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Educacio, Sociedade € Cuttras, n° 18, 2002, 87-102 LITERACIA, MEDIA E COGNICAO: ALGUMAS OBSERVACOES* E19 Py evnned COULRMipe Reis Motes see 4s Neste artigo sugere-se que a ideta - recentemente reforcada por experién- clas na érea da neurobiologia - segundo a qual as aprendizagens esco- ares da escrita e leitura afectam o funcionamento cerebral, constitui um bom ponto de partida para examinar o papel da escola na designada ssociedade cognitteas Que a aprendizagem da escrita e da leitura abra novos caminhos, ou estabeleca pontes, na complexa rede neuronal dos cérebros dos aprendizes constitui assim uma interessante metdfora que pode servir para expressar o que deveria ser o papel das escolas nas socieda- des contempordneas. ndo aprendemos a ler e a escrever para nos tornar- ios uma espécte de Robison Crusoé, como as vezes os estudos sobre os niveis de literacia parecem sugertt, Aprendemos a ler e a escrever para comu- nicar com outros e também, como lembra Harold Bloom, spara reforcar 0 eu, e para tomar conbecimento dos seus verdadeiros interesses» * © presente artigo é uma versio ligeitamente modificads da comunicacio apresentada no Semini. si de Chaves cu titulo orginal era Sabre “vias fonémico” © “comunidades imaginadas’:algumas questdcs sobre 0 papel da escola na designada “sociedad cognitiva’+ Gostaria de expressat os meus agradecimentos a todos 0s intervenientes quc cm piblico ou em privado me fizeram comentarios, critics e sugestbes Estau especialmente grato-a Telmo Caria, Ana Paula Vale ¢ Ricardo Vieira ¢, 10 contexto das sessées do Seminario de Doutorandos do Professor Ratl Irucra, x Rail Itura, Jose “Manuel Czavo Filipe, Daslinds Morera, Enis Souta € Anténio Pinto da Costa Escusedo seri dizer que a :mengio dos scus nomes nio os vincula &s opinibes que emito no texto, de minha exclusies respon. sabilidade Gostaria ainda de agradecer a Paulo Raposo, velhio colega ¢ amigo pela comunicacto pessoal celativa 4 conferéncia de James Cliford & qual nfo pute asstr ea que fag alusio no texto * Assistente no Departamento de Antropologia do 15 C J Ee investigador do CEAS gpUCagay socrepane & curiuras Num ensaio ctitico intitulado «Resituating the Place of Educational Discourse in Anthropology» o antropdlogo da educacio americano Bradley Levinson discute as razbes pelas quais, em sua opinido, a maior patte dos antropdlogos actualmente ignoram ou menosprezam o «papel das escolas na estruturagao das identidades e das relagGes de poder, tanto local como globalmentes (Levinson 1999: 594) No seu afi de interpretar ¢ analisar de modo convincente as facetas € expressées locais da modernidade € da globalizacio, os antropdlogos, pros- segue Levinson, tém negligenciado 0 papel que as escolas desempenham em tais processos € passaram a concentrar-se no estudo do consumo dos meios de comunicacio € nos usos das tecnologias de comunicacdo. Nas suas palavras: a( ) 0s antropdlogos tém 0 seu proprio imagindrio etnografico, que cada vez mais inclui fotografias de longinguos espectadoses do Dallas, ou apa- relbagens sonoras no altiplano Boliviano Evidentemente, a imagem de criangas nestes contextos ataviadas a caminbo da escola e transportando livros ndo nos espanta Assim, enquanto que as novas e cada vez mais disse. minadas tecnologias de informagao atraem o olbar antropolégico, ainda nao sabemos se os efeitos destes média sao realmente tdo poderosos quanto a politica ¢ economicamente enraizada presenga das escolass (Levinson, 1999: 398, traducto mina)! Algumas das razdes avancadas por Levinson temetem para questées de politica cientifica proprias do contexto de desenvolvimento da antropologia da educaco nos EUA; outras remetem