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rT a a Estacio Disciplina: GEOLOGIA PARA ENGENHARIA Para Entender a Terra 4a. Edicéo/2006 Grotzinger Jordan Press Siever Capitulos - Capitulo 1 - Estruturando um Planeta - Capitulo 4 Rochas: Registros de Processos Geolégicos - Capitulo 10 - Registro das Rochas e Escala do Tempo Geolégico - Capitulo 11 - Dobras, Falhas e Outros Registros de Deformacao Rochosa Bookman http://www.bookman.com.br ISBN 9788536306117 aqua Primeira imagem de toda a Terra, mostrando parcialmente os continentes Antirtida ¢ Aiea, feita pelos astronautas da Apollo 17 no dia 7 de dezembro de 1972. [NASA] ~ “Bu digo & minha esposa que a dgua fresca em seu copo © nao & tao fresea assim. Seus étomos tém nadia menos do que 14 bithdes de anos.” a) : ce “ASTRONOMO ANDY MCWILLIAM: gi método cientif : qyreteds ceontiico 26 ‘Terra é um lugar fnico, a casa de mids de or- ‘a As teorias e as priticas modernas da ganismos, incluindo nds mesmos. Nenhum outro 2 Geologia 27 Jocal que jé tenhamos descoberto tem o mesmo 3 : A delicado equiltrio de condigoes para maater @ vida, A s ‘Arigemdo nosso sistema | Geoiosia a ciéncia que estuda a Tera: como nasceu,co- . Planetério 28 | inoevoluiu, como funciona e como podemos ajudara re- 2 ‘ATerra primitiva: formagao de um | _servaros habitats que sustetam a vida, Net livo, esi tarinog = tages Oleg geist ll ret q Blareetateg Camracias 30 5) ve us yA eautetaet teen ee alc tT > A Terra como um sistema de a Terra como sistema de componentes interativos; (2) a 2 componetsinertver 36_ | ‘uate sauna in co : jn 6 () a tangas 6 Scena sop 4) A Terra ao longo do tempo geol6gico 39 | chip gcaldgica Isic wapilule olercesvnasmeta ae Eee pepe mee to coeeeeon ctr ou sala; & abordagem seta So vero tient nvestipnge contest hanna, Cat ea to col et oni arin at gest ekg oa ors = serpin alpsoie whreo man ples Depotsdisa asst de poet taam os SUIS etc gecoere eal otis ao a SU : formada e de por que ela continua a mudar. Some jte sae ples eabthecemy anon Seto ee teaivo ob sum suprise slid, om fua umenfor ein sus commen, Maton de. 46s Conipotcates ~ por exempla, 4 bacia altacafirica dé Los Angeles, bs Grandes La- (Gov vei Mus Loa, uo ital ami Scm ret COREA eLCGIRE > wean {or tlbeoninconplene, Tae creda on aa potas Ca ere 6 alee a tudar seus subsistemas separadamente, como se cada um deles existisse sozinho. En- ttn. par ote tna propectva compet de como «Tera funcion, preciomes ‘alnul Or cee cars wenneh tuna lean mab“ poceaengls exes geen as ig eke reece eee a ie cates) eee esas resis io termi Devers enone tanbar cas otter rei a ogo do eng, ck in percobex Gut ecynta Ik eas pias una Strap comer rds Una ans peigea i as ee enter teria ers so poe eee Giethiades de compreends los, Os pelogn eta qu Tava tem ceca Ge'43 ‘ Thr eto Aces Wises Siac nek se os cael semen 10/12/9013 19°18: 26 | Para Entender a Terra ‘Tera, mas nossa origem humana ocorreu hi apenas poucos mi- Thdes de anos ~ meras eentésimos percentuais de toda a existén- cia da Tera. As escalas que medem as vidas dos individuos em décadas e marcam perfodos da Histéria humana, escrita em cen- tenas ou milhares de anos, sio inadequadas para estudara Terre. (Os gedlogos devem explicar eventos que evoluitam em dezenas S Neue! (2.8%) Magnésio (13%) ——— Slide Oxigeno (50%) co) Figura 1.7 A abundancia rlativa dos elementos da Terra inteira ‘comparada com a dos elementas da crosta é dada em percentuais de peso. A diferenciacao criow uma crostaleve, empobrecida de ferro € rica em oxigénio, silico, aluminio,cilcio, potésio e sédio. eres Figura 1.6 Adiferenciagdo da Terra primitva resultou num planeta zoneada com um denso nicleo de fero, uma crasta de rochas leves e um manto residual entre ambos. Ten a Durante adferenciago,o ferro afundou em direcao ff ..de modo que a Tera se apresenta 20 cero eo material mas levefltiou para cima... | camo um planeta zoneado, Manto da Terra Entre 0 nicleo ea crosta encontrs-se.0 manto, ‘uma regio que forma a maior parte da Terra sida, O manto 0 ‘material deixado na zona intermedidria depois gue grande quan- tidade da matéria pesada afundou ea matéria mais leve emergiu, (Omanto abrange profundidades que vio desde 40 até 2.900 km, Ele consiste em rochas com densidad intermedidria, em sua maioria compostos de oxigénio com magnésio, ferro esilcio. Existem mais de cem elementos, mas as anélises qutmicas das rochas indicam que apenas oito constituem 99% da massa, da Terra (Figura 1.7), De fato, cerca de 90% da Terra consis tem em apenas quatro clementos: ferro, oxigénio, silicio & ‘magnésio, Quando comparamos a abundéncia relativa dos clementos constituintes da crosta com sua abundancia em re laglo a toda a Terra, podemos constatar que o ferra soma 35% dda massa desta, Devido a diferenciagio, entretanto, hé pouco ferro na crosta, onde os elementos leves predominam, Como, se pode ver na Figura 1.7, as rochas crustais sobre as quais es {amos sio constitufdas por quase 50% de oxigenio, (CROSTADA TERRA ‘Aluminio (8%) Ferro (5%) \ (ZZ Magnésio(4%) leo (2.4%) Potissio (2.3%) Sédio (2.1%) = outros (21%) Siikio 285) Oniginio (46%) Apenas quatro elementos constituem cerca de 90% da Terra: ferro, oxigtsio,slicio e magnésio. Observe que 0 arigénio, 0 sileia eo aluminio, sozinhos, formam mais de 80% da crosta A formacao das continentes, dos oceanos e da atmosfera da Terra A fusdo primitiva pomoveu a formato da erosta da Tete, for- {uitamente, dos caninentes. Ela fez com que os materia mais Ie- ‘es se concentrassem nas camadas externas e permitiu que pelo ‘menos os gases mais lees escapassem do interior. Esses gas for- ‘maram grande pate da amosfera e dos aceanos.Até hoje, ema nescentes retidos da nebuloss solr original continuam ase tides como gases primitives em erupgdes vuleinicas Continentes A feigio mais vsivel da crosta da Tera so 0 con- tinentes.O erescimento dos continentes comogou logo apés adi- ferenciagdo e continuou ao longo do tempo geolégico. Tem-se, quando muito, apenas uma no¢ao ger do que levou 8 sua for- ‘magio, Imaginamos que o magma parti do interior derretido da Terra e ascendeu a superficie, onde esiioue se sliificou para formar a erosarochosa. Essa costa primitiva fundiv-seesoidi- ficou-se epotidamente, fazendo com que os materais mais leves se separassem dos mais pesados eascendessem 2 topo, para fr mar os nicios rimitivos dos continentes A égua da chuvae ou- tros constituntes da atmosferaerodiram as rochas,levando-88& decomporem se desinograrem-se. Agua, vento egelo despren- deram, entio, es