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A PRODUÇÃO DE SORO
Os soros são utilizados para tratar intoxicações provocadas pelo veneno de
animais peçonhentos ou por toxinas de agentes infecciosos, como os causadores da
difteria, botulismo e tétano. A primeira etapa da produção de soros
antipeçonhentos é a extração do veneno - também chamado peçonha - de animais
como serpentes, escorpiões, aranhas e taturanas. Após a extração, a peçonha é
submetida a um processo chamado liofilizacão, que desidrata e cristaliza o veneno.
A produção do soro obedece às seguintes etapas:
VACINAS
As vacinas contêm agentes infecciosos
inativados ou seus produtos, que induzem a
produção de anticorpos pelo próprio organismo da
pessoa vacinada, evitando a contração de uma
doença. Isso se dá através de um mecanismo
orgânico chamado "memória celular". As vacinas diferem dos soros também no
processo de produção, sendo feitas a partir de microrganismos inativados ou de
suas toxinas, em um processo que, de maneira geral, envolve:
- fermentação;
- detoxificação;
- cromatografia;
Entre as vacinas produzidas pelo Instituto, estão:
- Toxóide tetânico: para prevenção do tétano. A produção de toxóide tetânico
pelo Instituto Butantan chega a 150 milhões de doses por ano, atendendo a
demanda nacional. O toxóide também serve para produzir as vacinas dupla (dTe
DT] e tríplice [DTP].
- Vacina dupla (dT): para prevenção da difteria e tétano em indivíduos acima dos
11 anos.
- Vacina tríplice (DTP): para prevenção da difteria, tétano e coqueluche. Esta
vacina é obtida a partir de uma bactéria morta, o que constitui uma dificuldade em
sua produção, pois a bactéria deve estar em um determinado estágio de
crescimento, que garanta à vacina, ao mesmo tempo, potência e baixa toxicidade.
- BCG íntradérmico: para prevenção da tuberculose. O Instituto Butantan produz
cerca de 500 mil doses de BCG por ano. Com novas técnicas de envase e
liofilizacão, a produção deve ser aumentada em 50%.
- Contra a raiva (uso humano): para prevenção da raiva. Produzida em cultura
celular, que nos possibilita ter uma vacina menos reatogênica.
NOVAS VACINAS
Em sua tradição pioneira voltada à Saúde Pública, o Instituto Butantan
segue realizando pesquisas para a produção de novas vacinas. Está em
desenvolvimento uma vacina contra meningite A, B e C, e uma nova vacina
contra coqueluche.
Também estão sendo realizadas pesquisas com a utilização de engenharia
genética, assim como foi feito com a vacina contra hepatite, desta vez para o
desenvolvimento de vacinas contra a dengue e esquistossomose (em conjunto com
a FIOCRUZ- Fundação Instituto Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro.) O Instituto
Butantan desenvolveu a primeira vacina recombinante no Brasil (utilizando
técnicas de engenharia genética) contra a Hepatite B, com capacidade de produção
de 50 milhões de doses por ano. Há uma previsão de aumento dessa produção para
suprir a demanda nacional, bem como a perspectiva de combiná-la com a vacina
tríplice e a hemophilus, obtendo desta maneira a vacina pentavalente.
Surfactante - medicamento para bebês prematuros que nascem com pulmões ainda
não totalmente desenvolvidos por falta desta substância. Na maioria dos casos em
que os pais não têm recursos para pagar o produto importado, estes bebês acabam
falecendo. Hoje, isto representa cerca de 25.000 casos. A produção do surfactante
pulmonar para bebês prematuros foi viabilizada por meio de uma parceria do
Instituto Butantan com a FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo - e a empresa Sadia.