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290 confianga dos cidadéos e da independéncia ¢ imparcialidade dos tribunais. Em seu entender, a preservacéo do caso julgado pode coexistit com uma decisio judicial que deter- rine a reparagio dos danos por ele causados. Igualmente relevance é a articulagéo da res- ponsabilidade dos Estados membros por ages € omiss6es dos respetivos tribunais violadoras da UE, com a sua congénere internacional europeia por violagéo da CEDH. © TEDH tem considerado que tanto a duragio excessiva do processo como a violagéo do dever de reenvio violam a clausula de processo equitativo constante do artigo 6.° da CEDH. REVISTA DE LEGISLAGAO & DE JURISPRUDENCIA Ne 3991 O TJUE deve avangar um pouco mais na densificagio dese instiuto € no fornecimento de direttizes mais concreras que, ser ferirem 0 niicleo essencial do principio da autonomia processual dos Estados, sirvam a eficécia ¢ a uniformidade da sua aplicagio. Igualmente relevante seria uma maior clarificagio, no direito interno, das normas de comperéncia jurisdicio- nal para a apreciagéo das questées de responsa- bilidade do Estado por decisées judicais, a fim de evitar que as mesmas sejam decididas pelos rmesmos tribunais que deram causa 3 demanda ‘ou por tibunais hierarquicamente subordinados. Jonatas E. M. Macapo Seccio de jurisprudéncia Supremo Tribunal de Justiga Acérdio de 18 de Dezembro de 2013, ‘Sumirio: [— Designa-se por contrato de conta banciria (oe abertura de conta) 0 acordo bavido entre uma insituigao bancivia eum cliente catraés do qual se contitui, diseiplina ¢ baliza a respective relagdo juridica bancériae, I — Enquadna-se neste com- ‘pleco negocial a aderto da Autore aa servico do Réu, denominado BX Net, através do qual aguela poderia caceder através de um computador (ou telefonica- mente) com acesa i internet, 26 hort por dit, 365 dias por ano, tendo aguele fornecide para o efeto as haves de acess que permitiam a repeciva wilcagéo plac respectivassécias gerentes. IIT — Entramos ‘agi no charsado ebome banking», Banco interndica (do ingliz Internet banking), ebanking, banco online, online banking, as veces também banco vir« cual, banco elecriniea), coneretizade pela posibilie dade conferida pela entidade banciria aos seus clientes, mediante « accitapio de dewerminades con- dicionalioaa, « weilzar toda wma panéplia de ope agéer bancirias, online, relatioamente as contas de (que ijam sieulaes, ualizando para 0 ecto canais telematics que conjugam o1 rnsiosinformaticos com et mei de comunicarto disincia (canais de tle- comunicagio), por meio de wma pagina segura do bance, o revere de grande ucildade, especialmente para wtlizar os servigor do bance fore do harivio de satendimento ou de qualquer lugar onde baja aceso 4 Internet. Ill — O phiehing (do ingls fishing peste} prewupse wna fraude elecsrinica carcteri- ada por tentatvas de adquirir dados peteats, atra- sd envio de e-mails com soma pretensa provenién- ie da entidade banctria do receptor, por exemplo, & pedir deserminades elemenseseonfdenciats (nimero cde conte, wionero de contrat, nimare de cartéo de coneibuince ox qualquer ousra informagéo peseal por forma a que ete ao abi-los ¢ a formecer as informa soictadas elow ao cliear em links para ones paginas ow imagens, ou ao desarregar eve= tus anguivs a conties, poder ear a proporcionar «fro de informagbr bancirias «a sua wiilicagéio aubsequente, IV — A oxire moddlidade de frande online € 0 pharming a gual conse ems suplanter 0 rinema de reselucdo des nomes de dominio para conduit 0 wsudrio a uma pagina Web fea, elonada dla pagina real, breandoteo process, numariamente, fem ater 0 IP nunaiic de uma direc no prprio: navegador, atrats de programas gue captam os eidi- 8 de pulsagto do tclado (os dias hayloggers, 0 que ‘pode ser fin através de difsto de viru via spam, @ (que le 0 undo a pemar que ext a aceder a um cdeerminada site — por exemple o do seu arco — coed entrar no IP de wa pina Web fa, tendo (que 0 indir as suas cvs de ace, es senda depois utiliaadar pelos crackers, para acederem & verdadeiva pagina da inateui banca af pode- rem efectuar as operapics que entenderem, desti- tudo anubas at sdetca (phishing e pharming) & obtenit frendulenta de fader. V— Os reo da fill do sistema informatio wilzado, bom como des ‘cages cibernauses ao mermo, tom de correr per conta dor Banco, do agu Réu portante, por a tal conduct 0 disput no astigo 7964, n2 I do Civil tn se tendo provado, common se