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Fuse fo Diets 2 iw oe ce 4. Beatham: The principle ‘S. Mill: 4 system oflogie — An. OE ore ‘method of invest Sumario y t ‘UMA DXTRODUGKO AOS PRINCIFIOS DA MORAL EDALECISLAGKO 7 a SISTEMA DELOGICA DEDUTIVAEINDUTIVA ... 15 [UM BXAME DA FILOSOFIA DESIR WILLIAM HAMILTON a3 DA DEFINIGRO DE ECONOMIA POLITICA & DO METODO DE INVESTIGAGKO PROPRIO A i 1. edgdo —maio 1974 mA : : 289 $ 4 JEREMY BENTHAM | UMA INTRODUCAO AOS PRINCIPIOS DA MORAL E DA LEGISLACAO rN “Tradagio de Lule Jodo Burana a ay Carrio 1) 0 principio da utilidade anos: a dor € 0 prazer. Somente 4 eles compete apontar o que devemos fazer, “seni Como determinar o qué na realidadefaremos. Ao trono destes dois oF uma parte, a norma que distligue o que € eto do que Eerrado, « por outra, a cadeia das causis e dos efeitos. ‘Os dois senhores de que falamos nos governam em tudo o que fazemos, en tudo 0 que dize ‘em tudo o que pensamos, sendo que qualquer tentativa que cmraverarrazaoe da Ie “eras palavras e niio um do luz. 7 Entretanto, basta de metéforas © declamagio, uma vez que nfo é desta forma que a cincia moral pode ser aperfeigoada, 10 BENTHAM. jo d¢ wtilidade entende-se aquele principio que aprova ou dgsa- tendéncis que tem a auméniar ou a diminvir a I. — Qtermo utilidade designa aquels propriedade existente em qualquer jade em virlude da qual 0 'yantagem, prazer, bem ou fel ‘coisa), ow (0 que novamnte equival jade do mencionado individu. esse da comunidade, eis uma rminologia © na frascologi ue as veres se perca de vista 0 5 Tubotiver um semtido, sero seguinte. A comuni ASE pos ssoas individuais-que-se-cansideram como s% , se nfo se compreender qual sa promove o interesse de um indi- ¢ de um individuo, quando tende a aumentar a soma res, OU ENtA0, O Gue Valk afirmar o mesmo, quando tende & total dos seus praze de utilidade, pode cespécie de let ou di do, denominado uma lei ou ditado de utilidade; conseqientemente, poderé ser em conformidade com tal lei ou conveniente dizer que a ago em pauta ditado. 3 & uma deans plas Qu, por no ter tm nero (gen) supra pe er dei por vik (ao) 10 tende a prod ov proprciona/j) ‘ 1, em particular, uma~ dade quando a aprovago ou a desaprovacio que dé a medida, for determinada pela tendéncia que, no seu ent tem a aumentar ou a diminuir a felicidade da comuti vras, pela sua conformidade ou nao-conformidade com as leis ou os ditames da utilidade, ‘X. — Em se tratando de uma agio que € conforme ao principio da ul podemos sempre afirmar ou que ela deve ser praticada, ou, no € proibido praticé-ta, Pode-s jalmente, que & reto i ‘Se assim forem interpretad: Palavras deveria, reto, errado, o mesmo valendo de outros termo: mos earecem totalmente de si 2i do referido principio foi a sabiam 0 que demonstragio direta? Parece que iliza para demonstrar todas as outras coisas da estrutura humana, na majoria das: fagam este principio sem lo em concreto, ow em razio de algum preconceito ou isar em profundidade, ov porque no conseguem seqiénci ‘matéria de que é feito o homem: em princfpio e na préti- nna errada, a qualidade humana mais rara é a goeréncia e a 1 pena discutir sobre as suas opinides acerca do assunto, fagamos com que execute os seguintes passos. & possivel que, a longo prazo, a pessoa ée reconeitie com o nosso principio. (1) Fagamos com que a pessoa reflita dentro de si mesma se deseja descartar totalmente este principio. Se ela optar por esta alternativa, pegamos-Ihe que con- ue se reduzem todos 05 seus argumentos, sobretudo em matéria de pada, que fundamentalmer reconhecimento das suas pr -m mais nem menos do que um mero fundadas — em outros termos, 0 cho, se se tratasse de outra pessoa, foie ae 4a perguntar-se rerrado, sem que haja a minima alte- béo 56; nesta hipétese, nao aconteceria {nevitavelmente ue uma e mesma coisa seria aa mesmo tempo reta e errada, n0 ‘mesmo lugar. Em ambos 08 casos, perguntemos se toda a argumentagao nao che- PRINCIPIOS DA MORALE DALEGISLAGAO. 