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ANALISE DOS SISTEMAS DE MEDICAO MSA Manual de Referéncia Quarta Edigio na Lovse si “ lor Group LLC, Ford Motor Company, Gi ISBN#: 978-1-60-534211.5, Todos os dite ‘a 1095, « Primeira Edigdo Brasileira publicada em Junho de 1997 ‘Segunda Edig&o Brasileira publicada em Fevereiro de 2004 Terceira Edi¢ao Brasileira publicada em Outubro de 2010 Este manual é publicado de acordo com o protocolo de tradugdo estabelecido pela Chrysler, Ford e General Motors. sendo este manual a tradugio oficial em Portugués Todas as tradugdes sancionadas do QS-9000 sao somente para referéncia, uma vez que o Inglés & 0 idioma oficial, devem ser resolvidas usando 0 QS-9000 em Inglés. Os direitos autorais desta tradugdo pertencem 4 Chrysler, Ford e General Motors.” Cépias da versio em inglés podem ser obtidas no: Automotive industry Action Group (AIAG) Carwin Continuous Improvement 01-248-358-3003 (U.S.A) 44-1 708-861 333 (U.K) Cépias da versio em portugués podem ser obtidas no: IQA — Instituto da Qualidade Automotiva 55 11 5533-4545 (Brasil) ii PREFACIO Este Manual de Referéncia foi desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Andlise do Sistema de Medio (M.S.A), sancionado pelo Grupo de Forga Tarefa de Requisitos da Qualidade Fornecedores da Chrysler Group LLC, Ford Motors Company e General Motors Corporation, ¢ sob o patrocinio do Automotive Industry Action Group (AIAG). O grupo de trabalho responsivel por essa 4" edig’o foi formado por Michael Down (General Motors Corporation), Frederick Czubak (Chrysler Group LLC), Gregory Gruska (Omnex), Steve Stahley (Cummins, Inc) e David Benham. © manual é uma introdugiio para andlise do sistema de medigo. Ndo tem a intengéoo de limitar a evolugao dos métodos de andlise apropriados a processos especificos ou produtos. Embora essas diretrizes sejam destinadas a cobrir as situagdes de sistema de mediga0 que normalmente ocorrem, dividas poderao surgir. Estas ciividas deverao ser enviadas ao representante autorizado do cliente. Os direitos autorais deste manual so de Chrysler Group LLC, Ford Motors Company e General Motors Corporation, com todos direitos reservados, 2010. Manuais adicionais podem ser solicitados ao AIAG em www.aiag.org, Permissao para reproduzir partes deste manual para uso interno em fornecedores deve ser obtida com o ALAG em www.aiag.org. Junho 2010, iii Consulta Rapida ao Manual MSA - 4° Edigao Varidveis bisicas Amplitude, Média & Amplitude, ANOVA, Tendéncia, Linearidade, Cartas de Controle Atributos basicos Detecgao de Sinal, Analises de Teste de Hipdteses ‘Nio-Replicaveis ‘Abordagens alternativas WV (ex.: Testes destrutivos) Varidveis Complexas ‘Amplitude, Média © Amplitude, ANOVA, Ti1V ‘Tendéncia, Linearidade, Cartas de Controle Sistemas Miltiplos, Dispositivos de Cartas de Controle, ANOVA, ill, V Medigio ou Baneadas de Testes lise de Regressfio Mistos_ Abordagens Alternativas IV ‘Outros Relatorios disponiveis em hitpiiwww aiag.ore NOTA: Referéncia ac uso do desvio padrio do R&R Historicamente, por convengao, a distribuigdo de 99% foi usada para representar a distribuigao “total” do etro de medigéo, representada pelo fator multiplicador 5,15 (onde Ggar € multiplicado por 5,15 para representar a distribuigao total de 99%). A distribuigao de 99,73% é representada pelo fator multiplicador 6,0 que significa + 30 € representa a distribuigo total da curva normal Se 0 leitor escolher aumentar o nivel de cobertura, ou distribuigao, da variagao total da medigao para 99,73% deve utilizar 6,0 como multiplicador no lugar de 5,15 nos calculos. Nota: A abordagem utilizada na 4° edigéo & para comparar 0 desvio padrao. Isto equivale a utilizar 0 muttiplicador de 6 numa abordagem histérica. A consciéncia de qual fator multiplicador utilizar & decisiva para a integridade das equagées e calculos resultantes. Isto é especialmente importante se a comparacao é feita entre a variabilidade do sistema de medicao € a tolerancia, Consequentemente, se uma abordagem diferente da descrita neste manual for utiiizada, deve ser declarada para esclarecer quaisquer resultados ou resumos (particularmente aqueles previstos para o cliente). | | | | | INDICE Consulta Répida ao Manual MSA ~ 4" E: INDICE Lista de Tabelas... Lista de Figuras.. Capitulo | DIRETRIZE:! GERAIS. DOs STEMAS DE MEDICAO.. Secdo A Introdugio, Propésito e Terminologia . Introdugiio Propésito Terminologi gao B O Processo de Medigao° . Sistemas de Medigao Efei da Variabilidade do Sistema de Medigao Segio C Estratégia e Planejamento da Medigao..... Segiio D Desenvolvimento das Fontes de Medig’io . PROCESSO DE SELEGAO DE FORNECEDOR DE DISPOSITIVO DE MEDICAO.. Seco E Questées Relativas 4 Medi¢ao. seceseeenssteeennsteeense . Seco F Incerteza da Medico. Se¢dio G Andlise dos Problemas de Medigzo Capitulo IL. CONCEITOS GERAIS PARA AVALIAR. OS SISTEMAS DE MEDICAO Segao A Fundamentos.. Seco B Selecio/Desenvolvimento de Procedimentos de Teste . Segao C Preparagdo para o Estudo do Sistema de Medig20 ...... 73 Segao D Anillise dos Resultados ..... . 17 Capitulo {HL PRATICAS RECOMENDADAS PARA SISTEMAS DE MEDICAO, REPLICAV 81 10 A Exemplos de Procedimentos de Testes 7 83 10 B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medigio por Variave 85 Diretrizes para a Determinagao da Estabilidade esses 85 Diretrizes para a Determinagdo da Tendéncia’® ~ Método da Amostra Independente ........87 Diretrizes para a Determinaeao da Tendéncia ~ Método da Carta de Controle 92 Diretrizes para a Determinagao da Linearidade® ..96 Diretrizes para a Determinagao da Repetitividade e Reprodutibilidade!! . 101 Método da Amplitude... coves coves evvssnvecscutstsseeresseeees LOZ Método da e Amplitude. scssseeenneeesnenee . coceseneee sees 103 Método da Anilise de Variancia (ANOVA)... . 124 io C Estudo dos Sistemas de Medigao por Atributos 132 METODO DA ANALISE DE RISCO Abordagem da Detecg2io do Sinal ce METODO ANALITICO™ Capitulo IV Outros Conceitos de Medigao e¢ Praticas... . 152 0 A Praticas para Sistemas de Medigdio Complexos ou Nao-Replic . 154 Sistemas de Medicdo Destrutiva veseee . . ASE emas Onde as Pegas se Modificam no Uso ou no Teste ...see so Segao B Estudos de Estabilidade ...... sessnsneentntnescinene 156 Segao C Estudos de Variabilidade 162 132 144 146 Segiio D Reconhecendo o Efeito da Excessiva Variagao na Propria Pega... 168 Seco E Método da Média e Amplitude — Tratamento Adicional ..... Seciio F Curva de Desempenho do Dispositivo de Medicfo .... Seciio G Redugo da Variago por Meio de Leituras Miiltiplas .... Segéio H Abordagem do Desvio-Padriio Compost r para o R&R Apéndices os sve Apéndice A. Conceitos de Anilise de Variancia Apéndice B.. Impacto do R&R sobre o Indice de C: Formulas Anilise:, ., Anise Grafica... Apéndice C Apéndice D.. Esindo de Repetitividade do Dispositivo de Medigao .. Apéndice E. : Calculo Alternativo da ane da Peca (VP) Usando um Termo de Corregao do Erro 208 pabilidade ops Apéndice F 210 Modelo de erro PIS MOEA. 210 GLOSSARIO 214 BIBLIOGRAFIA. 220 Exemplos de Formularios 224 indice... 228 vi Capitulo f Ditetrizes Gerais dos Sistemas de Medigtio Lista de Tabelas Tabela I-B 1: Filosofia de Controle e Diregao do Interesse. 18 Tabela II-D 1: Critério de R&R.. sesseneeeeen 7 . 78 Tabela III-B |: Dados do Estudo de 90 Tendéncia. soe a Tabela III-B 2: Estudo de Tendéncia — Analise do Estudo de Tendéncia...... 92 Tabela III-B 3: Estudo de Tendéncia ~ Andlise do Estudo de Estabilidade para a Tendéncia. 95 Tabela III-B 4: Dados do Estudo de Linearidade.. 99 Tabela III-B 5: Estudo de Linearidade — Resultados Intermediarios.. 99 Tabela III-B 6: Estudo do Dispositivo de Medi¢io (Método da Amplitude). 103 Tabela III-B 6 a: Folha de Coleta de Dados para a Repetitividade Reprodutil ilidade do 105 Dispositivo de Medigio.... Tabela III-B 7: Tabela ANOVA. cavee even 127 Tabela i1I-B 8: Andlise ANOVA ~ Porcentagem de Variagaio e Contribuigdo. voce 127 Tabela [II-B 9: Comparagaio dos Métodos ANOVA e da Média e Amplitude... 129 Tabela III-B 10: Relatorio do Método ANOVA para R&R... a 129 Tabela IIL-C 1: Conjunto de Dados para um Estudo de Atributos., 134 Tabela III-C 2 ~- Resultados dos Estudos de Tabela Cruzada.... 136 Tabela III-C 3 ~ Resumo Kappa. 137 Tabela III-C 4 Comparagao dos Avaliadores com a Referéncia...... 138 ‘Tabela III-C 5: Tabela do Estudo da eficacia. 139 Tabela III-C 6: Exemplo das Diretrizes do Critério de e! 140 Tabela III-C 7 — C7 : Resumo do Estudo de Eficacia....... 140 Tabela III-C 8; Tabela [II-C I classificado pelo Valor Ref...-nener 143 Tabela IV-A 1: Métodos baseados no Tipo de Sistema de Medigao, 154 Tabela IV-H 1: Conjunto de Dados para Anilise do Desvio-Padriio Composte. i 139 Tabela A 1: Estimativa dos Componentes da Variancia. : cme 195 Tabela A 2: Dispersiie 6-sigma. soos onan 196 ‘Tabela A 3: Analise de Varidineias (ANOVA). . sen NOT ‘Tabela A 4: Resultados Tabulados de ANOVA. . 198, ‘abela A 5: Resultados Tabulados de ANOVA | 198, bela B 1: Comp: ntre Cp Observado e Cp Real . 201 Tabela Cl: Tabela c- 203 Tabela F 1: Exemplo de Modelo de PLS M.O.E.A.... 21 vii Lista de Figuras Figura I-A 1: Exemplo de uma Cadeia de Rastreabilidade para a Medico de um Comprimento. Figura I-B 1: Variabilidade do Sistema de Medigio — Diagrama de Causa ¢ Efeito. ses Figura -E 1: Relacionamento entre os Varios Padrées. : : Figura I-E 2: Discriminagd0.....0. Figura LE 3: Impacto do Nimero de Distintas Categorias (ide) da Distribuigao do Processo sobre as Atividades de Controle e Anilise... . Figura I-E 4: Cartas de Controle do Processo..... Figura I-E 5: Caracteristicas da Variago do Processo de Meio . Figura IE 6: Relacionamento entre Tendéncia e Repetitividade... Figura III-B 1: Anilise da Carta de Controle para a Estabilidade. Figura III-B 2- Estudo de Tendéncia ~ Histograma do Estudo de Tendénci Figura III-B 3: Estudo de Linearidade — Andlise Grifica.. = Figura III-B 4: Carta de Médias ~ “Superpostas”” Figura {1L-B 5: Carta de Médias ~ “Nao Superpostas” Figura III-B 6: Carta de Amplitudes ~ “Superpostas”, Figura III-B 7: Carta de Amplitudes ~ “Nao Superpostas”. Figura III-B 8: Grifico Sequencia por Pega... Figura III-B 9: Grafico de Dispersio. Figura III-B 10: Grafico “Whiskers”. Figura II-B 11: Grafico de Erros Figura [II-B 12: Histograma Normalizado : Figura [II-B 13: Grafico X ~ ¥ das Médias por Tamanho. Figura [II-B 14: Graficos de Comparagio X — Y.... Figura [II-B 15: Folha de Coleta de Daclos R&R preenchida Figura III-B 16: Relatério de Repetitividade e Reprodutibitidade do Dispositvo de Medigav. Figura III-B 17: Griico de Interag0...ronn : Figura III-B 18: Grafico de Resfduos.. Figura lIL-C 1: Exemplo de Provesso com Pp ~ Pp . Figura III-C 2: “Areas Cinzentas” Associadas ao Sistema de Medici .. Figura II-C 3; Exemplo de Processo com Py = Py = 133 Figura TH-C 4: Curva de Desempenho do Dispositive de Medi Figura III-C 5: Curva de Desempenho do Dispositive de Med por Atributo por Atribute Figura (V-E Carta de Controle para Avaliagao da Medigito (X & R) ~ ura [V-E 2; Carta de Controle para Avaliago da Medigaio (X BR Dooce dlculos Alternatives para Avaliar um Provesso de Medi¢io (Parte | de 2). Figura [V-E 4; Caleulos Alternativos para Avaliar um Processo de Medigdo (Parte 2 de 2), Figura 1V-F |: Curva de Desempenho do Dispositivo de Medigao Sem Erro... so Figura IV-F 2: Curva de Desempenho do Dispositivo de Medi¢ao — Exemplo..... setesten Figura IV-F 3: Desempenho do Dispositivo de Mediedo Plotada no Papel de Probabilidade Normal. Figura IV-H 1: Analise Grafica do Estude do Desvio-Padriio Composto .. 7 vs Figura [V-H 2: Diagrama de Pontos dos valores h . Figura [V-H 3: Diagrama de Pontos dos valores de k Figura B 1: Cp Observado vs. Cp Real (Baseado no Pracesso). Figura B 2: Cp Observado vs. Cp Real (Baseado na Tolerincia). viii 10 15 44 47 49 30 2 1 too 107 107 108 109 109 110 Ml 112 113 114 115 118 49 125 126 132 132 M4 149. 130 2 173 74 175, 180 181 182 188 yt 192 201 202 Capitulo | DIRETRIZES GERAIS DOS SISTEMAS DE MEDIGAO Capitulo 1 - Segio A Introdugio, Propésito ¢ Terminologia Segao A Capitulo I- Segio A. Introdugao, Propésito e Terminologia Introdugao, Proposito e Terminologia Introdugao Qualidade dos Dados de Medigao Os dados de medigHo sio utilizados de muitas maneiras ¢ mais frequentemente do que eram antes. Por exemplo, a decisio de ajustar um processo de manufatura atualmente & comumente baseada em dados de medigao. Os dados de medigo, ou algum célculo estatistico a partir deles, sfo comparados com limites de controle estatistico do processo, ¢ se a comparagio indicar que 0 processo esti fora de controle estatistico, ento um ajuste de algumn tipo é realizado, Caso contririo, & possivel que o processo funcione sem ajuste. Outro uso dos dados de medigiio & determinar se existe relagdo significativa entre duas ou mais varidveis. Por exemplo, pode-se suspeitar que uma dimensao critica de uma pega plistica moldada esta relacionada com a temperatura de injegzio do material. Esta possivel relagio poderia ser estudada utilizando um procedimento estatistico chamado andlise de regressio.para comparar as medigdes da dimensio critica com as medigées de temperatura de injegao do material Estudos que exploram tais relagdes sito exemplos do que 0 Dr. W. E. Deming chamou de estudos analiticos. Em geral, um estudo analitico € aquele que aumenta o conhecimento sobre o sistema de causes que afetam o processo, Estudos analiticos esto entre os mais importantes usos dos dados de medigao porque eles conduzem finalmente a um melhor entendimento dos processos. © beneficio de utilizar um procedimento baseado em dados é amplamente determinado pela qualidade dos dados de medi¢ao utilizados. Se a qualidade dos dados & baixa, o beneficio do procedimento provavelmente seri baixo. Da mesma forma, se a qualidade dos dados ¢ alta, o benetivio provavelmente sera alto. Para garantir yue o benefivio resultante do uso de dados de medigao seja grande o suliciente para cobrir 0 custo de obié-los, atencdo deve ser dada 4 qualidade desses dados. A qualidade dos dados de medigio & definida pelas propriedades statisticas das miltiplas medigdes obtidas de um sistema de medigao operando sob condigdes estiveis. Por exemplo, suponha que um sistema de medigao operando sob condigdes estaveis, seja utilizado para obter varias mei de uma determinada caracteristica. Se as medigdes de uma caracteristica estio todas “préximas” ao valor de referéncia da caracteristica, diz-se que a qualidade dos dados é “alta”. Da mesma forma, se alguma, ou todas as medigées esto “distantes” do valor de referéncia, entZo a qualidade dos dados € dita “baixa” As propriedades estatisticas mais comumente usadas para caracterizar a qualidade dos dados stio a tendéncia e a varidncia do sistema de medigdo. A propriedade chamada tendéneia refere-se 4 localizagiio dos dadlos em relagio ao valor de referéncia (padrito), ¢ a propriedade chamada varianeia refere-se A ispersio dos dados Uma das razdes mais comuns para os dados da baixa qualidade & a varia 10 excessiva, Grande parte da variagao existente num conjunto de medigdes pode ser devida a interacdo entre o sistema de medigio © seu ambiente, Por exemplo, um sistema de medigZo para medir 0 Capitulo 1- Seeao A Inteodugio, Propésito e Terminologia Proposito Terminologia volume de liquido num tanque pode ser sensivel 4 temperatura do ambiente em que é utilizado, Neste caso, a variagio nos dados pode ser devida as mudangas no volume ou mudangas na temperatura ambiente. Isto faz. com que a interpretagZio dos dados seja mais dificil © o sistema de medigio, portanto, indesejavel Se a interagiio gera muita variago, a qualidade dos dados poderd ser to baixa que os dados nao so mais iiteis. Por exemplo, um sistema de medigio com uma grande variagio poderd ser imprdprio para uso na andlise de um processo de manufatura, porque a variagio do sistema de medigio podera encobrir a variagio do process de manufatura, Grande parte do trabalho de gerenciamento de um sistema de medigzio consiste em monitorar e controlar a variagio. Entre outras coisas, isto significa que énfase deve ser dada em aprender como o sistema de medicfo interage com 0 ambiente, de modo que somente dados de qualidade aceitivel serio gerados. propésito deste manual & apresentar diretrizes para avaliagaio da qualidade de um sistema de medigfo. Embora as diretrizes sejam geralmente suficientes para serem usadas em qualquer sistema de medigfo, elas destinam-se principalmente aos sistemas de medi¢a0 utilizados no ambito industrial. Este manual nao pretende ser um compéndio de andlises para todos os sistemas de medig&o. Seu foco principal so os sistemas de medigao onde as leituras podem ser replicadas em cada pega, Muitas destas anilises so tteis pata outros tipos de sistemas de medigo € por isso o manual contém referéncias € sugestdes. Recomenda-se consular recursos _estatisticos competentes para situagdes mais complexas ou incomuns. niio discutidas aqui. A aprovagao do cliente & necessiria para as métodos de aniilise dos sistemas de medigdo ndo contidos neste manual A discussio da andlise do sistema de medigio poder se tomar confitsa e enganosa, se no existir um conjunto de termos para descrever as propriedades estatisticas comuns © os elementos do sistema de medigiio associados. Esta segéo fornece um resumo dos termos utilizados neste manual. Neste manual so utilizados os seguintes termos * Medigao é definida como “a atribuigao de ntimeros (ou valores} is coisas materiais para representar as relagdes existentes entre elas, no que diz. respeito as suas propriedades particulares”. Esta definigio foi crinda por C. Eisenhart em 1963. O processo de atribuigdo de ntimeros é definido como processo de medigio, ¢ 0 valor atribuido € detinide como valor da medigao. Capitulo I~ Segio A Introdusdo, Propésito e Terminologia © Dispositivo de Medica é qualquer dispositive utilizado para obter medigdes; este termo é frequentemente utilizado para descrever especificamente os dispositivos usados no chao de Fabrica; inclui calibradores passa/nfio-passa (também, ver bibliografia: ASTM E456-96). * Sistema de Medigio € 0 conjunto de instrumentos ou dispositivos de medigio, padrdes, operagdes, _ métodos, dispositivos de produgaio, software, pessoal, ambiente e premissas usadas para quantificar uma unidade de medigao ou corrigir a avaliagio da caracteristica sendo medida; 0 proceso completo utilizado para obter medigdes. Destas definigdes se conclui que um processo de medigao pode ser visto como um processo de manufatura que produz. niimeros (dados) como resultado. Visualizar o sistema de medigao desta maneira é itil, porque nos permite consolidar todos os conceitos, filosofia, & ferramentas que jé demonstraram sua utilidade na area do controle estatistico do processo. Sumario de Termos' Padrao © Fundamento aceito para comparagiio Critério de aceitagio * Valor conhecido, contido entre limites de incerteza estabelecidos, aceito como um valor verdadeiro © Valor de referencia Um padrtio deve ser uma detinigtio operacional: uma detinigtio que produ os mesmos resultados quando aplicada pelo fornecedor ou peto cliente, com o mesino significado ontem, hoje © amanha. Equipamento Basico © Discriminagao, legibilidade, resolugio Y Nomes alternatives para: menor unidade de leitura, resolugao de medigao, limite da escala. ou limite de detecgao: Y Uma propriedade inerente determinada por projeto Y Menor unidade da escala de medigao ou do resultado dado por um instrumento Y Sempre registrada como uma unidade de medigao VY Regra pritica 10 por I. * Resolugio efetiva YA sensibilidade de um sistema de medigio para processar a variagio de uma aplicagiio particular ' Veja Capitulo 1, Seg £ part detinigdo de terminologia e diseussbes Capitulo {- Segio A Introdugio, Propésito e Terminologia YN Variagi Y A menor entrada que resulta na saida de um sinal de metigio utilizavel Y Sempre registrada como uma unidade de medigao Valor de referéncia Y Valor aceito de um produto manufaturado Y Necessita de uma definigao operacional Y Usado como um substituto do valor real Valor verdadeiro ¥ Valor real de um produto manufaturado Y Desconhecido ¢ irreconhecivel io da Localizagiio Exatidao ¥ “Proximidade” ao valor verdadeiro, ou a um valor de referéneia aceito ¥ ASTM inclui o efeito da localizagao © dos erros de dispersio Tendéncia Y Diferenga entre a média observada das medigées © 0 valor de referéncia Y _Erro sistematico que parte do sistema de medigZio estabilidade v v \ mudanga da tendéneia no decorrer do tempo Um processo de medigiio estivel esti sob controle estatistico com respeilo a loc ¥ Também conhecido como: Desvio izagio Linearidade ¥ Mudanga da tendéncia ao longo da faixa de opera normal Y Correlagio dos tendéncias na f ¥ Etro miltiplos € independentes erros de xa de operagiio istematico que faz parte do sistema de medigi 6 re Capitulo I Segio A Introdugao, Propésito e Terminologia Variagao da Dispersio © Precisio” ¥ “Proximidade” das leituras repetidas, uma das outras ¥ Umerro aleatério que faz parte do sistema de medigaio © Repetitividade Y Variagio entre medigées obtidas com um mesmo instrumento quando usado varias vezes por um mesmo avaliador, enquanto medindo idéntica caracteristica de uma mesma peca Y VariagGo entre sucessivas medigdes (curto prazo) Repelividede feitas sob condigdes fixas e definidas ¥ Comumente descrita como V.E. — Variagio do Equipamento Y Capacidade ou potencial do instrumento (dispositive de medigaio) Y Variagao dentro do proprio sistema (svithin-system) * Reprodutibilidade Y Variagio entre médias das medig6es feitas por diferentes avaliadores, utilizando o mesmo dispositivo de medigZo, enquanto medindo uma caracteristica de uma pega Y Para a qualificagio do produto € do processo, 0 erro pode ser do avaliador, do ambiente (tempo), ou do método Y Comumente descrita como V.A, — Var Avaliador Variagdo entre condigdes do sistema (Aenveen-system) STM E456-96 inclui a repetitividade, laboratorio, ¢ eleitos ambientais bem como os efeitos do avaliador Y Avaliador 0 do © GRR ou R&R do Dispositivo de Medigao . Y Repetitividade ¢ Reprodutibilidade do Dispositive de i Medigao: estimativa combinada dla repetitividade e da ¢ reprodutibilidade do sistema de medigio Y Capabilidade do sistema de medigao: dependendo do método usado, pode ou nao incluir 0 efeito do tempo * Capabilidade do Sistema de Medigio Y Estimativa (curto prazo) da variagdo do sistema de medic&o (exemplo: “R&R” incluindo grificos) * Nos dacumenos da ASTM, ao exis “a preciso de um sistema do eg"; ito 6," presse” nt pode ser reprsentada por um nico Capitulo 1 Segao A, Introdugio, Propésito ¢ Terminologia © Desempenho do Sistema de Medigio VY Estimativa (longo prazo) da variagdo do sistema de medigdo (exemplo: Método da Carta de Controle no longo prazo) * Sensibilidade Y Pequena entrada (input) que resulta em um s saida (output) detectivel Y © poder de resposta do sistema de medigio as variagdes da caracteristiea medida Y Determinada pelo projeto do dispositive de medigio (disetiminagio), qualidade inerente (OEM — Original Equipment Manufacturer, Fabricante do Equipamento Original), manutengao durante o trabalho, e condigdes operacionais do instrumento e padrio ¥ Sempre registrada como uma unidade de medigao al de 8c © Consisténcia mite VY grau de variagtio da repetitividade no decorrer do T ra tempo 7 ¥ Um pr consistente esté sob controle estatistico quanto a dispersio (variabilidade) 2 * Uniformidade A JIN YA variagdo da repetitividade a0 longo da faixa de — operagio normal ¥ Homogeneidade da repetitividade Variacao do Sistema A variagio do sistema de medigao pode caracterizada por © Capabilidade Y Variabilidade das leituras tonmadas no decorrer dle um curto periodo de tempo © Desempenho ¥ Variabilidade das teituras tomadas no decorrer de um longo periodo de tempo Baseado na variago total © Incerteza ¥ Estimaiva de um intervalo de valores em relagio ao valor medido dentro do qual acreita-se estar contido 0 valor verdadeiro O sistema de medigéio deve Todas as deserigdes da var Eee seja estavel ¢ consistente. Por exemplo, os componentes da variagao pleat ineluir qualquer combinagio cl em BI 0 total de sistem de medigio supdem que o sistema itens mostrades Padrées e Rastreabilidade Institutos Nacionais de Medigao Rastreabilidade Capitulo 1- Segio A Introdugao, Propésito e Terminologia © National Institute of Standards and Technology (NIST) é 0 principal Instituto Nacional de Medigao (NMI) dos Estados Unidos ¢ atua sob 0 US. Department of Commerce. O NIST, anteriormente denominado National Bureay of Standards (NBS), atua como o mais alto nivel de autoridade sobre metrotogia nos Estados Unidos, A principal responsabilidade do NIST é fornecer servigas de medigio € manter os padrdes de medigio que auxiliam a industria americana 0a realizagio de medigdes rastreadas, enfim 0 NIST auxilia a comercializagao de produtos e servigos. © NIST fomece tais servigos diretamente @ muitos tipos de inditstrias, mas prineipalmente, atende aquelas que necessitam do mais alto nivel de exatidio em seus produtos © que incorporam em seus processos 0 que ha de mais avangado e modemo na metrologia. ‘A maioria dos paises industrializados do mundo mantém seus proprios NMI’s que similarmente ao NIST formecem padrées de metrologia ou servigos de medigao de alto nivel. O NIST trabalha cooperativamente com esses outros NMI’s para garantir que medigies feitas num pais no sejam diferentes de outras feitas em outro pais. Isto € aleangado por meio de Acordos de Reconhecimento Mittuo (MRAs) e por se fazer comparagées inter-laboratoriais entre os NMis. Uma coisa importante de se notar é que as capacidades desses NMIs variam de pais para pais, ¢ nem todos os tipos de medigdes so regularmente comparados, portanto, diferengas podem existir. Assim, é importante entender para quem as medigdes rastyeadas € como elas sfo rastreadas. A rastreabilidade ¢ um impottante conceito no comércio de bens servigos. Medi