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UNIDADE II – PRECURSORES DAS MODERNAS ORGANIZAÇÕES

1-FREDERICK WINSLOW TAYLOR (1856/1915)


1.1-Taylorismo
- Frederick W. Taylor pode ser considerado o pai da Administração em suas bases
científicas. Nascido a 20 de março, nos Estados Unidos, trabalhou como operário e depois
como engenheiro, chegando a ocupar altos postos administrativos em empresas norte-
americanas.
- Reunindo grande experiência de trabalho na própria linha de produção, foi um dos
primeiros a salientar a necessidade de racionalizar o tempo e a divisão do trabalho
industrial para aumentar a eficiência nas fábricas.
- Em seu livro Os princípios da administração científica, publicado em 1911, Taylor afirma a
necessidade de executar o trabalho administrativo em bases científicas e objetivas.
- Foi uma das figuras que mais se destacaram na história do pensamento administrativo.
Nascido de uma família de classe média superior da Nova Inglaterra teve uma educação
primária privilegiada. Tinha um problema de visão que dificultou os seus estudos do Direito,
mas aos 29 anos conclui o curso de Engenharia. Aos 18 anos, começou a trabalhar com
aprendiz e operário de oficina mecânica. E 1878 entrou na Siderúrgica Midvale Steel Co.
Em seis anos sua carreira foi rápida, de torneiro até engenheiro-chefe das oficinas. Ao
longo desses seis anos Taylor revelou sua missão e seu caráter. Taylor declarou que o
principal objetivo da Administração Científica consistia em "assegurar a máxima
prosperidade para o empregador junto com a máxima prosperidade para o empregado".
Máxima prosperidade significa para o empregador lucros a curto e longo prazo, e para o
empregado remuneração gradualmente maior e pleno desenvolvimento de suas
capacidades. Essa propriedade mútua só poderia pressupor a ausência de conflitos entre a
administração e o funcionalismo. Os princípios de Taylor apesar de criticados, ainda hoje
servem como "critérios" gerais para o treinamento da supervisão.

1.2-Princípios Fundamentais de sua teoria


- Princípio do Planejamento → consiste em substituir o critério individual do operário, a
improvisação e o empirismo por métodos planejados e testados.
- Princípio da Execução → consiste em distribuir distintamente as atribuições e as
responsabilidades para que a execução do trabalho seja o mais disciplinado possível.
- Princípio de Controle → consiste em controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo
está sendo executado de acordo com o método estabelecido e segundo o plano de
produção.
- Princípio da preparação dos trabalhadores → consiste em selecionar cientificamente os
trabalhadores de acordo com suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais
e melhor, de acordo com o método planejado, e em preparar máquinas e equipamentos em
um arranjo físico e disposição racional. Pressupõe o estudo das tarefas ou dos tempos e
movimentos e a Lei da Fadiga (O estudo movimentos baseia-se na anatomia e fisiologia
humanas. Observou-se que a fadiga leva a certa diminuição da capacidade produtiva do
operário, doenças e acidentes, e consequentemente diminuição da produtividade. Com este
estudo pretendia-se racionalizar todos os movimentos, eliminando aqueles que produzem a
fadiga).