3 00 a fim. Perguatemos taimbém se, depois de duas pes disto”, ¢ “Eu nao gosto disto”, poderao ainda, baseada em sizer. (7) Caso a referida pessoa diga “Nao”, alegandlo que 0 principio que prope ‘como norma de pensar ¢ de agir deve fundar-se na reflexdo, perguntemos-Ihe a ave onto parle deve votre fle. Sa reflex erp objeto cua eacionados com «utlidade do fo, prgunemes be to jo significa abandon io Fetorrer Aquele mesmo prince Bo sonic ult coubaendo. Seu plese TapOHIeT ors ICTS ter “feita nao tem por ot tos particulares ‘Quando a pessoa tiver detcrminado para si mesma o ponto até 0 aul adotar 0 principio da ulilidade, fagamos com que pergunte a si mesma ie estabelega 0 que € reto € 0 que é errado, € que o homem imitindo'e — 0 que no corresponds & verdade — que o termo dade, perguntemos & mencionada pes- seguir os ditames do principiovla utilidade. Se o motivo aduzido nao for convin- cente, perguntemos finalmente & pessoa: para que serve esse outro prinefpio? x Capfruto It Principios contrérios ao da utilidade emi um ou outro ponto, fa demonstrar isto para ti do principio de (G) pelo Tato de ser-lhe constanter ‘que pode ser denominiado principio vcatcetimay” nee o © peo tuo de As ene srbe CORTETG' ts vss — Por prinefpio do asceticismo designo aquele principio que, como 0 da ‘ou desaprova qi dade da parte cujo interesse est em j rsa a0 que ocorre no principio da uti arm Ba ie neeerceianaee Mee inact, — MINA A en PRINCIPIOS DA MORAL EDA LEGISLAGAO—’ 1s 1X. —0 principio do asceticismo foi ideado, ao que parece, por certos espe- cculadores apressados que, tendo percebido — ov imaginado — que certos praze- res, quando colhidos ou desfrutados em certas circunstancias, trazem como cconseqiéncia, a longo prazo, dores maiores do que o prazer desfrutado, wtiliza- fete humane. Ao con io, 0 principio do asceti- ‘constincia — nem jamais podera sélo — ticasse com seriedade e constincia, em um dia o plan uminferno, XI. — Entre os prineipios contrérios ao da utilidade, e que nos tempos : governo, figura o que podemos denominar pri Por esta expressio _aprova ou desaprova certas agoes, ndo na medida i en iém gue. a aprovaglg OU & reprovayao zando_a nccessidade de proco- ‘que real; nio"€ wat prinepio-positivo, mas antes Ut Termio ut Ta egagio de qualquer principio. O que se espera r aponte al iRaay de aprovagio-e dseprovags Ufa proposipao que ndo far nada Ora, tal expectativa ndo se cumpre em sm nada menos do que considerar cada entimentos: tudo aquilo que eu me sentir propenio a condanar, por esta simples Sere Tu eerac efecto Gdeeeoeet cca importa saber até que ponto a punigdo contrara uilidade, ou se o ritério da ttilidade entra sequer agio. Para a punigio usa-se também resin proporeio: se odiares muito uma determinada agio, pune-a com muita severidade; se a odiares pouco, pune-a com pouca severidade; deves ponit na ‘mesma medida em que odiares. Se nfo odiares em absoluto uma determinads do errado podem red cles tfm um denominador comum que os caracteriza. T tidio de artificios inventades com o propésito de fugit bbusca.de uma norma externa ¢ de fazer o leitor acatar a con do autor como uma razo valida por si mesma. As expres porém o principio & . XV, —£ evidente que mais freqiientes do que tre, nos