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Escola Secundária de São João do Estoril

TAANIT CORREA, nº18 12º3


Hypatia
Hypathia foi filha de Theon, filósofo, astrónomo, matemático, autor de diversas obras e professor em
Alexandria, e como tal foi criada num ambiente de ideias e filosofias. Tendo uma forte ligação com o pai
adquiriu para alem de conhecimentos, a forte paixão pela busca de respostas para o conhecimento. Diz-
se que ela, sob tutela paterna, submeteu-se a uma rigorosa disciplina física para atingir o ideal de ter a
mente e o corpo sãos.

Estudou na Academia de Alexandria, onde estudou tudo o que pode: matemática, astronomia, filosofia,
religião, poesia, artes e retórica.

Na sua adolescência viajou para Atenas para completar a sua educação na Academia Neoplatônica, onde
rapidamente se destacou. Ao retornar a Alexandria já tinha um emprego à sua espera: seria professora
na Academia onde estudara, ocupando a cadeira que fora de Plotino. Aos 30 anos já era directora da
Academia, sendo muitas as obras que escreveu nesse período.

A maioria dessa obras não chegaram ao nosso tempo, tendo sido destruída com a Biblioteca de
Alexandria ou quando o Templo de Serápis foi saqueado. A maior parte do que sobrou são cartas que
Hypatia trocava com outros professores e alunos. Um desses alunos foi o notável filósofo Sinésio de
Cirene. Através dessas cartas sabemos que Hypatia inventou instrumentos usados na Física e
Astronomia, tais como o Astrolábio.

A tragédia de Hypatia foi ter vivido numa época de grande luta entre o Paganismo e o Cristianismo que
se impunha no mundo greco-romano. Sendo ela neoplatônica e defensora intrasigente da liberdade de
pensamento, tornara-se má vista por aqueles que pretendiam impor o pensamento ortodoxo religioso.

Mas Hypatia foi protegida por Orestes, prefeito de Alexandria, que fora seu aluno. Mas em 412 o bispo
Theophilus morreu, sendo o seu sobrinho, Cyril, ascendido ao seu posto. Com isto, Orestes perdeu todo
o poder que tinha, e Cyril, sendo um cristão intrasigente, lutou para defender a ortodoxia da Igreja, e
acredita-se ter sido o responsável pelo assassinato de Hypatia, apesar de não haverem provas
inequívocas de tal.

Um dia em Março de 415, durante a Quaresma, a sua carruagem foi vitima de uma emboscada, no seu
regresso a casa, por uma turba de cristãos, comandada por um homen identificado apenas como Peter
the Reader, assistente de Cyril. Ela foi desnudada, arrastada pelas ruas até uma igraja chamada
Caesareum, onde foi cruelmente morta, sendo o corpo dilacerado por conchas de ostras, ou cascos de
cerâmica segundo outra versão. Depois de porta o seu corpo foi atirado a uma fogueira.

O prefeito Orestes denunciou o crime a Roma e pediu uma investigação, que jamais progrediu por “falta
de testemunhas”, acabando Orestes por ser afastado do cargo.

A morte trágica de Hypatia foi determinante para o fim da gloriosa fase de matemática alexandrina, de
toda a matemática grega e da matemática da Europa Ocidental. Após o seu desaparecimento, nada mais
seria produzido por um período de mil anos e, por cerca de doze séculos, nenhum nome de mulher
matemática foi registado.

(Adaptado de Wikipedia, online in http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1tia#cite_note-2)

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1100 anos mais tarde, Raphael foi contratado para pintar A Escola de Atenas para o Papa Julius II. O
fresco foi pintado acima da secção de filosofia da biblioteca privada do Papa. No seu rascunho original,
Raphael colocou Hypatia no centro, logo abaixo das figuras de Platão e Aristóteles, mas os padres
ordenaram a sua remoção. Raphael conseguiu ainda assim inseri-la na pintura de forma discreta, apesar
de disfarçada como outra figura. Hypatia é a mulher vestida de branco no canto inferior esquerdo do
fresco, a olhar directamente para o espectador.

Hypatia, outrora condenada por um padre da igreja, fixa agora o seu olhar sobre a biblioteca do Papa.

(Traduzido de: Jim Haldenwang, Jim’s Science Page online in


http://members.cox.net/jhaldenwang/Hypatia.htm)

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Parede, 2 de Janeiro de 2010

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