo
de uma determinada atividade educativa.

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Considerações
Embora estas ferramentas sejam importantes recursos de interação e
aprendizagem, cabe ao professor dinamizar o seu uso com os alunos.
Geralmente, estas ferramentas, na parte tecnológica, são simples de serem
manipuladas, mas as possibilidades e implicações pedagógicas dependem do
significado que o professor pode fazer no contexto do curso.
É preciso lembrar que na EaD, sendo esta um processo de
comunicação mediado por computador, as tecnologias constituem recursos
técnicos do mais simples e baratos até os mais sofisticados, como vídeo-
conferência. A melhor solução está em escolher ferramentas que possam
alcançar o aluno onde quer que ele se encontre. Elas deverão ser apropriadas
para corresponder ao interesse e motivações dos alunos e estar integradas
para facilitar a interação e a construção do conhecimento.

Referências
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Inovadores. Secretaria da Educação a Distância. Brasília-DF: Ministério da
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Curricular do Ministério da Educação, 2008.
Jonassen, D.. Computadores, ferramentas cognitivas. Porto. Porto Editora,
2007.
KENSKI, V. M.. Educação e Tecnologias: O Novo ritmo da informação.
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_______, V. M.. Tecnologias de Ensino presencial e a distancia. Campinas
São Paulo. ed. Papirus, 2003.
MORAN, J. M.. Propostas de mudança nos cursos presenciais com a
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Anais.
____________. A educação que desejamos: Novos desafios e como
chegar lá. Campinas-SP: Papirus, 2007.
_________, J. M.. Novas Tecnologias e mediação pedagógica. 12ª ed.
Campinas-SP: Papirus, 2006.
OLIVEIRA, C. C. de., COSTA, J. W. da., MOREIRA, M.. Ambientes
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Informática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
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problema no contexto da web 2.0: possibilidades para a prática pedagógica.
Revista e-Curriculum, PUCSP-SP, Vol. 4, no. 2, junho 2009. Disponível em
http://www.pucsp.com.br/ecurriculum Acessado em: 20/10/2009.
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SANTOS, E. O. Articulação de saberes na EAD on line: por uma rede
interdisciplinar e interativa de conhecimentos em ambientes virtuais de
aprendizagem. In: SILVA, M. Educação on line. São Paulo: Loyola, 2003.

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