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0 ANAM. B. 2004 VELHO, G. Projetoe metamoyfose: antropologia das sociedades complexas, Si pros Bi wmplexas. Sao Paulo, Indicitaiomo cutee noes par uma aneopoog 3s para uma antropologa a sci on Pporanea, 2. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. 1987. ‘ (org.). Desvio e divergéncia: uma eritca de patologia social sm Patologia social. Rio de Janeiro: Zahaz VOGEL, A. stl Agni de ng ini Anglia icie entidadera cultura fora, Rio de Janeiro: EDUFF, 1993. ee A satide mental coletiva em caso de desastre* Arturo Marinero Heredia" “Con carifio para Lety Cufré, maestra y amiga” ‘Atul de introdugo Os chamados “desastres naturais” passaram a ser alvo, nos tiltimos quinze anos, de grande interesse em diversos Ambitos, tanto académicos, de pesquisa, como para os governos, organizagées mundiais, organismos no governamentais, igrejas ete. Nao ha diivida de que nos tiltimos anos foram feitas consideréveis descobertas e progressos na ciéncia ena teenolo- * Versio evisada e mosificada de palesta proferda nol Congresto Brasileiro Psicologia: Ciéncia ‘eProtssi,setemibro 2002, So Paulo, Tradugio de Claudia Betliner. ** Professor da Facultad de Psicologia de Ia Universidad Veracruzana — Campus Xalapa — Ve ‘cruz — México. E-mail: arturmarineeohathatmaicom, ANAM 8 B00 pcol0dih £0 CONPRONISEO SOCAL 1 gia da prevengao dos “desastres naturais”; contudo, as perdas resultantes dos violentos fenémenos aumentam junto com o drama humano que eles acarretam. A ilusio de que o progresso, a ciéncia ea tecnologia conduziriam, a humanidade ao bem-estau, & vomiodidade, 8 felicidade e a esperanca nao chegou para todos. Além disso, o progresso é muito questionavel. Em ma- téria de enfrentamento dos desastres, sejam eles naturais ou gerados pela homem, temos uma desilusdo e parece que devemos nos conformar com 0 fatalismo. __ Osdesastres também evidenciam as diversas faces da pobreza: aecond- mica, a social, a precariedade na satide integral, as caréncias educativas, entre muitas outras, embora, certamente, estas outras tragédias jé existissem antes da catastrofe. Neste trabalho, serao abordados alguns aspectos televantes da satide mental dos afetados por uma catéstrofe, que geralmente nao éatendida, equando 0 é, costuma sé-lo de uma perspectiva biologicista, medicalizando a vida dos afetados, ou entéo oferecendo a populacao afetada algumas ati- vidades para que “esquesam” 0 mau momento por que passaram, sem que isso permita processar ou “digerir” a traumatica vivéncia, As reflexdes teéricas e priticas que serio apresentadas a seguir so produto de minha participacao como coordenadot operativo da brigada de que participaram trinta alunos da Faculdade de Psicologia Xalapa da Univer- sidade Veracruzana, em 1999. A campanha, denominada “Orgulhosamente yeracruzanos” } foi organizada com o objetivo de dar atendimento em satide ‘mental aos habitantes da zona norte do Estado de Veracruz (México), afe- tados pelas fortes chuvas que ocasionaram caudalosas imundacdes. A profa Leticia Cufré Marchetto, do Instituto de Investigacdes Psicologicas da mesma universidade, ficou encarregada da Coordenacao Geral da Campanha? A Professora Leticia tem uma experiéncia inestimével nessa matéria. Muitas das ideias aqui expressas so dela, e foram discutidas e enriquecidas em canjunto, além de serem compartithadas com outros trabalhadores em satide mental do México, de El Salvador e de Honduras, que tiveram de enfrentar o desastre humano que 0 “desastre natural” ocasiona. 1.E muito important aerescentar que, am das instugbes jf mencionadas da Univesidade eraruzana, participa tam rés ONGs:GIRE, Ioloswae Matraca, A.C. ber como alguns ‘emlios municipas do Desenvolvimento Integral da Familia epardquiss 2.Em anexo, no final do dacumanto, encanta-se um quadro com as die = — 4 cletrizes bisias da | + 1 Os “desastres” naturais: Que so? Séo, de fato, naturals? ‘Na linguagem coloquial, um desastre € uma calamidade, uma desgraca, definico ampla demais paza que possa ser operativa nos campos da satide fe das ciéncias sociais, O Committee on the Challenges of Modern Society, segundo Campuzano (1987), definiu 0 desastre como “um ato da natureza ou do homem, cuja ameaca é de suficiente gravidade e magnitude para justificar assisténcia de emergéncia”. © ponto que aqui se destaca & titi para fins operativos, pois indica a diminuigéo da capacicade de resposta de uma determinada comunidade, em fungdo de um evento de caracteristicas e dimensdes extraordinarias. Estabelece, também, uma primeira divisio dos desastres: os causados pelo homem ou sociais (também denominados antropicos) — como incéndios, explosdes e guerras —, € 0s naturais, que em eral se caracterizam por serem menos previsiveis — como os terremotos, 0s tufdes, as erupgdes vulcdnicas, entre outros. ‘De acordo com material publicado pela FLACSO e por LA RED (1998), ‘909% dos eventos registrados anualmente atingiram pafses em desenvolvizmen- to, embora alguns desastres, por sua grande magnitude, também mostraram as fragilidades de economias avancadas, como é 0 caso dos Estados Unidos edo