detrtos rochosos e moverar-nos para lugares de deposigdo mais baixos i se acumularam em camadas espes- sas, formando praias, deltas ¢ os assoalhos dos mares adjacent. A repetgto desse processo durante muitos ciclos estruturou 05 continentes Oceanos € a atmosfera Alguns gedlogos pensam que a maior parte do are da 4gua da Terra atual vieram de fora do sistema solar por meio de materaisricos em voliteis que impactaram 0 planeta depois que ele foi formado. Por exemplo, 08 cometas {gue vemos so compostos precominantemente de gelo mais dibxido de carbono € outros gases congelados. Incontéveis co- metas podem ter bombardeado a Terra nos primérdios de sua historia, famecendo dgua e gases que, subseqilentemente, de- ram origem aos oceanos e 2 atmosfera primitivos. ‘Muitos outros geslogos creditam que os oceanos ¢ a atmos- fera podem ter sua origem rastrada no “nascimento timido” da prpria Terr, De acorco com essa hipdtese, os planetesimais que se agregaram para formar nosso planeta tinham glo, égua ¢ ou tros volteis. Originalmente, a égua estavauprisionada (quimica- ‘mente ligada como oxigénio ¢ hidrogénio) em certos minerais trazidos pela agrezagio dos planetesimais. De forma similar, trogénio e carbono também estavam quimicamente ligados nos minerais. Quando a Terr se aqueceu ¢ seus materiais fundirar- se parciaimente, o vapor d’égua e outros gases foram liberados © levados para a superficie pelos magmas, sendo langados na at- rmosfera pela atividade vulcnica. Os gases emitidos pelos vuledes hi cerca de 4 bilhOes de anos consistiam, provavelmente, nas mesmas substincias que sii expelidas dos vuledes atuais (embora ndo necessariamente 1a mesma quantidade relativa) fundamentalmente hidrogénio, didxido de carbono, nitrogénio, vapor d'égua ¢ alguns outros ‘gases (Figura 1.8). Quase todo 0 hidrogénio escapou para 0 es- aco exterior, enquanto os gases pesados envolveram o planeta Essa atmosfera primitiva era destitufda de oxigénio, elemento ‘que constitui 21% da atmosfera aval. O oxigénio no fazia par- te da atmosfera até que organismos fotossintsticos evolufssem, ‘como ser descrito posteriormente neste capitulo CAPATULO 1 + Estruturando um Planeta | 33 Figura 1.8 A atividade vuleinica primitiva contribuiy com 0 lancamento, para 2 atmosferae os oceanas, de grandes ‘quantidades de vapor d'gua, dicxido de carbono e outros gases ¢,para os continentes, de materaissdlidos. A fotossintese dos rmicrorganismos removeu 0 didxido de carbono e adicionow ‘oxigénio & atmosfera primordial. O hidroganio, devido 3 sua leveza,escapou para 0 espaco exterior. A diversidade de planetas Ha coreade 4 bilhSes de anos, Tera tomou-se um planeta intsi- ramentediferenciado.O nicleo encontrava-se muito quente ee sande parte fundido, mas o manto estava rizoavelmente bem s0- Tdiicado.e uma esa prmitivac seus continenestnham se de- senvolvido. Osoceanos ea stmosferahaviam se formado, prove velment, a partir de substincas langadas do interior da Terra, € ‘0s processos geoégicos que hoje observaras estavam iniciando seu funcionamento. ‘Mas o que ocorrea com os outros planetas? Tiveram a mes- sma bistria iniial?Informagoes transmitidas pelas sondas es- paciais indicam que todos os planetas terrestres sofreram cife- Fenciagio, porém, seus caminhos evolutivosvariaram, Mercirio tem uma ténue atmosters, predominantemente formada por helio. A pressio atmosférica na sua superficie € menor que um trilionésimo da pressio na Terra. Nio hi ago de ‘Yentos ou dgua para erodir esuavizar sua antiga superficie, que se assemelha com a da Lua: predominantementecratcrforme © ‘cobertapor uma camada de detrtos, 08 quais so os fragmentos remanescentes de bilhdes de anos de impactos de metcortos. Devido ao fato de nao existrpropriamente uma atmosfera ees. tar muito préximo do Sol, a superficie do plancta se aquece com temperaturas de 467°C durante © dia eestria para 173°C noite, Essa é a maior variaglo de temperatura conhesida no | Para Entender a Terra 34 | Pata Entender a Te Figura 1.9 Uma comparacto das superficies solidas de Venus, Terra e Marte, todas na mesma escal. A topografia de Venus, que ‘mostra o menor contraste altitidico, fi medida entre 1990 e 1995 por um altimetro de radar, a bordo da sonda orbitadora ‘Magellan (Magalhdes). A topografia da Tera, dominada pelos Continentes e oceanos e com contrasteintermediaro, fo! sinttizada a partir de mecidas altimétricas da supericie do solo, sistema solar (alm daguela encontrada no Sol, em cuj super- fie hé uma variagdo muito mais dréstica) Os cientistasestio intigados com a origem do enorme nicleo de ferto de Merei- rio. Ele consti 70% de sua massa, um recorde dentre os pa- netas do sistema solar, Venus evouiu para um planeta em que as condibes super ciais ultrapassam a maioria das descrigdes do inferno, Ele esté envolto numa atmosfera pesada, venenosaeincrivelmente quen- {© (475°C), compostasobretudo por didxido de carbono e nuvens de goticulas de feido sulfirico corrasivo, Um humano que per= manecesse em sua superficie seria esmagado pela pressio, cozi- do pelo calor corroide pelo dcidosulfrico. Imagens de radar, que véem através da espessa cobertra de nuvens, mostram que pelo menos 85% da superficie de VEnus sfo cobertos por dera- mes de lavas. O restante & predominantemente montanoso ~ «evidencia de que o planeta tem sido goologicamente ativo (Fig +a 1.9), Venus é gémeo da Terra em masse tamanho. Como po. 2.000 km ormagio da Lua extngdo da vide na Tera | Colossal Plutzo Mais do que ‘Fusio da crosta Extingdo da vida na Terra | R> 700 km_ 4.3% 10" | imenso 4 Vesta’ (am Cenade Vaporizagdo dos oceanos A vida pode sobreviver sob > 200 km grande astride) 4,0 10? superficie Exragrende Chiron (maior 3.8 10? Vaporizagdo do topo dos __Coziment sob presso do R>70km cometa em ‘oeanos até 100 ‘por na za ftica:* pode movimento) eessara fotossintose Grande CometaHele» ——Cercade Aquecimento da aumostera Couterizusto dos contnentes R>30km Bopp 210? ‘eda superfcio até corca . ae DIC MédioR> 10km — Bélidodo KTS, 65 108 Incéndios, oeia, escurdéo;Extinglo de metade das 433 Bros (0 mudangas quiicas no oce- _espéies 0 evento KT levou jorasterdide aoe naaumnosfers grande RestngSo dos dinossauros ‘proximo da Terra) Pequeno ‘Tamanho R>1km sproximado de ‘500 astersies| réximos da Terra Muito pequeno -—-Eventode Tunguska 1908 (ano) R> 100m (Giteria) oscilago de temperatures, Suspenso de pocira em toda a atmostera durante meses Interrupgdo da fotossintese: individuos morrem, mas poueas espécies slo extintas; sameaga a civilizagio ‘Derrubow drvores num rast Manchetes nos jomais; por de dezenas de quildmetros; do-sol romantico;crescimento| ccausou pequenes efeitos da taxa de naalidade Ihemisféricos; suspensio ‘de poeira na atmosfera "Regie da Tera que eeebe a luz do Sol, on Sea, a amosferae 0 topo dos oceanos até 100 m de profunddade. Fonts: Modicada de J.D, Lissaer, Nawre 402: CLL-CL, 36) Para Entender a Terra Um impacto importante avorreu hé 65 milhes de anos. © bétido, com pouco mais de 10 km, causou a extingfo de mets- de das espécies da Tera, incluindo todos 0s dinossauros. Tal- ver, esse evento tena posibilitado que os mamferos se tor- nassem a espécie dominante, preparando o caminho para 0 hhomem. O Quadro 1.1 descreve os efeitos de impactos de vie rios tamankios em nosso plancta ¢ na vida, O pocta Robert Frost talver tenha pensado na vulnerabilidade da vida na Terra ‘quando esereveu ‘guns dizem que © mundo terminaré em labareda quente, Outros dizem cue em fio enregelado. Do que eu provei do desejo ardente Eu concordo com os que torcem pelo fogo inclemente. Mas se eutiver de perecer dobrado, Eu acho que conheco bem o querer mal Para dizer que a destruigao do gelo desapiedado também colossal E suficiente pro mundo ser acabado.” Allerra como um sistema de ‘componentes interativos ‘Embora a Terra tenha se esfriado desde seu inicio ardente, ela continua um planeta inquieto, mudando continuamente por meio de atividades geol6gicas,tais como terremotos, vuledes e glacia- ges, Essas alividades s20 governadas por dois mecanismos tét- ‘micos: um intemo e 0 outro externo. Mecanismos de tal tipo — “Atmosfera Quadro 1.2 _Os principais componentes do sistema Terra como, por exemplo,o motor a gasoina de um automével~trans- formam calor em movimento mecinico ou trabalho. O mevanis- mo interno da Tetra € govemado pela energia témica aprisiona- da durante aorigem catzelismica do planta e gerada pela racion- tividadeem seus niveis mas profundos. O calor interior contola 9s movimentos no manto eno ncleo,suprindoenergia pa fan dir ochas, mover continentese soerguer montanbas. O mecanis- smo extero da Terra é contoado pela energia solar ~ calor da s- petficieterestreproveninte do Sol. O calor do Sol energiza a at- mosferac 0s occanos ¢ €responsével pelo nosso lima e tempo. Chuva, vento egeloerodem montanhas e modelam a paisagem e, por sua vez, a forma da superficie muda o lima. “Todas as partes do nosso planeta e todas suas interagBes, to- ‘ada juntas, consttuem o sistema Terra, Emora os cients «da Terra pensem jh algum tempo em termos de sistemas nae turais, foi apenas nas éltimas décadas do século XX que eles spuseram de equipamentos adequados para investigar como 0 sistema Terra realmente funciona, Dentre os principais avangos, «sti as reds de instruments e sts orbtantes de cole de informagdes do sistema Tera numa escala global ¢ 0 uso de computador cleunicos com poténcia suficiente para calcular amassa ea energiatrnsieridas dentro do sistema. Os principals ‘componentes do sistema Terra estio descritos no Quadro 1.2 ¢ representados na Figura panoriimies 1.10. 14 discorremos so bre alguns dees e definiremos os outros seguir Dedicaremos nossa atengao as diversas fcetas do sistema ‘Terra nos capitulos posteriores. Vamos agora comesar& pensat sobre algumas de suas feigbes hésicas. A Terra é um sistema caberto, 90 sentido de que troca massa e energia com 0 estante ontinents _tadas num eto plano Discordinca angular edie "a atteeplatls teeta {ls arglr cco num anbente ontneta~ edna pelos fesse contnentat BA deformagto« o met morimo eas eamadae fedimentarsocorem durante osoerguimento EA intrsto de magma guido corta a camadas sedimentaresprevarente dsformadse BA erosto das camadas deformadas ‘tea formacdo de uma superile “planada resulta no deserwo- ‘iment de uma discord. IEBAs novas camadas marinas ‘sto baecoladae © soerguiss, _sepuida pela deposicao de novasca- Imadas sobre a discordncia, durante a sub- “sidnciaababto do nivel do mar ~eviden- cada pla presenga de (nei marinhos. eo 20.) ‘ee © 258) Para Entendera Tera Ri - Mithoes de ™ anos (Ma) EON, ERA ‘Ma PERIODO Ma ‘POCA Pree ° Tohoceng 3 Permian | <—__Feneranio———— >] — QUATERNARIO—>| 50+ slider 60-) aleoceno —es Fita do tempo da Terra (ver Figura 1-12) Acrescimento da Terra EON FANEROZOICO Durante 0s Cons Hedeano @ Ar ‘queano,trés geossstemas globais de Tera foram estabelecidos. ——em CEEEICEN) Tecronical eeaaiaelinargp TECTONICA / ey sIsTEMA 0} Figura 10.12. Aescala do tempo geov6gico. Os nimeros na Nile ner esquerda des colunasestao em milhoes de anos (Ma) antes do presente, CAPITULO 10» Registro das Rochas e Escala do Tempo Geologico |259 formas de vida unicelulares a evoluirem para algas e animais ‘multicelulares, os quais esto preservados no registro fossil do Proterozdico tardio. Fon Fanerozéico O mais recente ¢ mais bem estudado éon, ue abrange os ultimos 543 milhes de anos, & o Fanerozdico (do grego phanerds, “visivel”, e zoik6s, “vida”). Muitas forma- {es rochosas desse gon contém abundantes conchas e outros {osseis, como ossos de vertebrados. Com raras excegGes, as re- servas de petrdleo e g&s formaram-se durante esse tempo da historia da Tetra. O Faneroz6ico é subdividido em trés eras: + Era Paleozdica (% {de anos aris da antiga”): de 543 milhes « 251 milhes + Era Mesozéica (“vida intermedisria”): de 251 milhoes a 65 ‘milhoes de anos atrds + Era Cenozéica (“vida recente”): de 65 milhies de anos atrés até o presente [As eras slo subdiviidas em perfodos, a maioria deles de- nnominados de acordo com o nome da localidade geogréfiea on- de as formagies esto mais bem expostas ou onde foram des- eritas pela primeira vez ou, ainda, poralguma caractefstia di tintiva das formagSes. O Periodo Juréssico, por exempo, € de- nominado devido 8s Montanhas Jura, na Frana e na Suiga,e 0 Perfodo Carbonifere, por eausa das rochas sedimentares porta- ddoras de carvao da Europa e da América do None. Os perfodos si, por sua vez, subdivididos em épocas: sen- dos mais bem conhecidas geologicamente aquelas do Perfodo ‘Tereirio, como a Epoca Pliocena (abrangendo o intervalo de 6 milldes a 1,8 milo de anos atrés). Na Reportagem 10.1, aes- cala do tempo geotdico ¢ utlizada para interpretar um dos ais famosos afloramentos do mundo, 6 Grand Canyon. Ao claborarem essa escala do tempo geoldico, 0s gedlogos tiveram de mudar seu modo de pensar a Terra. James Hutton, conhecide como o pai da Geologia modems, ¢ Charles Lyell autor de um dos primeirose mais influentes manuais de Geolo- a (Principios de Geolagia, o