Vous êtes sur la page 1sur 14

1.

INTRODUÇÃO

O nosso sistema de saúde atual é fruto de um longo embate político e ideológico que
teve inicio na década de 20 e que foi implantado no ano de 1988 junto à constituição
federal. Todavia, esse período foi dividido de acordo com o sistema político brasileiro.

No período de 23-30 foi marcado pela criação da previdência social no Brasil que
teve inicio com a Lei Eloy Chaves em 1923. De 1923 a 1930 surgem as caixas de
aposentadoria e pensões (CAPs) que eram administradas por empresas de categoria civil
e privada, tendo como financiadores os empregados e empregadores. Tinha o objetivo
de garantir serviços de saúde para os empregados de empresas especificas. Esse período
é caracterizado pelo elevado padrão de despesa. No âmbito da saúde coletiva, tiveram
como marco o sanitarismo campanhista que visava o combate as doenças de massa – era
regulado pelo departamento nacional de saúde publica.

Entre 30-45 houve a criação do ministério do trabalho, porem, nessa época


aconteceu muitas graves e manifestações contra o governo. A previdência social nesse
período atuava como seguro, privilegiando os benefícios e reduzindo a prestação de
serviços de saúde. Conseqüentemente ocorre um profundo corte de despesas com
assistência médico-hospitalar. Neste momento foi criado o Instituto de Aposentadoria e
Pensões (IAPs) organizadas por profissionais, ao contrario das CAPs. Os IAPs eram
bastante dependentes do governo federal. Esse período foi caracterizado também pela
participação do estado no financiamento e na administração dos institutos e pelo auge
do sanitarismo campanhista. Surge também o serviço nacional de febre amarela, serviço
de malaria do nordeste e o serviço de malaria da baixada fluminense.

De 45-66 no âmbito político, é representado pelo fim do estado novo e


redemocratização do país que repercutiu nas ações de previdência e saúde. A
previdência teve crescimento dos gastos, elevação de despesas, diminuição de saldos,
esgotamento de reservas e déficits orçamentários. A legislação pós 45 é marcada pela
desmontagem das medidas políticas do período anterior. Na constituição de 46 houve a
incorporação da assistência sanitária a previdência social. Em 1953 foi criado o
regulamento geral dos institutos de aposentadoria e pensão. Em 1960 com a
promulgação da lei orgânica da previdência social houve uniformização dos direitos dos
segurados de diferentes institutos. Com isso, houve um intenso processo de construção e

1
compra de hospitais, ambulatórios e equipamentos, por partes dos institutos. A partir do
golpe de 64 ocorre a fusão dos IAPs, com a criação do Instituto Nacional de Previdência
Social (INPS), porem, essa unificação enfrentava resistência dos grupos privilegiados
pelo sistema. Nessa época, houve um crescimento dos serviços médicos próprios e dos
gastos com assistência médica em geral. Em relação ao sanitarismo houve mais
discussões conceituais relacionadas a saúde com a criação da comissão de planejamento
e controle das atividades médicos-sanitarias, integrando as atividades de saúde ao plano
nacional de desenvolvimento, e a realização da III conferencia nacional de saúde.
Quanto à organização de serviços, em 1956 foi criado o departamento nacional de
endemias rurais.

No período de 1966-73 o estado teve grande participação como regulador da


sociedade. Os gastos com assistência medica continuam a crescer neste período e
representam 30% dos gastos do INPS em 76 com assistência individual e especializada.
As medidas de saúde publica, de caráter preventivo é diminuída, pois, o ministério da
saúde diminuiu o seu orçamento. A partir daí, o INPS passa a dar prioridade a
contratação dos serviços de terceiros, com isso houve superfaturamento por parte dos
serviços contratados. Com essas condutas do governo, foram incorporadas as fundações
SESP e PIONEIRAS SOCIAS que acompanham a administração federal. Na saúde
coletiva as ações ficaram dispersas aos ministérios da agricultura, transportes, trabalho e
etc.