Japao. Entre 1960 e 1998 ocorreram, na América Latina, mais de 1,000 standes eventos e milhares cle pequenos, com a consequéncia de que mais de 50% de toda a ajuda anual para o desenvolvimento acabou sendo desti- nada & assisténcia durante o evento, & reconstrucio e as sequelas deixadas poreste, Segundo a ONU, trata-se de um enorme desafio. Na tiltima década, 4.777 dosastres naturais custaram mais de 880,000 vidas, afetando os Lares, a salide ¢ o sustento de quase dois milhdes de pessoas e causando cerca de ‘USS 685 bilhGes em perdas econdmicas no mundo inteiro. Embora 0 eixo fundamental deste trabalho seja refletir sobre a satide ‘mental dos afetados em situagées de desastres, nao se pode deixar de ques- tionar a suposta origem natural desses eventos. Mesmo sendo verdade que 0s riscos naturais, como um terremoto ou uma inundagao, por exemplo, so parte de nosso meio ambiente, eles nao deveriam se transformar em desas- tres de grande magnitude se fossem tomadas as medidas apropriadas para antecipar e reduzir seu impacto. Vale a pena perguntar por que, geralmente, essas calamidades “naturais” acabam afetando com maior severidace os Pobres de sempre, os mais empobrecidos. 1 vata B0cK A “natureza”, no discurso politico das autoridades governanentais, poderia ser representada como uma “senhora” que éa causadora dos eventos que provocam a tragédia humana, Essa “senhora’ é responsével pelasmortes, pelas vitimas, pelos desmoronamentos de eaoas, pela perda das collwitas, dos animais etc. ela, sua forga e sua firia nao podem ser controladas ¢ tampoue co sao previsiveis, é como o ataque de um fantasma, do qual nao é possivel defencer-se ea quem nao se pode reclamar nada, Em nenhum depariamento ‘ou reparticao publica existe um guiché para se queixar ou denuncié-la Ao mesmo tempo, quem quer que tenha qualquer queixa por ter sofrido alguma consequéncia da atuacio da “senhora natureza” é responsdvel por sua sorte, porque nfo tomou as providéncias pertinentes para escepar de seu castigo. Pareceria nao haver defesa contra ela. Os governos explicam gue os pobres gostam de viver em zonas de alto risco, como as margens dos Flos, as encostas dos morros oui montanhas, que moram em edificios velhos, escolhem as zonas baixas da Jocalidade que se inundam a cada ano etc, Os pobres ndo s6 so imprudentes por viver em zonas de risco muito allo, como também so burros por nao prevenirem essas situagées, eso idiotas porque no querem abandonar o lugar nem aceitam a transferéncia para outro, Dessa forma, 0 governo se exime de suas responsabilidades e justifica a pobreza que um “desastre natural” deixa. No nosso entender, ndo € por acaso que os pobres de sempre sejam os ‘mais afetados pelos chamados desastres naturais. Ser diivide, existeme con- tinuardo existindo intimeros eventos gerados pela natureza, mas deve ficar claro que, estritamente falando, nfo s80 0s terremotos que matam as pessoas, mas 08 edificios inseguros, as moraclias precitias, o péssimo planejamento urbano, em suma, onao cumprimento dos direitos humanos elementares. Mithares de pessoas morreram tragicamente em decorréncia dos desas- tres chamados “naturais” porque eles — seus Iideres e os governos — no conseguiram on néo quiseram levar em conta a ameaca, e ndo tomaram medidas para impedir a tragédia, Cada vez que ocorre uma calamidade, os obres tém de refazer um projeto de vida pessoal e familiar por nao :erem podido escapar as forces naturais, 0 que é injusto e perverso uma vez que, atualmente, com os diversos estucs sobre o solo, o clima ete., é possivel prevenir e diminuir muitos cesses riscos. Por outra parte, tampouco podemos deixar de lado a maneira como “a mao do hamem", a0 alterar os ecossistemas, afeta bosques, lengéis fredticos, @ atmosfera, a capa de oz6nio etc., provocando @ formagao de fenémenos PSIDLOGIAE 0 COMPROMIESO SOCIAL 18 natutais que posteriormente se transformarao em desastres. Em agosto de 2002, 0 jornal mexicano A Jornada informou que em alguns pafses europeus ocorreram inundagées que, segundo 0 ministro alemao do Meio Ambiente, Juergen Tnitin, e a organizagdo ecol6gica Greenpeace, tinham a ver com 0 aquecimento global da Terra, resultado de uma industrializacéo descontro- Jada. Eacrescenta que, segundo um recente estudo do Programa das Nagies Unidas para Meio Ambiente, ficou estabelecido que a mudanca climaitica estd entre os principais fatores que causam ou intensificam as inundacoes. Omodelo de desenvolvimento dominante durante as titimas décadas, os complexos processos de urbanizaco e asacelerados processos de degradacio ambiental vém sendo cada vez mais vinculados, analitica e empiricamente, ao agravamento do problema do tisco e dos desastres. Com o destaque para ayulnerabilidade das sociedades, a explicacio sobre os desastres foi se mo- dificando e produzindo uma visdo contréria aquela que gira em torno das ameacas fisicas como fator dominemte na origem de desasizes. Vulnerabili- ade, risco, impacto so conceitos que vém sendo estudados atualmente. O conceito de risco é uma construgao social, 0 desastre também. Mais que um. problema da natureza, os desastres