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ARH AMS SSHGALYES DLANSTHUTER = JS, DA POLICE SEGUEANEAFUBLA 00 Porto WESTRE DE sIULISU ” Golpes de jiu-jitsu, ou, judo, sistema nipénico de Educacéio Fisica’ e de defesa indivi- dual sem armas. 2.4 EDIGAO, 194 LIVRARIA FERNANDO MACHADO. <+ Rue dot Carmelitos N.o 15 _2PORTO ATENCAO! . Alguns golpes de jiu-jitsu, bem sabidos, bem treinados, constituem um poderoso auxilier pare a pessoa que seja obrigada i a defender-se, ou a atacar o seu semelhante. } A Humanidade, apesar de todos os seus progressos moreis ‘ € materiois, continua imperfeite, ¢ 0 Civilizecdo, e despeito de ; todes es suas conquistes e esplendores, einda ndo suprimiu os { insolenles, os maus, que por vezes, se alravessam no nosso caminho e nos insultam, ou nos querem tosar, assim como nado extinguiu as guerras de rapina ,de conquiste, as chemedes anexagoes . que ensonguentam os povos, os esmagem, ou fozem, oté, desoparecer. H& que opor aos energémenos agressores 0 eficiéncia da ale, quando néo se possua a forca, ou ambas, quando se tenha a dita de as possuir. . O praticante do jiu-jitsu ndo deve ser um erruaceiro, ou j provocador. Pelo contrério, consciente do sistema que eprendeu, cheio de autoconfience, abster-se-3 de desordens, serd cordato e transigente. Mas, esgotados os meics suasdérios, entrada no conflito que néo provocou, que ndo péde eviter, ou que 8 néo pode honrosomente fusir, “oe. 2 fundo, os seus recursos com- ) bativos, olé que o adVersdrio seja nilidamente vencido. © judo fornecer-the-8 fggursos para tal. COMPOSTO E IMPRESSO NA EMPRESA «DIARIO DO PORTO, LTD.» . bento de Vit6rio, 10 — Tel. 23300 DO AUTOR: A DEFESA NA RUA — Golpes de jiu-jiisu. 1° edicSo, 1914. Porto — Esgotada. A DEFESA NA RUA — Golpes de jiu-jilsu. 2° edicdo Livraria Simdes Lopes. Porto, 1936 — Quase esgolada. HUMILDES QUE TRABALHAM — Reporlagens © livrerie Fernando Machado. Porto, 1939 — Esgotede O PRAZER DE NADAR — Conferéncis Edigdo do Grupo de Propaganda da Nelacéo. Porto, 1939 — Esgolada, A FOBIA PELA AGUA — Conferéncia Edigdo do Grupo de Propagends da Neiecko. Potlo, 1939 — Esgotado. © FRACO VENCE O FORTE livraria Fernando Machado. 1941 — Esgotada. OPINIGES DO MEU AMIGO FABRICIO -Crénices acerca de Educacéo Fisica e dos Desporios livreria Fernando Machado. Porlo, 1942 — Esgolada «RAUL BRANDAO -Escritor dos Humildes» — «CAMPOS MONTEIRO-O Homem ‘eo Artista» — Conferéncias. EdicSo da livrario Moreire. 1947. _ EM PREPARACAO: CAFE PIANINHO — Novela de costumes poriuenses. HISTORIAS CRUEIS — Contos. ARMANDO GONCALVES Excdiseipulo da Protestor joponés, Hirano; axcinstrutor de jivciise, da Policla de Segurango Pablica de Porto: Mestre de jiuditsu, () Paaco Vance o Porre GOLPES DE JIU-JITSU, OU JUDO, SISTEMA NIPONICO DE EDUCACAO FISICA & DE DEFESA INDIVIOUAL Prefacio do Coronel NAMORADO DE AGUIAR, Ex-Comandante da Policia de Seguranga Publica do Porto 2.8 EDIGAO, MELHORADA 1947 LIVRARIA FERNANDO MACHADO RUA DAS CARMELITAS, 15 PORTO Dedicatétia A memébtia sactessanta da minha filha Fantina Dilia 0.0.@. © PRCFESSOR JAPONES, J. HIRANO, DE QUEM O AUTOR RECEBEU PROVEITOSAS LICOES Sinfonia de abertura Esgotou-se, rapidamente, a primeira edigao deste livro, 0 que demonstra serem ja bastantes, em Portugal e Brasil, os cultores e simpatizantes da eficiente luta japonesa, que é 0 judo ou jtu-pitsn, Na luta homérica travada entre as chamadas poténcias do « Fixo», — Alemanha, Ttilia e Yapio,—e as Nagées Aliadas, as mais importantes das quais foram a Inglaterra, a Franga, 0s Estados Unidos da América do Norte ea Russia, 0 judo teve grande aplicagao prética, pois, nos combates corpo-a-corpo, 0 magnifico sistema oriental de defesa e atague foi usado cam vantagens As armas naturats, isto