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dire ade, Gabriel Peis spreseat ao sax rele experi otto comas pula Sealine écomootalayoe0 tesuo de mis eer ae e pesquisa trako, ques onctiooocragi dso de Esco em 99, una be: soca inci do Projo Lites Masi, arn ONG liad pis da qual Eum dos undress Coons Gea ji ee ss qe elem . ' (uemlépensa mete eee com Gaui heniss ieponaee ue ses cremebarelommis prot da Quneselnehorepena comnasinesie ee ie tsmigiesou moses descais [ By rey f ‘que o"iberen darsponsabidade AU Peenaneaes ae b Fiseveqey eencontrarse com uma inguagem Lovo sg, ceesasiacga tas a beqielpnsreesmerctaates be de A. Cownllocs sinus 2 pps. Livroesrto no somente no pa- Monte J2cot pel.mastambémnacare.E porisso sumeaaconrome roo. ‘mui, iit, comove. Certamente pede acid pessoaquedéo melhor desi, un vedi aprenizagem. Parzstablceremttocomoa- Editors Arte & Cidaeia tore sua Escola de Escrito gue ara (O11) 2705308 ou envie wm ai peise@uolcombr 2004 ©2008, by Autor Cardi Edi ag ir Foy tis, Gif Cpe ed ei Dhewe dsineve a Ap Winer Taare d Coe owawigencon foderorin en pi Pec "mm se tom tage Dd ‘hai ene jes ode eZ es Ezitore Arte & Ciéncia ua Teze de Mi, 71 ~ Bela Vita ‘So Pau ~ SP - CEP 04327000 ‘eta (01) S231-$858- (011) 3257-5871 Internet pwn artciencia.com.br indice Introdugio - Por que vocé estd lendo este livro?. 1.0 Leger ds Leitura Lecé Boat — Vales neon — Let NG S80 Lis de ates Obs. 1, A Foemago fecal O Pood ernie a ‘Quem Sabe 0 Qué?. ee Coda, Filo ea Navy Sept IIL Bsceves pra Escrever A Técnica Peso. = | CA Oiled Kacey A Conmigo QUE Ip enn Introdugao Por que vocé esta lendo este livro? ‘Comecemos plas concuses: = ara escrever bem € preciso no querer ecrever bem ~ para pesar muito preciso ndo querer oalent gic: paler tudo 6 preiso no querer tudo, Se voct quer escrever, pensar e ler bem provaelente proc rocecarse de todos osconselhose eras possivs: sa cones aga tum curso de letra dima, lea os clissieos, cic os caves, eve periodos longos, recora aos paralelsmos, ja cla, ej ciatvo, we 0 Into direito do cerebro, sea cbeivo, kia too, pte cada pagrao uma ia 6, tlie evermplos, escolha um ul surprendene fa um Fevantamento de ids, ia mito, questione two, formule 0 objetivo ‘ue deve onientar o su texto, no rept alas, vite a esclh de palavaspomposase arias, cite dados exatistices, eniqusaovort- bali, seja seo, lin muito, sejacoerente, ea persnsiv, basque relagdes de causa eefeio eit prise palaees ie generalzabes, Por favs, esquga tudo iso. Esqusa, pelo menos po enquant, todos esses mandamenos sobre o que "E recomendive” eo que “no conv, sobre o que é “etl €0 que no €. Tad isso € mais ou menos verdaeiro, ma vock no abr ext vo para aprender aeserever beam, ler tnd oy pensar como um gio. [A cnien cosa qu vot ques st consig tad o seu desejo 20 5 he er, Fanta e faeenet 2 bir mv inital LER, PENSAR EESCREVER) 6erescer hum: ts eulualmente Ms, pata conseguir um ov dezeas de livos Sobre métedos de lit, doutinas losis ov wenicas de redapso€ Fhulto pouco eda uma vida escolar e todo um euro univrsiitio are ‘com ves insite, aetigircrtas de amar ou comers, conto, rica, la- scion cri, romances, meonagaf, sertasbes,repomagens. Pe tras, pinas eum di ou mesmo um simples bilete preciso anes (emis nada tr uma cosa muito pessoal adie E iss que nenhumn Tro do mundo pode spr: a personalidad de quem pnsa est ¥6.A sua personalidad stl peccupag exclusiva de motivé-o ov mvivéla pensar por conta prépi, a er um pouco melhor , como fo, como ‘ecoréacia natural, com sbprodut,eserevercom preciso eespont dade ‘Como vost poe dei, do proponto aqui nenbuma its micas, qe no mas as ves acabam superindo os mesmssimos l- rés-comans, Bastard relembramos a passage de um liv que 805 hana a atengloe fol devidanentedestacada ou recor aun ds ‘ana dis eimpreses qe estaro no nosso arquivo, espe de um desenvolvimento. (istoriador Pal Johan 6 repetia em muitasenrevistas que ‘quem gosta de escreve, ob precisa escrever, ou vive do qu exeve, deve estar rept, massa, tansbordante de dis. dai a importn- cide se faze, derasiads, mas sees e tents liu. presso [er -coninuo anmitndo ose peasamento ~ para dir informagso «para mantr em dia a habildade com a alas. Toes os escrtores ‘Gm os seu stimulants. Os dee iia, ram a Biblia, Bacon, Milton, Hobbes, Swit e Haat. Livros gram outros Hivos. CCvisamene (mas no fund faz muito seno),eist a ngua ingles un express sues, closed book, qu significa “om assuno do qulalguém no sabe nada, Por exemplo: "Genética € um closed “ Gebne tei ‘book € um io Fechao, é um campo desconheido para mim Aras dex metonini, em que meaciono a enus (8 Sota) no lugar do eft (a ignornca), vse valor ental do vo na wosaforagio, (0 pepo forde Bacon antes menclonad eau ete uidaoso sisemiico. Ao mores, deinov alguns manuserios com ese tule: “tds repetinas que ecrevi, afin elias opotunaent. No chou sei erado imaginar ue foram inspires asedaseate ura etre outa Noetanto, coahego ou tipo de bom tr que dspensa todo css exforgo de lor server Carumente por ser dono de uma mens ‘mais via, ou mais bem treinada, ele consegue reer da sans letras © «que The interes, echega a saber de cor techosinteios de litera, como estitor Gerardo Mello Mouro, qu vi uma vez recta vios tercets da Divina Camelia, eer talano. O vuledio interior "es 12 ara compresnder melhor um liv eno uma sugesto muito simples ler duas ves. Pode parecer quae wma injriarecomendar 8 alguém que“ ‘seu comadoepreciosotermpo elendo um vo (ou bon techs del), ‘mas retro que mio hi outro camiaho, cto se quia realmente ler em rofundidade Gaimares Rosa flava dos"analabts para asenelinbas", que, seresceni, geralmenteandam i cata de facilidades, de esos, de te ices milagrosas, de uquesinfalives, No racamente io depos da letra dinimica, ato pelo qual esperam devrare ainda por cna ea- ‘ender num pis de olhos um iro de zens, ezentas pina. A eitra deve sr lente sossegada.E, mesmo assim, 60 lio vale a peng, soma segunda letra teremos capadosulezas menst- ‘ens fndanentais qe, no pimeiro costa, nem nos pasar pela ca bea Na verdad cada vo que eacontamas 6 ma posse nov ami 2ade, una amizade entre dois sees ar (econ ereveldo ns piginasquecompl) eo liter. Otarvascalharo tivo, simulanes- mente liv enrar na consciécia, no corto do let Letore ator Tir unos, corr abragads,compreenderdo melhor o compen sivel enigma do mundo, fark admirados com o sempre impevsivel serum, Precisamos, portato de empo, dealin e de pcitnci para dei- 6 ares amnizae nascer, crescer eis, para deixar-oos mpegs pelo {uc cada lia nos di, os seus segredose mistrios. Clarice Lispector fava da ler deter um io “para se ear em ele, comendo-, do indo.” ssa convvéacia com oi levaos- ler um poema em vor tha ssboresra mises verbal de um Goncalves Dias, interpreta 0 perionagem de uma pea de taro ea a reescrevere complement Uma histria com a nasa pp imagiago. ‘Quer enftizar que no €sufcieteler por ler. Ler para dizerque Le Hi pessoas que em bastante, mas iss estacionam como tm ‘mb psoas que lmogam ejantam multobem eno fm um organs ‘mo spo para simi o liment,Refio-meAquelepossve amigo n05- 0 que, ima conversa sobre qualquer asst, lembra: Ah Wem eas tem um vo que fla sobre isso", ov: “Outro dium ro que raava ese tema”, ¢ pot ia. ‘Além de procurarosarmazznar iis e sentiments, mos pra teas, fommuar aera, ou para endss-os,ncindo-or como pros no quadro das nosasexprincas feta e das nosasopni= {es pessosis. Eo principal mado de conse estes dois bjetivs &in- terompe leur vias wees par pensar, querer sent Ais, podemosdefniraleiraprovetsa como Ieitura qe ju tament favorece 0 pensar, o querer eo sent que stimula, qu inspira, ‘ue provora a imeligéaca a vontade ea sensbidade.O letor qué ‘omempenho total des mesmo ocalzard os trechos nucleaes do vo, to uss retomar em ours das, rs, quatro oasis vida inte, fi de compreendé-os a fondo, pentrando-hes essenca, [No inicio do ees toda pega Henrique V de Shakespeare, 0 cor iie-s os espectadrese motivaos a taba, agi 1 Iman ea odo (rei bom apc no pos de Homo ‘Banqun com of [). 