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0 Estrangeiro — Alfred Schiitz Um ensaio em Psicologia Social Trad: Méto Doate Michal Henle RESUMO: Este texto € uma traducéo de um artigo de Alfied Schitz, The Sanger: An say in Social Psychology, publicado, originalmente, no The American Journal of Sociology. Vol. XLIX, Ne 6 - 05/1944, p. 499-507. Palavtaschave: Allred Schiier; O estrangeiro; eomunicacio intercultural, padeGes culrurais. RESUME: Ce tere est une traduction d'un atcle d’Alfred Schite, The Stranger: An Essay in Socal Pechology, publi Torgine dans The American Journal of Sociology . Vol. [XLIX, N° 6 - 05/1944, p. 499-507, “Mocs clés Alfed Schatz; Pécanger, communication inrerculurelle; models cular ABSTRACT: This text isa translation of Alfted Schiita' paper, The Stranger: An Essay in ‘Social Peychologs, originally published in The American Joumal of Sociology. Vol. XLIX, Ne 6 - 05/1944, p, 499-507. ‘Keywords Alfied Schitz; The Swanger: intercultural communication; culearal patterns. 50 GERAES evisen Come wSonidde 53-2002 presente artigo pretende estu- dar nos termos de uma teoria geral da interpretagao, a tipica situagao em que lum estrangeio se encontra no scu ¢s- forco de interpretar padrao cultural de um grupo social ao qual se aproxi- sma ¢ pata orientar-se dentro dele. Pela nossa presente finalidade 0 termo “es- trangeiro” deverasignificar um indivi duo adulto do nosso tempo ¢ civiliza- 0 que tenta ser permanentemente aceito ou ao menos rolerado pelo geu- po ao qual cle se aproxima. O norivel exemplo para asituagio social aqui exa- rminada € aquela do imigrante, eas and- lises seguintes s0, como uma questio de conveniéncia, elaboradas com este exemplo em vista. Porém nio significa aque sua validade escd restrita a este caso especial. O candidato a membro de um clube fechado, 0 fururo noivo que quer ser admitido para a familia da garota, 0 filbo do fazendeiro que entra na facul- dade, o morador da cidade que se rruda para o ambiente rural, o “selecionado” ‘que ingressa nas foreas armadas, a far milia de um trahathador simples que se muda para a mett6pole ~ todos si0 cxtrangeiros de acordo com a definisio dada, embora nesses casos a tipica “eri- se" que 0 imigrante sofre possivelmen- te poderia assumir formas amenas ou até mesmo estar intciramente auscnte. Intencionalmente excluidos, enerecan~ to, para a presente investigacio estéo vertos casos de incluso, os quais po- deriam requerer algumas qualifica- ‘bes em nossas afirmagies: (a) 0 visi- tante on convidado que pretende esta- belecer um contato meramente transi- t6rio com o grupo; (b) criangas ou pri- mitivos: ¢ (¢) relacionamentos entre individuos © grupos de diferentes ni- veis de civilizagio, como no caso do Huron trazido para a Europa ~ um modelo caro para alguns moralistas do século dezoito, Além do mais, nao € 0 ‘propésito desce artigo crarar com os Drocéssos de assimilagao ¢ ajustamento social os quais sio trarados em uma abundante e, na maior parte, excelente liceracura’, mas apenas com a situacio_ de aproximagio que precede todo pos- sivel ajustamento social e que inch seus pré-requisitos. Como um conyeniente ponto de partida, vamos investigar como 0 padrio cultural de vida do grupo apre- senta-se para 0 senso comum do ho- mem que vive seu cotidiano dentro do grupo em meio a seus semelhantes, Se- guindo 2 costumeira terminologia, Uusamos 0 termo “padrio cultural de vida do grupo” para designar todos os valores peculiares, institwigées, ¢ sis. temas de orientagio e diregso (sais como os estilos foleléricos, padroes morais, eis, habitos, costumes, etique- a, modisinos) os quais em comum acordo com os socidlogos de nosso teimpo, caracterizam ~ se cwem ~ qualquer grupo social em um dado momento na sua histétia. Este padrao cultural, como qualquer fend- meno do mundo social, em um dife- rente aspecto para 0 socidlogo e para © homem que atua ¢ pensa dentro dele.2O socidlogo (como socidlogo, no como um homem cntre seus se- melhantes com os quais ele permanc- ce em sua vida particular) € espectar dor cientificamente desinteressado do mundo social, Ele é desinteressaco por aguilo que ele evita intencionalmente de participar nas redes de planos, re- lagdes de meios € fins, motivos ¢ pos- sibifidades, crengas e medos, e que 0 tor dencto do mundo social usa para interpretar sua experiéncia destas coi- sas; como um cientista ele venta ob- servar, descrever, € cassificar 0 mun- do social tao claramente quanto pos- sivel em termos bem ordenados de acordo com os ideais cientificos de co- ‘eréncia, consisténcia e conseqiléncia analitica, © ator dentro do mundo social, entretanto, 0 experimenta pri- meiramente como um campo de suas reais e possivels ages e somente se- cundariamente como um objeto de seu pensamento. Na medida que cle esta interessado em conhecimento de seu mundo social, ele organiza este conhe-

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