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Recurso 2008.

0007825-6
Acórdão 30878

Acórdão na Íntegra
Recurso Inominado sob nº. 2008.0007825-6/0 oriundo do Juizado Especial
Cível da Comarca de Apucarana.
Recorrente: Belpar Distribuidora de Cosméticos Ltda
Recorrido: Marcio José Daniel
Relatora: Juíza Cristiane Santos Leite

RECURSO INOMINADO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - ADVOGADO QUE NÃO PODE ACUMULAR


SIMULTAMENTE AS CONDIÇÕES DE PROCURADOR JUDICIAL DA PARTE E PREPOSTO -
APLICAÇÃO DO ENUNCIADO Nº. 98 DO FONAJE - REVELIA CORRETAMENTE DECRETADA
- TESE DE NULIDADE DA SENTENÇA - AFASTADA - INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE
COMPRA E VENDA ENTRE AS PARTES - PROTESTO INDEVIDO - INSCRIÇÃO DO NOME DO
REQUERENTE JUNTO AOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO TAMBÉM INDEVIDA - DANO
MORAL - CONFIGURADO - VALOR ARBITRADO DE MANEIRA PROPORCIONAL. SENTENÇA
MANTIDA.
O fato de a parte ser assistida em audiência por Advogado, com poderes
para transigir, não tem o condão de tornar indispensável a presença de
preposto credenciado, nos termo da Lei nº. 9.099/95. Deve-se registrar
que não pode o Advogado simultaneamente assistir judicialmente o cliente
e ser seu preposto.
Comprovada a inexistência de relação jurídica entre as partes,
considera-se indevida a inscrição do nome do requerente junto aos órgãos
de proteção ao crédito, devendo ser indenizado pelo abalo de seu crédito.
Assim, não sendo o recorrido a pessoa que manteve relação comercial com a
recorrente, não poderia o seu nome ser inscrito junto aos órgãos de
proteção ao crédito.
Indevida, pois, a inscrição do nome do recorrido junto ao SERASA e
SCPC, cabe indenização por dano moral, não sendo necessária produção de
prova deste. O valor arbitrado na r. sentença, qual seja: R$ 3.800,00,
está em consonância com os princípios da proporcionalidade e
razoabilidade que orientam a apuração do quantum, tendo por base as
condições do ofensor, do ofendido e do bem jurídico lesado, razão pela
qual não comporta alteração.
Recurso desprovido.

I - Do voto.

Relatório em sessão.

Satisfeitos estão os pressupostos processuais viabilizadores da


admissibilidade deste recurso, tanto os objetivos quanto os subjetivos,
razão pela qual deve ser ele conhecido.

No mérito, não merece provimento o recurso, segundo os termos lançados


na ementa, devendo ser mantida a sentença por seus próprios fundamentos,
nos termos do art. 46 da Lei nº. 9.099/95. É o que proponho.
II - Do dispositivo Ante o exposto, esta Turma Recursal resolve, por
unanimidade de votos, CONHECER e NEGAR PROVIMENTO ao recurso, nos exatos
termos deste voto. O julgamento foi presidido pelo Senhor Juiz Alexandre
Barbosa Fabiani (com voto), e dele participaram os Senhores Cristiane
Santos Leite (relatora) e Moacir Antonio Dala Costa. Curitiba, 08 de
agosto de 2008. Cristiane Santos Leite Juíza Relatora

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