é, os bragos ¢ as pernas, séo aguelas que é mais simples empregar, mas para isso importa adestra-las racionalmente. O judo &, sem diwida nenhuma, a mats eficaz formula ofensica e defensiva. Arte essencialmente de corpo-a-corpo, dispensa o emprego da for¢a, embara @ inferioridade fistca de quem a utilize seja grande, em relacio ao adversirio ocasional. Conjugada cam o pugilata ea capoeira, — este espléndida método de combate brasileiro, — torna absolutamente invencivel 0 praticante Ha quem conteste, por falta de experiéncia, a eficécia do judo, na pra- tica da Vida. A ignorincia é, quase sempre, éupinamente atrevida. Os leitores deste livra, depois de 0 estudarem cuidadosamente, dirda da sua justica, ; Mas, poderiamos apostar em como o seu yeridictum serd favordvel & clds- sica luta de Dai-Nipon, ao desparto favorita das pequenos amarelos, dgeis e resis- tentes, que se orgulham de inutilizar, tempordriamente, ou até de matar, os seus antagonistas, sem lhes faserem uma tinica gota de sangue, como bons orientais gue sito... ‘Ae Amana Gongales, comm abrag cle BERLE 19 47 © autor Coricature de Cctévio Sérgio Pretacio da 1." edigao A meu convite, Armando Gongalves, autor deste interessante livro, foi instrutor de jin-jitsn, da Policia de Seguranca do Porto, durante 0 ano de 1936, missdo que desempenhou com assiduidade, muita competéncia, ¢ até com wm certo entusia Leccionou algumas dezenas de monitores, e en préprio recebi, dele, licies da famosa arte de defesa individual, que as policias de todas as nagées civilizadas introduciram, hhé bastantes anos, no programa dos cursos dos seus agentes. Sfectivamente, o jiu-pitsn ou judo, —como the queiram chamar,——é um elemento que reputo de grande valor, como processo de defesa e de atague. O agente policial estd, pela natureza das suas fungies, mais do que nin- guém, exposta a ser agredida. Pode dizer-se que possui o casse-téte, ou 0 revdleer, para se defender de qualquer exaltado, mas a verdade é que estas armas sé devem ser usadas em casos extremos. A citncia do jin-zitsu fornece, ao mantenedor da ordem, variadas maneiras de imobilicar, canduzir a esquadra, ou até inutilizar, 0 energimeno recalcitrante, sem que este tenha de passar pelo posto de. socorros, hospitalar, antes do seu ingresso no Aljube. Muitas veses, 0 jiu-jitsu tem sido empregado pela policia do meu Comando, sempre com resultados préticos e imediatos. Um caso, no entanto, quero pir em relevo: 0 dum pobre doids, da rua Mou- sivha da Silveira, que depois de ter cometido tropelias enarmes e resistido eficas- mente ao guarda que pretendia capturd-lo, foi dominado com um «anda-ci, feito por um subchefe de esquadra, que o levou ao Manicémio do Conde de Ferreira, onde a aplicagao de uma injeccéo de morfina 0 sossegou por algumas haras. E relativamente frequente, também, alguns detidos atirarem-se ao chao, a fim de resistir ao captor. Um simples golpe, feito com pertcia, vence essa resistencia e obriga 0 preso a mudar de atitude, depois de ter reflectido nas vantagens de se submeter. Mas, 0 jiu-jitsu é, além dum método de defesa individual, cuja eficdcia eS — — Xt = estd demoustrada até a saciedade, uma gindstica admirdvel, que nada fica a dever a outros pracessos de Educagéo corporea. O praticante da maravithosa luta japonesa & compelido a efectuar movimentos musculares de todo 0 corpo, a por em jogo a atengado, o sangue-frio, a ganhar resistencia a fadiga, a desenvolver as suas qualidades de observacao, pois, no combate, todos estes factores sda neces- sdrios, para triunfar. O presente livro é duma utilidade incontestdvel. O leitor que o estude, com atengdo e métoda, adquirird conhecimentos de jiu-jitsu, suficientes para se defender, enbora a sua compleicdo nao