eis aos padres idénticos ou similares coincidirdo mais cxatamente do que aquelas que no © sio. Isto ajuda reduzir a necessidade de reteste. a rejeigtio de produto bom, © a aceitagdo de produto ruim es que SHO ras A rastreabilidade ¢ definida pela ISO ~ Vocabuldrio Internacional de Termos Bisicos / Gerais da Metrologia (VIM) como: “A propriedade pela qual wna medigéo ou 0 valor de wn padrao pode ser relacionado com referéncias conhecidas, geralmente padrées nacionais ou internacionais, através de umit cadeia ininterrupta de comparagbes, todas tendo incertezas conhecidas” A rastreabilidade de uma medigzio geralmente ¢ estabelecida por meio de uma cadeia de comparagdes até retornar ao NMI. Contudo, muitas vezes na indiistria, a rastreabilidade de uma medigio pode ser conectada de volta até um vator de referéncia ou até um “padrio de consenso” acordado entre um cliente e um fornecedor. A conexdo de rastreabilidade desses padres de consenso até o NMI nem sempre & claramente entendida, portanto em titima instancia é€ muito importante que as medigdes sejam rastredveis até 0 ponto que satisfaga as necessidades do cliente, Com o progresso das tecnologias de medigio © 0 uso do que ha de mais avangado e modemo em sistemas de medigaio, na indistria, a definigao de onde e como uma medigao é rastreada é um con: mpre em evolu eréni Capitulo | ~Sego A Introdugdo, Propésito e Terminologia Padrio do Comparador de Comprimento Interferéncia Padrao de Referéncia de Trabalho Dispositivo de Medigao para a Produgao Figura I-A 2: Exemplo de uma Cadeia de Rastreabilidade para a Medigaio de um Comprimento © NMI opera conjuntamente com varios laboratérios nacionais, fornecedores de dispositivos de medigtio, as mais modgmas e avangadas empresas de manufatura, ete., para garantir que seus padres de referencia sejam apropriadamente calibrados diretamente rastreaveis contra os padrdes mantidos pelo proprio NML Estas organizagdes governamentais e privadas usario entio seus padrdes no fornecimento de servigos de calibragiio e medigdo: para os laboratorios de metrologia dos clientes ou para os laboratérios de dispositivos de medigao, para as atividades de calibragio de padrdes de trabalho ou de outros padres primdrios, Esta conexto ou encadeamento de eventos finalmente encaminha-se para dentro da ) area fabril e entdo determina as regras de rastreabilidade da medica. AS medigdes que podem ser conectadas de volta ao NIST através desta cadeia ininterrupta de medigdes, so ditas rastredveis ao NIST. Nem todas as organizagdes tm uma area de metrologia ou laboratories de dispositivos de medigao dentro de stas instalagdes e. portanto, dependem de laboratérios _ comerciais‘independentes extemos para fornecer a rastreabilidade da ealibragdo ¢ dos servigos de medigao. Este € um meio aceitivel e apropriado de conseguit rastreabilidade até 0 NIST, desde que a capacidade do laboratirio comercial/independente possa ser garantica por meio de process tais como 0 de acreditagao de laboratérios, Sistemas de Um sistema de calibragao & um conjunto de operagdes que estabelece, Calibragaio sob condigdes especiticas a relagzo entre unt dispositive de medigao & um padrio rastredvel de valor de referéncia conhecido e a incerteza, Calibragiio também pode incluir 0s pasos para detectar, correlacionar, relatar, ou eliminar através de ajuste qualquer diferenga nna exatido de um dispositive de medigao que esté senclo comparado, O sistema de calibragdio determina a rastreabilidade da medigdo para os sistemas de medio através do uso de métodos padrdes de calibragio, Rastreabilidade & a cadeia de eventos de calibragio originada com os padrées de calibrago de capacidade metrolégica apropriada ou y incerteza de medigio, Cada evento de calibragio inclui todos os elementos necessirios, incluindo padres, medigdes e equipamentos de testes que estio sendo verificados, procedimentos e métodos de calibragao, registros e pessoal qualificade. 10 Valor Verdadeiro Capitulo I -Segiio A Introdugdo, Propésito e Terminologia Uma organizagao pode ter um laboratério de calibragio interno ou esta controlar € manter os elementos dos eventos de calibragiio. Esses laboratories intemos devem manter um escopo de laboratério. que relacione as calibragdes especificas que sto capazes de realizar bem como os equipamentos € métodos/procedimentos utitizades para realizar as calibragdes O sistema de calibragao € parte do sistema de gestdo da qualidade de uma organizagio e, portanto, deve ser incluido em quaisquer requisitos de auditoria interna Programas de garantia de medigdo (MAP’s) podem ser utilizados para verificar a aceitabilidade dos processos de medigio utilizados através do sistema de calibragao, Geralmente os MAP’s incluem a verificagio de resultados do sistema de medigiio através de uma medigdo secundaria da mesma caracteristica ou parametro. Medigdes independentes implicam que a rastreabilidade do processo de medigdo secundaria é derivada de uma cadeia separada de eventos de calibragdo daqueles utilizados na medigdo inicial, Os MAP's podem. também incluir © uso de controle estatistico do processo (CEP) para controlar a estabilidade a longo prazo de um processo de medigiio, Nota: ANS{{ NCSL Z 540 © ISO 10012 fomecem modelos para muitos dos elementos de um sisiema de ealibraga0 Quando um evento de calibragio € realizado por um fornecedor de servigos de calibragzio externo, comercial ou independente, o sistema de calibragao do fornecedor de servigos de calibragao pode (ou deve) ser verificado através da acreditagdio ISO / IEC 17025. Quando um laboratério qualificada nfo esti disponivel para uma determinada pega ou equipamento, os servigns de calibragdio podem ser realizados pelo Fabricante lo equipamento. © objetivo do proceso de medicao & o valor “verdadeiro” de uma peca. E dese}ivel que qualquer leituca individual esteja to proxima deste valor como (economicamente) possivel. Infelizmente, 0 valor verdadeiro pode nunca ser conhecido com certeza, Entretanto, a incerteza pode ser minimizada utilizando um valor de referéncia baseado numa adequada definigao operacional da caracteristica, ¢ usando 0s resultados de um sistema de medigio que tem alta diseriminagdo ¢ rastredvel a0 NIST. Por causa do valor de referéncia ser utilizado como um substitute do valor verdadeiro, estes termos sio geralmente intercambidveis. Esse uso nfo € recomendado, Capitulo {- Seeio A Introdugdo, Propésito e Terminologia 12 ovesitasu Segao B O Processo de Medigao Sistemas de Medigao Capitulo 1 -Segao B. © Proceso de Medigko 3 Entrada — (Input) Para gerenciar efetivamente a variagaio de qualquer processo € necessério saber: +O que o proceso deveria estar fazendo © Oque pode dar errado +O que o processo esti fazendo As especificagdes e os requisitos de engenharia definem 0 que 0 processo deveria estar fazendo. O propésito da Andlise de Modo e Efeitos da Falha Potencial do Processo* (PFMEA) ¢ definir 0 risco associado com as falhas potenciais do proceso € propor ago corretiva antes que essas falhas possam ocorrer. O resultado do PFMEA 6 transferido para 0 plano de controle. O conhecimento adquirido sobre 0 que um processo esté fazendo ¢ feito por meio da avaliagiio de seus pardmetros ou resultados. Esta atividade, frequentemente chamada inspegao, & 0 ato de examinar os parametros do processo, peras em processamento, subconjuntos montados, ou produtos finais j4 feitos com o auxilio de padres adequados e dispositivos de ‘medigzio que capacitam o observador a confirmar ou negar a premissa de que © processo est operando de maneira estivel e com variagao aceitével, segundo um determinado objetivo do cliente, Porém, esta atividade de examinar é em si um proceso, Processo Geral ___)) Operagao Processo de Medigaéo Processo aser [__ Gerenciado rm ui ® Parte deste capitulo fram aaptaas von pen Third Generation, 987, 1998 Veja o Manual de Refexsneia: Ansilise de Modo & Ffcios Andlise | _) Decisao Valor Infelizmente, a indistria tem tradicionalmente visto a atividade de medigiio e andlise como uma “caixa preta”. O equipamento cra 0 foco principal ~ quanto mais “importante” for a caracteristica, mais caro ser © dispositivo de medigio. A utilidade do instrumento, sua compatibilidade com 0 proceso e com o ambiente, além de s bilidade, eram raramente questionadas. Consequentemente estes dispositivos de medigao eram frequentemente usados de forma inadequada ou simplestmente nao eram usados. miss de Measurement Systeins Analysis ~ A Tutorial by G, F. Gruska e ML S. Heaphy, The ha Botenekal FMEA) = Fai Capftulo I - Segio B. 0 Processo de Medigio Propriedades Estatisticas dos Sistemas de medigao Para uma disewsso mi A atividade de medigao ¢ analise é wm processo — um proceso de medigéo. Toda © qualquer técnica de gestio, estatistica ¢ logica de controle de processo podem ser aplicadas a ele. Isto significa que os clientes ¢ suas necessidades devem ser primeiro lentificados. O cliente, 0 dono do processo, deseja tomar a decisiio correta com um minimo de esforgo. A geréncia deve fornecer os recursos para comprar o equipamento necessirio ¢ sufigiente para isso. Porém, comprar o melhor ou a mais recente tecnologia de medigdo nao necessariamente garantira decisdes de controle do processo de produgao corretas. equipamento ¢ apenas uma parte do processo de medigao. © dono do processo deve saber como usa-lo corretamente © como analisar € interpretar os resultados. A geréncia deve, portanto fornecer definigdes operacionais claras e padres, bem como treinamento e apoio. © dono do processo tem, por sua vez, a obrigagiio de monitorar e controlar 0 processo de medigao de modo a garantir estabilidade & resultados corretos, que inclui uma completa visto da andlise dos sistemas de medig’o — 0 estudo do dispositive de medigao, 0 procedimento, 0 ustiirio, € 0 ambiente; ow seja, as condigdes normais de operagao. Um sistema ideal de medigdo produz somente mediges “corretas” a cada vez que é usado. Cada medigao sempre vai concordar com um padrao® . Um sistema de medigao que produz medigdes como este, seri denominado como tendo as seguintes propriedades estatisticas: variameia zeto, tendéneia zero, e probabilidade nula de classificar erroneamente qualquet produto medido. Infelizmente, sistemas de medigao com tais propriedades estatisticas tio desejiveis raramente existem, e, portanto, os gerentes do processo so geralmente forgados a usar sistemas de medi¢dio com propriedades estatisticas: menos desejiveis. A qualidade de um sistema de medigdo & geralmente determinada unicamente por propriedades estatisticas dos dados: que cle produz no decorrer do tempo, Outras proprivdades. tais como custo, lacilidade de uso, ete.. sao também. importantes. pois elas contribuem para que um. sistema de medigio seja totalmente desejivel. No entanto, sio as propricdades estatisticas dos dados produzidos que determinam a qualidade de sistema de medigao. Propricdades estatisticas que so mais importantes para um uso no so necessariamente as mais importantes propriedades para outro uso. Por exemplo, para alguns usos de uma miquina de mediga0 por coordenadas (CMM), as propriedades estatisticas mais importantes sfio "pequena" tendéncia ¢ varidncia, A CMM com esas propriedades ri gerar medigdes que estio "préximas” dos valores certificados de padrdes rastredveis. Os dados obtidos a partir de uma maquina desse tipo podem ser muito iteis para analisar um processo de fabricagao. Mas, ndo importa 0 quao "pequena" a tendéncia e a variineia da CMM pode ser, 0 sistema de medicio que utiliza o CMM pode set ineapaz de realizar uma discriminacio aceitvel entre produtos bons & ruins por causa das fontes adicionais de variagao introduzidas por outros elementos ilo sistema de medigio. pla schre a quest das normias Veja Ont of the Crisis. W. Exwands Deming, 82, 1986, 279-281 14 execs rnerwri lo - Seco B O Processo de Medigtio A geténcia tem a responsabilidade de identificar as propriedades estatisticas que so as mais importantes para o uso definitive dos dados. A geréncia também € responsavel por garantir que as propriedades serdio usadas como base para a selegiio de um sistema de medig&o. Para conseguir isso, as definigées operacionais das propriedades estatisticas, bem como os métodos aceitiveis de mensuragao, sfio necessarias. Embora cada sistema de medigdo possa ter diferentes propriedades estatisticas, existem certas propriedades fundamentais que definem um "bom" sistema de medicio. Estes incluem: 1) Discriminago adequada e sensibilidade. Os incrementos da medigdo devem ser pequenos em relagdo a variagio do processo out os limites de especificagio para o propésito de medig&o. A tradicionalmente conhecida Regra dos Dez, ou Regra 10 para 1, estabelece que a discriminacao do instrumento deva ser a divisio da tolerdncia (ou variagio do processo) em dez partes ou mais Esta regra pritica foi proposta como um ponto de partida minimo para a selegdo de um dispositivo de medigao. 2) O sistema de medig&o deve estar sob controle estatistico’. Isto significa que, sob condigdes reproduziveis, a variagdo no sistema de medigao € devida somente a causas comuns ¢ nfo devida a causas especiais. [sso pode ser descrito como estabilidade estatistica e & melhor avatiada por métodos grificos. 3) Para o controle do produto, a variabilidade do sistema de medi deve ser pequena quando comparada com os limites de especificagiio. Avaliar o sistema de mediciio com a tolerdncia da caraeteristica do produto. Jo 4) Para o controte do proceso. a variabilidade do sistema de medigio deve demonstrar uma resolugdo eficaz © ser pequena qui 10 do processo de produgao Avaliar 0 sistema de medigdo com a variagio G-sigma do processo ¢ / ou variagiio total do estudo de MSA. nde comparada com a variagd As propriedades estatisticas do sistema de medigao podem mudar como itens a serem medidos variam. Se assim for, entdo a maior (pier) variag istema de medigdo & pequena em rela processo ou os limites de especifivagio. 9 a0 que for menor, « variag! Fontes de Variagao Similar a todos os processos, 0 sistema de medig&o é impactado por ambas as fontes de variagio, aleatrias e sistemiticas. Estas fontes de variagio sfo devidas a causas comuns ¢ especiais. Para controlar a variagio do sistema de medigio: 1). Kdentificar as fontes de variagdo potenciais, 2) Eliminar (sempre que possivel) ou monitorar estas lontes de variagtio, * o anatsa de medio dove sempre considera sgnticincia prea e estas 15 Capitulo I~ Segiio B (0 Provesso de Medigio Ss Ww 1 P E Padraio Pega Instrumento Pessoa / Procedimento Ambiente Embora as causas especificas dependam da situagao, algumas fomes de variagao tipicas podem ser identificadas, Existem varios métodos de apresentagiio e categorizagao dessas fontes de variagao, tais como dingrama de causa e efeito, diagrama da arvore de falhas, etc., mas as diretrizes apresentadas aqui focam sobre os principais elementos de um sistema de medigao. O acrénimo SWIPE’ é utilizado para representar os seis elementos essenciais de um sistema de medig%io genérico para garantir a realizacao dos objetivos requeridos. S.W.LP.E significa Padrio, Pega, Instrumento, Pessoas / Procedimento e Ambiente de trabalho. Isso pode ser considerado como um modelo de erro para sistema de mediggo completo . Fatores que afetam estas seis areas precisam ser compreendidos assim, eles poder ser controlados ou eliminados A figura LB 1 mostra um diagrama de causa e efeito contendo algumas fontes potenciais de variagao. Desde que as fontes de variagdo reais afetem um sistema de medicao especifico, elas serao Ainicas daquele sistema, esta figura € apresentada como uma ideia inicial para o desenvolvimento das fontes de variagio de um sistema de medigio. Este aerdnimo fot originalmente descnvolvide pela Sea. Mary Hoskins, una metrolagista assoctats da Honeywell, i Whim teology Lab e da Bendix Corporation * Veja o Apendice F para um medelo de er altematt0, P.S.MLO.E.A, 16 (openeny) Capitulo 1 - Segtio B © Processo de Medio ojewjpu9yue : _- epmpe a A oueweusen“ D\,_/* soweuypecoid i a eouquedie sensi socuped apey euojsevade ovsiuyep sagseyuul| oweweuea ~ ouguedxe oeSIpalN ap eutaysi: Op apepiiqelen cerns / avepuuohin 3 bipaw ered enaid 9p sodioo ‘0p5}poW op sojuod. se op ogdinjod awuaiqiy ejuiouobie * esmesedwioy ogsuey Ee squoique ‘sa ogsped soo a ae +” Bars op Seideuoduos “opiezyenbo opdeiqia va, sousvodinos . Y ouie ct) wanup opsuedss * comm” 10s WORN eouowoas ose iqneduoo “owsped 4 seanseje sopepaudoss tal SPEPI|IGEOSEL . ¢_——._ e>ws9y oesuedxe ap j900 jeuopersdo §— endo ejowoas opSeiqies opd.uyop epepiiqeise epougysistion Jf jade ep seons}ie}2es29 fone . oxsewiren sp soinye—— f/* sopenbepe sopep i seapste sapspeniad aa “ . a erawo9s pecs" A * eouapus, \ NS “ — \\cebnasucs ep | ogdn: r ones we ‘Zaysngos ecoeoaall| ogonysuoo = ezeduil| ow esbew eORSPS opSeUOJep ojafoid sn eved sessed \ oponnsuos eu ORSEHEA sepeUoIoR/LO|U! ; seoysisejoee9 edad usa e Efeito io — Diagrama de Figura [-B 2: Variabilidade do Sistema de Medic: 17 Capitulo | -Seqi0 B 0 Processo de Medigto Qs Efeitos da Variabilidade do Sistema de Medigao Efeitos nas Decisées Em razfo do sistema de medigao poder ser afetado por varias fontes de variagio, leituras repetidas feitas sobre uma mesma pega nao produzem um mesmo ¢ idéntico resultado. As leituras variam umas das outras devido as causas comuns e especiais. Os efeitos das varias fontes de variagaio sobre o sistema de medigao devem ser avaliados tanto no decorrer de um curto quanto de um longo periodo de tempo, A capabilidade do sistema de medigdo é 0 erro (aleatério) do sistema de medigao no decorrer de um curto periodo de tempo. £ a combinagio de erros quantificados pela linearidade, uniformidade, repetitividade e reprodutibilidade. O desenpenho do sistema de medi¢do, assim como 0 desempenho do processo, é 0 efvito de todas as fontes de variagio no decorrer do tempo. Isto é aleangado pela determinagaio de que 0 nosso processo esta sob controle estatistico (isto é, estivel e consistente; variagaio devida somente as causas comuns), no objetivo (nenhuma tendéncia), € tem uma variago aceitavel (repetitividade e reprodutibilidade do dispositive de medigao ~ R&R) em relagiio & amplitude de resultados esperados. Isto adiciona estabilidade e consisténcia na capabilidade do sistema de medigio, Em razao da saida do sistema de medigao ser ulilizada na tomada de decisio sobre 0 produto € processo, © efeito cumulative de todas as fontes de variagao € frequentemente chamado de erro do sistema de medigéo, ou algumas vezes apenas “erro™, Apés « medigdo de uma pega, uma das determinar a situa agdes que pode ser tomada & 10 em que se enconitra, Historicamente, determina se se a pega é aceitivel (dentro (ka espeeilicagtio) ou inaceitivel (Fora dy especificagdio}. Outro cendrio conum & a classificagdo das pegas ‘em calegorias especiticas (exemplo: tamanhos ile pistao. o restante desta discusstio, a titulo de exemple. serio ustdas dus Ni do restringe a aplieayao p: de situa o erwin”) © dentro da a outras atividades: >: fora da especif Jo (“boa”). [slo de eategorizayao. Outras classificagdes podem ser: retrabalhar, recuperar, ou sucatear Segundo a filosofia de controle do proto, esta atividade de classificagiio é a principal razdo para se medir uma pega. Porém, com a filosofia de controle do proceso, o interesse esti focado em saber se a variagao da pega é devida a existéncia de causas comuns ou de causas especiais no processo. i Interesse A peca silua-se numa categoria Controle do Prodito ay specifica A variagio do processo € estivel © Controle do Processo avel cesse | accitavel? ‘Tabela I-B 2: Filosol de Controle e Diregao do Interesse Efeito nas decisées de Produto Capitulo | - Sego B © Processo de Me A seco seguinte trata do efeito resultante do erro de medig&o na decisao sobre 0 produto. Depois desta, ha outra segao que aborda 0 impacto do erro dé medigo nas decisdes sobre 0 proceso. Para melhor entender 0 efeito do erro do sistema de medigiio nas decisdes sobre 0 produto, consideremos 0 caso onde toda a variabilidade de miltiplas leituras de uma nica pega é devida a repetitividade e reprodutibilidade do dispositive de medigao. Isto significa que 0 proceso de medigao esta sob controle estatistico tem tendéncia zero. Uma decisto errada algumas vezes poderd ser tomada sempre que qualquer pega da distribuigao de medigo mencionada ultrapassar um limite de especificagao. Por exemplo, uma pega boa as vezes sera chamada de “raim” (erro tipo I, risco do produtor ou alarme falso) se: LIE E, uma pega ruim as vezes sera chamada de “boa” (erro tipo IL, risco do cliente ou taxa de fathas) se: LIE LSE ou NOTA: Taxa de alarme falso + Taxa de filha = Tava de erro, RISCO & a chance de tomar uma decisto que seri prejudicial para um individuo ou processo Ou seja, com relagdo aos limites da especificagdo, 0 potencial de se tomar uma decistio errada sobre uma pega existe apenas quando o erro do sistema de medigio cruza tais limites. Isto determina trés reas distintas 19 Capitulo I~ Segio B © Processo de Medigio Efeito nas decisées do Processo UE Objetve onde: 1 Pecas ruins serio sempre chamadas de ruins II Potencial decisio errada pode ser tomada IIL Pegas boas serio sempre chamadas de boas Uma vez que a meta ¢ maximizar as decisoes CORRETAS a respeito da situagiio do produto, existe duas opgde 1) Melhorar 0 processo de produgio: reduzir a variabilidade do processo de modo que nenhuma pega possa ser produzida ¢ pertenga ao If ou as areas “sombreadas” da figura acima. 2) Melhorar © sistema de medigao: reduzir 0 erro do sistema de medigo para diminuir o tamanho das areas tipo II de modo que todas as pegas produzidas caiam dentro da Area II, © assim minimizem o isco de tomar uma decisdo errada, Esta discussio assume que 0 proceso de medigaio esti sob controle estatistico e dentro do objetivo. Se qualquer uma destas premissas & violada entZo existe pouca confianga de que qualquer valor observado nos leve a uma decisia correta Com o controle do proceso, as seguintes necessidades devem ser estabelecidas: © Controle estatistico © Dentro do objetive © Variabilidade aceitivel Como explicado na segao anterior, 0 erro de medigdio pode provocat decisdes incorretas sobre o produto. O impacto sobre as decisdes do processo seria o seguinte: © Chamar uma causa comum de causa especial © Chamar uma causa especial de causa comum A variabilidade do sistema de medico pode afetar a decistio referente A estabilidade, objetivo, e variagfio de um processo. A relagdo basica entre a variago do processo observada ¢ a real é: 20 * Embora nesta diseussotenha sido sad o ind Veja 0 Apendice B para formulas v grifiews Capitulo { - Seggo B © Processo de Medigao Feat Pras onde: varidncia do processo observada varidincia do processo real CPs = varidcia do sistema de medigao O indice’ de capabilidade Cp é detinido como Cp = Amplitude da Tolerdneia és A relagiio entre 0 indice Cp da observagiio do proceso € 0 indice do proceso real ¢ 0 sistema de medigdo ¢ derivado da substituigao na equagio por Cp dentro da equagao de varifncia observada mencionada: (Cpy eas (Cpy “rat + (CP) “a Assumindo que 0 sistema de medigio esti sob controle estatistico dentro do objetivo, 0 Cp real do processo pode ser comparado graficamente ao Cp" observado, Entio, a capabilidade observada do processo é uma combinagZio da capabilidade real do provesso mais a variag%o devida ao processo de medigio. Para alcangar uma meta de capabilidade do. processo especitica, & necessario decompor a variagao da medigio. Por exemplo, se o indice Cj» do sistema de medigao for 2. © provesso real ird requerer o indice de Cp maior ou igual a 1.79 a fim de que © indice ealeulado (observa) seja 1.33. Seo indice Cp do sistema de medigio fosse 1.33. 