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DIVERGÊNCIAS ENTRE ACIONISTAS E A RESPONSABILIDADE SOCIAL:

IMPACTOS E POSSIVEL SOLUÇÃO.

Eli Jessé Ribeiro

elijesseribeiro@hotmail.com

Trabalho apresentado na 7ª semana pedagógica 2010 – Entre a educação e a inclusão e I


Encontro de Psicologia e Educação: Implicações no processo de ensino aprendizagem
(realizado pelo departamento de Educação da Fafipar, Paranaguá). ISSN 2177-546X

Resumo:

O presente trabalho apresenta alguns argumentos que dizem respeito aos pontos de vista
divergentes entre os acionistas e a responsabilidade social, quanto ao lucro e seu impacto ao
longo prazo. Também apresenta algumas ações que visam uma provável harmonia entre um e
outro através de um denominador comum muito cobiçado no mercado contemporâneo: “as
boas idéias”, que visam não apenas o lucro das empresas, mas também o bem estar de todos
os envolvidos.

Palavras-chave: impacto social; lucro; divergências; responsabilidade social.

1. APRESENTAÇÃO

A questão da responsabilidade social será tomada, neste artigo, apenas


no seu aspecto corporativo, sua ligação direta com a sociedade e alguns
exemplos sucintos de casos que se tornaram conhecidos na historia da
responsabilidade social no mundo.

1.1. Objetivos

1.1.1 Objetivo geral

O objetivo geral do trabalho é demonstrar a probabilidade da convivência


harmoniosa entre a busca do lucro e a responsabilidade social.

1.1.2 Objetivo específico

Especificamente, será exposto um resumo breve do histórico geral da


responsabilidade social, apartir daí propor, como solução genérica para as
divergências ideológicas entre acionistas e a responsabilidade social, as ações
que estão sendo tomadas por algumas organizações que recompensam boas
idéias de sustentabilidade.
2. Introdução

Há atualmente uma preocupação quanto ás conseqüências dos


impactos das empresas na sociedade. Após muito tempo de desgastes e
desperdícios estamos colhendo a parte ruim do que a revolução industrial
plantou. Foi graças a esse desperdício que ficou estabelecido por algum tempo
no meio empresarial, como sendo a principal responsabilidade, a
responsabilidade econômica. Muitos estudiosos aprofundaram-se ainda mais
nesta questão e chegaram a concluir que as ações ao longo prazo das
empresas eram responsáveis por muitos problemas sociais. As conseqüências
não recaiam apenas na sociedade, afetava também a própria empresa. A
principal responsabilidade apartir de então passou a ser a responsabilidade
social. Porém, desde que começou a fazer parte das reuniões organizacionais,
ela não agradou nem um pouco aos que vivem apenas do lucro, os acionistas.

3. REFERENCIAL

3.1. O QUE É RESPONSABILIDADE SOCIAL?

3.1.1. Responsabilidade social das empresas.

A responsabilidade social, de acordo com DOS REIS & MEDEIROS


(2007) remete á questões filantrópicas enquanto caridade e contribuição
financeira, mas que se contrapõe aos interesses econômicos das
organizações. A responsabilidade social divide-se em quatro níveis,
demonstrados na figura 1, são eles: nível legal, o nível ético, o nível econômico
e o nível filantrópico.
FILANTRÓ-
PICO 

ECONÔMICO

ÉTICO
 

LEGAL

Figura 1 
A responsabilidade social obedece a uma serie de ações que, ao serem
alcaçandas, elevam a organização um nível a cima na escala das
responsabilidades.

3.2. NIVEIS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

3.2.1. Nível legal

Segundo DOS REIS & MEDEIROS (2007), o nível legal consiste em


cumprir todas as leis e regulamentos do governo, o pagamento dos impostos e
a transparência na contabilidade fazem parte desse nível. Nenhuma
organização pode passar para a parte ética sem cumprir a parte legal.

3.2.2. Nível ético

É o segundo degrau da responsabilidade social. Abrange os padrões da


conduta que as pessoas envolvidas consideram como aceitável. Enquadra
tanto a parte que diz respeito aos fornecedores quanto aos clientes e a
sociedade. Quando a organização cumpre esse nível já pode ser considerada
madura economicamente.

3.2.3. Nível econômico

Este nível está ligado á maneira como os recursos para a produção dos
bens ou serviços estão sendo distribuídos na sociedade. Também faz parte
deste degrau, a preocupação com os impactos da organização na comunidade
que a envolve.

3.2.4. Nível filantrópico

Segundo FERREL (2001), o nível filantrópico da responsabilidade social


baseia-se nas contribuições das empresas para a sociedade, a qual espera
que a organização contribua para a sua qualidade de vida e bem estar. Isso
inclui, além da satisfação das necessidades básicas de sobrevivência, o
oferecimento de produtos e serviços que melhorem sua qualidade de vida.
Quando as operações para o bem estar das comunidades: prestação de
serviços comunitários, doações e patrocínios, são utilizados como artifício de
marketing, é chamada de filantropia estratégica.

4. A RAZÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

DRUCKER (1999) descreve como inútil a alegação do economista


ganhador do prêmio Nobel Milton Friendman quando este afirmou que a
empresa deve se preocupar com o que ele acreditava ser a única
responsabilidade das empresas: “a responsabilidade econômica”, pois, se o
lucro apresentado pela empresa for maior ou, no mínimo, igual ao seu custo de
capital aplicado, significa que a empresa não desperdiçou os recursos da
sociedade e assim se redimiu responsavelmente.