seja vigorosa, pais a veikissima formula de combate nipénica & precisamente o segreda da fracy contra o farte. i o fraco,— se souber jiu-sitsu,—vence o forte, como dis o titulo desta obra escrita com uma claresa que ¢, sem divida nenhuma, uma das suas mais aliciantes qualidades intrinsecas. O que é 0 jiu-jitsu O jiu-jitsu, — ou judo, como o denominou o grande professor Kano, — é um sistema de Educagao f e de defesa individual, praticado no Japao, ha milhares de anos, e cuja histéria se perde na noite dos tempos. Diz-se que ja era usado muitas centenas de anos antes do nascimento de Cristo! Oriundo, na opiniao de alguns, da [ndia, donde passou para a China codificado e aperfeigoado pelos Japoneses, que fizeram dele a sua gindstica oficial, o jiu-jitsu foi demonstrado na Europa, pela primeira vez, em 1900, durante a Exposigao de Londres, e obteve, logo, a atengao das chamadas massas. Mais tarde, Miss Robert, uma inglesa, ¢ os nipénicos Raku, Deko, Hirano, Tani, Higashi, Diabtsu, Minami, Koyama, Miaki, Takitaro Taki, Matsuda, Akitaro Ono, Tarro, etc., etc., professaram esse processo de ataque e defesa, na capital de Inglaterra, Paris, Berlim, Lisboa, ete., e as policias dos principais paises incluiram-no no programa da instrug&o dos seus agentes, Na América do Norte, onde, como se sabe, a coldnia japonesa ¢ numerosa, 0 jiu-jitsu tem adeptos entusiastas. Ha, em varias linguas, livros expositores do método nipénico, que, como todas as coisas deste mundo sublunar, tem apologistas e detractores. No Japao, sao numerosos os livros que tratam do jiu-jitsu ou judo, escritos em inglés e japonés Existem varios sistemas de jiu-jitsu, mas 0 adoptado oficialmente é 0 de JIGURO KANO, o velho e saudoso professor, que, ha poucos anos, em virias cidades europeias, em conferéncias ouvidas com interesse, pretendeu demonsirar a sua supremacia sobre os outros métodos. Q jiu-jitsu é sem contestagéo, um sistema de cultura somatica dos melhores, porque obriga a movimentos variadissimos e poe em jogo todos os miisculos, activando a respiragao e desenvolvendo a agilidade. A sua preparagao é curiosa e original e, além disso, como complemento, tem 0 chamado kuatsu, isto 6, 0 sistema de socorros a pessoas que foram e xiv = contusionadas, sofreram traumatismos, asfixia, ou cairam em sincope, ¢ que, —dizem-no os Japoneses,—os métodos clinicos ocidentais nao conse- guem, por vezes, chamar a vida. O jiu-jitsu é de facto, uma magnifica gindstica e uma eficiente detesa individual. claro que a sua aprendizagem é morosa e requer paciéncia, aquela paciéneia que é um apandgio dos amarelos, mas o seu valor esti demonstrado exuberantemente. 08 lutadores e professores japoneses sao duma correegio a toda a prova, elegantissimos, quer no ensino, quer no combate. O primeiro professor que lutou em Portugal, foi o célebre Sada Kasu Uyenish (Raku), que era acompanhado por dois compatriotas, Deko e Hirano, este © mais pequeno, fisicamente, dos Iutadores nipénicos vindos 4 Europa, pois era de estatura muito baixa. Hirano deu ligdes em Lisboa e no Porto, tendo lutado com os homens mais fortes, destas cidades, e morreu afogado,—ele que era um nadador emérito, — atacado por uma congestdo, na Praia de Santa Cruz. O seu caddver nunca apareceu. Também combateram contra homens vigorosissimos, na nossa Terra, Tani, Takitaro Taki, Yamagushi, ¢ Imagiro Hayashi. O presente livro nao contém nada de inédito, porque em jiu-jitsu, se hi trucs © golpes inéditos, estes so exclusivos dos Japoneses, que nao os revelam, por patriotismo e conveniéncia propria, aos Ocidentais, como se compreende facilmente. © leitor encontraré, aqui, os golpes mais usados e mais priticos. Foram excluidos golpes, que nao passam, afinal de variantes, e