1.3-Preparação e Execução
- Retiram-se, cada vez mais, do operário, ou do trabalhador direto, a função de preparar o
trabalho e de organizar e estudar as rotinas, ficando ele apenas com a parte propriamente
executiva. Os órgãos de execução vão realizar aquilo que foi preparado, estudado e
planejado pelos órgãos de preparação.
- Um dos pontos principais do trabalho de Taylor é a separação entre as funções de
preparação e as de execução. Ele estabeleceu que, para que o trabalho industrial, de
oficina, resulte eficiente, se faz mister a criação de quatro agentes de preparação
diretamente ligados aos operários. Os agentes de preparação vão constituir, nas
organizações americanas e inglesas, o conhecido “Planning Departament”, ou seja
Departamento de Planejamento, de Estudos ou Técnico.
- São os seguintes os agentes de preparação, tal qual foram aconselhados por Taylor nos
seus primeiros trabalhos (encontram-se algumas vezes modificações na denominação das
diversas funções, mas pouco influi, porque o que mais interessa é a idéia da separação das
funções):
a. Encarregado das ordens de serviço (estabelecer o curso das peças e da matéria-prima
e de tudo o que for necessário para a realização do trabalho);
b. Encarregado das fichas de instrução (baixa as instruções sobre os detalhes de serviço
para os agentes de execução);
c. Encarregado do tempo (registrar os tempos, fazer sua apuração e controle, bem como
efetuar a apuração do custo do trabalho realizado);
d. Encarregado da disciplina ou das relações humanas (estabelecer contato com o
pessoal do quadro, cuidando da admissão, da seleção, da demissão e da disciplina
dentro do estabelecimento).
- A finalidade do planejamento é caracterizar qual o trabalho que deve ser feito como deve
ser feito esse trabalho, onde e por quem deverá ser executado, e finalmente, quando
deverá ser feito.
- Analogamente, vamos encontrar no campo da execução uma divisão do trabalho. A
substituição do contramestre antigo, que teria de ser um homem quase excepcional, por
quatro contramestres funcionais, ou quatro encarregados de serviço:
e. Encarregado geral (preparar, dentro da oficina, o trabalho, até o instante em que a peça
é colocada na máquina, e cuidar para que o operário tenha à sua disposição tudo o que
precise para trabalhar);
f. Encarregado da velocidade ou da fabricação (zelar para que as ferramentas adequadas
sejam empregadas, as máquinas estejam em condições de dar o máximo rendimento e
o trabalho seja convenientemente conduzido);
g. Encarregado da inspeção (responsável pela qualidade e acabamento do produto);
h. Encarregado da conservação (fiscalizar a limpeza e conservação das máquinas, para
que estejam em perfeito estado e em condições de trabalhar logo que solicitadas).
- As críticas a esta distribuição de funções em órgãos de preparação e de execução são
inúmeras, porém quase todas elas não têm fundamento real porque não é uma organização
rígida essa que Taylor prega. Há casos em que se torna necessária a existência dos oito
agentes auxiliares do trabalho e outros há em que algumas dessas funções podem ser
atribuídas a um único homem, como nas organizações mais simples.
- Encontramos em alguns tipos de trabalho a acumulação de duas ou três funções em um
único indivíduo, embora sem que haja entrechoque nas suas atribuições.
- Por outro lado, a crítica de que esta forma de organização pode acarretar a supressão da
unidade de comando, um dos grandes princípios do trabalho organizado, também é falha,
porque não há entrechoques de comando: cada agente só dá instrução na parte que lhe
está afeta, e cada operário só recebe ordens diretas, para cada atividade, de uma só
pessoa. Estaríamos diante de um entrechoque se não houvesse precisão muito nítida nas
atribuições de todos, de modo que cada um desses agentes avançasse sobre o campo do
outro. Desde que o trabalho esteja organizado, há tarefas definidas afetas a cada um dos
agentes e, assim, cada qual cuida somente daquilo que está dentro das suas funções.

1.4-Regras da técnica
- Taylor expõe, ainda, as regras da técnica, reunindo em tais itens as normas que devem ser
obedecidas para os trabalhos de usina ou oficina e que, por extensão e adaptação, se
podem aplicar ao trabalho humano de um modo geral:
1. Para cada tipo de indústria ou para cada processo, estudar e determinar a técnica mais
conveniente.
2. Analisar, metodicamente, o trabalho do operário, estudando e cronometrando os
movimentos elementares.
3. Transmitir, sistematicamente, instruções técnicas ao operário.
4. Selecionar, cientificamente, o operário.
5. Separar as funções de preparação e execução, definindo-as com atribuições precisas.
6. Especializar os agentes nas funções de preparação e execução.
7. Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios, quando
realizadas.
8. Unificar os tipos de ferramentas e utensílios
9. Distribuir eqüitativamente, por todo o pessoal, as vantagens que decorrem do aumento
da produção.
10. Controlar a execução do trabalho.
11. Classificar mnemonicamente as ferramentas, os processos e os produtos.