0 processo teria que apresentar variagio nula para que o resultado final (observado) losse 1,33 — uma situagio claramente impossivel. lados so tombs vilidlos para 0 indige de desempenko Fp, Capitulo f - Sega0 B 0 Processo dle Medi Aceitagao de um Novo Processo Nesta discussio supse-se mio existira varie da Quando um novo processo como os de usinagem, de produgio, de cstamparia, de manuseio de material, de tratamento térmico, ou de montagem é adquirido, frequentemente uma série de passos deve ser executada como parte da aceitag’io do mesmo. Muitas vezes isto envolve alguns estudos do equipamento feitos nas instalagdes do fornecedor, e depois nas instalagdes do cliente, Se o sistema de medigio utilizado em qualquer destas instalagdes niio for consistente com o sistema de medigéio que seré utilizado em condiges normais uma confusto pode ocorrer. A situagio mais comum envolvendo 0 uso de diferentes instrumentos é 0 caso onde 0 instrumento utilizado pelo fornecedor tem uma discriminagao inais alta do que o instrumento da produsao (dispositive de medigio). Por exemplo, pegas medidas com uma maquina de medigio por coordenadas durante as atividades de aceitagio, e depois com um dispositive de medi¢io de altura durante a produgtio; amostras medidas (pesadas) com uma balanga eletrnica ou balanga mecinica de laboratério durante a aceitagao, ¢ depois, numa balanga mecdnica simples durante a produgio. No caso onde o sistema de medigao (superior), usado durante a aceitagdo, tem um R&R de 10%, ¢ o Cp real do processo for 2,0, entio o Cp observado do processo durante a aceitagiio sera 1,96" Variagao da peca produzida Variagao da CMM Quando este processo ¢ estudado na produgie con um dispositive de medigito. da produgiio, mais variagdo (isto & menor Cp) seta observada, Por exemplo, se 0 R&R do dispositive de medigao da producio for 30% © o Cp real do processo ainda € 2,0, entio o Cp observado do processo seri 1,71 Um cenario pior seria se o dispositivo de medigio da produgaw wo foi qualificado, mas é utilizado. Se 0 R&R do sistema de medigao é realmente 60% (mas de fato niio é conhecido), entao 0 Cp observado do processo seria 1,28. A diferenga no Cp observado de 1,96 para 1,28 € devido aos diferentes sistemas de medigio. Sem este conhecimento, esforgos serio despendidos em vio, procurando ver o ‘que ocorreu de errado com 0 novo processo. ost, Na realidad 1,96 & ovalor exper 22 ulo, mas o res real varia em torno dele, Variagao real do processa Variag3o observada do processo Capitulo | - Segio B © Processo de Medigiio Variacao do dispositive de medigao da producao < Setup / Controle do Processo (Experimento do Funil) Frequentemente as operagdes de manufatura utilizam uma tnica pega no inicio do dia para verificar se 0 processo esti no objetivo. Se a pega medida esta fora do objetivo, o processo é ajustado. Mais tarde, em alguns casos, outra peca & medida e novamente o processo pode ser ajustado. O Dr. Deming refere-se a este tipo de medi de decistio como uma manipulacao imprdpria (tampering). Considere a situagdio em que o peso da camada de metal precioso sobre uma peca é controlado contra um objetivo de 5,00 gramas Suponha que os resultados da balanga usada para determinar 0 peso variam + 0,20 gramas, mas isto é desconhecido pois a anilise do sistema de medicdo nunca foi realizada. A instrugio de operagio solicita ao operador verificar peso no setup e a cada hora baseada em uma amostta. Se 0 resultado estiver fora do intervalo 4,90 a 5,10 gramas, 0 operador realiza o setup do processo outra vez. No setup, suponha que © processo esteja operando a 4,95 gramas, mas devido ao erro de medigao 0 operador observa 4,85 gramas. De acordo com as instrugdes 0 operador tenta ajustar 0 proceso incrementando 0,15 gramas. Agora o processo passa a operar com um objetivo de 5.10 gramas. Quando © operador verifica 0 setup desta vez encontra 5,08 gramas ¢, portanto © processo & permitido prosseguir. O super ajuste do processo lhe adicionow variagdo © continuard a fazer isto. Este & um exemplo do experiment do funil que © Dr. Deming uso para deserever os eleitos da manipulagde imprépria”, O erro de medigdo somente agrava 0 problema. As quatro regras do experimento do funil sao: Regra 1: Nao faga ajustes ou ndo tome agdes, a menos que 0 proce seja instavel. Regra 2: Ajuste o processo em igual quantidade ¢ em diregaio oposta de onde o processo estava na iiltima medigao feita Regra 3: Reinicializar o processo ao objetivo, Em seguida ajustar 0 processo em igual quantidade e em diregao oposta ao objetivo, Regra 4; Ajustar o proceso para o ponto da titima medigao, A instrugio de sezup para o processo do metal precioso é um exemplo da regra 3. Regras 2, 3, e 4 adicionam progressivamente mais variagio. A regra 1 é a melhor escolha para produzir a minima variagio, FEduards, Our of the Criss, Massachusetts Instinte of Technology, 1982, 1986 23 Capitulo | - Sedo B O Processo de Medigo Outros exemplos do experimento do funil so: * Recalibragtio de dispositivos de medigio baseados em limites arbitrérios — isto é, limites que nao refletem a variabilidade do sistema de medigao. (Regra 3) + Reajustar o processo de controle do sistema de medigio apés um nimero arbitrario de usos, sem qualquer sinal ow historia de mudangas (causa especial). (Regra 3) + Auto-compensagao ~ ajusta-se 0 processo baseando-se na ultima pega produzida. (Regra 2) * Treinamento no local de trabalho (OJT) onde o operador A treina o operador B, que treina 0 operador C... sem material de treinamento padronizado. Isto é similar a0 jogo de “transmitir verbalmente uma historia de uma pessoa para outra, © ao longo do tempo, para varias pessoas”. (Regra 4) + Pegas stio medidas, encontrados valores fora do objetivo, mas quando projetados numa carta de controle 0 processo se mostra estivel — por isso, nenhuma agio é tomada. (Regra 1) gee 2 SE 24 Segao C Capitulo 1 Sogo Estratégia e Planejamento da Medigao Estratégia e Planejamento da Medigao Complexidade © planejamento & muito importante antes de projetar e comprar equipamentos ou sistemas de medigiio. Muitas decises tomadas durante © estigio de planejamento poderio afetar a definigio ¢ selego do equipamento de medigiio. Qual & o propésito © como os resultados da medigiio sero usados? © estigio de planejamento define o rumo a seguir e tem um efeito significative sobre como 0 proceso de medigao vai operar e mais, pode reduzir possiveis problemas ¢ erros de medigao no futuro, Em certos casos, devido ao risco envolvido no componente a ser medido, ou por causa do custo ¢ da complexidade do dispositive de medigao, 0 cliente OEM poder usar 0 processo do APQP € seu comité para decidir sobre a estratégia de medigao no fornecedor. Nem todas as caracteristicas do produto e do processo necessitam sistemas de medigao cujo desenvolvimento inclua este tipo de andlise minuciosa. Instrumentos de medi¢do padrdo simples como micrometros ou paquimetros, podem nio requerer uma estratégia © um planejamento to profundo, Uma regra pratica é verificar se a cara a ser medida no componente ou subsistema esti identificada no plano de controle ou & importante para determinar a aceitago do produto ou proceso, Outra orientagdo deve ser o nivel de tolerdncia atribuida para uma dimensao especifica. O bom-senso é © guia em qualquer caso. O tipo. complexidad € 0 propdsito de um sistema de medi podem direcionar varios niveis do programa de gerenciamento, planejamento estratégico, andlise de sistema de medi consideragzio especial para a selegio, avaliagio ¢ controle da medigiio, Os instrumentos e dispositivos de medigao simples (isto é balangas, trena, calibradores, dispositivos por siributos) podem no necessitar 0 mesmo nivel de gerenciamento, planejamento, ou mais complexa ou critica da demanda do sistema de medigao (isto & padrdes ou referéncias, CMM, bancada de teste, dispositivos de medigdo automética na linha de produgao, etc.). Qualquer sistema de medigao pode requerer mais ou menos planejamento estratégico © andlise minuciosa dependendo do produto considerado ou da situagio do proceso. A decisio quanto ao nivel apropriado deve ser deixada para a equipe de APQP atribuida para o processo de medig: cliente. O atual grau de envolvimento ou o nivel de implantagio em muitas das atividades abaixo devem direcionar para um sistema de medigiio particular, consideragdes de dispositivos de controle auxiliares ¢ sistema de calibrago, profundo conhecimento do ‘processo, ¢ pelo bom senso. ie, ou outta wv Capitulo 1 Sega C statégia © Plangjamento da Medio. \dentificando o Proposito do Processo de Medigao Ciclo de Vidada Medigao Critérios para a Selegao de um Projeto de Processo de Medicao O primeiro passo € estabelecer o propésito da medigio e como os resultados serio utilizados. Uma equipe multifuncional organizada antecipadamente no desenvolvimento do proceso de medigaio é fundamental para realizar essa atividade. Consideragies espectficas devem ser feitas em relagiio as auditorias, controle de processo, desenvolvimento do produto / proceso, e 4 andlise do “Ciclo de Vida da Medi O conceito de Ciclo de Vida da Medigio expressa a confianga de que os métodos de medigo podem mudar ao longo do tempo assim como se aprende e melhora 0 processo. Por exemplo, a medigiio pode iniciar numa caracteristica do produto para estabelecer a estabilidade © capabilidade do processo. Isto pode conduzir ao entendimento das caracteristicas de controle criticas do proceso que diretamente afetam as caracteristicas da pega. A dependéncia de informagées dle caracteristica da pega toma-se menor e 0 plano de amostragem reduzido para representar esse entendimento (amostra de cinco pegas por hora para uma pega por turno). Além disso, 0 método de medigio pode mudar de uma mediggio CMM para algum tipo de dispositivo de medigtio por atributos. Eventualmente pode-se descobrir que monitorar poucas pegas pode ser necessirio desde que o processo seja mantido ou medido © © monitoramente da manutengio e ferramentaria pode ser necessario. O nivel de medigdo acompanha o nivel de entendimento do processo. Muitas das medigdes © monitoramentos podem eventualmente ser transferidas aos fornecedores do material recebido. A mesma medigao, na mesma caracteristica, na mesma area do processo durante muito tempo é evidéncia da falta de aprendizado ow de um proceso de medieao estagnado, Antes de um sit ma de medigao ser comprado. um detalhamento lo conceito de engenharia do processo de medigio & descnvalvido. Utilizando © propésito avima deserito, uma equipe multifuncional um plano os principios basicos para o sistema de medigdo requerido pelo projeto. Eis algumas direttizes: desenvolver A equipe necessita avaliar o projeto do subsistema ou do componente/peca ¢ identificar suas caracteristicas importantes. Estas so baseadas nos requisitos dos clicntes e a funcionalidade do subsistema ou do componente/peca do sistema total. Se as dimensdes importantes j4 foram identificadas, avaliar a capacidade para medir tais caracteristicas. Por exemplo, se a caracteristiea importante de um componente de plistico moldado por injecZo situa-se na linha de separagiio do molde, a verificagiio dimensional dificultada e a variagtio da medigao sera alta, Um método para detectar situagdes similares a estas, seria 0 uso do FMEA de processos para analisar as reas de risco no projeto do dispositive de medigao quanto & sua capacidade de medir a pec: quanto & funcionalidade do dispositive de medigao (FMEA de projeto e de processo). Isto auxiliaria 0 desenvolvimento do plano de manutengao € ealibragdo. Desenvolver um fluxograma mostrando as fases eriticas do processo ha manufatura ou na montagem da pega ou subsistema. {dentificar entradas chave e saidas de cada fase do processo. Isto auxiliar’ no desenvolvimento de critérios para o equipamento de med requisitos aletados pela sua localizagaio no proceso, 26 * tto pode ser considerado us ls ‘Veja Guide ro Quality Comirnl, Kar Isbikaw Capitulo I~ Sesto C Estratégin e Planejamento da Medigao Desta investigagilo resultard um plano de medigtio e uma lista de tipos de medigao”. Para sistemas de medig’io complexos deve ser feito um fluxograma do processo de medigao. Isso inclui a entrega da pega ou subsistema gue esti sendo medida, a medida em si, e 0 retorno da pega ou subsistema ao processo. Em seguida utilizar algum método de brainstorming com a equi para desenvolver os critérios gerais para cada medigZo requerida. Um método simples para se utilizar é o diagrama de causa efeito'’. Veja © exemplo da Figura [-B 1 como uma ideia preliminar. Algumas questées adicionais a serem consideradas em relagiio ao planejamento da medicio: * Quem deve patticipar na andlise das “necessidades”? O fluxograma e a discussiio inicial facilitario a identificagdo das pessoas-chave. * Por que a medigfio sera feita e como ela sera utilizada? Os dados utilizados para controle, _classificagao, Gualificagdo, etc.? A maneira como a medigo sera utilizada pode mudar o nivel de sensibilidade do sistema de medigao. * Qual nivel de sensibilidade seri necessirio? Qual € a especificagio do produto? Qual é a variabilidade esperada do processo? Quanto da diferenga entre peas, 0 dispositivo de medigdo necessita para detectar? © Que tipos de informagdes sero fornecidas juntamente com 0 dispositivo de medigtio (exemplos: manuais ~ operagao, manutengdo, etc.) ¢ quais habilidades basicas do operador sto nevessirias? Quem ird realizar 0 treinamento? © Como as medigdes serio feitas? Serio ieitas manvalmente. numa esteira rolante. fora da linha de produgdo, automaticamente, ete? A lovalizagao ma pega e a fixagio sto possiveis lontes de variagdo Contato ou sem contato? © Como as medigées serao calibradas e serio comparadas com outros processos de Quem serio responsivel pelos padrées de calibra * Quando e onde as medigdes serio feitas? Sera que a pega esti limpa, oleada, aquecida, ete.? comuns estar seguro e coletar dados baseadas em informagdes erradas e ter um sistema que ndo é robusto para as questdes ambienta Lembre-se de utilizar dados obtidos_ para comprovar as pren relativas ao processo de medigao, E melhor sobre o ambiente, em vez de tomar decisis plano de controle preliminae publieado pela Asian Prosctivity Organization, 1986, 27 Capitulo f- Segio © Esiratégiae Planejamento da Medigao Pesquisa de Métodos de Processo de Medigao por Variaveis Desenvolvimento e Projeto de Conceitos e Propostas Métodos de medio atuais devem ser pesquisados antes de se investir em novos equipamentos, Métodos de medig’o comprovados podem fornecer uma operagio mais contiavel. Onde for possivel, utilize um equipamento de medigao que tenha registros comprovados Consulte “Tépicos Sugeridos a incluir numa lista de verificag3o para © Desenvolvimento de um Sistema de Medigéio” ao final do Capitulo I Segdo D, quando desenvolver e projetar conceitos e propostas. Durante e apés a fabricago do equipamento de medigio ¢ 0 desenvolvimento do processo de medigio (inétodos, treinamento, documentagio, etc.), estudos experimentais e atividades de coleta de dados serao realizados. Estes estudos ¢ os dados sero utilizados para compreender esse processo de medigo para que este proceso futuros processos possam ser melhorados. i Segao D Capitulo 1 Segio © Desenvolvimento das Fontes de Medigio Desenvolvimento das Fontes de Medigéo PROCESSO DE MEDICA Veja Capitulo 1, Sosa B Esta segtio aborda a cotagZo/aquisi¢ao do prazo de vida de um proceso de medigao. Foi elaborada para ser uma discusso independente sobre 0 processo de desenvolvimento de um pacote de cotagiio para um proceso de medi¢io, obtendo respostas para este pacote, decidindo o projeto, completando desenho final, desenvolvendo 0 processo de medigio, e, finalmente, unindo o processo de medigiio ao processo de produgdo para © qual foi criado, fortemente recomendado que este capitulo nao seja utilizado sem ler e entender totalmente a discusstio sobre um processo de medigao. Para abter 0 maximo de beneficio do processo de medigiio, estude e aborde ele como um processo com entradas e saidas!’. Este capitulo foi escrito tendo-se em mente a filosofia do trabalho em equipe. Nao ¢ uma descricdo de trabalho para © comprador ou ao agente de compras. As atividades descritas aqui necessitario do envolvimento de uma equipe para que sejam realizadas com sucesso e devem ser administradas dentro da estrutura gerai de trabalho de uma equipe de Planejamento Avangado da Qualidade do Produto (APQP). Isto poderé resultar ent saudavel interagZo entre as varias fung®es que compéem a equipe — os conceitos surgidos durante 0 processo de planejamento poderdio ser modificados antes que o fornecedor do dispositive de medig%o finalize 0 projeto que satisfaga os requisitos do sistema de medigao, Geralmente, 0 “processo de aquisigiio” comega com uma comunicagiio formal entre o cliente © © fornecedor a respeito cle um determinado projeto. A comunicago antecipada ¢ decisiva para o sucesso do projeto, pois o alicerce necessario para um efetivo relacionamento futuro entre 0 cliente ¢ © fornecedor sera Feito neste estigio. O processo tle aquist comega com a apresenta Jo formal do cliente sobre a intengio do projeto. na forma de Requisigzo de Cotagio (RFQ). seguido da explicagao formal do fornecedor sobre a sua proposta para atender tal intengdo (a CotagHo). O cliente e o(s) fornecedor(es) necessitam compreender minuciosamente os requisitos do projeto, que ito entregar, € os métodos pelos quais ambos irio alcangé-los. Este entendimento & derivado da comunicagao exata ¢ em tempo habil entre as duas partes. Uma vez que o conceito foi acordado ¢ o relacionamento entre 0 cliente e © fornecedor foi estabelecido para o projeto em pauta, o detalhamento do piojeto, a fabricagzo do processo de medigio, ¢ as atividades de desenvolvimento podem comegar. A comunicagio entre o cliente e o fomecedor neste moments é de grande importancia. Uma vez que podem haver varios niveis de aprovago do conceito a serem seguidos, possiveis midangas ambientais ¢ o potencial de mudanga de membros da equipe, o projeto do processo de medigio poderd atrasar ou mesmo falhar. Este risco sera reduzido se uma frequente e detalhada comunicag’io for mantida e documentada entre 0 cliente e o fornecedor, e uma pessoa formalmente responsavel por manter tal comunicagio por ambas as partes for designada, © forum ideal, © o formato desta atividade € 0 processo de Planejamento Avangado da Qualidade do Produto (APQP). 29 Capitulo I= Sega0 D Desenvolvimento das Fontes de Medigio Coordenagao do Datum Apés © processo de medigio ter sido conceitualmente projetado, as atividades que envolvem a aquisigtio do processo/sistema podem comegar. Idealmente, a0 prevalecer o atual uso do. Dimensionamento Geoméirico € de Tolerincias (GD&T), os datums necessitam ser coordenados (isto é, obtidos de forma similar) a0 longo do proceso de manufatura e do sistema de mediglio e isto necesita ser estabelecido bem no inicio do proceso APQP. A responsabilidade inicial por esta atividade pode ficar com 0 engenheiro projetista do produto, com o controle dimensional, etc., dependendo do tipo de organizagdo. Quando o datum nos desenhos nao corresponde ao Iongo de um processo de manufatura, particularmente nos sistemas de medigo, isso leva a uma situagdo onde coisas erradas podem ser medidas, ¢ como consequéncia, poderio advir problemas de ajuste, eic., levando a um controle clo processo de manufatura nao efetivo. Pode haver momentos onde o desenho datum utilizado na montagem final possivelmente nao corresponda ao que & utilizado no processo de fabricagdo do sub-componente. Quando este for o caso, tal condigo devera ser estabelecida to logo quanto possivel no processo APQP, e assim, todos os membros da equipe entenderdo as possiveis dificuldades e conflitos que surgirio a frente, © terdo varias oportunidades de fazer algo sobre isto. Durante este processo, diferentes desenhos datum podem ser necessarios para andlise a fim de compreender o impacto dessas diferengas, Certos produtos ou materiais apresentam caracteristicas que geram. mais problemas do que outras, tais como a centralizagao do eixo- comando. ov outras caraeteristicas circulares, cilindricas ou tubulares. Por exemplo, um eixo-comando deve ser [abricado entre centros, mas as caracteristicas importantes do produto estio em seus lébulos (ressaltos). Um método ou desenho datum poderd ser nevessario para a fabricacio considerande que out desenho seta necessirio para a iL. medigao do produto Capitulo 1 Sepio D Desenvolvimento das Fontes de Medig ré-requisitos & Antes de se discutir sobre o desenvolvimento do fornecedor de um Premissas dispositivo de medigao, deve-se assumir que questées como, “correto” projeto de engenharia do produto (GD&T), © “correto” projeto do processo (0 qual permite a medigdo em tempo e no local apropriado) j4 tenham sido resolvidas. Entretanto, isto nao deve diminuir a importincia de considerar estas questdes pelos membros apropriados da equipe logo no inicio do proceso APQP. Assume-se que 0 fomecedor do dispositi se envolvera com 0 processo APQP, uma abordagem em equipe. O fornecedor do dispositive de medigo desenvolver’ uma avaliagao clara do proceso global de produgao e da utilizagao do produto, portanto o seu papel na equipe sera compreendido nao s6 por ele, mas também pelos outros membros (manufatura, qualidade, engenharia, etc.). Podera ocorrer uma pequena sobreposigo em algumas atividades ou na sequéncia daquelas atividades dependendo do particular programa/projeto ou de outras restrigdes. Por exemplo, a equipe APQP sem muitas entradas de um fornecedor de dispositive de medigdo, podera desenvolver certos conceitos de dispositivos. Outros conceitos exigirio a experiéncia e 0 conhecimento do fornecedor do dispositivo de medigao. Isto pode ser decorrente da complexidade do sistema de medigdo € da decistio da equipe sobre aquilo que faz sentido. PROCESSO DE SELECAO DE FORNECEDOR DE DISPOSITIVO DE MEDIGAO Desenvolvimento de um Pacote de Cotagao Conceitode Antes que a solicitagdio de cotagao de um processo de medigdo possa Engenharia ser enviada ao fornecedor em potencial para que este gere propostas Detalhado formais, € necessirio desenvolver detalhadamente © conceito de engenharia do processo de medigao. A equipe de pessoas que ira utilizar e sera responsive! pela manutengdio e melhoria continua do processo de medigio tem responsabilidade direta de desenvolver o conceito detalhado. Isto pode ser uma parte da equipe APQP, Para desenvolver melhor este conceito varias questées necessitam ser respondida: A equipe poder pesquisar varias questées para auxiliar a decisio de qual dirego ou caminho seri seguido, para projetar o processo de medigao, Algumas podem ser impostas ou fortemente subentendidas pelo projeto do produto. Exemplos das iniimeras questdes possiveis que necessitam ser abordadas pela equipe quando desenvolver este conceito de engenharia detalhado pode ser encontrado no “Checklist Tépicos Sugeridos para o Desenvolvimento de um Sistema de Mediga0” ao final desta segao. 31 Capitulo I= Segio D Desenvolvimento das Fontes de Medigao Consideragées sobre a Manutencgao Preventiva Especificagées Muitas vezes, os clientes confiam muito fortemente nos fornecedores para as solugdes. Antes que um cliente pega para um fornecedor sugerir as soluedes dos problemas do proceso, a base € a intencdo do processo necessitam ser completamente entendidas € antecipadas pela equipe que gerencia aquele processo. Apés isto, e somente apds isto, & que o proceso sera adequadamente utilizado, suportado, ¢ melhorado. Quais as atividades que devem ser programadas para a manutengio preventiva (exemplos: lubrificagio, andlise de vibracZo, comprovacaio de integridade, substituigdo de pegas, etc.)? Muitas destas atividades io depender da complexidade do sistema de medigao, dispositive ou instrumento. Dispositivos de medigao simples requerem apenas uma inspeco a intervalos regulares, enquanto sistemas mais complexos podem requerer anéli tatisticas detalhadas continuas, ¢ uma equipe de engenheiros para manté-los de forma preditiva © planejamento das atividades de manutengao preventiva deve coineidir com 0 inicio do planejamento do proceso de medigao. Virias atividades, tais como: drenagem didria dos filtros de ar, lubrificago de rolamentos apés um determinado nimero de horas em operagao, etc., podem ser planejadas antes que o sistema de medigao esteja completamente construido, desenvolvido e implantado. De fato, isto ¢ preferivel e melhora 0 planejamento avangado do sistema de medigio © os custos, Os métodos de coletar dados e as recomendagdes de manutengio relacionadas a estas atividades podem ser obtidos do fabricante original, ou desenvolvidos pelo pessoal da engenharia de fabrica, manufatura ¢ qualidade. Apds 0 processo de medigdo estar implantado e em uso, dados pertinentes a fungzio do Proceso de medig‘o precisam ser coletados e plotados no decorrer do tempo. Métodos analiticos simples (cartas de controle, anilise de tendéncias) podem ser aplicados para se determinar a estabilidade do sistema. Eventualmente, conforme julgamento da estabilidade do sistema indicar, as rotinas de manutengio preventiva pod programadas adequadamente. Realizar manutengio preventiva em um sistema estavel. com base em inlormagdes obtidas ao passar do tempo, implic: 0 ser 4 em menos desperdicio do que prat nnicas tradicionais. 