outros que s6 podem ser feitos por lutadores muito experimentados. De resto, o amador que deseje ter um conhecimento mais profundo da velha luta dos semurais, encontrara, no fim deste volume, uma lista de livros, que deverd satisfazé-lo cabalmente. Ensinam-se, também, neste livro, alguns golpes que uma senhora pode por em pratica, sem esforgo, e titeis para castigar qualquer insolente. Em quase todas as linguas, ha compéndios mais ou menos latos, onde o maravilhoso sistema de defesa individual é apresentado. Alguns desses compéndios,—especialmente 0 intitulado «JIU-JITSU», do japonts Higashi e do Norte-Americano Hankock,—possuem espléndidas gravu- ras que mostram os golpes, por tempos, para melhor compreensao dos praticantes. Devemos, todavia, dizer que o sistema Kano tem golpes terriveis, cuja aprendizagem deve ser rodeada de todos os cuidados, para se evitarem entorses, luxagoes, fracturas, e até a morte. © nosso saudoso professor Hirano no tinha grande admiragdo pelo sistema Kano, que, diga-se de passagem, apresenta golpes aparatosos e eficazes, alguns, porém, de execugao dificil, e s6 praticdveis, portanto, depois duma demorada aprendizagem. Como acontece a todos os conhecimentos humanos, 0 livro, por mais minucioso que seja na exposigéo, por mais bem ilustrado que se oferega, substitui sempre, muito mal, o professor erudito e competente. jiu-jitsu, ou judo, é um sistema de self-defence, na opiniao dos Ingleses, que deve ser ensinado-por mestres. % ‘ S6 estes podem corrigir defeitos iniciais, evitar tendéncias erréneas, explicar difilculdades que surgem ao aluno, prevenir males irrepardveis. © magnifico proceso combative japonés é uma arte de gentlemen, no dizer dos Britanicos, uma xobre arte, mais nobre que o bex, e nenhum perigo advird ao seu praticante, se este tiver, a aconselhd-lo e a guid-lo, um instrutor correcto e cauteloso. Oxaldé que este livro, que nao tem a pretensdo de ser um tratado completo, estimule os leitores a aprenderem, metédica e perseverantemente, a arcaica formula de combate nipénica, e a compulsarem volumes escritos em linguagem estrangeira, que Ihes ampliem as nogdes adquiridas aqui. Para isso, — repetimos, —supomos que uma razodvel bibliografia, que inserimos no final deste volume, satisfi-los-d. © leitor que tiver dificuldade na execugao de qualquer golpe, podera dirigir-se-me, pois terei muito prazer em explicar-Ihe os movimentos. Quero aqui consignar o meu agradecimento as Ex."** Senhoras D. Josina Ferreira dos Santos e D. Maria Fernanda Ferreira dos Santos, que colaboraram em algumas poses fotogrificas deste livro, A ttiltima destas Senhoras, uma linda flor de carne, delicada e inteligente, j4 faleceu. Nunca a esquecerei, porém. O AUTOR Come se deve estudar este livro 1.°—Observar, cuidadosamente, a gravura, ou gravuras, cujo golpe se pretende fixar. —Ler, com atengao, a legenda respeitante a essa gravura, ou gravuras. 3.°—Com uma pessoa que a isso se preste, executar os movimentos indicados. 4.°—Nunca executar o golpe com violéneia, pois pode magoar-se 0 companheiro de estudo. O sinal de derrota, em jiu-jitsu, é uma pancada dada com a mao aberta, no corpo do adversario, ou no chao, 5.°— Os derrubamentos, ¢ golpes no solo, devem aprender de colchées, tapetes ou esteiras. 6.°—Ndo deve empregar-se forga, na exccugio dos golpes, pois o jiu-jitsu nao carece de robustez fisica, para se praticar. 7.°— Aos praticantes, convém fazer gindstica sueca, para adquirirem agilidade e leveza, mas isto nao é absolutamente preciso, porquanto o jiu-jitsu ja & um esplendido método de cultura fisica, que obriga os seus adeptos a exercerem muiltiplos moyimentos. 8.