1.1 0k penton agora (Qe araram na pri 1 ‘Prono as meter 8 papa dr navies 1 lar, Remar « en Spoon que 6 embiador slo Frog "compete si cea cow a us mentee -0.que todo anista parece esperar de nbs ~ paricipardo, companbersmo, trabalho: work work your thugs. Est agitso interior contrast harmonicamente com apa exter- 1, com o estar senadoe ter um liv as moe. Contrast necestrio, ‘nico mad de ar uma ctance a eropao ese WulSoineir qo ants eae sepllamos nas comers do dia. ‘Sem diva slums 0 entant, ers também ura kita ame- 1a feta para descansar mera eextemamente, para deixar tempo cor. ‘er, ou mesmo com a intengo deta de fazer esqucer odo e qualqut problema, dsrairse. Neste caso, uns boa histériaem qusdriahos, un romance poll bem conecbido, ums cbnicas dveidas do conta do ‘ecado.Dese tip de etura nfo hi muito mas o que ze Sendo ra ‘mene salar, basta aproweit- i. Recerendo de novo &metéfor a ali menage Ita aqueesorvete, guce doco qe, sem exces. sos, dogs erefesca a vida, Cont, sm cir em extremismos, eos &deinvestr nas ee ies ores. E saber assis, ‘Tudo comea no préprio modo de segura um io. Afnal tata- se de uma nova amizae, quem sabe ete. O modo como aperiamos firemen a mio de alg jé nfo demonstra simpatia inci, a dis otgio de eabelecer boas relages? Pos mesmo atone com op ‘mero “cumprimento” que fzems a um live. A leurs d tito, do ‘ome do sto, dotextoda otha (Se houver) uma liad no nice, agro esolhido ao 2caso.nfi, toda essa aproximaglo 6 rie {ro paso de um provavelmene longo e proves elsconsment. Em flan de amisaes oppo vos ids podem sux eisnosexpresamenteanfres obras com qu serd mito possivel que 10s identiquemos. Eien Gilson esta Dante, Dante apresent-nos Virgo: Jorge Las Borges ala de Chesterton, Chesterton gee Chase; ‘Marilo Mendes cita Pascal, Pasa alae a Sderaes, ques e pode co abu teint ince através de Plato. nesss mips indeaesvamas forman- oo nao cielo de amigos atmos - poeta, damaturos, lésfes, picdlogos et Neste enti, valeainda uma observa, Taverns nossas bus as, deparemos com ur Hiro diel que, © io for por inapido do autor (ou por incompeiéacia do traduor, em caso deliv etrangs), seri dif exatamente por ser supeic a ns. Eno Miss naa de sau. Se comero ale no consio termina un live como Presencas reais, de George Steiner, ov Educa sentimental. dein Matis, 0 ‘mdximo que pode aconeceré eu reconheceronestameate qu sinda no tenho caife para entend-s de tod, ‘Tal descobeta representa em si mesma, um valiogo paso de sabedori. No foi ua entativa inti. Nao entender também pode se tuma boa lief. O que, sim, ajuda €procrar ages autores que 80 apenas um poucosupeices ans, de modo qe progridamos sem pro- ‘lemas, Sj altura de romances, ea rade aforismos ovens. ‘Aoraapreocupaso de erobrasadequadas nossa stag exs- tencal (tri, psicolica, cultura) e deer bem concentando-e, para aprender ou par se distri, sempre com praze (ou plo menos com 0 prazer de quem cumgre um deve) ~ afora essa preocupago, deveras esqucero reso. Refio-me especialmente Aue dogma, por ninguém definido mas por muitos obserado de qu temos deer um ive de cada ‘ez, decaboa abo, nue, jamais plano piginas,e muito mens es- ‘indo da tua. Cone inimerossepuidores dessa que, ntsissm- dos mariheiros de primera viagem,embarcaram num Os Buddebrook, de Thomas Mann, ca num A cidadela de Suin-Exupéy, cingdenta gins depos estavam encalhados pra seme, sm imo de rem ffenee sem coragem de abandonar ono ‘Oa, er um iv no & casarse (Como casas no 6 como ler tm tivo.) Ning prcia Ivar uma itr oi. mbor ede tm listen, ou até por so mesmo, una ver que oF cisco no so ‘mero joa mais vale ler entender duas Linas de D. Quite ae (e 2s ves etm entender) todas as noticias de um azo sabre politica ob ‘economia, Tabém se pode polar as gins do liv que fr, quan se fee, fentr « fuente ‘use, er primo o ial do romance enim: Hberdade! Do mesmo modo, ninguém precisa fia compromissado com um nico fo, Pode-s ler smultaeamente dos rss, com objetivos eres, em diferentes momentos do dle uma biografia no nibs, pela mink, prosseguir um pouco mas num Kir de ilesofanageles 15 mints ps oalmogo, rtraando um romance noite, a ins de vera TV. (Dign-se de pasagem, a maida dos programas da TV indu- eos muito masa adequr-os a esterestpos do qu a pensarnos 3s coisas). sent, esa a pt em oa nos iteroidade. Um io que lere- mos nasal de espera do dents, na estago do mate, ob mesmo no taco. Liv qu emprestaremes pa alg, iro qv promovere- mos como pdemos, tivo que fd prt da oss pessoal biogas, O ‘essencial€encontreincorporta, ogi, io encono ar ag wm nove dogma algo quer erum stv de cadaver passoa paso, ina a a, Helen, ainda qe ovo se mosteestafntouinconveniente, posers fx-loem a. Ms tenbamos claro, muito cao, que oliva estéa nosso serio, 8 servigo da ota suo-edueagto, ‘Leré mate, comotoda aa, requer do se asta uma sib Aexititdade, a capacidade de uiizar os mneos de cord com finalide de primordia ser aleangada. No caso, leo para erescet Diane de um lio ques toma cbstéulo da aprendizagem, qu, na meta 6 i, ‘decepiona por qualquer motivo, ou que se torna conraproducenteepe- judicial, devotomaradecsio mais teradslargS-lo. Pode retomslo ‘no ftir, quem sabe? No moment, porém, esta agindo em eonco- linia com os ins que tenho em visi. ‘Tudo iso no exci oesforgo, até mesmo heric, de concur uma tur exigent, para no diver esaradvel, mas que eno consci- ‘toca de ser basilar ara a minha formago. Ao contro dem obstculo paralisante, cts lvos so um desafonecessro pa contnidade nosso desenvolvimento como ltrs com gene que pent, dss io do qual agi sca realmente etocedr Paafiar num Unio exem- lo, uma pessoa que qur naliar com raicalidae o ser humane en- ‘quanto“animal olteo” deer, cefo ou ade, lera maisconberdaobea de Thomas More: Utopia, Em suma, pens que deveros sbordre, smn neshum tauma, ‘estar mates lives, e0 mesmo tempo waver sempre pro de és um lo (ou mis de um) que de fo nos motive a pasar, a imagine, a » n Ler ou ndo ser eee swe