De 74-79 o governo visando melhorar esta situação cria o ministério da previdência


social e o fundo de apoio ao desenvolvimento social que proporcionou a remodelação e
ampliação dos hospitais da rede privada, por meio de empréstimos com juros
subsidiados. Nesse mesmo período o II plano nacional de desenvolvimento separa a
ações de saúde coletiva e atenção medica para o setor estatal e previdência social.
Entretanto, falta de controle sobre esses serviços contratados criou condições para a
corrupção. Dessa forma, foram criados o Instituto de Assistência Medica da Previdência
Social (INAMPS) e o Instituto de Arrecadação da Previdência Social (IAPAS) que
serviram de base para universalização do modelo de saúde atual. Na saúde coletiva
houve propostas para atenção aos cuidados primários em saúde em que se inicia o
programa de interiorização das ações de saúde e saneamento, o qual concentra suas
ações nas secretarias estaduais de saúde que adotam modelos desconcentrados. Essa

2
época passa a ser conhecida pelo movimento contra-hegemônico pelos movimentos
criados pelos trabalhadores de saúde, CEBES e ABRASCO.

Na década de 80 a política brasileira passava por dificuldades, caracterizada pelo


processo inflacionário e uma crise fiscal sem controle. Essa crise ideológica leva a
necessidade de reestruturação e ampliação dos serviços de saúde. De acordo com a
conferencia Alma-Ata que inspirou a criação do projeto prev-saúde que incorpora os
pressupostos de hierarquização, participação comunitária, integração de serviços,
regionalização e extensão de cobertura, leva alguns setores interessados na questão da
saúde a considerar a situação da saúde publica neste momento como natimorto, não
chegando a ser implementado. Com o país nessa situação houve propostas de contenção
de despesas, especialmente da assistência medica. Com isso foi criado o Conselho
Consultivo da Administração de Saúde Previdenciária (CONASP) com o objetivo
escrito em documento “reorganização da assistência medica no âmbito da previdência
social”. Esse documento recupera as propostas apresentadas pelo projeto prev-saúde e
que introduz novos meios para auditoria técnica. Dessa forma, em 1982 foram eleitos
vários prefeitos comprometidos com as propostas de descentralização. A proposta da
CONASP junto com as Ações Integradas de Saúde passaram de estratégia setorial para
a reforma da política de saúde com recursos do INAMPS sendo cada vez mais
destinados as AISs. Em 1986 em Brasília dói realizada a VIII conferencia nacional de
saúde que teve grande significado na mudança e nas formulações de propostas do setor
de saúde, consolidadas na reforma sanitária brasileira. Enquanto a constituição federal
estava em processo de elaboração, outra reformulação do sistema foi implementada, o
Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) que teve a incorporação dos
governadores do estado no processo de disputa por recursos previdenciários. Contudo,
essa proposta teve diferentes vertentes nos embates políticos, a constituição federal
terminou aprovando a criação do SUS, reconhecendo a saúde como um direito a ser
assegurado pelo estado e pautado pelos pricinpios do projeto prev-saude.

3
2. UMA IDÉIA GERAL DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988
para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde.
Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência
Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que
contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços
filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde,
hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os
serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental,
além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo
Cruz e o Instituto Vital Brazil.

Símbolo oficial do SUS

O resgate da dívida social do governo para com as camadas excluídas da


população brasileira nos setores da saúde e da educação, pressupõe a realização de
reflexões sobre as políticas sociais implementadas em face do resgate dessa dívida.

Esses processos reflexivos se revestem de grande importância nesse momento


histórico, principalmente nos municípios do interior nordestino, em razão das
necessidades decorrentes da implementação do Sistema Único de Saúde – SUS e de
suas necessidades em termos de perfis profissionais para atender seus princípios
norteadores, tanto doutrinários quanto organizativos.

Universalidade, Equidade e Integralidade constituem os principais princípios


doutrinários do SUS. Estes e outros princípios serão vistos com mais detalhes logo

4
adiante. O primeiro, garante a atenção de saúde a todo e qualquer cidadão brasileiro,
enquanto o segundo e o terceiro, asseguram a igualdade de todos perante o sistema de
saúde, reconhecendo o homem como ser integral e prevendo seu atendimento como ser
bio-psico-social.