°—Nunca praticar um golpe, sem que o anterior esteja perfeita- mente sabido. se em cima Em jiu-; amor-préprio. Assim, para que o adversdrio o largue imediatamente, o pra- ficante, logo que lhe seja aplicado um golpe, e este comece a produzir dor fisica, deve dar o sinal de derrota. A inobservancia desta regra poderé ocasionar uma entorse, uma luxagGo, uma fractura, uma sincope, ou alé.a morte, visto que ha golpes que péem, rapidamente, termo 4 vida. su, deve pér-se de parte um mal compreendido A indumentéria para a aprendizagem O trajo que deve usar-se, quando se aprende jiu-jitsu, 6 o seguinte: quimono de tecido forte, bem reforgado nas costuras das mangas e nos abandamentos, com o respectivo cinto, ou 04/, como Ihe chamam os Japo- neses, calgao ou calga, largos. Os pés, descalgos. Convém treinar, também, com trajo de passeio, para aproximar, tanto quanto possivel, o estudo, da realidade. COLPES ae COMBATE A DEFESA FEMININA Figura 1 Golpe nf (1. tempo) Quando © atacante coloca a mao, aberta ou fechada, no peito da vitima, —o que & vulgar em muitos insolentes,—as duas maos da atacada pousam em cima da mao agressora. AAs maos da atacada, com os polegares no dorso da mao do atacante, rcem uma torsdo, simullaneamente para baixo e para o lado, o que provoca uma dor horrivel e o derrubamento do adversério. Se o golpe for feito a fundo, é cerla a fractura da mio agressora. Os Japoneses chamam a este golpe: «a mao castigada». Fieura 3 : Golpe n° 2 (12 tempo) O adversirio cinturou, pela frente, a atacada, dei g0s livres. ando-lhe os bra- Esta coloca os polegares nas parétidas daquele. As parétidas sdo, como se sabe, as glindulas salivares, situadas atrds das orelhas. Figura 4 Golpe nw 2 (2.2 tempo) Os polegares exercem uma pressio enérgica nas pardtidas, o que obriga 0 atacante a largar a vitima, pois a dor é intolerivel, e pode, até, produzir uma sincope. FIGURAZI FIGURA 2 FIGURA 3 FIGURA 4 ae 4 Freura 5 Golpe n.° 3 (1.0 tempo) A mao direita da executante do golpe agarra o pulso direito da pessoa que se pretende castigar. Com brago esquerdo, a mesma executante déthe uma pancada no pescogo, depois de ter colocado a sua perna esquerda, por tras da perna esquerda do homem. Figura 6 Golpe n.° 3 (20 tempo) A pancada a que alude o 1.° tempo deste golpe compele o adversitio a cair na posigZo que se vé na gravura. Entdo, a axecutante do golpe exerce uma pressio no brago direito do homem, sendo o ponto de apoio dessa pressdo a perna direita da executante. A mao esquerda desta pode, também, fazer presso no pescogo do homem, agarrandc-» pelo abandamento do casaco. A chave de brago assim produzida, e a pressdo na cardtida, obrigam @ homem a render-se. Freura 7 Golpe no 4 Para desiquilibrar e derrubar o adversdrio, a executante apliea a mao esquerda no queixo do homem e impele-o para trés; a mao direita puxa-lhe a perna esquerda para cima. ‘A realizagdo destes movimentos simultaneos ocasiona o derfubamento imediato da pessoa a quem se aplica 0 golpe. FIGURA 6 FIGURA 5 FIGURA 7 Ficura 8 Golpe nw 5 (1.9 tempo) © homem, armado com uma navalha, tenta atacar a senhora que esta em frente dele. A executante do golpe avanga para 0 agressor. Figura 9 Golpe n.° 5 (20 tempo) A mao esquerda da executante agarra, por tris, a gola do casaco do homem, e a sua mao direita cai sobre o pulso armado. FIGURA 8 FIGURA 9 Frevra 10 Goipe nm. 5 (3. tempo) A mao esquerda da cxecutante passa para o abandamento do casaco do homem, que agarra. Aplica a perna esquerda na curva da perna direita da assaltante, e, servindo-se da coxa, como ponto de apoio, exerce uma pressiio no brago do assaltante, acima do cotovelo. FE uma chave de brago, que obriga o meliante a largar a navalha e Ihe produz uma fractura, s2 0 golpe for executado com veeméncia. Fieura 11 Gotpe me 6 (1. tempo) O assaltante leva as méos