1.5-Sistema diferencial de salários (Vadiagem sistemática)


- Quando certo número de operários é colocado em trabalho semelhante e pago com uma
taxa uniforme, os melhores operários afrouxam sua velocidade até a dos menos produtivos.
- Fórmulas:
. Sem ultrapassar a produção de base: S = s . n
. Ultrapassando a produção de base : S = k . s . n

. Onde: S = salário/hora k = QP
s = salário/peça PB
n = nº de peças/hora QP = quantidade produzida
k>1 PB = produção de base

1.6-Conclusões
- Pensamento fundamental (básico) = especialização.
- Orientação básica = mão-de-obra econômica, retribuída com salários elevados.
- Homem Econômico = “o homem é motivável por recompensas salariais, econômicas e
materiais”.
- Iniciou o estudo dos tempos e movimentos. (Tempo-padrão = é o tempo que uma pessoa
adaptada ao trabalho e bem treinada no método específico, leva para executar a tarefa,
trabalhando em ritmo considerado normal).
- A organização era vista como um sistema fechado (mecânico, previsível e determinístico),
ou seja, os indivíduos não recebiam influências externas.
- Pode-se dizer que a sua grande contribuição teórica reside nas diretrizes que fixou para a
racionalização do trabalho industrial e na divisão de autoridade e supervisão ao nível de
linha.
- A importância de Taylor para o estudo da Administração reside, sobretudo, no fato de ter
enfatizado o papel da ciência na atividade administrativa.

2-HENRI FAYOL (1841/1925)


2.1-Fayolismo
- Henri Fayol nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris. Aos 19 anos formou-se em
engenharia de minas indo trabalhar em uma indústria de mineração de carvão e aço -
Compagni Comenantry Four Chambault et Decazeville - onde desenvolveu toda sua
carreira. Começou como engenheiro e terminou como diretor da mesma empresa (1888 a
1918), salvando-a de uma situação difícil. Criou o Centro de Estudos Administrativos, onde
se reuniam semanalmente pessoas interessadas na administração de negócios comerciais,
industriais e governamentais. Fayol desenvolveu um conjunto de "princípios de
administração geral" que considerava útil para toda situação administrativa em qualquer
tipo de empresa. No prefácio de seu livro afirma que: "A administração constitui fator de
grande importância na direção dos negócios: de todos os negócios, grandes ou pequenos,
industriais, comerciais, políticos, religiosos ou de qualquer outra índole.” (Fayol, p.19). Seu
livro "Administração Geral e Industrial" (1916) somente foi publicado quando tinha 70 anos
e está dividido em duas partes: a primeira trata da importância do ensino da administração
e a segunda sobre os princípios e elementos da administração. A partir da Primeira Guerra
Mundial, o Fayolismo adquiriu impulso e popularidade, tornando-se conhecido como "uma
escola de chefes". Os outros trabalhos do autor são pouco conhecidos e seus maiores
divulgadores são Lyndall Urwick e Luther Gulik.
- Ao contrário de Taylor, que se dedicou mais especificamente aos aspectos relativos ao
setor de produção, Fayol construiu uma teoria mais global da ação administrativa, a partir
de uma visão geral da empresa.
- Entre Taylor e Fayol, contudo não existe divergência ou oposição, mas diferentes pontos de
vista e âmbito de abordagem, que podem, até certo ponto, se complementar.
- O fundamento da teoria de Fayol está num conjunto de seis funções básicas existentes
dentro da empresa, estabelecidas por ele.

2.2-Funções
- Funções criadoras de recursos:
a. Técnica: corresponde à atividade produtiva da empresa.
b. Comercial: abrange as tarefas de compra e venda.
c. Financeira: obtenção e gerência dos recursos financeiros, em termos de dinheiro ou
crédito.
- Funções não produtivas:
d. Contábil: classificação e registro dos fatos econômico-financeiros ocorridos na
empresa, com a finalidade de apurar seus bens, direitos e obrigações, lucros ou
prejuízos.
e. Segurança: diz respeito ao controle de um conjunto de normas e materiais, visando à
proteção humana e à proteção material.
f. Administrativa: refere-se ao trabalho de gerência, direção e controle das atividades para
que a empresa possa atingir racionalmente seus objetivos.