primeiro volume publicado em 1828), levaram os ge6logos a entender que o planeta nto foi :modelado por uma série de eventos catastricos ocortidos em apenas poucos milhares de anos, como muitas pessoas de entio aereditavam, Pelo contrério, a Terra cra o produto de processos geoldgicos ordindros operando uniformemente durante vi i tervalo de tempo muito maior. Como observado no Capitulo 4, Hutton foi um dos primeiros a compreender a natureza cclica das mudangas geoldgicas: 0 ciclo das rochas, em que ocorre crosio, intemperismo, sedimentago, soterramento, atividade fgnea ctecténicae soerguimento de montanhas. ‘Também inerente ao pensamento de Hutton e Lyell foi 0 prinefpio do uniformitarismo ~ 0 qui, voce deve estar lembra- do do Capitulo 1, postula que os processos que observamos ‘modelando a Terra atualmente sio 0s mesmos que operaram durante toda a histéria do planeta, Embora diferentes tipos de sedimentos possam ter sido depositados em diferentes taxas © em diferentes lugares durante a histria da Tera, podemos es- tar razoavelmente certos de que 0s provessos deposicionas que acumularam sedimentos hi milhdesebilhoes de anos operaram ‘éa mesma maneira como fazem hoje. ‘Tempo isotdpico: adicionando datas a escala do tempo geoldgico ‘A eseala do tempo geoldgco, baseada em estudos da estatigr- fiae dos fésses, éuma escalarelaiva. Com ela, os gedlogos podem dizer se uma forragio € mas antiga que otra mas nio determinarpreisamente quando uma ocha se foros. E como saber que a Primeira Guerra Mundial precedeu a Segunda, mas 1ndo defnircom exatidio 0s anos epecficas em que ais con- flitos iniciaram e terminaram. Os ge6logos do século XIX po- diam estmarsomente um vago tempo de milhées de anos para aque uma cera associago de fsseis masse para outa, EnbO- rativessem estado os tempos de vitios procestos geolsgico, como, por exemplo, da deposigfo de sedimentos no fundo de Jagos ov da erosdo de um vale fluvial eles ndo podiam imei nar uma maneira de moira duragd exata dos mesmos guns fisicos do século XIX estimaram a dade da Tera do sistema solar a partir de princfpios astronémicos e fisicos e caleularam como sendo de muitos miles de anos. Mas oc culo dessas estimativas estava baseado em principis fisicos da poca (alguns dos quais esti hoje ulirapasads) evariavam, fenormemente, desde 25 milhoes at 75 mlhdes de anos. Ent, em 1896, um avango na fisica modema pavimentou uma ma- neira confivele precisa de medigio do tempo weoldgico em anos. Henri Beoquerel, um fisico francés, descobri a raioat- vide do urinio. Menos de um eno depois, a quinica francesa “Marie Sklodowska-Curie descobriue solou um outro clemen- to altamente radioativo, ori. Em 1905, fisco Emest Rutherford sugeriu que radioai- vidade podera sr usada para medi a idadeexata de uma 10- che. Be foi capaz de dizer aidade em anos de um mineral de uriinio a partir de medigées feitas em seu laboratério. Poucos anos depois, as idades de mutes outras rochas foram determi- nada, enqanto of méodos de data iam sendo refinados © mis elementos radiativos eram descoberts. Esse foi o inicio da datagho tsot6pien que conssteem wsar elementos radiat- ‘Vos naturais para determinar as idades das rochas. Quando Ru- therfordanunciou os resultados de sua primeira medigao ficou claro que aidade a Terra era de bilhdes de anos equeointer- ‘alo do Bon Fanerorsico sozinho abrangia um pouco mais de ‘meio bil de anos. Atomos radioativo: s relégios das rochas Como os gedlogos utilizam a radioatividade para determinar 2 idade de uma rocha? O que os pioneiros da fisica nuclear descobriram foi que 0s étomos de urinio, rio e muitos ou: tros elementos radioativos sfo instéveis. O ntcleo de um éto- ‘mo radioativo desintegra-se espontaneamente, formando um tomo de um elemento diferente ¢ emitindo radiagdo, uma forma de energia. Chamamos 0 étomo original de pai ¢ 6 pro- Auto do seu decaimento é conhecido como filho. O is6topo- pai rubidio-87, por exemplo, forma um isétopo-filho estével © estr6ncio-87, por meio do decaimento radioative. Um néu- tron no micleo de um dtomo de rubidio-87 desintegra-se,eje- tando um eléiron do néicleo e produzindo um novo préton. O tomo anterior de rubiio, que tinha 37 protons, toma-se,as- sim, um tomo de estréncio, com 38 protons (Figura 10.13), 260| Para Entender a Terra 10.1 A seqiiéncia do Grand Canyon ea correlacao regional de estratos srochas do Grand Canyon ede outras partes da regito do Planalto do Colorado (EUA) tm muito para conta Elas re- sistram uma longa historia de sedimentagdo numa variedade cde ambientes,algumas vezes continentas e,outras, marinhos. Diversas desconformidades marcam os intervalos de erosio. Essas rochas contém uma sucessio de f6sses, 0: quais reve- lam a evolugao de novos oxganismos e a extincao de outros, mais antigos. A partir da corelagio das sequléncias de rochas, ‘expostas em diferentes lugares, 0s ge6logos podem recons- ‘uir uma historia geologica abrangendo um interval de mais de 1 bilhio de anos. As rochas expostas mas basase, portanto, s mais antigas do Grand Canyon sto as rochas igneas e metamérficas escuras do Grupo Vishnu, com idade de cerea de 1,6 bilhio de anos, de acordo com técnicas de datacdo isot6pica Sobrepostas a0 Grupo Vishnu, e mas novas, portanto,es- ‘0 as Camadas Grand Canyon, do Pré-Cambriano Superior Essas camadas contém fosseis de microganismos unicelulares, de tamanho milmétrico, Uma nlo-conformidade separa as ca- ‘madas do Grupo Vishnu e as do Grand Canyon, representan- do um perfodo de deformacao estrutural que acompanhou © rmetamorismo desse grupo e, depois, de erosdo, antes da de. posicao das camadas mais novas. A inclinacao das Camadas ‘Grand Canyon, formando um angulo em relagd0& posicio ho rizontal de quando foram geradas, mostra que els também fo- ram dobradas depois ds deposicio e do soteramento, Uma discordlncia angular separa as Camadas Grand Can yon das camadas horizontals sobrepostas do Arent Tapeats. Essa discordncia indica um longe periodo de eroséo depois do basculamento das rochasinferiores.O Arerito Tapeats © 0 Tolheho Bright Angel podem ser datados como do Cambria- no pelos seus f6sses, muitos dos quas so de triobitas. Sobreposto ao Folhelho Bright Angel esta um grupo de formacoes horizontais de calcio e folhelho (Caleério Muay, CCaleério Temple Butte e Calesrio Redwall) que representam cerca de 200 milhoes de anos, desde o final do Pertodo Camn- briano at o final do Periodo Mississippiano. Existe um lapso de tempo muito longo representado pels discordancias des- 4) JORNAL DA TERRA