Ao suo" setae clam ne ‘a dour cyte cots ano sind iin ct cs tras ceca ea pte tempt ror ve ed on ete emo alo ge dno cee Nabil pid ao Gans Ron ncn em exe eDoin Davee) este lpn Ft tie Br Stages om ve teow bale” Etudes" set ture os ned plat” Or (Goreme Grn dvdr me ep comesn sna ‘déia, fccionalizada,retraduzida, reformulada: “Me wee mais inpratie ono do mad, eon leo eng sso mms Chto ee mld Aa etean enemio* Cargo sda eden secre oa i ose lager pore pias impor eccrine eed aus ‘Svaltoecersfoipmanamen undo pnp ‘prio texto, nein xt no ingen Lede genio sa cn ns testo for oe ae trey wee it So gl er co yet tunes tite quanto es sneomors on ods 2 60 consegucd se methorro seu pépio "eu", que & a font duo mesmo que escreve edi. ‘A falta de letra, em contapartia, contribu para uma epé- ie de primarismo mental eemocional que, no hi dvi, pode ser— ‘emutasvezes~prevnidoesuperado pela expericia de uma vida replta de boas amizaes, de dslogos interessante, de vvenias pro- fondas. Hi pessoas que se conduzem com sabedorae equi, ¢ (que chegama um estigio de amadurecimentoexistencal por vss que ‘io inclem necessriamente 0 conato (pelo menos diet) com bons Porém, no esquegamos que a leitura & um dilogoprofundo © wma intensaesperidncia devia, na medida em qu pe olor not ir de“ealidades”, de “ambieses, de ids” ede “pessoa ~ i os ou rectidos pelo cronista ou pelo memoria, enim, peo autor ue esta sendo lid, (Quem, cnr outros vos, lew A revolugdo des bcko, de George ‘Orwel, oars ter safdo um pooco diferente (para melo) dst leita. (© modo de George Orwell carr vida ata decsvamente sobre 0 ‘modo de ose Ietor vero mundo Acxplcagio para esta ifutaia i decisive & que no conbece- ‘mos as coias qu nos rodiam de uma forma simplemente epidérmice Conhecemos porasiilagdo, assimilamoso qu os Genrepe ao har, 01a, a5 ouvdos, eo trnamos nosso pel sbtrago, que ese poder inato de apa essacia das realidad: Etimologicamente, “asimile significa qu ev me toro se- ‘methane sil Aguile com que rao conhecimento, NEo toa que 1a linguagem corrente sedi: "Eu me idemiiquei com esta pessoa, ‘com este romance, com esta pinta. Sim, ocorre ums fuso espn tual entre aguilo que conhecemos (as imagens, o& sentmestos, os concetes..)€ nds mesmos. E, nest unde, modifieamo-nos un pod co, somos de certa manera alterads ~ sem perdermos a nossa idet ade pessval,¢Gbvio. Entre mim eo live ds oma comunhio, em fang da qual feo impregnado da “ams dio, qu, por suave, 3 reetbeu do "eu" o autor ‘Outro exemple: quem é poesia alex aprend muito no sen a tats te rave io de acumelrinformagées “sia, coisa que se ob com &xito survés ds eompéndis de histria ou das revista de economia. Mas 2 verdad que, grogas posi, olor acende a uma nova compreensio arealidade, avez fl be rpesaemboracenamente eniquceder, Iumanizant. Letamos este poema de Alia Prado: eres uo Me mri iter psp rome ‘vn gage hora de ite me vo, ‘hl a xamar abi are ego lo ba 3.0 gee sca ern, devez quand or ooo ehran lef come “te fi diel” rte a dando rb” face gn com ama Oslin de gon a int prc ve raves cova como profi. Por fn 0 poses nrc ois pads eae Lerereler este poem € penetra no mitre do amor conjugal € dquicr um nov enfoque dei realidad, produidoe difendi pela ‘motsiavertl de uma mohersensivel. Pr iss, posso também dizer ‘quea poesia de fato enna muito, até mais ecazmemte quan no se presenta como dda, profesor 16s ein ohomem como um ser qe sce pra resolver po- temas. Eo primeiro problema que preismos resolver & justamente «ste: Quai so os nosss problemas eis? Em que vale a pena pe sar? O que € peso aprender? ™ oa demos obteralgumasrespostas consliandoos grandes pensa- ores feconsta través da etre da un obras. “Conversanda” com ‘Séerates,paicipando dos seus logos, aravessndo os séouos para ‘ouvi-o; conversando com Homer, Cicero, 8. Agostinho, Dante, ‘Shakespeare, Cervantes ¢ com anos otros em excl o&noss08 com: temporines), conseguir’ adi esa sbedori:sabero que realmente recess sabe. endo meu amigo Confcio apendo que “sem coseceraforga ‘as palaras¢impossve conhecer 0s homens” e dle ooo igualmente ssa recomendagio a0 mperador da China: "Mada as alae mudacds impo”. Ou. em ours palavas. €crcialpreocupanse com opr bema da linguagem.E quem se refer inguagem referee também 20 amor, a Deus, & veda, & moral, 2 sfrimeno & morte, & beer, 3 istgate. Problems ests que to se resolver faciimente; problemas que nds ali, pecsamos anes de tudo dimeasionare eqncioat na sta devia ranscendncia ~es6 este econecimento, ode como ets pro- ‘blemase qustes so vit, jem sum bom ini, un sina dead ticoamadirecimente, ‘Allan Bloom, no seu O dclinoda cute ocidena queixa se fla de pofunddodee skit ineetal dos ritos joven univer- Sitros que conheceu. A ttulo de exemple, coma que, erguntande 20s ‘alunos 0 que € oma obive cea vera espostauniaineeimediatisa: "Hilt". Com eft, Hitler lo pasa de uma refertacia iste, éaqui apenas uma imagem ou uma meisor das crueKades do séulo XX, no ‘uma defini e, mito menos, uma explicagorannivel, or mais mo- esta que esta poe se, Lend George Orwell Ada Pra, Conficio, Allan Bloon, tans formo-me de algum modo, em deixar deserex messo,em pessoas que, portalento, vocag esr vram muito eexrimram com felicia que vim, ‘A pati de um dado momento, aravs da lita, pass aexeret crt poltica de Orwell aeepeimentara pungent nico de Adin, ‘8 paticipar da sabedoria de Confcoe acompartihar da evel intclee- {ual de Allan Bloom. Sendo eu mesmo sou mais que sou. Na elds: Ey 4, tomo-me melhor do que so, sendo mas ev mes, ist ,sendo smaishumano. ‘Sei que, em geal, crica-se a ala de letra pelos seus prejuens Iimeditarentevisives pla incapcidade dee iar as formas ortogr- ‘cas das palvas, porque nunca so ids -escreve-sento“adevogado™ “excessto" "emenino”ouescasss"~pelaincueéncagramaticl (que revel uma incoeréacia His), como nas frases tania vets ovidas: “Veo os homer”, "Isso € para mim fazer, "Woe quer queen fa" ‘outa do nero; pelo desconhecimeato daa literatura ede dado - tunis biscas; por um veeabulto pobre, que limita e atrofao puto prasament; ou até mesmo pla difiuldade de determinar a dose conta ‘de um emo infantil usando uma abel de peso e altar da crag Semtomara letra 11 mandameato dae de Deus. quero rs sala, contado, 0 que de mais prejudicial pode scontcer com agen ‘ue ndotem hibit dele: asua pobreza casa insegurangaexitencas, ‘Cetalivariacaraterizou muito bem esa defcénca através do slogan Leroi se Octor aside deticado vai omando posse da heranga humana ‘qu se tansmitearavés do liv. Quen mito Iai eanindo ems mae lembragaseconhecimenios do qe se tivess mil ans de ide. Vise tniverslizando no tempo também no espao. Todo o anima que vern 0 indo €o pine ico animal, a mela em que raz gravad nose instino tudo o que pode Sr. O omen no, Cada nova pessoa sorpino mando precisa volte paraa adie, paras Ses anepasa- os, precisa recupear paras mesma tad © que de bom, vrdadeio © boos srs humanosfconqustaram. Aristteles, port-vor de tantos otros "“arquvos de humanidade” iia: “ers feliz