2.3-Princípios administrativos
- Fayol inclui na sua obra uma série de princípios – aliás, grande – num total de quatorze,
que dizia serem resultados de suas observações em muitos anos de trabalho.
- Chamava, porém, a atenção para o fato de que esses princípios não eram rígidos, nem
deviam ser considerados como tais, e que, além disso, não há limitação por número de
princípios.
- Eles decorrem das observações que cada administrador vai fazendo e em virtude das quais
recolhe ensinamentos, fixando-os sob forma de regras ou leis, para serem obedecidas por
outros que lhe sucedem e que podem, destarte, aproveitar-se não só dos conhecimentos,
como também das experiências anteriores.
1. Divisão de trabalho: consiste na especialização das tarefas e das pessoas para
aumentar a eficiência;
2. Autoridade e responsabilidade: autoridade e o poder de dar ordens e o poder de
esperar obediência. A Responsabilidade e o dever de prestar contas e uma
conseqüência natural da autoridade. As duas devem estar equilibradas;
3. Disciplina: mediante regras de subordinação aos superiores – respeito às convenções;
4. Unidade de comando: cada empregado deve receber ordens de somente um superior.
E o principio da autoridade única;
5. Unidade de direção: certo número de atividades obedece à supervisão de um único
superior (uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades que tenham o mesmo
objetivo);
6. Subordinação do interesse individual ao coletivo: o interesse de um indivíduo não deve
prevalecer contra o interesse coletivo;
7. Remuneração: salários justos do ponto de vista da empresa e do trabalhador;
8. Centralização: concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização;
9. Cadeias hierárquicas: definindo uma rigorosa estrutura de autoridade e
responsabilidade;
10. Ordem: a perfeita ordenação humana e material;
11. Equidade: amabilidade e justiça para alcançar lealdade do pessoal;
12. Estabilidade: a rotatividade tem um aspecto negativo sobre a eficiência do pessoal;
13. Iniciativa: abrangendo o dinamismo desde o principal executivo até os mais baixos
níveis de autoridade (a capacidade de visualizar um plano e garantir pessoalmente o
seu sucesso);
14. Cooperação: estimulando o espírito de equipe e a conjugação dos esforços para a meta
final.

2.4-Conclusões
- A cada uma das funções estabelecidas por Fayol corresponde, naturalmente, uma
capacidade especial. Os homens que são chamados para exercê-las, nas determinadas
formas sob as quais se apresentam, necessitam de capacidades a elas correspondentes.
Cada uma delas repousa sobre um conjunto de conhecimentos e de habilitações especiais.
- A principal capacidade do operário é a capacidade técnica.
- À proporção que se sobe na hierarquia da empresa, a importância atinente à capacidade
administrativa aumenta, enquanto decresce a que se prende à capacidade técnica.
- Portanto, a capacidade essencial do diretor é a administrativa.

3-COMPARAÇÕES ENTRE TAYLOR E FAYOL


- Pontos de partida:
. Taylor- inicia seus estudos através do trabalhador;
. Fayol- a partir da chefia executiva sem chegar a minúcias do trabalho operário;
- Sistema versus doutrina:
. Taylor- escasso em princípios e abundante em ensinamentos práticos;
. Fayol- teoria do ponto de vista intelectual mais satisfatória e imponente;
- Comando múltiplo ou funcional e comando único:
. Taylor- com base na teoria profissional (especialização), própria para grandes empresas;
. Fayol- não compreendeu a fundo a estrutura lógica do comando funcional, o comando
único é adequado para a pequena empresa;
- Mentalidade operária e mentalidade patronal:
. Taylor - eliminação dos movimentos inúteis, poupando energia do operário, aumentado
a participação deste, através de salários mais elevados;
. Fayol - identificado mais com os desafios de aumentar o lucro do que com as questões
de afinar o trabalho do operário;
- Versatilidade versus estabilidade:
. Taylor- apóstolo do próprio sistema, conferencista, escritor, realizando muito e parando
pouco em cada empresa e em cada atividade;
. Fayol- carreira tipicamente européia, trabalhou na mesma companhia durante 58 anos
(Cia. Commentry Fourchambaut & Decazeville);
- Repercussão no próprio país:
. Taylor- o triunfo ocorreu em função das exigências da primeira guerra mundial;
. Fayol- conseguiu da elite francesa apenas um reduzido e discreto apreço;
- Repercussão no estrangeiro:
. Taylor- a sua teoria foi traduzida em mais de trinta línguas;
. Fayol- não ultrapassou a sete traduções;
- Capacidade executiva:
. Taylor- não foi um grande executivo, era mais executor. “Deve ser feito, pode ser feito e
será feito”.
. Fayol- foi um administrador extraordinário;
- Plenitude e carência:
. Taylor- foi até o fim no desenvolvimento e retoque do seu sistema;
. Fayol- obra inacabada, impressão de carência de observações ou incapacida- de para
sintetizá-las.