sa seqiiéncia, sendo que os estratos das rochas materializam realmente menos de 40% do Paleozbico. O proximo pacote de estratos, em direcBo ao topo da pa- rede do canion, € 0 Grupo Supai (Pensivaniano e Permiano}, ‘que retine formaces que contém fosseis de vegetagio terres- tre, como aqueles encontrados em camadas de carvao na ‘América do Norte e em outros continentes. Sobrepondo-se 20 Grupo Supai esta o Hermit, um folhelho areritico vermelho. ‘Continuando em direcéo a0 topo, encontramos outro de- pésito continental, 0 Areito Coconino, o qual ontém rastros de animais vertebrados. Os rastros desses animals sugerem que 0 Coconino foi formado em um ambiente terrestre duran- te 0 Periodo Permiano. No topo dos penhascos na borda do Anion, esto mats duas formacdes de idade permiana a Toro- weap, constituida predominantemente de calcéro, sobrepos- ta pela Kaibab, uma camada macica de calcirio arenoso con- tendo sex. Essas duas formacbes registram a subsidéncia da regito sob o nivel do mare a deposicao de sedimentos mari- hos. ‘Asucessdo de estratos no Grand Canyon, embora pitores- 2 instrutiva, representa uma imagem incompleta da historia da Terra. Periodos mais novos do tempo geoldgico nio estio preservados e devemos nos deslocar para lugares em Utah, ‘nos parques nacionals dos cBnions Zion e Bryce, para comple- tar os ltimos eventos dessa histéra, Em Zion, encontramos as Uunidades equivalentes de Kaibab e Moenkopi, que nos permi- tem estabelecer uma corrlacao com a regido do Grand Can- yon e encadear a historia dessas regiées, Diferentemente da rea do Grand Canyon, entretanto, as rochas em Zion esten- cdem-se, em diregdo ao topo, até o tempo jurdssco, incuindo ddunas arenosas antigasrepresentadas pelos arenitos da For- macao Navajo. Se nos deslocarmos um pouco mais ainda, ve- remos que essa formacio ocorre também no Canion Bryce, mas, nesse lugar 05 estratos empilham-se em direcio 20 topo até a Formacao Wasatch, de idade teciaria. ! ‘A corrlagio dos estratos dessas tr dreas do Planalto do Colorado mostra como as seqiéncias de lugares bastante se- parados ~ cada qual com um registro incompleto do tempo seoldgico — podem ser empilhadas para construir um registro Composto da historia da Terra. Seccio estratigrsfica generaizada das unidades rachosas das se- ‘qiincias do Grand Canyon, do Cinion Zion e do Canion Bryce. ohn Wang/Photo Disc/Getty images: David Muench/Corbis: Tim Davis/Photo Researchers, espectvamente] CAPITULO 10 + Registro das Rochas ¢ Escala do Tempo Geotégico |261 Parque Nacional do Cio Bryce eric auth otapaon sien owe? desig ca ath To . Jurissico Ae Coti tecurt& L nox! . | rennin top asco Femiano Fesaniano| asisppiano £ Drentne cambriano Pr Cambri Grand Canyon (lei ion Ciro Bee a \ sm sss? 262| Para Entender a Terra [Nicleo do Rubidio-87 Néutrons. [Nucleo do Estréncio-87 Protons y. g > he + Eltron Um neutron do stomo 1 €produindo um préton, rubido-87 desintegrase, £€0 dtomo muda para cjetando um elétron estroncio- 87 Figura 10.15 0 decaimento radioativo do rubidlo para estrbncio, (Recorde do Capitulo 3 que um micleo atémico consiste em prtonse neutrons e que um iétopo de um dade elemento con- ts © mesmo nimero de protons, mas diferente nimero de neutrons.) Quando uma dada quantdade de na substinca raoativa Aesiniegra-s, ou deca, os istopospais vio se aterando 0 caso, € nfo de uma 86 uma vez. Assim, oma dada massa de ‘tomos-pais radioativos vai constantemente se dsintegrando para formar étomosilhos. A rao pela qual o decaimento rae diativo oferece um metodo seguro de contro tempo reside n0 fato de que a probabilidade de desintegracdo é um nimero de- terminao, A taxa de desinegracao nfo vars com as mudangas de temperatura, pressio ou qufmicas que tpicamente acompa ham os processos geolégicos na Tera ou em outros plantas “Assim, quando of tomes de um is6top radioativo so eriados em quélguer lugar do universo, cles comegam salvar como as tatidas de um relogio alterando-se deforma estvel de um tipo de étomo para outro numa taxa constant. ‘As taxas de decaimento raioativo sio comamenteestabe- lecidas em termos da meia-vida de um elemento ~o tempo re ‘querido para que a metade do niimero inicial de étomos desin- tegre-se (Figura 10.14), As meias-vides de elementos com aplicagdo na Geologia variam desde milhares até bilhdes de anos. No final do perfodo da primeira meia-vida de un is6tspo radioativ, ap6sa sua ineorporagéo a um novo mineral & meta 4e domimero de stemos-pais ainda permanece, No final do pe- Tiodo de segunda meia-vida, a metade daquela metade, ov um «quarto do némero original, ainda reste, No final da terecira mneia-vida, um oitao ana retae assim sucessivamente Se conneeermos a taxa de decaimentoe padermos conta 0 ndmero de étomes-filhosreeém-formados, em como o deéto- ‘mos-pais que restaram, entio podemos ealeuler o tempo que transcorreu desde que 0 relézio radioativo comegou a bar. Com efeito, demos volta atrés no tempo quando nfo havin isotopos-filhos, somenteagueles do elemento-pei ainda no de- sintegrado, 05 geslogos medem a razao entre istopos-pas isctopos- fihos com um espectrémetro de massa, um instrument muito preciso e sensivel que pode detetar até quantidadesinfimas de 's6topos. Suponha que tenhamos determinado a rezZo entre ‘tomos de rubidio-87 ¢ estcio-87 de uma amostra de rocha coma sendo de 9:1. Usilizando a taxa conhecida de decaimen- to do rubidio para o estréncio, podem, eno, ealcular que 4 bithdes de anos se passaram desde que 0 rubidio da nossa amostra comegou a se desintegar. ara os geblogos, ess 6a iad da rocha ou, mais exata mente, tempo desde que orubido fo, pela primeira vez, ari sionado num mineral reeém-formado de una acha, O rubiio 6 esttdnci, assim como outros elementos, sio incorporados rum mineral quando ele se cristliza a partir de um magma ou recrstalza durante 0 metamerfismo. Durante a cristlizagio, a razio entre mibidio e estrincio é homogeneizada, o que deixa ~zerado 0 relégio radioatvo, Denito do mineral recé-formado, ‘© decaimentoradiativo do rubidio-87 continua e novos étomos eestncio comegam ase acumularo que vai mudando a aio ini. Esses tomos de estncio nfo podem eseapar ano set ‘que uma nova recristalizagio aconteca, Assim, 0 rubidio-87 € ‘outros isos ratiotivo em rochas fgneds Tomecer uma neira de determinar quando um magma fo intadidoeresfiado Os is6topos radioatives em rochas metamérfices nos possi- bititam medio tempo tanscorido desce que elas foram meta. ‘morfizadas. O decaimento do rubiio nao € ulizad para datar rochassedimentares, porque