se iveres muitos amigos". Os lives so “cas” de pesoas amigas que precisams ler paacescer em humanidade. A nova sabedora fest em nme vos antigos, em muitos livres novos reenconames a antiga sabedvs, renovads Por sso parece me pouqussime convincente a desculp de que ‘oh tempo para le. Na realidad lr €maiplicara propria dade, ‘ankar emo, & expands para todos 0s tempos, € ser mais. Quine rns dis de uma ba ltr, pelo mes no comeso, so suficen- tess (es para imped marasmas intlectuase para bombardes a descenga nos valores da vida qe, no fund, radia na ignoricia desses mesos valores. Sempre her tempo para, eeu quite lr. Obvamente, em vista das inontivessolictagbes do cotdiane,o emo pessel para a Ictura trou seu, portant, anda mais valioso. Mas fei de 2, evando em consdergto os arguments que apreseateacima, como lucrative “arancar” tempo do nosso horco pa oe dedicames ler ‘que realmente conta para. oss auo-edoago, para nos a0- sapefegoamenta, “Temos dint de ns essa aprentecontradilo: se poco mas publicam-s oj, porano, milaresemihaes dele novos em todo 0 ‘and, sr falar ae rnd, Unsexpling 6g, pct da dm igo doanafbetism,numericamentehimaisndoetores do que anes. Por outro lado, proporcionalment,aumeatou a uanidade de tore, snd que mits dees nfo seam os devoradores de res com que 35 ‘editors vais sonham. Aumentu igualmente 0 nimero de pessoas ue publicam seus textos, anda que sejam poucas em elo 20 oa de pessoas que esrevem.E, de quebra, hoje em da € mas weneamente ive e mas barao eda ives do qu no psisdo, ‘Como se condur dante desta caxurrada de tls eda nose jé conhecidae lametada alta de tempo? Realizar uma intel gene selegSo ‘A inka primeira sugestio, neste sentido, € nos impresionae com a Tsta dos “mas venddos,divolgada pela imprens, muitasveescom- Promesida com as modasdeseartiveis ou com interesses merament o- ‘No faz muito tempo, um dos vos mis “dr” ea oengenhoso (Otho magico, qu no ina uma eta seque, mas no qa se podiam ver, recomend a uma gntstica ica belosdeserhosiimensionaseson- ids em imagens produzidas por computador. foraesses casos inaen- sive, prém, vais das obras mais cultudas so exvemmente sper ins dfundem pseuo-itias em filosfa, cai, hist, eligi € ‘moral ou si mance earegados de violencia rts, lis, neste ‘kim posto,o poeta Rilke era mpacsvel apontara como mau peois- Sonat os esrtores que “escevem come mucha 0 messmo co” 2” ny 199, pra citar um exemplo dristco,surgiv no topo da ela- ode Hivos mas venidos no cade lierio ba The New York Times lum manual de sue. O autor, soe anes, tina vendo 140 mil ‘exemplares de ono lvo seu, Delzesme more ates que eu acon, ‘ovavelmente empolgado plo sucesso, dei estevero manual qe easina a prem pica o que ele chims,eufemisicarente,"ate-liber tag". hsvado com ums tabela de dosagem lea de diversas dogs, ‘oferee instr pias sobre asfixa om um sacoplsico, morte ‘eb fomee ata vias. Um timo guia, ni 6 para dents termi ais desesperados, mas também, Nios sae em qe medi tio prec ita dos ve ios peg expences mls pcan as porte page ms peli De ular ma, mes Mag el deme pi Scere edtes, potent emais een coma ‘shld qe dls espe, Em eto rma: deve lec 2 etre ej vr nts juga pelo menoso eg da cm a Independent dis — a et sinned espe fares pooree drs dol ase en de pros Se pr irese lee rico sm alter uae af de crt cala reese ea pps ances Atte qe eerie tba, piso: ao na ot cena een caf gs insted en ems mts, mont vo ou oh eins ou eta oss pans deum justo espa nos mis eda pesos een Logo quem que ero mets io pei prc coma co, esq eon pes conn obec poles de set, er cam oboe ar. Ni oder engl o Pineau he saa pela ete porate gues scape, Porno qh str Ne oo que de yee Remo ere Mas ent nd cx ms ease painpado emo a exe ase pescado, Se nos guinmos por ese ema: “Querolerios que me faam ie poderemos desrtardeétimas letras, deur a riquzaexstencilimpagivel , a par dso, a deseavoltra com sins {rumeniosgramaticais eo demiio de vocablrio para escrever¢con- ‘vera com hamoaia, coerncae clare, ‘Usando um neologisme de Guimares Rosa, itor esponsivel ‘espera encontrar no vos "veri", o verbo verdadero, a pala tunica qe Ihe transits a heanga da experiaea vital de homens © rmuleres que buscarame buscamos valores critrios umanizantes a stra, no pensament, ep af a. ‘Sei ques trata de um tema delieado, mas ofto 6 qv do poveas vezes perdemos © nosso precio tempo com ios fracote confuse ue, conseqientmente, nos enfaqucem como leitores¢ nos confun: dem come sees manos. Porque a Itura realmente infvenca, Nio jam smplsis: exit nflotacas clus que nos diminvem Lembro-me do ecémflecid esritor nil M. Cioran inconig ‘ve pessimist, qu escola pra as suas obras tflos como: Nos umes do deespero, A tenacto de existe Da inconvendncia deter nascid. EE, de vez em quando, como era de prever, agua pessoa Ie esrevia WererIneger, Pudi. Mains FontestEdtora Universidade de Brasfia ‘Oba fondamenta para quem goer coneces forma do omem ‘rege refer sobre acuta ident = Jacob Burkhardt. A eure do Renascimentona lia Ci. das Lees. rudicio acessivel| = ELH. Gombrich. 4 hitria da are, uanbar, Para quem gosta de pesat a ane ~ Hugo Fic, Esra da lirica madera, Livatia Duss Ciades. 1% I | | Gabel Revi Basico para compretnde os meanos da poesia moder ~ Miso Cunis Gian. Hsia da amiguidade oriental, Histria do Grci, Histriade Roma, Hiri do mpérioBizanino, Hsia das Reino Bérbaros Fl, Hira do Mundo Feudal, Hibria do Mundo Arabe,Hitria da Aca. Vows ‘Uma introdugio madesta mas abrangenteeciterosa da hisria niveral ~ JexBme Careopno. Roma no apogeu do Inpro, Ca. as Letras ‘A Nova large da Amida, com a suas Blezs emis. ( climax da erstandade medicral eo ini da soa decadtncia, rum mito de grandezae de agi. ~ Régine Pernoud, Made Média:o que ndonosensinaram. ‘Um show de ensatez. ~ Joo Bereardino Gonzaga A ingusido em seu mundo. Marques ‘Saraiva, Observa do ponto de vists-juriico o fendmeno que mais escandalians ta hist = J. Huiingn. 0 decini da dade Média eb. ‘Obra ica sobre ete proto histric, ~ Paul Johasoe. Tenpos moderos. nstio Libera ‘Anise da realidad que vtemas en percebemos.Iniado pra os que se sentem aliendos. ~ Dominique La Pere. Muito além do amor. Salamanda ‘Umetinicoa dogo desie uma reponagem sobre odescobimeno do virus da Aids ~ Sérgio Buarque de Holands, Rates do Bail José Olynpo. Para conhecero pals em que vivemos. ~ Joseph Hoffer. Dourina social da Ir, Loyola. ‘Um lio de referéncia com at slugdespropotas pla Igeja ati para. problemas seal da mania ~ Thomas More. Vip. Livro para quem sabe qu sahara pag imposto ~ Raymond Aron. O dpia dos inelectuas. @ Apesar da queda do "ato", continaasendo uma leituraopotona ara pensar mario com intcligencia, ~ Hent-lténée Marto, Hira da Educago no Amide, EPU. Se para aprender, qu aprendamas com um mest ~ Maria Montessori. ring, Men absorvenee Montesorem faa. Nea, ‘Um mado de educa, ~ Laie Jean Lauand. 