aparecem como problemas nfo resolvi- dos do desenvolvimento, e as vulnerabilidades saciais, como o resultado de déficits no desenvolvimento. Para concluir este ponto, diremos que o evento sem diivida é natural, mas a tragédia é social. E provavel que nao se possa prever totalmente 0 evento, mas as tragédias, sim, podem ser prevenidas, Asatide mental coletiva Partimos da ideia de que a satide 6 um direito humano fandamenial, e ue deveria ser o objetivo iltimo de todo desenvolvimento humano, com as implicacbes sociais e politicas que isso tem. Qualquer necessiciade humana fundamental que nao seja adequadamente satisfeita revela uma pobreza hu- ‘mana, Cada pobreza é potencialmente geradora de patologia. Devemos ter em Conta que os discuirsos sobre “satide” geralmente fazem referéncia & doenca, ® que muito raramente se leva em conta que pode haver falta de satide sem tHoenga ou patologia em sentido estrito, Por exemplo, se uma pessoa vive em. situagao de pobreza extrema, de violéneia cotidiana, ce abuso econdmico ou psicolégico, ou é vitima de uma situacdo de desastre, néo necessariamente we (014188, 3004 deve ser calalogada de doente ou de alguém que sofre de uma patologia determinada, mas, com toda certeza, ndo gozaré de satide se esta for enter. dida como 0 “estado de bem-estar biopsicossocial” de que fala a OMS, jé que enfrenta um sofrimento psiquico. Apesar de todos os sforcos tealizadeg ava que se comprcenda e se opere em termos de satide integral, hejea sade continua sendo mais bio, quase nunca psico, e vez por outra social. Segundo Cufré (2000), quando procuramos definir o conceito de satide ‘mental, atualiza-se um problema fundamental: estamos mais familiarizados com a doenca que com a satide. Embora o conceito de doenca mental scja dlscutivel, a evidente presenca de softimento e a demanda de atencao fa. zem com que, na prética, possamos identificar 0 dano, Embora o fentdmeng satide-doenca mental, eniendido como um processo, apresente uma série de complicagdes quando se tenta defini-1o, varias aproximac6es foram tentadas nesse sentido. Cufré (2000) cita Bermann — psiquiatra e sanitarista Argentina — que referindo-se aos critérios de Pichon Riviere explica: a savide mental 6 a capacidade de desenvolver uma perspectiva integradora da realidacle ¢ de construit, com esta, vinculos ativos, transformadores, que permitam resolver as necessidades’, Antes, Stolkiner (1986) considerou como principais os seguintes indi cadores de satile mental 1. Onivel de participacao e as vias organizadas para alcancé-la. Esse indicador pode ser entendido como a realizacio da possibilidade de ser ator da prdpria vida, Remete & localizacao do sujeitono eixo atividade/passividade; ante as inevitéveis crises vitais ou ante frustragbes ou danos, o sujeito pode sair empobrecido ou enrique- cido, no que concerne a suas opgées de vida, ao registro das expe- riéncias como potencialidades. Em contraposicao, o fator de risco Psicolégico é a vivencia passiva do dano: quando o sujeito vive as situagdes dolorosas de sua vida como se fossem determinadas por “alguém” ou por “algo” com poder absoluto sobre sua pessoa. A Participaco social ativa age como fator de protecio, desde que seja Consciente e permanente. Em situagées de desasize, isso se torna muito evicente. 2. Acapacidade de assisténcia soliddria entre pares, relacionaca com # capacidade de amar e criar, de se identificar com os demais e de teparar em outros 0 dano comum. Cufré nos lembra que ainla so | | / PSIC010GINE COMPROMISED SOCAL ‘7 validas as recomendagées terapeuticas de Frieda Fromm Reichman que, durante a Segunda Guerra Mundial, ante o estresse pos-trau- mitico, fazia com que os pacientes auxiliassem outras pessoas que tinham sofrido algui dano similar. 3. A aceitacio das diferencas miituas. Sio de especial importincia os problemas existentes no terreno da sexualidade e das condutas de .género. Nem todos os problemas de satide mental restringem-se a esse ambito; enlretanto, quase sempre, para nao dizer sempre, quando ‘hd problemas afetivos ou mentais algo dessa orciem esta afetado, Dessa perspectiva, consideramos que a satide mental nao é “algo” que se possa atribuir ou conceder a alguém ou a si mesmo sem levar em consi- eracio os outros, no s6 08 outros significativos, mas o significative que os emais produzem particular ou coletivamente, numa relagio histérico-social do individuo. £ coletiva na medida em que nao se trata de uma qualidade gue se possua de forma individual, mas que se constr6ie se expressa grupal e socialmente. No caso concreto das vitimas ou dos afetados por um evento que gera desastre, as pessoas tém problemas concretos, porém, infelizmente, os rofissionais que intervém geralmente as visualizam como pacientes ou fatoros enfermos. Trata-se de algo relevante uma ver quenos preocupamos em compreender a satide em suas muiltiplas determinacbes. O critério de bem-estar ou de qualidade de vida muitas vezes se confunde com neces- Bidacles satisfeitas, ou, na melhor das hipéteses, com a forma de satisfazé- las; em geral nao se levam em consideracao nem a forma de fazé-lo, nem 0 nivel