ao pescogo da vitima. Esta, que est sentada, coloca as maos no brago direito do homem, como mostra a gravura, e aplica © pé direito na parte lateral do joelho direito dele. O movimento dos bragos da vitima, conjugado com uma pressio do pé, derrubari 0 atrevido. Freura 12 Golpe n° 6 (20 tempo) A execulante do golpe, que passou as mis para a mao do insolente, faz-Ihe a chamada policial mais vulgar, a que os franceses chamam «viens-done», e os ingleses, . Ficura 26 Golpe no 16 O adversario esta no chao, onde caiu naturalmente, ou foi compelido a isso, por um golpe, na posigio que mostra a gravura. A pessoa que pratica o golpe, agarra-Ihe pelo pulso esquerdo e faz-lhe uma chave de brago, servindo-se do joelho direito, como ponto de apoio. Se 0 adversatio for muito forte, 0 brago esquerdo do atacado pode agarrd-lo pela camisa, ou pelo casaco, mantendo-Ihe 0 pescogo colado ao chao. Figura 27 Golpe nw 17 (12 tempo) © atacante ameaga, com uma pistola, o homem que esti A nossa direita, na gravura. ‘A pessoa que interyém, langa a mao esquerda ao cotovelo do atacante ea mao direita 4 mao armada com a pistola. Fiaura 28 Golpe ne 17 (2° tempo) Impelindo 0 cotovelo com o brago esquerdo, e puxando a mao do agressor, com a mAo direita, 0 homem cai na posigdo que mostra a gravura, Ento, o joelho da pessoa que pratica o golpe faz pressao sobre aquele brago, acima do cotovelo e a sua mao direita puxa para tris, o que Ihe fracturara, irremediavelmente, esse membro, se 6 golpe for feito a fundo, FIGURA 25 FIGURA 26 FIGURA 27 : FIGURA 28 Figura 29 & um processo magnifico para derrubar, por tr4s, um homem. As mfos sfo colocadas na frente da testa do atacante, e, um movi- mento para a retaguarda, obriga-o a cair. Para auxiliar a queda, 0 praticante do golpe pode colocar o joelho direito, ou 0 esquerdo, nas costas do assaltante. Picura 30 Golpe no 19 E um «anda-cd». O brago esquerdo do praticante do golpe rodeia o brago direito do homem, e a sua mao esquerda agarra na mio desse brago, como mostra a gravura. A presso para baixo poderd fracturar a mao do homem a imobilizar, ou a conduzir, se o golpe for feito com energia. Ficura 31 E um processo magnifico para imobilizar, ou derrubar, se for preciso, um adversdrio que esta de costas voltadas. A mao esquerda agarra na gola do casaco, e puxa para tris; a mao direita, com 0 punho fechado, impele para a frente 0 corpo do adversdrio, na regidio das vértebras dorsais. Fievra 32 Golpe n.° 21 © adversario esté no cho, de costas voltadas. O joelho de quem executa o golpe faz pressdo nas costas dele, e os seus dois bragos siio puxados para trés, com um movimento que pretende junté-los. A dor é horrivel. FIGURA 29 FIGURA 30 FIGURA 31 FIGURA 32 20 Figura 33 Golpe nw 22 (1° tempo) Quando o adyersirio nos cintura por tris, deixando-nos os bragos livres, convém afastar as pernas. Figura 34 Golpe no 22 (2° tempo) A perna direita é coloca que o desiquilibra, ja por tris da perna esquerda do atacante, o Fieura 35 Golpe n.o 23 O adversario esta por baixo do praticante do golpe. O corpo dele fica entre as pernas do mesmo praticante, o que ¢ indispenséyel para nio poder escapar. A mfo esquerda, com a palma voltada para nés, entra na gola do casaco, do lado esquerdo dele, até 4 nuca; a mao direita faz o mesmo movi- mento, do outro lado, de modo que os bragos fiquem cruzados. A presséo exercida nas cardtidas e nas jugulares, desmaid-lo-d, se ele nao se render a tempo, isto devido a falta de irrigagao sanguinea no cérebro. Se ele tentar rolar para qualquer dos lados, deve rolar-se com ele, mantendo a pressao Esta chave do pescogo, ou «neck-hold», nao tera consequéncias, além duma sincope, se o adversirio tiver o coragéo em bom estado. A morte é fatal, se a pessoa