0 gue é uma unversidade? Pespetiv, ‘Uma visio filosfca do papel eda isso da univesidade ~ Avfnimo, Meigs sobre os 22 arcanos dolar. Palas. ‘Uma interpret original desconcertane. ~ Cormac Burke. Amor caameno. Quadrant Ensaios sobre sex, os, dvéco, abot, aia, qv defender ertamenteadignidade mais radical osrhumano:acapaidade se comprometer sede seri ~ Michel Schooyans. abort: aspects polices, Margues Saraiva, clarece, emonciae incomes. ~ José Ortega y Gate. rebel das mats, Maris Fontes Referencial isc pa iksofosesoilogoe que etdamoséculo XX, = ELF Schumacher 0 negcio é ser pequeno. Zar Editors ‘Um estilo de pensar e de viver. Livro imperdivel para os Notas (1) Monier J. AdleA are de le Rio de ner, Ait pg $4. (2) Luigi Pateyson. Os problemas da eétca So Fao, Matos Fonts, 1984, pg 155. (0)Cr. Suzi Frank! Sperber. Coase cums. Letras de Guimardes Rosa. ‘io Palo, Duns Cidade, 1976 (4) 14d, Rode Jans, José Olympi, 1980 pigs. 2021 (6) Em Poesia rede. 3, S30 Paulo, Scio, 1991, pig. 252 (6 2 ed, Sio Paul, Best Sel, 1989 w II A fomagéo intelectual © ponto de integragéio 66 (Os osimistas podem evar, os pessimists comegam eman- 0" dissesme algun. Gostaria de poder copia este aforsmo repleto de bom seas m0 alt de ada uma das prximas pginas. Porque a mio pate do cree: ment cultural qu vet (professor ou aluno, tor comtumazoubssex- to) queraadquicrdependeré de que posua esa atin primordial: 0 misma coafianga de poder aprender muito ime dterminasio de familiaicarse coms melhores lita, de pensar com perspcicia¢ gudeza de comersareesreveragadavelmente ‘Umaboa formar intelectual consis em qo? Em conti um sistema de convicyes, um elenco de cenezascomprovadas, un quad de opiniges fndamentadas na eliade, um rgaismo de verdadesge- ins pessoalmente assumidss Em suma, consis em pensar por cota ii. Paradoalmete, para pensar por conta pépria preciso pensat€ ‘epensar 0 que os outros ji pensaam, saber o qu os outs sabem. EO camino mals i para chegar ese conhecimeno prvi € perguntr, ‘etna 20s familiares, a0 meses, oe amigoe 2s livros, Pegunar “Quem pergunta quer saber quem no pergona quer ear, iia Antonio Viera. Quem no pergunta € porque, em rincpo, i deve 2% Sabra teint _ . er, Penee « Gunner ‘égica, de uma grande apa, que ger grandes ignore, e grandes fracas existence, ‘Quem nfo pergunta no qur saber. Nalinguagem popu, éo sabertwd,E quem pensa que sabe tdo,. ada sabe. Por muito ques bam, or muitasverdades verdaeins que conhecamos, nine sabe -mostudo. Nem auilo qu persamos saber sufciente porque areal. de ¢pliftica, mnysided,supreendente, dina, completa, Sem- _|-—_simouvimosalgoémchamando cur de ivoran” por exe tr fio ne reser erates até eto continents descoeesdo | lode ena. Eqn os brags fem qua cabs conti. Eo no Perguntar € um sna de oimismo. Ea esperanga de ouvir respos- i saber desemboca em ages equivocadas. ‘as ces. Sea pergutr algun qe sib epondt, com quantos Comers pensar quem comeraa pegunta E pergntar dtabe ‘nos mora George Washington, sabe que com 67 ans. Se en er. |—_—_‘tha. Supe aie para rela, cpr arotas pesos Sop estar {ina aum bom atom, emque data fol descoberoo planeta Urano, |_—_atento infidel reposts. Nem tad a resposa€verdaein, em a ae que pono denteogagsstemela ea um anzol “ nvinos, em busca dog realment sasha nossa ontade de sae Poece simboiar este asso de gar uma verde peje, ‘Sefomos psn, acabaremos descobindo porque nS sce: Cros Drummond de Anda, um ago est par oral tm simples inst, donde vnos, que verdae 4 Brslem 20 de ago de 1973, eu pogenn atl ep ‘Una atitude cia, prém, uma detonfana sistem, uma sont qu émpersegudoohomem staves dor bus, Seleron alg sig fechada com los espowtsinvibilzam ocrescinentn- as, como se epcivor sues: felecal Quem ni aeredita que have reiposa, por ue contin ‘Seca: Por qu rato ninguém confess sus prprios vicios? _zzndo perguntas? O pessimism daintligénca nosed um suction co ‘cer or ue eer sw» ong ra per ‘S30 Bernardo: Que te aproveitam as coisas que escrevest lee eee ‘peta Mano Quintana ii, em tom sro mss brea, Hi mesmo! ‘que algumas pessoas entram na igreja para mio rezar. Na mesma linha de ‘Machado de Assis: Por que no nasci eu um simples vaga- ‘acoeinio, podemos dizer que algumas pessoas enram na escola para lune? esta, venta noma empresa pra nota, ngessam ‘Cougs: De onde vimos, quem somos, par onde vamos? 10 sevigopiblco para no servi o piblo, ou estudam oof para Rilke: inal secu gritasse, quem entre s coors dos anjos ‘io fac lofi om sto animals racinai no pousam, me escuaria? Pensa € usar a inelgtncia. liga vem ds plea ina eee inure ge) et Ga), ent go Dent de ‘ecuprrse dua pris no €ecomendvel que repuse masque , serdar mocrasdseore Pur pore rian eee tte ‘A realidad £0 que eta, a nossa fete Ma realidad dora turlmene, ir dens mesmo, esas reahdade ficar de cosas, como lembava Chesterton, e€ pei reaiar um ceo Esrtomum aparece ve: “Se vet et tran & pore ee st ma informed. Ofte andaimo tina aa. Seno seta: ‘A acomodsjomentl gra acomodo;i cxsecil, que por sua inguetades inlets, criosdae, se estamos conformados eno vez provera acomodsro gratia voabular agumenttva cra feos dvs aresaer eno sms nas dua tania pat Quem csreve sm cotéodo porque oo en Um texto coniso © “ Ww. ew foi ecto por uma pessoa cofusa, Un testo superficial fi escrito por uma pessoa speci. Levante 2 mo quem se cosiera superficial! Ba ‘leant. Osear Wie sfimava que reconhecers superical é ser 1m ouco mais pofundo. “Viva primi e pense depois, firma o antigo ado, Podemos plagi-to:pimeiro vr, pense, depois steve. Escrever 6 reunic pal as, orgaizr iis. $6 uma personalidade ore e uma itligtecia tua podem ecrever com vigor, ni sob a poata da canta, cum tla ‘do compuiador, a din, o mundo, stages, 8 imagens, vids. server reunia vida nas plana, Esreverosaqulo qu on- segumos pensar avs da expriécia pessoal, O esqum tem pelo menos seis plas frente para designaro glo, Um pintor sabe dif tenciar«namvar vires ave, rine verelhoe. Quem eaahece mast 2 teaidae quite mais paws para india ientficar os seus mat 2s, asia compleridade. Pensr no € era arealdade, ¢ Ia por dentro (Ler um la, por outro ldo, ¢ pensar aeaidage.) E pensar leva expresso, a med «da.em que oesforg de ver a eliade nos obrga a defn para ns tess usando a ness prpria pals consundo defnigbes, a ses rails. Expontancamente jo fizemos. Mas ndo basta pensar ‘spoolaeamerte,comedamente,atomaticamente ara pensar mais e melhor € peso querer. Infinite ves, todavia deizamo-ns afogar em pensaments ro- tineicos, em pecudo-stbres, em frases eas, em lugares-comuns que ‘do tém fundamento na realidae e, mais tare, traduzem-se ma nossa ‘pri peplxiade dint afta de papelem branco. "A experanga 6a iim que more”, diz-se. Mas ea esperanga sore enti no era experang.Aexperanga no more, aesperanga 60 que nos faz vives, € a etea de que tudo no fim dard certo, mesmo com Tempo é dina” Noentat, ghar muito dnb €perdade tempo, pois ose aroveiiam at melhores coisas da vida, que nio cus ‘am dinero mas tomar tempo: as amizadesprofundas,acontemplagto da aturezaos momentos de silencio refierv. 