provon, que rvese Iravido culpa da Autora. VI— A exe mesmo res sudo se chega com a apleagto do DL. 51712008, de 30 de Outubro, que rranspss para a nessa orden Juridica o novo enguadramento canunitério em Ne 3991 amaiéria de servigos de pagamentes, maxime a Direc ve 2007164ICE do Parlamento Europeu ¢ do Conslho de 13 de Novembro, 0 qual néo obstance ej posterior aos facts ens cx nee ag, a eet Eaplcivel ox vido eu artigo 101%, m2 1 na gual 1e predipie gue +O regine constante do presente regime jarldianéo prejudice a validade dos con- raza em vigor reltivos ao servgor de pagamente nele regultdor,rondalherdeide lgo aplictveis at dliposgies do presente regime juridico que se mat trem mais fevordveis acs welcadorer de erigor de pegerenti (ara) Acordat, no Supremo Tribunal de Justiga 1, Lda, intentou acgio declarativa com pro- cess0 ordinario contra a Banco X, SA, pedindo a condenagéo deste a pagar-Ihe a quantia de € 37.953,04, acrescida de juros de mora 4 taxa legal desde a citagio, bem como nos demais danos que vier a softer, 2 fxar em liquidagio de sen- tenga, a titulo de indemnizacéo. Para tanto alegou, em sintese, ver aderido 20 servigo disponibilizado pelo Réu para gestio de contas ¢ realizagio de operagées bancérias através da interes, denominado "BX Net Empresas", que a mesma publicicava como um servigo seguro confidencial, sem que Ihe teaha sido dado conhe- cimento do respectivo clausulado, 0 que determina a nulidade das clausulas 5.3, 6.1, 6.2, 7.2, 8, 12.2, 124, 14, 15 € 17. No encanto, apés ter acedido a esse servigo através da internet no dia 30 de Maio de 2008, foi-the retirada da conta a quantia de € 13.000,00 sem a sua aucorizagio através de uma transferénela néo efectuada por si, supos- tamente mediante a criagio por um terceiro de ‘uma pagina web falsa ¢ copiada na pigina de abertura do BX net. Mais, alega que © Réu, néo obstante alersada 2 cempo, nio diligenciou pelo cancelamento dessa transferéncia, o que determinou que a conta da Autora nio estivesse provisionada no momento em que uma sus cliente prerendeu proceder a0 desconto de um cheque no valor de € 12,602,00, que a Ré devolveu com a indi- cagéo de “falta de provisio” ¢, em virtude do sucedido, alegou ter ficado responsivel pelo pagamento de despesas ¢ comissées no valor de € 277,04, viu debitada indevidamente pelo Réw 2 quantia de € 26,00 de despesas ¢ imposco de selo, viu a convengio do uso do cheque rescin- REVISTA DE LEGISLAGAO E DE JuRIsoRUDENCIA 291 dido por parte do Réu eo seu nome incluido na listagem de ucilizadores de cheque que ofereciaon risco, para além de cer sido despojada da referida ‘quantia de € 13.000,00. ‘Alegou, ainds, que devido & condura do Réu pperdeu um importante clienve, que deixou de lhe proporcionar bem-escar econémico e lucros, ficou inapedida de comperir com as empresas suas con correntes pelo facto do seu nome se encontrar registado no Banco de Portugal e viv o seu bom nome afectado, prerendendo assim a fiagio de uma compensagio de valor néo inferior a € 24,000.00. Citado 0 Réu contestou. Em sede de defesa indirecta, deduziu o incidente da incomperéncia territorial do tribunal e em sede de defesa cra impugnou 2 generalidade dos factos alegados na peticéo inicial, nomeadamente no que respeita 20 conhecimento por parte da Autora das vantagens do servico disponibilizado (que € 0 "BX Net Negécios" e néo 0 “BX Net Empresas”) ¢ do clausulado integral do con- trato, que foi lido pelas representantes da Ré de forma pausada e esclarecida e compreendido, refutando assim 2 invocada nulidede parcial do clausulado. Por outro lado, alegou que 2 transferéncia do montante de € 13.000,00 jé havia sido envieda para @ SIBS quando a gerence da Aurora a alertou, tendo sido infruvferas todas as diligéncias efeccu- adas pelo Réu (que reagiu de imediato e com prontidéo) junto da CGD no sentido de obter @ devolugéo dos fundos. Mais, afssta qualquer responsabilidade da sua parte, pois 2 ser verdade © relarado pela Aurora, 2 conduta fraudulenta € abusiva terd sido praticada por terezivos desconhe- cidos. Alegou ainds ter dado inscrugées em 26 de Novembro de 2008 com vista ao reembolso a Autora da refetida quantia, 0 que néo veio a suce- der face & recusa desta em subscrever uma minuta necessiria para 0 efeito, Por fim, impugnou os dans néo patsimoniais invocados pela Autora, requereu a suspensio da instincia até A concluséo do processo de inquérico ‘que se encontrava pendente na Policia Judicidria «€ invocou, ainda, o