1 manutengiio preventiva em um sistema com té As especificagdes servem como diretrizes para ambos, 9 cliente e 0 fornecedor, no projeto e no processo de fabricagio. Tais diretrizes servem para comunicar os padrdes de aceitagiio. Padres de aceitagZo podem ser considerados em duas categorias: + Normas de Projeto * —Normas de Fabricagi Formatos de normas de projeto podem ser diferentes dependendo de quem esté pagando pelo projeto. Questées sobre custos podem afetar © formato. Geralmente € uma boa ideia ter os detalhes do projeto suficientemente documentados de modo que projeto possa ser abricado ou reparado conforme sua intengdo original por qualquer fabricante quatificado — contudo, esta decisio deve ser direcionada pelo custo e criticidade, Cotagées o4-mozeo i¢ao das omerdton APROVACAO Capitulo 1 Segao D Desenvolvimento das Fontes le Medigdo © formato requerido do projeto final pode ser algo em forma de Computer Assisted Design (CAD) ou cépias impressas de desenhos de engenharia, Isto pode envolver normas de engenharia selecionadas dentre aquelas do OEM, SAE, ASTM, ou outra organizagiio, ¢ 0 fornecedor do dispositivo de medigiio deve ter acesso ao tiltimo nivel € entender estas normas . © Fabricante do Equipamento Original (OEM) pode requerer o uso de normas particulares tanto na fase de projeto quanto na fase de fabricag’o, e pode também requerer aprovagdes formais antes do sistema de medigdo ser liberado para uso. Normas de projeto detalharaio o método de comunicagzio do projeto (CAD ~ por exemplo: CATIA, Unigraphics, IGES, manual em cépia impressa, ete.) ao fabricante. Isto pode também cobrir normas de desempenho para os sistemas de medic&o mais complexos ‘As normas de fabricagaio conterio as tolerdincias para as quais 0 sistema de medigio devera ser construido. A tolerancia de construgio deve ser baseada na combinago da capabilidade do proceso utilizado para produzir 0 dispositive de medig3o ou seus componentes, € a criticidade da medigao pretendida, A tolerancia de construcdo nao deve ser um mero percentual apenas da tolerancia do produto, Se dispositivos de fixagiio duplicados ou sistemas forem requeridos, um bom planejamento © a padronizagiio podertio levar a intercambialidade © a Hexibilidade. O uso de componentes padronizados ou subconjuntos também leva 4 intercambialidade, a Mexibilidade, custos reduzidos, ¢ geralmente, menor erro de medigaio ao longo do tempo. Quando as cotagdes so recebidas, a equipe deve se reunir para analisé-las ¢ avalid-las, Certos detalhes podem ser notados: (o atendidlos os requisitos basicos? ¥ Hé alguma preocupagtio pendente? Y Qualquer um dos fornecedores apresenta uma condigao excepcional? Por qué? (Lima condigdo excepcional poderia ser wma disparidade significativa com respeito ao prego ou prazo de entrega ~ isto ndo necessariamente & considerado um fator negativo ~ um fornecedor pode ter descoberto um detathe que os outros nao iperceberam) ¥ Os conceitos promovem a simplicidade e mantenabilidad Algumas vezes, na aquisigio de um processo de medigiio sua documentagdo € negligenciada. O significado que a documentagao tem em qualquer projeto bem sucedido é geralmente mal interpretado. A estratégia usual antes da documentagao € fornecer um conjunto original dos projetos mecinico e elétrico (CAD ou desenhos impressos) do equipamento do processo de medigao no momento de entrega. Isto pode satisfazer as exigéncias iniciais de implementa mas essa documentagiio nada faz em relagio aos pontos de desgaste potencial, no sugere possiveis areas-problema, nem descreve como utilizar © processo. Portanto, a documentagdo requerida para qualquer processo deve obrigatoriamente incluir muito mais que desenhos de montagem e desenhos de detalhes do equipamento de medigao bee) Capitulo I~ Sepio D Desenvolvimento das Fontes de Medio A documentagio efetiva para qualquer sistema tem o mesmo propésito que um bom mapa durante uma viagem. Por exemplo, a documentagdo sugere ao usuario como ir de um ponto a outro (instrugdes a0 usuario ou instrugdes de uso do dispositive de medig&o). Ela fornece ao usuario as rotas altemativas possiveis para chegar ao destino desejado (guia para resolver problemas, ou drvores de diagnéstico) se a rota principal estiver obstruida ou fechada Um pacote completo de documentagao pode incluir: * Conjunto reproduzivel de desenhos de montagem ¢ desenhos de detalhes mecnicos (CAD ou cépias em papel) (incluindo os padraes-mestre necessirios) software. * Lista das pegas de reposigao sugeridas de uso constante ou itens/ detalhes de desgaste. Esta lista deve incluir itens que podem exigir muito tempo para aquisigao. * Manuais de manutengaio com desenhos da maquina em cortes, além dos passos para montar e desmontar adequadamente os componentes da maquina, * Manuais que definem a necessidade de utilidades (ar comprimido, eletricidade, vapor d’Agua, gas, ete.) para serp e operagao, além de exigéncias para o transporte da miquina (exemplo: travamento dos maneais) + Arvores de diagnéstico e guia para resolver problemas # Relatérios de eertific: aplicavel), Jo (rastredvel até o NIST, onde for © Instrugées para calibragao, ® Manuais do usuario que possam ser _utilizados pelo pessoal de suporte técnica, pelo pessoal operador do sistema, € pelo pessoal de manutengao. A lista acima pode ser usada como uma lista de controle para se organizar um pacote de cotagdo: contudo ela ndio & necessariamente completa. Aqui 0 assunto principal ¢ a comunicagiio. Como a documentagiio & uma forma de comunicagdo, a equipe e outras pessoas devem se envolver em todos os niveis de desenvolvimento do pacote de documentago do processo dle medic: Jo, ~ Qualificagado no Fornecedor Expedic¢ao 2 Apindice D Capitulo {— Sega0 D Desenvolvimento das Fontes de Medigao O dispositivo de medig&o ou 0 sistema de medig&o deve ser submetido a um exame dimensional (layout) completo e a um teste funcional, quando aplicavel, nas instalagdes do fornecedor do sistema de medigao antes do ‘embarque para entrega. Obviamente, 0 fornecedor escolhido deve tet os equipamentos de mediga0 qualificados ¢ © pessoal disponivel em sua fabrica para realizar tudo isto. Em caso contrario, devem ser feitos acordos prévios para que este trabalho possa ser realizado externamente por um laboratério independente € qualificado. Os resultados do dimensional completo (layout) e/ou teste funcional devem ser feitos conforme estabelece o projeto do cliente © as normas de fabricagao e, ser completamente documentados e disponiveis para anilise do cliente, Apés a andlise dimensional ter sido completada com sucesso, 0 fomecedor deve realizar uma preliminar, porém formal, andlise do sistema de medigdo. Isto de novo, requer que o fornecedor tenha pessoal, conhecimento e experiéncia para realizar adequadamente a anilise. O cliente deve pré-estabelecer juntamente com o fomecedor (¢ talvez. com © fabricante do equipamento original - OEM) exatamente que tipo de andlise € requerido neste momento e deve estar ciente sobre quaisquer orientagSes que forecedor possa necessitar. Algumas questdes que podem necessitar de discussiio, negociaeao e acordo, sfo: * Objetivo do estudo preliminar de Andlise do Medigao (MSA): ¥ Repetitividade do dispositive de medig&o (R'*) versus repetitividade e reprodutibilidade (R&R) Y Avaliago da tendéncia e/ou linearidade ¥ Avaliagao do propésito do cliente para a medigzio, © Quantidade de pegas, medigdes ¢ operadores para realizar 0 estudo Y Critérios de aceitagao * Uso de pessoal do fomecedor versus uso de pessoal fornecido pelo cliente © Necessidades de treinamento do pessoal Y Eles es Y Bles entendem o objetivo? istema de Zo quialifi Y Qual software poderia ser usado? Quaisquer que si my 08, resultados aleangados neste momento deve-se compreender que eles sto simplesmente preliminares, e, portanto algum julgamento poderd ser necessirio quanto A aceitabilidade dos mesmos. Checklist © Quando o equipamento deve ser expedido? © Como ele deve ser expedido? * Quem remove o equipamento do caminhio ou do vagio? © E requerido seguro? * A documentagio deve ser enviada juntamente com 0 equipamento? + 0 cliente tem meios adequados para descarre equipamento? © Onde o sistema seri armazer transporte? ar 0 do até que ocorra 0 pit I Sega D Desenvolvimento das Fontes Qualificagao no Cliente Documentagao Entregue Medigio * Onde o sistema ser armazenado até que ocora a implementagio? * A documentagao para embarque esté completa? E ela facilmente compreendida pelo carregador, transportador, descarregador e pelo pessoal de instalagdo? Geralmente, tudo aquilo que foi feito para qualificar o sistema de medig’io no fornecedor (anteriormente descrito) antes de expedir, devera ser repetido de alguma maneira na Fabrica do cliente, apés ter sido finalizado o processo de entrega, De alguma maneira é a primeira oportunidade real para estudar o sistema de medigio ja dentro do ambiente a ele determinado; as normas de aceitagao ¢ os métodos de andlise aqui utilizados deveriam ser seriamente considerados. Atengiio nos detalhes das pegas de todas as partes envolvidas & primordial para o eventual sucesso do sistema de medigHo e da utilizagao dos dados que ele gerar. Antes de qualquer andlise da medigo, logo apés o recebimento do sistema de medigdo, este deve ser submetido a um exame dimensional completo para confirmar se esté conforme as normas e requisitos de fabricagiio. A extensiio deste exame dimensional (layout) deve ser balanceada em relagio ao exame dimensional (layout) previamente feito no fornecedor do sistema de medigo, antes do transporte © & confianga na qualidade dos resultados do exame dimensional feito no fornecedor, bem como a auséncia de possiveis danos decorrentes do transporte. Ao comparar os resultados antes e depois do transporte, esteja ciente de que existiraio algumas diferengas entre tais medigdes por causa das diferengas existentes entre os sistemas de medigao. requerida, como mi A informag implements > que ima, para auxiliar a © ¢ iniciar qualquer sistema & a seguinte: (Estas informagées devem ser entregues ao cliente antecipadamente) © CAD ow desenhos em papel, se requerids pela equipe © Fluxograma do proceso de uso do. sistema, onde aplicavel © Manuais do usua ¥ Manual de manutengao e servigo Y Lista de pee: para repo Y Guia para solugao de problemas ‘© Instrugées para calibragio * Quaisquer consideragdes especiais No comego, a documentagiio fornecida deve ser considerada como preliminar. A documentac&o original ou reproduzivel nfo precisa ser entregue neste momento, porque potenciais revisGes poderdo ser necessérias, apés a implementagao. De fato, é uma boa ideia evitar a entrega do pacote de documentos originais até apés implementa completa do sistema ~ os fornecedores sfio geralmente mais eficientes com a atualizagao da documentagao do que os clientes. 36 oo Capitulo 1 Sepia E Questdes Relativas & Medigfo Checklist Topicos Sugeridos para o Desenvolvimento de um Sistema de Medicao de Projeto e Desenvolvimento do Sistema de Medici O que deve ser medido? Que tipo de caracteristica € esta? F uma propriedade mecdnica? E dinamica ou estética? E uma propriedade elétrica? Ha variacdo significativa na mesma pega? Para qual propésito os resultados do processo de medic serio utilizados? Melhoria da produgdo, monitoragio da produgao, estudos de laboratorio, auditorias de processos, inspegio de embarque, inspegiio de recebimento, respostas a um Delineamento de Experimentos (DOE)? Quem utilizaré o processo? Operadores, engenheiros, técnicos, inspetores, auditores? Treinamento requerido: Operador, pessoal de manutengo, engenheiros; sala de aula, aplicagao pratica, treinamento on the job (OTT), petiodo de aprendizagem. As fontes de variagio foram identificadas? Elaborar um modelo de erro (S.W.LP.E. ou P.LS.M.O.E.A.) usando equipes, braizsforming, conhecimento profundo do processo, diagrama ou matriz de causa € efeita a Sistemas de Medico Flexivel versus Dedicado: Os sistemas de medigdo podem ser permanentes ¢ dedicados, ou eles podem ser flexiveis ¢ aptos a medir diferentes tipos de pegas: exemplos: dispositivos de medigao de “prateleira”, dispositivos de medi¢Zo com fixagiio da pega, maquina de medigJo por coordenadas, etc. Dispositivos de medigdo flexiveis so mais caros, porém, podem economizar dinheiro num longo periodo de tempo, 0? um FME sendo desenyoh Jo para o sistema de medi Contato versus sem-contato: Confiabitidade, tipo de caracteristica, plano de amostragem, custo, 9. habilidade requerida do pessoal, compatibilidade, ambiente de trabalho, ritmo, tipos de corpos de prova, deformagio da pega, processamento de imagem. Isto pode ser determinado pelo plano de controle requeride © pela frequéncia de medigo (um dispositivo de contato total pode softer um desgaste excessivo durante a amostragem continua). Corpos de prova com contato superficial total, tipo de corpo de prova, resposta por jatos de ar, processamento de imagem, CMM versus comparador 6ptico, ete. Ambiente de Trabalho: Sujeira, neblina, umidade, temperatura, vibracio, ruido, interferéncia eletromagnética (EMI), movimento do ar no ambiente, ar contaminado, etc. Laboratorio, chiio de fabrica, esctitario, etc.? O ambiente de trabalho toma-se uma questiio-chave com as pequenas e apertadas tolerdncias em niveis “micron”. O ambiente também é questdo-chave em casos de CMM, sistemas épticos, ultrassom, etc. Isto poderia ser um fator de auto feedback em tipos de proceso com auto medigdo. Oleos de corte, detritos de usinagem (cavacos) € temperaturas extremas também, poderiam ser preocupantes. E necessaria uma sala limpa? Pontos de Medico e de Localizagao: Claramente defi pontos de fi dos, usando 0 GD&T, a locali (co e de travamento e, onde nas pegas as medigdes devem ser feitas. Bo de Método de Fixacio: Pega solta versus peca fixada por travamento. Orientacio da Pega: Posigdo do corpo versus outra, Preparagio da Pega: Antes da medigzo, a pega deveria estar limpa, isenta de dleo, com a temperatura estabilizada, etc.? Loea acio do Transdutor: Orientacio angular, distincia «los localizadores principais ou redes. Capitulo 1 Desenvolvimento das Fontes de Medico A Questiio de Correlagao #1 — Dispositivo de Medico Duplicado: Sao necessarios dispositivos de medigiio duplicados (ou mais) dentro ow entre fabricas para atender aos requisitos? Consideragdes consirutivas, consideragdes sobre o erro de medigiio, consideragdes sobre manutengaio. Qual dispositivo & considerado como 0 padsiio? Como cada dispositivo ser qualificado? C1 Questio de Correlagdo #2 — Divergéneia entre métodos: io da medigho resultante de diferentes projetos do sistema de medi¢Zo atuando sobre © mesmo produto/processo com pritica € com limites de operagao aceitiveis (exemplo: CMM versus resultados de medigdes manuais, ov versus resultados de medigdes com ajuste de set-up). OQ Automatico versus Manual: na linha de produgio, fora da linha de produgio, tudo aquilo que depende do operador, CQ Medigio Destrutiva versus Nao-destrutiva (NDT): Exemplos: teste de resisténcia a tragio, teste de salt-spray, espessura da camada de eletrodeposigo ou pintura, dureza, medi¢o dimensional, processamento de imagem, anAlise quimica, tenso, durabilidade, impacto, torgio, torque, resisténcia do ponto de solda, propriedades elétricas, etc Amplitude de Medigio Potencial: tamanho e amplitude esperada para as medigdes esperadas. _ Resolucao Efetiva: A medigao é sensivel as mudangas fisicas (capacidade para detectar variagdes do processo ou do produto) para uma aplicagdo especific: Sensibitidade: & 0 tamanho de uin pequeno sinal de entrada que cesulta num sinal de saida detective! (discernive!) pelo dispositivo de medigdo aceitavel para aquela aplicagio. A sensibilidade é determinada: pela qualidade (OEMY/pelo projeto do dispositive de medicao; pela manutengo durante o trabalho; e, pelas condigées operacionais. Questées de Fabricacdo do Sistema de Medic strumento): (equipamento, padvio, CAs fontes de variagio identificadas no projeto do sistema tém sido consideradas? Analise Critica de Projeto, verificagao e validagio. Q Calibragio e Sistema de Controle: Plancjamento de calibragio recomendada, auditotia do equipamento ¢ documentagao, Frequéncia, interna ou externa, pa proceso. netros, controles de verificagio no trada: Meca de ajuste ele operagio, isolagio, discrimina: OQ Requisitos de F filtros, quests ico, hidrdulico, pneumtico, supressores de onda, secadores, io ¢ sensibilidade. Q_ Requisitos de Saida: Analdgico ou Digital, documentayao ¢ registros, arquivo, armazenamento de dados, recuperagao de dados, back-up. Q Custo: Fatores de orgamento para desenvolvimento, compras, ius! ‘alagiio, operagio, e tremamento. C Manutengdo Preventiva: Tipo, programagio, custo, pessoal, treinamento, documentagao. G Facilidade de manutengio: Interma ou externa, localizago, nivel de suporte, tempo de resposta, disponibilidade de pegas de reposigZo, lista de pecas-padrfio. C1 Ergonomia: Capacidade para alimentar e operar a maquina sem leses corporais ao longo do tempo. As discusses sobre um dispositivo de medigo requerem foco nas questdes de como o sistema de medigdo € interdependente com 0 operador. O Con jeragdes sobre Seguranga: Pessoal, operagdio, ambiente de trabalho, bloqueios Q Armazenamento e Localizagio: Estabelecer os requisitos para armazenamenta ¢ localizagaio do equipamento de medigio. Enclausuramento, ambiente de trabalho, seguranga, questées de disponibilidade (proximidade). Q Tempo de Ciclo da Medicio: Quanto tempo leva para efetuar a medigSo de uma pega ou caracteristica? Ciclo de Medicao integrado ao controle do proceso e produto. OQ Existiré qualquer interrupgio do fluxo do processo, integridade do lote, para retirar, medir ¢ retornar a pega? o a Capitulo 1 Seeto Questdes Relativas & Mediggo Manaseio de Materiais: Para lidar com as pecas a serem medidas ow para lidar com 0 sistema de medigGo so necessirios: racks especiais, dispositivos de suporte, equipamentos de transporte, ou outros equipamentos para o manuseio de materiais? Questées Ambientais: Existem quaisquer exiggncias ambientais especiais, requisitos, condigdes, limitagdes, que afetam 0 proceso de medigZio e/ou processos vizinhos? Algum tipo de exaustao especial faz-se necessirio? E necessirio controlar a temperatura ou a umicade? Umidade, vibragdo, ruido, interferéncia eletromagnética (EMD), limpeza, Existem quaisquer requisites especiais ou consideragées sobre a confiabilidade? Ficara o equipamento em espera por algum tempo? Este equipamento necessita ser verificado apés seu uso em producio? Pecas para Reposicao: Lista de pegas, fornecimento adequado e sistema de requisi¢ao no local, disponibilidade, tempos de espera compreendidos e computados. A rea disponivel para armazenamento é adequada, cercada, ¢ mantida trancada? (mancais, mangueiras, correias, interruptores, solenoides, vilvulas, ete.) InstrugGes para o usuirio: Sequéncia de aperto, procedimentos de limpeza, interpretagdio de dados, grificos, auxilios visuais, instrugGes completas. Instrugdes disponiveis e adequadamente expostas, Documentagio: Desenhos de engenharia, arvores de diagnéstico, manuais do usuario, idioma, ete. Calibragio: Comparagio com padrdes accitaveis. Disponibilidade e custo dos padrdes aceitaveis. Frequéncia recomendada, necessidades de treinamento. E requerido algum tempo de parada de linha’? Armazenamento: Existem quaisquer exigéncias especiais ou consideragdes a respeito do armazenamento do dispositivo de medigao? Enclausuramento, ambiente de trabalho, prote¢o contra danos/roubo, ete. A prova de erros/enganos: Pode o usuario cortigir facilmente (ou muito facilmente?) os conhecidos enganos cometidos a0 realizar a medigao? Entrada de dados no equipamento e transferéncia a0 computador, uso inadequado do equipamento, a prova de erros, & prova de enganos Suporte: Quem dard suporte ao processo de medigdo? Técnicos de laboratério, engenheiros, produgio, manuteneao. servigas externos contratados? Treinamento: Qual treinamento sera necessirio para operadores / inspetores / té& enheiros para utilizar e wranter esse processo de medigao? Questoes de tempo/prazo, de recursos. e de custo, Quem treinara? Onde o treinamento sera realizado? Requisitos para o tempo de espera? Coordenag’io com 0 uso atual do proceso de medigao. Gerenciamento de Dados: Como serdo gerenciados os dados resultantes do sistema de mediga0? Manual, informatizado, resumo dos métodos, resumo das frequéncias, métodos para a andlise critica dos dados, frequéncia para a andlise critica dos dados, requisitos intemos e do cliemt. Disponibilidade, armazenamento, recuperagao de dados, backup, protegio aos dados, Interpretagao de dados Pessoal: Para suportar 0 processo de medigo havera a necessidade de admitir pessoal? Questdes sobre custos, prazos, e disponibilidade, Pessoal atuslmente existente ou novo, Métodos de Melhoria: Quem iri melhorar o proceso de medigio no decomer do tempo? Engenheiros, produgio, mranuteng%o, pessoal da qualidade? Quais métodos de avaliag3o serdo utilizados? Hé aigum sistema para identificar a necessidade de melhoria’? Estabilidade no longo prazo: Métodos de avaliag quantitativa, formulirio, frequéncia, ¢ necessidade de estudos de longo prazo. Desvio, desgaste, contaminayio, integridade operacional. Pode o erro de longo prazo ser medido, controlado, compreendido, previsto? Consideragées especiais: Atributos do inspetor, limitagdes fisicas ou questé do, resisténcia fisica, fadiga, forga, ergonomia. nicos / en de satide: daltonismo, 39 Capitulo 1 Segao D Desenvolvimento das Fontes de Medigio 40 Capitulo I Septo E Questdes Relativas & Medigio Trés questées fiundamentais devem ser consideradas quando avaliamos um sistema de medigao: 1) O sistema de medigao deve demonstrax sensibilidade adequada. Y Em primeiro lugar, o instrumento (¢ 0 padrdo) tem discriminagao adequada? A discriminagtio (ou classe) & determinada pelo projeto e serve como ponto de partida para a escotha do sistema de medigao. Geralmente tem sido aplicada a Regra dos Dez, a qual estabelece que a discriminago do instrumento deva dividir a tolerdncia (ou a variago do processo) em dez partes ou mais, ¥ Em segundo lugar, o sistema de medig’o demonstra uma resolugio efetiva? Com relagio A discriminagao, determinar se 0 sistema de medigao tem a sensibilidade de detectar mudangas no produto ou na variag&o do processo para suas aplicagdes ¢ condigdes. 2)_O sistema de medigio deve ser estavel. Y Sob vondigdes de repetitividade, a variagiio do sistema de medigdo € devida apenas és causas comuns e nao as causas especiais (ow cadticas), YO analista. de medigio deve sempre considerar a significancia pratica e estatistica. 3) As propricdades estatisticas (erros) siio consistentes em relagdo a i io espera © aclequadas ao propésito da medig&o (controle do produto ou controle do proceso). A antiga tradigdo de relatar o erro de medigdo somente como uma porcentagem da tolerdncia é inadequada para os desatios do mercado que enfatiza 2 estratégia e a melhoria continua do processo, Como os processos mudam e melhoram, o sistema de medigio deve ser reavaliado quanto a sua finalidade. E esseneial para a organizastio (geréncia, planejador da medigdo, operador de produgao, e analista da qualidade) compreender a finalidade da medigao e aplicar a avaliagao adequada. 4 Capitule I= Segio Questies Relativas 8 Medigao Tipos de Variagao do Sistema de Medigao lo V, SegioC Geralmente assume-se que as medigdes sfio exatas, ¢ frequentemente a andlise e as conclusdes so baseadas nesta premissa. Uma pessoa pode nao perceber que ha variagao no sistema de medigo que afeta individualmente as medigdes, e depois, afeta as decisdes baseadas nos dados. O erro do sistema de medigao pode ser classificado em cinco categorias: tendéncia, repetitividade, reprodutibilidade, estabilidade, linearidade. Um dos objetivos do estudo do sistema de medigo € obter informagdes relativas a quantidade e tipos de variagdo de medigio, provenientes de um sistema de medigao quando este interage com 0 ambiente. Estas informagSes sio valiosas, pois nos processos de produedo, habitualmente & mais pritico determinar a repetitividade e a tendéncia de calibragao e estabelecer limites razodveis para elas, do que fornecer dispositivos de medigo extremamente exatos com excelente repetitividade, As aplicagGes de tal estudo geram ‘* Umeritério para aceitar novos equipamentos de medi * A comparagio de um dispositive de medigao contra outro. * As bases para avaliar um dispositivo de medigio considerado deficiente. * A comparagdo um equipamento de medigdo antes ¢ depois de reparado, * Um componente requerido para o caleulo da variagiio do processo, € nivel de aceitagao para um processo de produgao. ria para desenvolver uma Curva de Desempenho do Dispositivo de Medigo (GPC), a qual indica a probabilidade de aceitar uma pega de certo valor verdadeiro As definigdes a seguir ajudam a deserever os tipos de ertos ou variagiies associa a um sistema de medigdo, de modo que cada termo de cada termo seja claramente compreendide para discussio posterior. Uma ilustragao & dada para cada definigaio ao qua graficamente mostra o significado de cada termo. 