de participacéo da populagio com tudo o que isso significa em termos de tomada de decisdes; tampouco se levam em consideracao 0s critérios de equidade e/ou uma perspectiva de género. ‘Nintervencéo da psicologia em casos de desastre Os dlesastres humanos iniciados em eventos naturais (inundagées, ter- motos etc.) caracterizam-se pelos diversos danos gerados na vida de toda @ Somuniade. Os servicos de luz, égua potavel, comunicagdes, educagao e 2 Setvigos de satide se veem afetados em algum grau, o que implica que ‘uuitos dos esforcos se orientem no sentido de restabelecé-los, 10 “NAM 8.600% No inicio de uma catistrofe, o setor da satide em geral tenta responder atendendo is vitimas dela. Si0 0s feridos, o controle das doencas, alta pnra gue nao surjam epidemias, a vacinagio e as tarefas cotidianas do setos, que Banham prioridade para o pessoal formal e informal da satide, quese-vé for, sad a redobrar esforcos. forma e as oxigénciaa da intervexigdo dependem das caracterstcas do evento, Um exemplo: nas inundagies costume havey Tals mortos que feridos, ao passo que nos sismos costuma haver granvie demanda para atender pessoas que sofreram esmagemento, Ne entanto, aualquer que seja o desastre natural, a necessidade de atendo & sade mom, tal das pessoas ¢ uma constante. Até em caso de desastres aparentements Rranos cruentos, como as crises econdmicas, a satide mental da populacao é seriamente afetada O modelo de pensamento e de pratica médica hegeménicos biologiza a corpPreensio da conduta humana e medicaliza a vida das pessoas para ‘modifcar seu comportamnento, Uma das sequelas das situagdes de desaste, ue Costuma se manifestar num momento posterior a ele, se dé no émbito da Sevide mental da populagio que o sofreu. Na verdade, esse 0 tipo de dena mais provaivel e 0 menos atendido, SupSe-se que, no caso dos desastres decorrentes de um fato natural, aproximadamente 36% das pessoas terdo posteriormente alguma forma de Sofrimento psiquico ou mental, No entanto,o setor da satide costuma estar poae Preparado para responder com oportunidad e eficécia, Em geral, 6 aro que agbes sistematicas de prevencio da satide mental sejam inclufdas ‘ROS esquuemas de intervenio no Primeiro Nivel de Atencio, Talver, nos primeiros momentes, quando esté em jogo a vida das pes- goes, S0a saticle mental nao seja realmente prioritaria. Passada a emergencia, &ossfvel que as sequelas na satide mental néo sejam evidentes para alguns Profissionals, porque as modificagées significativas na demanda de arengio & Satide aparecem apos 0 evento propriamente dito. Em termos geris as clomandas esto relacionadas a sequelas de estresse—a sindrome de cstresce POs traummatico —, cujas manifestagdes podem ser bastante difusas no que se refere aos sintomas e também a quadros clinicos. Foi detectado um ince. meno de doencas psicossométicas e de padecimentos fsicoscujaetiologia ‘do € necessariamente reconhecida como psiquica, mas que tem o estreace como fator desencadeante. Nos perfodos posteriores a desastres naturais ou Brovocados pelo homem, hé um incremento da taxa de suicidios, de violencia de todo tipo, de abuso do éleool. Costumam aumentar também as gravidezes nao desejadas e a incidéncia de doencas sexualmente transmitidae SI0OLOGK EO CONPRCUISSO SOC. ue “Apesar da recomendagao, desde a declaragio de ALMA ATA, de inlir a Satide Mental como programa prioritatio dos Cuidados Primérios de Set de, é bastante recente a cabal compreensio de que os ziscos nao dependem apenas das caracteristicas biol6gicas e ambientais, mas também do fatorec € padres sociais e econémicos, os quais influenciam e/ou determinam a satide mental das pessoas, Nossa proposta é incorporar os fatores psicol6gicos na atengao as viti- mas de catéstrofes naturais, sem dissocié-los da atengao aos padecimentos fisicos, ou seja, a partir de recursos humanos polivalentes. No entanto, ante a situagio, tivemos de formar brigadas de atengao a satide mental Entendemos que os sobreviventes de uma catastrofe deverao enfrentar, de acordo com suas possibilidades, as consequéncias do impacto produzido pelo isco de morte, Por outra parte, as perdas de seres queridos, do lugar natal ou de bens materiais implicam uma crise psicol6gica que precisa ser processaca de forma tal que deixe o minimo de sequelas negativas para 0 desenvolvimento pessoal e comunitatio. As perdas costumam ser parte do processo normal de amadurecimen 40, e, por isso, algumas pessoas contam com experiéncias ou aptidées que Ihes permitem enfrentar a situagaio dolorosa sem custos pessoais excessivos. Porgm, muitas pessoas necessitam de apoio psicossocial;na falta deste, a tise tenderé a se tornar créinica e, passado um certo tempo, desenvolwerao diversas patologias fisicas ou mentais. Todas as pessoas que viveram uma situago desse tipo devem ser alvo de agGes preventivas; felizmente, 0 risco de adoecer s6 afeta uma peqquena parte da populacio, embora os padecimentos posteriores tenham oagravante de nao serem facilmente detectaveis. Costumam ser muiltiplos e difusos, ®, além disso, desencadeiam-se muito depois do fato que os provocou, 0 que encobre o