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Agradecimentos

Parabéns a você que comprou este livro, seu dinheiro


foi gasto em uma causa justa, com isso acabou fazendo um bom
investimento. Portanto, felicito-o e agradeço-lhe.

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PREFÁCIO

Aos Defensores Público: A finalidade desta obra é demonstrar como pode ser conduzida
uma Ação na justiça de Mato Grosso do Sul, quando de um
lado existem interesses de pessoas influentes, e de outro, um
Dr. Fábio Rogério Rombi da Silva cidadão comum.
Dr. Silvio Amaral Nogueira de Lima A você leitor que acredita que uma ação judicial é
sempre confiável, quero demonstrar que pode não ser bem
assim, principalmente quando de um lado houver interesse de
Quando a integridade impera e é recíproca, de cada pessoas poderosas e de outro um cidadão comum como eu. Vou
cliente se faz um amigo, aqui vai minha homenagem aos relatar certos fatos ocorridos a minha pessoa entre 1998 até o
trabalhadores incansáveis, Homens que trabalham por amor à primeiro trimestre de 2008.
profissão, que lutam incansavelmente para fazer justiça, pois O cuidado que tive ao escrever este livro, foi o de
com seus altíssimos níveis de conhecimento, competência, jamais lançar um fato sequer, sem juntamente a este
dedicação descomunal e heróica. Poderiam estar ganhando encaminhar provas incontestáveis de sua veracidade. Muitos
muito mais, no entanto, preferem simplesmente favorecer. Esse fatos gravíssimos eu deixei de relatar aqui, por não possuir em
é o mais sublime gesto de nobreza. Muito Obrigado aos mãos as provas cabais de sua irregularidade, portanto,
senhores, Peço licença para vos chamar de Amigos. relacionei um volumoso compêndio de provas numeradas para
facilitar a localização destas.
Procurei ser fiel e respeitar até mesmo a ordem dos
acontecimentos, e de acordo com a gravidade dos fatos, que
começaram de leve, uma mentirinha aqui outra ali, uma
confirmação sem procedência, negação da própria alegação, e
assim por diante até chegarem ao cúmulo que chegaram.
Sei dos riscos que corro, porém, acredito ser essa a
única maneira de evitar que meu país se transforme no inferno
do terrorismo, como acontece com freqüência em outras partes
do mundo e já aconteceu na cidade de São Paulo, BRASIL.
Nós, seres humanos, temos tendência a cumprir regras, somos
educados para isso, temos hora pra despertar, trabalhar, almoçar

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etc. quando nos é imposta uma regra cumprimos com certa Índice
facilidade, o que é inaceitável é alguém lhe impor uma ordem
descumprindo a lei. Isso é ditadura, é a chave que abre a porta
do inferno do terrorismo.
PREFÁCIO.............................................................................................................4
Cap.I – RELEMBRANDO....................................................................................8
Cap.II - GRANDE FUGA ...................................................................................11
Cap.III - BALANÇO DE VIDA .........................................................................12
Cap.IV - DIA D....................................................................................................13
Cap.V - “A JUSTIÇA”.........................................................................................17
Cap. VI – APRESENTAÇÃO ............................................................................21
Cap. VII - AÇÃO CÍVIL......................................................................................22
Cap. VIII - APELAÇÃO.....................................................................................24
Cap. IX - CALADA DA NOITE........................................................................26
Cap. X - GUARDA DE MENOR.......................................................................27
Cap. XI - AÇÃO TRABALHISTA....................................................................29
Cap. XII - TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 24ª REGIÃO
MISTÉRIO NO AR........................................................................................................32

Cap. XIII - INVERSSÃO DE VALORES..........................................................35


Cap. XIV - INSEGURANÇA..............................................................................37
Cap. XV - DENÚNCIA.......................................................................................42
Cap. XVI - MARMITEX....................................................................................43
Cap. XVII – SUGESTÃO...................................................................................47
Cap. XVIII - CRUZ E A ESPADA.....................................................................50
Cap. XIX - DEDICANDO-SE AO TRABALHO...............................................52
Cap. XX - PASSANDO A LIMPO.....................................................................54
Cap. XXI - CIDADANIA....................................................................................55
Cap. XXII - RESPEITO.....................................................................................55

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Cap. XXIII - SEMENTE.....................................................................................57 Cap. I


Cap. XXIV - OTIMISMO...................................................................................58
RELEMBRANDO
Cap. XXV - JUSTIFICANDO............................................................................59
Cap. XXVI - EXPLICAÇÃO...............................................................................60
Cap. XXVII - DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS.............................................62
Cap. XXVIII - CONSTRANGIMENTO............................................................64 A minha tentativa de produzir um texto
cronologicamente consistente obriga-me a retornar ao fato
Cap. XXIX - BERÇO..........................................................................................65
gerador destes elementos.
Cap. XXX - EXCEÇÕES......................................................................................66 Fui indiciado pelo crime de homicídio no dia 03/06/
Cap. XXXI - ESCLARECIMENTO....................................................................67 1998, em face de um determinado cidadão, que sendo homem
feito, se valia da minha fragilidade, pois eu não era mais que
Cap. XXXII - JUSTIFICATIVA..........................................................................68
um adolescente, quando ele começou fazendo-me provocações,
Cap. XXXIII - AGRADECIMENTOS................................................................69 chegando ao cúmulo de espancar-me violentamente. Todos os
Cap. XXXIV - RETRATANDO.........................................................................70 processos que se seguiram e menciono foram frutos desse fato;
Cap. XXXV - DANDO A VOLTA POR CIMA.................................................71 antes disso, eu jamais havia tido qualquer indisposição com a
justiça.
Cap. XXXVI - SAUDADES.................................................................................72
Começou quando minha namorada e eu passeávamos de
bicicleta e o mesmo, também de bicicleta alcançou-nos e se
posicionando entre nós dois, disse à minha namorada: “Você
uma menina bonita se envolvendo com moleque! Você precisa
se dar valor, namorar um homem como eu”. Apesar de eu não
ter dito uma palavra sequer, me senti um tanto confortável, pois
minha namoradinha, além de me defender, ainda disse que
estava comigo porque gostava de mim.
Como não foi bem recebido por ela, e não encontrando
resistência da minha parte, a única coisa que lhe restou foi
apressar um pouquinho às pedaladas e nos deixar, contudo,
provavelmente ainda achando que foi humilhado, resolveu
então se vingar. E usando da forma mais covarde e cruel; “a
calúnia”. Pois, quem tem dignidade e já foi caluniado sabe a
contundência que ela provoca. Dias após o primeiro episódio,
eu me encontrava numa cancha, (corrida de cavalos), repleta de
pessoas, quando ele chegou e apontando o dedo em minha

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direção disse em voz extremamente alta, praticamente gritando: Outro episódio praticamente igual, praticado pelo
“Olhem esse cara aqui, ele é corno”, e continuou, dizendo: “eu mesmo, porém agora acusando outra namorada, (pág. doc.
já comi a mulher dele, ele sustenta mulher para eu comer, eu só 03/04). Dias após esse ocorrido resolvi tirar satisfação, e fui
não como mais vezes porque ela é ruim de rabo.” (pág. doc. violentamente espancado. Era tudo que ele queria que
01/02). acontecesse, mas os insultos não pararam por aí, ele adorou e
Querido leitor acredito que se isso nunca ocorreu com todas as vezes que me via, fazia questão de marcar presença,
você, não terá idéia da dimensão da dor, e do trauma que isso fazia qualquer coisa para me deixar numa situação embaraçosa,
provoca. A dor da vergonha, a dor da separação que depois chegando ao cúmulo de ficar parado com seu cavalo na porta da
dessa agressão psicológica, moral etc., é inevitável, minha casa, impedindo-me de sair para trabalhar.
principalmente em cidade pequena onde todos se conhecem, o
pior é ter certeza que isso tudo é mentira, e só uma coisa é
certa, vai ter que abandonar quem mais ama na vida, uma
garota com todas as qualidades, companheira fiel, linda,
íntegra, possivelmente predestinada a se casar comigo e
constituir família, ser a mãe dos meus filhos. Porém, agora isso
foi interrompido.
Vou fazer uma comparação para que vocês tenham uma
noção da dor que senti, perdi meu pai, “meu ídolo”, na época
mais difícil da minha vida, quando só estava ele e eu contra o
resto do mundo, sentia como se estivessem correndo em minha
direção um bando de cães raivosos e famintos, e eu
completamente imobilizado, nesse momento só contava com
meu pai para defender-me. Nessa hora ele foi brutalmente
assassinado, num acidente de carro. Minha pobre mãe, minha
guerreira irmã, e meu promissor sobrinho, em estado grave,
estavam aguardando ser transportados para a capital.
Aqui peço perdão a minha mãe, minha irmã, e meu
sobrinho, e em memória, a meu herói, desculpem-me pela
franqueza, porém, a dor que o acidente trouxe na hora crucial
da minha vida, não chegou sequer próximo da angustia, do
sofrimento e do desespero dos dias que se seguiram à
humilhação que começou na cancha e se estendeu por longo
tempo em minha vida.

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Cap. II Cap. III

GRANDE FUGA BALANÇO DE VIDA

Por todos esses motivos me mudei daquela cidade Durante a viagem em silêncio, fiz um balanço na minha
(pág.doc. 04). E na segunda quinzena de fevereiro de 1998, vida e pensei; amanhã estarei completando 40 anos de idade, e
voltei a Porto Murtinho, para passar meu aniversário com desde os 18 ou 19 anos estou sendo torturado moralmente e
minha família e cuidar de negócios que eu tinha naquela cidade. psicologicamente por esse dito cidadão (pág. doc. 05/06). Sem
No dia 25 do referido mês, minha esposa e eu estávamos ter nenhuma perspectiva de melhora, cheguei à conclusão; Se
fiscalizando um serviço de construção que havíamos for para viver assim é melhor morrer, eu sei que só quem tem
empreitado, quando de repente surge o dito cidadão, estava dignidade é que entende minha indignação. Meu pai que fazia
passando próximo ao local, quando me viu, virou sua bicicleta de tudo para que o pior não acontecesse, também estava
e voltou só para passar rente à calçada onde minha esposa e eu completando 70 anos em 1998, já tinha vivido bastante e eu já
estávamos não disse uma palavra sequer, porém a forma como tinha agüentado muito, portanto, criei coragem e tomei a
passou, freando, devagar, demonstrando que ia parar decisão e determinei o dia 22/05/98; volto a Porto Murtinho por
igualmente as centenas de vezes que já havia feito. dois motivos:
Simplesmente me levou ao desespero, percebi que novamente
ia acabar com mais um relacionamento, o terceiro, com isso - primeiro; comemorar com meu querido pai seus 70 anos de
perdi a vontade de comemorar meu aniversário naquela cidade. vida;
No dia seguinte, portanto dia 26 pela manhã, um dia antes do - segundo; por fim no tormento que me afligi a mais de vinte
meu aniversario, me desloquei para Campo Grande. anos.

