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A LUA QUE RI (SIMORGH)

Do fundo da minha noite


Escura da alma
Ela est l
No alto encimada
A iluminar a noite
Com seu sorriso amarelo
Sarcstico que ri
Da minha angstia
Da minha falta de paz
Dos sonhos perdidos
Do sono que traz sempre, o mesmo pesadelo
Se repetindo e assombrando
Feito msica de um disco riscado
No velho gramofone
Nos dias de luta
Inflamada pela revolta
Que a falta de perspectiva traz
Sobrevivo!
Em meio a tantas injustias
Ser grato a mo que alimenta
As migalhas ao cho
O silncio e a solido
E a falta de adulao
Isolao!
Nos dias de morte
Eu incendeio a prpria mente
Para libertar o esprito
Como a fnix recriada ganho os cus
Bem alto no cu
Partindo daqui
Liberdade!
Me reinvento
Subitamente acordo
Banhada em suor
Me deparo comigo mesma
No foi real
real!
Era o alado e estranho dom
Simorg!
Meu reflexo na penumbra no reflete mais o velho pesar
De outros tempos
De outras eras
De almas mortas

Mortas-vivas
Que insistem
Volta e meia assombrava
Num debater eterno
Do fundo do poo a superfcie
Nadei com fora
Acabou!
Nem a primeira
Ou ltima vez
Mas sempre mais!
Nascimento
Sangue
Suor
Lgrimas
Vida
Nunca em vo!
Se vo...
E morrem
E voltam
Renascida!
Simone Dimitrov (sob a espreita do coelho da lua)
Santos, 17 de abril de 2016

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