quadro e nem sempre permite que seja atendido de maneira conveniente. Outro aspecto que consideramos fundamental é que, numa intervengio om situacdo de desastre, os trabalhadores de satide mental e os profissionais Gm geal no devem substiuir a populagfo naquilo que ela pode resolver Por i mesma; fampouco deveriam ser criadas inatituigbes ou organizagdes “fantasmas’.E mais conveniente trabalharno fortalecimento e recomposicio das redes psicossociais de apoio; as pessoas devem estar corretamente infor- ‘madias para obter um nivel de participagao na tomada de decisbes sobre sua Comunidade e sua pessoa. Essas “recomendagées”, do ponto de vista da pers- 120 PNAS Bc peetiva aqui formulada, permitriam impulsiona epromovers indicadone, de sade mental antes mencionados a fim de garanti a saide integral Denossa parte a intervencao se deu através de grupos de apoio mtu E gomente quando necessério foi dada alguma atengao de tipo individu Os grupos e formaram segundo a idade m0 caso dos meninos emeninas;og lolescentes se reuniram por género ou néo, eo mesmo ocorreu em rela, aos adultos. a Vitimas satide mental (Quem é uma vitima? Esta foi uma pergunta que nos colocamoseem varias Sportunidades. Desde a primeira visita que realizamos & regio, as pessoas confavam angustiadas a maneira como elas mesmas, um familiar, um vizinho cusens bens materiais se haviam salvado da catéstrofe, Outras falavam com dor que nada sabiam de um irmao, de outro habitante da comunidad ou de seus animais, As criancas mencionavam a perda de sua escola, do espa Para brincadeiras, da capela etc. Em certo sentido, todas essas pessoas soo afetadas de forma direta, porque o desastre atingiu seus familiares ou sous bens. No entanto, valea pena parar para pensar se hd grausouniveisdedano Psicossocial. Quem foi mais afetado, quem perdeu parcialmente sua casa ou aquele cuja casa apenas foi inundada? Aquele que perdeu seus animais ou quem perden sua fonte de trabalho? Quem nao encontra um familiar ou quem 0 encontzou morto? Aparentemente, so perguntas ociosas, mas abordé-las tem dois sentidos. Oprimeiro tem a ver com a organizagao comunitéria eas politicas socais, 6 segundo, com a saticle mental. : Sobre o primeiro sentido: geralmente, a comunidade atingida por uin desaste se vé superada na capacidade de resposta social organisada te seus habitantes. Os primeiros que tentam dar uma resposta perante a emergéncia Sto ab instancias de seguranga local, estatal ou nacional, que tém por objetivo Preservar a vida e conseguir que a comunidade volte “a normalidade”. Na fossa experiencia, verificamos que os diferentes niveis de governo ‘permi- fin’ 20s habitantes participar em diferentes grause niveis da reconstrucao da comunidade, porém nao da tomada de decisées fundamentais, Nio pretendemos adotar uma posturafalsamenteingénua;saber-os que ‘xistem razbes econdmicas e politicas,razdes sobre as quais talvez devéssemos pS0CL0GIKE © COMPROUSSO'SCCLAL a {nterrogar 0s cientistas sociais, os economistas ou os politicos, mas isso nao elimina a necessidade de uma andlise psicossocial. Depois de um desastre, ‘a assisténcia e 0 apoio social podem ser negociados ou comprometidos por notivos politicos, eleitorais e econdmicos. Geralmente, a bandeira de apoio gs vitimas vem endossada com uma cor e um compromisso. Quira experiéncia na regio em que intervimos foi que, depois de termos explicado 0 propésito de nossa tarefa na satide mental e este ter sido aceito, ‘a autoridade local marcow um encontro com os habitantes com a finalidade de formar grupos de adultos, jovens e criangas nos quais pudessem ser ex- prossos 05 sentimentos e digerida a experiéncia de haver vivido a situagdo de desastre. Tinhamos dito claramente aos responsaveis municipais que as pessoas convocadas néo estavam obrigadas a comparecer, nem a assumir ‘compromissos conosco, os universitérios, ¢ que eram as proprias pessoas que decidiriam sobre sua permanéncia no grupo e o mimero de sessies necessé- rias, Infelizmente, no dia do encontro, as pessoas que vieram tinham sido con- vocadas sob a promessa de obier laminas, mantimentos, trabalho temporério, em suma, alguns beneficios. Explicamos as pessoas quem éramos, de onde vvinhamos, quais eram nossos objetivos, eenfatizamos que nada ofereciamos rem traziamos, e que, ademais, néo sabfamos se iriam receber 0 prometido. Perguntaram para quem deviam entregar a lista com os nomes dos presen tes, e no soubemos responder: Algumas pessoas ficaram furiosas e quase nos agrediram. Imedistamente, outras pessoas da comunidade fizeram-nas entender que nao éramosnés quem as tinha enganado ou Ihes tinha prome- tido algo. Uma vez esclarecida a situacao, propusemos atender em grupo os adultos, jovens ou criangas que se sentiam afetacios. Comegaram a dizer que depois do desastre as criangas néo dormiam, ou nao queriam comer, que uma senhora estava muito triste, que um senhor se pusera a beber demais, que elas se asstistavam com qualquer chuva. Mas, antes que continuassem com seus relatos, repetimos que ninguém era obrigado a pro nome emnenhuma lista, e que a participagio era completamente voluntétia. Aproximadamente ‘metade das pessoas ficou ¢, no final dessa sessio, decidiram formar grupos que debateram livremente durante seis semanas. Por outra parte, muitas das vitimas de sempre deparavam coma opor tunidade de solicitar material para consertar, reconstruir ou construir sua ‘moradia; peciam trabalho ou entdo cuidados a sua satide, porém havia uma série de condig6es, além de um censo para poder ser considerado vitima elo governo; a ajuda era geralmente condicionada. Ademais, nas zonas ais prejudicadas pelas inundacées havia pessoas contratadas pelo proprio m vA. 8 300K govemo com o objetivo de persuacir 0s habitantes daquela regi a sairem Gali, Muitas delas nao desejavam abandonar seu lugar de nascimento: suas terras, apesar de destrufdas, seus mortos esua historia estavam ali. Os locais oferecidos temporariamente eram os abrigos e, para o futuro, Ihes prometiam ‘moracias descontextualizadas do sentido comunitario camponés do qual provinham. Por outra parte, em relaclo ao segundo aspecto, podemos sem divide afirmar que todos sio afetados eque todos tém de superar um lato, umaperda ‘ouseparacio de alguém ou algo. Aquise apresenta um assunto que compete a nossa matéria. O que acontece com aquelas pessoas quee nia sofreram nem perdas materiais nem humanas, mas que se sentem igualmente angustiadas ou atingidas pelo evento? Sao vitimas? Para Cufré (2000), partindo de uma concep baseada em fatos obser vaveis e mensuraveis, pareceria simples diferenciar desastres naturais, como os furacdes ou as inundagdes, dos nao naturais, como as guerras ou outras formas de violencia. Infelizmente, 0 psiquismo nao funciona segunde essa metodologia cientfica, e se pretendermos compreender como esses e outros eventos afetam os sujeitos psiquicos teremos de anelisar sua estrutura psi- quica. Em primeito lugar, o que se grava no psiquismo nao é o fato, nam 0 estimulo, e sim a representacao do fato, eessa representacao esté diretamente determinada pelo sentido que tem a situagéo, tanto para o individuo que a vive como pata o grupo a que ele pertence. Se o que se gravasse fosse direta- mente 0 estimulo, ndo poderiamos explicar por que a vivéncia, as lembrangas = a5 reagGes so tio diferentes em cada indivicluo. Se o sentido fosse algo fotalmente individual e privado, seria intransferivel, incomunicével, endo Poderiamos captar elementos comuns nem falar de um quadro ou de uma “indrome, Portanto, as marcas mnémicas, o que nos resta do estimulo, tém go de individual e algo de coletivo. Segundo a inscrigao do fato, ele seré traumilico, ou seja, ira se tomar uma marca capaz de produzir sintomas, ou poderd ser simplesmente uma narca dolorosa. As potencialidades, os recursos individuais, grupais ou da ociedade como um todo, contribuirao para que os produtos dessa vivéncia ejam uma lembranga dolorosa que deixou uma certa aprendizagem ou um ‘anstorno fisico, mental ou social. Aameaga a integridade fisica, mental esocial do sujeito, implicita tanto uma situagao de desastre natural como no caso de violéncia social, afetard sicologicamente com maior ou menor gravidade, nao pelo fato de ser aa- 500.001 € 0 COMPAOMIEEO GOCiAL is tural ou ndo, e sim pelo peso de outros fatores como as condigées, inclusive fisicas, em que se encontre o sujeito naquele momento, as experiéncias ¢ a preparacio prévias, a disposicao do sujeito, o fatode contar ouniocom redes psicossociaie de apoio, o sentido que ease evento tertha para a sociedadle e1 seu conjunto, ¢ também o fato de o sujeito considerar que se comportou de acordo com 0 que seu grupo prescreve para esses casos, ou com o que ele supée que seria “bem visto” pelo grupo social que lhe importa. Por exemplo, o efeito que tem sobre as vitimas e sobre a populagao em gerala impunidade de que costumam gozar os responsiveis pelo desastre Tratando-se de catstrofes naturais, podemos mencionar a importincia que tem para as vitimas a maneira como sio vista: se so considerados oentes cuja vida alguém tem de resolver; se existe a crenca de que “estio acostumadbos,jé que insistem em viver ali”; se sio incOmodas evidéncias de ‘nossos problemas politics e econdmicos ou se seus direitos humanos si0 respeitados, Nao importa se esses sentidos nao sao claramente explicitados, se circulam como subtextos de belos discursos: os efeitos do discurso produ- zem modificagées no campo da realidade social e da realidade psiquica. Os fatos podem ser muito diferentes, tratando-se de violéncia social ou natural, Porém os mecanismos psicol6gicos subjacentes sAo os mesmos. No livro Paicologia en casos de desastre, Mario Campuzano cita autores norte-ameri- canos preocupados em investigar marcas produzidas por diferentes tipos de violencia, Segundo esses autores, depois de desastres costuma-se culpar mais o governo e, no caso da violéncia fisica, predomina a vergonha, Talvez ‘¢ja assim no Primeiro Mundo; no Terceio, costumamos ja ter conflitos com ossos governos antes dos desastres e isso, logicamente, repercute depois. Quando © que esté em jogo 6 0 sentido ou a falta de sentido da vida, nao Podemos deixar de lado o papel relevante da justica, dos valores e da