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Cap. IV OFENSA E NÃO REVIDAR, DO QUE TER


CORAGEM DE METER-SE NUM COMBATE COM
DIA D ALGUÉM MAIS FORTE; SEMPRE PODEMOS
DIZER QUE NÃO FOMOS ATINGIDOS PELA
PEDRA QUE NOS ATIRARAM, E SÓ DE NOITE -
Foi o que fiz, passei o aniversario, curti meu pai mais QUANDO ESTAMOS SOZINHOS E NOSSA
alguns dias e finalmente saí à procura do homem que me MULHER, OU NOSSO MARIDO, OU NOSSO
aterrorizava, e pela primeira vez queria vê-lo de frente, olhar AMIGO DE ESCOLA ESTÁ DORMINDO - SÓ DE
nos olhos dele para ver se era tudo aquilo que demonstrava ser NOITE QUE PODEMOS CHORAR EM SILENCIO A
quando eu morria de medo dele. Após alguns dias de procura,
NOSSA COVARDIA”.
avistei-o quando passeava de bicicleta, passei por ele uns trinta PAULO COELHO
metros meti o pé no freio e saltando do carro, lá estava eu
frente a frente olhando-o nos olhos, para sentir as emoções e É ‘incrível’, mas antes de eu ter tomado à decisão,
sacar as reações. Ele percebeu a seriedade e o enrosco em que quando ainda morria de medo dele, todas as vezes que entrava
havia se metido, levou a mão na cintura simulando sacar uma em algum mercado ou ia virar uma esquina, pensava, será que
arma, e provavelmente se arrependendo do excesso praticado ele não está nessa rua? Virava e imediatamente olhava o mais
por tão longos anos, usando pela primeira vez uma vós serena, distante possível, para que se estivesse, eu pudesse mudar de
disse: – “você vai me atirar rapaz?” Aí pela primeira vez direção. (Mais detalhes ver depoimento pág. doc. 1 e 2).
também, e agora sacando minha arma quem aumentou o tom de
vós fui eu - e você, sabe o porquê! Os dois primeiros tiros que o Por falar em tiros olhem o laudo pericial do médico da
atingiram foram no coração, tomou o primeiro, e levou a mão prefeitura (pág. doc. 07/11). Na época, nem sequer examinou o
no coração, tomou o segundo que além de ter perfurado sua corpo, assinou um laudo de acordo com a preferência da patroa,
mão também penetrou no coração, percebi através do sangue provavelmente falaram que os dois tiros foram no peito e
que agora esguichava com mais força através dos dedos. O deduziu que tinha sido um de cada lado. Tinha também duas
terceiro mirei na cara, e talvez pelo excesso de confiança ou perfurações no pescoço, uma de entrada e outra de saída
pressa não sei, acabei errando a cara e acertando no pescoço. evidentemente, e por má intenção colocou como se fossem as
duas de entrada. Talvez por medo de perder o emprego tenha
“(...) FICAR DESEMPENHANDO O PAPEL DE concordado em assim proceder, esquecendo-se do juramento
ALMA CARIDOSA ERA APENAS PARA OS QUE de Hipócrates que havia feito. Quero que ele me acione na
TINHAM MEDO DE TOMAR ATITUDES NA justiça, só assim vão exumar o corpo e vou poder desmascará-
VIDA. SEMPRE É MUITO MAIS FÁCIL lo, e desmascarar mais gente, aí quem vai cobrar indenização
ACREDITAR NA PRÓPRIA BONDADE, DO QUE sou eu, não pelo dinheiro, a indenização será repassada
ENFRENTAR OS OUTROS E LUTAR POR SEUS diretamente a entidade beneficente, só quero a verdade.
DIREITOS. SEMPRE É MAIS FÁCIL OUVIR UMA
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Parabéns ao finado que me torturou por mais de vinte Esse cidadão à que me refiro, era de moral dúbia,
anos, e em troca teve apenas alguns segundos de agonia. Eu notoriamente relacionado com crimes e inclusive condenado
também fiquei feliz, só queria acabar com o sofrimento que ele em uma Ação Criminal que transitou em julgado ainda em
me impunha, nada mais do que isso. Acredito na inteligência meados dos anos 90, por receptação dolosa (pág. doc. 12/15).
universal, tanto na cobrança quanto na recompensa, portanto o
perdoei, e peço perdão também a ele e familiares. Até que um
dia após mais de vinte anos, criei coragem! Pois vergonha na
cara eu sempre tive de sobra, só faltava coragem, que agora
sobra também.
A dor, o sofrimento e o perigo iminente, constante e
prolongado que vivi no presídio, transformaram-me no que sou
hoje. Pois eu sabia que a qualquer momento seria atacado,
como fui e resisti, porém não fui escravizado, tudo isso fez com
que eu aprendesse a me impor, e impor limites a qualquer
custo, logicamente não me aproveito da coragem que tenho
para oprimir quem quer que seja, sei que coragem é uma grande
arma que deve ser usada apenas depois de esgotar todas as
possibilidade de argumentos, e as rotas de fugas serem todas
interrompidas, antes disso usá-la é covardia. Minha dignidade
sempre intacta até mesmo na cadeia quando estive em Porto
Murtinho, e o digníssimo juiz determinou que me colocassem
junto com meus maiores inimigos; pessoas cruéis, gente que
tem prazer em matar, já condenados por homicídios de um cabo
da policia e um oficial paraguaio, bem como várias tentativas
de homicídios e furtos, pessoas que haviam roubado gado de
minha propriedade, para ele, o “finado”, e quando foram
descobertos, para omitirem o nome dele, foram defendidos pelo
cunhado do receptador, que é advogado. Pois ele (o finado) era
extremamente bem relacionado, tendo parentesco que
atingiriam até ao mais alto escalão do Estado, motivo este pelo
qual seu nome não foi sequer citado nesse crime. Todavia o
mesmo chegou a ficar horas na porta da minha casa coagindo-
me a não denunciá-lo pelo crime supracitado, com isso acabou
impedindo-me que saísse para trabalhar naquele dia.

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“(...) a comunidade Murtinhense encontra-se extremamente


Cap. V abalada com a violência com que foi cometido o delito”. (pág.
doc. 16). Em flagrante descaso, com a visível situação real em
“A JUSTIÇA” que se encontrava a cidade e deixando de demonstrar a
imparcialidade inerente ao exercício da sua judicatura. Este fato
e sua comprovação geraram ainda posteriormente severos mal
estar durante a eventual oitiva de testemunhas, pois ao
Imediatamente ao ocorrido foi encaminhado um pedido indagarem o irmão da vitima sobre o dito “clamor popular”,
de prisão preventiva em meu nome, onde o douto Promotor de este respondeu: não ter tomado conhecimento. (pág. doc.
Justiça do processo, que a todo instante buscou a condenação, 22). Posteriormente outra testemunha sendo questionada no
jamais se posicionando como fiscal da lei ao qual foi designado mesmo procedimento acerca do mesmo fato sofre o
e juramentado, em sua exposição, afirmou como justificativa imediato indeferimento em sua pergunta, fato que trouxe
para este pedido supracitado que o delito havia causado: “(...) desconforto ao plenário, vista a consternação à qual se pôs o
clamor na cidade de Porto Murtinho, deixando-a abalada com mm Juiz, sendo consignada e consta na ata do processo. (pág.
a conduta do representado” (pág. doc. 16/17). Esta afirmação doc. 23).
de veracidade improvável, ainda foi corroborada pelo mm Juiz Existiram ainda outros eventos abusivos durante a
do processo, que ainda afirmou neste mesmo documento: “(...) instrução do processo. O douto Promotor de justiça, ao
o representado deixou o distrito da culpa, visando livrar-se da encaminhar o seu pedido de Prisão Preventiva afirma
Prisão em Flagrante e prejudicar a instrução criminal”, categoricamente que o delito ocorrera na região central da
entretanto, este documento estava 24 horas atrasado, no cidade, entretanto, o Boletim de Ocorrência da Policia Militar é
mínimo, pois no dia anterior encaminhei um pedido ao Dr. evidente em sua consignação de que, o delito ocorrera em uma
Delegado de policia da comarca solicitando o agendamento da região periférica da cidade (pág. doc. 19). Esta afirmação
minha apresentação na cidade do delito, confirma o próprio “errônea” veio a corroborar seu pedido de Prisão Preventiva
delegado (pág. doc. /18). injustificável, uma vez que o “clamor popular” tanto aludido,
Ainda, ao questionarmos o dito “clamor popular” que jamais ocorrera.
foi aludido para justificar a então injustificável Prisão Ocorre nesse momento do processo uma constatação
Preventiva, facilmente podemos descaracterizá-lo. A vítima que incomum. Pois o laudo pericial demonstra que os tiros foram
tinha conduta notoriamente ilícita foi alvejado na periferia da dados de frente (págs. doc. 07/11). Mesmo nas condições e na
cidade (pág. doc. 19), por alguém com o qual tinha rixa que se tentativa de agravar os fatos contra o réu, as testemunhas de
estendia por mais de duas décadas. Os cidadãos da cidade ao acusação imediatamente sem querer apontam à impossibilidade
saberem da afirmação e a meu pedido, elaboraram um extenso de que o delito houvesse sido praticado mediante surpresa.
abaixo assinado atestando que não houve sequer perturbação na Entretanto, a caracterização do mesmo foi levada em
rotina da população Murtinhense (págs. doc. 20/21). Entretanto, consideração da dosimetria da pena. (págs. doc. 24/26).
o mm Juiz salienta ao acatar o pedido de Prisão Preventiva que:

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Um fato extremamente bizarro tomou lugar a seguir presenciaram os fatos. Cada um com uma versão mais
quando da instrução do processo foi pedida a Certidão de fantasiosa que a outra. Esse bombardeio de mentiras ajudou
Antecedentes do finado. meu advogado a me convencer a contar duas mentirinhas
Ao ser expedido a mesma, constatei estupefato que esta insignificantes que ele mesmo criou, das quais me arrependo
apresentava a declaração de “nada consta”, (pág. doc. 27). até hoje, uma delas é dizer que a arma estava na porta do
Absolutamente impossível, uma vez que era notório na cidade veículo Monza que eu dirigia, quando na verdade estava na
que este já havia praticado diversos delitos, e que em pelo minha cintura pronta para ser sacada a qualquer momento. A
menos em um deles havia sido condenado. Após uma breve outra é em relação aos insultos na hora “H”.
pesquisa, podemos localizar uma sentença decretada em face ao
falecido pelo delito que havia cometido (págs. doc. 12/15).
Ao final do processo, verificamos ainda outras
distensões, quando da fixação e da dosimetria da pena, o mm
Juiz, ao fixar as agravantes em dois anos cada e as atenuantes
em um ano apenas, utilizou-se visivelmente dois pesos e duas
medidas, pesando sua mão na condenação (págs. doc. 24/26).
Ocorre ainda outro problema. Uma das agravantes, a que
caracteriza a arma do delito como sendo “arma de grande poder
de fogo”, é absolutamente injustificada. A arma que eu portava,
não só era um armamento leve, como era absolutamente
legalizada e eu tinha habilitação para portá-la (pág. doc. 28).
Esta sentença, com todos estes dizeres anexa ainda (págs.doc.
24/26). É verdade que recorri da sentença e foi anulada
permitindo-me outro julgamento, porém continuei preso, sem
poder procurar as testemunhas que sabiam da história, e eu as
conhecia apenas de vista, portanto não tive como contatá-las,
ficando com isso seriamente comprometida a defesa. O irmão
da vitima declarou que havíamos brigado anteriormente (pág.
doc./22) Não sei se naquele caso tão desproporcional pode ser
chamado de briga.
Mais um mistério, dois Policiais Militares, que
socorreram a vitima, afirmam que eles foram os primeiros a
chegarem ao local do crime, visto que, o fato ocorreu próximo à
residência de um deles, onde se encontravam. (pág. doc. 29/30).
Entretanto, apareceu um bando de baba ovos, dizendo que

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Cap. VI
Cap. VII

APRESENTAÇÃO AÇÃO CÍVIL

Até esse incidente que mencionei, eu era primário, Se a Ação Penal havia sido comprometida seriamente, a
sem antecedentes criminais, micro-empresário estabelecido Ação civil que se seguiu foi um verdadeiro massacre. Quando
naquela comarca por mais de 18 anos no mesmo endereço. tomei conhecimento da Ação, todo o meu patrimônio se
Minha empresa jamais tinha sofrido protesto judicial ou resumia em três terrenos no valor final e total de (três mil
reclamação trabalhista, era conhecido por ser um homem reais), atestado pelos laudos periciais de avaliação de própria
de conduta notoriamente ilibada e um comerciante leal. Pai execução que se seguiu (págs. doc. 31/32). Será que eles não
de família e cidadão respeitado, nada disso foi levado em viram que nem os advogados da minúscula cidade tiveram
consideração. interesse em patrocinar minha defesa? (págs. doc. 33/34). Eles
sabiam que eu não tinha patrimônio suficiente sequer para arcar
com a custa processual.
Ocorreu, entretanto, outro fato bizarro: Um montante de
patrimônio foi ajuntado ao meu para caracterizar como sendo
de minha posse, entretanto, além de não ser meu, meu nome
nem sequer consta em pelo menos dois dos documentos
juntados, (págs.doc. 35/36). E outros dois eu já havia vendido e
transferido ao meu Pai, conforme (pág.doc. 37). Outro que na
época era situado numa favela de Campo Grande MS, eu já
tinha vendido também, (pág. doc. 38/39), mas no fim, na
estipulação da indenização por danos morais, estes foram
aludidos como prova de meu “vultoso” patrimônio, patrimônio
este, que jamais existiu. Encontramos aqui uma dicotomia
problemática, não podemos saber ao certo o que ocorreu, mas o
mais evidente é que o mm Juiz desta Ação Cível nem sequer se
deu ao trabalho de lê-la, sequer se deu ao trabalho de avaliar as
provas, pois alistou junto às verdadeiras, provas absurdas. O
digníssimo Juiz me surpreende com a habilidade e inteligência
que possui, pois determinou a anotação da cláusula de

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inalienabilidade e impenhorabilidade, sobre a empresa Cap. VIII


“ANTUNES & GODOY LTDA.” (Pág. doc./40) Na qual eu
figurava como um dos sócios. Só se esqueceu de ensinar o
segredo da proeza. APELAÇÃO
Trabalhador o digníssimo Juiz, não é? Mesmo quando
não está na comarca de origem, ainda assim despacha (Pág.
doc. 41). Esdrúxula foi também a estipulação de danos morais,
que eu jamais poderia cumprir a obrigação a qual fui Outro fato impressionante assinado pelo Digníssimo
sentenciado, mesmo se somássemos todo o patrimônio que eu Juiz substituto, este imparcial, diz o seguinte: “(...) Ressalta-se
tive em toda minha vida nem de perto chegaríamos ao valor que a colenda Turma de que as contra-razões de apelação
foi aludido na sentença, evidenciando assim a intenção dos (fls.130/134) foram juntadas INTEMPESTIVAMENTE
poderosos de acabar até com minha honra, e minha dignidade. conforme certidão de fl.135, pois, embora datado de 10.12.99,
Ora, se a sentença de danos morais deve-se ater também só fora protocolado em 21. 03.2000, ficando, portanto, a
às condições financeiras do réu, esta cometeu um lapso, pois critério dos eminentes Desembargadores a sua apreciação”.
jamais poderia cumprir a que me foi imposta. (págs. doc. (pág. doc. 44). Porém os Digníssimos Desembargadores
42/43). Evidentemente a pesada sentença que foi imposta seria provavelmente acharam pouca à diferença. Não foi considerado
descabida nesse caso, descabida na medida de sua imposição atraso, não chegou sequer há quatro meses. Pergunto, se o
desproporcional. atraso fosse meu teriam eles tolerado, ainda que fosse apenas
Outro justificador para estipular tão pesada indenização um dia? Será? Tanto é que fui duramente criticado, mesmo
foi à afirmação ainda constante neste documento que: “(...) vem sendo direito de o defensor público ter prazo em dobro, ou seja,
de família tida como abastada nesta região de Porto 30 (trinta) dias, como determinam a Lei. Foi apelado, porém, os
Murtinho” (grifei). Primeiramente não podemos gerar direitos Digníssimos Desembargadores, contrariando o parecer do
por suposições, e ainda constitucionalmente a pena jamais pode Exmo. Sr. Desembargador RELATOR mantiveram a
passar da pessoa do condenado, portanto, mesmo que minha condenação (págs.doc. 45/56). Na apelação foi pedido com
família fosse abastada, e não o é, jamais poderia ser esse o fator estes dizeres: “(...) Requer, ainda, seja concedidas vistas dos
para caracterizar a severidade da pena a qual foi aplicada. Autos à Procuradoria Geral da Defensoria Pública para que
(págs. doc. 42/43). um de seus Procuradores acompanhe todo o tramite desta
apelação, de modo a permitir ao réu o amplo direito de defesa
também na instância superior”. (pág. doc. 57).
De nada adiantou o requerimento que o meu Defensor
Público fez. O que fizeram foi criticar-me dizendo que me
aproveitei da Defensoria Publica para obter prazo em dobro,
como se eles não tivessem visto as declarações dos advogados
residentes na minúscula cidade de Porto Murtinho, local onde

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foi ingressada a Ação, pois os mesmos não tiveram interesse na Cap. IX


minha causa, por eu não ter como pagá-los (págs. doc. 33/34).

CALADA DA NOITE

Outra coisa: Eu não fui sequer notificado da decisão


Judicial, quando tomei conhecimento através de telefone, após
muitas ligações que fiz pedindo informação sobre o Processo,
ligando semanalmente, copiosamente, finalmente a informação:
“Rosalvo Godoy Leite foi condenado e já esgotou o prazo para
recorrer da sentença”. Os mesmos que consideraram três mil
reais, como sendo um vultoso patrimônio, um altíssimo poder
aquisitivo, provavelmente acharam que quase meio milhão de
reais era um valor ínfimo que dispensa até notificação mediante
assinatura do condenado, mais provavelmente fizeram
notificação por meio de um jornal qualquer no qual não tomei
conhecimento.

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Cap. X PROVISÃO E GUARDA DE MENOR. Detalhe, a senhora a


qual tem a guarda dessas “crianças”, é serventuária da Justiça.
A caixa preta todos querem que seja aberta o mais
GUARDA DE MENOR rápido possível, enquanto que a outra, os inescrupulosos lutam
com todas as forças, para que nunca seja.

Para contrariar a decisão do então Exmo. Sr.


Desembargador RELATOR, os digníssimos Desembargadores
e Procuradora fizeram as seguintes alegações:

“(...) são devidos mesmo quando os menores se encontram sob


os cuidados de parentes”. (pág. doc. /53)
“(...) Por consentâneo, não procede à alegação do apelante,
quanto à falta de lógica na fundamentação da sentença, uma
vez que o fato dos apelados residirem com a tia, e não com a
vítima, em nada interfere no tocante à responsabilidade do
apelante em indenizar os danos materiais e morais causados”.
(pág. doc. /58).
“(...) o pai sempre deve alimentos aos filhos, se pagava, ou
deixava de pagar, era a razão que confiou a guarda provisória
à tia. E se essa tia, amanhã larga essas crianças?”. (pág. doc.
50) Um detalhe, uma das “crianças” que os digníssimos se
referem na época do delito estava completando vinte e um
anos (21) de idade, e tinha sido entregue pelos seus pais
quando tinha apenas sete meses de idade. (pág. doc./59) Outra
coisa interessante que só o digníssimo conseguiu ver é a
palavra PROVISÓRIA na certidão de PROVISÃO E
GUARDA DE MENOR. (págs. doc. 59/60). Fizeram entender,
como se Guarda Judicial de menores fosse uma coisa banal, que
qualquer um pode adotar aqui e abandonar na próxima esquina.
A vontade de favorecerem os afilhados dos poderosos era tanta,
que não se importaram em banalizar o serviço deles próprios e
dos colegas, desmerecendo algo tão importante que é

