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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Nº 552.

810-9/01
DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE ANDIRÁ
EMBARGANTE: INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA – IEPE
EMBARGADA: MARIA MARGARIDA SWENSON PEREIRA
RELATOR: DES. ARQUELAU ARAUJO RIBAS

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OMISSÃO


INEXISTENTE – REAPRECIAÇÃO DO MÉRITO
COM EFEITO INFRINGENTE –
IMPOSSIBILIDADE – EMBARGOS REJEITADOS.

1. Não havendo no acórdão qualquer omissão,


impõe-se a rejeição dos Embargos de Declaração,
mesmo porque é defeso em tal espécie recursal
rediscutir questão jurídica já apreciada na decisão
embargada.

2. Não se admite, a princípio, efeito infringente


em sede de embargos declaratórios, prestando este
apenas à ocorrência efetiva de contradição, omissão
ou obscuridade na decisão recorrida.

VISTOS, relatados e discutidos, estes autos de


embargos de declaração nº 552.810-9/01 da Vara Cível da
Comarca de Andirá, em que figure como embargante

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INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA – IEPE e embargado MARIA


MARGARIDA SWENSON PEREIRA.

RELATÓRIO

1. Cuida-se de embargos declaratórios interpostos


em face do acórdão nº 18.378 desta Câmara (fls. 387/400),
proferido em 27 de agosto de 2009 e restou assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS


MATERIAIS E MORAIS. CURSO DE MESTRADO
OFERECIDO PELA RÉ. NÃO CONCLUSÃO POR FALTA DE
RECONHECIMENTO PELA ENTIDADE
REGULAMENTADORA. AGRAVO RETIDO. DENUNCIAÇÃO
DA FACULDADE CONVENIADA (FAFICOP). ALEGAÇÃO DE
ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES POR IMPOSIÇÃO
DESTA INS-TITUIÇÃO. DESCABIMENTO. VEDAÇÃO DO
AR-TIGO 88 DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSU-
MIDOR. MÉRITO. ATRIBUIÇÃO DE CULPA À
INSTITUIÇÃO CONVENIADA. IRRELEVÂNCIA. QUESTÃO
QUE DEVERÁ SER DISCUTIDA EM POSSÍVEL AÇÃO DE
REGRESSO. CONSUMIDOR LESADO. DECLARAÇÃO DO
ALUNO DE CIÊNCIA DO NÃO CREDENCIAMENTO DO
CURSO. NÃO ELISÃO DA CULPA DA RESPONSABILIDADE
DA REQUERIDA. RECURSOS DESPROVIDOS.” (fls. 387)

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1.1. Pretende tão-somente o embargante, a


atribuição de efeitos infringentes ao recurso, aduzindo em
síntese, que não deu causa aos danos reclamados; é inaplicável
o Código de Defesa do Consumidor em relação de ensino; que
existem fatos novos, quais sejam, a validação do Título de
Mestre pelo CNE/CES/MEC para outros ex-alunos, o que deve
influenciar na modificação do julgado; houve imputação de dano
moral sem a tipificação da conduta ilícita. (fls. 404/428)

É o relatório.

FUNDAMENTOS DE FATO E DE DIREITO

2. A bem da verdade, o que pretendem os


embargantes é atribuir efeitos infringentes aos embargos, para
que descabido o referido recurso, conforme inteligência do
artigo 535 do Código de Processo Civil.

2.1. A insurgência cinge-se a divergência de


interpretação da análise fática, sendo que os embargos não se
prestam a corrigir erro na decisão e sim aclarar pontos obscuros
ou elucidar possíveis contradições na sentença ou acórdão, ou
ainda, sanar omissão de questões que deveria ter se
pronunciado o órgão julgador, o que, efetivamente, não é o
caso.

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2.2. Os embargos de declaração, também não se


prestam à rediscussão de matéria já apreciada, visando seu pré-
questionamento para fins de recurso especial ou extraordinário.

2.3. É de se ver que mesmo a alegação de fato


novo, não prospera, vez que o julgamento do recurso ocorreu
em 27 de agosto de 2009, sendo que as publicações de
reconhecimento do Título de Mestrado pelo MEC ocorreu em
fevereiro do mesmo ano, portanto, não se trata de fato novo.

2.4. Diante disso, verifica-se que no caso em tela,


não estão presentes quaisquer dessas circunstâncias previstas
na legislação, ensejadoras da interposição deste recurso.

2.5. Nesse sentido a jurisprudência:

“É incabível, nos declaratórios, rever a decisão anterior,


reexaminando ponto sobre o qual já houve
pronunciamento, com inversão, em conseqüência, do
resultado final. Neste caso, há alteração substancial do
julgado, o que foge ao disposto no art. 535 e incisos do
CPC.” (RSTJ 30/412).

Saliente-se, ademais, “que o magistrado não está


obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos
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pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham


sido suficientes para embasar a decisão, como de fato
ocorreu na hipótese dos autos” - Min. Luiz Fux. (STJ –
REsp. 438809/DF – DJ 03.02.2003)

2.6. É de se destacar ainda que não será por via de


embargos declaratórios que se irá alterar o conteúdo da decisão,
conforme remansosa jurisprudência:

“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – OBSCURIDADE,


OMISSÃO, CONTRADIÇÃO INEXISTENTE. EMBARGOS
INTERPOSTOS COM O FIM DE PREQUESTIONAMENTO.
EMBARGOS REJEITADOS. Mesmo nos embargos de
declaração com o fim de pré-questionamento, devem-se
observar o que dispõe o art. 535, do CPC, quanto à
obscuridade, dúvida, contradição, porque tal recurso não
é meio hábil ao reexame da causa, não podendo ser
interpostos com o objetivo de modificar o julgado em
seu mérito.” (TAPR – 6.ª CC – AC 100783-6/01 – Rel.
Juíza Anny Mary Kuss – Ac. 6.988 – v.u. – DJ 20.02.98).

3. Assim, inexistindo no acórdão embargado,


qualquer omissão, contradição ou obscuridade deve o mesmo
ser rejeitado.

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DECISÃO

ACORDAM os Senhores Desembargadores


integrantes da Décima Câmara Cível do TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DO PARANÁ, por unanimidade de votos, em
rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto
relatado.

Participaram do Julgamento: Des. Luiz Lopes e


Des. Nilson Mizuta.

Curitiba, 22 de abril de 2.010.

ARQUELAU ARAUJO RIBAS


Presidente Relator

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