ética. A temética é incOmoda, para dizer o minimo, mas nao depence de nés o fato de que satide e ética andem de maos dadas, embora nao figurem dessa forma os textos classicos sobre o tema, Outro exemplo do que foi dito anteriormente foi o que aconteceu em 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Por que pessoas que nao estavam ‘nas Torres, nem sequer no baitro, ou na cidade, ou mesmo naquele pais sentiram-se to feridas quanto aqueles que viveram 0 evento? O evento é ‘©mesmo, mas para cada um tem uma significacdo e um sentido diferentes. Consideramos que uma vitima nao é somente aquele que viveu diretamente as consequeéncias de um desastre, e sim aquele que se sente afetado em seu na AVM B05 Psiquismo e em seus vinculos, ou, dito de outra maneira, aquele que sente que sua satide mental esta comprometida, O trabalhador de satide mental (TSM) Antes, durante e depois da atuacio da brigada, discutiu-se muito quem oderia ser um brigadista da satide mental. Que era isso? Devia ser capaci- tado? Deviam participar alunos clos ultimos semestres on qualquer um que quisesse se inscrever? Supostamente, professores e alunos dispunham dos elementos para realizar uma intervencao em situago de crise, mas havia muitas dtividas, O que efetivamente podfamos dizer é que precisdvamos nos capacitar especificamente para o tema e conhecer os abjetivos da campanha, deviamos ‘os vacinar para nfo correrriscos na regio, assim como preparar um estojo dle primeiros socorros para qualquer situagao de emergéncia que um brigar dista fosse enfrentar. Muitos assistiram aos cursos, talvez mais de cinquenta Pessoas, mas no final ficaram um professor e trinta alunos. _,_ 80, depois de ter participado da brigada e compartilhado a expe- riéncia com outros TSM, consideramos que um Trabalhadar de Satide Mental éaquele que * pode ter sensibilidade ante a dor dos outros; + sabe escuitar sem emitir juizos; * facilita que as pessoas expressem seus sentimentos; * nao toma decisdes pelas pessoas afetadias nem considera as pessoas como incapacitadas, mas sim como vitimas, gente com problemas que pode decidir sobre suas vidas; * pode tomar medidas para evitar riscos para a populacao e para sis * sabe que € uma pessoa sensivel, com medos, angiistias e divides, & ue em caso de necessidacle deve expressé-los; * €capaz de trabalhar tanto individual como grupalmente, Em resumo, manter uma atitude honesta e ética perante as pessoas com que se trabalha. Para isso, nao é preciso ser um especialista nesse campo, Porque, na verdade, muitos Iideres e pessoas das préprias comunidades t8m 8 atributos acima assinalados. £900.08/\£ 0 COMPADMISEO SOCIAL % ‘Um ponto fundamental é que, em muitas ocasides, pela devastagao ¢ pelo desasize que temos diante denés, sentimos vontade de ajudara levantar ‘5 casas, 0s banheiros, de oferecer os alimentos etc. Embora esse trabalho seja ruito importante, nao devemos perder de vista que, se nos dedicéssemos a cle, a8 pessoas nao contatiam com o recurso de atengéo A sua satide itera OTSM pode também adotar atitudes de autossuficiéncia e ou de protago- nista, pondo em risco sua pessoa e o trabalho. Ou uma atitude contraditéria, jem que manifeste que nada pode ser feito e que tudo esta perdido. ‘Um dos riscos Ievados em consideracdo em nossa Campanha foi a propria satide mental dos brigadistas. No setor satide, € comum evitar esta questo. Médicos, enfermeiras, laboratoristas e psicélogos consideram que com eles néo pode acontecer 0 mesmo que com seus pacientes: adoecer, deprimir-se ou néo superar uma situacdo de crise. Consideramos que, a0 intervir, algo também se rompe ou se “danifica” em nés, também podemnos sentir um grande vazio, uma sensacéo de frustracdo e de perda no contato com todo 0 contexto do desastre, ‘Numa situacao de crise é conveniente ter regras que tornem o trabalho ossivel; aqui arrolamos algumas que foram titeis para nossa intervengao: * Reconhecer em n6s mesmos os sentimentos e emogdes gerados. Se nao 0 fizermos, corremos 0 risco de descarregar inadequadamente ‘na nossa equipe ow nas pessoas que atencemos os sentimentos de raiva ea tensao emocional acumulada. * Confiarno/a companheiro/ade trabalho. Ao concluir uma jornada, 6 conveniente que os brigadistas conversem entre si para saber como cada um viveu o trabalho realizado. f recomendével estabelecer al- ‘guns sinais para comunicar diferentes situagGes de alerta, de cuidado e emergencia * Participar dos grupos que venham a ser organizados para discustir © trabalho, o planejamento de acdes futuras, e do grupo de apoio muituo dos proprios TSM + Escrever num didrio, ou em algum sistema de registro, as questOes mais importantes ¢ relevantes de nossa pritica. Isso nos permitiré ter um material inestimavel para a reflexao e também para o desen- volvimento de futuros trabalhos académicos. * Proibir quena comunidad onde se intervenha sejam consumidas bebi- das aleodlicas ou out tipo dedrogas. No caso dealgum TSM padecer de algum problema desse tipo, sua participacio deve ser avaliada 10 Em resumo, 0 TSM e sua prépria satde mental sio decisives patag | cuidado dos habitantes ou afetados