42 Definigées e Fontes Potenciais de Variagao Capitulo I~ Segio Questbes Relativas a Medigo Definigao Operacional “Uma definigzio operacional é o que permite as pessoas negociarem. Uma definigdo operacional segura, completa, confidvel, ou de qualquer outra qualidade (caracteristica), deve ser comunicavel, com ‘0 mesmo significado tanto para o vendedor quanto para 0 comprador, © mesmo significado ontem e hoje para o operador de produgao, Exemplo 1) Um teste especifico de uma pega de um material ou de um conjunto montado 2) Um critério (ou critérios) para julgamento 3) Uma decisio: sim ou ndo, 0 objeto ou o material atende ou ndo atende ao critério (ou critérios)"* Padrio Um padrio € algo realizado por acordo geral como uma base de comparacao, um modelo aceito, O padrio pode ser um artefiaro (produto fabricado) ou um conjunto (instrumentos, procedimentos, etc.) estruturado e estabelecido por uma autoridade como regra para a medigao de quantidade, peso, extensio, valor, ou qualidade, © conceito de conjunto foi formalizado na ANSV/ASQC Standard MI-1996". Este termo foi usado para ressaltar o fato de que tudo aquilo que afeta a incerteza de medigdo necessita ser levado em conta; exemplos: ambiente, procedimentos, pessoal, ete. “Um. exemplo de um conjunto simples seria aquele destinado a calibragao de blocos-padrao, consistindo de um bloco-padrio mestre, um comparador, um operador, o ambiente, e 0 procedimento de calibragio” Padrées de Referénei Um num det nagurele local ia adrio eralmente de mais alta qualidade metrolé disponivel redigdes eitas erminado local, do qual sio derivadas as m Equipamento de Medigio e Teste Todos os instrumentos de medic&o, padrdes de medico, materiais de referéncia, e os demais aparatos auxiliares necessérios para realizar uma medigao, Padrio de Calibragio Um padrao que serve como referencia para a realizagio de roteiros de calibrago. Planejado para atuar como intermedidrio entre o padrio de trabalho da calibragdo e os) padrao(Ses) de referencia do laboratério. * WW. E, Deming, Out ofthe Crisis (1982, 1986), 9-27 ° Bota defini tata como Equ nento de Madgio Teste (M&TE) por pares militaves ubsequentes 43 Capitulo 1 Questbes Relativas & Medigto Padrio de Transferencia Um padrio utilizado para comparar um padrio de valor conhecido com a unidade que esta sendo calibrada. Padrao Mestre Um padrdo usado como referéncia no proceso de calibragio, Pode também ser chamado de referéncia ou padrio de calibracio. Padrao de Trabalho Um padrio cujo uso planejado € realizar as rotinas de medigdes dentro do laboratério, nao pretende ser um padrao de calibragdo, mas pode ser utilizado como um padrao de transferéncia, Cuidadosa atengiio tem que ser dada ao(s) material(is) selecionado(s) para um padrio. Os materiais empregados devem ser adequados a0 uso € 20 escopo do sistema de medigdo, bem como devem ser compativeis com as fontes de variagdo atreladas ao passar do tempo, tais como, desgaste © fatores ambientais (temperatura, umidade, etc.) Padrio de Referéncia 2 Padrio de Transferéncia r Padrio de Calibragio Paulrig de Transteréneia Equipamento de Medico e Tes v Paulo de Trabalho Pai de Verteag0 7: Relacionamento entre os Varios Padrées | Capitulo I Segaio E (Questées Relativas a Metigao Padrio de Verificagio Um artefato (objeto) de medigzio muito parecido com aquele em que 0 proceso de medigfo foi projetado para medir, mas que é intrinsecamente mais estivel do que 0 processo de medigio que esta sendo avaliado. Valor de Referéncia Um valor de referéncia, também conhecido como valor de referéneia aceito ou valor mestre, é um valor de um artefato (objeto) ou conjunto que serve como referéncia acordada para comparacao. Os valores de referéncias aceitos stio baseados no que se segue’ + Determinados pela média de varias medigGes feitas com um equipamento de medigzo de mais alto nivel (exemplo: laboratério metrolégico ou equipamento dimensional). * Valores legais: definidos e impostos por lei * Valores tedricos: baseados em principios cientificos. * Valores atribuidos: baseados em trabalho experimental (feito com apoio de teoria idénea) de alguma organizagao nacional ou internacional. * Valores de consenso: baseados em trabalho experimental cooperative sob o patrocinio de um grupo cientifico ou de engenharia; valores definidos por meio de consenso dos usuirios tais como equipes composta de profissionais ¢ organizagdes comerciais. * Valores acordados: valores expressamente acordados pelas partes afetadas. Em todos os casos, o valor dle refersneia necesita ser baseaco numa definicdo operacional © em resultados de um sistema de medi¢ao aceitavel. Para conseguir isto, 0 sistema de medigio usado para determinar o valor de referéneia deve incluir © Instrumento(s) com uma discriminagio alta e ero do sistema de medigo menor do que os sistemas de medigiio usados para a avaliagiio normal. © Ser calibrado com padrdes rastredveis até o NIST on outro NMI. Valor Verdadeiro O valor verdadeiro é a medida “real” da pega. Embora este valor seja desconhecido e irreconhecido, esse & 0 objetivo do processo de medigio. Qualquer leitura individual deve situar-se to proxima desse valor quanto for (economicamente) possivel. Infelizmente, 0 valor verdadeiro poder nunca ser conhecido com certeza, O valor de referéncia € utilizado como a melhor aproximagao do valor verdadeiro em todas as andlises. Por causa disto 0 valor de referéncia & utilizado como um substituto do valor verdadeiro, estes termos so comumente intercambiaveis. Este uso nao é recomendado. *. > Veja tambien ASTM: 177-000 Capitulo t Septo E (Questdes Relativas & Medigio Discriminacao A discriminagao € a quantidade de mudanga de um valor de referéncia que um instrumento pode detectar e indicar de maneira confidvel. A discriminago é também denominada como legibilidade ou resolugao, ‘A medida desta capacidade é tipicamente o valor da menor graduagao na escala do instrumento. Se o instrumento tem um “curso” de graduagGes, ento meia graduagio poderd ser usada, A regra pritica geral é que a discriminagdo do instrumento de medigao deve ser pelo menos um décimo (1/10) da amplitude a ser medida, Tradicionalmente, essa amplitude era adotada como sendo a especificagao do produto. Recentemente a regra 10 para 1 é interpretada com o significado de que o equipamento de medigio é capaz, de discriminar pelo menos um décimo (1/10) da variagao do proceso. Isto é consistente com a filosofia de melhoria continua (isto é,0 foco do proceso € o objetivo designado pelo cliente). @ Hm Ltitetebiiiirtites igura IE 8: Discriminagio A regra prética anteriormente apr © ponto de partida para determinar a discriminagdo desde que nao inclua qualquer outro elemento da variabilidade do sistema de medigao. entada pode ser considerada como Devido a limitagdes econdmicas ¢ fisicas, o sistema de medigao nao distingue todas s pegas de uma distribuicao do proceso como tendo caracteristicas medidas separadas ou diferentes. Em vez disto, a caracteristica medida seré agrupada pelos seus valores medidos em categorias de dados. Todas as pegas em uma mesma categoria de dados terfio o mesmo valor a caracteristica medida. Se o sistema de medigio nao tem discriminagio (sensibilidade ow resolugao efetiva), ele pode nao ser um sistema apropriado para identificar a vatiagio do processo ou para quantificar os valores individuais da caracteristica da pega. Se este for 0 caso, técnicas de medigiio melhores deverdo ser utilizadas. A discriminagio é inaceitavel para a anilise, se no pode detectar a variagaio do processo, e € inaceitavel para controle, se niio pode detectar variagiio por causas especiais de (veja Figura [-E 3), 46 Capitulo t~ Segdo E (Questses Relativas & Medigao jantidade de Categorias Controle Anilise | Quantic’ — Pode ser usada para con- | * Inaceitével para estimar os trole somente se: pardmetros © os indices do * A variagdo do processo | proceso € pequena quando com- | * Apenas indica se o proceso parada com as especifi- | est produzindo pecas con- cages forme ou nao - conforme © A fungio perda for plana em relagdo a va- riagdlo esperada do pro- cess * A principal fonte de variacfio causa um des- locamento da média * Pode ser usada com | * Geralmente inaceitavel para 1 Categoria de Dados técnicas de controle | _ estimar os parametros ¢ os semi-varidvel baseadas | indices do proceso, uma na distribuigo do pro- | vez que somente fornece cesso estimativas grosseiras * Pode produzir cartas de controle por varidveis insensiveis 2~4 Categorias de Dados * Pode ser usada com] * Recomendada cartas de controle por varidveis 5 ou mais Categorias de Dados "Figura F : Impacto do Namero de Distintas Categorias (nde) da Distribuigio do Processo sobre as Atividades de Controle ¢ Analise Sintomas de discriminagio inadequada podem aparecer na carta de amplitudes. A Figura I-E 4 contém dois conjuntos de cartas de controle derivadas dos mesmos dados. A Carta de Controle (a) mostra a medi¢a0 original aproximada com milésimo de polegada. A Carta de Controle (b) mostra esses dados arredondados para aproximagio de centésimo de polegada. A Carta de Controle (b) parece estar fora de controle devido aos limites artificialmente “fechados”. Os valores “zero” para amplitudes sio mais um produto do arredondamento de dados, do que uma indicagdo da variagio do subgrupo. Uma boa indicagio de discriminago inadequada pode ser visto na carta de amplitudes do Controle Estatistico do Processo ~ (CEP) para a variaglo do proceso. Em particular, quando a carta de amplitudes mostrar apenas um, dois, ou trés valores possiveis para a amplitude dentro dos limites de controle, as medigdes estario sendo feitas com discriminagao inadequada. E também, se a carta de amplitudes mostrar quatro valores possiveis para a amplitude dentro dos timites de controle e mais do que um quarto (1/4) sto zeros, entio as medigdes estio sendo feitas com discriminagao inadequada. Outra boa indicagdo de discriminagao inadequada esti no grafico de probabilidade normat onde os dados serio armazenados em blocos ao invés de Muir ao longo da linha de 45 graus. aT Capitulo I~ Segt0 E Questdes Relativas 8 Medipso Retornando & Figura I-E 4, Carta de Controle (b), existem somente dois valores possiveis para a amplitude dentro dos limites de controle (valores de 0,00 ¢ 0,01). Portanto, a regra corretamente identifica a razio da falta de controle como sendo discriminagao inadequada (sensibilidade ou resolugao efetiva). ste problema pode ser remediado, certamente, por meio da modificagio da capacidade de detectar a variagao dentro dos subgrupos através do aumento da discriminagaio das medigdes. Um stema de medigéo ter discriminacao adequada se sua resolugdo aparente é pequena em relagfo & variagao do proceso. Deste modo, a recomendagio para a discriminagio adequada seria ter 2 resolugao aparente no méximo igual a um décimo (1/10) do desvio padrao 6- sigma total do processo, em vez da tradicional regra ao qual a resolugio aparente seria no maximo um décimo (1/10) do intervalo de tolerancia. Eventualmente, existem situagdes em que se alcanga um processo estivel e altamente capaz usando um sistema de medigdo estivel, “melhor-da-sua-categoria” nos limites priticos da tecnologia. A resoluco efetiva pode ser inadequada e a melhoria do sistema de medigao torna-se_ impraticdvel. Nestes casos especiais, 0 planejamento da medig&o pode requerer técnicas alternativas de monitoramento do processo. A aprovagao do cliente sera tipicamente requerida para as técnicas alternativas de monitoramento do proceso. 48 hE A Capitulo I Sesto E Questdes Relativas a Medex Carta Xbarra/R (Discriminagao = 0,001) aaa ee eee eee eee oo er LSC = 0.1448 Média = 0.1997 Média da Amostra L Oise eere coe eee eee seeeres | uic=o1350 > g 3 g Amplitude da Amostra L Carta Xbarra/R (Discriminagao = 0,01) | uc = 0.1969 Figura I-E 10: Cartas de Controle do Pracesso™ * 4 Figura LE 4 foi desenvolvida uitizando dados de Evaluating the Measurement Provess, por Wheeler and Lyday, Copyright 1989, SPC Press, nc, Knosville, Tennessee, 49 Capitulo 1- Sega E Questbes Relativas & Medigao Variagao do Processo de Medigao Variagao da Localizagao Para a maioria dos processos de medigao, a variagiio total de medig0 é usualmente descrita como uma distribuigao normal. A probabilidade normal € uma premissa dos métodos padrées de anilise dos sistemas de medigiio, De fato, existem sistemas de medig3o que n3o sto normalmente distribuidos. Quando isto ocorre, e a normalidade é assumida, 0 método MSA pode superestimar 0 erro do sistema de medigio. O analista de medigdes deve reconhecer e corrigir as avaliagdes para sistemas de medigao néo-normais. Localizagio - Dispersao Figura I-E 11: Caracteristicas da Variagio do Processo de Medigao Exatiddo ¢ um conceito genérico de precistio relacionado com fechamento da concordancia entre a média de um ou mais dos resultados medidos e um valor de referencia. O processo de medigao deve estar sob controle estatistico, de outra maneira, a exatidsio do processo nada significard Em algumas organizacdes a exatidio ¢ tendéncia. A [SO (International Organi: ASTM (American Soci exatidio para juntar a confisto que pode resultar do uso da palavra exatiddo, a ASTM recomenda que apenas o termo tendé; icia seja usado para descrever 0 erro de localizagao. Esta politica sera seguida neste texto. itilizada intereambidvel com a Lion for Standardization) ¢ a 'y for Testing and Materials) usam © termo ndéneia © ac epelitividade. Para evitar ‘Tendéncia A tendéncia é frequentemente conhecida como “exatidao”. Por causa da palavra “exatiddo” ter varios significados na literatura, 0 uso como alternativa para “tendéncia” nao é recomendado, Capitulo I~ Segio B Questes Relativas a Medigto A tendéncia & a diferenga entre o valor verdadeiro (valor de referéncia) e a média observada das medigdes numa caracteristica numa mesma pega, A tendéncia é a medida do erro sistemético de um sistema de medigao. E a contribuicdo para o erro total, composta dos efeitos combinados de todas as fontes de variagio, conhecidas ou desconhecidas, do qual as contribuigdes do erro total tendem a compensar consistentemente e previsivelmente todos os resultados de aplicagdes repetidas de um mesmo processo de medigio na ocasiaio da realizagio das medig@es. = TENDENCIA = a Média do Valor de Referénels ‘Sistema de Medico As causas possiveis para uma tendéncia excessiva sto: * O instrumento necessita de calibrago © Desgaste do instrumento, equipamento ou dispositive de fixagéio ‘© Padrdo-mestre desgastado ou danificado, erro do padrio- mestre © Calibragiio inadequada ou uso de configuragao padrao @ Instrumento de baixa qualidade projeto ow conformidade © Erro de linearidade © Dispositivo de medigao errado para aquela aplicagao © Método de medigio diferente ~ serup. carregamento, aperto/tixagiio, técnica dle operagao © Medigao da caracteristica errada © Deformagiio (da pega ou do dispositive de medicao) © Ambiente — temperatura, umidade, vibragao, limpeza © Violagdo de alguma premissa ~ erro numa constante aplicada * Aplicagio — tamanho da pega, posigtio, habilidade do operador, fadiga, erro de observagio (legibilidade, paralaxe) O procedimento de medigo empregado no processo de calibragio {isto é, usando os “padrdes”) deve ser idéntico ao procedimento de medigo usado na operagao normal. SI Capitulo I~ Sego E Questdes Relativas & Mec Estabilidade Estabilidade (ou Desvio) ¢ a variagao total nas medigdes obtidas com um sistema de medi¢20 no mesmo padriio-mestre ou pegas quando medindo uma caracteristica nica no decorrer de um perfodo de tempo prolongado. Isto é, estabilidade é a variago da tendéncia ao longo do tempo. Tempo Valor de Referéncia As causas possiveis da instabilidade incluem: © Instrumento necessita de calibragao, reduzir o intervalo de calibragao © Desgaste do instrumento, equipamento, ou dispositive de fixagao F . velhecimento normal ou obsolescéncia © Manutengao preearia ~ ar. energia, hidréulica, filtros, corrosio, ferrugem, limpeza ¢ Padriio-mestre desgastado ou danificado. erro do padrao- mestre © Calibragio inadequada ou uso de contiguragio padrio © Instrumento de baixa qualidade — projeto ow conformidade © Projeto do instrumento ou método niio robusto © Método de medigao diferente — sefup, carregamento, aperto/fixagilo, técnica de operagao * Deformagao (da pega ou do dispositive de medigao) * Deslocamento ambiental — temperatura, umidade, vibragao, limpeza * Violagiio de alguma premissa — erro numa constante aplicada * Aplicagiio — tamanho da pega, posigao, habilidade do operador, fadiga, erro de observagio (legibilidade, paralaxe) Linearidade A diferenga da tendéncia ao longo do intervalo de operagao ) esperado (medigao) no equipamento & chamada de linearidade. A linearidade pode ser imaginada como a variagio da tendéncia com respeito ao tamanho, da ‘TENDENCIA, Valor 1 Capitulo 1 Sega0 E Questdes Relativas a Medigao jo— TENDENCIA => Valor N Note que uma linearidade inaceitével pode vir em uma variedade de situagGes. io assuma a tendéncia coma sendo constante. “Tendéncta Constante LUneordade = Tendéncia Néo-constante Observado Valores de Referéncia Tendéncis Constante Lineoridade ~ Tendéncia Nao-conetante Tendéncia Posiva Tendéncia Zero Valores de Referéneia As causas possiveis do erro de linearidade incluem: * Instrumento necessita de calibrago, reduzir 0 intervalo de calibragio * Desgaste do instrumento, equipamento, ou dispositive de fixagao © Manutengao precaria — ar, energia, hidriulica, filtros, corrosio, ferrugem, limpeza + Padriio-mestre desgastado(s) ou danificado(s), erro do(s) padrdio(Ses)-mestre minimo/miximo Capitulo I~ Segiio E Questdes Relativas Medigho Variagado da Dispersao Valor de Referdnda Repetitividade * Calibragio inadequada (no cobrindo 0 intervalo de operaco) ou uso de configurago do(s) padrio(Ges)-mestre * Instrumento de baixa qualidade — projeto ou conformidade * Projeto do instrumento ou método nao robusto, * Dispositivo de medigdo errado para a aplicagaio * Método de medigdo diferente ~ setup, carregamento, aperto/fixagao, técnica operacional * Deformagao (da pega ou do dispositive de medigao) variando com o tamanho da pega * Ambiente — temperatura, umidade, vibragao, limpeza * Violagio de uma premissa ~ erro numa constante aplicada * Aplicagao ~ tamanho da pega, posigi0, habilidade do operador, fadiga, erro de observagao (legibilidade, paralaxe) Precisio Tradicionalmente, a preciso descreve 0 efeito liquido da discriminagdo, da sensibilidade, e da repetitividade ao longo do intervalo de operago (tamanho, intervalo, € tempo) de um sistema de medigdo. Em algumas organizagdes a preciso e a repetitividade sao conceitos intercambidveis. De fato, a preciso é muito frequentemente usada para descrever a variagio esperada em repetidas medigdes feita ao longo do intervalo de medigio; tal intervalo de medigo pode ser em tamanho ou em tempo (isto &, “um aparato € to preciso para valores baixos quanto para valores altos do intervalo de medigao”, ou ainda, “é to preciso hoje como ontem”. Pode-se dizer que a preciso pai linearidade & para a tendéncia fembora os erros de precisio © repetitividade sejam aleatorios, ¢ os exros de linearidade e tendéncia sejam sistemiticos). A ASTM define a preciso num sentido mais amplo para incluir a variagio de diferentes leituras. dispositives de medigio, pessoas, laboratorios ou condigdes. a repetitividade aquilo que a Repetitividade ‘Tradicionalmente a repetitividade é conhecida como a variabiiidade ‘do avaliador”. A repetitividade é a variagio nas medigdes obtidas com um instrumento de medigHo, quando usado varias vezes por um avaliador, enquanto medindo uma caracteristica idéntica de uma snesma pega. Ela é a variagao inerente ou a capabilidade do proprio equipamento. A repetitividade é comumente denominada como sendo a variagio do equipamento (VE), embora isto seja uma ideia errada. De fato, a sepetitividade € uma variagao de causa comum (erro aleatério) decorrente de sucessivas repetigdes feitas sob condigées definidas de medigae, O melhor termo para designar a repetitividade € variagao dentro do sistema, quando as condigdes de medigao sto fixas ¢ definidas ~ fixagao da pega, instrumento, padrio, método, operador, ambiente, ¢ as premissas. Em adic o dentro do equipamento, a repetitividade incluird todas as variagées dentro (veja a seguir) provenientes de qualquer condig%io do modelo de erro. fio & varia z Capitulo I~ Segao E ‘Questies Relativas & Medigto As causas possiveis de baixa repetitividade sito: + Variagdo da pega (amostra): forma, posigao, acabamento superficial, conicidade, consisténcia da amostra ‘© Variagdo do instrumento: reparo, desgaste, falha do equipamento ou dispositivo de fixago, baixa qualidade ou manutengio preciria * Variagiio do padrao: qualidade, e! e, desgaste © Variagio do método: variago no setup, na técnica, no zerar 0 equipamento, na fixago da pega, no aperto do dispositivo. © Variagiio do avaliador: técnica, posigio, falta de experiéncia, habilidade de manipulagio, treinamento de manuseio, sensibilidade, fadiga © Variagao do ambiente: pequenas flutuagdes ciclicas na temperatura, umidade, vibragio, iluminagao, limpeza * Violagiio de alguma premissa — estabilidade, operagao apropriada * Projeto do instrumento nao robusto ou método nao robusto, baixa uniformidade * Dispositivo de medigio errado para aquela aplicagao * Deformagao (da pega ou do dispositive de medigao), falta de rigidez © Aplicagio - tamanho da pega, posiggo, ero de observagaio (legibilidade, paralaxe) Reprodutibilidade Tradicionalmente a reprodutibilidade & conhecida como a variabilidade “entre avaliadores”. A reprodutibilidade & tipicamente definida como a variagiio das médias das medigdes feitas por diferentes avaliadores, utilizando um mesmo instrumento de medigao, enquanto medindo uma mesma caracteristica de uma mesma pega. Isto é frequentemente verdadeiro para instrumentos manuais influenciados pela habilidade do operador. Isto nao é verdade, entretanto, para processos de medigo (exemplo: sistemas autométicos) onde 0 operador no é a maior fonte de variagio, Por esta razio, a reprodutibilidade ¢ denominada como a variagao média entre sistemas, ou entre condig&es de medigao, Reprodutibilidade Avaliador A A definigdo da ASTM vai mais longe do que isto para potencialmente ncluir nao apenas os diferentes avaliadores, mas também os diferentes: dispositivos de medigio, laboratérios e ambiente (temperatura, umidade), bem como a incluso da repetitividade no cleulo da reprodutibilidade. 55 Capitulo I~ Sega E (Questées Relativas i Medi iais fontes de erro de reprodutibilidade incluem: + Variagio entre pegas (amostras): diferenga média quando medindo tipos de peas A, B, C, ete., utilizando o mesmo instrumento, operadores e método, * Variago entre instrumentos: diferenga média utilizando instrumentos A, B, C, ete., para as mesmas pegas, operadores e ambiente, Nota: neste estudo 0 erro de reprodutibilidade é geralmente confundido com 0 método e/ou o operador. © Variagzio entre padrdes: influéncia média de diferentes conjuntos de padrdes no processo de medigao, * Variagtio entre métodos: diferenga de médias causada pela mudanga do ponto de densidade, sistemas manual ys. automatieo, métodos para zerar, fixar, apertar, ete ‘© Variagiio entre avaliadores (operadores): Diferenga média entre os avaliadores A, B, C, etc., causada por treinamento, técnica, habilidade e experiéneia, Este é 0 estudo recomendado para a qualificagzio do produto ¢ do processo, ¢ a qualificagio do instrumento de mediga0 manual. ‘© Variagio entre ambientes: diferenga média em medigdes a0 longo do tempo 1, 2, 3, etc,, causada pelos ciclos ambientais; este € 0 estude mais comum para os sistemas altamente automatizados, quando da qualificagao do produto e do processo. * Violagaio de alguma premissa no estudo + Projeto do instrumento ou método nao robusto ia do treinamento do operador © Aplicacdio — tamanho da pega observacio (legibilidade, paralaxe) posigio, erro de ies anteriores, existem dif Como mencionado nas duas defini rengas. nas definigdes usadas pela ASTM © aquelas apresentadas neste manual, A literatura da ASTM foca as avaliagdes inter-laboratoriais, com inter S diferencas laboratério a laboratério, incluindo © potencial para diferentes operadores, dispositives de medi¢Zo e ambientes, bem como incluindo a repetitividade dentro do. laboratério. Portanto, as definigbes ASTM necessitam incluir estas diferengas. Pelos padres ASTM, a repetitividade é © methor que o equipamento poderd ter sob condigdes atuais (um operador, um dispositive de medi¢fo, um curto periodo de tempo) © a reprodutibilidade representa as condig®es operacionais mais comuns, onde existe variagdo de miiltiplas fontes. R&R do Dispositivo de Medigio © R&R do dispositive de medigfio é uma estimativa da variagao combinada da repetitividade ¢ da reprodutibilidade. Dito de outra forma, 0 R&R € a varidncia igual a soma das varidncias dentro do sistema e entre sistemas. - ise Amplitude Média uc Capitulo 1 Segio E s Relativas& Medigxo 1 A sensibilidade ¢ a menor entrada que resulta num sinal detectével (utilizivel). Essa € a sensibilidade do sistema de medigio as mudangas da caracteristica medida, A sensibilidade € determinada pelo projeto do dispositive de medigo (discriminagao), pela qualidade inerente (OEM), pela manutengio durante o trabalho, ¢ pela condigdo de operagio do instrumento e seu padrio. Ela é sempre relatada por meio de uma unidade de medida Fatores que afetam a sensibilidade incluem: * Capacidade para reduzir as vibragdes num instrumento Habilidade do operador Repetitividade do dispositive de medigao * Capacidade para realizar a operago sem desvios, no caso de dispositivos eletrénicos e pneumiticos, + Condigdes sob as quais o instrumento esti sendo usado, tais como o ar do ambiente, a sujeira, a umidade Consisténcia A consisténcia & a diferenga da variagio das medigdes tomadas no decorrer do tempo. Ela pode ser vista como a repetitividade no decorrer do tempo. Os fatores que afetam a consisténci tais como: + Temperatura das pegas * Aquecimento inicial requerido por —equipamentos eletrénicos ‘© Equipamento desgastado io causas especiais de variagio, Capitulo I~ Segéo E Questées Relativas & Medigio Variagao do Sistema de Medigao Uniformidade A uniformidade é a diferenga na variago ao longo da amplitude de operagdio do dispositive de medigdo, Ela pode ser considerada como a homogeneidade da repetitividade ao longo do tamanho (da medida). Os fatores que afetam a uniformidade incluem: * 0 dispositivo de fixagéo permite tamanhos menores/maiores em diferentes posigdes © Legibilidade fraca da escala © Paralaxe na leitura Capabilidade A capabilidade de um sistema de medigo ¢ uma estimativa da variagdo combinada dos erros de medigao (aleatérios ¢ sistematicos) baseada numa avaliagdo feita em curto prazo. A capabilidade simples inclui os componentes de © Tendéncia ou linearidade incorretas © Repetitividade © reprodutibilidade (R&R), incluindo a consisténcia determinada no curto prazo nsulte o Capftulo TIL para os métodos tipicos e exemplos para quantificar cada componente, Uma estimativa da capabilidade de medi¢ao, portanto, é uma expresso do erro esperado para condigdes definidas, escopo e faixa de um sistema de medigao (diferente da incerteza de medigéio, que & a expresso da amplitude esperada do erro ou de valores associados com @ resultado de medigao). A expressiio da capabilidade da variagio combinada (varidncia), quando os erros de medigao nto estio correlacionados (aleatérios e independentes), pode ser quantificada como: © expotitidate = Orendereiatinearidas + ORS Existem dois pontos essenciais para entender e corretamente aplicar a capabilidade de medigaio Primeiro, uma estimativa da capabilidade esti sempre associnda com umn escopo definido para a medig%o ~ condigdes, amplitude e tempo. Por exemplo, dizer que a capabilidade de um micrometro de 25 mm é 0,1 mm é insuficiente sem qualificar © escopo ¢ a amplitude das condigdes de medigao, Além disso, este é 0 motivo porque wm modelo de erro é tao importante para definir 0 processo de medigao. © escopo para uma estimativa da capabilidade de medig&o pode ser algo bem especifico ou pode ser também uma declaragao geral de operagao, sobre uma parcela limitada, ou faixa de medigao completa. No curto prazo pode significar: a capabilidade ao longo de uma série de ciclos de medigdo, 0 tempo para completar a avaliagdo do R&R, um periodo de produgao especificado, ou o tempo representado pela frequéncia de calibragao. Uma declaragio da capabilidade de medigao Capitulo 1 Segd0 B Questaes Relativas 4 Medigde necessita apenas ser completa o suficiente para, razoavelmente, replicar as condigdes © faixa de medigao. Um Plano de Controle documentado pode servir para este propésito, Segundo ponto, a consisténcia no curto prazo e a uniformidade (erros de repetitividade) a0 longo da faixa de medigao esto inclufdas na estimativa da capabilidade. Para um instrumento simples, como um, micrdmetro de 25 mm, sendo usado normalmente, por operadores que a repetitividade ao longo de toda a faixa de medig&o seja consistente © uniforme. Neste exemplo, a capabilidade estimada pode incluir toda a faixa de medigo para maltiplos tipos de caracteristicas sob condigdes gerais. Faixas maiores ou sistemas de medigao mais complexos (isto é, uma CMM) podem demonstrar erros de medigao de (incorreta) linearidade, uniformidade, consisténcia no curto prazo sobre a amplitude ou tamanho. Por causa destes erros estarem correlacionados, eles no podem ser combinados