2 "As aparncasengaram’. Mas, eon, ome nd que nos ‘nganamos 20 ver as parécias, somos ns que alex no preipitames «no vemos todas a5 apartacis. AS apréacias no engatam, porque o ‘qe aparece 60 que vemos, © oque vemos Go que ns leva As verdes, "Pens, logo exist". Mase 6 pensoporge anes exist! "A verde €relaiva™. Mas esa rae seria também mit rela va, come toda a verdade, ea verdadefoste realmente relia to 68 frase "a verdad €reaiva” € uma grande verdaderelativa. Lagos o- ‘mos atta itinasconseqincias, erste m vetades absolut. (Cabe-os esa tart: estrangularhgares-comurs. sss lugares: comuns que ortam os nosos textos insssos, a5 nossasconversase pen. samentosiconsitentes, vais, sem substincia. Cabe-nosdseovironde tstéoconecimente Eo conhecimento esd muito pero dens: et incorporado as lavas. Mas no €necessrio conhecer ods as alas do mundo. 0 !rofandsmento numa sé plata peruntaro qu ela sgiis, pode sex ‘mss eriquecedor do qu oui mil alas eum telejoral, do que kr mil livros sotegament, do que esc il informapes no compu- oe. ‘Maitas psoas se sentem cupadas por no saberem o bastante “Tem vergna de confessr a sua ignorncia sobre aIntemet, sobre a Boles de valores 0 sobre a situago no Oriente Mio. A ignorncia se manifesta, vem onervosismo, e com sono conseuem express nem shsorver mais ada. Cercados de informaptes coafusas,entrecrzads, labiraicss, seevimo-ns znzos, paramos de pensar. Para vemos que mais vers se pass dento da nossa caboya, basta ligar a TV easisir a esa sizes. fo catica de imagens, de temas fantsticos ee enfogues conrad em propaganda, programas ¢telejomais. Resultado: somos emvlv- dos pela anaizapto de tudo, porque tudo passa tera mesma impote- is, oua mesma “desimportci’, ej uma gut, sj uma pada, ja ‘uma pata de ftebol,sja uma des pola sja um novo apart ‘meno, ej um novo presidente, seja una previsiometereoliea... ‘A maioria ds informagées velozese paris que os meios de coniag azem jorar sobre ns, ss acto absurd de dados que a amazenanos diame, oso pr poo serve Sabemos mins | cots nat saben nts poo "is exes de ifomagtesecartca de fornia Excesto de dado uci de asin, Exesa de nagenrsdmivst >, ais deo msuperie sesso dejo anmster asec fais, de suelenes sno, de ptioses coi, de sobre ‘cis, de saborss vas, eas da pea on ese ds ‘simples nhs de onde balenos um epaiaboos con serge, arnenar no mondomsgco oserhunaoo, Ese sercaene pave, “4 Gobel Park 2, repleto devia (quem sou eu? de onde vn? para qué? sone vou), amino de iis” sce echo da redago toca 0 nero do nosso problems, O texto «sta servigo da meifra “Tome de ideas. Medfora significa leva a palava mais loge, e foo que & autora fe, distnguindo em si mesma ‘uma fome mis profunda, mens sokgicae mais losfica, ‘Conbecer que uma paiva significa su adcalidad tat h- ier recisamosperguntc o que signifiam a pslvras com que dep ‘amos. Petgntar,pergunar uma cem vzes Oultapassodo Kae Mar, uma doe is Asi mesma prguns qu considera capa de er espondidas.E, ft, ‘coda um enconta 3s resposta, 0 conhecimentos, a sabedera a medi dam que ous pergunta Pergunta és, decisvas, Peguns sobre o que sigificam pa lavas-haves d vida € da convivénca: beer, liberdade, amor, vers e hist, vio, Devs, sociedad, rai, jst. No prestamos desespera oe diate do excesto de informages, io urénca de estamos infomnados sobre tudo. & impose, e espa osu das mss oustonentes do eons VSO tx cn peop aga, ponocat an vid. Mes 0 stbos sods bes conseca, abo 9 moda Os rps snes sos manifesto, ntl dalle, de exe seca ants via loan Td comps eu ein pest qe bl de insistent to Ueto gde ere, as ep de ‘elentoem sucess rrr ns come ste LaBrge io aos pa eee! Caractere Opa esos sre- ‘ertambém € scar Chatbrind po e epaia s Meni Uhr 30 aos Tl etrve Goer c po eit. Anal Pe ost eer de eves m edn pia, og Lis Bogs, ‘onverndo com usa Sonn el “To ote bo Pr pen qe pr esp 1001 reverie ‘us: quem queria ila pesos dove tar pi ronan cons pia pega econ una impos gué ogo despotic No digo ques eva aim erin again como odo penis cho Pu Lute Coe ur aria mad 10. thos pr ese ma scan Opercinsn € aio mas {lo tn diego so ann Ag un enpeno iv pam esc So. peci andar ee eo ear paso, rocorndo {pene comorenecneioeTeralgoana qe eaepr una Ciel um omc inspec pa ues tea peal abo es, fest se transforme numa obese infernal. Pa Vary, wm cao tipico, $6 sabia que um poema seu estaa pronto quando o editor 0 levava pare ble ‘Um dos vrios modospriios de venera preguigaesreverum ico. Diariament, sereve-se um padgrafo, uma ina, o plo menos ‘ma pala. Os esritores da Anighidade diziam: mula dies sine linea, ‘eshum ia sem uma ia. O dio tora-se um coaidnte ea sesso os dias um apeoa continua escrevendo sem oa paras. “Treinar, balay, abla, tina Paaescrever & preciso este ‘vet Para crar uma cic pessoal meso pessoa, precisamosempe- shar. nos, dar lr 0 que nbs Somes, daa dis. Escrever om psd. Tendo em vista oesforo que se erge de ‘quem quer adgurr wma nic pssol para esrever,&imprescindivel _apaixonarse pel atalho, mas ands: paixona-se pela vida que tam- mua tart, Escrever vives, als, so traalhos qu converge, ques con: funsern, © melhor lao pro fur écontivarvvendo, equemesere- we vive aisitensamente, prolongs asua vidsemoutrs meses. ampli rao de po das sas experincise perp, Perguntram a Isaac Asimov qu fai se soubesse que morera em 24 horas, Ele espo eu: "Bateria miguina de escrever mais pido" ‘Técnica posto Esfrgoe ideal. Tino ¢ estas. Provavelmente nem eu nemo itor seremosesritoresgeiis. Rubens Figueiredo, 0 ‘mancsabraserecontemporineo, disse cet vez 20 te perguntarem Sobre o sucesso itrto: “Pr melhor que sj esulad do Seu tab Joe por mis qu as pessoas veniam aelogiar com entusasmo o que ‘oct fer, do qualquer rato para fica convencid. Bastar Bblo- ‘cca Nacional, thar para cima, pa 0 lado, para bano. Vee va ver squeasestanes com ihe devo vate maida de quanto vot vale e uma sensago de como vod vai seaba(0 Globe, 2307.19), No entamo, no usta nada desejar¢ ltr para fzer © melo, Sem iluses, do custa nada (¢ cust!) querer serum bom esrtor, ou ‘endo uma simples pesson qu aba transit pra o papel ess caps es da ealifade que todos ns azemes, em maior ou menor gra m Nio preciso ser un Dostoevsky, um Sods, um Shakespeare ra deixar no mundo alum reso eserio de vxades exisenciais, ‘erdades que pertencem ao paimbnio human, slr o amex, 2 mere, 0 ime, 60 edo, destino, ade, a ales, Repitamosa prguna que mencione no como: quemen quero eserever?” Em primeir gar, ens qu ods as psa querem estar com arazioc difendico qu acreditam ser verdadero, Eso erad0? Penso também qu todas as pesous, assim como desjam se fli- 2s, desea faer otras pessoas lies. Paece-me-o mais saudvel nti, por qu ex esrevo? Para quer? Escrevo para todas pss- soas, porque quero dizer Ines verdades fata flies com ese sber. (Queroesreverum texto bom que faa bem. Este um ea, que apaito- a, que sustentao trabalho prlongado, ued esperanea "Mas eu escrevo também para dscobir a5 mishas verdes, 0s ‘meus emas (dil), 5 mishas ambigées, que me psaro par en 1, que me fat sar de mim mesmo, que mefrd pear que Sou. E, sobreudo, qu Serio