dias atuais, nas condigSes em que estamos habituados a véla. Com efei- to, nfo pode haver ‘mais geral para odiar uma tans, POIFO Tats de alguém softer ainda nio significa ivo esté sofrendo. Pode ocorrer, por exenaplo, que uma pes- oa sofra muito por um novo impasto, sem que seja capaz de identificar a razio dos seus sofrimentos com respeito a injustiga de um vizinho que sonegou um ‘que saiba por que XVI. — Q principio da simpatia ¢ antipatia tende ao maximo a pecar _sexeridade oxcoiiva, Tende ele aa lier 10 fazélo, e em casos em que se justifica ‘maior do que a merecida, Nao existe ato algum i que seja, ue o principio da simpatia¢ antipatia no encontre punir. Quer e trate de diferengas de g0s ao, sempre se encontra motivo para Pa desacordo, por mais trivial qe sea, que a perseveranpa ai Torna, aos olhos do seu semelhante, um ini sinoso. Este € um dos aspectos sob os quais a ue — para seu desabono — dos animais. momento nose tenkia erecorrer & vontade de ico, que professa dev Deus como norma para discemir 0 reto do errado. ‘A verdade é que nio estamos’ aqui diante de um principio distinto. Na reali- dade, © principio teoligico nio é nada mais nem nada menos do que um 6u outro ma diverse. PRINCIPIOS DA MORAL E DA LEGISLAGAQ ” as mais amplas interpretagées, segundo reconhecer fe todas as denominagdes. Para que servem, se no siderar que elas se fos mais emincates ted! ade presuntiva, ou seja, aquela que se io da conformidade dos scus ditames com os de pio? Deverd ser um dos trés ‘neahum outro pode existir. & ‘Quando, no exemplo espectico em facontece que a agio produz efeitos que sprovames — muito mais sind ‘mesmo motivo pode com freqiéncia produzi, ein otros e280 ‘nossa aprovago ao proprio ‘ara a aprovagzo que damos & agio 0 fato de ela ‘motivo. £ por esta vie que o sentimento de anipatia. ‘A antipatia, por (0 $6 08 efeitos-sio bons, 0 so pode fazer com que uma ago seja perfeitamente zeta, porém nao faz. ‘com que # antipatia scia um fundamento moralmente bom para a aco. Com efei- 60 praier de Deas? Deus forme ose pez? Obs 18 BENTHAM {0,0 mesmo sentimento de antipatia pode produzir,¢ muitas vezes produz na rea- lidade precisamente os piores efeitos. Conseqientemente, a antipata jamais pode ser um fundamento reto da ago. Tampouco pode sé-lo 0 essentimento, que nfo jade, Entretanto, © reguladora além de 2 Capéruto tI ‘As quatro sangdes ou fontes da dor e do prazer or iasa.Na riedida em que os prazeres € a8 dores ‘eapazes de emprestar a qualquer lei ou regra elas podem ser denominadas sangées.° ‘Se o prazer ou a dor tém ingar ou se esperam na vida presente © no lindsio da natureza, nfo propositadamente modificado pela interposiga0 da vontade de algum ser hummano nem por o extraordingria de algum s ier que tal prazer ou tal dor derivam da on tém relagio com a — sanpao, TV. — Seo prazer ou a dor tm lugar ou se esperam de pessoa parfoular ou e uin grupo de pessoas na comunidade, as quas, sob nomes correspondentes 20 Ge julz, s20 escolhidas para o objetivo especifico de administrar, de acordo com f vontade do poder soberano ou supremo de governo existente no Estado, pode- ‘mos dizer que. prazec e a dor dimanam da sangao politica, 20 BENTHAM AGIs oir alittle woe i vam os a at a a eines ba pie igi ons ee Os prazeres ¢ as dores que podenios esperar das sangSes ica, poll ‘moral, devemos esperar experiencié-los todos, sc algum dia, entio na pre- 120 contrério, os que se aguardam da sangio religioss, podem set Vit 8 HI. — Os prazeres e as dores que podemos experienciar na vida presente ‘do podem ser outros, obviamente, sono aqueles que a natureza humana