para a historia da propria disciplina (de alguma forma, tal como a escrita, também a escola de tipo ocidental era no con texto do paradigma estrutural funcionalista olhada como um «elemento intru- sivo») Provavelmente 0 surgimento e desenvolvimento de um subcampo como 0 da Antropologia da Bducacio estara, mais do que outtas areas subdisciplinares, vinculado a agendas politicas a problemas especificos resultantes do processo de expansio © massificacdo dos sistemas escolares Isto patticularmente evi dente no caso dos EUA onde as questGes taciais ¢ a multiculturalidade marca- 1am boa parte dos debates em que os antropélogos da educacio intervieram * As tradugdes das cities ao fongo do stigo sio ca minha tesponsabilidade epucacay sociapans & cutruaas (Vejase, a titulo de exemplo, o clissico estudo comparativo de Shitley Brice Heath, 1983) Em todo 0 caso, é necessario sublinhar que & Antropologia cabe 0 mérito de nao confundir «educacio» com (Bloch, 1993: 106). E postular ainda que: «C ) no acredito que seja possivel discutir qualquer efeito da escrita ou da escolarizagito de forma apropriada excepto por referéncia a um contexto especificos (Bloch 1993: 87> > 0 artigo de Bloch intitulase «Ihe uses of schooling in a Zafinamiry vilage titulo que glosa. como ‘© autor faz questo em sublinhar, o do limo de Hoggart - The Uses of Fiferacy grUcacay socizpaps 8 cu1uras ‘Num registo em que a metéfora serve o propésito itdnico, Ulf Hannerz afitma que os antropélogos esto sempre prontos a segredar ao ouvido da Grande Teoria que as coisas se passam de modo diferente no sul; bem recente- mente James Clifford propunha que o contributo do saber antropoldgico esta- tia em set capaz de produzir uma atitude critica sobre os grandes discursos generalizagdes, o que ele traduzia em dois tipos de principios orientadores: um itaduzido na frase, emais devagar, por favors, outro na pergunta xo que esti por detras disto?s A afitmacio de Bloch é claramente um «mais devagar, por favor, relativa- mente a discursos normativos ¢ aos argumentos deterministas sobre a «escrita» € a xescolar e deve ser lida por referéncia a um conjunto de reflexdes ante- tiores do préprio Bloch € de outros tedricos sobre as relacdes entre escrita € cognicio! Interessame aqui o argumento que Bloch elabora até chegar a esta conclu sio Pata mosttar como a ésctita € a escola, em Mamolea, foram recontextualizadas, Bloch reconstedi a relativamente recente ¢ intermitente presenca da escola na area ‘Apés a independéncia, a presenca do Estado na rea (seja através da escola ou de formas de organizacao administrativa) foi sendo cada vex menor ¢ praticamente desaparecen com os acontecimentos politico-militares nos anos 70 Por essa altura foi criada uma escola numa missio catdlica de que Bloch nos da um vivo retrato descrevendo a atmosfera ¢ as matérias ensinadas nas aulas. O ponto de pattida de Bloch é a ideia de que s6 é possivel apreender como as pessoas avaliam € usam o saber escolat contextualizando e descrevendo os significados atribuido pelas pessoas a diferentes tipos de saber nao-escolar Nas sociedades massivamente escolarizadas a distincao entre «abstraccio tedricas € eptaticar compreende, lato senso, 0 que € visto como propriamente escolar (no sentido de uma predisposi¢io para olhar para a linguagem e para o mundo de forma descontextualizada e abstcacta - a letra e o ntimero, por exemplo), ¢ 0 + Algumas das obras mais marcantes do debate so como se sabe, o seminal artigo de Goody ¢ Watt para analisat inten- cionalmente a fala em fonemas, ou para resolver tarefas que implicam determi- nadas destrezas visuais se devem, no ao facto de serem ilettados, mas & falta de experiencia com esse tipo de materiais € a0 tipo de