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GLOBALIZAÇAO
1. INTRODUÇãO
1. Evolução histórica
A palavra globalização tem sido bastante divulgada pelos meios de
comunicação dos últimos tempos.
Há diversas definições dadas ao termo.
Para Demétrio Magnoli “é o processo pelo qual o espaço mundial adquire
unidade”. Para o professor Luiz Roberto Lopez “implica uniformização de padrões
econômicos e culturais em âmbito mundial”.
Historicamente, a globalização propala-se como a economia mundial
unificada.
Como as operações de comércio exterior já passaram por diversas
doutrinas, primitivamente aparece o feudalismo, sistema de grandes propriedades
territoriais isoladas (feudos), pertencentes à nobreza e ao clero e trabalhadores
pelos servos da gleba, numa economia de subsistência. Em cada feudo, o senhor
fazia as leis, administrava a justiça, cunhava moedas, exigia impostos aos
mercadores que transitavam por suas terras e estipulava o tributo que os
camponeses, lires e servos tinham que pagar.
Logo após, seguiu-se o mercantilismo, doutrina econômica defensora do
acúmulo de divisas em metais preciosos pelo estado, por meio de um comércio
exterior de caráter protecionista, estimulado por meio de uma balança comercial
favorável que através dela se aumenta o estoque de metais preciosos, com ampla
intervenção do Estado na economia.
Sucedeu-lhe o liberalismo, doutrina econômica na qual se estabelece como
postulado o livre jogo das forças econômicas, o regime de livre concorrência. A lei
da oferta e da procura é a única que deve influir sobre a produção, o consumo e o
mecanismo dos preços. A intervenção do estado é totalmente repelida.
Depois veio o protecionismo, doutrina econômica que tem por base a
adoção de tarifas ou cotas, para restringir o fluxo das importações. Apóia-se no
princípio de que existe interesse em desenvolver nu país as suas forças
produtoras, pela criação de barreiras alfandegárias, para impedir a concorrência
da indústria estrangeira.
De uma luta entre liberalismo e protecionismo, vêm surgindo blocos
econômicos pautando o livre comércio entre os países membros e usando o
protecionismo contra os países não-membros. Tais blocos têm por objetivo a livre
circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países membros,
através da eliminação dos impostos alfandegários e da eliminação de restrições
não tarifárias. Ao mesmo tempo, buscam impedir que bens, serviços e fatores
produtivos originários de países não membros usufruam da eliminação das tarifas
alfandegárias e não alfandegárias.
Já que a globalização é ato de exprimir a mesma coisa que livre comércio,
ambos levam à supremacia das economias dos países de “primeiro mundo”, ou
seja, as potências econômicas sobre a economia dos “países emergentes”. A
globalização provoca a submissão desses países àqueles, pois globalização
implica concorrência, não existindo entre economias desiguais.
Considerando então, que países de economia avançada passam a liderar a
globalização, os países de economia em desenvolvimento ficam alijados da
globalização, isto é, de usufruir da economia mundial, restando-lhe pouco da
economia unificada, provocando o declínio da atividade econômica, o
desemprego, a alienação etc.
2. A criação de blocos regionais
A formação de blocos regionais é atualmente destacada na globalização
atual. Ao lado da União Européia, perfilam-se o NAFTA, a Bacia do Pacífico e, em
outra escala, o MERCOSUL, o Mercado Comum Centro Americano e mais outros
ainda menos significativos. Há também uma declaração política de países da
APEC projetando para as primeiras décadas do novo século a formação de uma
zona comercial, envolvendo países asiáticos e americanos.
O Tratado de Assunção assim o diz:
"Este Mercado Comum implica:
A livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os países,
através, entre outros, da eliminação dos direitos aduaneiros e restrições não
tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer outra medida equivalente;
O estabelecimento de uma tarifa externa comum, a adoção de uma política
comercial comum em relação a terceiros Estados e a coordenação de posição em
foros econômicos-comerciais regionais e internacionais;
A coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais entre os Estados-
Partes a fim de assegurar condições adequadas de concorrência entre os
Estados-Partes ; e,
O compromisso dos Estados-Partes de harmonizar suas legislações, nas
áreas pertinentes, para lograr o fortalecimento do processo de integração. (art. 1o,
2ª parte, letras "a" a "d")".
É de conhecimento geral que todos os países do MERCOSUL entendem
ser necessária a intervenção do Estado nas relações de trabalho através de sua
fiscalização do trabalho, mas não há consenso na aplicação das normas
trabalhistas. É necessário que haja uma harmonização das normas da tutela
trabalhista entre eles, com a criação da cata Social do MERCOSUL. Com esta
instituição, poderíamos deter o problema da mão-de-obra.
Vale consignar as palavras do Presidente Jacques Chirac, proferidas na
Conferência Internacional do Trabalho: "Para lograr que a mundialização aporte
benefícios para todos, nos países industrializados como nos países e transição;
nos países emergentes como nos países mais desfavorecidos, é preciso por a
economia a serviço do ser humano e não o ser humano a serviço da economia".
4. Bibliografia