por um cesaste. Esem diivida um ng balho cheio de complicagoes, de sensacdes ¢ emogGes ambivalentes peranes situagbes extremas de vida e de morte, mas certamente uma tarefa ltaments | construtiva eautoreparadorn f frequents brgadists recouecere guage recebe mais por parte das pessoas atendidas do que a clas 6 ferecide Anexo — Quatro que mostra os prncpis gras da Campanha p50.0014E 0 COMPROMIESO SOCIAL wr Critérios de prosizagio de aces Trnepioe gers Diretrizes Seriopotencnlizados recursos median” te cooing ines eintrsetoral (ote odin ev secureos een ‘operatives tomando-os polvalentes, Serio tomades eficientes 08 recursos Serio selecionadas aghes simples e de Impactasebrea snide da popalacto ‘rmizagdo de recursos fnumanee, materials, francesus, de conhesi rento de poder, de tem. pee rincipios geris Diretiizes Critérios de priiaagio ee ssbos ‘Sho prioritirias as agbes yo objetivo & preservar vida “A princi fect de bala € agua ue cobre as necesLades bes ¢ ita ries de mori. Si reponse os represeinie de inten ques ‘isso se deciicam. ae ‘Acaidemenlalainculnane seginda fret, junto com ours do ser de serie AS aes serdoccordendas com ax sete ec bena © objetivo ¢ ants recompor redes socials de apoio que formar nove, Seri evtada 3 cago de crgaaages fares, Aspens dominic deve et \erazeoporsants inom pss tomar doses © apoie fornecido nto propcars a subse da populate naga qe lea tierce mace Os habitants de Zonas aftades tn problemas concen sto pele ets doen 1. Aquelasnas ques sean temple a partipasio alive dda comumidade,qie exerga sus eapacidade de deci sobrea programacio,enere- slo eavaiagiode ates 2, Agbes coordenas com dliversossetores, ‘3. Ages vidveis em termes, dle exisnciaefetiva de ne cursos: humancs, materi, Financetros, de poder, de tempo. 4. Aquelas nas quais, de Ino, este garantla ua continuidade, 5. As agdes que foralecam ascapacidades soca onto ‘comunitisias coma insti 6, Agiee que previamente ‘mostraranrse bem-sucedi= as nessas Zonas. (papel de protagonists dias acées pare preser- var on sestaurar sade ‘mental dos pessoas cabe aos htbitantes das zonas afotadas Els 550 03 ato 1s principais eos suites dessas agbes TReparagio das eondighes de vida com rapidez Devemos conscentizar a populagio © todos que rabalham na cantpanha sbre 8 importincia de evtar que a cise se tome erica Serio prefercas as motodologias de in- tervencio quedesestnlem sates ppsivas da populagio, Serdo preferidas as formas de trabalho que garantam 2 répida presenge dos trabalham em Sade Mental com ee ‘Sera implementada a Estrategia de Cue dado Primrios de Sade, com énfase nas programgbes locas. Aplanfiagio ser pontuallovandoom | conslderacio as caractersticasenecess- | clades partculaes dos gruposhumanos | com que se trabalhar Slo linhas diretoras os prncipios da estratégie da CPS de equidade,ef- ici fii Nas capacitages dagueles que traba- ham em sadde mental e da propria populacio afetads serio enfetizatios fs tempos das crises e da incubagio de Dreveracnecosidades de sergio’ sade mental da populate alem da crise ini padecimentos, Promawverse-do as nespostas organiza das da populagdo de crises que possam prolongarse em diversas etapas e nas Sequels destas. Referéncias bibliograficas AMATI, S. Récuperer la honte. Centre Raymondl ce Saussure (Genebra), publicadoem R Kase |. Puget Violence sociale et psychanalyse. Paris: Dunod, 1987 CAMPUZANO, Camillo eta. Psicologia para casos ce desastres, México: Editorial Pex, 1987, COHEN, R. Salud Mental para victinas de desestres. Manual Moderno, México: OPS, 1990, ‘CURE L. satu mental dose ef traspeti. Tese para obter o grau de Mestre em Psico- Jogia Clinica, Universidacie Auténoma de Querétaro, 2000, 128 México, 2000. Jomal A Jornada, México, 15 ago, 2002 Estulios de posgrado en de riesgos Ed FLACSO/ Ra B06" de esos y prevenion de desnstes. Com STOLKINER, A. “Tiempos posmodemos: Argentina, 1994, PO POSmodemos: juste y salud mental” em Troiang Gestao do trabalho e os desafios da satide na educagéo* Marisa Lopes da Rocha” Valeria da Hora Bessa** © proceso em curso da formagio escolarizada nao tem produzido altemnativas as diferentes questdes que devem ser enfrentadas na busca de melhorias na qualidade da educacao brasileira. Na atualidade, uma das discusses travadas por estudiosos da érea esta vinculada ao aumento subs- “Versio adaptada erevsta da intervenso em mosa-edonda realizacano I Congzeso Brasielro skola: Cinciae Profssio,setembro de 2002 em So Paulo SP), a primeim para a segunda edigto hd mudanga de autores neste capitulo. Ito se deveu a0 ‘aio de na primera edigSo ter ocorrdo tren de nomes por parte da onginizadora deste veo. Fics Agora cori, "Professor agjuntae pesquisadora do Departamento de Psicologia Socal Istituconal do Instituto dePsicologn da UER mestre em Filosofia da Educagho pelo IESAE/ GV e doutora en Pe ‘logia pela PUC-SP (Nile de Estudos e Pesquisas da Subjetividade), E-mail: maislruerb “* PeicGlogn institucional, mestre em Psicologia Social no Programa de Pés-GraduasSo en ssologa Social/UERY e doutoranda na UER}.F-mail:valerisbessa@nel.comm.

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