operagées analiticas envolvidas nas tarefas> Se assim é, entio poderiamos dizer que aquilo que os psicdlogos cognitivos € os neurocientistas procuram avaliar a partir de testes € complicadas experiéncias laboratotiais é a expansio de formas de pensar, racio- cinat ou, mais geneticamente, processat infotmacio, associadas directamente as aprendizagens escolates O mais problematico na posicio de Morais, e também o mais interessante em termos s6cio-antropolégicos em meu entender, é a relagio que ele estabclece entre a leitura ¢, cito de novo, #0 acesso As ideologias, aos valores ¢ a certas formas 5 Desde as hipoteses de Vigosthi e as subsequentes experiéncias de Lara com camponeses analfabe- tos, escolarizados e semi-escolarizados da Asia Central que sibemtos que o treino nas convences escolates habilita a resoiver tacefas onde 0 dontinio dessis competéncias sio exigidas aos sujcitos testados (para uma apreciacdo disto vejase Scribner & Cole, 1981) E sabemos também que a con- {fusto entre convengdes escolares ¢ légica ou absttacgio tem sido frequentemente usada como argumento (pretensamente cientifico) para a defest do tipo de posighes xensfohas identificadas ‘por Morais ou pare discursos autorttios e legitimadoces relativamente escolarizacio (vejas, por exemplo Street 1984; Reis 1977) epUCACa, socrepape & curruras de expressio emocionals. Vindo de um psicélogo cognitivo, esta afismagio deixa- sia supor que ele pretende que haja uma articulagio entre estruturas psico-cog- nitivas ¢ estruturas sociais Tal como eu o entendo, ele deixa no ar a sugestao de que a possibilidade de descodificar e produvit informacio escrita acarreta importantes consequéncias relativamente & forma como as pessoas véem o mundo (tomando aqui uma nogio alargada de ideologia que inclui também fantasias inconscientes especificas a cada sujeito, cf. Grinbergen & Grinbergen, 1998: 87-100), ajuizam os compottamentos dos outros ¢ expressam os seus sentimen- tos dentro das ordens e hierarquias scnsoriais de uma cultura (Valverde, 1999) Infelizmente este tema nao constitui de todo uma preocupagio ao longo do seu livro, pelo que, para avancar, necessito sai dos dominios intrapsiquicos para o tipo de realidade que, enquanto cientistas sociais, nos € mais familiar v Consideremos a seguinte citacio retitada do livto organizado por Roger Chartier As Utilizagées dos Objectos Impressos: «€ ) a entrada em fora - pelo menos nas cidades, em primeiro lugar nas cidades - de um novo meio de comunicagdo (veio) modificats) as priticas de devogéo, de lazer, de informagao, de conbecimento e redefini(s) as rela- 960s dos homens com o sagrado, os poderes ou a sta comunidade Depois de Gutenberg, a cultura das sociedades do Ocidente pode ser considerada uma cultura do objecto impresso, porque nela os produtos dos prelos ¢ da compostcao tipogrdfica ndo estilo reservados, como na China e na Coreia, 20 uso exclusivo das administragdes do soberano, mas penetram toda a rede de relagées sociais, vetculam pensamentos e prazeres, instalamse tanto no foro como na praca piiblicas (Chartier [1984], 1998: 9-10) Se 0 estudo da cogni¢ao trata de como € 0 conhecimento humano aprendido, armazenado € comunicado (cf Bloch 1996) percebe-se como, compreensivel- mente, uma parte significativa dos conttibutos da antropologia sobre 0 tema se tenha centrado na anilise dos efeitos das tecnologias de comunicacio (de modo especial a escrita) nas formas de pensamento Enquanto associado 3 nogio de cultura, 0 termo cognicio esteve, desde a antropologia classica de modo especial por referencia is posicdes de Levi-Bhrul e Malinowski) associado gPUCAcay socrepapz & curruras 208 debate sobre a racionalidade Considero que hoje em dia dispomos de dados