uma resosa pessoal a esse camado que vem de Jonge ou de pero ~ de dato ede fora de ns. Clie Lisectornotava tem quché “eertres ques ge pcm a cxcrever quando tim um iro todo ma cabega. Eu no. You me segundo. Nfo ino que va di E ‘depois vou descobrindoo que é que cu ques! Escrvo para der verdes, que me ao fiz fri outa pes- soas felis, memo que sejam verdes dolorossilacerats. eno, catvad por esse deseo, pela buscadesse praze dessa or, omare a decstode ser mais dicplinad, de escever para ferjare excbrro meu méte pessoa, med “eu” em forma de texto qe pra [Na mesma entrevista que acabei de ctr, Carice confidenciave “Tive que descobrir meu méido sozinha (J Me ocorriam das © cu sempre dita <>. Sem perster ue, em mim fondo e forma é uma coisa 6 i vem fase eta. Enguan- tou deixaa >,continustaodesspero tod aman ria mis nto reso iat do papel em branco Ea iia? mar nota de tudo que me oon” 8 Escrever comecerse, Conbecerse¢ tanscenderse, Tanscen evs aprorima-se dos ours, comnicarIes vedas, setimenton, ingots, permanecer nos ouros aavés da plava,pepeear enor sadn bio «ipsum io de aban Eee sina ‘rade em rsgar muito papel, em reserever muito, em recomesar iris vee. Sa ambigo de extender a0 otros anos poate: pal va, catravés dessa ponte acompantar os outs na sa slide naa sperana, 6 eta ambigo justine intensifica a concentra, area: ‘ao detase tis tacts, actu sstemicaa consulta os dion do da ramon obser i, 0 ee manos, o desenvolvimento de iis lteates, de imagens, soos, fe Penso que todos os que esrevem poderam segreda:“Esrevo ara amar ser amado”. O qu, dase de passagem, €a defini de Felicidade mis sittica que se conhec, dada por. Aposth: amare ‘amar ~amare ser aad, ‘Mas paaser elie paa faze fl (ais, ads coisas se impli «ame se reclamam) preciso ltr Apaixonadmente A odisséia do rascunho L {Ucn pins doping qo apron peo pias francs, die ats de er amordaado ~ oot, fanezss, lata apna por dabei! Nés, ingles, amor pla one! ~ B-terco opt fraed cata um ta poragia qu nla ‘Quem esreveapaixonadament, cm bse das paras qu am, que trae, que impesionam, qu ansnitem conserva er ade seatmentes, no fondo basa o qu ote pri ftiidade ‘ecotet da vida vivid em intesidas. Porno eros a flcidade lena nds a umamosebaszamos incessntemeneE, esrevendo, at ts para prem palavas esse amor aun qb grande sobre ‘acide imoraldde tanto d quem ereve como de qucmlé oer to: "To, que jaime, ne mouras pa, exclamaa Gabriel Mace: "Noe, a quem amo, v8 jamais more! As Academias de Letras, onde os norte reaem, sium sa bolo dese desejo universal de permanezr pra sempre.“ que me co- move é more” exermava Day Rei numa ites 0 Jornal do Brasil em 10d ciembro de 1988. "Dever set etemo. A imotlidade, oa da Academia, mas de fat, seria ima’ ‘A fm via, ohomem aa pra die a ias paws, 2 sua mais inima emogo, sua declaring amo vid, osu dejo de no more para sempre eu sino ped, respeiabitsimo.O seb testament, Goethe pia mas uz. Ocaceal Newnan repli onome de ” ‘um ds seus grande amigo: “Wiliam”, Balzac chamava peo persona ‘Fem médico qe criaa pos seus romanees. “Nts vvemas, cada dia, desde que nascems,tentando dizer as ‘kimas plays Sioas palaraseseniis. Queremos ier alguma cis, balbuciar! O que € a are, se no 2 necessidade de dizer as dtimas paves? confessava Oto Lara Rezende em O Globo, 26.02.1989 (Queremos der, ecrver as palawas importantes, definidoras © autdefnidors. so, volo a die, i que € Ina pelo amor ~ plo “mor vida, 38 outs ¢ asi mesmo - que aalho. John Kemeth Galbraith em suas Crbicas de um etemo liberal, expo seurétodo de cscrever a sus vsto de mundo, ele qu, como odo o pesado, am ‘bm quer dinar aos homens palaveas ote inesquecves: "A questo da revisho est itimameateunida 2 da inspira. Pode se qu aa esritoresinspiraos para quem o primeioesbog saa perfito. Mas qalqer pessoa que nf eum Milton legtimo deve re Suir que opimeioesbogo seja ums ens rit primitiva A razio € ‘muito simples: exrever € um abaho dif Ralph D. Pane erent da Fortune wo mes tempo, costumava dizer que quem aimasse que escre- ‘eer ei rum ne soto ou im mentrso conga [1 Assim, todos os primis esogos tm flhas profunda decorentes da neces ade de combina a composi com opensament, Cada uma das ver Ses sepuntes€ menos exigete nese Aspeco; portant, pode se mas ‘bem ese. Chega uma hora em qu a revs € sé para que hajo uma rmudanga, quando et to eansado das mesmas palavras que qualquer ‘coisa diferente no parece melhor. Mesmo a, porém, pode ser que ja realmente melon"? (Quem estéhabituado a escrever sabe que sé em cetos dis (cavissims) aordamostocados pela varia de condo, Seatimosentio ‘omaitimidad com ae verdades smicas, uma estan fcildae para pensar e express, Noenlano, so também momentos passages. Eo pergne ier espera de novos momentos como ese. Escreveréum taba manuals 00"se poe amo na mass" rio hd inspiragio que tesolvao problema da nossa prepuiga. O que se (eve fazer irparaa miquina de excever ou praoteclado do comput toro prac papel x cael simplemente todos os dis, ecomepar a 7% scree, meso sem grat de seo. O amor é exigent anc statist. gem ao &exgente sess tarela de amor go seer, quem diz qu sree i gue & questo de aplcar mea dra de reas, que baa corns alguns “hee, a pessoa snd lo sabeo que € amar Eo que € seer. “A mea ue vor i viendo, i eano mais exigent cos 0 mesmo, 0 senior, Escover hoje ra mim é mas dif do {ue quando cutinka 20anos. Avene cu embatcn dane de ma cara ‘is complet.) Abgar Renal ta seme uma as de Joubert que (Gx ccPoraexerver bem so pcs una feria natural eum i cule sdguiid>>, so mesmo. Quanto mais cosa act oval dala, is vot a xigete no empege dea Esa auxin seta em tao, taba contin, © teabalolno.Aineno, a tide, eeonqta pass 2 pass: cscoes oema algo qe interes ami, eb todo o mando, tanemse psi, tomamse nos, elas documents ¢ ‘vem ous pessoa, véem-e feo, eeprom ScUnos,¢ 33 Stuges, ses, a5 mages as express comeam ase ona cabo Eset cat aptiose ial num potedooiniano, um sin” vis, Rodeo amar sm hes qu ests de ‘sere os eile gu diaz "sim avid oe diz "no" vid Hi os que am avid, as pesos, 2 res, satin, aca sas, tim muito a dec E hos que revam, os qu se afistam da cxbecinci as os vias ‘bom isto da"sn”& vid vé nea anata uma ate rounds, metfie, uejusifatmbém anor pas qu 80 timmeio deo homen rec, de rata elements exiemesaa ago, Somes ios do Auer, do Eset de tl, do Cade, © 2 sss erg pats das Fras a vida, da alegia, aealdade. E Creve uma foaled Ama asplavas plas que exer ramen 2 ali de, € amas pop elite. E€ ital de vise pesoaO pinot James Eno cao um in plat, lavas 9s nssos softs, paws exis, sts espioss dices, mars, 7” ara Gobel revise es, atmos, pees, fess empesors eden, shag,” fascinate pereterno asco oesboqo incl uefa uvosts, chorea, odo o perfumes. ost dena, e ont no texto fil, quando bem aaa, e- I Tho epato, exforo esenimeo, exec lena de cit com ange, nose fog || iis A forma de comers €lagase dite noi do ate reve conocer. Pes Sescobrc qe somes spec \ ho, deixar as pavas ire, sem med de ecreer este, sem moto sis, seo que esrevemos € supe, Que somes desorgaizalo, 01 deeper expresses, espar dame de mesmo o cents da pr. rato gsi on imagine ow eo os ‘ri bagagem cola vsencaleacapslada nas ples ‘rds, misatopes, ov rs, a amoros, ow colin, of Depa ele. eeion expr coi ena éergaizar. Com cs, on cea, chins, ovals, ne ids poderia omegar?Nio avers agi una posilidade de Doris esing contra sn expla numa comers com ba im rim mesma vendo qu ipo de [ser fon om mito oo ego eee ane eee naascuraaces cata ee Entlo a gente esti ali dentro"(O Estado de Sio Paulo, Caderno 2, _ ‘nt pn mere lo i, —r—Ci—C‘SC ‘scar palavras, aerescentar outras,trazero primero pardgrafo para o meio, tn = tiva, feita sobre 0 rascunho razer o titimo para 0 alto, usar de uma savdavel auto-critica, ee eee : sebreo trabalho que nee se ealiza que deros aperfeigoarnos ape {ciao prpric eto. O esritorargnin Adolfo Bioy Cases alava sobre ese tema: "Lembro-me que quando come’ secrever,esrevia ‘muito mal - mes primeios es ios eo ene os pire dateratra ‘mundial ~eava sempre embarahando ora liters. Um da deixei ess peocuparao de ido, e pase a escrever de acordo com minhas A seguir, alea pena deixar o exo “descaneand” dato de uma zeta, Dear que pocira assent, Denso ermentar drat um, i, {sas Par retoms-o eno, ever com mais cla oe hi de bom, de aperegasvel, ou a deriieul ee, Coninarrabalhan.E or cao repetraopeagio de guard esgat-lo vias vee, (uta sage ir fzedoo “est da vor al” e constr sa omveges,pemitindo qe cada text ctonass suas egs(O Estado msi” do eto agra s ito, sea paiva sam bem, se de Sao Pl, Cuero 2, 2.04.87). ‘si harmoni, Um amigo que trha um bom ouvido pode ajar nese Escreremos como somes. (Comorealment soma, orqveo ma ee cr pecado no aoetar er gue sou ana que eu sempre poss ape seer isso: um esforgo de rag, uma aventura, um proces- oarme) Escrever eomo os autos dzen ue se deve escreveré tire $0 de labora docs, uma elo do asin forulagao mais {Ging ea poses mites volnaranen). As vitudes da nos es eve posse fia as virtues da nos personae. Os dfitos da asa perso- ‘meta que dorascnho naturalmens confso ai nsscendo um cee me oe ira ee ee a ee ee ‘serio mais ido, vamos também descarinoo nor ome mais pro ‘screvenosrefete-se no modo como erevemos.O que Fensames, © fondo, P ‘ue ofamos, o gue uvimos, oqo lens, auiloem que arediamos, ou somos alo qu esrevemos. Somos as plas que e. colhemos. Somos o nosso rscuho, ¢ 0 nosso esl. Mehoar ons eee ‘al pressipée melhor o qe somos. Somes melhores, metho. Miso Quintana contva ge, guado meine tba na fas 105 ns05 exo, ono etl, tad pi drat cinco anos “Era. um trabalho de grande responsabilidad equ me foi muito i Nagel tempo os famackutcs aviavam cits, Natralmente © meu pa me passa as oisas quem tinhar muito pergo porque eu ea fri. Bu faiasolugbes qu, se colocasse um pouco ms ou um pouco menos dosingredientes, do fram mal a dente, O que acontcia que ‘© remédiofcava tuo depois. Mas eu era bem consent. E ati a ‘se eidado que eu tisha com a medida exata, cuiado que tenho om 2 forma dos meus versos. trib 0 uidado ext com a forma da poesia de Carlos Drummond de Andrade sua abildade mica, pois ele estudoa farmia. Assim como Alberto de Oliveira, qu também era famactutice oto dec nozzos grandes parasnos mes dum ate pote no Brasil"? ‘© nosso exerecioprofsional determina boa pare do nosso et- odo nosso voebulro, as nossa metfors. Por sermosengenfios, (00 por sermor sapateirs, on por srmospntores,ou pot semmas mdi ‘08, ou por semos banc, esceveremos de modos diferentes. Desde ‘raseunho até porto final do abalh estar impress aio nossos hibits profssonas,o nosso pono de vista profissional. A nse prois- so confunde-se com o nosso sr. Eo oss ser manifests no M080 reves, nas nossas alas, parigrafs, ea na ponuagSo que sa mos. Como dz um antigo aio ua aliuis et, lis extern appar ~tal como alguém assim aparece aoe alos dos outros, "Naquilo que escrevemossurgimos, oahecido e desconkeidos, {cise bonitos,simpticosedesagraves. O estilo a nossa conisio| inonscieme, Se queremos perfeigoarnos, «apereiga-lo, enti &pre- ‘iso adguiic uma vide qu possuemosauénen exerares eda qua ‘gualment flava Miro Quintana: “Eu nunca escrev uma wigula que ao forse confessional, Quan- oo camarada faz uma coisa cavada, por encomenda od. Tem que serum eatimentoabsoltamentesncero, Se a seni a, no deve «screver. Eu tenbo tio perodos de deseo, No vem nada ¢ e880 ee coo"? [No ent, a sncerdade rata no se cootenta com a apatia— sabe qu sempre algo a dizer, mesmo quando, 3 primeira vie, “nbo ‘ema’ 2 *Nio vem nal ¢ eu ao excrevo Dio: > Mas dep, de repeat, vem agit ca, el relimpag, age fp, sao bao. A get enue sd 0530, «ue po pels pis. O Pal Vly, poeta nets, dia ames coisa de ono eta qu deases os opin ven,cosoursa gee quetem que srana’? E este eso, se dev se eo, pode ser eo 8 hor gue fox, como no caso do mesmo Mario Quitns Escreo da minnie em lame, aus x guao ors. As vezs possi em ou cases ‘mais impepis eto nota do elimpago mum open, ours “es cnc Reso ee em tno, cones ecrevereserevendo um asm. Expose reste acu, ne eiclpindo sql mesma go Soma, 35 0525, prcferéciaslimioyes, ono perl os nosos aces, Langarse ‘ds do rscntn pr, como Ulises, ene dss esafimets, conga oprpe Uses Esrever om xe amor vids, com eta seed eso pra penonalidde om ext ontade de melbrst come ese rs Sa nezessdade Wal. Esrever oruse um modo pvilegado aguiisimo de vente viv. poste ear legria ans ds palbvas~ ma esta Escrever setae rear pou ings o poos mis recdodiore profndos ose doctor mista ds etores Em gto ls cana a vulgare, pesinismo, baad, aio. Anxio ‘Carlos Villagacomesav:“Eserever para mim iberarme A iteatara uma forma de itera. Seno, como uma form dc conbeimente ‘e comuncaiooucomunko. Quando ecco, buco eee oempoe ‘mote. Buco veer oie Buco er nado pls oor” “Talvez um paras sori aoe esas denies pais. “Ning more sor impedi excrete "S6 mae quem > fe pent ma sua poesia iso de procurararazio dst eisas,.crason de ‘ore. Eu hoje tenho ma iteratura,noexeco da ciao litera, ‘mina rao de vive" Uomal da Tide, 06.058, Marlo Rubio disse numa entrevista: “Um escritr mas vl, quando pra deesreve€ porque est primo do fi. or so gue ea ‘eescreo sempre. Par esta a vida mais um pour” (0 Estado de Sao Pail, Cadero 2, 2009.8, Atécica pessoa, o fervor do trabalho, conseqicia dita do rT TE que Te preachers a ees = pod «se sanginess. Kal que por paradox que pata 6 deseabimon no ‘momento em qu el €“acionada” no ppt so de esrever, Escrevemos com esta necessdade também: saber porque e como revemos, para edescobritmos 0 ideal que sempre nos supra eat ara mais longs mis ato. Opiaiense Ezra do Nascimento dia sun versio desi descobert: “Escev pind de uma idea eral, sem saber aonde chegar, uma aventura semeltante i dos antigosnavegadores, ques propuaham «descoberta de nova tena, que talvez nem exisisem. Os pecayos da vigem serviam par mane vivo o interesse do pecuso¢ vlorias a sescobera. Eserever um texto de foo, pas mim, € como anda por

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