abuso de dircivo. Na réplica a Autora dedusiu oposigio & excep- ‘fo de incomperéncia relativa, abuso de direito ¢ 20 pedido de suspensto da inscancia, reiterando que havia alegado na Petigéo Inicial. Procedeu-se a audiéncia preliminar, na sequén- cia da qual o Réu veio a Mls. 360 declarar que 292 Revista DE LEGISLACAO # DE JURISPRUDENCIA Ne 3991 considerava "prejudicada a arguigéo da incompe- téncia territorial” AA fis, 363 foi decidido 0 indeferimento da suspenséo da instincia requerida pelo Réu. A final foi produzida sentenga na qual se dlecidiu julgar parcialmente procedence a acgio € ‘em consequéncia condenou 0 Réu, Banco X, SA, a pagar & Autora 2 quancia de € 33.303,04, acres- cida de juros de mora, as taxas legais em cada momento em vigor nos termos da Portaria 1n.° $97/2005, de 19/07, contados desde a citacio axé integral pagamento, absolvendo o Réu do demais peticionado. Inconformada com a decisio dela recorret: 0 Réu, tendo a Apelagio sido julgada improce- dente. Face & dupla conformidade, veio o Réu recor rer de Revista excepcional, a qual foi admitida, tendo concluido da seguinte forma: — Inexistiu da parte do Banco recorrente qualquer quebra de seguranga, na criacio, manurengio e execugio de operagées no seu site branes. — Verifcou-se quebra de seguranca por parte da recorrida no acesso 20 referido site, 0 aque, de forma causal, determinou que um rerceiro se tenha apropriado das creden- ciais da mesma recorrida para a realizagio de operagées, via homebanking. — © Banco recorrente nio pode ser respon- sabilizado, por qualquer intromisséo fraudulenta no computador do dliente, 0 aque in casu aconteceu. — 56 responde o recorrente pela intromissio, que possa softer o seu site, 2 partir dos computadotes e sistemas informaticos do proprio Banco. — Ora a recortida tinha a nogéo clara da ‘quebra de seguranga, por si cometida no dia 30/05/2008, no acesso em causa, de acordo com 0 teor contratual assinado, violando as nocmas de procedimento no acesso 20 bxnet e também tendo em conta todas as noticias de seguranga dis- poniveis no prdprio site ¢ no site institu- ional do Banco apelante. — A recorrida tinha 2 obrigagio de no violar ris normas de funcionamento do sistema de homebanking, — Qualquer presungio de culpa que one- rasse 0 Banco recortente se encontra pois, de todo em todo, ilidida A vulnerabilidade verificada, ocorreu aliés confessadamente, no computador da recorrida ¢ néo em qualquer sistema informatico do proprio Banco recorrente ou por si dominado. Nao colhe o argumento subsididrio da responsabilidade pelo risco, relativamente 20 depésico bancirio, precisamente por- quanto inexistiu qualquer extravio ou disipagio da quantia depositada na refe- rida conta bancéria! Factualmente ocorreu sim a errada utili- rasio do predito sistema de home- banking, por culpa propria da recorrida, © que permitit o acesso indevido movi- mentagio da sua conta bancitia Consubstanciando a mesma utilizagio negligente das precrogativas operacionais cometidas pelo contrato de homebanking celebrado, sendo a recorrida responsivel contratual ¢ legalmente pelos prejuizos por si sofridos, emergentes da autorizacio da transferéncia em aprego. Nio sofrendo aliés a cliusula 6.2 do citado contrato qualquer tipo de nuli- dade. Inexiste qualquer responsabilidade por parte do Banco recorrente na efectivacéo da transferéncia em aprego, cuja execucéo apenas ¢ s6 se deveu a flagrante quebra de seguranga por parte da recorrida De forma clara se percebe 2 licitude ¢ legiimidade do mesmo Banco recorrence para a devolucio do cheque de € 12.602,00 e consequente rescisio da convengio de cheque ¢ inclusio da pré- pria apelada na LUR. De forma alguma tal insersio do nome da apeleda na referida LUR, consubstan- cia qualquer ofensa & personalidade moral da mesma recorrida, Tal insergio apenas ¢ sd espelhava a situa fo real ¢ factual da ora recorrida perante 6 proprio Banco recorrente, Como tal 2 mesma insusceptivel, cau- salmente, de poder produsir os danos néo patrimoniais fsados, que além do mais ¢ por mera cautela de patrocinio, se repu tam no minimo, como exagerados. ‘Ao anrepio de toda a jursprudéncia nacio- ral sobre a matéria © que de todo es Gio 4 responsabil todo se diga em rela- agio pela pagamenso Ne 3991 Revista DE LEGIstAGAO E DE JURISPRUDENCIA 293, das despesas em causa, no valor de € 303,04, — A decisio recorida, violou, por err inter- precagio ¢ aplicagio as normas constantes dos artigos 192 ¢ 222, ambos do RJ.C.C.G., € artigos 702°, 483., 484.