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Cap. XI comprado e pagado como costumo fazer quando me interesso


por alguma coisa que pertence a alguém. Não sou nunca fui e
nunca serei safado e covarde ao ponto de me prevalecer do
AÇÃO TRABALHISTA poder para saquear bens que a outros pertence. Sei também
que parte do meu maquinário esta guardado no museu da
cidade. (depósito de fruto proibido). Dr. Heitor Miranda dos
Santos, o articulador homem que comprou... quando a
Novamente obrigo-me a retornar ao fato gerador desta, pólvora é alheia o tiro é grande. Não é?
no ano de 1985 abri uma Empresa INDIVIDUAL estabelecida
na cidade de Porto Murtinho MS. Situada, na Praça Thomas Já dizia meu pai: “quando o homem é porcaria e gosta
Laranjeiras s/n. conforme (págs. doc. 61/62). de tralha alheia, pode estar perdendo banana na casa dele,
Por volta do ano de 1988, quando dividíamos o lucro de mas se ele enxergar uma no seu quintal ele rouba”.
uma vaca que havíamos vendido, convidei para trabalhar na
minha empresa o Sr. João Paulo Loubet, que imediatamente João resolveu então procurar um advogado. O advogado
aceitou. Não sei bem ao certo se trabalhou durante treze ou por sua vez ingressou com a ação na justiça e evidentemente
quatorze anos, porém foi muito difícil quando tive que ganhou a questão. Não tinha mesmo o que eu como empregador
dispensá-lo, depois que ficou paralisado por ter tido um fungo alegar, ele disse somente a verdade e além do mais, todas as
no cérebro, e não conseguir mais trabalhar, (pág. doc. 63). pessoas da cidade conheciam o João e sabiam da vida dele.
Como é que uma micro empresa vai conseguir manter um Sabiam também que tudo que ele falou é a mais absoluta
funcionário paralisado, sem domínio em um dos braços e em verdade. Portanto não sobrou alternativa para mim a não ser,
uma das pernas, e ainda, para se manter vivo, segundo os concordar com o depoimento. Quando saiu a sentença, um
médicos, além do tratamento, teria que tomar gardenal a vida valor próximo de quinhentos mil reais, na minha situação,
toda? Tanto é verdade que a receita comprova (pág. doc. 64). devido à dívida impagável que eu já amargava e já foi
Quando foi dispensado, tentou fazer um acordo amigável, por mencionada, não achei interessante recorrer, pois, além do
eu não ter condição financeira para pagá-lo, devido o trabalho me endividaria ainda mais.
bloqueamento Judicial de todo o meu patrimônio, inclusive o Portanto, apesar de o Sr. João ter trabalhado quatorze
patrimônio que meu pai deixou quando faleceu em 1999. anos em minha empresa, ele por intermédio de seu advogado
Como se isso não bastasse, a sede da minha empresa pediu apenas quatro anos de indenização segundo documento
que funcionava em um prédio da União a mais de 17 anos, eu que me foi entregue pelo próprio juiz (págs. doc. 65/70), esse
investindo, cuidando e reformando, inacreditavelmente o então foi o motivo pelo qual a princípio não questionei, contudo o
governador José Orcírio Miranda dos Santos, e alguns dos Digníssimo Juiz do trabalho, por motivos ainda desconhecidos,
seus familiares se aproveitaram do poder que possuíam para se me condenou a pagar os quatorzes anos, (pág. doc. 71) tempo
apoderarem indevidamente, não só do prédio, como também do que realmente o funcionário trabalhou. Todavia, o João não
meu maquinário de cinema, móveis e utensílios, que eu havia

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solicitou, provavelmente se dando por satisfeito e achando justo


requerer apenas quatro anos. Cap. XII
Portanto a condenação chegou próximo de quinhentos
mil reais. Vejam, ainda que esse valor caísse 80%, seria TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 24ª
impossível pagá-lo, com isso cheguei à triste conclusão, estou REGIÃO
arrasado e condenado ao fracasso, vou morrer sem poder honrar
meus compromissos, ainda que cumpri-los sempre foi uma MISTÉRIO NO AR
coisa sagrada pra mim, já que independentemente da decisão
que eu vier a tomar, só uma coisa é certa, morrerei sem poder
saldar essa dívida.
Tudo normal, eu não me submeti ao trabalho de recorrer Obrigo-me a comentar sobre um tema que supostamente
da sentença, pois não valia à pena. Venceram todos os prazos, me favoreceria, porém, a minha dignidade é superior a qualquer
era absolutamente normal. Eu já devia por volta de quinhentos valor em dinheiro, teria me favorecido, se por falta de moral eu
mil reais, por conta da ação civil que já mencionei mais tivesse intenção de prejudicar um funcionário qualquer, e
quinhentos mil, ou mais “cem mil reais” que fosse nessa altura jamais farei isso, menos ainda ao Sr. João Paulo Loubet, fato
não mudariam praticamente nada, se meu patrimônio todo este que lhes descrevo agora: Quando eles, os “poderosos”,
juntando com a herança que eu tinha para receber, souberam que o Sr. João Paulo Loubet, havia ganhado a ação, e
provavelmente não chegaria a setenta mil reais. Eu já estando a mesma já estava na fase de cobrança, portanto transitado em
com quase 50 anos, sem ter completado sequer o ensino julgado, sabendo também que por lei, ação trabalhista tem
fundamental, teria que viver mais uns 200 anos para poder prioridade na ordem de recebimento, e somente o que sobrar do
pagarem as duas ações. Se eu conseguisse derrubar a ação patrimônio é destinado ao pagamento de outras dívidas,
trabalhista, que logicamente seria impossível, mesmo assim, eu misteriosamente o procurador do trabalho começou então a
teria que trabalhar por volta de 120 anos, já que para viver eu “investigar”, até aí tudo bem, mais do que direito, é obrigação
teria que me alimentar pagar aluguel etc., pois não tenho casa dele, ele é pago para isso. Teria mesmo que investigar, só que
própria para morar. Essa matemática é como se eu tivesse que não fez questão em ouvir testemunhas quando oferecidas,
cumprir quinhentos anos de cadeia fechado, e recorrendo mesmo sabendo que a cidade é pequena e todos os habitantes
correria o risco de cair para duzentos anos, ou seja, seria prisão saberiam responder se intimados fossem, sejam eles (policiais
perpétua do mesmo jeito. De modo que, de forma alguma, militares, policiais civis, Servidores públicos, pecuaristas,
valeria à pena passar raiva, humilhação e endividar-me ainda funcionários do banco do Brasil, militares do exército
mais, para recorrer da sentença. brasileiros etc.). Todos saberiam responder, porém o
Procurador e os Digníssimos Julgadores não quiseram ouvi-los,
algum dos interrogadores por não acharem necessários é claro,
tendo em vista a clareza e espontaneidade como eram
respondidas as perguntas no interrogatório, inclusive, o

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representante do Ministério Público do Trabalho da cidade de 38). E dos outros dois que foi dia 23 de fevereiro também de
Jardim, que viu e ouviu o acusado, solicitou na ata do 1999? (pág. doc. 37) E que só tomei conhecimento da Ação dia
interrogatório o seguinte: 13 de abril de 1999? (pág. doc. 76). Portanto depois de já ter
vendido esses imóveis! Pergunto-me todos os dias, será que
“(...) O MPT requer que seja observado, para efeitos de esse profissional não atentou para as datas? Será que também
comunicação dos atos processuais para o primeiro réu seja não percebeu que o valor dos terrenos que vendi não cobriria
observado aquele indicado na inicial”. (pág. doc. 72) dez por cento do gasto que tive com os advogados? Será?
Deveria sim os julgadores diminuir aqueles valores
Portanto, devido à convicção de que o João falara a absurdos, calcular as verbas de acordo com a petição (págs.doc.
verdade sugeriu que permanecesse a condenação original. 65/70) e não da forma como foi feito. Calcularam quase quatro
vezes mais do que o solicitado pelo empregado. Aliás, esse foi
É evidente que tudo que eu queria era que o principal motivo que a princípio não questionei, vejam: o
diminuíssem aquele valor absurdo, porém sem denegrirem homem trabalhou durante quatorze anos na minha empresa, e
minha imagem, como foi feito. Isso para mim é reclamou apenas quatro anos, será que seria justo eu questionar
INACEITÁVEL. Os digníssimos desembargadores ao invés os quatro anos? Eu tenho dignidade, não faria isso nunca. É
de mandar ouvir testemunhas, não o fizeram, preferiram optar certo que nunca paguei férias e décimo terceiro, pois tanto ele
por duas declarações falsas; uma assinada pelo prefeito e como eu, foi criado trabalhando em fazendas no pantanal e
outra pelo secretário, ambos da cidade de Porto Murtinho, nunca tínhamos recebido e nem feito questão de férias e décimo
MS. As declarações afirmam que: “(...) Rosalvo Godoy Leite terceiro.
encerrou suas atividades comerciais no ano de 2000” (págs.
doc. 73/74). Tentando denegrir minha imagem, e provar que
estávamos em “flagrante conluio” como queria o digníssimo
procurador do trabalho. Por sorte, eu ainda tinha comigo um
requerimento de licença para atividade de bar e sorveteria
na cidade de Porto Murtinho-MS no ano de 2002, Protocolo
Nº. 212 Fls. 14 Livro 21, em 08 de 02 de 2002, assinada e
carimbada pela funcionária, e pelo próprio empregado, já
mencionado (pág. doc. 75).

Ainda o procurador do trabalho afirma que vendi meus


terrenos para: “dilapidar meu patrimônio intencionalmente”,
provavelmente já procurando-me “esgueirar” do pagamento da
ação civil. Será que ele não viu a data a qual foi lavrada a
escritura de um dos terrenos dia 19 de março de 1999? (pág.

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Cap. XIII pequena, realmente o digníssimo foi consciencioso. Por quê?


Não tenho nada de patrimônio e o dinheiro para pagar a União,
a minha parte pelo menos, obrigatoriamente teria que sair do
INVERSÃO DE VALORES dinheiro que os poderosos já haviam bloqueado. Porém, o pior
de tudo é ser condenado por litigância de má fé. Isso para mim
é inaceitável. Ainda afirma o julgador: “(...) por entender que
apenas a multa no percentual acima aplicado, atende aos fins
No caso Elódia que tanto o procurador fez referência, pedagógico e repressivo que a medida visa. (...) condeno os
dizendo que para ela eu fiz proposta conciliatória e para o Sr. réus por litigância de má-fé." (págs. doc. 77/78). (que tal o
João não fiz, será que eles não viram que ela trabalhou apenas pedagogo hem? E é de “Dios” imaginem se não fosse).
dois anos e ganhava apenas um salário mínimo? Enquanto o
João além de trabalhar quatorze anos ainda ganhava três POSTO ISSO
salários mínimos mensais? Enquanto a Elódia trabalhou das 7 “(...) ACORDAM os Juízes do Egrégio Tribunal
às 11 horas, (04) horas por dia, o João trabalhava das 7 as 23, Regional do trabalho da vigésima Quarta Região, por
uma vez ou outra chegando a trabalhar das Sete até as 24 horas unanimidade, aprovar o relatório, admitir a ação rescisória e,
(15) horas dia, no mínimo. Aliás, o fato de eu ter assumido no mérito julgar parcialmente procedente nos termos do voto
sozinho toda a responsabilidade com minha ex funcionaria do juiz João de Deus Gomes de Souza (relator). Por motivo
Elódia, a mais de dois anos antes do João ajuizar a Ação, teria justificado estiveram ausentes os juízes, Nicanor de Araújo
que servir para ajudar justificar que eu era e sou proprietário, Lima (Presidente) e Márcio Eurico Vitral Amaro”. (pág. doc.
chefe, dono, e, portanto o único responsável pela empresa, e 77/78).
que João não era sócio da empresa e muito menos na empresa,
pois ninguém sai por aí assumindo conta dos outros ainda mais Eu pergunto então, que unanimidade é essa? Se essa
na justiça. Agora, se o procurador ou os desembargadores e moda pegar, apenas dois (2) ou três (3) Parlamentares poderão
amigos tiverem interesse em assumir conta dos outros na também caçar o mandato de outros por unanimidade, e alegar
justiça, eu lhes ofereço as minhas, eu tenho duas, e não são que por motivos justificados estiveram ausentes os demais.
pequenas, tenho certeza todos ficarão satisfeitos. Podem me
procurar.
O digníssimo juiz anulou a Ação que já havia sido
transitado em julgado, sem ter prova alguma, condenou-nos no
pagamento de multa de 1%, sobre o valor dado à causa. Para
justificar a derrubada da Ação, seria importante condenar os
réus a pagar alguma coisa, esse montante por sua vez teria que
ser calculado sobre o valor dado à causa inicial. Só assim
justificaria. Partindo desse principio, essa condenação foi