os minerais em sedimentoscisti- cos s8o geraimentederivados de rochas preexistentcs mais an- tiges. Mineris precpitados po processos quimicose biogu- micos em sedimentos, ais como carbonats, geralmente con tém muito pouco rabid reeém-preipitado para permit ani- lises isotdpicas preciss. As veres, entrtanto,o earbono da ‘agua do mar ¢incorporado em quantidadesufciene nas rochas sedimentaes na epoca da deposigao,permitindo qu se deter mine a idade geoldgica da mesma 0s ge6log0s uilizam um certo nimero de elementos que vorrem na nature para determinaraidade das rochas (Qua- ‘eo 10.1), Cada elemento radioatvo tem sua propria taxa de de- caimento, Aqueles que decaem lentamente durante bilhbes de anos, como 0 rubiio-87, slo utlizados para mediraidade de rochasantgas. lementosradioativos que decaem rapamen- tedurante apenas poucas dezenas de mithares de anos, como 0 Proporgio de stomos restontes t i ee ——— Ca ss “Tempo, em meiasvidas Figura 10.14 © ndmero de dtomos radioativos em qualquer ‘mineral dectina numa taxa precisa 20 longo do tempo. Essa taxa de decsimento é estabelecida como uma série de meias-vidas, CAPITULO 10 « Registro das Rochas e Escala do Tempo Geolégico | 263 do isétopo- datacao efetiva Minerais e materiais Pai Filho peal (anos) (anos) ‘que podem ser datados Urdnio-238 —_Chumbo-206 4.5 bithoes 10 milhdes-4,6 bhdes redo Apatita Urdnio-235— Chumbo-207 0.7 bilhio WO milhses-46 bilhdes ——_Zizeo Apatita Potissio-40 —Argénio-40 1,3 bilo 50 mil-4.6 bilhbes Muscovita Biotita Homblenda Rubidio-87 —Estrdncio-87 47 bilhses 10 milhoes-$,6 bilhes —-Mascovita Biowita Feldspato potissico Carbono-14 Nitros 5730 100-70 mil Madeira, carvio vegetal, turfa Osos ¢ tides CCarbonato de célcio de eonchas ¢ outros Agua subterrinea, gua do mar e sgelo de geeira contendo diéxido de carbone dissolvido carbono-14, sfo iteis para determinar as idades de rochas mui- to novas. A datagao isot6pica é possivel somente se uma quan- tidade mensurivel de étomos-pais e filhos permanecer na ro- cha, Por exemplo, se a rocha € muito antiga e a taxa de decai- ‘mento muito répida, quase todos os éiomos-pais jé foram trans- formados. Nesse.caso, poderiamos concluir que a pilha do rel6- gic isotépico acabou, mas nil saberfamos dizer hd quanto tem- po ele par Carbono-14: cronometrande atividades “recentes” (© carbono-14, que decai parao nitrogénio-14, tem uma meia-vi- da de 5.730 anos. Numa rocha de 30 mil anos, por exemplo,, ‘mais de cinco meias-vidas se passaram e somente um pouco me- ros que 1/32 da quantidade inicial de carbono-I4 ainda perma- niece. Quando 70 mil anos tiverem se passado, muito pouco car- bono-I4 tert permanecido para permitir uma contagem precisa Por isso, o método do carbono-14 é mais adequado para medir idades do passado geol6gico relativamente recente, Esse méiodo ¢ especialmente importante para datar ossos fGsseis, conchas, madeira e outros materiais orgdnicos em sedi- :mentos muito novos, porque todos esses materiais contém cut= ‘bono, incluindo uma pequena quantidade de carbono-14. 0 car- ‘bono € um clemento essencial nas células vivas de todos os or- ganismos. Por exemplo, quando os vegetais verdes crescem, cles continuamente incorporam em scus tecidos uma pequena {quantidade de carbono-14, junto com is6topos estiveis de car- bbono, a partir do didxido de carbono da atmosfera. Quando um vegetal morte, ele para de absorver diGxido de carbono, ¢ ne- hum carbono novo de qualquer tipo é, eno, adicionade wo te- ido, Nesse momento, a quantidade de carbono-14 em relagio 805 isdtopos estaveis de carbono ¢ idéntica aquela da atmosfe- 1 Entretanto, a quantidade de carbono-Id no tecido monto, que incorporaéa como material orginico fssil num sedimento, decresce estavelmente & medida que os éiomos radioativos se desintegram. Os dtomos-filhos de nitrogénio- Iso gasosos assim, abandonam o sedimento, de modo que no podemos 1medi-ios com exatiddo. Contudo, podemos compara a quanti- dade de carbono-14 deixada no material vegetal com a quan dade inicial que estava em equilforio com a atmosfera, a qual é considerada como sendo aproximadamente constante para 0 periodo de tempo relativamente curt que esté sendo medido, Essa comparaglo fornece 0 tempo que transcorreu desde que © vegetal more, Os limites e usos da datacao isotépica A datagio isot6pica nfo pode fornecer uma letura precisa para qualquer rocha que um ge6logo amostra. Se uma rocha con- tendo urdnio tiver perdido um pouco de seu chumbo pelo in- temperismo, por exemplo, podemios obter erroneamente uma dade mais nova, Ou se uma rocha ignea foi metamorfizada, os is6topos-filhos que se acumularam desde a cristalizagdo do ‘magma podem ter sido perdidos, eajustando o reldgio para 0 tempo do metamorfismo em vez do tempo de formagaoinical. ‘Além dessesfatores, a exatidio e precisto da datacio isot6pi- ‘cadependem de medidas acuradas de, geralmente, quantidades 264) Para Entender a Tera {nfimas de étomos-filhos encontrados nas rochas. As tScnicas atuais avangaram de modo a possibilitar que o chumbo de um Ainico cristal de ziredo possa ser usado para datar uma rocha, De fato, a exatidio tem melhorado muito nos éitimos anos, de sor- te que as rochas paleoz6icas e pré-cambrianas podem ser data- das com um erro no superior @algumas centenas de milhares de anos ~ uma melhora significativa quando comparada com os ertos de mais de 50 milhdes de anos praticados hi poucas déca- das atrés, Um dos limites da escala do tempo geol6gico que teve uma grande mudanga gragas ao aumento da exatidio das datagdes isot6picas e A obtengio de novas amostras de terrt6rios ante- riormente inexplorados é aquele entre o Perfodo Cambriano e 6 tempo Pré-Cambriano (que retine 0s €ons Arqueano ¢ Prote- roz6ico). Nos tiltimos anos, esse limite tem mudado indimeras vezes, desde a idadeinicial de 570 milhies de anos até. idade tual, que tem um valor muito mais acurado, de 543 milhies de anos. Essa idade € particularmente importante porque esta relacionada com um dos mais significativos desenvolvimentos da evolugio de organismos multicelulares. A escala do tempo geol6gico tem muitos usos, além de ser valiosa para os gedlogos. Os antrop6logos que reconstroem os ‘Passos da evolucZo humana e os arquedlogos que datam os vi ios assentamentos humanos uilizam os intervalos mais recen: tes da escala do tempo, abrangendo os Gitimos 5 a 10 milhioes de anos. Os sisméloges que estudam as regides propensas & ‘ocorréncia de terremoios utlizam a escala do tempo e a estrati- sgrafin do passado recente para mapear os