4-HENRY FORD (1873/1947)


4.1-Fordismo
- Em seus livros Minha filosofia de indústria, Minha vida e minha obra e Hoje e amanhã, o
norte-americano reuniu grande parte de suas idéias sobre Administração. Influenciado
pelas idéias de Taylor, que desde o fim do século XIX desenvolvia o gerenciamento
científico, Ford se ocupou do sistema de produção empresarial como um todo, visando a
sua maior eficiência – o oposto de Fayol que centrou sua análise no aspecto administrativo
da empresa.
- Ford introduziu conceitos modernos de produção em série e de linhas de montagem,
concebendo um ritmo de trabalho em cadeia, para poupar tempo e custos. Estabeleceu
princípios pelos quais deve se orientar a produção.

4.2-Princípios
- Produtividade: aumento da capacidade produtiva do trabalho.
- Intensificação: redução do tempo de produção, eliminação da capacidade ociosa de
trabalhadores e equipamentos, permitindo o rápido retorno do capital investido.
- Economicidade: reduzir ao mínimo o volume dos fatores da produção em curso de
transformação.

4.3-Fundamentos
- As relações entre o operário, empregador e o consumidor são para Ford, os pontos mais
importantes do trabalho industrial.
- Serviço à coletividade: Tarefa social do empregador; O ciclo de produção começa no
consumidor; Um automóvel deve ser desenhado para satisfazer às necessidades, em preço
e qualidade do maior número possível de compradores.
- Ritmo: Trabalho em cadeia; O trabalho deve ser executado de acordo com o tempo da
esteira transportadora de peças; Cada tarefa deve ser executada no tempo mínimo.
- Operário-consumidor: O melhor cliente da indústria é o seu próprio empregado; O
desempregado é um cliente imobilizado.
- Produção a baixo custo, levado a efeito, entretanto, com o pagamento de salários elevados.
- Lema principal: “Pequenos lucros, grandes vendas”.

4.4-O Ford Modelo T


- O jovem Henry Ford gostava tanto de mecânica que trocou a vida na fazenda dos pais por
empregos em oficinas de máquinas pesadas. Em 1896, ele já tinha um bom cargo na
empresa de eletricidade de Thomas Edison e, nas horas vagas, se dedicava a terminar um
tosco carro a gasolina feito em casa. Assim nasceu o “Quadriciclo”, automóvel que deu
origem a um império.
- Henry vendeu o carrinho e conseguiu algum dinheiro para novas experiências. Em 1899,
ele deixava o gordo salário da Detroit Edison Company para tentar montar uma fábrica de
carros. Depois de duas tentativas desfeitas por diferenças com os sócios, foi fundada, em
1903, a Ford Motor Company definitiva.
- Em cinco anos, foram lançados sete modelos identificados por letras: A, B, C, N, K e R.
Mas a grande virada aconteceu em 1908, com o começo da fabricação do Modelo T – carro
relativamente barato e que poderia ser comprado por muitos.
- O Ford T tinha motor de quatro cilindros, 20 CV e mecânica simples. As duas marchas para
a frente eram acionadas no pedal esquerdo. O pedal do meio servia para pôr a ré,
enquanto o da direita era do freio. Atrás do volante, duas alavancas: a da direita para o
ponto de ignição e a da esquerda para o acelerador. Por causa da disposição das
alavanquinhas, o carro ganhou o apelido de “Ford Bigode” no Brasil.
- No início, a produção seguia o padrão fabril vigente: cada automóvel era inteiramente,
montado por um grupo de três operários que tinham que andar bastante pela fábrica. O
pulo do gato aconteceu em 1913, quando Ford refez o processo de produção do Modelo T.
As peças passaram a seguir por esteiras rolantes e cada operário fazia um trabalho
repetitivo instalando sempre componentes do mesmo tipo, num determinado tempo. Eram
as linhas de montagem, uma revolução na indústria que partiu da Ford e rapidamente
alcançou fábricas de todos os tipos de produtos. Com o novo método, o tempo de produção
de um Ford T caiu de 14 horas para uma hora e meia.
- Em 1914, Ford aumentou o salário dos operários de US$2,80 para US$5,00 por dia – forma
de evitar protestos por exploração dos trabalhadores e, de quebra, criar novos
consumidores. Com a linha de montagem e o consequente aumento na produção, os
preços desabaram. Os primeiros Modelos T custaram US$825,00 em 1908. Mais de 10.000
foram vendidos no primeiro ano, estabelecendo um novo recorde. Quatro anos depois, o
preço caiu para $575,00 e as vendas dispararam. Em 1914, Ford já possuía 48% de share
do Mercado automotivo. Os últimos (feitos em 1927) saíram por apenas US$360,00.
- Produzido com vários tipos de carroceria, o carro era forte e alto o suficiente para enfrentar
as estradas ruins da época. De 1914 a 1925, o carro só saía da fábrica pintado de preto – a
tinta que secava mais rapidamente. Havia 480 fabricantes de automóveis nos EUA, mas o
Ford Modelo T, sozinho, representava mais de 50% da produção no país. Logo ficou
conhecido como o “carro que pôs a América sobre rodas”. Ele que padronizou nos EUA o
volante no lado esquerdo.
- Nascia o carro mundial, já que o modelo era feito também na Europa. O Ford T teve
grande importância no Brasil: foi o primeiro automóvel montado em série aqui, a partir de
1919. No total, foram feitas 15.007.033 unidades entre 1908 e 1927 – um recorde que só foi
quebrado em 1972 pelo Fusca.