usando uma simples formula linear como acima mostrado. Quando a (incorreta) linearidade, uniformidade ou consisténcia variam significativamente ao longo da faixa, o planejador de medigao e o analista de mediga0 terdo unicamente duas escolhas priticas: 1) Relatar a capabilidade maxima (pior caso) para as condigdes inteiramente definidas, eseopo e intervalo do sistema de medigao, ou 2) Determinar ¢ relatar as avaliagdes miiltiplas de capabilidade para algumas faixas definidas do intervalo de medigao (ou seja, pequeno, médio, grande intervalo). Desempenho Como ocorre com o desempenho do proceso, o desempenho do sistema de mediydo é 0 efeito total de todas as fontes de variagio significativas e «leterminaveis no decorrer do tempo. O desempenho quantifien a avaliagdio (no longo prazo) dos erros de_medigaio combinados (aleatério e sistematico). Portanto, o desempenho inclui os componentes de etro no longo prazo da: © Capabilidade (erros no curto prazo) e Estabilidade c Consisténcia Consulte © Capitulo III para os métodos tipicos ¢ exemplos de quantificago de cada um desses componentes. Uma estimativa do desempenho de medigdo é uma expresso de erro esperado para condigdes definidas, escopo ¢ faixa do sistema de medigao (isto difere da incerteza de medigao, que ¢ uma expressio de amplitude esperada de erro ou valores associados com o resultado de medig&o). O desempenho da variagao combinada (varianeia), quando os erros de medigio nfo estio correlacionados (aleatério © independent), pode ser quantifieado como: © capaittde + O° exabitdade + Oconsitcnia Stes Capitulo I~ Segio E (Questies Relativas & Medigho Além disto, como ocorre com a capabilidade no curte prazo, o desempenho no longo prazo esta sempre associado com um escopo definido de medi¢ao - condigdes, faixa ¢ tempo. O escopo para a estimativa do desempenho de medig’io pode ser muito especifico ou uma declaragao geral de operagao, sobre uma parcela limitada ou mesmo toda essa faixa, Longo prazo pode significar: a média de varias avaliagdes da capabilidade feitas no decorrer do tempo, 0 erro médio no longo prazo de uma carta de controle de medigdo, uma avaliagiio dos registros de calibragiio ou miltiplos estudos de linearidade, ou o erro médio de varios estudos R&R feitos no decorrer da vida e faixa do sistema de medigfio. Uma declaragio do desempenho de medigio necessita ser completa o suficiente para, razoavelmente, representar as condiges ¢ faixa de medigao. A consisténcia no longo prazo e a uniformidade (erros de repetitividade) ao longo da faixa de mediga0 esto incluidas na estimativa do desempenho. O analista de medig&o deve estar ciente das potenciais correlagdes de erros, e assim no superestimar a estimativa de desempenho, Isto depende de como os componentes de eros foram determinados. Quando a (incorreta) linearidade no longo prazo, a uniformidade, ou a consisténcia variarem significativamente a0 longo da faixa, o planejador de medigao ¢ o analista terdo somente duas escolhas prati 1) Relatar o desempenho maximo (pior caso) para as condigoes inteiramente definidas, escopo ¢ faixa do sistema de medigao, ou 2) Determinar ¢ relatar as avaliagdes miiltiplas de desempenho para algumas faixas definidas do intervalo de medigao (ou seja, pequeno, médio, grande intervalo). Incerteza A incerteza de medigao é definida pelo Vocabulirio Internacional de ermos Basivos/Gerais da Metrologia - VIM como um “pai associado ao resultado de uma medicIo, que caractetiza a de dispersio de valores que podem razoavelmente ser atribuidas ao mensurando™”, Veja maiores detalhes no Capitulo I, Seeaio F Ametro Comentarios ——————_Dos partimetto mi s do sistema de medigdo, a exatidao e a precisdo so as is familiares ao pessoal de operagdo, isto porque eles so usados no dia-a-dia, bem como nas discussées técnicas e de vendas. Infelizmente, estes termos siio também os mais obscuros visto que, frequentemente, um & substituido pelo outro € vice-versa. Por exemplo, se 0 dispositive de medigao é certificado por um 6rgao independente como exato, ov se o instrumento € garantido ter alta preciso pelo vendedor, entdo € errado imaginar que todas as leituras yao cair muito préximas dos valores reais. Isto no sé & conceitualmente errado, mas pode induzir a decisdes etradas sobre 0 produto ou processo. A esta ambiguidade adiciona-se as da tendéneia ¢ repetitividade (como medidas de exatidio e preciso). E importante perceber que: ) lenswrando est definido pelo VIM como “a quantidade particular sujeita& medigao” E 60 ¢ =e * Veja também o Capitvlo 1, Segdo B. Capitulo 1 Sepio B (Questbes Relativas & Medigio * A tendéncia e a repetitividade so independentes uma da outra (veja Figura -E 6). * Controlar uma destas fontes de erro nao garante 0 controle da outra, Consequentemente, os programas de controle dos sistemas de medigao (tradicionalmente conhecidos como Programas de Controle dos Dispositivos de Medigio) devem quantificar e acompanhar todas as fontes relevantes de variagao. * 61 Capinulo {— Sogo E (Questdes Relativas a Medigdo Tendéncia Aceitavel Nao aceitavel Aceitavel Figura LE 12: Rela Repetitividade Nao aceitavel onamento entre Tendéncia ¢ Repetitividade Segdo F Incerteza da Medigao Capitalo I~ Seea0 F Inceteza da Medio A Incerteza da Medigao & um conceito usado internacionalmente para descrever a qualidade de um valor medido, Embora este termo tenha ido reservado para muitas das medigdes de grande exatidao realizadas em laboratdrios de metrologia ou dispositivos de medigao, muitos clientes e normas de sistema da qualidade, requerem que a incerteza da medigio seja conhecida e consistente com a capacidade de medigio requerida para qualquer equipamento de inspegio, Em esséncia, a incerteza é 0 intervalo atyibuido a um resultado de medigio que descreve, dentro de um nivel de confianga definido, a amplitude esperada que contenha o resultado verdadeiro da medigao. A incerteza_de mediggo é normalmente relatada como uma quantidade bilateral. A incerteza é uma expressiio quantificada da confiabilidade da medigdo. Uma expresso simples deste conceito & io Verdadeira = Medi Observada (resultado) + U Ué0 termo para a “incerteza expandida” do mensurando e resultado de medigao, A incerteza expandida ¢ 0 erro padrao combinado (uc), ou & 0 desvio padrio dos erros combinados (aleatério ¢ sistemitico), num process de medigao multiplicado pelo fator de cobertura (k), que representa a rea da curva normal para um nivel de confianga desejado. Lembrete: a distribuigio normal ¢ geralmente aplicada como principio pressuposto para os sistemas de medigiio. O Guia de Incerteza na Medigéo da ISO/IEC estabelece o fator de cobertura como suficiente para relatar a ingerteza a 95% de uma distribuigao normal, Isto é frequentemente interpretado como k = 2 U=ku, © erro padrio combinado (u,) inclui todos os componentes significativos da variagio do processo de medigiio. Na maioria dos casos, 05 métodos de anilise dos sistemas de medigz realizados de acordo com este manual podem ser usados como uma ferramenta para quantificar muitas das fontes de incerteza de medigao. Frequentemente, os componentes do erro mais significativos podem ser quantificados por ’ierenpento- Outras fontes de erro significativas podem ser consideradas com base na aplica declaragio de incerteza deve incluir um escopo adequado que identifique todos os erros significativos e permita que a medigao seja replicada, Algumas declaragdes de incertezas serio estabelecidas em longo prazo, outras em curto prazo, a partir do erro do sistema de medi¢io. Portanto, uma expressiio simples pode ser quantificada como: 2 = 9 2 UC™ = O desempenho + OF outros Capitulo 1 Sega0 G Analise dos Problemas de Medigao \ncerteza da Medicao e MSA Rastreabi Medicgao Guia ISO para Expressar a Incerteza de Medigao E importante lembrar que a incerteza de medigao é simplesmente uma estimativa de quanto a medigio pode variar no momento em que é feita, Devem ser consideradas todas as fontes significativas de variagdo do processo de medigao mais os ettos significativos de calibragiio, dos padrdes-mestre, métodos, do ambiente © outros no previamente considerados no processo de medi¢o. Em muitos casos, esta estimativa usaré métodos MSA e de R&R para quantificar aqueles erros-padrio significativos. E apropriado periodicamente reavaliar a incerteza relacionada ao processo de medigéo, para garantir a continuidade da exatidaio da estimativa A principal diferenga entre a incerteza e o MSA é que 0 foco do MSA. esti na compreensio do processo de medigdo, determinando a quantidade de erro no processo, ¢ avaliando a adequagao do sistema de medigao para o controle do proceso ¢ do produto. O MSA promove entendimento e a melhoria (redugdo da variago). A incerteza € o intervalo de valores da medigéo definida por um intervalo de confianga associado com o resultado da medigao, dentro do qual se espera estar contido o valor verdadeiro da medigio, A rastreabilidade é a propriedade de uma medigao ou o valor de um padrio por meio do qual tal medicdo pode ser relacionada com referéncias estabelecidas, usualmente padrdes _nacionais ou internacionais, através de uma cadeia ininterrupta de comparagées, todas tendo as incertezas estabelecidas. Portanto, o entendimento da incerteza de medigo de cada elo dessa cadeia ¢ essencial. Através da incluso das fontes de variagio da medigao, provenientes do curto e longo prazo que sao introduzidas pelo processo de medigo e pela cadeia da rastreabilidade, a medigao da incerteza pode ser avaliada, e, assim, garantindo que todos os efeitos da rastreabilidade tenham sido levados em conta. Isto, por sua vez, pode reduzir os problemas de correlagdo entre medigses. O Guia para Expressar a Incerteza de Medigdo (GUM) é um manual de como a incerteza de uma medigao pode ser avaliada e expressa, Ao mesmo tempo em que a GUM fornece ao usuério um entendimento da teoria € estabelece orientagdes de como as fontes de incerteza da medigo podem ser classificadas € combinadas, ela deve ser considerada coro um documento de referencia de alto nivel, € nao “como o” manual. A GUM fornece também orientagao ao usuario em alguns dos mais avangados tpicos, tais como, a independéncia estatistica das fontes de variagao, analise de sensibilidade, graus de liberdade, etc.; tais t6picos sao criticos na avaliagdo dos medigio mais complexos, e sistemas de medigdo muiti-parametros 64 | : | } Segao G Capitulo 1 Sega0. 6 Analise dos Peoblemas de Medigho Analise dos Problemas de Medigao Passo 1 Passo 2 Passo 3 A compreensio da variagio da medigio e a sua contribuigio & variagao total devem ser consideradas como um passo fundamental na solugao basica de problemas. Quando a variago no sistema de medigdo exceder a todas as outras variveis, ela serd necessdria para analisar ¢ resolver tais questdes antes de trabalhar sobre o resto do sistema, Em alguns casos, a contribuigao da variagao do sistema de medigdo € negligenciada ou ignorada, Isto pode causar perda de tempo e de recursos assim como 0 foco € feito no proprio processo de produce enquanto a variagiio relatada realmente é causada pelo dispositivo de medig: ‘Nesta segdo uma andlise sera feita sobre os passos bisicos da solugio de problemas e seri também mostrado como tais passos se relacionam com a compreensdo das questies de um sistema de medi¢do. Cada empresa pode usar o proceso de resolugio de problemas aprovado pelo seu cliente. Se o sistema de medigao foi desenvolvido utilizando métodos mostrados neste manual, a maior parte dos passos iniciais jé existe. Por exemplo, um diagrama de causa e efeito pode ja existir relatando ligdes aprendidas valiosas sobre 0 processo de medigao. Estes dados deyem ser coletados ¢ avaliados antes de qualquer solugaio formal do problema Identificar o problema Quando trabalhamos com sistemas de medi Jo, como com qualquer outro processo, € importante definir claramente 0 problema ou questi, As questdes de medigao podem adquirir a forma de exatiddo, variagdo, estabilidade, cte. A coisa mais importante a fazer & tentar isolar a variagto de medigdo e sua contribuigdo, da variagao do proceso (a decisio pode ser trabalhar sobre o proceso de produgio, em vez de trabalhar sobre o dispositivo de medigao). A deserigao da questio necessita ser uma definigo operacional adequada de forma que qualquer pessoa possa entendé-la e ser capaz de atuar sobre ela Identificar a Equipe A equipe de solugio de problema, neste caso, dependeri da complexidade do sistema de medigao e da questio a resolver. Um sistema de medigao simples pode unicamente requerer um par de pessoas. Mas, caso o sistema de medigzio eo problema seja mais complexo, a equipe podera crescer (0 tamanho maximo deve ser limitado a 10 membros). Os membros da equipe € as funges que eles representam dever estar identificados na folla de solugdo de problemas, Fluxograma do Sistema de Medi¢ao e do Processo A equipe deve analisar quaisquer fluxogramas existentes do sistema de medigaio e do processo. Isso guiara a discussdo das informacdes conhecidas e desconhecidas sobre a medigao e suas inter-relagd com 0 processo. O fluxograma do proceso poderd identificar novos membros que deverdo ser incluidos na equipe. 65 Capitulo I Sepi0 G ‘Anilise das Problemas de Medigéo Passo 4 Passo 6 Passo 7 > Ww. Edwards Dem 1s, The New Economies for Industry, Government, Education Diagrama de Causa e Efeito A equipe devera analisar todos os Diagramas de Causa € Bfeito existentes sobre o Sistema de Medico. Isto poderia, em alguns casos, resultar numa solugdo ou uma solugdo parcial. Isso guiara a discussio das informagées conhecidas e desconhecidas. A equipe deveria utilizar © seu conhecimento sobre 0 assunto para identificar aquelas variiveis que mais contribuem ao problema. Estudos adicionais podem ser feitos para comprovar as decisdes. Planejar — Fazer — Estudar — Agir (PDSA)** Isto guiard a um ciclo Planejar — Fazer ~ Estudar — Agir, que é a forma de estudo cientifico. Experimentos so planejados, dados so coletados, a estabilidade é estabelecida, hipdteses so feitas comprovadas até que uma solugo adequada seja alcangada, Solugao Possivel e Comprovagao da Corregdo Os passos € a solugdo sto documentados para registrar a decisao. Um estudo preliminar é realizado para validar a solugao. Isto pode ser feito usando alguma forma de projeto de experimentos para validar a solug&io. Também, estudos adicionais podem ser realizados no decorrer do tempo, incluindo as variagdes do material e ambientais Institucionalize a Mudanga A solugdo final € documentada no relatério; entdo, © departamento adequado e as fungdes modificam o proceso de modo a que © problema nao volte a ocorrer no futuro. Isto poderd requeret modificagdes nos procedimentos, normas, e nos materiais de treinamento. Este € um dos passos mais importantes do. provesso. Muitas questées ¢ problemas ocorreram num momento ou outro, The MTI Press, 1994, 2000, 66 Capitulo IS Capitulo Il CONCEITOS GERAIS PARA AVALIAR OS SISTEMAS DE MEDIGAO 67 Capitulo Conceitos Gerais para Avaliar os Sistemas de Medigio 68 Segao A Fundamentos Fases 1&2 Entender 0 processo de medigado e que ele satisfaz os requisitos? O processo de medigao satisfaz os requisitos no decorrer do tempo? Capitulo Il Sega A Fundamentos Dois importantes pontos devem ser avaliados 1) Verificar se a variavel correta esti sendo medida, no local adequado a caracteristica. Verificar 0 dispositivo de fixagao ¢ © respective aperto, se aplicdveis, Identificar também quaisquer questdes ambientaiscriticas. que so interdependentes com a medigdo. Se a varidvel errada esta sendo medida, entZo nao importa quio exato ou quio preciso & 0 sistema de medigdo, isto simplesmente consumiré recursos, sem beneficios. 2) Determinar quais propriedades estatisticas o sistema de medigao necessita ter para ser considerado aceitével, Para fazer esta determinagdo é importante saber como os dados sero utilizados, pois sem este conhecimento, nao serd possivel determinar as propriedades estatisticas apropriadas. Apés as propriedades estatisticas serem determinadas, o sistema de medigao deve ser avaliado para ver se realmente possui tais propriedades ou nao. O teste da fase 1 é uma avaliagdo para verificar se a varidvel correta est sendo medida na localizagao da caracteristica apropriada por um. sistema de medigZo que cumpre com as especificagdes de seu projeto. (Verificar fixagiio e aperto, se aplicaveis). Além disto, veriticar se existem questdes ambientais criticas que se inter-relacionam com a medigio. A fase | poderia usar um experimento projetado estatisticamente para avaliar 0 efeito do ambiente operacional sobre os parimetros do sistema de medigio (exemplos: tendéncia, linearidade, repetitividade ¢ reprodutibilidade). Os resultados dos testes da fase I podem indicar que o ambiente opel contribui significativamente para a variagio total do sistema de medigio, Adicionalmente, a variagio atribuivel & tendéncia e linearidade do dispositive de medigao deveria ser pequena quando comparada com os componentes de repetitividade e reprodutibilidade. icional_nvio © conhecimento obtido durante os testes fase | deveria ser usado como entrada para o desenvolvimento do programa de manutengiio do sistema de medio, bem como o tipo de teste que sera usado na fase 2. AS questdes ambientais podem implicar numa mudanga de local, ou um ambiente controlado para o dispositive de medigao Por exemplo, existe um impacto significative da repetitividade e reprodutibilidade sobre a variagZo total do sistema de medigdo, um experimento estatistico simples ce dois fatores poderia ser realizado periodicamente como sendo os testes da fase 2. Os testes da fase 2 fornecem o monitoramento continuo das fontes- chave de variagdo para continuar a confianga no sistema de medi (e dos dados que esto sendo gerados), e/ou um sinal de que o sistema de medigao se deteriorou no decorrer do tempo. 69 Capitulo I - Sapo & Fundamentas cara pes ener nar eresemeere 70 Capitulo U- Seeao B Selegio/Desonvolvimento de Procedimentos de Teste Segao B Selegdo/Desenvolvimento de Procedimentos de Teste “-Qualquer técnica pode ser dit se suas limitagdes forem compreendidas € observadas™*, Muitos procedimentos adequados esto disponiveis para avaliar os stemas de medigao. A escolha que procedimento usa depende de muitos fatores, a maioria dos quais necessita ser determinada caso a caso, para cada sistema de medigao a ser avaliado, Em alguns casos, um este preliminar pode ser necessério para determinar se 0 procedimento & apropriado para um sistema de medigao particular ou nao, Este teste preliminar deve ser parte integrante dos testes da Fase 1 discutida na segao anterior. Questdes gerais a considerar ao selecionar ou deseavolver um procedimento de avaliagao: * Os padrées, tais como aqueles rastredveis ao NIST, devem ser usados no teste, e qual é 0 nivel apropriado ao padrlio? Os padrdes so frequentemente essenciais para avaliar a exatidtio de um sistema de medigao. Se os padrdes nio forem utilizados, a variabilidade do sistema de medigao ainda assim pode ser avaliada, mas isto pode nao ser suficiente para avaliar sua exatidio com razoavel credibilidade. A falta de credibilidade pode ser um problema, por exemplo, ao tentar resolver um aparente conflito entre 0 sistema de medigiio do produter e 0 sistema de medigao do cliente, © Para o teste continuo na Fase o uso de medigi ocultas pode ser considerado, Medigaes ocultas so aquelas obtidas no ambiente real de trabalho por um operador que 1 sabe estar sendo conduzida uma avaliagio do sistema de medigio, Adequadamente administrados, os testes baseados em medigdes ocultas nao so contaminados pelo conhecido efeito Hawthorne”. fo © Ocusto do teste. * O teinpo requerido pelo teste. © Todo termo que nao tem uma definigdo comumente aceita deverd ser definido operacionalmente. Exemplos de tais termos incluem —exatiddo, preciso, _repetitividade, reprodutibilidade, etc 25 W. Eduards Deming, The Logie of 6 6 “BReito Hassthom Electric, entre Novembro de 1924 ¢ Agosto de 1932. Nestes experionents, os pesauisadores sistematicamente modifiearam as condigoes de trabelho de cinco montadores € monitoraram os resultados. Convo as condigdes de trabalho melhoravam, a produgio aumentow Contudo, quando as eondigdes de trabalho eram deterioradas, a produgio continuava a melhorar. Ito To inter tinham desenvolvido uma atiuule mais positiva para o trabalho 180 somente conto resultado de eles serem parte do estudo, em ve Lunicamente o resultado das coadigdes de trabalho moditieadas. Veja t History ef the Hawthorne Experiments, by Richard Gillespie, Cambridge University Poss, New York, 1991 Jntion, The Handbook of Evaluation Research, Vol. 1, Ener L, Steuening and Guttentag, Editors, tefere-se aos resullades de unis série de experimentos industria realizados nas Fabricas de Hassthorne da Westem wo come resultado de que o¢ tabathade 71 Capitulo Seleydo/Desenvolvimento de Procedineentos de Teste * Sera que as medigdes feitas por um sistema de medigdo podem ser comparadas com as medigdes feitas por outro ema de medigio? Em caso afirmativo, deve-se considerar © uso de procedimentos de teste que dependem do uso de padrdes tais como aqueles discutidos na Fase 1 anteriormente apresentada. Se os padrdes nao fore usados, pode ainda ser possivel determinar se os dois sistemas de medigo trabalham bem juntos ou nao, Contudo, se os sistemas nae estio trabalhando bem juntos, ent&o, pode nao ser possivel, sem o uso de padrées, determinar qual sistema necesita de melhoria. © Quio frequentemente os testes da Fase 2 devem ser realizados? Esta decisio pode ser baseada nas propriedades estatisticas do sistema de medigéo individual, nas consequéneias para as instalagdes, e as instalagdes dos clientes de um processo de manufatura que, na verdade, nao é monitorado devido ao sistema de medigio nao funcionar adequadamente. Em adigdo a estas questées genéricas, outras especificas para um sistema de medigao particular que esta sendo testado podem também ser importantes. Encontrar as questdes especificas que sto importantes sistema de medigao particular é um dos dois objetivos dos testes da Fase 1. Capitalo 11 Sega C Preparagio pars o Estudo do Sistoma de Medigao Preparagao para o Estudo do Sistema de Medigao Como em qualquer estude ou anélise, planejamento ¢ preparagio suficientes devem ser feitos antes da realizagio do estudo do sistema de medigdo. A preparagio tipica antes da realizagao de um estudo é a seguinte: 1) A abordagem a ser usada deve ser planejada, Por exemplo, determinar pelo uso da opinigio da engenharia, observagdes visuais, ou um estudo do dispositivo de medigtio se existe influéncia do avaliador na calibragao ou uso do instrumento. Existem alguns sistemas de medigio onde o efeito da reprodutibilidade pode ser considerado desprezivel; por exemplo, quando um botio pressionado ¢ um némero é impresso, 2) A quantidade de avaliadores, a quantidade de pecas da amostra, € 0 niimero de leituras repetidas devem ser previamente determinadas. Alguns fatores que devem ser considerados nesta seleedo sao: (a) Criticidade da dimensio - dimensdes criticas exigem mais pegas na amostra e/ou repetigdes. A raziio deve sero grau de confianca desejado para as estimativas do estudo do dispositivo de medigao, (b) Configuragiio da pega ~ pegas volumosa podem implicar em menos amostras e mai ou pesadas repetiges (c) Requisitos dos clientes 3) Uma vez que 0 propésito ¢ avaliar o sistema de medigio total, os avaliadores escolhidos deverdo ser selecionados dentie aqueles que normalmente operam o instrumento, 4) A selegio das amostras das pegas ¢ critica para uma andlise adequada e depende inteiramente do projeto do estudo de MSA, do propésito do sistema de medigao, e disponibilidade de pecas que representam 0 processo de produgio. Para situagdes de Controle de Produto onde a medigtio resultante e 0 critério de decisto determina “conformidade ou ndo-conformidade & especificacdo da caracteristica” (isto & inspegio 100% ou amostragem), amostra (ow padres) devem ser selecionadas, mas ndo necessitam cobrir toda amplitude do proceso. A avaliagZo do sistema de medi¢do & baseada na toleraincia da caracteristica (isto é, %RB&R para a TOLERANCIA). Para situagSes de Controle do Proceso onde a medigio resultante © 0 critério de decisio determinam a “estabilidade do processo, tendéncia, & conformidade com a ‘variag3o natural do processo” (isto é, CEP, monitoramento do processo, capabilidade do processo, e melhoria do process0), a disponibilidade das amostras de todo o intervalo de opera toma-se muito imporimte. Uma estimativa independente da variagao do processo (estudo de capabilidade do processo) € recomendada quando avaliamos a adequaga0 do sistema de medigtio para 0 controle do processo {isto & %RA&R da variagdo do proceso). Capitulo I~ Segio D Analise dos Resultados Quando uma estimativa independente da variagiio do proceso no esta disponivel, OU para se determinar a tendéncia do processo ea nua adequagdo do sistema de medigZo para o controle do proceso, as pegas da amostra devem ser selecionadas de um processo de produco ¢ representar a amplitude total da operagio de produgio. A variago das pegas da amostra (VP) selecionadas para o estudo de MSA é usada para calcular a Variagio Total (VT) do estudo. O indice VT (isto &, %R&R de VI) € um indicador da tendéncia do processo ¢ da adequago continua do sistema de medigao para 0 controle do processo. Se as pegas da amostra NAO representam 0 processo de produgdo, VT deve ser ignorado na avaliagdo. Ignorar VT nfo afeta as avaliagées utilizando a tolerincia (controle do produto) ou uma estimativa independente da variago do processo (controle do processo). ‘As amostras podem ser selecionadas pegando-se uma pega por dia no decorrer de varios dias. Repetindo, isto & necessario, pois as pegas serfio tratadas na andlise como se elas representassem a amplitude da variag’o no proceso. Uma vez que cada pega seri medida varias vezes, cada pega deverd ser numerada para identificagac. 