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Cap. XIV em meu nome, portanto minha, e isso foi muito bem
esclarecido (págs. doc. 81/82).
Com relação à sociedade que tivemos em uma época,
INSEGURANÇA era somente na compra e venda de gado. Preferiram acreditar
na declaração de um cidadão que disse que éramos sócios na
“sorveteria”, e disse também que eu visitava o João
Seria cômico se não fosse dramático, porém, mentiras diariamente. Ocorre que nessa época já fazia mais de quatro
de todos os tipos, certidão fria saída do interior do fórum, anos que eu morava em Campo Grande MS, 470 km de
declarações falsas assinadas pelo Prefeito e secretário, juntada distancia, o que seria no mínimo inusitado visitá-lo
de documentos de imóveis que não eram meus, mas que diariamente, todavia os Doutores provavelmente acharam
serviram para estipulação da indenização, outra Certidão falsa perfeitamente possível isso acontecer.
da Escrivã – Doc. 02, essa eu não vi, porém o Procurador do Preferiram então vencer o João pelo cansaço, pois
Trabalho afirma isso: “(...)Sr. Rosalvo Godoy Leite juntou sabiam que o coitado estava morando no estado de São Paulo.
naquele feito de forma obscura sua renúncia à herança”. Fizeram o pobre do enfermo, viajar mais de mil quilômetros,
(pág.doc. 79). Outra coisa, lá é reduto da irmã do já referido idas e voltas para ser interrogado em Aquidauana, MS (pág.
finado, ela era a chefe do cartório, como é que eu poderia, ou doc. 90/91).
algum meu, ter de forma obscura juntada de documentos Depois; em Jardim MS, a mais de mil e duzentos
naquele fórum? Ocorre que na época eu estava preso em uma quilômetros ida e volta. (pág. doc. 94/97)
penitenciaria a mais de quatrocentos quilômetros de distancia. E finalmente em Campo Grande MS (pág.doc. 98/99).
Se assim fosse, teriam então que investigar se do presídio eu Chegou para depor na referida cidade e foi informado que não
fugi, teria também que investigar quem é que na calada da noite precisava ter ido. Pois vejam, fizeram o enfermo viajar mais de
andou entrando no fórum. Porém nessas que poderiam setecentos quilômetros idos e volta pra receber a noticia que
complicar os poderosos, ou os comparsas deles, não vêem não precisava depor.
irregularidades alguma, muito menos ousam comentá-las. Porque então mandaram intimação? Ou, porque então
Também se forem prender comparsas... não avisaram do cancelamento? Imaginem leitores, um homem
Contudo, o intento fraudatório com as declarações falsas muito doente, precisando receber seus direitos, submeteu-se a
não alcançou o êxito pretendido, pois eu e o João, “os todos esses sacrifícios.
acusados”, tínhamos em mãos as provas incontestáveis. Veja o que diz a intimação: “(...) sendo passível das
Assim, não foi por acaso, que outra estratégia foi seguintes combinações, no caso de ausência:
necessária para atender os caprichos dos poderosos. Alegaram a) se reclamante da ação: ARQUIVAMENTO DO
que ele não podia ter trabalhado todos aqueles anos. Que não PROCESSO.
poderia ter trabalhado todas àquelas horas que foram b) se reclamado: REVELIA E CONFISSÃO QUANTO
declaradas. Disseram também, que ele era meu sócio na AOS FATOS ALEGADOS PELO AUTOR”. (pág.doc.98)
sorveteria. Por quê? Apesar de a Empresa ser individual e estar

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Após todo esse martírio que impuseram a ele, e sem sentem e vão sentir para sempre. A tal dor eu conheço muito
outra desculpa, ao invés de nomearem um defensor público bem, e posso afirmar com toda a convicção, a pior dor que
para defendê-lo, não o fizeram, preferiram então se aproveitar existe é a dor da calúnia, essa não sara. Infelizmente só quem
da situação para confiscarem os direitos do miserável. Após o tem dignidade é que entende.
festival de mentiras que foram alegadas, finalmente uma Quanto à ação trabalhista que respondi, sou a favor do
verdade: “(...) O segundo réu apresentou defesa em causa Sr. João sim, e nesse caso sempre serei. Eu devo a ele, ao
própria”. Isso é verdade. (págs. doc. 83) Pois além de eu não contrário da outra divida, que foi forjada por Juízes
ter dinheiro para pagar advogado, também seria um imbecil se inescrupulosos usando os mais variados tipos de artimanhas
tivesse colocado advogado para impedir a anulação de uma para favorecer os afilhados dos poderosos. Ele sim trabalhou na
ação absurda a qual eu figurava como devedor. Apesar de eu minha empresa durante quatorze anos, ou próximo disso,
não ter confiança na justiça, não acreditava que os Juízes iam sempre prestando bons serviços. Só não paguei todos os
aceitar a tese do Procurador e me condenar por litigância de má direitos que lhe é devido pelo fato de: Da mesma forma como
fé, pois a única arma que eles tinham eram as declarações foi conduzido este processo, foi conduzido também o processo
falsas, e já estava evidentemente demonstrado isso. As outras civil já mencionado, e que resultou no bloqueio imediato de
alegações que fizeram eram tão sem fundamento que se fosse todos os bens que me pertencem.
eu, no lugar deles, me envergonharia em apresentá-las. O procurador inventou e o relator corroborou que João e
“(...) O primeiro réu não apresentou resposta” eu estávamos em “conluio” para fraudar direito de terceiro.
(págs.doc. 83). Isso também deve ser verdade. Pois como é que Será que éramos nós mesmos?
o João ia conseguir advogado para defendê-lo, se o advogado É de direito dos donos dos bens, darem destino aos
dele que havia GANHADO A AÇÃO, misteriosamente tinha mesmos. Logicamente o referido João, não me daria nada,
DESISTIDO e estava sendo “PROCESSADO”?! Porém sem porém se me desse alguma coisa, não estaria cometendo crime
ter conhecimento da força oculta e poderosa que provocava algum, pois o direito é dele, quando temos direito sob algum
esses fenômenos, quem iria acreditar no João, e por a mão patrimônio podemos doar a quem quisermos. Seja a uma igreja,
nessa aparente ratoeira? O relator sabia muito bem que o João a um cidadão comum ou até fazer festa pra gatos e cachorros,
além de não ter advogado, também não tinha condições para etc. Acho que está acontecendo uma inversão de valores aí.
constituí-lo. Portanto deveria ter nomeado um, mas isso não foi Apesar de não ter tido essa iniciativa, acredito que seja
feito, preferiram usar desse estratagema para atender os direito das pessoas protegerem seu patrimônio de qualquer ato
caprichos dos poderosos. No final ainda condenaram-nos a ilícito usado para subtraí-lo, mesmo quando isso é feito por
pagar “um por cento” sobre uma indenização cujo valor não foi bandidos bem vestidos, se for o caso, até mesmo com outro ato
sequer solicitado por ele. E muito menos por mim. Condenação que em outras circunstanciais seria ilícito.
esta que alcançou quase 15.000,00 (quinze mil reais). As pessoas não ficam olhando pacificamente marginais
No final conhecendo muito bem o Sr. João como levando o que a elas pertence sem nada fazer, somente se
conheço, tenho certeza, a dor de ser acusado de agir de má fé é ficarem paralisadas como eu fiquei diante daquela situação
para ele e sua família a pior de todas as dores, essa dor que eles assustadora. Nesta, eles alegaram somente coisas banais, não

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quiseram entrar no mérito da questão, que é se ele realmente Cap. XV


trabalhou ou não trabalhou. Essa é a questão que deveria ser
prioridade, no entanto nem sequer aceitaram testemunhas
quando o Sr. João ofereceu, quanto mais exigiram que o DENÚNCIA
apresentasse.
Para serem justos teriam sim que diminuir
sensivelmente àquela condenação trabalhista absurda, porém,
jamais em hipótese alguma, dar a entender que eu tivesse agido O único apelo que faço é para que as leis sejam
de má fé. cumpridas. Em Campo Grande MS, depois que o atual MM
Juiz Corregedor 2007/2008, passou a comandar o sistema de
regime semi-aberto e regime aberto, as leis também deixaram
de ser cumpridas. Eu, por exemplo, já havia conquistado o
direito, Judicialmente, de somente assinar sem pernoitar na
unidade penal. (pág.doc. 84). Para a minha surpresa, o
“digníssimo”, contemplou-me mandando-me para o regime
aberto (pág. doc. 85). Ocorre que, a ordem era para eu dormir
na unidade, não entendo como é que alguém que está
cumprindo rigorosamente em dia, como eu estou, pode ser
regredida se o regime é de progressão. Como?