4.5-Ford e a Amazônia
- Criada em 1928 para suprir de borracha a indústria automobilística americana, a cidade de
Fordlândia – nas margens do rio Tapajós (PA) – foi um projeto visionário e fracassado do
empresário Henry Ford.
- A Fordlândia, construída em estilo americano, com usina de luz, hospital e uma infra-
estrutura até hoje rara na região, surgiu de um acordo entre Ford e o governo brasileiro.
- O empresário injetou mais de US$20 milhões na cidade, plantando cerca de seis milhões
de seringueiras e erguendo casas de madeira para uma população de 15 mil pessoas.
- Os trabalhadores não pagavam aluguel e tinham direito a água, luz, remédios e médico.
- Em 1934, Ford fundou Belterra. A localização da cidade, próxima da foz do Tapajós,
facilitava o escoamento da produção de borracha e a vinda de equipamento pesado dos
EUA.
- Apesar de todo o investimento, as duas cidades não prosperaram e sucumbiram devido às
pragas nas seringueiras, ao isolamento e aos altos impostos.
- Em 1946, Ford vendeu o projeto com todo o maquinário ao Ministério da Agricultura.
Fordlândia e Belterra viraram bases agrícolas experimentais, administradas por
cooperativas de seringueiros. Atualmente são habitadas pela população ribeirinha. O
complexo está quase arruinado. Em 1992, foram realizados leilões dos equipamentos,
pratarias e móveis que restaram do sonho de Ford.

5-Teorias ou Escolas de Administração


- Teoria da Administração Científica ⇒ Desenvolvida por engenheiros americanos,
seguidores de Taylor. Preocupavam-se principalmente com a organização das tarefas, isto
é, com a racionalização do trabalho dos operários.
- Teoria Clássica da Administração ⇒ Desenvolvida por seguidores de Fayol. Preocupava-se
principalmente com a estrutura organizacional da empresa, com a departamentalização e
com o processo administrativo. Recentemente, reapareceu com Peter Drucker e a chamada
“Escola Neoclássica”, preocupada com a administração por objetivos.
- Teoria das Relações Humanas ⇒ Desenvolvida a partir de 1940 nos Estados Unidos.
Preocupada principalmente com as pessoas, com os grupos sociais e com a organização
informal. Mais recentemente, ressurgiu com novas ideias, com o nome de “Teoria do
Comportamento Organizacional”, preocupada mais com o comportamento global da
empresa do que propriamente com o comportamento de pessoas ou de grupos sociais
tomados isoladamente.
- Teoria Estruturalista ⇒ Desenvolvida a partir de 1950 preocupada em integrar todas as
teorias das diferentes escolas anteriores. Teve inicio com a “Teoria da Burocracia”
(baseada na racionalidade, ou seja, na adequação dos meios aos objetivos – fins – para
que se obtenha o máximo de eficiência) de Max Weber.
- Teoria de Sistemas ⇒ Desenvolvida a partir de 1970. Passou a abordar a empresa como
um sistema aberto em contínua interação com o meio ambiente que ao envolve.
- Teoria da Contingência ⇒ Desenvolvida no final da década de 1970, sob a influência da
Teoria de Sistemas. Para essa teoria, a empresa e a sua administração são variáveis
dependentes do que ocorre no ambiente externo, isto é, a medida que o meio ambiente
muda, também ocorre mudanças na empresa e na sua administração como consequência.
Isto significa que na administração tudo é relativo e nada é absoluto. Para esta teoria tudo o
que ocorre na empresa depende da situação e do ambiente externo.

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