5) O instrumento deve ter uma discriminagiio que permita pelo menos um décimo da variago esperada do processo de uma caracteristica a ser lida diretamente. Por exemplo, se a variagao da caracteristica for 0,001, o equipamento deverd ser capaz de “ler” uma variagio de 0,0001 5) Garamtir que o método de medigao (isto &, avaliador e instrumento) = esti medindo a dimensiio da caracteristica € esti seguindo o procediniento de medigao definido. A maneira pele qual tim estudo & realizado & muito importante. Todas as andlises apresentaas neste manual supdem uma independéncia estatistica” das leituras individuais. Para minimizar a probabilidade de e dos resultados. os seguin ‘os decor '$ passos siio necessirios: 1) As medigdes devem ser feitas numa ordem aleatéria®® para s quaisquer desvios ou variagdes que possam ocorrer serio distribuidos aleatoriamente no decorrer do. estudo. Os avaliadores devem desconhecer a identi da pega numerada que esta sendo verificada, para evitar qualquer tendéneia possivel por conhecimento, Portanto, a pessoa que conduz 0 estudo deve conhecer a identificagio da pega numerada que esti sendo verificada, para registrar os dados adequadamente, ou seja Avaliador A, Pega I, primeira medigto; Avaliador B, Pega 4, segunda medigaios ete. 2) Na Ieitura do equipamento, os valores medidos devem ser registrados até 0 limite pritico da discriminagio do instramento. Dispositivos mecdnicos devem ser lidos ¢ registrados até a menor unidade da discriminagio da escala. Para leituras eletrOnicas, 0 plano de medigdo deve estabelecer uma politica comum para gravar 0 digito significativo mais 4 direita. Dispositivos analégicos devem ter sua leitura registrada & metade da menor graduagdo ou ao limite de sensibilidade e resolugto. Para dispositivos analégicos, se a menor graduago da escala for 0,001", entao os resultados da medligo devem ser registrados até 0,00005" 2” Nao hi comrelagio entre as leituras °* Veja Capitulo IH Segso B “Aleatorizagio e independ Bxtatisten”™ 74 Capitulo I~ Sepio © Preparayo para o Estudo do Sistema de Mediszo 3) O estudo deve ser gerenciado e observado por uma pessoa que entende a importancia de conduzir um estudo confiavel. jerados ao se desenvolver os ‘ase 2: Varios fatores necessitam ser con: programas para os testes Fase 1 ou F: * Que efeito o avaliador tem sobre © processo de medigio? Se possivel, os avaliadores que normalmente usam o dispositivo de medigdo devem ser incluidos no estudo. Cada avaliador deve usar 0 procedimento — em todos os seus pasos = que normalmente usam para obter as leituras. O efeito de quaisquer diferencas existentes entre os métodos usados pelos avaliadores se refletiré na Reprodutibilidade do sistema de medigao. * A calibragdo do equipamento de medigao pelo avaliador pode ser uma causa significativa de variagio? Se sim, os avaliadores devem re-calibrar o equipamento antes de cada grupo de leituras, © Quantas pecas da amostra e leituras repetidas sio requeridas? O niimero de pegas requeridas dependera de quao significativa é a caracteristica que esti sendo medida, e sobre © nivel de confiabilidade requerido para a estimativa da variago do sistema de medigio, Embora 0 niimero de avaliadores, repetigdes, € peas possam variar, quando utilizamos as priticas recomendadas e discutidas neste manual, © niimero de avaliadores, repetigdes, © pecas deve permanecer constantes entre os programas de teste da Fase I e da Fase 2, ou ainda, entre os testes sequenciais da Fase 2 para os sistemas de medig#o comums. Mantendo-se os elementos comuns entre os progratnas de teste ¢ os testes sequenciais, serio methorada as comparagdes entre os varios resultados dos testes, 75 76 Capitulo 1t= Sega D Anilise dos Resultados Erro de montagem ou fixagao Erro de Localizagao Erro de Dispersao Os resultados devem ser avaliados para determinar se o dispositivo de medi¢ao é aceitével para a aplicagdo pretendida, Um sistema de medigao deve ser estavel antes de qualquer andlise adicional valida. Critérios de aceitagdo — Dispositivos de Montagem e Erros de Fixagio Uma fixagdo projetada inadequadamente ou um dispositive de montagem deficiente iri aumentar 0 erro de medigao, Isso é normalmente encontrado quando as mediges indicarem ou mostrarem a instabilidade do processo ou condigGes fora de controle, Isso deve ser devido a variagio excessiva do dispositive de medigao ou pouca repetitividade e valores de R&R insuficientes. Em geral, a primeira coisa a fazer quando um problema de medigao aparente existir, ¢ analisar criticamente as instrugdes de setup & montagem para certificar-se que 0 dispositivo de medigao foi montado adequadamente, (nota: isto no estar nas instrugdes), € por exemplo, os grampos/sondas esto posicionados adequadamente e tém a carga correta. Também, verificar se o programa segue o protocolo requerido ou esperado no caso de medigdes automatizadas. Se problemas sdo encontrados em quaisquer destas Areas, reinicialize € conserte © dispositive de medig%o e fixagao, entio recomece a avaliagiio da medigaio Critérios de Aceitagao — Erro de Lo izagao O erro de localizagao é normalmente determinado pela amilise da tendéncia ¢ da linearidad Em geral, 0 erro de tendéncia ou de linearidade de um sistema de medigZo & inaceitivel se forem significativamente diferentes de zero ou se excederem o ero maximo permissivel estabclecido pelo procedimento de calibragao do dispositive de medigdio. Em tais casos, © sistema de medigao deve ser recalibrado, ou uma corregio compensatéria deverd ser aplicada para minimizar este erro. “ritérios de Aceitagao ~ Exro de Dispers Os critérios para determinar se a variabilidade do sistema de medicaio é satisfatéria dependem da porcentagem de variabilidade do proceso de produgao, ou a tolerancia da peca que € consumida pela variagio do sistema de medigao. Os critérios de aceitagdio final para sistemas de medigio especificos dependem do ambiente do sistema de medigdo © propésito e devem ser aprovados pelo cliente. (Veja Capitulo I - Segdio B ~ “Os efeitos da variabilidade do sistema de mediga0”) Quando comegar a avaliagio dos sistemas de medigao de uma organizagao, ele pode ser stil para definir prioridades no qual o sistema de med inicialmente iré focar. Uma vez que a variagZo final (total) ¢ bascada a comhinagdo da variagdio do processo © medi¢ao Fras = VO pron Ove quando 0 CEP esti sendo aplicado para controlar 0 processo ou coletar dados dos processos, e a carta de controle indica que o proceso é estavel © a variagZo total € aceitivel, 0 sistema de medi¢ao pode ser considerado itivel para 0 uso e nao necessita reavaliagdo” em separado. Se uma 71 Capitulo 11 Segio D Anise dos Resultados. condigdo fora de controle ou ndo-conformidade & encontrada nesta situago, a primeira coisa que deve ser feita é avaliar o sistema de medicZo. Para sistemas de medigo cujo propésito é analisar um proceso, uma regra pratica geral para a aceitagao do sistema de medig&o é como a seguinte: RER Decisio Comentarios Porcentagem menor que | Geralmente considerado como | Recomendado, especialmente iil 10% sum sistema de mediggo aceité- | quando tentamos ordenar ou clas vel ficar pecas ou quando é necessario apertar 0 controle do processo Porcentagem entre 10% e | Pode ser aceitvel para algumas | Decisio deve basear-se, por exem 30% aplicacbes plo, na aplicagao do sistema de me- digdo, custo do dispositivo de medi- 0, custo de retrabalho ou reparo. Deve ser aprovado pelo cliente. Porcentageni acima de | Considerado como inaceitavel | Todos os esforgos devem ser feitos 30% para melhorar o sistema de medi- gio. Essa condigao deve ser tratada pelo uso de uma estratégia adequada de medigio; por exemplo, utilizando a média dos resultados de muitas lei- turas de uma mesma caracteri ica da pega a fim de reduzir a variagao de medigao final ‘Tabela 11-D “ritério de R&R Métrica adicional do erro de dispersio Outra estatistica de variabilidade do sistema de medig%o € © néimero de distintas categorias (nde). Esta estatistica indica o numero de categorias dentro do qual © processo de medigao pode ser dividido. Este valor deveria ser maior ou igual a 5. Aaverténcia O uso da diretriz de R&R como critério limitrofe sozinho NAO é uma prética aceitével para determinar a aceitabilidade de um sistema de medigao » Seo processo t i esté sab controle estatistico para a mia & 0 pric de variagdo e a variagao total éaceitivel, ent tanto (1) 0 processo real e a variabilidade da medigz0 sdo aceitves (2). variagio da megs no é aceitivel com relagio a varingdo do processo (o qual é extremamente pequeno) mas amibos estio em contiole eslatistico, Frm qualquer caso 0 proeesso esti produzindo wm produto aceitvl. No caso (2) a existéncia de uma no-canformidade eu condicSo fora de controle pode ser um fas alarme (isto &, 0 produto & acetivel mas a aualiago diz que no 6 o que causaria ums evaligG0 do sistema de medigao e process. Capitulo (Sepfio E Questtes relativas 2 medi¢zo cla pode ser assursia y 78 Capitulo I Sega D Analise dos Resultados Aplicando as diretrizes como limites, assumimos que as estatisticas calculadas sto estimativas deterministicas da variabilidade dos sistemas de medigaio (0 que cles nao sao). Especificar as diretrizes como critério fimitrof pode direcionar a comportamentos errados. Por exemplo, o fornecedor pode ser criativo para alcangar uma baixa RAR através da eliminaco das fontes reais de variagao (exemplo, interagdo entre pega ¢ dispositive de medigio) ou manipulando o estudo de medigao (exemple, produzindo pegas fora da variagio esperada do proceso). Comentarios sobre a Aplicagio e Aceitabilidade do Dispositivo de Medico Ao verificar 0 R&R ¢ a variagdo da medigo, & importante verificar cada aplicago individwalmente, para ver o que & requerido € como a medig&o sera usada, Por exemplo: a preciso requerida da medigao de temperatura pode ser diferente para as diferentes aplicagdes. Um termostato de uma sala pode regular a temperatura para o conforto humano e ser economicamente vidvel, mas pode ter um R&R acima de 30%. Ele é aceitavel para esta aplicagfio. Mas num laboratério, onde pequenas variagGes na temperatura podem impactar no resultado dos ensaios, uma medigo e controle mais sofisticados de temperatura sero requeridos. Esse termostato poderd ser mais caro e & requerido que tentha menos variabilidade (isto é, ter um R&R baixo). A accitagio final de um sistema de medigo nao pode ser baseada num Ginico conjunite de indices. O desempenho a longo prazo ilo sistema de medigao pode também ser revisto, por exemplo, wilizando uma andlise grifica ao longo do tempo, 79 Capitulo 2 Seg D Anilise dos Resultados L : Capitulo Ill PRATICAS RECOMENDADAS PARA SISTEMAS DE MEDIGAO REPLICAVEIS Exemplos de Procedimentos de Testes 82, Capitulo HT = Segio A “Exemplos de Procedimentos de Testes Segao A Exemplos de Procedimentos de Testes Exemplos de procedimentos de teste especificos silo apresentados neste capitulo, Os procedimentos so simples de usar e podem ser prontamente aplicados num ambiente de produgao. Como anteriormente discutido, 0 procedimento de teste que poderia ser usado para entender o sistema de mediggo ¢ para quantificar sua variabilidade depende das fontes de variago que podem afetar este sistema de medigao. Em muilas situagdes, as fontes de importantes sio devidas ao instrumento _(dispositivo medig&o/equipamento), 4 pessoa (avaliador), e ao métado (procedimento de medigao). Os procedimentos de teste apresentados neste cupitulo so suficientes para este tipo de andlise do sistema de medigao. Os procedimentos sto apropriados para usar quando: ¥ Somente dois fatores, ou condigdes de medigao (isto & avaliadores € pecas), mais a repetitividade do sistema de medi¢io so estudados. el ¥ Qeleito da variabilidade em cada pega é despre ¥ Nao ha interagao estatistica entre avaliadores e pegas. ¥ As pegas nfo variam funcionalmente ou dimensionalmente durante o estudo, isto é, sio replicaveis. Um projeto de experimento estatistico pode ser conduzido e/ou o conhecimento sobre 0 assunto utilizado para determinar se estes procedimentos so apropriados para qualquer sistema de medigao especifico. 83 Capitulo 11 ~ Segio Exemplos de Procedimentos de Testes 84 Capitulo 1 Diretrizes para o Estudo do Sistema de Media gor Va Secgado B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medigao por Variave' Esta seco contém as diretrizes para a implantagio das técnicas de sistema de medigo descritas no Capitulo I, Segao E. Uma analise critica do Capitulo I — Segao E é recomendada para garantir a aplicagao adequada destas diretrizes. Diretrizes para a determinagao da estabilidade Conduzindo o Estudo 1) Obter uma amostra e estabelecer seu(s) valor(es) de referéneia contra um padrio rastreavel. Caso nao haja disponibilidade de um padrdo, selecionar uma pega’ de produgdo que se situe no meio da amplitude das medigdes feitas na produgdo, denominando-a como amostra-padra para efeito de andlise da estabilidade. O valor de referéncia conhecido nao necessirio para acompanhar a estabilidade do sistema de medigio. Pode ser desejivel ter pecas-padréio para a extremidade infetior, para a extremidade superior, e © meio da amplitude das medigbes esperadas na producdo. Medigdes separadas € cartas de controle sie recomendadas para cada uma, 2) Em uma base periédica (diéria, semanal) medir a amostra padrao de trés a cinco vezes. O tamanho da amostra e a frequéncia devem se basear no conhecimento do sistema de medigdo. Fatores que poderiam ser incluidos. como a frequéncia requerida para recalibragdo ou reparo, a frequéncia que o sistema de medigZo & utilizado e quanto o sistema & exigido nas condigdes de operagao, AS leituras devem ser tomadas em diferentes momentos para representar a condigao de uso real do sistema de medigéo. Isto levara em consideragao a fase de preparagio, 0 ambiente ou outros fatores que podem variar durante o dia Valor de Referéneia 3) Plotar os dados numa carta de controle ¥ & Rou X &s, em ordem cronolégica. Analise dos Resultados — Grafico 4) Estabelecer os limites de controle ¢ avaliar as condigdes fora de controle ou de instabilidade, utilizando-se da ani convencional de uma carta de controle. " Cuidados deverinm ser tomados onde a poga-pairic da produgio pode softer um desgaste exeessivo devido ao uso, material © manuscio Iso pole ex io. modifiengao dessa pega ce produglo, kas como tratamento gala para aumnentar a vido do 85 Capitulo I - Sepio B Dinetizes para o Estudo do Sistema de Medigio por Variiveis * Veja o Manual de Refer wia do CEP. Analise dos Resultados - Numérica Além das andlises das cartas de controle convencionais, nao ha andlise numérica especifica ou indicadores para a estabilidade™. Se o processo de medigdo for estavel, os dados podem ser usados para determinar a tendéncia do sisterna de medigao, Além disso, o desvio-padrdo das medigdes pode ser usado como uma aproximagdo para a repetitividade do sistema de medigao. Isso pode ser comparado com 0 do processo para determinar se a repetitividade do sistema de medigdo é adequada para a aplicagao. © Projeto de Experimentos, ou outra técnica analitica de resolugtio de problemas, pode ser necessério para determinar os principais fatores que ccontribuem para a falta de estabilidade do sistema de mediga0, Exemplo — Estabilidade Para determinar se a estabilidade de um novo instrumento de medigao é aceitavel, a equipe de processo selecionou uma pega proxima a0 meio da amplitude do processo de produgiio. Essa pega foi enviada ao laboratorio de medigao para determinar o seu valor de referéncia, que resultou ser 6,01. A equipe mediu essa pega 5 vezes em cada tummo, todos os dados terem sido coletados, foram elaboradas as cartas X & R (veja Figura II-B », durante quatro semanas (20 subgrupos). Ap Carta Xbarra/R para Anilise da Estabilidade Figura ULB 1 Anialise da Carta de Controle para a Estabilidade A anilise da carta de controle indica que 0 processo de medigao estavel desde que nao existam efeitos de causas especiais ébvias visiveis. 86 Capitulo I= Segto B Diretrzes para 0 Esto do Sistema de Medio por Variaiveis Diretrizes para a determinagao da tendéncia* — Método da Amostra Independente [oTENotcts > Veja Copitulo 1, S oF, para uma definiglo ope Conduzindo o Estudo © método da amostra independente para determinar se a tendéncia € aceitavel utiliza o Teste de Hipéteses: H, tendéncia = 0 Hy tendéncia ¢ 0 A tendéncia média calculada é avaliada para determinar se a tendéncia poderia ser devido a variagao aleatéria (amostragem). Em geral, o erro de tendéncia ou linearidade do sistema de medigao ¢ accitavel se ele no € estatisticamente diferente de zero quando comparado com a repetitividade. Consequentemente, a repetitividade deve ser aceitivel quando comparado com a variagdo do processo, para que esta anailise seja itil 1) Obter uma amostra e estabelecer seu valor de referéncia contra um padrdo rastredvel. Caso nfo haja disponibilidade de um padrio, selecionar uma pega de produgao que se situe no meio da amplitude das medig@es feitas na produgiio denominando-a como peca-padrio para efeito da andlise de tendéncia. Medir esta pega n> 10 vezes no dispositivo ou sala de medida, ¢ calcular a média dessas n leituras. Usar esta média como “valor de referéneia” Pode ser desejivel ter pegas-padrio para a extremidade inferior, para a extremidade superior, © 9 mei da ampli s esperadas na produgdo. Se isto for tito, analisar os daslos por meio de um, estude de linearidade. chs medig Ter um tnico avaliador medindo a amostra n = 10. vezes de maneira convencional Analise dos Resultados - Grafico 3) Determine a tendéncia de cada leitura; Tendéneia, = x; — valor de referéncia 4) Plotat os dados de tendéncia como um histograma com relagzio a0 valor de referéncia. Analisar o histograma utilizando o conhecimento sobre 0 assunto, para determinar se quaisquer causas especiais ou anomalias esto presentes. Em caso negativo, continuar com a andlise. Atengao especial deve ser tomada para qualquer interpretagao ou andlise quando n <30 diseussio de causas potenciais 87 Capitulo If SegSo B Diretrzes para o Estudo do Sistema de Medigao por Varidveis Analise dos Resultados - Numérica 5) Calculara tendéncia média das n leituras, Drendénciai tendéncia _média = =" n 6) Caleular o desvio padrao da repetitividade (veja também a seguir, Estudo do Dispositivo de Medigiio, Método da Amplitude, abaixo): Se um estudo de R&R estiver disponivel (e vilido), o eéleulo do desvio-padrio da repetitividade deve ser baseado nos resultados desse estudo. 7) Determine se a repetitividade é aceitével pelo célculo de %VE = 100 [VE/VT] = 100 [Oppsiviaste / VT] Onde a variagio total (VT) é baseada na variagiio esperada do processo (preferéncia) ou a amplitude da especificagio dividida por 6 (ver também o estudo de R&R abaixo) Sea %VE grande (ver Capitulo Il, Segtlo D), endo a variagdo do sistema de medigiio deve ser inaceitavel. Uma vez que 9 andlise de tendéncia assume que a repetitividade € aceitvel, continuar a analise com o sistema de medigao com uma %VE grande conduziré a resultados enganosos e confuses. Nota dos ‘autores: O que especifieamente nds supomos ao olhar a Segio D que liga o VE? 8) Determinar o valor da estatistica t para a tendéncia™ tendéncia_média Oo estatistica_t Pets = 9) Tendéncia é aceitavel (estatisticamente zero) no nivel a se * o-valor p (p-value) associado COM tendéncia € Maior que a; ou 4 incerteza para a tendéneia & dada por Oy 88 Capitulo Ul - Segso B. Ditetsizes pare o Estudo do Sistema de Mecligtio por Variivels © zero cai dentro do intervalo de con! valor da tendéncia anca 1- a baseado no Tendéncia— [ole «| < zero < Tendéncia + foals, | onde v= n-1 e, tajna § obtido por meio das tabelas t padrlo. 4 © nivel a utilizado depende do nivel da sensibilidade que & necesséria para avaliar/controlar © processo ¢ esti associado com a funglo perda (curva de sensibilidade) do produto/processo, Um acordo com 0 cliente deve ser obtide quando ‘ nivel « adotado diferir do valor 0,05 (95% de confianga) utilizado. Exemplo — Tendéncia Um engenheiro de processo estava avaliando um novo sistema de medigdo para monitorar um proceso, A andlise do equipamento de medigio indicou que nfo havia problemas de linearidade, portanto 0 engenheiro somente avaliou a tendéncia do sistema de medigdo. Uma tinica pega foi escolhida dentro da amplitude de operagao do sistema de medigao com base na variagio documentada do processo. Esta peca foi medida pela inspesao de layout para determinar o seu valor de referencia, A pega foi entio medida quinze vezes pelo operador lider. 89 Capitulo T= Sepo B Diretrzes para © Estudo do Sistema de Metligzo por Variéveis Valor de Tendéneia Referéncia = 6,00 1 58 02 2 5,7 -0,3 3 59 0,1 B4 59 -0,1 os 60 0,0 E 6 61 Ou g7 60 0,0 58 61 O1 LC 64 04 10 63 03 ll 60 0,0 R 61 0,1 B 62 02 4 56 “04 15, 60 0,0 ‘Tabela INL-B 11; Dados do Estudo de Tendéncia Usando uma planitha de dados e um software estatistico, o supervisor gerou o histograma € a andlise numérica ( ver figura ITI-B 2 ¢ Tabela TIL-B 2). Freqiiéncia 56 57 58 59 0 61 62 63 64 Valor Medido 90 Capitulo Il - Segio B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medico por Variaveis Histograma do Estudo de Tendéncias (com Hoe 959% ntervalo de confanca t para a médla) Figura II-B 20- Estudo de Tendéncia ~ Histograma do Estudo de Tendéncia © histograma nao mostrou qualquer anomalia ou pontos fora requerendo uma andlise e revisio adicional, A repetitividade de 0,2120 foi comparada com a variagiio esperada do proceso (desvio padrao) de 2,5. Uma vez que a %VE = 100 [0,2120/2,5] = 8,5%, a repetitividade & aceitivel e a andlise de tendéncia pode continuar. Uma que o valor zero caiu dentro do intervalo de confianga da tendéncia (-0,1107, 0.1241), © engenheiro pode assumir que a tendéncia das medigdes ¢ aceitével assumindo que © uso real do sistema de medigo nao introduziré variagio de fontes adicionais OL Capitulo I - Sepa B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medigo por Variiveis Valor de Referéncia = 6,00, Estatistico |g) | Valor signifcativet | Tendéncia t (bi-caudal) Média Erro Padrao. da Média, o» a=.05 95% Intervalo de Confianga da Tendéncia Superior Valor Medido 2.14479 ‘Tabela III-B 12: Estudo de Tendéncia — Anilise do Estudo** de Tendéncia Diretrizes para a determinagao da Tendéncia — Método da Carta de Controle 0.1241 Conduzindo o Estudo Mesmo gus os dads Se uma carta X & R foi usada para avaliar a estabilidade, seus dados também podem ser usados para avaliar a tendéncia, A andlise da carta de controle deve indicar que o sistema de medigao é estivel antes da tendéncia ser avaliada 1) Obter uma amostra ¢ estabelecer seu valor de referéncia contra um padro rastr (0 haja disponibilida de um padrio, selecionar uma pega de produgio que se situe no meio da amplitude das medigies feitas na produg denominando-a como pega-padrio, para andlise de tendéncis Medir esta pega n= 10 vezes no dispositive de medi sala de medida, ¢ caleular a média dessas n leituras, Usar esta média como “valor de referéncia”. wel. Caso n Fo ou na 2) Conduzir 0 estudo de estabilidade com g (subgrupos) > 20, subgnupos de tamanho m. mincados com wn digit aps 0 port decimal os resukados so mosrads como prevsto por un progr elastin tpi wizando Precio dupa ito 6 com rns casas decisis. 92 Jn TENDeNctac| Repetibilidade Capitulo I Segio B Diretrzes para 9 Estado do Sistema de Medigio por Variaveis Analise dos Resultados - Grafico 3). Se o grafico de controle indica que o processo € estivel e m 1, utilize a andlise descrita para o método da amostra independente (veja acima). 4) Se m> 2, plotar os dados como um histograma com relagio ao valor de referéneia. Analisar o histograma utilizando o conhecimento sobre 0 assunto, para determinar se quaisquer causas especiais ou anomalias esto presentes. Em caso negativo, continuar com a anilise. Analise dos Resultados - Numérica 5) Obter o valor de Xa partir da carta de controle. 6) Calcular a tendéncia, subtraindo o valor de referéncia de X . tendéncia = X — valor de referéncia 7) Caleular o desvio padrao da repetit da Amplitude. ‘dade utilizando a Média R Femi =F onde d; é baseado no tamanho do subgrupo (m) ¢ no niimero de subgrupos da carta (2). (veja Apéndice C) 8) Determine se a repetitividade ¢ aceitavel pelo calculo de %VE = 100 [VE/VT] = 100 [ohepeisidnse ! WTT Onde a variagio total (VT) & baseada na variagto esperada do proceso (preferéncia) ou a amplitude da especi (ver também 0 estudo de R&R abaixo) (0 dividida por 6 Se a %VE € grande (ver Capitulo Il, Segdo D), entio a variagdo do sistema de medigdo deve ser inaceitavel. Uma vez que a anitise de tendéncia assume que a repetitividade € aceitavel, continuar 2 andlise do sistema de medi¢3e com uma %VE. grande conduzird 9 resultados enganosos ¢ confusos; ou seja, a analise pode indicar gue 2 tendéncia & estatisticamente zero enquanto a magnitude absoluta da tendéncia excede os valores aceitiveis do equipamente. 