com- cada uma das quatros fontes podem bro- ‘ou dores dos quais ¢ suscetivel a naiureza humana no decur- lamidade se deve a uma imprudéncia da lamos de um castigo derivante da a decisio do magistrado politico, temos uma punigdo derivante da sangio politica — mente se denomina uma punigai ia se deve ao fato de que o seu réximo lhe negou uma ajuda por ‘carter moral, estamos em face de uma punigo que dimana da sangao moral; seo fato se deve a um ato ime~ diato da desaprovagio de Deus, manifestada em razio de algum pecado cometido pela pessoa, teremos uma punigio proveniente da sangdo religios X, — No que concerne aos prazeres e dores pertinentes ‘em relagGo a uma vida futura, no podemos saber de que espé PRINCIPIOS DA MORAL E DALEGISLAGAO a la presente, tais prazeres ¢ speranga derive da reli 1a sobre a natureza de esto 90 alcance da nossa observagio. Durante a dor jtuem apenas objeto da esperank ‘ou da revelada, no podemos jores € prazeres so todas elas v: as nossas idéias sobre cles podem ser precis © fundamento da politi 1a medida em que e icientemen a “sobre a conduta da humanidade’ exercem, 2A cada passo da sua carreira, 0 agir do magistrado polit Ser secundado ov obstaculado , qualquer que seja 0 prejuizo que o le proponha evitar, ‘mancira menos dispendiosa que seja poss VII. — Em correspondéncia a esses quatro objetivos ou propé lecer-se-io as normas que devem reger a proporgio entre as pu Vill. — Primeira norma 1. O primeiro objetivo, como vimos, é evitar, na medida cm que valer a pena, toda espécie de ofensa ou crime; por conseguinte, O valor ou gravidade da ‘de mataren postive cu mega, se denominare inpusonanes ou demoventes. (0 A) PRINCIPIOS DA MORAL E DA LEGISLACAO 0 unigdo néo deve ser em nenhum caso inferior a0 que for sufciene para superar (0 valor do benefcio da ofensa ow crime. Se for inferior, o rime (i menos que outrasconsideragSes, independentes da io, i idade de motivos preserva- ido com certeza, nao obstante a punigio; neste caso toda a pois ser totalmente nefcaz. recebido muitas objeqdes, vist parecer excess 88 pode aconiecer por no ser devidameme compreendida. A forga da tentagdo, ceteris paribus (em igualdade de co como o benefcio haurido do crime: o quantum da punigio deve aumentar & me- dida que sumenta 0 beneicio derivante do crime: ceteribus paribus, deve este quantum, portento, aumentar &, proporeio que aumenta a forga da tentagio, ia. & verdade que, quanto mais fore for te da pravidade extraordinéria ida em que a presenca de um ‘ou da qualidade benéfica da disposi- {g20 do eriminoso —~ pode atiar, a forga da tentaciio pode operar como atenuante da exigincia de punigio. Todavia, a forga da tentaglo jamais pode atuar até a0 elicaz, 0 que acontece com ‘certeza quando o valor ou a gravidade da punigo for inferior a0 nivel do apa- rente benefic ’ lecesse no sentido de reduzit @ punigao io bem aqueles objtivos que este moti 1as também em 5 pessoas em favor de quem se “quer assim proceder; quero dizer, nos seus efeitos, embora opostos na sua intengio, Crueldade para com 0 ‘i 9, erveldade em relagZo aos inocentes, tolerando que fiquem expos- mnindo-o sem finalidade, e sem a possbilidade de atingir aquele obje- tivg benéfico, 0 Gnico que possa justiicar o mal da punigio, X. — Segunda norma Toxiavia, 0 saber se um determinado crime deve ser evitado em um determi- nado grau por uma determin de puniglo sera sempre uma qu de chance para lograr esta, qualquer que seja a punigdo que se empregue, sem pre se trata de um “prego” pago antecipadamente, Entretanto, para dar a0 castigo ‘melhor chance de superar 0 beneficio esperado