°, 496.9, 562.9, 5662, n2 3 € 799., todos do ce Nas contta alegagdes 2 Autora pugna pela ‘manutencéo do Aresto impugnado. Il Poe-se como problema a resolver no ambito do presente recurso o de saber se sobre 0 Réu/ IRecorrente impende a responsabilidade pela transferéncia fraudulenta dos fundos da conta da Autors. As insténcias deram como assentes os seguin- tes factos: — A autora dedica-se & actividade de importasio, exportagéo representagio de produtos nacionais e internacionais, ‘em especial productos de limpeza indus- ttial e mobilidtio (A) dos faccos assen- teshs — A té dedica-se & actividade bancéria [B) dos factos assentes} — Em 20-7-2004, as partes outorgarerm um contrato de depésito bancério, com aber- tura de conta de lepésivos 4 ordem (n8 ...), no Baleéo de F, em ¥ [C) dos factos assentes]; — Desde entio até 30-5-2008, a autora movimentou valores, a cdo e a débito, nna sua conta de depésito [D) dos factos assentes)s — Em 20 de Julho de 2004, na agéncia da é de FIY, a autora, representada pelas sécias gerentes A ¢ M, outorgou um contrato denominado BX Directo/BX Net — Contrato de Adesio, que as rmesmas sécias assinaram no acto, con- forme documento sob 0 1.2 1 junto com a petigao inicial, cujo se teor se tem por reproduzido [E) dos factos assentes]; — Na mesma ocasiéo, a ré forneceu & autora as chaves de acesso que permitiam 2 uti lizagao do Servigo BX Directo/BX Net pelas duas sécias gerentes, a ceferida A 1M [B) dos factos assentes]s — Arré informou que 0 cédigo secreto que indicou, com cinco earacteres numéricos, 86 era vilido para 0 primeiro acesso, devendo ser alterado para um cédigo secreto pessoal da aurora, também com 5 caracteres numéricos, 0 que esta fez [G) dos factos assences}; A autora utilizou 0 servigo no escritério com regularidade, desde 2004 ¢ até 0-5-2008 (F1) dos factos assentes)s No dia 2-6-2008, ao fim da tarde, numa caixa ATM verificou que tinha sido retirado da aludida conta a impor- tincia de 13,000,00 € {J) dos factos assentes]; Por forca dessa ransferéncia a conta ficou com um saldo no valor de 582,97 € (K) dos factos assences); A aurora emitiu 0 cheque com 0 2 0000, 2 favor da empresa “H, S.L”, no valor de 12.602,00 € [L) dos factos assentes]s Em 4-6-2008 0 referido cheque foi apre- sentado a pagamento ¢ nio foi pago, tendo sido devolvido com a indicagio de falta de provisio [M) ¢ N) dos factos assentes}; 13. Em 12-6-2008, a xé enviou uma cara & sécio-gerente da aurora A, 2 fim de regularizar a situagéo até 21-7-2008 (cf. DL. 454/91, de 28 de Dezembro) com a adverténcia de que, rio o fazendo, rescindia a convencio do seu us0, icando proibida de emicir che- ‘ques sobre qualquer instituigéo de exédito, ‘bem como impedida (tal como as sécizs) de celebrar ou manter convencio de che- que, com inclusio do nome na listagem de utilizadores que oferece risco, divul- gada pelo Banco de Portugal [O) dos actos assentes); Em 13-6-2008 a ré enviow 2 autora uma carta a informar que 0 cheque acima descrito, apresentado 4 compen- sagio de 4-6-2008 foi devolvido por falta de provisio [P) dos factos assen- tesls Em 13-6-2008 a sé enviow & aurora um aviso de langamento, a informar o débito nna conta da autora, n.° 0-0000/000/001, do valor de 26,00 €, relativo a 25,00 €, despesas com norificagio cheques devol- vidos € 1,00 € de imposto de Selo sobre Despesas de Notificagio (TGIS 17.2.4: 498) 1Q) dos factos assentes); Em 23-6-2008 0 mandatério da autora cenviou uma carta 20 administrador exe- 294 [Revista DE LEGISLAGKO E DE JURISPRUDENCIA cutivo da ré que consticui o documento junto com a petisio inicial sob n.° 10 {R) dos factos assentes}; Em 8-7-2008, 2 aurora enviou uma carta 20 Banco de Portugal a informat/justificar 0 ocorrido, a devolugéo do cheque ¢ 2 postura do BPI, inclusive por nio ter enviado sequet nots de langamento do valor de 13:000,00 €, apesar de devida ¢ solicitada, ea dar conhecimento da pen- déncia de processo-crime [S) dos factos assentes}; Em 21-7-2008 a ré enviou uma carta & autora a comunicar a Rescisio da Con- ven¢io do Uso de Cheque, devendo a autora abster-se de emitir cheques sobre @ Ré ou qualquer outra e devolver no prazo de 10 dias tieis 0s médulos de cheques fornecidos e no utilizados (T) dos factos assentes); Mais informou que 2 conta de depésito podia ser movimentada utlizando qualquer meio de pagamento que viesse a ser dispo- ribiliado pela Ré, nomeadamente taldes de levantamento e cheques bancitios ¢ que 1 decisio de rescisio ia ser objecto de comunicagao 20 Banco de Portugal, sendo fo nome da aurora inclutdo na lstagem de utiizadores de cheque que oferecam tisco [U) dos factos assented); Em 19-11-2008 2 autora enviou nova carta 6, desta ve2, na pessoa do Presi- dence, com conhecimenco de Comissio de Auditotia, onde reproduziu a carta anterior [V) dos facros assentes); No inicio do més de Dezembro foi con~ ractada a autora ¢ foithe apresentado um documento para assinatura, com vista a que ser credited a conta com 0 valor de 13.000,00 € [W) dos Factos assentes)s “Tal documento referia o seguinte: “Minuta de declaragion A, residence em Rua ..., B sitular do bilhece de idencidade n. ... € representante da empresa T, Lda., com sede social na morada supraccitada, declara, para os devidos efeicos, perance o Banco X, SA., 0 seguinte: Em (02/06/2008, a conta & ordem n.* 0-0000, da empresa T foi debitada pelo montante de 13.000 euros; fp Ne 3991 0 referido débito resultou de lima crans- feréneia banciria ordenada por via electrSnica (Gervigo BX Net), ou seja, mediance « uel gio dos cédigos deste servigo que me formam fornecidos pelo bancos ‘A wransferéncia referida em 6) nao fot, no entanto, efectuada por mim, mas por terceitos, a quem, inadvertidamente, for- nneci os cédigos de servigo de acesso 20 BX Nec d) A cransferéncia referida em b) foi feica de forma abusiva, uma ver que ado correspondet & minha vontade, néo assenta em instrugbes que renha dado para o efeito nao decorre de qualquer brigagao que tenha sido por mim assu mid no sentido da sua realizagio ou da realizagao de pagamento por mim devido: Em virude do referido na alinea ante- ior apresentei em (preencher com 2 data da participagio) parcicipagéo cti- minal contra incertos, 4 qual ficou a caber 0 nimero (preencher 0 niimero dda participagio) (cépia do documento em anexo). [Apesar de ter presente que 0 Banco no € responsivel pela transferéncia acima ddescrita ¢ pelot danos que para mim dela resultam solicite! 20 Banco que procedesse a reversio da transferéncia em aprego € 20 crédito na minha conta 0-0000 do valor ransferido, Em dd/mm/aaaa, 0 Banco BPI satisfez @ solicitagéo referida na alinea anterior tendo minha conta sido credicada pelo valor de 13.000,00 euros. a Y, (data) de Novembro de 2008” [X) dos factos assentes); 23. A tepresentante da autora néo assinou a minuta € comunicou esse facto a ré, tendo remecido carta de 9-12-2008, através de manda que constieui o documento junto com a petigio inicial sob © n.° 20 [Y) dos factos assen- cesh _— A sé, pot cara de 7-1-2009 respondea aque no decectara qualquer indicio de falha de seguranca no servigo home- banking, ¢ que provavelmente houve i Ne 3991 uma apropriagio abusiva das credenciais para acesso e uilizagéo do citado servigo por meios e/ou expedientes que © Banco ‘do era responsivel, contudo, prezando a relagio de confianca que a surora man- tinha com a ré € que gostaria de ver preservada, actitou que fosse efectuado 0 reembolso dos valores transferidos antes da conclusio do inguétito, acrescentando que o banco aceitava antecipar-se as conclusées dessa averiguacéo (Z) dos factos assentes); ‘Mas nio admitiu rever © texto da referida rmimuta (AA) dos factos assences); No Ambito da actividade desenvolvida pela autora era frequente a mesma cer relagées comerciais com empresas estran- geiras, mercado europeu e afticano, prin- cipalmente com Angola (respost 20 facto 1. da base inserutéria); ‘A autora mantinba relagées comerciais regulares com um cliente, “A O, Lda” sediado em Luanda, movimentando os valores acravés da ré (resposta 20 facto 2.° dda base instrut6ria); Por tal motivo e em virtude das condigdes de seguranga anunciadas pela ré, a aurora aderu a0 servigo roferido em 5.° (resposta 20 facto 3.° da base instrucéria); Relacivamente as informagies de segu- ranga sobre 0 BX NET, 2 #é divulga 0 seguinte: “Seguranga © BX garante confiden- ialidade e seguranga nas operag6es reali- zadas através dos seus canais de acesso directo, com 0 uso de Chaves de Acesso € Carséo Pessoal de Coordenadas, sinicas no sistema, bem como pela utilizagfo das mais sofisicadas tecnologias de encripta- gio de dados. Comunicacio aavés da Internet — Para garantir um elevado nivel de seguranga na comunicagio atra- vés da Internes, 0 BX desenvolvew uma infacestrurura que usilica recnelogia avan- sada — encriptagéo com chaves a 128 bits — a qual, fora dos Estados Unidos, 6 esté dispontvel para Instiuigées