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Cap. XVI Até acredito que o Digníssimo Juiz e o representante do


Ministério Público, não estejam envolvidos no furto da comida,
porém como posso convencer aqueles coitados, muitos deles,
O MARMITEX órfãos, moradores de rua e hoje sabendo que o Governo federal
manda dinheiro para custear cada detento, e manda o suficiente
para servir uma alimentação melhor, e lhes é entregue um
marmitex cuja foto demonstra.
Os detentos sabem que, além dessas irregularidades que Vale ressaltar, que lá pernoitei por mais de sessenta
já mencionei vem dinheiro para servir uma boa alimentação. dias, e nesse período não foi servido café da manhã, sequer uma
Pois olhem senhores, o tipo de comida que é oferecida (ver única vez, repito, vem verba suficiente para tal.
foto). Eu que sempre defendi a ordem, dando bons exemplos, Os detentos são convictos que é de responsabilidade dos
dando palestras em colégio, e favelas, assim que cheguei ao Digníssimos Juiz e Promotor fiscalizar, para ver como é que
barracão (local onde ficam os presos no regime aberto) marquei estão sendo tratados os homens que eles mandam colocar
uma palestra. Assunto este, que visa além de apresentar as naquele barracão infestado de ratos, baratas, vermes etc. e
idéias de um livro que eu mesmo escrevi (COLEIRA NO fazem de tudo para dificultar a saída dos mesmos. Qual é o
PATRÃO) com a finalidade de esclarecer inúmeros meios de interesse do mm Juiz e do representante do Ministério Público
ganhar dinheiro com pouquíssimo capital de investimento, em prender e manter o máximo de pessoas encarceradas
capital este que qualquer detento por mais mal preparado que possível? Essa é a pergunta que não se cala. A intenção de
seja, consegue levantar em apenas um dia de serviço. E mais, dificultar a saída é evidente, tanto é que no meu caso ele tinha
mostro o quanto é fácil, simples e gratificante ganhar dinheiro acabado de me conceder um suposto benefício, portanto, tinha
honestamente. Também dou dicas infalíveis para conseguir em mãos o meu parecer disciplinar e com tudo exigiu outro,
emprego a quem prefere ser empregado. Mostro que o crime quando imediatamente solicitei livramento condicional que na
não compensa que temos que respeitar as leis, e assim ser um época já estava no meu direito. No entanto exigiu outro que
cidadão respeitado. Mostro que o trabalho dignifica. com ordem dele mesmo só pode ser expedido após trinta dias
Porém lá eu tive medo de defender os cumprimentos da de convívio. Agora mais uma novidade, o digníssimo Juiz não
lei. Pois com que cara vou falar que devemos respeitar as leis, deixa visitar familiares fora do município se o interno não tiver
se hoje além deles virem seus direitos sendo desrespeitados, dinheiro, pois só concede autorização se o mesmo dispuser de
sabem que até seus MARMITEX, todos os dias estão sendo dinheiro para pagar à multa penal pendente, ainda que seja
saqueados. Como posso convencê-los a saírem do crime, se parcelado (pág. doc. 86). O documento está sem assinatura,
assim é que estão agindo para com eles? A justiça não pode porém é este que foi anexado para os detentos do regime
combater o crime cometendo outro crime. Não estou “aberto”. E só foi retirado da parede após vencer o prazo de sua
questionando se condenado deve viver melhor ou pior, finalidade. O referido documento, que provavelmente na
simplesmente que as leis sejam cumpridas e lhes seja repassado tentativa de isentar-se da responsabilidade, preferiram deixar
o que é de direito. Será que isso é pedir demais? sem assinatura.

43 44
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Pergunto. Que moral alguém que não cumpre as leis,


tem para ser um educador? Sei que a maior lição que podemos
dar a alguém é com nossos exemplos, portanto a vara de
execuções penais não deveria ser ocupada por qualquer um,
àquela função tão importante teria que ser ocupada por alguém
digno de respeito, homem cumpridor das leis e emocionalmente
equilibrado.
Venho por meio deste documentário, alertar, para que as
autoridades tomem as providencias cabível, não podemos
deixar nosso querido Mato Grosso do Sul, se transformar no
inferno do terrorismo, como em muitos Países e já aconteceu
em São Paulo. Para que isso não ocorra, temos que zelar
principalmente do nosso Judiciário, para que se torne um poder
respeitável e assim ser respeitado.

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Cap. XVII conchavando com traficantes, e outros criminosos na promessa


«««««۩»»»»» de fazer fluir ou emperrar o trâmite do processo.
Crimes de homicídio também teriam que ser julgados
SUGESTÃO por Juízes entendidos, responsáveis, sujeito a arcar com as
conseqüências, quando manipulados fossem. Da forma como
ocorre a condução dos julgamentos por alguns juízes, o que
podemos falar dos juízes leigos? Coitados, pobres funcionários,
A crítica mesmo sendo produtiva por si só exerce pouco trabalhadores aposentados, empregadinhos que dependem de
valor, por esse motivo vou aqui plantar algumas sementes na tudo e de todos, e por vezes precisam até do popular sacolão
esperança de diminuir esse círculo vicioso, pelo jeito uma para ajudá-los na sobrevivência.
prática comum na Justiça do meu querido Mato Grosso do Sul. Senhores do Legislativo, autoridades do meu querido
Peço ao ilustríssimo senhor Presidente da República e Brasil, já está na hora de exigir que Juízes só possam quebrar o
aos senhores do Poder Legislativo que sempre estiveram sigilo bancário, fiscal ou telefônico de alguém, quando ele tiver
empenhados em diminuir a desigualdade social, que lutem para a dignidade de primeiramente quebrar o seu próprio sigilo
que todos os processos venham ser corrigidos pelas instâncias bancário, fiscal e telefônico. O exemplo deve começar em casa,
superiores. Mesmo quando não forem recorridos, deveria a isso sim é integridade e transparência, ao participarmos de uma
segunda instância avaliar todas as decisões da primeira, e sociedade comercial; no casamento, na administração de
quando constatar irregularidade aplicar a punição devida aos dinheiro público, enfim na vida, não basta sermos limpos,
julgadores mal intencionados. A terceira instância deverá devemos agir com o máximo de transparência possível. Isso eu
obrigatoriamente corrigir a segunda, sem esquecer-se das aprendi logo cedo trabalhando com meu Pai, nós e vários peões
punições quando necessário. na comitiva quando nos reuníamos e era reclamado o
Evidentemente ficará um pouco mais oneroso, porém o desaparecimento de alguma coisa, imediatamente meu pai
Poder Judiciário é de fundamental importância para a ordenava que parássemos com tudo que estávamos fazendo e
continuidade da democracia. Portanto é necessário que sirva de dizia o seguinte: “pegue meu alforje e tudo que for meu,
exemplo positivo. esparrame na grama”! Aí ele dava uns passos para traz, não sei
Deveria também constar na ficha de cada interno a data ao certo se para se proteger de eventual ataque ou simplesmente
da progressão de regime, e assim que completasse o tempo, ser para dar mais liberdade aos mesmos. Ordenava que o
imediatamente lhes concedido o direito de liberdade, caso não sacudissem no intuito de comprovar a todos que não havia mais
tivesse restrições e isso deveria ser executado pela direção nada ali. A seguir dizia: “façam o mesmo com os pertences do
prisional, pois além de economia para o Estado quem não tiver meu filho”. Feito isso, meu Pai educadamente agradecia,
condições para constituir advogados sairia também tão logo porém, com pulso firme dizia: “vocês vão me dar licença, pois
completasse o tempo, e, além disso, desafogaria a vara de agora quem vai revista-los sou eu”, e pedia que eles também se
execuções penais e evitaria que chefes de cartório ficassem afastassem um pouco. Era uma situação tensa, pois
praticamente todos eram homens feitos, menos eu, que na

47 48
«««««۩»»»»» «««««۩»»»»»

época era criança. O mais interessante é que a única vez que me Cap. XVIII
lembro ter encontrado algo, foi justamente nos alforjes de um
que relutou, pois não queria ser revistado.
Deveria também, mudar o nome do Ministério de CRUZ E A ESPADA
Educação, e aqui vão algumas sugestões:

* Ministério das Instruções; Alguém vai dizer que quando a vítima não concordar
* Ministério do Ensino; com a sentença pode recorrer. Ocorre que na maioria das vezes
* Ministério da Escolaridade. as pessoas não têm como pagar advogado, ou o patrimônio é
tão pouco, que a pessoa não se anima a correr o risco de perder
Pois eu tenho percebido que as pessoas com grau tudo e ainda continuar preso, ou condenado, sabendo da
elevado de escolaridade, nem sempre tem educação, “aquela necessidade que seus filhos passarão lá fora. Isso vale também
que vem de berço”, a polidez, cortesia, honestidade, o caráter, para Ação Civil, a verdade é que se a justiça continuar como
integridade e honra. Portanto, podemos chamar de educação, está aqui no Mato Grosso do Sul, as pessoas menos favorecidas
somente aquela que se aprende na infância. Pois quem não teve vão continuar entre a cruz e a espada. Pois ao recorrer mesmo
bons exemplos, nunca entenderá a honra. ganhando a ação, a necessidade é certa, só de pensar que o
patrimônio vai todo para recorrer da sentença muitas vezes mal
julgada, e na melhor das hipóteses corre-se o risco de demorar
mais de dez anos.
Por isso é preciso que nossos Juízes, “todos”, tenham
integridade e respondam pelos seus próprios atos. Assim como
está, o prejuízo é incalculável. Enquanto tivermos Juízes isento
de responsabilidades, o cinismo, o descumprimento das leis, a
falcatrua, certidões falsas, venda de sentenças e abusos de
autoridade de todos os tipos continuarão. Imagine leitores o
prejuízo que temos quando por má intenção de um magistrado,
nos vemos obrigados a recorrer de uma sentença mal julgada,
na melhor das hipóteses isso trará despesas e anos de
sofrimento. ISSO É TORTURA!!! Outra coisa, quando
poderosos querem interferir no resultado da sentença, o crime
começa normalmente no cartório do Fórum, distribuindo os
processos para os Juízes do esquema.

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Todos os inescrupulosos deveriam ser Cap. XIX


responsabilizados, e não a magistratura servir quase como um
passaporte para a corrupção, devido à impunidade.
DEDICANDO-SE AO TRABALHO

Não posso deixar de comentar aqui, sobre o brilhante


desempenho do Promotor de Justiça que atuou no segundo
julgamento que tive. Pois ele provou que possui uma memória
incomparável, sabia de cor, inclusive as paginas nas quais
estavam o conteúdo que meu advogado lia. Sabia tudo do
processo, me convenci do seu capricho quando percebi que
possuía uma pasta nova na qual continha as cópias do processo,
coisa que eu não tinha visto nem mesmo em mãos de meus
advogados particulares. Com toda a certeza se dedicou muito
para condenar-me, acredito até que tenha exagerado um pouco,
no seu empenho, pois na tentativa desesperada de me guardar o
máximo possível, como queria os poderosos, ele recorreu da
sentença para endurecer ainda mais minha condenação, (pág.
doc. 87) e acabou perdendo para seu maior rival. (pág. doc. 88).
Contudo, o que me resta dizer é parabéns digníssimo
Promotor de Justiça, apesar da derrota, acredito que o senhor
sempre se dedica da mesma forma, mesmo quando não existem
interesses de pessoas poderosas em jogo.
Parabéns também ao ilustríssimo assistente de acusação,
que viajou mais de novecentos quilômetros e parece-me que foi
por puro amor à profissão.
Com relação à ação trabalhista, já fiz acordo com o Sr.
João, e estou pagando-o. Portanto o único valor a ser ressarcido
pelo Estado é indenização por danos morais, e pelo que eu
conheço o Sr. João e sua família, apesar do prejuízo que tomou
e das necessidades e dificuldades que sofreu, dinheiro algum no

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mundo vale mais para eles que o reconhecimento da sua Cap. XX


integridade.