a quem for aplicado o golpe,'for cardiaca. Fiaura 36 Golpe n° 24 A mao direita agarra no abandamento esquerdo do casaco do assal- tante. A mao esquerda agarra no pulso armado. pé esquerdo faz pressiio na curva do seu joelho esquerdo. A queda ¢ inevitavel. a aa FIGURA 33 FIGURA 35 FIGURA 36 Frieura 87 Goipe no 25 © assaltante pousou a mao dircita no peito da sua vitima, para a repelir, ou segurar. Esta, com as duas maos colocadas na curva do brago dele, faz pressao para baixo, e recua, o que obrigard o atacante a ajoelhar, tal a dor proyocada. Fieura 38 © assaltante cinturou a pessoa que pratica o golpe, deixando-lhe, todavia, os bragos livres. O homem do chapéu, com a mao direita, agarra © casaco do assaltante, como mostra a gravura, e faz pressiio para tris, no pescogo dele, o que o compelira a largar a presa. Figura 39 Golpe n.o 27 Com o cutelo da mao direita, dar uma pancada seca na clavicula direita do assaltante. "A fractura deste osso 6 imediata, e consequentemente a inutilizagio do assallante, para o combate, visto a dor ser lancinante, se o assaltante fizer qualquer movimento com o brago. Figura 40 Com 0 cutelo da mao direita, dar uma pancada no vértice do nariz do contendor, 0 que poderd matii-lo, tal a comogio sofrid FIGURA 37 FIGURA 38 FIGURA 39 FIGURA 40 Figura 41 Golpe no 29 (12 tempo) Com 0 cutelo da mio esquerda, dar uma pancada no pulso direito do adversario. Fieura 42 Golpe n.° 29 (2° tempo) A mio esquerda agarra no pulso direito do adversario, A mio direita lesereve um semicirculo e vem agarrar 0 mesmo brago, de modo que o tebrago exerga uma forte pressio no pescogo do adversério, o que pord termo ao combate. Figura 43 Golne m.° 30 (1. tempo) © brago esquerdo, com a mao fechada, detém o brago direito do assaltante, de modo que pulso de quem pratica o golpe, fique encostado ao mesmo brago. Frieaura 44 Golpe n.° 30 (20 tempo) O brago direito rodeia o busto do adversério, de forma que a mao venha pousar-se nas suas costas, © brago esquerdo impele para baixo o brago direito do adversério, as pernas flexionam, e cfectua-se uma torsdo do corpo, de forma a encostar bem .a anca ao corpo do adversdrio. Com o movimento ripido da anea, projecta-se este, no solo. © jiu-jitsu tem admirdveis golpes de ancas, que os mestres japoneses executam com uma rapidez fulgurante. win itil 25 = aes FIGURA 41 FIGURA 42 FIGURA 43 FIGURA 44 26 Friaura 45 Golpe mo 31 (1.0 tempo) © 1 uma variante do golpe n.° 30. O brago esquerdo executa 0 movi- mento ja descrito; a mao direita di uma pancada no plexus solar do adversario, € vem agarré-lo, na regido lombar. Ficura 46 Golpe n.° 31 (2.0 tempo) A mAo direita vem pousar na regio lombar do adversdrio, As pernas sao curvadas, e este é atirado para o chao, com o movimento das ancas, que é feito endireitando, simultaneamente, os joelhos. Fieura 47 Golpe nwo 32 A mfo esquerda agarra o abandamento do casaco do adversdrio, ou pousa simplesmente no peito dele. A mio direita agarra-Ihe no pulso direito e exerce uma pressdo no seu brago direito. E um «anda-ci » muito pratico, e que a policia emprega frequentemente Figura 48 Golpe no 33 A mfo direita di uma pancada, com o cutelo da mao, na face interna da coxa direita do adversario, num ponto muito sensivel, que o leitor encon- trard fcilmente, fazendo experiéneia sobre si mesmo. A dor é violenta e finalizaré 0 combate. ————_ 27 FIGURA 46 FIGURA 45 FIGURA 48 FIGURA 47 28 Ficura 49 Golpe n.o 84 (1° fempo) O adversirio agarrou o casaco do atacado. Este langou as duas méos, com as palmas para cima, ao pulso do atacante. Figura 50 : Golpe nw 34 (2° tempo) Conservando sempre a posigiio das maos, passar por baixo do brago do assaltante, torcendo ao mesmo tempo esse brago, 0 que o obrigard a