que nos permitem avancar dentro deste debate Uma forma de avancar passa a ‘meu ver por tomar em consideracio as formas em que as tecnologias de comu- nicacéo (entre as quais a escrita e a leitura, mas também a televisio, os jornais, a tadio, o telefone, a internet) constituem pata os individuos € os grupos pode- 1080s € influentes meios colocados ao setvico da simaginagio» (para usar um terme caro a Arjun Appadurai) O tabatho de Benedict Anderson sobre a as taizes do nacionalismo ai esta também para nos iembrat isso, Em Imagined Communities Benedict Anderson (Anderson 1983) incorpota de certo modo 0 Ieitor € a ampla citculacdo ¢ «utilizacio de objectos impres- sos» (Chartier [1984], 1998) na sua influente reflexdo sobre as raizes do senti- ‘mento nacional Para ele o ssentimento nacional tornouse também possivel na medida em que «a representacio da realidade imaginada» [deixou de ser] «predominantemente visual ¢ auditivar (Anderson, 1983: 44) € passou a poder set representada e divulgada massivamente através da escrita, de modo parti- cular através da novela ¢ do jornal Na argumentacio de Anderson estes novos (século XVID e populares meios de comunicacio contribuiram para difundir uma moderna nocio de tempo «homogéneo e vazios (por oposicao ao «tempo messianico» de que falava Waltet Benjamim), ¢ de concepgio da simultaneidade como «tempo ctuzado> (Anderson, 1983: 46). Interessa-me aqui destacat a forma como Anderson sugere que 0 consumo € a leitura de jotnais e novelas terd aju- dado os nossos antepassados desde século XVIII a imaginarem-se membros de amplas comunidades (normalmente milhdes de pessoas) que tomacam a forma dos modeinos estado-nacio Para ele 0 leitor de um jornal toma parte de uma ecetiménia massivay na qual cada um «est consciente de que a ccriménia esté sendo repetida simultaneamente por milhates (ou mithdes) de outras pessoas ci cuja existéncia confia, ainda que nfo tenha a menor nocio da sua identi- dade» (pp 60-61)° Ou ainda: «Qual é a convengéo literdria essencial de um jornal? (..) Porque se justa- poem estes eventos? 0 que os liga entre si? Nao é mero capricho No entanto, © Bsa ieta do consumo dos media com werimnia massive tem sido elaborada para as media elec ‘rénicos, especialmente a televisio, por El Katz (para uma avaliagio ¢ discusséo receate da obra de Ratz vejase Liehes & Curran [eds J, 1998) gpvchcay socrepade & curruras € dbvio que a grande maioria ocorrem independentemente, sem que os actores estejam conscientes da existéncia dos outros ou das suas intencdes A arbitrariedade da sua inclusdo e justaposigdo () revela que a conexdo existente entre eles & imaginadas (idem) Outros estudos mais recentes tém vindo também a chamar a atencao para ‘0 mesmo tipo de problemitica A obra editada por Eduardo Archetti (Archetti, 1994) retine um conjunto de contribuigdes sobre 0 tpico relative a criagao e rectiacao das identidades através dos produtos culturais escritos ou dos usos dos meios de comunicacio? ‘Vai neste sentido, pot exemplo, o artigo de Meeker (1994) onde é analisado ‘© impacto dos média na manutengio e reinvencio do Islio oral na vida social ‘Turca O autor procura entender o ressurgimento do IsHio na Turguia nfio como uma espécie de revivalismo, mas como uma transformacio. Neste processo surge como aspecto central a propagacio de novas formas de islamismo uthano através das tecnologias de informacio ¢ dos média controlados pelos islamis- tas O argumento do autor € 0 seguinte: apesar de o Istao ter sido praticamente proibido pelas autoridades que pretendiam fundar um estado secular ¢ alinhado com o Ocidente, a cultura islimica petdurou na Turquia como uma forma de linguagem local ¢ oral sobre a sociedade, as relacdes sociais e