PASSANDO A LIMPO

O lucro deste livro vai ter duas prioridades:

1ª - Terminar de pagar os direitos trabalhistas, do Sr. João


Paulo Loubet. Após o pagamento integral, que evidentemente
será bem menor que o estipulado anteriormente pelo
Digníssimo Juiz;

2ª - Abrirei uma empresa para tratar de cães abandonados.

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Cap. XXI Cap. XXII

CIDADANIA RESPEITO

Hoje já estou vivendo bem, mas isso não pode Não posso me igualar a esses que por motivos
transformar um Homem como eu em parasita, que quando está particulares ou psíquicos oprimem ainda mais os já oprimidos.
em um bom lugar se acomoda e prefere ficar nele a vida toda. Apesar de gostar dos cães não faço igual a eles, que na
Estou fazendo o que minha consciência manda, vou lutar por briga sempre mordem os que estão embaixo.
um amanhã mais justo, para que esse mal não venha a ocorrer a Se eu não reunir coragem para enfrentar os fortes,
outros. também não costumo me aproveitar dos fracos.
Leitores, se pessoas que são muito bem pagas para fazer
cumprir as leis não as cumprem, que futuro poderemos esperar
para nossos filhos?
Não existe nada mais contundente, arrasador e
destruidor, do que um juiz corrupto. Nem mesmo o fogo
consegue fazer tanto malefício. Esse pedido de providência que
trago por fim, não é pelos anos da minha vida que morosamente
se esvaíram dentro dos muros de uma penitenciaria qualquer, e
muito menos pelo desmoronamento do meu patrimônio, mas,
unicamente para que estas mazelas deixem de ocorrer a outros
que por azar, ou qualquer outro motivo, venham cair nas garras
da quadrilha que compõe o crime organizado.

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Cap. XXIII Cap. XXIV

SEMENTE OTIMISMO

A banda podre existe, e não podemos fechar os olhos e Quando estava quase concluindo este trabalho,
assim permitir que criminosos se organizem no interior desse encontrei-me com o contador da empresa a qual presto
poder de vital importância. Com essas denúncias, acredito que serviços. No decorrer da conversa fiquei feliz quando ele me
serei duramente repreendido, estou certo que serei punido sem disse que a palavra integridade, honra, estava começando voltar
piedade, porém alguém precisa plantar essa semente. a reinar de novo entre as pessoas.
Sei que pagarei muito caro, simplesmente porque como
cidadão brasileiro que sou, vejo-me no direito e até na
obrigação de fazer com que meu País, amanhã seja melhor,
mais justo que hoje.
Peço aos Promotores “honestos”, educadores,
universitários, políticos, meios de comunicação, enfim, a toda
sociedade, não deixe essa idéia morrer, pois nós passamos por
este caminho, e precisamos torná-lo melhor do que antes. Esta é
uma forma de comunhão com Deus.
É a semente do bem que precisa ser cultivada, temos
que denunciar os corruptos, independentemente da classe social
que ocupam. Malditos os inescrupulosos que criaram a lei que
torna vitalício, inclusive o salário de juízes corruptos.

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Cap. XXV Cap. XXVI

JUSTIFICANDO EXPLICAÇÃO

Apesar de nunca ter mexido com coisas duvidosas no Por conseqüência do delito, além, do que eu gastei com
decorrer de minha vida, sei que daqui em diante terei que me advogado, meu Pai pagou do seu próprio bolso mais de
cuidar muito, pois quem se propõe a denunciar o crime cinqüenta mil reais, dinheiro este que não queria receber e dizia
organizado, jamais saberá como e quando virá a represália. Sou para minha família que, se acontecesse alguma coisa com ele
consciente que além do risco de morte ou “desaparecimento”, não era para a família exigir, pois ele havia gastado de livre e
poderei ser denunciado, injustamente pelos mais sinistros espontânea vontade e ainda contra a minha vontade. Pois
crimes da atualidade. Comparsas e testemunhas, documentos e quando ele morreu, uma de minhas irmãs questionou e quer
todos os tipos de provas para eles é coisa simples de conseguir. receber. Isso fez com que, contra a vontade das outras,
Seja qual for o meu fim, quando eu estiver dando os incluindo minha Mãe e meu irmão, eu abrisse mão da minha
últimos suspiros de minha vida, me confortarei com a certeza parte na herança. Poderia dar somente a parte que a ela caberia,
de que em algum lugar do planeta alguém estará tirando cópias porém, naquele tumulto devido à dor de ter perdido meu Pai de
deste livro, que um dia voltará à terra de origem. forma tão trágica; todo restante da família desalentada com essa
Saibam leitores, sou limpo e íntegro, pago até mesmo o irreparável e súbita perda, minha mãe, irmã e sobrinho
que não devo para evitar que minha honra possa parecer gravemente feridos devido o brutal acidente, enquanto a dita
arranhada, sempre serei assim, procuro não fazer injustiças a irmã só reclamava, esbravejava e maldizia a perda do dinheiro,
ninguém, porém minha integridade para mim tem mais valor brigando pela herança. Eu preso, sem nada poder fazer para
que minha própria vida. Tive motivos de sobra para cometer o pagá-la imediatamente, preferi abrir mão de tudo e fazer como
já referido homicídio. Conforme relatei, sei que qualquer um sempre faço deixá-los totalmente à vontade para fazer o que à
dos leitores em meu lugar faria o mesmo, a não ser que seja tão consciência de cada um mandar. Pois mesmo abrindo mão da
medroso quanto eu fui um dia. herança muito antes de eu perder a ação, que tinha tudo para
ganhar, o digníssimo juiz não a deixou para minha família.
“Detalhe, eu nunca imaginei que pudessem confisca – lá, já
que é um bem de família”.
Essa irmã a qual me refiro, e vou pagar é de mal comigo
até hoje, portanto aqui vai o meu pedido de desculpas a ela...
“Eu só soube a pouco tempo que o juiz não deixou para você”.
Pode Acreditar vou pagá-la, você sabe da minha integridade,

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pois até quando os juízes confiscaram os direitos do João, em Cap. XXVII


favor de terceiros, e me livraram da obrigação Judicial, mesmo
assim eu assumi a responsabilidade e estou pagando-o. E você
sabe disso “Doutora” Rosana Godoy Leite Massa com você não DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS
vai ser diferente, vou pagá-la até o último centavo.
Lembra o requerimento que seu marido “Dr. Humberto
Ivan Massa” fez com relação às pedras? Pois é, vocês
seguraram o inventário por mais de oito anos até que fosse É interessante que no sistema judiciário, mesmo quando
vendido o último metro, e lhes fosse pago suas comissões. Isso superiores sabem que o erro foi cometido por subordinados que
não é desculpa para não te pagar, pois vou pagar-te cada compõem o corpo do sistema, não fazem nada para corrigir-lo,
centavo. Portanto, deixem sair o inventário, vocês já mamaram o máximo que consegui com a OUVIDORIA JUDICIÁRIA de
tudo o que puderam com relação aquilo, que de caso pensado MS foi um conselho dizendo: “(...) busque a orientação de um
seu marido deixou de declarar na partilha. Fique tranqüila, Advogado”. (Pág. doc. 89).
ninguém da família faz tanta questão quanto você, se quiser um Nas empresas que tive que gerenciei e ajudo a gerenciar,
pouquinho mais pode pedir, todos te darão, a única irmã que sempre assumi e assumo qualquer erro ou falha que por ventura
pode não te dar nada, é aquela que você controla, pois vocês se meus subordinados vierem a cometer. A empresa que gerencio
parecem. Nunca pegamos e não queremos um parafuso sequer tem de ser confiável, os donos e administradores precisam
do que é seu, lá todos têm dignidade e ninguém come pedra, assumir responsabilidades, e se precisar, até contratarem
não temos o costume de sugar nada de ninguém. “Como pode profissionais. Isso deve ser feito pela entidade a qual cometeu a
ver ninguém nunca explorou as empresas nas quais trabalhou”, falha, seja por culpa de funcionário, negligência ou dolo. Isso
Entenda! A coitada da nossa mãe é a maior prejudicada nessa não interessa, esse é problema interno que será resolvido depois
história, assim que vocês deixarem o inventário sair pode de solucionar o principal. Não faço isso para segurar o cliente, e
passar aqui e receber seu dinheiro, mas traga recibo!! Não sim por dignidade mesmo. Assim são as empresas que
tenho direito no inventário isso eu sei, mas vou esperá-lo sair, administro. Se por ventura eu não tiver autoridade para tal,
não preciso pressa, pois você nem sequer tem direito, mas peço a conta e vou embora.
mesmo assim vou pagá-la, vou te pagar cada centavo. Sempre Senhores, se na empresa a qual presto serviços, um
fui assim e sempre serei na dúvida quem paga sou eu. Gosto funcionário vendesse uma caixa de sorvete que, por falha se
disso, eu vim ao mundo para dar bons exemplos. esqueceu de adicionar açúcar na receita, imagine eu como
Fui doutrinado para adiantar um dia, mas nunca atrasar gerente da mesma, sem autoridade para reembolsar o valor do
uma hora, só que isso pra mim virou obsessão. sorvete e demais prejuízo inerente, e que por falta de autoridade
Não vou comentar sobre minha integridade, pois para resolver internamente, tivesse que aconselhar o cliente a
poderei encher este livro só demonstrando meu caráter. recorrer ao PROCON ou contratar um advogado, isso mesmo
sendo MICRO EMPRESA já seria inaceitável. Imaginem então,
quando isso acontece no PODER JUDICIÁRIO de um PAÍS

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democrático, que é cheio de representantes do MINISTÉRIO Cap. XXVIII


PÚBLICO, “os fiscais da LEI”. Nada contra a categoria, acho
que a maior parte deles desempenha muito bem o papel, só que
teriam que ter mais autonomia para assim que tomassem CONSTRANGIMENTO
conhecimento de eventuais falhas, imediatamente pudessem
corrigi-las sem provocar ainda mais aborrecimento para a
vítima. Justiça é: corrigir a falha dos outros, porém corrigir a
nossa também. Na minha casa é diferente, primeiro corrijo as De todos os lugares que passei até aqui durante o
minhas falhas. Mas isso é na “minha casa”. Mas eu sou eu. cumprimento da sentença, o mais constrangedor está sendo o
cumprimento do regime de livramento condicional, onde a
apresentação mensal deve ser feita no fórum. Ocorre que em
Campo Grande MS essa apresentação é feita na parte mais
exposta possível aos olhos do público, parece-me que foi
cuidadosamente escolhida para marginalizar e constranger
ainda mais os que nessa condição se encontram, pois conseguir
emprego já é difícil, imaginem então para as pessoas que são
vistas nessa circunstancia, expostas nessa situação vexatória em
plena praça pública na fila da vergonha, com isso diminuindo
ainda mais as possibilidades de conseguir o tão sonhado
emprego, justamente quando o individuo mais necessita de
apoio, e luta para se reintegrar na sociedade. É obrigação do
Estado, reeducar e reintegrá-lo. Aqui é feito exatamente o
contrário, isso é estímulo ao crime.