movimentos das fa- Thas que originam as ondas sismices. Outros relégios geolégicos (© tempo € to fundamental no estudo da Terra que os seélozos continuam a procurar maneiras adicionais de medir 0 tempo geol6gico, A estratigafia paleomagnética, por exemplo, est “obtendo um notével desenvolvimento como auxiliar na datagio isot6pica. Como abordamos no Capitulo 2, a reversio do cam- po magnético terrestre ocorre aproximadamente a cada meio rmilhio de anos, Essas reversbes periddias esto registradas na orientagdo de minerais magnéticos nas rochas, especialmente ‘agueles do assoalho ocefnico. A escala do tempo magnético fo calibrada tanto peles determinagbes das idades radioativas co- tno pelas idadesestratigrficas de formagSes fossilieras sobFe € sotopostas Datacdes confidveis: utilizando trés linhas de evidéncias Quando os gestogos determinaram as idades isotépicas e come- Tncionaran-nas aos seus estudos paleontol6gicos eestratigrti- cos anteriores, puderam acrescentar essas idades absolutas &e3- cala do tempo geoldgico (ver Figura 10.11). Com essas trés fontes de informago, pyderam entio deduzir as idades aprox ‘madas das formagées rochosas, mesmo daquelas que no con- tinham material favordvel As andlises radiomeétricas. Por exem- plo, se soubermos, a partir da datagio isot6pica, que uma intru- ‘So ignes ocorreu hf 500 milhdes de anos, entio as camadas s2- ddimentares seccionadas pela intrusdo devem ser mais antigas que essa idade. E se essas mesmas camadas estiverem sobre- Postas a rochas metamérficas datadas radiometricamente em 500 milhies de anos, entio saberemos que as camadas sedi- mentares foram formadas entre 500 a 550 milhdes de anos aris. Se, além disso, essas rochas sedimentares contiverem fosseis indicando idades estratigrificas do Cambriano ou Ordo- vieiano tardio, saberemos as idades absolutas de paries desses perfodos geol6gicos. A panir desse tipo de controle ge idades, 10 ge6logos ajustam toda a escala do tempo geoldgico, Depois de quase um século de datagdes isot6picas e trabalhos conti- rnuados na estratigrafia do mundo inteiro, essa escala do tempo encontra-se consolidada nos seus aspectos principais, Estimando as taxas de processos geoldgicos muito lentos Agora que jf temos 0 controle dos métodos para a datagio de rochas, veremos 0 que a escala do tempo pode nos dizer sobre as taxas de alguns processos geol6gicos muito lentos. Conside- rea abertura de um oceano, onde as placas do assoalho se afas- tem uma da outra a partir da dorsal mesocednica. © Oceano Atlantico Sul tem uma largura de mais de 5 mil km entre a América do Sul ea Africa, sendo essa distancia a medida da se- pparagio dos dois continentes. Nos bordos desses dois continen- {es encontraremos as porgies mais antigas desse assoalho, pois se formaram no prinefpio da expansdo.A partir dos fosscs, sa- bbemos que esses sedimentos so de, aproximadamente, 100 mi- Ides de anos (que € a dade do Cretéceo Médio). Desse modo, avelocidade média de expansdo dessa regido do assoqlho oced- nico & de 5 mil km a cada 100 milhes de anos, ou cerca de S ‘onviano, Em outras regices dos oceanos, as velocidades de ex- pansdo podem ser mais baixas, de 2 a 4 em/ano (Dorsal do Atlantica), ou mais altas, chegando até 10 a 17 emvano (Dorsal do Pacifico Oriental), Esse tipo de calculo genérico fomece uma surpreendente estimativa da velocidade de expanstio do assoalho oceénico. Ele foi testado em 1987, quando os eientistas, pela primeira vvez, foram eapazes de medir a velocidade de expansio direta- ‘mente no assoalho do Atlantico, uiizando tecnologia de radia- ‘lo laser de longo alcance e satelite. Os resultados concondam ‘com as velocidades de expansdo que os gedlogos marinhos cal clara a partir da idade e da posigiio do ussoalho oceanic, Os métodos de datagao descritos neste capitulo também nos ajudam a entender outros processos lentos, um deles rela cionado aos habitantes da California (EUA): 0 movimento de blocos crustais ao longo da Falha de Santo André e de outras falhas préximas, que t&m sido responsaveis pelos principals, terremotos da regio. A Figura 10.15 mostra como a Placa Pa- cifica desliza em relago & Placa Norte-Americana a0 longo de um limite transformante. Uma maneira de determinar a veloci- dade desse movimento é medindo as distancias das contrapar- tes das distntas formagGes geol6gicas de varias idades que fo- ram separadas plas falhas da borda da placa. Dividindo-se a distancia que agora separa essas formagdes pelo tempo decor- rido desde que se formaram e se separaram, teremos a veloci dade do movimento, As velocidades de expansio do assoalho ‘ocefinico e as medidas de satélites fomnecem outras estimativas de desiocamentos zo longo das bordas das placas. Utilizando CAPITULO 10 Registro das Rochas Escala do Tempo Geol | 265 Figura 10.15 O movimento relativo de cerca de 5 em/ano entre as placas Norte-Americana e Paciica pode ser calculado ‘tanto pela separacdo das formagbes geol6gicas que desizam 20 longo da faiha como por medidas de satlite ou pelas velocidades de expansio do assoalho oceanico. lessas abservagdes, podemos estimar que o deslocamento mé dio durante os ditimos milhées de anos foi de aproximadamen- fe 5 a6 cimlano. Se essa taxa persistir, Los Angeles, que se lo- caliza na Placa Pactfica, estaré lado a lado de San Francisco, 1371 ‘que estd na Placa Norte-Americana, dentro de, aproximada- ‘mente, 10 milhdes de anos. Podemios medir as taxas de movimentos verticais pela data- «do de depésitos marinhos que se encontram agora acima do ni= ‘el do mar. Parte da Cordilheira dos Alpes, por exemplo, con- ‘tém fésseis marinhos cujaidade de cerca de 1S milhes de anos conhecida por nds. Esses fosseis, agora elevados para aatitu- de de 3 mil metros, foram originalmente depositados préximios a0 nivel do mar, no assoalho de um oceano raso. As rochas se- ddimentares contendo os f6sseis devem ter sido soerguidas numa média aproximada de 2 mm/década, embora as taxas possam {er sido mais altas ou mais baixas por curtos intervalos de tem- po ouem diferentes partes da cordilheira, Um Gitimo exemplo que utilizaremos aqui seré o da eroséo, Processos crosivos estio continuamente desnudando a superff- cite dos terrenos. Esses processos sio tio lentos que duas foto- tgrafias de um vale fluvial obtidas num intervalo de 96 anos ‘mostram pouca diferenga (Figura 10.16). Podemos estimar as, taxas de erosio pela adigio de todos os produtos desintegrados ‘ou dissolvidos pela erosdo que os sins ou 0 vento carregaram de ‘uma regido. Para 0 continente