os individuos De facto, o estudo de Meeker mostra claramente, de certo modo relativizando as posigdes de Benedict Anderson, como, no caso Turco, «capitalismo impresso» (que, por exemplo, eliminou praticamente todo 0 vocabulitio de origem arabe ¢ persa) acabou pot funcionar como um instrumento de distanciagiio dos cida- dios turcos telativamente forte ligacao que histérica ¢ culturalmente manti- ham com 0 Islio. As novas formas de cultura pablica, protagonizadas por uma nova camada de intelectuais iskimicos, usam as modernas tecnologias de comu- nicacio (como 0 video ou as cassetes Audio), como forma de veicular e re-imagi- nat a heranca islimica Ou seja, 0 tipo de tecnologias que anteriormente foram usadas pelos nacionalistas para imaginar a nacio turca (laica e ocidentalizada) € hoje usado para reinventar o islamismo 7 Tratase como Archett faz questio de subfinta, de examina o tema clésico di relacio enue hte satura em geral ¢ 2 realidade social. mostrando como qualquer produto literario no é apenas uma parte sobstantiva do mundo real mas tarnbém um elemento chave na configuracio de préprio mundo go¥CACay socrepape & currunas VI Chegados aqui é tempo de tentar atar as pontas que propositadamente fui deixande soltas ao longo do texto. Centrar-me-ei nas questdes que estu- dos como o de Castro-Caldas levantam para fazer as seguintes observacdes: enquanto cientistas sociais temos normalmente a tendéncia pata prestar pouca atengio, senéo mesmo desvalorizar, os contributos ¢ os discursos provenientes: de outras areas cientificas; pot ttadicio estamos treinados pata produzir anilises que tomam os factos sociais € culturais como 0 (iinico) principio explicativo dos comportamentos € das atitudes dos sujeitos que estudamos Esta postura, que se traduz notmalmente na suspeicao/acusacao de determinismo biolégico, tem implicagées na forma como concebemos as telagées entre Cultura ¢ Cognicio e, consequentemente, no modo como avaliamos o papel da Escola na designada «sociedade cognitivas, um termo que, por si $6, representa ji a extensio do modelo conexionista (intrapsiquico) 4 vida social Que a apren- dizagem da esctita ¢ da leituta abra novos caminhos, ou estabeleca pontes, na complexa rede neuronal dos cérebros dos aprendizes constitui assim uma interessante metéfora sobre 0 papel das escolas nas sociedades contempo- rneas: niio aprendemos a let ¢ a escrever para nos tornarmos uma espécie de Robison Crusué, como as vezes os estudos sobre os niveis de literacia pare- cem sugerit Aprendemos a ler € a escrever para comunicar com outros, € também, como lembra Bloom, «pata reforcar o eu, ¢ para tomar conhecimento dos seus verdadeiros interesses» (Bloom, 2000: 21) Até que ponto as escolas podem também ser percebidas como instrumentos capazes de dotar as pessoas das competéncias que Ihes permitam situar-se € reconhecer-se num mundo onde, como sugete Appadurai (¢ antes dele Anderson), «a imaginacio (.) desempenha um papel novo bastante relevante?». O retotno da pedagogia, de que fala Madureira Pinto (ver artigo neste niimexo), passa em meu entender também por aqui Correspondéncia Filipe Reis, SCTE, Avenida das Forgas Armadas, 1600 Tisboa Email. filipe reiséiscte pt epVoAGay socrspapz & cuirvras Referéncias bibliograficas ANDERSON, Benedict (1983) fmagined Communities: Relections on the Origin and Spread of Nationalism, Londres: Verso APPADURAI, Arjun [1996] (2000) «Aqui e agora: dimenstics culturais da globalizacdos, in Revista de Comunicagao e Linguagem (28), 195-220. ARCHETI, Edusrdo P (org) (1994) Exploring the Written. Anthropology and the Multiplicity of Woiting, Scandinavian University Press ARCHET', Eduardo P (1994a)

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