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Cap. XXIX Cap. XXX

BERÇO EXCEÇÕES

Existem pessoas que foram designadas a exercer cargos Confio nos digníssimos Juízes, Promotores e
de autoridade que me tratam como se eu fosse um ser inferior, e desembargadores, sei que existem muitos que são dignos de
covardemente demonstram o poder autoritário que possui sobre respeito, são AUTORIDADES que esbanjam exemplo de
minha pessoa. Isso me deixa triste, pois sei que se integridade, verdadeiras excelências, fazem jus às homenagens
disputássemos no jogo da integridade eu ganharia de goleada. e honrarias que lhes é prestada. Pessoas iguais a estas, que eu
Da última vez que tive o desprazer de conversar com tenho certeza absoluta, o dinheiro do poder não teve influência
um Juiz, foi na condição de testemunha, no decorrer do alguma no trabalho ou na decisão deles. Provavelmente os
interrogatório o Juiz pediu ao advogado, o qual me levou de poderosos com o assessoramento e conhecimento que possuem
testemunha: “doutor posso ficar com estes extratos?” O não tiveram coragem de chegar nestes. Pois já sabiam que os
advogado por sua vez, com muita gentileza disse: “é todo seu mesmos não se vendem.
doutor”, e a seguir complementou dizendo: “na realidade esses São eles:
papéis são do Rosalvo doutor”. Imediatamente eu disse: não
tem problema algum doutor! Ele me olhou, e perguntou: “é " Dr. Francisco Gerardo de Sousa - (Juiz de Direito);
seu?”, Eu repeti: é, mas não tem problema algum doutor! Ele " Dr. Daniel Della Mea Ribeiro - (Juiz de Direito);
por sua vez, com toda arrogância disse-me: “se é seu esta " Drª. Simone Nakamatsu - (Juíza de Direito);
confiscada”. Pelo jeito não aprendeu ainda que para ter " Dr. Roberto Polini - (Promotor de Justiça);
autoridade não precise ser mal educado, não sabe que podemos " Dr. Nildo de Carvalho - (Exmo.Sr. Desembargador);
tratar nossos subordinados com respeito e conquistar a " Dr. João Marcelo Balsanelli - (Juiz do Trabalho);
confiança deles, com isso obter melhores resultados.
" Dr. Heiler Ivens de Souza Natali - (Promotor de Justiça do
Trabalho)
" Drª. Dalma Diamante Gouveia - (Juíza do Trabalho)
" Dr. Belmires Soler Ribeiro – (Procurador da República)

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Cap. XXXI Cap. XXXII

ESCLARECIMENTO JUSTIFICATIVA

A forma como demonstrei os fatos, enviando provas Peço perdão a minha Mãe e a minha filha, peço
incontestáveis de tudo que foi declarado, acredito ter ficado desculpas aos meus irmãos e amigos por ter tomado essa
demasiado evidente os crimes cometidos pelos Juízes. decisão perigosa. Vocês sabem o quanto à injustiça sempre me
Portanto, leitores, estudantes, universitários, e outros deixou indignado, mesmo quando era contra outras pessoas,
isso pode acontecer com qualquer um de vocês ou mesmo com quando aconteceu comigo, e senti na pele, obviamente foi ainda
um de seus familiares, ninguém está imune a essa praga. Desde pior.
o dia que começaram a conduzir o meu processo de forma
nojenta, só penso em torná-lo público, ou seja; “dez anos”,
juntando documentos, tudo muito difícil de conseguir, pois o
processo não está na comarca de minha residência, e lá é reduto
da irmã do finado. Por não ter como contratar profissionais
para esse fim, Eu mesmo tive que aprender a ler e escrever,
com a finalidade, de demonstrar os fatos.
Não podemos esquecer as barbaridades ocorridas, e
muito menos nos deixar levar por confirmações mentirosas e
enganosas que certamente surgirão em defesa dos mesmos.
Lembrem-se, tudo que foi relatado aqui está com cópia
anexada, e os originais estão no fórum à disposição dos
interessados.

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Cap. XXXIII Cap. XXXIV

AGRADECIMENTOS RETRATANDO

Aqui vai meu pedido de desculpas e agradecimentos aos Gostaria muito que as pessoas que tiverem consciência
Policiais Civis e o Policial Militar Roberto Mendes de Porto que cometeram algum tipo de falha grave, e por conta disso
Murtinho, que talvez pela generosidade, nobreza de caráter, paz acabou me prejudicando moralmente, tivessem a dignidade de
de espírito, e desprovimento de necessidade mórbida, comum admitir que erram, assim como faço quando existe ao menos
em outras corporações, onde se prevalecem sempre dos mais um por cento de chance da falha ter sido minha, se isso vier
fracos. Lá foi diferente, não se aproveitaram da força ocorrer, imediatamente serão desculpadas sem questionamento.
armamentista que possuíam. Acredito que por entenderem Porém se alguém se achar no direito de me matar, eu gostaria
minha indignação acabaram respeitando, e com isso partiram muito que tivessem a dignidade de fazer isso com as próprias
para o diálogo evitando assim o derramamento de sangue que mãos, e que assumissem, assim como eu assumi e assumo. Eu
certamente seria o meu e dos meus companheiros na época. lhes peço não mandem outro fazer, isso sim é desonroso.
Pois entenderam também que para espancarem meu Sempre fui assim e sempre serei cada vez mais exigente
amigo teriam que me matar primeiro, e isso é que evitaram, comigo. Justo e tolerante para com os outros, se bem que, não
portanto o que me resta dizer é: Muito obrigado aos senhores, posso permitir que criminosos e bandidos de gravata,
vocês merecem todo o meu respeito e o respeito da minha impunemente venham denegrir minha imagem perante a
família. opinião pública, e continue pousando de bacana digo opinião
pública porque entre pessoas que me conhecem jamais irão
conseguir.
Depois de muito pensar descobri que por vez, o teclado
de um computador emprestado pode fazer mais efeito que o
ataque de um tanque blindado. Daqui em diante sempre que for
necessário acionarei o gatilho do teclado de um computador
qualquer.

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Cap. XXXV
Cap. XXXVI

DANDO A VOLTA POR CIMA


SAUDADES

Leitores, eu li apenas partes dos processos, não tenho


conhecimento jurídico, mesmo assim comprovei essas tantas
irregularidades, imaginem então se esse serviço fosse feito por Domingas Lourenço, grande mulher, trabalhadeira
profissionais? Pergunto quantos documentos e nomes ainda incansável, honesta, íntegra, amiga incomparável, assim que
seriam juntados a estes? Alias estes processos deveriam servir soube do ocorrido quando estava trabalhando no Japão, tomou
de tema para trabalhos nos cursos de direito. Os futuros um avião e desembarcou em São Paulo. Apesar de achar que a
advogados precisam saber como funciona o palco de trabalho viagem foi uma eternidade embarcou num ônibus até Campo
no qual vão atuar. Grande MS, e logo seguiu destino a Porto Murtinho, três mil
quilômetros de ônibus, ida e volta. Lá chegando foi direto a
Apesar de tudo, já estou vivendo bem, não penso mais delegacia onde eu estava recolhido. Perguntou-me: “o que
em acumular patrimônio e nem posso, pois as hienas estão preciso fazer para tirá-lo daqui? É advogado que falta?”
sempre me rondando esperando a sobra, por isso eu aproveito Perguntou ela. Disse-me: “tenho dinheiro aqui”, apertando a
cada dia da minha vida como se fosse o último. bolsa contra o próprio peito, disse-me também: “no banco
Com tudo que ocorreu ainda não me sinto vítima da tenho mais, te deixo tudo e volto ao Japão para recuperá-lo,
situação, consegui dar a volta por cima e aqui estou cada vez contrate o melhor advogado que encontrar”. Abraçamo-nos por
mais forte, inteligente e corajoso, pois o crime nunca me entre as grades e choramos, não por sofrimento, chorei de
estimulou. Porém, sei que o mesmo não ocorre com outros que felicidade por ter alguém tão especial e que tanto me considera,
passam por situações semelhantes, o comum de quem passa por eu disse a ela: fico muito agradecido, mas não vai adiantar, não
isso é sucumbir, ou se revoltar e praticar crimes mais violentos, vou pegar. A minha briga era contra a Prefeitura, agora é contra
injustiças são os ingredientes que fazem alimentar o terrorismo. o Estado, pois eles elegeram o governador. Se já tinham
Pois sendo esmagadora de qualquer forma, se torna ainda pior dinheiro para comprar tudo e quase todos, seu poder aumentou
vindo de Entidades que deveriam Combatê-la, precisamos ainda mais.
tomar todas as providências e sermos implacáveis com os que Ela insistiu: “vamos arriscar, você não vai precisar
agem de má fé. pagar esse dinheiro, eu trouxe para te tirar deste lugar, não vou
te cobrar nada, não precisa se preocupar”. Insistiu: “fique com
ele”. Eu não aceitei, acho que ela não entendeu... É pena,

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acredito que tenha ficado muito magoada, me entregou


presentes e partiu. Até hoje nunca mais me deu noticias. Talvez
ela não tenha entendido que para mim a única coisa do mundo
mais valioso que o gesto dela, é ela própria.
Domingas Lourenço, dia 20 de abril de 1958 nasceu
uma menina muito especial e dia 20 de abril de 2009, ou antes,
eu gostaria muito de abraçá-la por um longo tempo, agora sem
ferros para nos atrapalhar.
Se por ventura você ficar sabendo dessa declaração, por
favor, entre em contato comigo (0xx67 3383 1755) você deixou
uma marca tão profunda no meu coração que nunca se apagará.

ROSALVO GODOY LEITE


PÁGINAS

DO

DOCUMENTÁRIO

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