93 Capitulo Ml - Sepde B Direteizes para o Estude do Sisterna de Medigo por Varidveis 9) Determinar o valor da estatistica t para a tendéncia™: =O, On gm tendéncia oO. estatistica_t= f.., 10) A tendéncia é aceitavel (estatisticamente zero) no nivel «se 0 valor zero situar dentro dos limites do intervalo de confianga 1 —aem tomo do valor da tendéncia: Tendéncia-[ alt, : ws) |< zero < Tendénciat Pury} onde v é obtido no Apéndice C, e t, € obtido por meio das tabelas t padrao. © nivel a utilizado depende do nivel de sensibilidade necessiria para avaliar/controlar 0 proceso € esti associade com a fungdo perda (curva de sensibilidade) do produto/processo. Um acordo com o cliente deve ser obtido se 0 nivel a adotado diferir do valor 0,05 (95% de confianga) atilizado, Exemplo — Tendéncia Referenciando a Figura Ill - BI, o estudo de estabilidade foi realizado numa pega cujo valor de referéneia & 6,01. A média geral de todas as amostras (20 subgrupos de tamanho 5 para n=100 amostras) é 6.021 Portanto a tendéncia calculada & 0.011 Usando uma planitha de dados e um software estatistico, 9 supervisor gerou a andlise numérica mostrada na Tabela [1I-B 3, Uma vez que 0 valor zero caia dentro do intervato de confianga da tendéncia (-0,0299, 0,0519), a equipe de proceso pode assumir que a tendéncia das medigdes € aceitével assumindo que 0 uso real do sistema de medigdo nao introduzira variagdo de fontes adicionais. * .s incerteza da tendéneta & dada por 6, 94 Valor Medido Tabela Il1-B 13: Estudo de Tendéncia — Anilise de Estudo de Estabilidade para a Tendénci Valor Medido Capitulo I - Segio B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medio por Variaveis Desvio Erro Padréo m | Média, X | Padrao, 0, | da Média, o» 100 | 6.0067 2048 02048 6.01, a= .05, m= 5, g = 20, de = 2.334, dp = 2.326 Estatistico F “| Valor significativo t T 95% Intervalo de Confianga da Tendéncia (bi-caudaly Tendéncia Inferior Superior sar | 727 1.993 -.0299 0519 Analise dos Estudos de Tendéncia Se a tendéncia for estatisticamente nao zero, procure por uma destas possiveis ausas: * Ero no padrio ou no valor de referéncia. Verificar o procedimento de padronizagio © Instrumento desgastado. Isto pode ser mostrado na andlise de estabilidade e sugere um cronograma de manutengio ou reconstrugao, © Instrumente construido para dimensao errada, © Instrumento medindo a caracteristica erracla. trumento calibrado de forma inadequada, Revise o procedimento de calibragao. ® Instrumento usado pelo avaliador de forma inadequada. Revisar as instrugdes de medigao. * _ Instrumento com algoritmo de corresao incorreto. Se 0 sistema de medio tem uma tendéncia nao nula, sempre que possivel deve ser recalibrado para alcangar a tendéncia zero por meio de modificagéo do equipamento, do software, ou de ambos. Se a tendéncia no pode ser ajustada para zero, 0 sistema de medigao ainda pode ser usado, mediante uma modificagdo no procedimento (exemplo: corrigindo-se cada leitura com a tendéncia usada como fator de corregao), Uma vez que hé um alto ris ele deve ser usado apenas com a concordancia do cliente, ‘0 de erro do avaliador, Capitulo 1 Dirctizes pa Secao B ma de Medigao por Va Diretrizes para a Determinagao da Linearidade*” Conduzindo o Estudo A linearidade pod ser avaliada utilizando as seguintes diretrizes: pretation, 1) Selecionar g 2 5 pegas cujas medidas, devido a variagao do / c io do disposit A NN a ZW 1 Leas cobrem a amplitude de operagao do dispositivo de 2) Ter cada pega medida por uma inspegio de layout para determinar seus valores de referéncia ¢ para confirmar se a amplitude de operagiio do dispositive de medigio em questo estd englobada. 3) Ter cada pega medida m > 10 vezes no dispositivo em questo, por um dos operadores que normalmente usam dispositivo de medigao, ¥ Selecionar as pegas aleatoriamente para minimizar a possibilidade de que o avaliador “relembre” a tendéncia durante as medigoes. Analise dos Resultados - Grafico 4) Caleular a tendéncia da pega para cada medigao, e a média das tendéncias para cada pega. Tendéncia, |= x, ; — (valor de referéncii Dtendencia, iendencia, = =—— 5) Plotar as tendéncias individuais ¢ as médias da em relagdo aos valores de referéncia num gra (veja Figura HI-B 3), tendéncias o de linhas. 6) Caleular e plotar a linha de melhor ajuste ¢ a faixa de confianga da linha, utilizando as seguintes equagdes: Para a linha de melhor ajuste, usar: y =ax,+b onde x: = valor de referéneia yi= média das tendéncias * Veja Capitulo I, Segao F, para uma definigo operacional ediscussio de eausas potercias, 96 Capitulo I~ Sesi0 B Diretrizes para o Estado do Sistema de Medigio por Variiveis vy \4 FY bema2.eala eal 2.x} s 7) O desvio padrio da variabilidade da repetitividade i Srepotitvidad Determine se a repetitividade ¢ aceitavel pelo calculo de HVE = 100 [VE/VT] = 100 [Orpeivssas VT] Onde a variagao total (VT) ¢ baseada na variagao esperada do processo (preferéncia) ou a amplitude da especificagao dividida por 6 (ver também o estudo de R&R abaixo) Se a %6VE € grande (ver Capitulo II, Sego D), entio a variagd0 do sistema de medicio deve ser inaceitivel. Uma vez que a andlise de tendéneia assume que a repetitividade & aveitivel, continuar a andlise com o sistema de medicio com uma %VE grande conduziea a resultados enganosos € confusos. 8) Plotar a linha de “tendéncia = 0” ¢ analisar o grafico, buscando indicagdes de causas especiais e verificando a aceitagdo da linearidade (veja exemplo na Figura [II-B3). 2 Veja nota sobre a slego Uo nivel a nas “Diretrzes para a Det vaso da Tendéncia", neste mesmo Capitulo Mt, Seedo B. oT Copitulo mn Diretrizes pa Segio B ‘0 Estudo do Sistema de Meuigio por Variiveis Para a linearidade do sistema de medigdo ser aceitivel, a linha de “tendéncia = 0 ” deve estar inteiramente contida na faixa de confianga da linha de melhor ajuste Anilise dos Resultados - Numérica 9) Se a anilise gréfica indica que a linearidade do sistema de medigdo & aceitavel, entio a seguinte hipétese deve ser verdadeira: HO: a=0 inclinago da reta = 0 nao rejeitar se, Se a hipétese acima for verdadeira, entao o sistema de medigao tem a mesma tendéncia para todos os valores de referéncia. Para a linearidade ser aceitavel, estas tendéncias devem ser zero, HO:b=0 —_intersegio da linha com o eixo vertical (da tendéncia) = 0 nido rejeitar se, o L, | le" JEG.) | Exemplo — Linearidade Um supervisor de fibrica introduziu um novo sistema de medigéio para o processo. Como parte do PPAP™, a linearidade do sistema de medigdo necessitava ser avaliada, Cinco pegas foram escolhidas, de modo a cobrirem a amplitude de operac%o do sistema de medigao baseada na documentagao de variagao do proceso, Cada pega foi medida por uma inspego de layout para determinar seus valores de referéncia, Cada pega foi entio medida doze vezes pelo operador lider. As pegas foram selecionadas aleatoriamente durante o estudo. ® Manual Processo de Aprovagio de Peyas de Produgio, 4 Edigio, 2006 8 Capitulo 1 - Segao B Diretrizes para 0 Estudo do Sistema de Medigio par Variaveis Valor de 1 2 3 4 Sf} Cee 4,00 6,00 8,00 10,00 Pega _ 2 1 3,10 5,80 7,60 9,10 2 3,90 5,70 7,10 9,30 3 4,20 5,90 7,80 9,50 a 4 5,00 5,90 1,70 9,30 8 5 3,80 6,00 7,80 9,40 c 6 3,90 6,10 7,80 9,50 5 7 3,90 6,00 7,80 9,50 & 8 3,90 6,10 7,10 9,50 = 9 3,90 6,40 7,80 9,60 10 4,00 6,30 7,50 9,20 WW 4,10 6,00 7,60 9,30 12 3,80 610 7,70 9,40 ‘Tabela III-B 14: Dados do Estudo de Linearidade Usando uma planitha de dados e um software de estatistica, 0 supervisor gerou o grifico da linearidade, mostrado na Figura III-B 3. Valor de 1 2 3 4 5 Refer de 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 1 07 Ll “0,2 -0,4 -0,9 2 0,5 0,1 03 0,7 3 0,4 0.2 -O,1 0,5 4 0,3 10 -0.1 -0,7 < 5 07 02 0.0 -0,6 So 6 03 -0, OL -0,5 & 7 05 0, 0.0 0,5 9 8 0,5 0.1 OL “05 Fe cs 04 0.1 O4 04 10 04 0.0 03 08 ul 06 0,1 00 0.7 12 04 0,2 0,1 06 Métn das 0,491667 0,125 0,025 -0,29167 -0,61667 Tabela II-B 15: Estudo de Linearidade — Resultados Intermediarios 99 Capitulo IH = Seyao B Diretsizes para o Estudo do Sistema ce Medio por Variiveis Exemplo de Linearidade ,7 38667 ~ 0,131667X R? = 71,4% jéncia Tendéncia = 0 Tend Regressao ++ Intervalo de Contianga — 95% 3 Médias das Tendéncias — 2 3 4 § 6 7 8 9 w Valores de Referéncia Figura III-B 21; Estudo de Linearidade ~ Anilise Grifica A anélise gréfica indica que causas especiais podem estar influenciando o sistema de medigao. Os dados do valor de referéncia 4 parecem ser bimodais eréncia 4 fossem a claramente mostra que este sistema de medigdio tem um problema de linearidade. © valor de R? indica que o modelo linear pode no ser 0 modelo apropriado para estes dados"”. Mesmo que o modelo linear seja aceito, a linha de “tendéncia 0” cruza com ¢s limites da faixa de confianga em vez de se man contida entre eles. Mesmo que os dados do valor de desconsiderados, a analise Neste ponto, o supervisor deve iniciar © proceso de andlise e resolugio do problema para o sistema de medigfo, uma vez que a andlise numérica no fornece quaisquer informagées adicionais. No entanto, querendo certificar-se de que nenhum registro dos dados seja deixado sem identificar, 0 supervisor calcu t para a inclinagdo e a intersegio =12,043, = 10,158 Adotando o padrao a = 0,05, ¢ indo para a tabela t com (gm - 2) = 58 _ graus de liberdade, e com a proporgao de 0,975, 0 supervisor descobre o valor critico de: * Veja os texios exttisticns patio sobre a andlse de adequagdo da ulilizagdo de um modelo line para doserever o relacionamento ent das 100 Capitulo I - Segd0 B Diretrizes para o Fstudo do Sistema de Medigéo par Variiveis| 35,0975 = 2,00172 Como || > ts, o975, © resultado obtido da anélise grafica fica reforgado pela andlise numérica — ha um problema de linearidade neste sistema de me: Neste caso, no importa qual relagdo possa existir entre ty © tse, 0925, uma vez que existe um problema de linearidade. Possiveis causas para problemas de linearidade podem ser encontradas no Capitulo I, Segdo E, “Variagtio da Localizagio”. Se o sistema de mediggo tem um problema de linearidade, ele necessita ser recalibrado para conseguir a tendéncia zero por meio de modificagdes do equipamento, do software, ou de ambos. Se a tendéncia nfo puder ser ajustada ao valor zero ao longo da amplitude do sistema de medigao, efe ainda pode ser usado para 0 controle do produto/processo, mas ndo pode ser analisado como num sistema de medigo que permanega estivel. Uma vez que hi um alto risco de erro do avaliador, ele deve ser usado apenas com a aprovagao do cliente, Diretrizes para a determinagdo da Repetitividade e Reprodutibilidade*! © estudo dos Dispositives de Medigao por varidveis pode ser realizado com diferentes técnicas. Trés métodos aceitiveis serao discutidos em detalhes nesta segao. Eles so: R&R ® Método da Amplitude ° Método da Amplitude e Média (incluindo 6 método da Carta de Controle) « Método ANOVA Exceto para © método da Amplitude, a estrutura de dados para os estudos € muito similar para os demais métodos. © método ANOVA é preferido porque ele mede o erro de interagiio do operador com a peca no dispositive de medig’io enquanto que os métodos da Média e Média e Amplitude nao incluem esta variagio. Como ja foi apresentado, todos os métodos ignoram a variago numa mesma pega (tal como circularidade, conicidade nos diametros, planicidade, ete., como discutido no Capitulo IV, Segdo D) em suas andlises. A abordagem por ANOVA pode identificar a interagiio pega-operador, mas cle pode também avaliar outras fontes de variago que é a raze do porque cle foi incluido. Historicamente a premissa & de que a interagdo é zero, € reste caso os resultados de ambas as abordagens sio equivalentes. Como dissemos, a abordagem ANOVA é preferida por causa de sua flexibilidade se 0 usuario tem acesso a um programa de computador adequado. Se niio, a abordagem Xbarra € R é adequada e pode ser feita manualmente ou por computadee, *" Veja Copituo I, See E, para uma definigo opcracional edizeussio de causas potenciais. 101 Capitulo IL - Segio B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medigao por Variiveis Entretanto, o sistema de medigdo total inclui nao apenas o dispositive de medigo em sie suas respectivas tendéncia, repetitividade, ete., ‘s também pode incluir a variaglo das pegas que esttio sendo verificadas. A determinagiio de como tratar a variagao de uma mesma pega necesita ser baseada num entendimento racional do uso pretendido para a pega e o propésito da medigao Finalmente, todas as técnicas apresentadas nesta segao esto sujeitas Embora a reprodutibilidade seja usualmente interpretada como a variag3o entre avaliadores existem situagées onde esta variagdo € devida a outras fontes de variago. Por exemplo, em alguns sistemas de medio em que nfo hia presenga de avaliadores humanos. Se todas as peas sio manuseadas, fixadas, e medidas pelo mesmo equipamento, entio a reprodutibilidade € zero; isto &, apenas 0 estudo de repetitividade & necessirio. Mas, se no entanto, slo usados miltiplos dispositivos de fixagio, entio a reprodutibilidade esti na varingio entre dispositives de ixacio, Método da Amplitude O método da Amplitude € um estudo modificado do dispositive de medig&io por varidveis, que fornece uma aproximagio répida da ~\ variabilidade das medigdes. Este método fornece somente uma visdo e & geral do sistema de medig&o. Ele nfo decompée a variabilidade em S- repetitividade e reprodutibilidade. Ele é geralmente teste répido para verificar se 0 R&R nao mudou. ado como um Esta abordagem tem o potencial de detectsr um sistema de medigio inaceitivel" em 80% das vezes com um tamanio de amostra igual a 5, € em 90% das vezes com um tamanho de amostia igual a 10. O método da Amplitude geralmente utiliza dois avaliadores e cinco pegas para o estudo. Neste estudo, os dois avaliadoies medem cada peca uma Gnica vez, A amplitude para cada pega & a diferenca absoluta entre a medigo obtida pelo avaliador A ¢ a medigao obtida pelo avaliador B. As amplitudes sio somadas © a amplitude média (R) € caleulada, A variabilidade total das medigdes é encontrada pela multiplieagio da amplitude média por | onde q, & obtido no d. Apéndice C, com m= 2 e g = ntimero de pegas. Pegas Avaliador A Avaliador B ‘Amplitude (A, B) TO (OBS «CBO 00 2 0,75 0,70 0,05 3 1,00 0,95 0,05 4 0,45 0,55 0,10 5 0,50 0,60 0,10 RR > 20% 102 Capituly Itt Segio 8 Diretizes para 0 Estudo do Sistema de Medlgtio por Amplitude Média (R) = 2k a R&R= eS = =e a =0,0588 d) (ig) (a9 (Desvio Padrtio do Processo = 0,077 obtido em estudo anterior) RAR = yy4(_ R&R | desvio_ pach Tabela 111-B 1 Estudo do Dispositivo de Medico (Método da Amplitude) Para determinar qual é a porcentagem do desvio padrio do processo que 4 Variago da medigio consome, converta o R&R em porcentagem, multiplicando por 100 e dividindo pelo desvio padro do proceso. No exemplo (veja Tabela III-B 6), 0 desvio padrio do processo desta caracteristica é 0,077, por isso, %R&R = 100 * RAR = 19q+/ R&R 75,7% \desvio padrio do processo } Agora que a %R&R do sistema de medigdo é conhecida, uma interpretagao do resultado pode ser feita. Na Tabela II-B 6, a %R&R é determinada para ser 75.7%, e a conclusio é que o sistema de medigao requer melhoria. Método da Média e Amplitude O método da Média ¢ Amplitude (X & R) é uma abordagem que fornece uma estimativa da repetitividade ¢ da reprodutibilidade de um sistema de medig%o. Diferentemente do método da Amplitude, esta abordagem permite que a variagdo do sistema de medig&o seja decomposta em dois componentes distintos: a repetitividade © a reprodutibilidade"’. No entanto a variagio devido a interé entre o avaliador e a pega/dispositivo de medieao nao é caleulada por esta analise go entre « dispositivo de medigio © os avaliadores, caso ta interagio exista. 103 * 0 método ANOVA pode ser usado para determinara int Capitulo 1 - Segéo B Diretrizes para o Estude do Sistema de Medigo por Varidveis Conduzindo o Estudo Embora a quantidade de avaliadores, repetigdes, e de pegas possa variar, a discussio a seguir apresentada representa a condigao étima para a realizagaio do estudo. Considere a Folha de Coleta de Dados para a R&R mostrada na Figura III-B 6a. O procedimento detalhado € 6 seguinte: 1) Obter uma amostra constituida de n = 10 pegas“ que representa a amplitude real ou esperada da variagio do proceso, 2) Identificar cada avaliador como, A, B,C, etc., € numerar as pegas de 1 até n, de modo que os niimeros das pegas nio sejam visiveis aos avaliadores. 3) Calibrar © dispositive de medigdo, se faz parte dos procedimentos do sistema de medi¢o normais. Deixe 0 avaliador A medir as n pegas em ordem aleatéria® ¢ registrar 05 resultados na linha 1. 4) Deixar os avaliadores B e C medir as mesmas » pegas sem que um avaliador veja a leitura dos demais; entio entre com 0s resultados nas linhas 6 e 11, respectivamente, 5) Repetir o ciclo de medigdes utilizando uma ordem aleatéri de medigo diferente. Entrar os resultados nas linhas 2, 7 ¢ 12. Registrar os dados nas colunas apropriadas. Por exemplo, se a primeira pea medida é a de némero 7, registrar seu resultado na coluna identificada como 7. Se trés repetigves do necessarias, repetir 0 ciclo e entrar os dados nas linhas 3, 8el3. 6) Os passos 4 e 5 podem Jos para o seguinte quando ha pegas grandes ou & impossivel dispor de pegas simmultaneamente: Y Deixe o avaliador A medir a primeira pega e registrar a leitura na linha 1, Deixe o avaliador B medir a primeira pega € registrar a leitura na linha 6, Deixe o avaliador C medir a primeira pega e registrar a leitura na linha 11 Y Deixe o avaliador A repetir a leitura da primeira pega ¢ registrar na linha 2, o avaliador B registra a leitura repetida na linha 7, e 0 avaliador C registra a leitura repetida na linha 12. Repetir este ciclo € registrar os resultados nas linhas 3,8, e 13, se trés repetigdes sero utilizadas. 7) Um método alternativo pode ser usado se os avaliadores trabalharem em diferentes turnos. Deixe o avaliador A medir todas as 10 pegas e entre as leituras na linha 1. Entio © avaliador A deve repetir as leituras em ordem diferente, ¢ entrar os resultados nas linhas 2 ¢ 3. Faga 0 mesmo com os avaliadores Be C. “0 ndimero total de “amplinudes” geradas deve 8 projetado com wm méximo de 10 pegas, essa abord de amostra maior, a menor variags * Veja Capi am intervalo de contitmga misimo nos resultados. Embora o fornatiri tenka sido sm nio & imitada a este nine. Como acome ‘tamanho risco resllante menoe estaro presentes n qualquer técnica estaistica, io da amostragern € 0 Hl, Sepo B, “Aleatorizago e Independénci Estatistica 104 Capitulo IH - Segae B Diretrizes para o Estud do Sistema de Medigio por Variaveis Folha de Coleta de Dados para a Repetitividade e Reprodutibilidade do Dispositive de Medicio Avaliador / ee ‘Medigio Nv 1 z{3 |4 5 6 7 {8 | 9 | 0 ia 1 | 029 | -0,56| 1,34 | 0.47 | -0,80] 0.02 | 0,59 |-031 | 2.26 | -1,36 2 2_| 9,41 | -0.68| 4,17 | 0,60 | -0,92| -0,11 | 0,75 | 0,20 | 1,99 | 4,25 z 3 3 | 0,64 | -0.58| 1,27 | 0,64 | -0,84 | -0.21 | 0,66 | -0,17 | 2,01 | -1,31 4 Média x 6B 1 | 0.08 | -0.47[ 1,19 | 0,01 | -0,56 | -0,20 | 0,47 | 0,63 | 1,80 |-1,68 7 2 | 0,25 | -1,22| 0,94 | 4,03 | -1,20| 0,22 | 0.55 | 0.08 | 2,12 | -162 | 8 3 | 0,07 | -o.68| 1,34 | 0,20 | -1,28[ 0,06 | 0,88 | -0,34 | 2,19 | -1,50 8 Média 10 | Amplitude ule 1_| 0,04 | -1,38/ 0,88 | 0,14 | -1,46 | -0,29 | 0,02 1,77 | -1,49 |: | 2 2_| 0.11 | 1,13 B 3. | -0,15| -0,96 14) Média 15 | Amplitude 16 | Média da Pega 7 19 ‘Tabela II-B 6 b: Folha de Coleta de Dados para a Repetitividade e Reprodutibi Medigio 105 Capitulo Ill -Sega0 B Dirctrizes para 0 Estudo do Sistema de Medici por Variaveis Anilise dos Resultados - Grafico’® © uso de ferramentas grificas ¢ muito importante. Uma ferramenta grifica especifica utilizada depende do projeto experimental empregado para coletar os dados, Uma verificagdo sistemitica dos dados para aparentes causas especiais de variagdo através do uso de ferramentas graficas deve preceder qualquer outra analise estatistica. ‘A. seguir esto algumas destas téenicas que se mostraram comprovadamente tteis (veja também 0 Método de Anilise de Variancias). aa Os dados da anélise do sistema de medigSo podem ser mostrados graficamente por meio de cartas de controle. A ideia de usar cartas de controle para responder questdes relativas ao sistema de medigaio tem sido usada pela Western Electric (veja AT&T Statistical Quality Control Handbook na bibliografia incluida neste manual). Carta de Médias As médias de muitiplas leituras feitas por cada um dos avaliadores, sobre cada uma das pegas, sio plotadas pelo avaliador, com o ntimero da peca e um indice. Isso pode auxiliar na determinagio da consisténcia entre avaliadores. A média das médias ¢ os limites de controle determinados pela utilizago da amplitude média também sao plotados. A carta das médias resultante fornece uma indicag3o da “usabilidade” do sistema de medi A ‘rea dentro dos limites de controle representa a sensibilidade (“ruido”) da medigio. Uma vez que um conjunto de pegas usado no estudo representa a variagZo do proceso. aproximadamente metade (ow mais) das médias deve cair fora dos limites de controle, Se os dados mostrarem este padrio, ent4o o sistema de medi adequado para detectar a variago pega-a-peca e o sistema de medic¢ao podera gerar informagées dteis para a amilise e controle do processo. Se menos que metade cair fora dos limites de controle, entio, ou o sistema de medigao nao dispde de resolugdo efetiva, ou a amosira niio representa a variagdo esperada do processo. sera 46 Deserigdes detalhadas destas anslises esto além do escopo deste mi ainda, buscar a assisténcia de recursos estalisticos competentes al. Para informagdes adicionais deve-se pesquisie na bibliograla, ou 106 Capitulo Hl - Sedo B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Metigao por Variaveis LSC Lic —o— AVA, ——Av.B ade AVS Figura III-B 22: Carta de Médias — “Superpostas”” A anilise destas cartas indica que o sistema de medigo parece ter discriminago suficiente para processos com variago descrita pela amostragem das pegas. Nenhuma diferenga de avaliador-para- avaliador é identificada de imediato 2 a 1 5 4 LSC 3 Lic A Aval. A Aval. B Aval. C Figura III-B 23: Carta de Médias — “Nao Superpostas” a Coma abordagem ANOVA, isto se denominari carta de imeragdo avatiador por peca. 107 Capitulo 1 - Sepi0 B Diretrizes para 0 Esaudo do Sistema de Medico por Variiveis Carta de Amplitudes ‘Amplitude A carta de controle de amplitudes é utilizada para verificar se um proceso esta sob controle, A razio disto é que nio importa quio grande 0 erro de medio possa ser, 08 limites de controle permitirao aquele etro. Isso porque as cavsas especiais necessitam ser identificadas e eliminadas, antes de um estudo de medi¢ao se tornar relevante. ‘As amplitudes das miltiplas leituras feitas por cada avaliador sobre cada pega sio plotadas em uma carta de amplitudes padrao, incluindo média das amplitudes € o(s) limite(s) de controle. A partir da anilise dos dados plotados na carta, algumas interpretagdes titeis podem ser feitas, Se todas as amplitudes estiverem sob controle, todos 0s avaliadores estardo fazendo o mesmo trabalho. Se um dos avaliadores estiver fora de controle, entéo o método utilizado difere do utilizado pelos demais. Se todos os avaliadores tiverem alguma amplitude fora de controle, 0 sistema de medigGo mostra-se sensivel 4 técnica utilizada pelos avaliadores, e necessita melhoria para obter dados titeis. ‘Nenhuma carta deve apresentar padrdes de dados relativos aos avaliadores ou pegas. As amplitudes niio sto dados ordenados. A anilise de tendéncia de uma carta de controle normal nio deve ser utilizada, mesmo que os pontos plotados estejam conectados por linhas. A estabilidade & determinada por um ponto ou por alguns pontos sintados além do limite de controle, variagGes de urn mesmo avaliador, ou variagSes numa mesma pega. A andlise de estabilidade deve ter significado pratico e estatistico, A carta de amplitudes auxilia na determina © Do controle estatistico com respeito repetitividade © Da consisténci io entre avaliadores para cada pega lsc —o— Aval. A —O— Aval.B se ede++ Aval. C 3°94 5 6 7 86 9 10 Pega : Carta de Amplitudes ~ “Superpostas” 108 Capinulo I Segao B Diretrizes para 0 Estudo do Sistema de Medigio por Variiveis © 3 2 a E z Aval. A Aval. B Aval. C ‘arta de Amplitudes ~ “Nao Superpostas” A anilise dos grificos acima indica que existem diferengas entre a variabilidade dos avaliadores. Grafico As leituras individuais sao plotadas por pega, para todos os Sequencial avaliadores (veja Figura III-B 8) para obter informacdes sobre: (Run Chart) «0 efeito das pegas individualmente na consisténcia da variagdo * Indicagio de leituras discrepantes (isto é leituras anormais) | a . 8 6s O07 > a | 2 4 * T T T T T T T T T T peca ea Figura II-B 26: GrAfico Sequencial por Pega A andlise desta carta no identifica nenhum ponto discrepante, nem pegas inconsistentes. 109 Capitulo I - Segéo B Diretrizes para o Estudo do Sistema de Medigio por Varidveis Graficode _ As leituras individuais sao plotadas por pega ¢ seus avaliadores (veja Dispersdo Figura III-B 9 ) para obter informagdes sobre * A consisténcia entre avaliadores * A indicagao de possiveis discrepancias * As interagdes pega x avaliador A andlise da Figura II-B 9 nao indica qualquer discrepancia significante, mas indica que o avaliador C pode ter leituras mais s do que os demais. Valor Valor Avaliador ose ee eC Figura [11-B 27: Grifico de Dispersio 110 Capitulo I Segio B. Diretrizes para 0 Estudo do Sistema de Medigso por Variiveis ‘Num grifico “whiskers”, os dados de valores altos ¢ baixos ¢ as médias por pega e avaliador sao plotados (veia Figura III-B 10). Isto fornece informagSes sobre: Grafico “Whiskers” * A consistéacia entre 0s avaliadores * A indicagdo de discrepancias © Asinteragdes pega x avaliador Valor a 123 Avaliador 123123 123 123 123 123 123 123 123 Peo 102008 SB Ba igura II-B 28: Grifico “Whiskers” A analise da Figura II-B 10 nao indica qualquer discrepancia indica que o avaliador B pode ter a maior significativa, ma variabilidade. M1 ‘Capitulo I -Segio B Dirotrizes para 0 Estudo do Sistema de Medigio por Varidveis Grafico de Erros Os dados da anilise do sistema de medigdo podem ser analisados por um “Grifico de Erros” (veja Figura f1I-B 11) dos desvios individuais, contra valores de referéncia aceitos, O desvio individual ou erro para cada pega é calculade como segue: Erro = Valor Observado~ Valor de Referéncia ou Erro = Valor Observado — Média das Medigdes da Pega Isto depende se os valores de referéncia relatives aos dados estilo disponiveis ou nao. 05 Avaliador = Ao * B . Cc Figura IIL-B 29: Grafico de Erros A anilise do grafico acima indica: © © avaliador A tem, acima de tudo, uma tendéncia positiva * 0 avaliador B tem a maior variabilidade, mas aparenta tendéncia * © ayaliador C tem, acima de tudo, uma tendéncia negativa

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