norte-americano, essa taxa tem sido estimada como sendo de 3 mm/século, Nesse ritmo, se- riam necessérios 100 milhies de anos para aplainar uma mon- tanha de 3 mil metros de altura até o nivel do mar, ‘Assim, nesses exemplos espectficos, sao necessétios cerca de 100 miles de anos para um oceano abit, 15 milhGes de ‘anos para soerguer uma cordilheira e 100 mihdes de anos para, ‘depois, erodi-la. Como veremos mais adiante, entretanto, esses intervalos de tempo sio relativamente curtos quando compara «dos com toda a histéria do planeta. Durante essa historia, a Te ra softeu muitos ciclos de soerguimento de montanhas ¢ erosao. Uma viséo geral do tempo geolégico Poclemos, agora, comibinaraescala do tempo geolégico com as, ‘dades absolutas obtidas @ partir da andlise do decaimento ra- divativo e da evolugio dos organismos, para construir uma 1968 Figura 10.16 As duas fotografias do Meandro de Bowknot, no Rio Green, no Estado de Uiah (ELA), foram tomadas num intervalo de quase 100 anos e mostram que pouco mmudou na configuragao destas rochas e formacoes no transcurso deste tempo. 266) Para Entendera Terra Fit do tempo de Terr (ve Fagus .12) EON FANEROZOICO © desabrochar da vida — 0 Pevodo Pennine Pid Maisie fs ‘Mais antiga rocho al eni000 niga pace Holocens Figura 10.17 Unhado tempo grolgic da ists da Tera. Abrevaturas: Ma (Maga 2m), hoes de anor Ca (Cige at) shoes de sos CAPITULO 10 « Registro das Rochas e Escala do Tempo Geol6gico |267 nha do tempo de toda a histria da Tera, iniciando desde 4,6 bilhdes de ans ats (ver as paginas de aber dest liv), A igura 10.17 mosia toda a extensdo do tempo geologico na forma de um caminhoespialad, onde cada vote da espiral e- presen | lho de anes. A parr dessa usa, podemos sera o quo pequeno € o Lon Fanerozbico em rlogioa his téria da Terra, bem como o diminutoinevalo de tempo que uranscoreu desde 0 inicio da evolugdo humane, ura maneia de compreender ese pero de tempo ex- traodinaramente vast 6 pensar dade da Terra como sendo comespondente ao calendo de um ano, No dia princi de jo neito Terra foi formada, Durante o més dejancio e pate do inicio de fevereito, ela tornou-se estruturada cm nticleo, manto rosa reximo 21 de fevers, vida se desenvalveu, Du- rante toda © outon, iver e info da primavera, a Terra de- senvolveu os continentes e bacias oceicas, ts vezes, seme- thantes 2s tunis ea tecnica de places passou a operat Em 25 de aubro, no iniio do Periado Cambriano, os orgaisinos completos, incuindo aqusles com conchas, heparin No dia 7 de deze, os pei cvoluframc, no Natal os dnossuros foramextinos. Ox himanos modemos, Homo sapiens sapiens, apaoceram em cena is 23h, na véspera do Ano Novove ei 1 idade do glo termina as 25hS8mindSx. Tes centésimos de sepundo anes da meia-noite, Colombo aporow numa ha das Indias Ocidentais, E poucos milésimos de segundos atds, voce nase, ie) ‘Como os geélogos sabem a idade de uma rocha e se ela é ‘mais antiga que outra? Os gedlogos determinam a ordem de ‘ormagao das rochas ao estudar sua estratigrafia,fosseis e dis- pposigao espacial no campo, Uma seqiiéncia de rochas sedimen- tares nio deformada seré horizontal, com cada camada sendo ‘mais nova que aquela que esta sotoposta e mais antiga que a ca- ‘mada sobreposta. Além disso, como os animais ¢ as plantas ‘evolufram progressivamente ao longo do tempo, seus fésscis, registram as mudangas numa sucessdo conhecida na seqiiéncia estratigrifica, Sabendo-se a sucessio faunistica, torna-se mals {ici para os geGlogos localizar camadas sedimentares erodidas, gerando uma discordancia. Mais importante ainda, os f6sseis possibilitam a correlagao de rochas localizadas em virias par- tes do mundo. Como os gedlogos criaram uma escala do tempo geolégico aplicével em qualquer lugar do mundo? Utilizando-se os f6sseis para correlacionar as rachas de mesma idade e reunindo ‘as seqliéncias expostas em centenas de milhares de afloramen- ‘tos mundo afora, os gedlogos compilaram uma seqléncia estra- igréfica aplicdvel em qualquer regio da Terra. A sequneia ‘composta representa a escala do tempo geo¥égico. O uso da da- tagdo isotépica permitiu aos cientistas atribuirem idades abso- lutas para as unidades da escala do tempo. A datacao isotépica €baseada no comportamento dos elementos radioativos, quan- do os atomos-pais instéveis sao transformados em is6topos-fi- Ihos « uma taxa constante, Quando 0s elementos radioativos, so aprisionados dentro de um mineral durante a formagio da rocha, 0 néimero de isétopos-filhos aumenta, enquanto 0 de is6- top0s-pais diminui. Ao medir-se a quantidade de pais e filhos, podemos calcular a idade absoluta. Por que a escala do tempo geoligico é importante para os geélogos? A escala do tempo geol6gico permite aos geslogos reconstruir a cronologia dos eventos que moldaram o planeta. A scala do tempo tem sido utilizada na validagio eestudo da tec- (Gna de placas e na estimativa de taxas de processos muito len- ‘os para serem monitorados diretamente, tais como a abertura de um oceano durante milhes e centenas de milkdes de anos, O desenvolvimento da escala do tempo geolégico revelou que @ ‘Terra é muito mais antiga do que os ge6logos e outros cientistas pioneiros imaginavam e que ela sofreu continuas mudangas co- ‘mao resultado de processos lentos operando ao longo de sua his {ria A ctiagdo da escala do tempo geol6gico, ao lado do desen- ‘volvimento da Paleontologia e da teoria da evolucao, é uma das ais revolucionérias e impressionantes idias cientficas, | Conceitos e termos-chave + datagioiso6piea (p.259) + + desconformidade(p.253) + + discordincia (p.252) * discordincia angular (p.253) dade isowpica (p. 248) dade retatva(p. 248) smela-vida(p. 262) ‘o-conformidade (p. 253) + éon(p.255) + Paleontologia (p.251) + poca(p.259) + perfodo (p. 259) + rap. 259) * principio da horizontalidede * escala do tempo geolégico meal eae) (p.255) * principio da superposigio * estratiicagdo (p, 249) ee Sreanteae eth . rigs de seccionamento stratirafia de sequéncias (9.254) + formagio (p.252) Exercicios Ese tee indica que he ura animagdo disponivel no sto ele ‘minico que pode aiuto na respsta. + sucesso esratigréfies (p. 249) + tempo geoligico(p. 250) IE 1. Listeos periods geoldgicns do mais novo ao mais antigo. 2. Especifique as idades absolutas do inicio das eras Pueazbica, Me- sondica e Ceno2sica ‘3. Bm qual elemento resulta. desinteprao radioatva do rubieio-87? 4, Bm qual intervalo de idades pode ser dstado um sedimento polo cearbono-14?

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