render-se. ‘ Figura 51 Para desarmar o assaltante, coloca-se a mao esquerda no seu brago direito, e faz-se pressdo para baixo. A nossa mao direita apodera-se do pulso armado e impele-o para cima. Acconjugagao destes movimentos, pode fracturar 0 brago do adversirio. Figura 52 Golpe n° 36 (1° tempo) Langar as mios abertas sobre a mao pousada no nosso peito, tendo o cuidado de colocar um pé A frente do outro, para uma melhor base de sustentagao. FIGURA 49 FIGURA 50 FIGURA 51 FIGURA 52 30 Figura 53 Golpe nv 36 (20 tempo) Exercer uma pressdo para baixo, na mao do adversdrio, 0 que o com- peliré a ajoelhar e a confessar-se vencido, tal a dor que sentira na mao castigada. F ra 54 Golpe n.° 37 O brago direito do adyersério ¢ trazido, com a nossa mao direita, para cima do nosso ombro. ‘A nossa mao esquerda, que passa pelas suas costas, vem agarrar-Ihe no brago esquerdo. E um «anda-ca>» eficiente e pratico. Figura 55 Golpe no 38 O adversario esté caido, com o ventre para baixo. Com a nossa mao direita, puxa-se-Ihe o cabelo para cima, e a nossa mao esquerda, que Ihe agarrou no pé direito, exerce um movimento para baixo. Figura 56 Golpe nw 39 Com o cutelo da mao direita, dar uma pancada seca, na cardtida direita do adversirio. Este golpe pode matar o antagonista, Convém, pois, s6 us casos desesperados. -lo em FIGURA $4 FIGURA 53 FIGURA 56 FIGURA 55 32 Figura 57 Golpe n.° 40 © adyersirio cinturou-nos, deixando-nos os bragos livres. A nossa mao direita pousa no ombro dele, e a nossa mao esquerda, passando por baixo do seu brago direito, vem pousar no nosso antebrago direito. Levantando um pouco 0 nosso brago esquerdo, que deve passar preci- samente sob a articulagio do cotovelo do adversdrio, fa-se uma alavanca que 0 magoard imensament Figura 58 Golpe no 44 (1.0 tempo) ‘A nossa mio esquerda agarra no abandamento esquerdo do casaco do antagonista. A nossa mao dircita passa por bai agarri-lo pelas calgas, no fundo das costas. . 3, ls. 012800 Wt 2s MSRM enone gs 520 XI © que € oj 1 saelelieald tenes, Gelso eames PIO. Ss Xill Como se deve esudarestelivio . 2 1 7 ee ee te ee XVI A indumeniéria pare a aprendizagem - . . . 7. 7 ee ee XVI PAS DEREOMSLEMININA cose, 57.6 cei Werle Ss yh eames ceee 21S AI DEGESPRMMASGULINA; © f2. 00s Gk iste ees ame eles Gieggaeny 4,0 f6] Golpes com 0 culelo da m&o, oua mo fechado . . 2... ewe - 62 livros que podem ser consullades com provello . - 2 2. ee ee 65 r ACABOU DE IMPRIMIR-SE EM 21 DE JULHO DE 1947, SENDO A TIRAGEM DE 3080 EXEMPLARES, TODOS NUMERADOS E RUBRICADOS. PELO AUTOR RECOMENDACAO IMPORTANTE A prélica do jiu-jitsu, ou judo, no necesita de force fisice. © vigor corpdreo é substitufdo, no cléssico sistema de Educacdo Fisica e de defess pessoal, pela arte que os pequenos nipdnicos praticam hé milheres de anos. Pare possuir esta arte, o discipulo do jiu-jitsu estuderd, atentamente ,os golpes epresentados neste livro, modificando tecionalmente os movimentos que fizer, até conseguir executé-los com a eficiéncia exigida. ‘A violéncie deve ser posta, dum modo absolut, de parte. Nisto, os mestres japoneses so duma intransigéncia radical. E preciso ser preseverante, metédico e paciente, ne opren- dizagem do jiu-jitsu- A consagrade frese: €0 génio € uma longa paciéncia », tem, ne aquisicdo dos conhecimentos da afamada lute do Império do Sol Nascente, uma aplicec3o flegrente e oportuna. A paciéncie é, de facto, uma virtude indispensével 8 quem se dedica ao jiu-jitsu. Tenha-se sempre presente o dito de Buffon: Paciéncia e arte fazem mais que forga e raiva, e ndo se esquega que O mosquito pode vencer um le60, como nos demonstre Le Fontaine, na sua conhecida fabula. er CORPUS. VALIDUM SUB ANIMO FORTI ie &

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