do crime, val a seguinte norma ‘Quanto maior for 0 prejuizo derivante do crime, tanto maior seré 0 prego que ‘pode valer apena pagar no caminho da punicéo. XI. — Tercetia norma 0 proximo objetivo a sei a 0 legislador 6 Ther sempre, dentre dois crimes, 0 menos —prejudic por isso, 68 BENTHAM Quando houver dois crimes em concorréncia, a punigdo estabelecida para o crime ‘maior deve ser suficiente para induzir uma pessoa a preferir 0 menor. XI — Quarta norma s50a se decidiu a cometer um crime, 0 préximo objetivo mais prejuizo do que for indispensavel forma para cada crime particular, que para ‘cada nova parte ou etapa do prejuizo possa haver um motivo que dissuada 0 cri- ‘minoso de produzi-ta. SEE oninnoclune objetivo &, qualquer que seja o crime que se tencione coibir, coibi- lo da manera menos dispendiosa possivel; por isso, ‘A punigdo riéo deve em caso algum ser maior do que for necessdrio para que esta seja conforme ds norma’ aqui indicadas. XIV. — Sexta norma Além disso importa observar que, devido aos modos e graus diversos em que as pessoas, colocadas em circunstAncias diferentes, so afetadas pela mesma ‘causa excitante, uma punigGo igual quanto ao nome nem sempre produziré real- ‘mente o mesmo grau de dor em duas pessoas diferentes; por isso, Para que a quantidade de punigéo realmente infligida a cada criminoso possa corresponder d quantidade tencionada para criminosos semethantes em geral, é necessério sempre levar em consideragéo as varias circunsténcias que influen- ciam a sensibitidade de cada um. XV. — Como € ficil de observar, das normas de proporcionalidade acima enunciadas, as quatro primeiras servem para demarcar os limites do lado da diminuigio do castigo, ou seja, 05. uma punigio. Ao contrério, a ‘aumento, ou sea, os limites acima dos quais o castigo no deve ser aumientado. 0 legislador, a0 passo que destina sobretudo a0 ir, para os dois lados, em conformi- Juiz, a fim de lo no seu esforgo de dade com as intengies do legislador.( hido — examina ws propredads uta unig deve ee gi ** capitate qunze — a c a f — amb emo apesnte ea clascagio as ofr Ov snes. (NGO inglés) Capiruco XVIT Os limites do setor penal da jurisprudéncia §1— Os limites entre a ética privada e a arte da legistagao --) IL — Em sentido amplo, a ética pode de a8 agées do homem para a produgio da maior qua ‘em beneficio daqueles cujos III. — Quais sio, porém, as ages que o homem pode dietgir? Serdo neces- sariamente ou as suas proprias agdes ou as de outros agentes. A ética, enquanto arte de dirigir as prOprias ages do homem, pode ser denominada a arte do auto- ‘governo, ov seja, ética privada. IV. — Que outros agentes existem que, ao mesmo tempo que esto sob a influéncia do ‘humano, sio suscetiveis de felicidade? Podem esses agentes Ber de duas espéci (1) outros seres humano’, denominados pessoas: ‘outros animais que, pelo fato de os seus interesses haverem sido negligen- ‘ciados pelos juristas antigos, foram degradados 20 rol das coisas.2° ofte(.d0A) 0 BENTHAM No que concerne aos demais seres humanos, a arte de dirigir as suas agdes para o objetivo acima mencionado cons isamente 0 que denominamos @ arte de governar (ou, pelo meno: ‘coisa que devemos significar com se denomina eral providencias ov pr jas de cad 'V. — Ora, as criaturas humanas, no que tange & maturidade das suas facul- dades, estio ou no estado adulto ou num estado ndo adulto. A arte de governo, na ‘medida em que diz respeito ao governo das agdes de pessoas em estado ndo adul- to, pode ser denominada arte da educagdo. Na media em que este oficio € con- fiado aqueles que, em virtude de alguma relagio