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Lei N° 11.535
Autoriza o Poder Executivo a contrair financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, a
título de antecipação de receitas provenientes do processo de desestatização da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE, a
conceder garantias, e dá outras providências.
Art. 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a contratar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES,
financiamento no montante de até R$ 700.000.000,00 (setecentos milhões de reais), a título de antecipação de receitas provenientes
do processo de desestatização da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE.
§1º - Como garantia da operação referida no caput deste artigo, poderão ser caucionadas ações de propriedade do Estado de
Pernambuco, representativas do capital social da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE.
§2º - Aos recursos decorrentes do financiamento de que trata este artigo, aplicam-se as disposições do art. 3º §§ 1º e 2º, art. 4º e art.
5º da Lei nº 11.484, de 13 de dezembro de 1997.
Art. 2º - Admitir-se-á que o pagamento das obrigações decorrentes do financiamento de que trata apresente Lei, se realize, em prazos
e condições a serem pactuados pelo Poder Executivo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, por
um dos seguintes meios:
I - com receita proveniente da desestabilização da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE, realizada pelo Estado ou pelo
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, concedente do crédito;
Art. 3º - Fica o Poder Executivo, para os fins do que está estabelecido no artigo 2º, inciso I, desta Lei, autorizado a outorgar em favor
do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, mandato procuratório em nome do Estado de Pernambuco.
§1º - A outorga do mandato procuratório, de que trata este artigo, será conferida na hipótese de o BNDES promover a desestatização
da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE.
I - Irrevogabilidade e irretratabilidade da outorga para alienação das ações representativas do capital da CELPE;
II - viabilidade de promoção de todos os atos atinentes ao processo de desestatização, podendo, para este efeito:
a) receber, diretamente, junto ao liquidante da operação o valor apurado na alienação das ações mencionadas;
b) firmar compromissos;
e) investir de poderes o mandatário para utilização dos recursos recebidos no pagamento das obrigações financeiras decorrentes do
contrato;
§3º - O Estado de Pernambuco poderá outorgar poderes ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES na
hipótese de promover, diretamente, a desestatização da Companhia Energética de Pernambuco - CELPE, de modo:
I - irrevogável e irretratável para receber, diretamente, do liquidante da operação, o valor apurado na alienação das ações da CELPE;
Art. 4º - O Poder Executivo incluirá no vigente Orçamento do Estado, e nos subseqüentes, dotações necessárias ao cumprimento das
obrigações com os pagamentos dos principal e acessórios do contrato celebrado em decorrência desta Lei, na hipótese estabelecida
no inciso II, do artigo 2º.
Governador do Estado