Finan- ceiras. Browsers aprovados — Os acessos estio limitados aos browsers que apresen~ tem as normas minimas de seguranga © que suportem encripragio de dados 12 bits. Em particular, s6 séo permitidos Revista DE LEGISLAGAO € DE JURISPRUDENCIA 295 Browsers que nio gravem no disco rfgido do computador a informagio banciria, excepto com a sua aprovacio explicita. Assim, 0 acesso a estes servigos deverd set efectuado através dos Browsers Microsofe Incernet Explorer (versio 6.0 ou superior), Netscape Navigator (versoes 4.79, 6.2 € 7.0) © Mozilla Firefox (versio 2.0). FireWall — Para seguranga da infra-eseru- tura do sistema do Banco, existe um Firewall que tem como fangio restringir ‘9 acesso a Clientes que ucilizem 0 proto- colo definide — prorocolo HTTPS — ou, noutras palavras, que utilizem a lin- guagem aceite pelo siseema, Monitorizagéo permanente — O Banco dispée de quadros especializados que tém como responsabilidade « moni- torizagéo permanente da utilieagio do BX Net, BX Directo, BX Net Mobile ¢ BX Net SMS, para certficagio da seguranca do sistema” (sesposta ao facto 4.° da base instratéria) No acto da assinatura do contrato, as duas gerences da aurora declararam tomar conhecimento integral de todas as dispo- sigbes do mesmo (resposta ao facto 5.° da base instrueéria)s As outorgantes procederam leitura do contrato previamente & sua assinatura € foi entregue & aurora uma e6pia assinada Por ambas as partes (tesposta aos factos 62 © 78 da base inseruréria)s A autora, na pessoa das suas das geren- tes, compreendeu € inteirou-se do teor integral das cléusulas do coneraro, sem que, até & dara dos factos em causa, tena suscitado qualquer tipo de divida, reserva ‘ou incompreenséo quanto 0 mesmo contrato (respasta aos factas 8.° 9.° da base instrutéria)s (© acesso a internet ¢ servigo bancitio, bem como & conta respectiva da aurora, era feito através do servigo Telecom e da nha 253674418 (resposta a0 facto 9.°-A dla base instrutéria); A autora usou o sistema de pagamenco para tertitério nacional e estrangeiro, sempre em conformidade com a recomen- dagio da ré ¢ sem qualquer incidence (esposta aos factos 10.°, 11.9 © 12° da base instrutéria); | REVISTA DE LEGISLAGAO E DE JURISPRUDENCIA Ne 3991 Em 30-05-2008, durante a tarde, a autora, na pessoa da sécia gerente A, voltou a usar o referido servigo, seguindo as indicagées da ré para 0 acesso, destz feica para consulta de movimentos ¢ saldo (resposta aos factos 13.2 € 14° da base instrutéria) Precendia saber se havia sido apresentado 4 pagamenco o cheque emitido pela autora, no valor de 12.602,00 € (resposca ao facto 15.° da base insteutéria)s No die 30-05-2008, quando a represen- tante da autora executava as tarefas indi- cadas para acesso 20 BX NET, foi-lhe exigido que fornecesse coordenadss (res- pasta aos Factos 16.2, 17.° © 18.° da base instrutsria); Incroduziu as coordenadas pedidas, colo- cout o niimero correspondente e, apés aceder ao servign, A efectuou consulta de ‘movimentos bancétios (esposta 20s factos 192, 20.° ¢ 21.° da base instrutéra); No dia 3-6-2008, pelas 9.14 horas, A efecruou contacto telefonico para 0 BX eral, a quem comunicou que havia cons- tatado um débito na conta da autora de 13,000,00 €, pretendendo saber a que se devia (sesposta 20s factos 22.9, 23.9 ¢ 24 dda base instrutéria); Pelos servicos da ré foi dito que iam fizer a rransferéncia da chamada para o Balcio de Bo que fizeram acto continuo (res- posta aos factos 25.° ¢ 26.° da base ins- trutéria)s A auwora solicitou a informagio preten- dida ¢, pelas 10,13 horas, voltou a con- tectar 0 BX, para insistir pela informagio (resposta, 20 facto 27.%, 28.° ¢ 29.9 da base instrutéria); Por indicagio telefnica do balcio de F, 4s 12,07 horas foi efectuada chamada pata o BX Directo iniciada pelo filho de Ae que esta prosseguiu, ceportando-se 20 movimento bancirio aludido na resposta 20 quesito 24 e solictando ajuda (resposta 0s factos 33.° ¢ 34.° da base inserutéria)s Como nao recebera mais nenhum con- racto do Banco, dirigin-se & agincia de Ferreiros, por volta das 13 horas, sabendo-se nessa altura que a conta des- tino dessa cransferéncia na conta n°... correspondia 20 NIB 0000000 (resposta 0s factos 35.° ¢ 37.° da base instrutéria): AA divigiv-se de seguida a uma agéncia da... ey explicando a sicuacio, pediu para reterem 0 dinheiro, tendo sido entéo informada pelo funcionirio da ... que deveria ser 0 BX a eratar do assunto (res- posta 205 factos 38.° e 39.