No aspecto organizacional, o SUS encontra-se amparado pelos princípios da


Regionalização e Hierarquização; Resolutividade; Autonomia, Racionalidade,
Participação dos Cidadãos e Complementaridade do setor privado, esses princípios
asseguram que os serviços de saúde devem ser organizados em níveis de complexidade
tecnológica crescente e dispostos numa área geográfica delimitada. Os princípios
organizacionais asseguram ainda, que os serviços devem resolver os problemas até o
nível de sua competência e que haja inclusão da população na formulação das políticas
de saúde e no controle de sua execução, através dos Conselhos de Saúde, além da
contratação de serviços privados mediante insuficiência do setor público, desde que
respeitadas as normas do Direito Público (BRASIL, 1990).

“Financiamento insuficiente, desvalorização política e social, crise de modelo e


dificuldades de formação profissional e no processo de trabalho das equipes do PSF
configuram-se como principais desafios da atenção primária, que é a porta de entrada
do SUS”.

As três esferas de gestão do SUS são: Ministério da Saúde, estados e municípios.


O presidente do CONASS, Osmar Terra, durante o Seminário para Construção de
Consensos sobre Modelo de Atenção à Saúde no SUS ressaltou o compromisso dos
gestores de aplicar bem o dinheiro público e trazer resultados positivos para a
população. Destacou ainda que o modelo ideal de atenção é aquele que respeita as
diversidades regionais.

“Hoje, de fato, as três esferas do governo têm responsabilidades, cada uma na sua
especificidade”. (Maria José Evangelista)

5
“A Atenção Primária à Saúde é fundamental para o SUS, mas seu orçamento não é
suficiente. Não dá para ampliar serviços e não prover os recursos na distribuição
deles. Se eu tenho um nível de atenção que é porta de entrada, onde começam todos os
processos, onde acontecem todas as demandas, e não são destinados recursos, ele vai
definhando”. (João Ananias- Diretor Extraordinário de Atenção Primária do
CONASS/Secretário de Estado da Saúde do Ceará)

A definição de APS formulada pela Organização Mundial de Saúde diz que: “A


atenção essencial à saúde, baseada em métodos práticos, cientificamente evidentes e
socialmente aceitos e em tecnologias tornadas acessíveis a indivíduos e famílias na
comunidade por meios aceitáveis e a um custo que as comunidades e os países possam
suportar, independentemente de seu estágio de desenvolvimento, num espírito de auto-
confiança e auto determinação. Ela forma parte integral do sistema de serviços de saúde
do qual representa sua função central e o principal foco de desenvolvimento econômico
e social da comunidade. Constitui o primeiro contato de indivíduos, famílias e
comunidades com o sistema nacional de saúde, trazendo os serviços de saúde o mais
próximo possível aos lugares de vida e trabalho das pessoas e constitui o primeiro
elemento de um processo contínuo de atenção”. (World Health Organization, 1978).
Esta definição ressalta a importância da APS, que, por sua vez, reforça os princípios da
integralidade, da universalidade e da equidade do Sistema Único de Saúde (SUS).

3. O SUS E SUAS DIRETRIZES

A exclusão econômica, social e cultural sempre foi presente na sociedade


brasileira. Desde os tempos coloniais, os poucos médicos existentes se ocupavam em
atender às elites. Somente quando uma epidemia (como a de varíola ou febre amarela)
acometia também os bem-nascidos, estes se assustavam e contratavam médicos para
atender à população. No momento em que as epidemias começaram a atrapalhar a
economia, começou-se a desenvolver campanhas para erradicar estas doenças.

6
Os primeiros grupos da população a serem privilegiados com as políticas
públicas de saúde foram os trabalhadores industriais com a Organização das Caixas de
Aposentadoria e Pensão (CAP).

A partir da criação do SUS, a saúde começou a ser encarada como sistema


único, pois no modelo anterior, as instituições responsáveis pela saúde agiam de forma
descoordenada e pouco eficiente. Nesse sistema, a saúde é organizada em níveis: federal
(Ministério da Saúde), estadual (Secretaria Estadual de Saúde) e municipal (Secretaria
Municipal de Saúde).

O SUS tem como diretrizes:

• Universalidade

É direito de toda a população, de acordo com suas necessidades, usufruir dos


serviços de saúde.

• Integralidade

No inciso II do artigo 7ᵒ da lei 8.080 ̸ 90 explica que um dos princípios do SUS


é a integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo
das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos
para cada caso em todos os níveis de complexicidade do sistema.