privada, possuem a Aisposigio e as melhores habilidades para assumir e desea pode ser denominada’a arte da educagao privada o1 is So de natureza temporaria, determinadas que sio pelas ira, pode chamar-se a arte da edu tia geral, a felicidade de um homem dependers, em pri- meiro lugar, daqueles setores do seu comportamento acerca dos quais ninguém, exceto ele mesmo, tem interesse; em segundo lugar, dependerd daqueles setores do seu comportamento que possam afetar a felicidade de outros que o rodeiam. ‘Na medida em que a sua felicidade depende do primeiro setor mencionado, diz-se que a sua felicidade depende da sua obrigagdo em relagdo a si mesmo. Conseqiientemente, a ética, na medida em que consiste na arte de governar as ages de uma pessoa sob este aspecto, pode ser denominada a arte de cumprir os deveres em relagio a si mesmo, sendo que a qualidade que uma pessoa manifesta ‘no cumprimento deste tipo de deveres — se tais se puderem chamar — se deno= ‘mina prudéncia, ‘Na medida em que a felicidade da pessoa — bem como a felicidade de ‘quaisquer cutras pessoas cujo interesse esta em jogo — depende daqueles setores do seu comportamento que possam afetar os interesses dos que a circundam, pode-se dizer que ela depende da sua obrigaedo em relapdo a outros, ou seja, para lusar uma expressio hoje um tanto antiquada, da sua obrigapdo em relagdo ao préximo, Por conseguint 1a medida em que for a arte de governar as (0, pode ser denominada a arte de cumprit as tada de daas maneiras: (J) de uma forma negat (2) deuma forma px Em correspondéncia a esta distingao, as obrigagdes de uma pessoa em rela- 40 ao’ sew préximo so em parte negativas, em parte positvas. Para 0 cumpri- mento do primeiro dever existe a probidade, para o cumprimento do segundo existe a benquerenca (beneficence). PRINCIPIOS DA MORAL E DA LEGISLAGAO. 1 independentemente daqueles que possam: oferecer a | pode uma pessoa ter para salvaguardar ou promover, Em virtude de que motivos — ov, para usar tude de que deveres — pode uma pessoa ser obrigada a cbedecer aos ditames da probidade eda benquerenca? Em resposta a tal interrogativo, € imperioso admitir que os Ginicos interesses para cuja salvaguarda uma pessoa possa encontrar, com certeza e sempre, moti- vos adequados sio os seus préprio tendéncia da sua sensi 05 dois outros motivos, de acordo com uma varie. dade de circunstincias, sobretudo conforme a forga das suas faculdades intelec- tuais, a firmeza e constancia da sua ‘tica privada tem por A ética privada diz legislago andam de mos dadas. ‘Além disso, 0 fim que ambas tém em vista — ov deveriam ter — & da ‘mesma natureza. As pessoas cuja felicidade devem ter em vista, bem como as pessoas cuja conduta devem dos quais deve ocupar-se so, Em que reside, entdo, a sua diferenga? No fato de que os atos com os quais ‘ever ocupar-se,embora sejam convergentes em grande part, no sio perfeita€ feos mesmos. Nao existe caso algum em que conduta & promogio da sua propria stem casos em que © legslador — pelo menos de maneira (incluindo a propria pessoa), todo individuo deve prat via, 0 legistador nfo tem o direito de impor & pessoa todo ato que promete ser pr 1 prOpria pessoa), todo i proibir& pessoa individual a prética de cada um desses atos. n BENTHAM ‘uma idéia precisa acerca do: ue distinguem ica privada, & tempo de recordar 5 tris setores de obrigac jos. Das normas concernent gago moral, as que parecem necessitar menos do concurso da legis normas da prudéncia. Se uma pessoa for deficiente no que i 86 pode atribuir-se agua defini por pare da

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