° da base ins- ‘utéria)s Por volta das 14 horas dirigiu-se nova- mente & agéncia de F da Ré, procurando saber porque motives nio diligenciavam junco da ... para evitar 2 cransferéncia efectiva do capital (resposta aos factos 40.2 ¢ 41.° da base insteutbria)s Foi-lhe sempre comunicado que se estava a tratar do assunto e foi-he solicitada confirmagio de nfo ter sido a sécia a fazer 2 operagio, © que confirmou (ees- posta aos factos 42.°, 43.° © 44.° da base insteutéria)s Pelas 17 horas A recebeu contacto telefé- nico do BX NET, feito pelo Sr. J S, dando informacéo sobre 2 existéncia de pégina Web falsa, imitando a pégina de abertura do BX NET (resposta 20 facto 45.9 da base instrutéria); A foi questionada sobre se alguma vez fornecera coordenadas no acesso 20 BX NET e ¢ mesma insisiu que apenas ela ¢ 4 sua sécia acedem e possuem as coorde- nadas para aceder 3 conta, reiterando que néo cfectuaram qualquer cransferéncia (esposta aos factos 46.°, 47.° © 48. da base instrutérie)s Na mesma altura indagou A se sinds era possfvel bloquear eransferéncia efectiva do dinheiro, tendo-the sido dado 2 enten- der que esse dinheiro havia acabado de ser levantado (resposta aos factos 49.° ¢ 50.° da base instrutéria); A operacio seferente 2 rransfertacia nto foi efectuada ow autorizada pela aurora (esposta a0 facto 52.° da base instrutéria); A ié cancelou, entio, tal servigo e coor- denadas de acesso (resposta 20 facto 53.° dda base insteutéria) pedido de coordenadas no acesso 20 BX NET € uma situagio anormal ¢ itre- gular (tesposta aos factos 56.° € 57.2 da base insteutéria); Na area de Seguranga do sive da 16, consta © link hup:{/www.bancoX.prlpagina, asplseldcaed08optea (resposta a0 facto 60.9 de base inserutéria)s Ne 3991 Com feequéncia ré presta aos seus clien- tes € piblico em geal, escarecimentos, boas priticas ¢ instrugées, relativas a0 acesso ¢ utlizagéo das placaformas home- banking que o mesmo Banco ofereceu e ‘oferece (resposta ao facto G1.° da base inseratéria); Nos sites BX NET ¢ BANCO X, a ré publicou noticias sobre ataques mediante © envio de um e-mail com 0 objectivo de obter cédigos de acesso ¢ dados financei- ros (resposta 20 facto 62.9 da base instr t6ria)s Cessaram todos os pagamentos e débitos directos que até entio eram realizados através da conta banciria (resposta 20 facto 64.° da base instrutéria); © “Banco $ S.A” onde fora depositado 0 cheque n.°...debitou ao cliente da 1é 0 valor de 277,04 €, por despesas ¢ comis- sio cobrada, respectivamente, de 25,00 € € 252,04 € (resposta 20 facto 65.° da base ‘A aurora deixou de ter meios para solver © seu compromisso ¢ de pagar o dito cheque (cesposta ao facto 66.° da base insteut6ria) Encontrando-se devedora & dita empresa do seu valor e das despesas bancérias que suportou de 277,04 € (resposta ao facto 667.8 da base instrutéria); Por forga do sucedido, o cliente “A” dei- xou de recorrer aos servigos da autora (esposta a0 facto 68.° da base inscruré- rials A autora deixou de ter acesso ao exédito de poder competir com as concorrentes, em virtude do nome se encontrar regis: tado no Banco de Portugal (tesposta 20 facto 69.° da base inserutéria); O rio pagimento do referido cheque pés fem causa o nome da autora e a comuni- cagio a0 Banco de Portugal agravou tal sicuagio (resposta aos factos 74.° e 75.° da base instrutéria); A té recusou & autora ¢ sécia gerente A cheques avulsos ¢ cartées de débico (resposta 20 facto 76.° da base instru- ‘ria); A autora viu-se obrigada a comunicar aos clientes que estava inibida do uso de che- ‘ques (resposta 20 Facto 77.2 da base ins- rutéria); Revista DE LEGISLAGAO E DE JURISPRUDENCIA 297 1, Do contrato de conta bancéria Entre a Autora ¢ © Réw foi celebrado um contrato de conta bancéria, através da aberrura de conta DO, efectuada em 20 de Julho de 2004, sendo através dessa conta que @ Aurora procedia 205 respectivos movimentas a crédito a débito, como deflui da matéria constante das alineas C) ¢ ‘D) da matétia assence. Designa-se por contrato de conta banciria (ou abertura de conta) 0 acordo havido entre uma instiuigo bancéria € um cliente setravés do qual se constitui, disciplina e baliea a respective relagio juridica banchrian, oft. Engrdcia Ancunes, Direito dos Contratos Comerciais, 483. Associado a essa abertura de conta, apa- rece-nos 0 depésito bancirio (regulado pelo DL, 430/91, de 2 de Novembro com as alteracbes incrodutidas pelo DL 88/2008, de 29 de Maio). operagio essa que se encontra indissociavel- mente ligada & abertura de conta ¢ que constitui um pressuposto sine qua non desta, ja que rnenhuma conta podera ser aberta sem quaisquer fundos. De qualquer modo, aquela abertura de conta constitui 0 ponto de pattida para 0 vasto com- plexo negocial que constitui a relagio banca, cr Engrécia Antunes, ibidem, 484; Menezes Cor- deiro, Manual de Direito bancitio, 6.