Esse é um dos princípios que mais diferenciou o SUS como antigo sistema de
saúde, pois o INAMPS, só era responsável pela assistência médica individual
curativa, enquanto a prevenção e a atenção coletiva ficavam a cargo do
Ministério da Saúde.

• Resolutividade

De acordo com esse princípio,o sistema deve ser capaz de resolver o problema
de saúde das pessoas que o procuram, qualquer que seja o grau de
complexidade.

Deve haver uma perfeita sintonia entre as unidades mais especializadas e as


básicas.

7
• Descentralização

Antes do SUS as decisoes de saúde eram fortemente centralizadas e, muitas


vezes, não condizentes com as necessidades da população.

É por isso que nos últimos anos tem acontecido o processo de municipalização
da saúde, que determina que as decisões ocorram no município.

É importante também destacar a organização do sistema por níveis de


complexidade ou hierarquização. Existem três níveis: atenção primária, a
secundária e a terciária.

A atenção primária é composta por profissionais generalistas voltados para


resolução de problemas mais comuns. Envolve prevenção e procedimentos
curativos simples. A atenção secundária envolve atividades com profissionais
especializados e equipamentos mais tecnológicos.É desenvolvido em centros de
saúde, policlínicas e pequenos hospitais. A atenção terciária exige profissionais
especializados e muitos equipamentos de alta complexidade. É ofertada em
grandes hospitais.

• Participação

A população é encarregada de participar no processo de decisão, apontar


problemas, eleger prioridades,definis modelos e avalliar. Os profissionais de
saúde levanta junto a população quais são os principais problemas , decidir por
onde começar a enfrentá-los, definir o que se espera das ações de saúde e avaliar
o que está sendo ou não alcançado.

• Autonomia

Segundo o SUS, é importante reconhecer a autonomia das pessoas o que implica


em admitir que o corpo pertence ao sujeito e cabe a ele decidir, em última
instância, se aceita ou não a intervenção que lhe é proposta. Ou seja, o paciente
tem o direito à informação.

• Equidade

8
Trabalhar com equidade significa “dar a quem precisa mais”. Apesar de a lei
8.080 falar em igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou
privilégios de qualquer espécie. No entanto, o termo quem tem sido abordado é
equidade, o qual é diferente de igualdade, já que o termo igualdade consideraria
que as pessoas têm direitos iguais às ações e aos serviços de saúde. Infelizmente,
em nossa sociedade, a qualidade de vida da pessoas difere muito.

• Intersetorialidade

No art. 7ᵒ, inciso X, da lei 8.080 ̸ 90, defende-se a integração em nível executivo
das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico. A intersetorialidade é
necessária, pois a saúde, educação, meio ambiente, emprego e renda, e
saneamento são interdependentes.

• Racionalidade

Para que o SUS atinja todos os seus objetivos, é importante aproveitas ao


máximo os recursos financeiros existentes, usando eles de forma racional,
evitando desperdícios.

• Utilização da Epidemiologia

A epidemiologia é uma ciência aplicada cujos procedimentos provocam


mudanças concretas na vida real, pois além de descobrir a distribuição e os
fatores determinantes dos agravos à saúde, a Epidemiologia planeja, administra
e avalia serviços de saúde. É importante destacar que as informações
epidemiológicas não devem ser tratadas como segredo de Estado, precisando ser
divulgadas amplamente, tendo por objetivo a participação social.

4. O SUS E OS SERVIÇOS PRIVADOS

Os serviços privados podem ou não integrar o SUS, pois se suas disponibilidades


forem insuficientes, o sistema pode recorrer à iniciativa privada. Entretanto, os serviços
que forem contratados deverão seguir os mesmos princípios e diretrizes do SUS,
devendo funcionar como uma parte articulada do sistema.

9
5. CAMPOS DE ATUAÇÃO DO SUS

O SUS possui 3 campos de atuação fundamentais:

• Vigilância Sanitária

Esse campo de atuação se preocupa com qualquer produto ou atividade que


possa afetar à saúde das pessoas. Ele envolve dois processos: a normatização,
que é o estabelecimento de regras que devem ser obedecidas na prestação de
serviços ou produção de bens; e o controle, que envolve a fiscalização dos bens,
serviços e ambientes para verificar se as normas estão sendo cumpridas.