A responsabilidade da empresa não se limita ao seu bom desempenho


econômico. Não podemos dizer que o bom desempenho educacional não é a
única responsabilidade de uma escola, nem o bom desempenho no cuidado
com a saúde é a única responsabilidade de um hospital. Todas as ações das
empresas interferem no funcionamento da sociedade, como os lixos industriais,
por exemplo, e os seus horários de trabalho que causam os caóticos
congestionamentos.

DRUCKER (1999) ressalta que as necessidades crescerão em duas


áreas: naquela tradicional caridade, que consiste na ajuda aos pobres, aos
incapacitados, desamparados e vítimas; e na parte que diz respeito aos
serviços que visam à mudança da sociedade e do individuo. Segundo ele, a
segunda área crescerá mais rápido que a primeira.

5. DIVERGÊNCIAS ENTRE OS ACIONISTAS E A RESPONSABILIDADE


SOCIAL

A maximização dos lucros é a primeira lei da sobrevivência de uma


empresa, nenhuma organização subsiste sem o lucro nem consegue
sobreviver se esses lucros não corresponderem ao ritmo do mercado. A
responsabilidade social não se contrapõe ao lucro, na verdade ela vai de
encontro ao lucro, porém a forma como esse lucro é alcançado muitas vezes
não é condizentes com uma postura honesta ou conseqüente.

A natureza imediatista da maioria dos empresários é a principal causa


das crises que afetam os mesmos. Graças á velocidade das inovações, quase
ninguém domina os recursos do qual dispõem e poucos são os que planejam
os futuros impactos do próprio empreendimento. O maior problema, porém,
não está nas atitudes inconseqüentes dos acionistas descuidados, mas sim no
comportamento maquiavélico dos acionistas gananciosos.

De acordo com SOLOMOM & PRINGLE (1980), o motivo da criação de


uma empresa na iniciativa privada é a entrada de capital que, após processada
deve gerar na saída mais dinheiro do que o que foi aplicado inicialmente.
Infelizmente, grande parte das organizações vê o mercado com um foco
unilateral voltado para essa afirmação, apartir daí sugam o máximo dos
recursos possíveis para acumular capital. Já foi citado no inicio deste trabalho
os dois exemplos clássicos da briga entre os acionistas e a responsabilidade
social, em ambos os casos a iniciativa dos visionários não contrariavam os
objetivos das empresas, mas sim a ganância dos seus acionistas.

6. MEDIDAS QUE ESTÃO SENDO TOMADAS A RESPEITO DA


RESPONSABILIDADE SOCIAL
A Bolsa de valores de São Paulo criou, em parceria com entidades
profissionais ligadas ao mercado de capitais, Fundação Getulio Vargas,
Instituto Ethos e o Ministério do meio ambiente o índice de sustentabilidade
social. O ISE tem como objetivo dispor aos investidores uma opção de carteira
composta por ações de empresas que apresentam comprometimento
reconhecido com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial.
Além disso, o índice também objetiva promover e incentivar outras companhias
a buscarem as boas práticas empresariais.
Algumas instituições, como a Ashoka, incentivam e premiam idéias
sustentáveis como forma de propagar o gerenciamento sustentável. Os
consumidores de países europeus boicotam produtos de procedência não
sustentável ou duvidosa. São essas atitudes que estão, aos poucos,
modificando a maneira de consumir e, conseqüentemente, de investir.

7. CONCLUSÃO

Por mais contraditórios que sejam, os acionistas e a responsabilidade


social podem sim manter uma relação proveitosa e lucrativa. Todas as
organizações, independente do ramo ou estrutura, necessitam de boas idéias,
muitas delas necessitam mais de idéias sustentáveis do que necessitam de
dinheiro. Os acionistas que optarem para o ramo social devem investir não
apenas nas empresas, mas também nas idéias. Empresas que conseguem
diminuir seus custos sem prejudicar seus funcionários ou alterar a qualidade do
produto ou serviço, que buscam formas alternativas de consumo, tanto de
energia quanto de matéria prima estão conseguindo seu espaço no mercado,
mesmo que em proporções menores que as empresas comuns. Enfim, o
mundo dos negócios está aos poucos se tornando consciente das próprias
ações, cabe aos acionistas e organizações optarem pela maneira mais
responsável de gerenciar e lucrar sem medo da total escassez de recursos em
um futuro próximo.
8. REFERÊNCIAS

BRASKEM. Práticas destacadas de responsabilidade social e


sustentabilidade social incluem BRASKEM no ISE. disponível
em<www.braskem.com.br>. Acesso em 04/05/2010

DRUCKER, P. F. Sociedade pós-capitalista. São Paulo. Pioneira, 1999.

FERREL, O. C. Ética empresarial: dilemas, decisões e casos. Rio de


Janeiro. Reichmann & Afonso, 2001.

REIS, C. N. & MEDEIROS, L. E. Responsabilidade social das empresas e


balanço social. São Paulo. Atlas, 2007.

SOLOMON, E. & PRINGLE J. J. An introduction to financial management.


Scott, Foresman and Co., Glenview, 1980.

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