* ediglo, 325/417. Esra complexa figura contratual, rem sido subsumida 2 nivel jurisprudencial ¢ pela maior parte da doutrina na espécie negocial de dep6- sito, tal como a mesma nos é definida pelos artigos 1185.° e 1187.° do CCivil, através do qual 2 Autora colocou a disposigéo do Réu o seu dinheiro € para que este 0 guardasse € 0 restituisse quando fosse exigido, constituindo esta figura um depésito irregular ao qual se aplicam as regras do miituo, com as necessérias, adapragées, cf. Calvio da Silva, Diteito Bancé- tio, 2001, 347/351; Ac. STJ de 22 de Fevereiro de 2011 (Relator Sebastiio Pévoas) ¢ de 24 de ‘Outubro de 2013 (Relator Granja da Fonseca), in woow.dgsi.pe- ‘Na mesma data, 2 Autora, representada pelas séchas gerentes A e M, ourorgou com 0 Réu um contrato denominado BX Directo/BX Net — Contrato de Adesio, que as mesmas sécias assina- ram no acto, como deflui da alfnea £) da mavévia ‘Nao obstante se encontrar provada 2 ourorga de coutros contratos» com 0 Réu nesse mesmo dia 298 dda abertura de conta (contrato mie, chamemos-lhe assim), no estamos perante uma multiplicidade de relagées contratuais aut6nomas ¢ estanques entre si, mas antes perante um complexo negocial inteligado, configurando uma unio de contratos, © qual tem por base aquele convénio principal ¢ que vai ter a sua existéncia ¢ razdo de ser no ‘mesmo, continuando 0 banco @ ter a obrigagio de guardar 0 dinheiro depositado, restituindo-o quando ¢ se Ihe for solicitado; sobre os depositan- tes, poderio acrescer outros deveres, consoante as cobrigacées que forem assumindo com 0 deposité- Flo por via de outras vias negocias encetadas ¢ is ‘quais podem ter acesso por serem riculares daquele contrato de conta bancétia, maxime, através da submissio a cléusulas coneratuais geras, ct Engré- cia Antunes, ibidem, 483/488; Pedro Pais de Vasconcelos, Direito Comercial, Volume I, 2211222; Quirino Soares, Contratos Banciios, in Scientia Tutidica, separata, Janciro-Abril, 2003. ‘Tomo Lil-n.° 295, Enquadra-se neste complexo negocial a ade- sio da Aurora 20 servigo do Réu, denominado BX Net, através do qual aquela poderia aceder através de um computador (ou telefonicamente) com acesso & internet, 24 horas por dia, 365 dias por ano, tendo aquele fornecido para o feito as chaves de acesso que permiciam a res- pectiva uslizagéo pelas duas sécias gerentes, 23 refetidas A ¢ M, tendo-as informado que 0 ceddigo secreto que indicou, com cinco caracteres uméricos, £6 era vélido para o primeito acesso, devendo ser alrerado para um cédigo secreto pessoal da Aurora, cambém com 5 caracteres numéticos, © que esta fez, alineas E), F) ¢ G) dos factos assentes. Enttamos aqui no chamado «home banking, (Banco internético (do inglés Jusernet banking), e-banking, banco online, online banking, as veces também banco viral, banco electrénico), concre- tizado pela possbilidade conferida pela entidade bancitia 2os seus clientes, mediante a aceitagio de determinados condicionalismos, 2 ucilizar toda uma pandplia de operagies banedtias, on line, relativamente 4s contas de que sejam citulares, utilizando para o efeito canais telematicos que conjugam os meios informéticos com os meios de comunicagio & distancia (canais de celecomunica- fo), por meio de uma pigina segura do banco, © reveste de grande urilidade, especialmente para utilizar 0¢ servigos do banco fora do horirio de arendimento ou de qualquer lugar onde haja acesso a Internet. Revista DE LEGISLAGAO E DE JURISPRUDENCIA Neo 3991 Arravés deste servigo que os bancos poem & disposigio dos seus clientes, estes podem efectuar, além do mais, consultas de sldos, pagamentos de servigos/compras, carregamentos de teleméveis, uransferéncias de valores depositados pata contas préprias ou de terceiros, para a mesma ou para dliversa instituigio de crédito ‘Como resulea da matéria dada como provada 2 autora wilzou o servigo no esxcrtirio com regu laridade, desde 2004 ¢ até 30-5-2008», cf ali- nea H) dos factos assentes. E, com interesse para a economia da questio solvenda, convoca-se a seguinte factualidade:

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