• Vigilância Epidemiológica

Tem como objetivo coletar e organizar informações sobre saúde e doença das
pessoas para intervir com muito mais precisão.

• Saúde do trabalhador

O traballho em si pode afetar negativamente a saúde do trabalhador. Cada local


de trabalho tem suas peculiaridades que afetam a saúde de diversos modos. Por
isso, a saúde do trabalhador é incluída no campo de atuação do SUS.

Níveis do SUS e suas respectivas funções

- Nível municipal:

As ações desse nível têm como função:

o O planejamento, controle e avalição das ações e os serviços de saúde,


além da geração e execução dos serviços públicos de saúde;

o Participação do planejamento, programação e organização do SUS, em


articulação com o nível estadual;

10
o Execução de serviços relacionados à vigilância epidemiológica,
sanitária, à alimentação, nutrição, saneamento básico e saúde do
trabalhador.

- Nível Estadual:

Esse nível consiste na:

o Promoção da descentralização para os Municípios dos serviços e das


ações de saúde;

o Prestação de apoio técnico e financeiro aos Municípios;

o Harmonização, integração e modernização dos sistemas municipais.

- Nível Nacional

Tem como objetivo o papel de “grande orientador”, estabelecendo diretrizes


gerais, políticas e normas.

11
6. CONCLUSÃO

Ao longo dos últimos 50 anos, os indicadores de saúde no Brasil registraram


grandes progressos. A estrutura do sistema de saúde no Brasil mudou muito nos
últimos 30 anos. Até os anos 60, havia uma divisão de trabalho entre o Ministério da
Saúde e os antigos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAP's). A Constituição de
1988 instituiu o Sistema Unico de Saúde (SUS), que passou a ter como meta a cobertura
universal de toda a população brasileira, nos moldes dos tradicionais sistemas de
proteção social existentes nos países europeus.

No início dos anos 90 ocorreu uma forte crise institucional e financeira do setor
saúde no Brasil, trazendo como conseqüência uma queda da qualidade e da cobertura do
sistema público. Com isso, acentuou-se a tendência para que o SUS passasse a ser, na
prática, um sistema voltado ao atendimento dos grupos sociais de menor renda, uma vez
que as classes de média e alta renda podiam contar com os chamados sistemas privados
de medicina supletiva que se expandiram a taxas bastante elevadas. Hoje, esses sistemas
cobrem cerca de 35 milhões de pessoas, notadamente trabalhadores inseridos nas
empresas de maior porte e famílias de classe média e alta.

Em seus primeiros anos de vigência, o SUS não apresentou resultados


satisfatórios. Não foi por outro motivo que o sistema recebeu reformas, implantadas
progressivamente pelo Ministério da Saúde. As reformas apontam cada vez mais para a
descentralização, com aumento da autonomia dos Estados e Municípios na montagem
de estruturas de prestação de serviços de saúde adequadas a cada realidade.

A complexidade do ideário do SUS, suas leis e normas e as dificuldades


enfrentadas para sua implementação, principalmente do ponto de vista dos seus
princípios, fizeram deste Sistema um modelo de democracia para o mundo, uma utopia
possível para os países em desenvolvimento e um objeto desconhecido para os sujeitos
que nele operam.

O Ministério da Saúde e o governo federal - em parceria com os Estados e


Municípios - encontram-se em permanente busca de novas definições que permitam ao

12
sistema de saúde brasileiro ganhar mais eficiência e alcançar os objetivos de cobertura e
equidade. O principal desafio é administrar adequadamente os escassos recursos
disponíveis para que possam suprir necessidades e carências, especialmente dos
segmentos mais pobres da população.

13
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Disponível em: <http://saudenobrasil.pbworks.com/> acessado em 12/03/2010.


 Disponível em: <http://portal.saude.gov.br/portal/saude/default.cfm> acessado
em 12/03/2010.
 Lana Bleicher, 2003, livro saúde para todos cap. I
 João Paulo Pinto da Cunha e Evangelista da Cunha, Planejamento e Gestão em
Saúde
 Disponível em: http://portaldaregulacao.datasus.gov.br/conteudo/principios.htm
> acessado em 13/03/10.
 “ Esse Tal de SUS ”

14

Vous aimerez peut-être aussi