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So Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2011.
CAPTULO 8- DANO MORAL
H uma acentuada tendncia de ampliar o instituto da responsabilizao civil.
O eixo desloca-se do elemento do fato ilcito para, cada vez mais, preocupar-se com a
reparao do dano injusto. 118
H uma tendncia atual de se expandirem os direitos da personalidade, o que
acarreta numa aumento proporcional das hipteses de ofensas indenizveis.
Visualiza-se abalo moral diante de qualquer fato que possa gerar um
desconforto, aflio, apreenso ou dissabor. 118
Para Joo Batista Villela o amor est para o direito de famlia assim como o
acordo de vontades est para o direito dos contratos. Por esse motivo, quer-se
transformar a desiluso pelo fim dos vnculos afetivos (separao, por exemplo) em
obrigao indenizatria. 119
Com a extino instituto da separao, fica afastada a perquirio da culpa para
a dissoluo do vnculo matrimonial. 119
Fatores socioculturais e de ordem religiosa que serviam de justificativa para a
busca da identificao de um culpado para o fim da relao. A tentativa era manter a
funo institucional do casamento como meio de preservar a famlia, tida como cellula
mater da sociedade. Por isso, a legislao ptria sempre consagrou o princpio da culpa
como nico fundamento para a dissoluo coacta do casamento. 119
Hoje o divrcio no admite perquirir causas.
Sempre que um ilcito estiver relacionado com o fim do casamento, h obrigao
indenizatria.
Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou imprudncia, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.
Pargrafo nico. Haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.